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AGRADECIMENTOS
Na realização da presente tese de mestrado foram surgindo vários
obstáculos que foram ultrapassados devido, indubitavelmente, a várias
pessoas a quem não posso de deixar de expressar o meu reconhecimento:
Ao Professor Sena Cruz pela paciência, disponibilidade, orientação e pelos
conhecimentos transmitidos em todas as fases;
Ao Sr. Gil por todo o apoio prestado no decorrer dos trabalhos in situ;
Ao Eng.º Francisco Fernandes pelo seu trabalho desenvolvido, sem o qual
seria difícil completar este documento;
Entre vários amigos que me apoiaram, um agradecimento especial à Ivone
Maciel pelos elementos fornecidos e por todos os conselhos e incentivo;
À minha família pelo facto de tornarem possível esta oportunidade e,
sobretudo, à pessoa mais especial de todas pela sua ajuda, paciência e
incentivo nos momentos mais difíceis.
ii
iii
RESUMO
Uma das técnicas mais disseminadas na indústria da construção a nível
mundial é, sem dúvida, a construção com o recurso ao betão armado.
Tendo sido inventado este material no século XIX, existe um extenso parque
edificado o qual, na sua maioria, apresentará patologias devido ao mau
conhecimento da altura dos mecanismos de degradação do betão, de má
concepção, execução, da agressividade do meio e da sua utilização.
Torna-se, então, necessário o estudo de técnicas de reparação e reforço que
possibilitem a reabilitação daquelas estruturas, eliminando a necessidade
onerosa da sua demolição e posterior construção.
O presente trabalho ambiciona reunir as técnicas mais importantes e de
aplicação mais generalizada, traduzindo-se num contributo importante para a
bibliografia nesta área, reduzindo o tempo de pesquisa necessário para
determinada solução. Está dividido por tipo de elemento e por tipo de esforço
ao qual se pretende reforçar.
No decorrer da elaboração desta tese, o Arquivo Distrital de Braga foi alvo
de uma análise estrutural. Assim, neste trabalho, este caso prático serviu para
complementar a parte teórica com uma componente prática que, na maior parte
das vezes, se encontra em falta na bibliografia do género. Assim, pode-se
observar como se procedeu à análise e resolução de determinado problema e,
posteriormente, à implementação prática da solução de reparação e/ou reforço.
iv
ABSTRACT
ÍNDICE
Agradecimentos.............................................................................................................................. i
Resumo ......................................................................................................................................... iii
Abstract .........................................................................................................................................iv
Índice ............................................................................................................................................ v
Índice de figuras ............................................................................................................................ix
Índice de tabelas ..........................................................................................................................xv
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1.1 – (a) Joseph Monier (Structurae, 2001); (b) vasos de jardim construídos por Monier
(Barbisan & Guardini, 2003); (c) J. L. Lambot (Structurae, 2002); (d) pequeno barco em betão
armado construído por Joseph-Louis Lambot (Bosc et al., 2001). ............................................... 2
Figura 1.2 – Sistema de betão armado de W. Wilkinson. ............................................................. 3
Figura 1.3 – Sistema de betão armado de Monier (1881). ........................................................... 3
Figura 1.4 – W. E. Ward, o primeiro edifício em betão armado dos Estados Unidos (1871 -
1875), Port Chester, Nova York. ................................................................................................... 4
Figura 1.5 – Sistema Hennebique de betão armado. ................................................................... 5
Figura 1.6 – Jahrhunderthalle de Breslau (1913).......................................................................... 6
Figura 1.7 – Ponte Salginatobel, R. Maillart.................................................................................. 7
Figura 1.8 – E. Freyssinet, Hangar de Orly (1920). ...................................................................... 7
Figura 1.9 – (a) Igreja Notre Dame du Haut, França (1954) (Demel, 1997) (b) Sistema Dom-ino
(1914). ........................................................................................................................................... 8
Figura 1.10 – Frank Lloyd Wright, casa Kaufman (1936). ............................................................ 9
Figura 1.11 – Torre CN em Toronto, Canadá (555 metros). ......................................................... 9
Figura 1.12 – Ponte da Arrábida, Edgar Cardoso, 1963. ............................................................ 11
Figura 2.1 – Sistema de reforço activo. ...................................................................................... 28
Figura 2.2 – Sistema de reforço passivo..................................................................................... 28
Figura 2.3 – Fissuração do material de reforço durante o seu processo de cura. ..................... 29
Figura 2.4 – Injecção de epoxy em fendas não estabilizadas. ................................................... 30
Figura 2.5 – Betão projectado por via seca. ............................................................................... 35
Figura 2.6 – Betão projectado por via húmida. ........................................................................... 36
Figura 2.7 – Betão projectado: utilização de cofragens. ............................................................. 38
Figura 2.8 – Características das resinas epoxy. ......................................................................... 39
Figura 2.9 – Comportamento à tracção de fibras e metais. ........................................................ 45
Figura 2.10 – Comportamento à tracção de vários sistemas de FRP e aço. ............................. 49
Figura 2.11 – Martelo de agulhas (LeadVane Industrial Co., Ltd., 2008). .................................. 53
Figura 2.12 - Aplicação de laminados pré-fabricados. ................................................................ 53
Figura 2.13 - Aplicação de mantas flexíveis. .............................................................................. 54
Figura 2.14 – Ensaio de arrancamento por tracção (“pull-off”) (Barros, 2006). .......................... 57
Figura 3.1 – Estrutura porticada carregada lateralmente. a) Momentos devido às cargas
horizontais; b) Gradientes de momentos flectores e esforços transversos ao longo de um nó
interior.......................................................................................................................................... 60
Figura 3.2 – Acções actuantes em um nó interior (adaptado de CEB, 1996). ........................... 61
Figura 3.3 - Nó interior. ............................................................................................................... 67
Figura 3.4 - Secção transversal de pilares.................................................................................. 68
Figura 3.5 - Regiões críticas em pilares principais. .................................................................... 68
Figura 3.6 – Confinamento do núcleo de betão. ......................................................................... 71
Figura 3.7 – Disposições típicas de armaduras dos nós de estruturas correntes de betão
armado. ....................................................................................................................................... 78
Figura 3.8 – Encamisamento de nós com betão (planta). .......................................................... 80
Figura 3.9 – Encamisamento de nós com betão (perspectiva)................................................... 80
x
Figura 5.3 - Reforço de vigas por escarificação parcial - ancoragem da armadura longitudinal
inferior (Matos, 2000). ............................................................................................................... 118
Figura 5.4 - Reforço de vigas à flexão através de estribos de posicionamento ancorados na
viga (Matos, 2000). .................................................................................................................... 119
Figura 5.5 - Reforço de vigas à flexão através de estribos de posicionamento ancorados na
viga - betonagem (Matos, 2000). .............................................................................................. 119
Figura 5.6 - Reforço de vigas à flexão e ao corte por encamisamento de betão armado (Matos,
2000). ........................................................................................................................................ 120
Figura 5.7 - Reforço de vigas à flexão e ao corte por encamisamento de betão armado ou
argamassas especiais (Matos, 2000). ...................................................................................... 120
Figura 5.8 - Reforço de vigas por encamisamento de betão projectado (Matos, 2000). .......... 121
Figura 5.9 - Reforço ao corte: disposições construtivas (Bezelga & Azevedo, 2001). ............. 121
Figura 5.10 - Reforço ao corte: localização dos estribos de reforço (Bezelga & Azevedo, 2001).
................................................................................................................................................... 122
Figura 5.11 - Detector de armaduras (Proceq SA, 2008). ........................................................ 122
Figura 5.12 - Reforço ao corte: escarificação das zonas onde será colocada a nova armadura
(Matos, 2000). ........................................................................................................................... 123
Figura 5.13 - Reforço ao corte: colocação da nova armadura (Matos, 2000). ......................... 123
Figura 5.14 - Reforço ao corte: selagem com argamassa de epoxy dos novos estribos (Matos,
2000). ........................................................................................................................................ 123
Figura 5.15 - Reforço ao corte através de varões inclinados (adaptado de Emmons, 1994). . 124
Figura 5.16 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Dimensões recomendadas (Costa &
Matos, 2000).............................................................................................................................. 125
Figura 5.17 - Reforço à flexão com chapas e buchas metálicas. Dimensões recomendadas
(Costa & Matos, 2000). ............................................................................................................. 126
Figura 5.18 - Pormenores de ligação das chapas de reforço: (a) nas extremidades de vigas; (b)
num nó de pórtico. ..................................................................................................................... 127
Figura 5.19 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Vista lateral (Matos, 2000).................. 127
Figura 5.20 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Pormenor (Matos, 2000)..................... 128
Figura 5.21 - Reforço ao corte com chapas metálicas. Dimensões recomendadas (Costa &
Matos, 2000).............................................................................................................................. 128
Figura 5.22 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Dimensões recomendadas
(Costa & Matos, 2000). ............................................................................................................. 129
Figura 5.23 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Chapa contínua (Costa &
Matos, 2000).............................................................................................................................. 129
Figura 5.24 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Chapas descontínuas (Costa &
Matos, 2000).............................................................................................................................. 129
Figura 5.25 - Reforço ao corte com chapas metálicas envolvendo a viga (Costa & Matos, 2000)
................................................................................................................................................... 130
Figura 5.26 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas (Matos, 2000). ..................... 130
Figura 5.27 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Pormenor (Matos, 2000)..... 131
Figura 5.28 - Reforço à flexão com manta flexível unidireccional e laminados de CFRP (Dias et
al., 2002).................................................................................................................................... 132
Figura 5.29 - Reforço à flexão com mantas e presilhas flexíveis (Dias et al., 2002). ............... 132
Figura 5.30 - Presilhas executadas com mantas de CFRP (Dias et al., 2002). ....................... 133
Figura 5.31 - Reforço à flexão com laminados de CFRP (Dias & Barros, Reforço ao Corte de
Vigas T de Betão Armado por Inserção de Laminados de CFRP, 2005). ................................ 134
Figura 5.32 - Reforço de vigas ao corte através de mantas flexíveis de CFRP. ...................... 135
xii
Figura 5.33 - Reforço ao corte por laminados de CFRP verticais. ........................................... 136
Figura 5.34 - Reforço ao corte por laminados de CFRP inclinados.......................................... 136
Figura 6.1 - Desenho do “Alçado F” existente antes do restauro do edifício (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN]. .................................................... 143
Figura 6.2 - Desenho do “Alçado F” utilizado para a realização do restauro (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN]. .................................................... 143
Figura 6.3 - Desenho do “Alçado 6” existente antes do restauro do edifício (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN]. .................................................... 144
Figura 6.4 - Desenho do “Alçado 6” utilizado para a realização do restauro (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN]. .................................................... 144
Figura 6.5 - Aspecto do edifício antes (a) e após a conclusão das obras de 1934 (b) [Fotos
extraídas da base de dados da DGEMN]. ................................................................................ 145
Figura 6.6 - Aspecto do Paço antes da supressão do muro gradeado [Foto extraída da base de
dados da DGEMN]. ................................................................................................................... 146
Figura 6.7 - Localização do Arquivo Distrital de Braga. ............................................................ 148
Figura 6.8 - Planta do Piso 1 (desenho facultado pelos STec em suporte digital). .................. 148
Figura 6.9 - Planta do Piso Intermédio (desenho facultado pelos STec em suporte digital). ... 149
Figura 6.10 - Planta do Piso 2 (desenho facultado pelos STec em suporte digital). ................ 149
Figura 6.11 - Identificação dos elementos estruturais. ............................................................. 151
Figura 6.12 - Levantamento geométrico efectuado: (a) geometria das nervuras, vigas e pilares;
(b) geometria em planta da laje de piso da Sala das Inquirições. ............................................ 152
Figura 6.13 - Utilização do georadar para detecção das armaduras transversais (a) e as
armaduras longitudinais (b) no pilar P2. ................................................................................... 154
Figura 6.14 - Armaduras longitudinais visíveis no pilar P2. ...................................................... 154
Figura 6.15 - (a) Armadura longitudinal inferior e estribos da viga V3; (b) Armadura longitudinal
inferior com disposição em duas camadas na nervura N1. ...................................................... 155
Figura 6.16 - Armadura da laje de piso da Sala das Inquirições. Nesta figura é também visível a
armadura de momentos negativos da viga V3.......................................................................... 155
Figura 6.17 - Extracção da carote de betão do pilar P2. .......................................................... 160
Figura 6.18 - Vista geral da Sala das Inquirições. .................................................................... 163
Figura 6.19 - Distribuição das estantes na Sala das Inquirições. ............................................. 164
Figura 6.20 - Pesagem das pastas existentes nas estantes da Sala das Inquirições. ............. 165
Figura 6.21 - Aspecto geral das estantes. ................................................................................ 166
Figura 6.22 - Geometria adoptada para os painéis no estudo da laje. Nota: as dimensões
indicadas na figura encontram se em metros. .......................................................................... 168
Figura 6.23 - Malha de elementos finitos utilizada no estudo da laje. ...................................... 169
Figura 6.24 - Malha de elementos finitos utilizada no estudo da laje. ...................................... 171
Figura 6.25 - Deformada da laje para a combinação 1: situação actual................................... 172
Figura 6.26 - Deformada da laje para a combinação 2: situação regulamentar com sobrecarga
nos painéis ímpar. ..................................................................................................................... 172
Figura 6.27 - Deformada da laje para a combinação 3: situação regulamentar com sobrecarga
nos painéis par. ......................................................................................................................... 173
Figura 6.28 - Deformada da laje para a combinação 4: situação regulamentar com sobrecarga
nos painéis 1 a 7 e 15 a 21. ...................................................................................................... 173
Figura 6.29 - Deformada da laje para a combinação 5: situação regulamentar com sobrecarga
nos painéis 8 a 14 e 22 a 28. .................................................................................................... 174
xiii
Figura 6.30 - Deformada da laje para a combinação 6: situação regulamentar com sobrecarga
em todos os painéis. ................................................................................................................. 174
Figura 6.31 - Esquema estrutural adoptado no cálculo dos esforços das nervuras. ................ 177
Figura 6.32 - Secção transversal das nervuras. ....................................................................... 179
Figura 6.33 - Esquema estrutural adoptado no cálculo dos esforços das vigas principais. ..... 182
Figura 6.34 - Combinação 1: diagrama de esforços transversos. Nota: unidades em [kN]. .... 184
Figura 6.35 - Combinação 1: diagrama de momentos flectores. Nota: unidades em [kN•m]. .. 184
Figura 6.36 - Combinação 2: diagrama de esforços transversos. Nota: unidades em [kN]. .... 184
Figura 6.37 - Combinação 2: diagrama de momentos flectores. Nota: unidades em [kN•m]. .. 184
Figura 6.38 - Combinação 3: diagrama de esforços transversos. Nota: unidades em [kN]. .... 185
Figura 6.39 - Combinação 3: diagrama de momentos flectores. Nota: unidades em [kN•m]. .. 185
Figura 6.40 - Combinação 4: diagrama de esforços transversos. Nota: unidades em [kN]. .... 185
Figura 6.41 - Combinação 4: diagrama de momentos flectores. Nota: unidades em [kN•m]. .. 185
Figura 6.42 - Secção transversal das vigas principais para a determinação da capacidade
resistente. .................................................................................................................................. 186
Figura 6.43 - Combinação 1: diagrama de esforços transversos após redistribuição de esforços.
Nota: unidades em [kN]. ............................................................................................................ 187
Figura 6.44 - Combinação 1: diagrama de momentos flectores após redistribuição de esforços.
Nota: unidades em [kN•m]......................................................................................................... 187
Figura 6.45 - Secção transversal do pilar P2. Nota: unidades em [m]...................................... 191
Figura 6.46 - Reforço da laje à flexão. ...................................................................................... 194
Figura 6.47 - Reforço das vigas ao corte. ................................................................................. 199
Figura 6.48 - Reforço da armadura transversal dos pilares...................................................... 203
xiv
xv
ÍNDICE DE TABELAS
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
(a) (b)
(c) (d)
Figura 1.1 – (a) Joseph Monier (Structurae, 2001); (b) vasos de jardim construídos por
Monier (Barbisan & Guardini, 2003); (c) J. L. Lambot (Structurae, 2002); (d) pequeno
barco em betão armado construído por Joseph-Louis Lambot (Bosc et al., 2001).
Figura 1.4 – W. E. Ward, o primeiro edifício em betão armado dos Estados Unidos (1871 -
1875), Port Chester, Nova York.
(a) (b)
Figura 1.9 – (a) Igreja Notre Dame du Haut, França (1954) (Demel, 1997) (b) Sistema Dom-
ino (1914).
Frank Lloyd Wright foi o primeiro a tirar partido da consola como uma
característica arquitectónica, graças à natureza contínua do betão armado. A
casa Kaufman (1936) é um exemplo deste conceito (ver Figura 1.10).
Introdução 9
1.3 OBJECTIVOS
CAPÍTULO 2
CONSIDERAÇÕES GERAIS E TIPOS DE REFORÇO
2.1 INTRODUÇÃO
REGULAMENTOS PORTUGUESES
Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes
(RSA, 1983)
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado (REBAP, 1983)
NORMAS EUROPEIAS
Eurocódigo 1 – Bases de Projecto e Acções em Estruturas (CEN, 2002)
Eurocódigo 2 – Projecto de Estruturas de Betão (CEN, 2004)
Eurocódigo 7 - Projecto Geotécnico (CEN, 2004)
Eurocódigo 8 – Parte 1-4: Reforço e Recuperação de Edifícios (CEN, 2004)
EN1504 – Produtos e Sistemas para a Protecção e Reparação de Estruturas de
Betão (IPQ, 2006)
DOCUMENTOS TÉCNICOS
Boletim de Informação n.º 162 – “Assessment of Concrete Structures and Design
Procedures for Upgrading (Redesign)”. – Federação Internacional do Betão (FIB),
1983.
Boletim de Informação n.º 14 – “Externally Bonded FRP Reinforcement for RC
Structures”. Technical Report, October 2001. – Federação Internacional do Betão
(FIB), 2001.
Boletim de Informação n.º 18 – “Management, Maintenance and Strengthening of
Concrete Structures”. Technical Report, April 2001 – Federação Internacional do
Betão (FIB), 2001.
“Guidelines for the Design and Construction of Externally FRP Systems for
Strengthening Concrete Structures”, ACI Comité 440, Sub-Comité 440F – American
Concrete Institute, 2000.
Considerações gerais e tipos de reforço 19
(2.1)
Onde:
Rinicial e Kinicial – características iniciais de resistência e de rigidez,
respectivamente;
Rresidual e Kresidual – características residuais de resistência e de rigidez,
respectivamente;
υR e υK – coeficientes de correcção da capacidade resistente e de rigidez.
Tabela 2.6 - Coeficiente υR para danos provocados por sismos (CEB, 1983).
Tabela 2.7 - Coeficiente υR para danos provocados por incêndios (CEB, 1983).
Tabela 2.8 - Coeficiente υR para danos provocados pela corrosão (CEB, 1983).
Φ (2.4)
Onde:
Rd’ – esforço residual resistente de cálculo;
Sd – esforço actuante de cálculo.
Tabela 2.10 - Valores de γc' para betão cofrado em obra (CEB, 1983).
Espessura adicional
Controlo de < 100 mm > 100 mm
qualidade e
inspecção Acessibilidade
Baixa Normal Baixa Normal
Alto 1,80 1,65 1,50 1,50
Médio 1,95 1,80 1,65 1,50
Controlo de Acessibilidade
qualidade e Baixa Normal
inspecção
Alto 1,95 1,80
Médio 2,10 1,95
Controlo de
qualidade e Armaduras novas
inspecção
Alto
1,40
Médio
26 Capítulo 2
, (2.5)
Aparecimento de fissuração
quando o betão jovem é sujeito
a movimentos.
Pilar
ºC
ºC
Esta técnica será a mais aplicada pelas vantagens que apresenta, uma vez
que é de simples execução e recorre à utilização de estratégias e materiais
“correntes”. Comparando com a técnica que recorre à aplicação de armaduras
exteriores, o encamisamento com betão garante maior protecção ao fogo e à
corrosão das armaduras suplementares.
Por outro lado, apresenta como inconvenientes o aumento da dimensão dos
elementos reforçados e o tempo de espera necessário para a presa e
endurecimento (aquisição de resistência) do betão.
A espessura mínima do encamisamento deverá ser de 10 cm, em geral, ou
de 6 cm, no caso de serem utilizados betões com aditivos (super-plastificantes)
e agregados cuja dimensão máxima (dmáx) não ultrapasse os 20 mm.
O aspecto crítico deste tipo de reforço é, sem dúvida, a ligação do betão
novo ao betão velho, particularmente devido ao efeito da retracção.
Para melhorar as características desta ligação e atenuar os efeitos da
retracção, devem-se adoptar procedimentos adequados (Matos, 2000).
Nos próximos parágrafos descrevem-se os mesmos.
Sendo esta uma das tarefas mais importantes, deve-se atender a uma
cuidada remoção de gorduras no betão, de corrosão das armaduras e
eliminação de poeiras. Com a escarificação superficial, pretende-se aumentar a
rugosidade da superfície de contacto para facilitar a aderência.
Para proceder a estes trabalhos, existem várias técnicas e equipamentos
utilizados, a saber:
Lixamento e escovamento, manual ou mecânico (eléctrico);
Jacto de areia (por via seca ou húmida);
Jactos de água ou ar comprimido;
Aspiração;
Lavagem com soluções ácidas ou alcalinas.
Aplicação do betão
Geralmente:
Módulo de elasticidade Resinas para injecção
E ~ 1000 – 2000 MPa
Tecnologias
O betão projectado apresenta, basicamente, duas formas de aplicação: via
seca e via húmida.
Na via seca, os agregados húmidos e o cimento são misturados e lançados
por ar comprimido para a pistola de projecção onde lhes é adicionada a água
sob pressão. Na Figura 2.5 apresenta-se de forma esquemática o processo de
fabrico do betão projectado por via seca.
Agregados
Máquina de
Betoneira
projecção
Canhão de
Cimento
projecção
Agregados
Máquina de Canhão de
Cimento Betoneira
projecção projecção
Água Ar comprimido
Madeira (prumos)
2ª fase 2ª fase
1ª fase
Cofragem
Resinas epoxy
Tipicamente, as resinas epoxy são constituídas por dois componentes que,
quando combinados, conduzem a um processo de polimerização e
consequente endurecimento. Na Figura 2.8 apresenta-se, esquematicamente,
este processo e suas características.
Resina - Irreversível
- Afectada pela temperatura
Polimerização
- Fortemente exotérmica
- Sem formação de produtos residuais (sem
Endurecedor retracção).
Conceitos principais
Apresentam-se, resumidamente, os conceitos e definições mais importantes
no que diz respeito a resinas epoxy. Este tema será novamente abordado e
aprofundado no ponto 2.2.4, na reparação ou reforço com polímeros reforçados
com fibras, onde as resinas desempenham um papel deveras crucial.
Betão
Neste caso, o betão de suporte para ser alvo da aplicação de reforços por
elementos metálicos, deve ter uma tensão característica de rotura à
compressão superior à classe C16/20.
Aço
Recomenda-se a utilização de aços macios com tensão de cedência inferior
a 400 MPa (preferencialmente o S235 para elementos metálicos), com vista a
explorar, em estado limite último, a sua plasticidade (Matos, 2000).
Tecnologias
Materiais
O reforço de estruturas de betão armado existentes, através da aplicação de
compósitos de FRP, passa pela técnica de colagem destes ao betão com o
auxílio de um adesivo. No final, o desempenho geral do reforço vai ser
condicionado pelo comportamento a curto e longo prazo dos dois materiais
(FRP e adesivo).
Seguem-se alguns conceitos fundamentais referentes a estes materiais bem
como alguns dos produtos disponíveis no mercado, nomeadamente ao nível
das fibras, do compósito de FRP e do adesivo de colagem (Juvandes, 1999).
Fibras
A “American Society for Testing Materials (ASTM) – Committee D30” define
fibras como materiais alongados com dimensão na razão de 10/1, no mínimo,
com uma secção transversal de 5x10-2 mm2 e uma espessura máxima de
0.25 mm.
Nos FRP’s, as fibras representam as componentes de resistência e rigidez
do compósito e, por este motivo, torna-se necessário existir um critério de
selecção em função de parâmetros como o tipo de fibra (composição química),
o seu grau de concentração, o seu comprimento (curtas ou longas) e a forma
como se dispõem no seio da matriz. Deste último parâmetro, conclui-se que a
resistência à tracção e o respectivo módulo de elasticidade são máximos para
a direcção principal das fibras e reduzem progressivamente de valor, quando o
ângulo em análise se afasta daquela direcção.
As fibras exibem um comportamento perfeitamente elástico, sem presença
de tensão de cedência e deformação plástica, ao contrário dos metais.
Na generalidade, as fibras em filamento contínuas, designadas “Contínuous
Fibers”, são as mais indicadas para o reforço de estruturas de betão, devido à
possibilidade de orientação numa determinada direcção com vista à
optimização do seu desempenho estrutural.
As principais fibras contínuas comercializadas para aplicações de
engenharia civil, com especial ênfase no reforço com sistemas de FRP, são o
vidro (G), o carbono (C) e a poliamida aromática (aramida (A) ou Kevlar® (K)).
Considerações gerais e tipos de reforço 45
σ G-S
(MPa)
C-HS
A-HM A-IM
3000
G-AR
C-HM G-E
2000
Aço Pré-Esforçado
1000
ile no
Poliprop
Nylon
1 2 3 4 5 ε (%)
Figura 2.9 – Comportamento à tracção de fibras e metais.
Tabela 2.15 – Propriedades mecânicas e físicas de vários tipos de fibras (Barros, 2006).
Material Módulo de Resistência à Densidade
elasticidade tracção (kg/m3)
(GPa) (MPa)
Betão 20 – 40 1–3 2400
Aço 200 – 210 240 – 690 7800
Fibras de vidro 69 – 72 1860 – 2680 1200 – 2100
Fibras de carbono 200 – 800 1380 – 6200 1500 – 1600
Fibras de aramida 69 – 124 3440 – 4140 1200 – 1500
Compósitos de FRP
A família dos compósitos de FRP resulta, sobretudo, da conjugação de fibras
contínuas de reforço orgânicas ou inorgânicas, com a resina termoendurecível
(matriz) e com as cargas de enchimento designadas por “fillers”. A partir das
principais fibras comercializadas como o vidro (G), o carbono (C) e a aramida
(A), constroem-se os respectivos compósitos reforçados denominados
46 Capítulo 2
Sistemas pré-fabricados
A forma mais comum usada nas aplicações de reforço estrutural e
desenvolvida na Europa, tem a designação geral de “Laminate”, apesar de, em
algumas publicações, referirem-se a “Plate” ou “Strip”.
Consiste na substituição das tradicionais chapas metálicas rígidas, por
sistemas laminados semi-rígidos de FRP do tipo unidireccional. Estes resultam
da impregnação de um conjunto de feixes ou camadas contínuas de fibras por
uma resina termoendurecível, consolidadas por um processo de pultrusão com
controlo da espessura e da largura do compósito. A orientação unidireccional
das fibras confere ao laminado a maximização da resistência e da rigidez na
direcção longitudinal. Em contraste, os casos de arranjos bidireccionais e
multidireccionais das fibras no plano repartem as propriedades mecânicas
pelas várias direcções (Juvandes, 1999).
Tabela 2.16 – Mantas e tecidos empregues nos sistemas FRP curados in situ (Juvandes,
1999).
ORIENTAÇÃO
DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO ESTADO
DAS FIBRAS
Disposição de faixas
contínuas e paralelas de Secas
Mantas fibras sobre uma rede Unidireccionais
“sheets” de protecção. Pré-
(200 – 300 g/m2) impregnadas 1
Entrelaçamento Bidireccionais
“Woven direccionado de dois 0/90º
roving” 2 fios ou faixas de fibras. 0/+45º
(600 – 800 g/m2) 0/-45º Secos
Espalhamento aleatório
das fibras num tapete
rolante que,
“Mat” 2 posteriormente, é Multidireccional
Tecidos
pulverizado com resina
para adquirir
consistência.
Fios contínuos tecidos Unidirecional Pré-
por um processo têxtil ou impregnados 1
“Cloth” 2 convencional. Bidirecional
(150 – 400 g/m2) ou
Multidirecional
1
– aplicação de uma camada suave de resina sem a cura total, de modo a criar alguma
coesão entre as fibras (estado “prepreg”).
2
– designação internacional para o arranjo das fibras no plano.
3000
2500
Tensão de Tracção (MPa)
1500
RP RP
RP
GF AF
CF
1000
Aço normal
500
0
0 1 2 3 4 5
Deformação (%)
Figura 2.10 – Comportamento à tracção de vários sistemas de FRP e aço.
Adesivos
A selecção de um sistema de FRP inclui, para além do compósito de FRP, o
estabelecimento do agente responsável pela sua colagem aos elementos a
reforçar, designado por adesivo ou cola.
Os sistemas comercializados, na generalidade, utilizam adesivos que têm
sido formulados, especificamente, para optimizar o seu comportamento
estrutural, na vasta gama de condições ambientais a que possam estar sujeitos.
Os adesivos principais nestes sistemas são da classe geral dos epóxidos, dos
vinilester e dos poliéster insaturados.
No caso dos laminados pré-fabricados, o agente adesivo é um material
distinto do compósito de FRP sendo, nas aplicações realizadas na Europa, do
tipo epoxy. Nestes, são usados sistemas de resinas de dois componentes, a
resina de epoxy e um endurecedor e, regra geral, a primeira é livre de
solventes e tem enchimento mineral (por exemplo, quartzo).
Nos sistemas de FRP curados “in situ”, o agente adesivo é a própria resina
de impregnação das fibras e de polimerização em compósito de FRP. Neste
caso, a literatura internacional atribui o termo “Saturating Resin” para distingui-
lo da designação corrente de adesivo (situação anterior dos laminados). Este
50 Capítulo 2
Tabela 2.17 – Propriedades mecânicas e físicas de algumas resinas puras (Barros, 2006).
Resina Módulo de elasticidade Resistência à Extensão na Densidade
(GPa) tracção rotura (kg/m3)
(MPa) (%)
Poliéster 2.1 – 4.1 20 – 100 1.0 – 6.5 1000 – 1450
Epoxy 2.5 – 4.1 55 – 130 1.5 – 9.0 1100 – 1300
Laminados pré-fabricados
Como processos aconselháveis para o betão, normalmente recorre-se à
utilização da picagem com passagem de escova de aço, a projecção de jacto
Considerações gerais e tipos de reforço 53
Mantas flexíveis
Quando se pretende utilizar mantas flexíveis no reforço de estruturas, é
necessário remover as sujidades e a fina camada de leitada de cimento,
através do polimento com um esmeril e posterior projecção de jacto de ar.
54 Capítulo 2
Procura-se, desta forma, obter uma superfície lisa e com exposição dos
agregados superficiais.
No sentido de melhorar as propriedades aderentes da camada de betão da
interface, aplica-se um primário e corrigem-se as irregularidades pontuais da
superfície, com o revestimento à espátula de uma argamassa de resina de
epoxy tipo "Putty". O primeiro melhora a coesão das partículas no betão e a
adesão ao compósito, através da impregnação do produto no betão. O
segundo proporciona a plena adesão da área do compósito à superfície do
betão. Após a aplicação do primário e do "Putty" deixam-se curar os produtos,
nas condições de temperatura e humidade ambiente, durante dois dias no
mínimo, de modo a obter-se o grau desejável para a aplicação posterior do
compósito de CFRP.
Em qualquer dos dois sistemas, devem corrigir-se as irregularidades
pontuais da superfície do betão, com o revestimento à espátula de uma
argamassa de resina epoxy, de modo a proporcionar a plena adesão da área
do compósito ao betão. As superfícies com concavidades devem ser,
igualmente, evitadas ou corrigidas, visto serem zonas propícias ao
destacamento prematuro do CFRP.
1,4 MPa, segundo o ACI 440F (1999), e a 1,5 MPa, propostos pelo CEB (CEB-
GTG 21, 1990), por Meier (1997-b) e pelas homologações Nr. Z-36.12-29 (1997)
e Nr. Z-36.12-54 (1998) do DIBt. Caso contrário, não é conveniente efectuar o
reforço exterior com colagem.
Os ensaios directos de aderência sobre a superfície do betão podem ser
executados de duas formas, mediante os objectivos que se pretenda obter,
mas sempre com o princípio comum de que se avaliam características
superficiais. No caso de arrancamento por tracção de uma pastilha metálica
previamente colada no betão (teste de "pull-off' subscrito na pré-norma prEN
1542, 1998), mede-se a resistência a tracção perpendicular à ligação. Se a
mesma pastilha for extraída por um movimento de torção ("torque-test"),
quantifica-se a resistência ao corte.
Do conjunto reduzido de ensaios definidos por vários investigadores sobre
este assunto, o ensaio de arrancamento por tracção é, actualmente, utilizado
in situ para análise da aderência na ligação entre materiais e superfícies de
betão. O ensaio consiste na medição da força de tracção necessária para o
arrancamento de pastilhas metálicas (secção circular ou quadrada)
previamente coladas à superfície do betão com uma cola tipo epoxídica (ver
Figura 2.14). O valor da tensão de tracção (neste contexto admite-se igual a
tensão de aderência) obtém-se dividindo o esforço de tracção na rotura pela
secção da pastilha. Para circunscrever a tensão de aderência à área real da
colagem, pode efectuar-se uma pré-carotagem no perímetro da pastilha
(secção circular), de modo a penetrar cerca de 1,5 cm no elemento de betão.
Os modos de ruína podem ocorrer por corte integral ao longo de uma
superfície de betão, por rotura do adesivo, por destacamento na interface de
ligação dos materiais ou, por último, pela conjugação dos três casos. Se a
ruína se manifestar no betão ou no adesivo, determina-se a resistência à
tracção dos mesmos e este valor é um limite mínimo para a resistência da
ligação. Se a ruína ocorrer, uma parte na interface de ligação e a outra no
betão ou no adesivo, significa que a resistência a tracção dos dois é
semelhante e o valor determinado é considerado como um valor médio da
aderência (Juvandes, 1999).
Considerações gerais e tipos de reforço 57
CAPÍTULO 3
REPARAÇÃO E REFORÇO DE NÓS DE PÓRTICOS DE
BETÃO ARMADO
3.1 INTRODUÇÃO
(a)
M V
V,pilar
M
V,viga
V,nh
V,nv
(b)
A armadura das vigas e dos pilares que atravessam os nós de uma estrutura
porticada carregada lateralmente estará sujeita à tracção numa fronteira, e à
compressão na outra, querendo dizer que existe um potencial de transferência
de uma quantidade significativa das forças para o nó, através da união por
aderência ao longo do seu perímetro. É importante assimilar que podem
ocorrer ambos estes mecanismos de aplicação de forças, o que seria
reconhecido como corte no nó. Qualquer incapacidade de resistir a estas forças
poderá ser reconhecida como rotura ao corte no nó. Por conseguinte, roturas
do nó, sejam elas devidas ao esforço de corte ou não, podem ocorrer devido a
qualquer uma das três possibilidades (ou todas elas em conjunto):
3.3.1 VOLUME DO NÓ
3.3.4 ARMADURAS NO NÓ
bw
bc
Figura 3.3 - Nó interior.
Deve ser colocado, pelo menos, um varão vertical (entre os varões de canto
do pilar) em cada lado do nó que liga vigas e pilares sísmicos primários.
A cláusula 5.4.3.2.2 do Eurocódigo 8 especifica a pormenorização de pilares
principais com contribuição para a resistência ao sismo, no que respeita a
ductilidade local.
68 Capítulo 3
(1)P – A razão total de armadura longitudinal (ρ1) não deve ser inferior a
0,01 e superior a 0,04. Em secções simétricas, deve ser disposta
armadura simetricamente (ρ = ρ’).
(2)P – Deve ser colocado pelo menos um varão intermédio entre varões
de canto, ao longo de cada face do pilar, de forma a assegurar a
integridade do nó de ligação viga – pilar (ver Figura 3.4).
(3)P – As regiões até uma distância de lcr a partir das secções de topo de
pilares principais com contribuição para a resistência ao sismo, devem ser
consideradas como regiões criticas, tal como apresentado na Figura 3.5.
lcr
lcr
; ; 0,45 (3.1)
6
Onde,
hc – é a maior dimensão da secção transversal do pilar (em metros);
lcl – é o comprimento livre do pilar (em metros)
(5)P – Se lcl / hc < 3, então toda a altura do pilar sísmico primário deve ser
considerada como região critica e reforçada convenientemente.
· 30 · · · , · 0,035 (3.2)
70 Capítulo 3
Onde,
ωwd – razão volumétrica mecânica de confinamento das cintas, no interior
volume das cintas de confinamento
das regiões criticas: · ;
volume do núcleo de betão
1 (3.3)
6· ·
1 · 1 (3.4)
2· 2·
Onde,
n – número total de varões longitudinais amarrados lateralmente por
cintas ou estribos;
bi – distância entre varões amarrados consecutivos (ver Figura 3.6,
também para bo, ho, s).
1 (3.5)
1
(3.6)
2·
1 (3.7)
1
(3.8)
2·
bi
bo bc
S
ho
hc
bc
(9) – Deve ser considerado um valor mínimo de ωwd igual a 0.08, dentro
da região crítica (lcr) na base de pilares principais com contribuição para a
resistência à acção sísmica;
; 175; 8 · (3.9)
2
Onde,
bo – a menor dimensão do núcleo de betão (em milímetros), até ao eixo
das cintas;
dbL – o menor diâmetro dos varões longitudinais (em milímetros).
· · 1 · · (3.10)
Onde,
0,6 · 1
250
hjc – distância entre as camadas extremas de varões do pilar;
bj – tal como definido abaixo;
vd – esforço axial normalizado no pilar, acima do nó;
fck – em MPa.
· · (3.11)
Onde,
AS1 – área da armadura superior da viga;
74 Capítulo 3
Vjhd deve ser inferior a 80% do valor do termo à direita da Equação (3.10),
em que:
· · (3.12)
Onde:
AS1 – área da armadura superior da viga;
VC – esforço de corte no pilar, acima do nó, obtido através da análise
sísmica de dimensionamento;
γRd – factor que tem em conta um aumento dos esforços devido ao
endurecimento do aço em tensão e não deve ser inferior a 1.2.
Se : ; 0,5 ·
Se : ; 0,5 ·
· · (3.13)
· ·
Onde:
Ash – Área total das cintas horizontais;
Vjhd – definido acima no ponto (2), alíneas a) e b);
hjw – distância entre a armadura inferior e superior da viga;
hjc – distância entre as camadas extremas de varões do pilar;
bj - definido em (2);
vd – esforço axial de cálculo normalizado do pilar acima (vd = NEd / Ac x fcd);
fctd – valor de cálculo da resistência à tracção do betão, de acordo com a
EN1992-1-1:2004.
a) Em nós interiores:
· · · · 1 0,8 · (3.14)
b) Em nós exteriores:
· · · · 1 0,8 · (3.15)
76 Capítulo 3
2
, · · (3.16)
3
Onde Ash é a área total de cintas horizontais de acordo com (3) e (4), e
ASv,i denota a área total de varões intermédios colocados nas faces
relevantes do pilar, entre os varões de canto (incluindo varões que
contribuem para a armadura longitudinal dos pilares).
Figura 3.7 – Disposições típicas de armaduras dos nós de estruturas correntes de betão
armado.
Grupos de varões
#1 #2
Amarração de
canto
Estrutura existente Perfurações na laje
Cantoneiras de aço
64x64x10 mm
Pilar existente
Laje
Perfurações na laje
Estrutura em aço
(cantoneiras e barras de aço)
trabalhos necessários para levar a cabo este tipo de reforço entram em conflito
com a ocupação do edifício, o que poderá muito bem aumentar os custos da
reabilitação.
Por fim, estas técnicas de reforço alteram as características dinâmicas do
edifício (por exemplo, em estudos foram detectados acréscimos de 120% no
período do 1º modo e um acréscimo de 73% no corte basal). A alteração das
características dinâmicas pode aumentar os esforços em sítios não desejáveis,
e pode requerer uma reanálise cuidadosa.
Contudo, as técnicas de reforço por encamisamento com betão conduziram
a um aumento da resistência dos nós, migrando a zona de rotura para a viga e
aumentaram, de uma forma geral, a resistência lateral e capacidade de
dissipação de energia (Engindeniz, Kahn, & Zureick, 2005).
3 3
Chapa de aço de 6 mm
(apenas em nós interiores) 2 2
1 1
Alçado
"Loops" de aço
Cantoneiras soldados à cantoneira
Chapas
Parafusos
Corte no betão
Secção 1 - 1 Secção 2 - 2 Cintas de reforço
Secção 3 - 3
Figura 3.11 – Reforço com elementos exteriores de aço (cortes).
Pilar existente
Alçado 1
Barras 25x13 mm
Cantoneiras
de aço
Alçado 2
p a
L
d R
t
p=68 mm, d=13 mm, t=2.8mm, R=17.5 mm, L=18.8 mm, a=27º
Aço corrugado
(t=2.8 mm)
Orificios para parafusos
de ancoragem
Cantoneira em aço
76x76x10 mm
Viga
Pilar
Encamisamento em
chapa de aço corrugado
Folga de 20 mm
Cantoneira em aço
CFRP unidireccional
Pilar (2 camadas) t=0.33 mm
CFRP unidireccional
(2 camadas) t=0.33 mm
Viga
Tipo 2 Tipo 3
CFRP unidireccional
(2 camadas) t=0.33 mm CFRP unidireccional
(2 camadas) t=0.33 mm
CFRP colocado a 90º
Tipo 4 Tipo 5
Figura 3.16 – Reforço com mantas e/ou laminados de CFRP (alçados).
88 Capítulo 3
Rasgos preenchidos
com epoxy
Corte
Figura 3.17 – Reforço com mantas e/ou laminados de CFRP (corte).
Barras de ancoragem
1 camada GFRP
(+45º, -45º)
2 camadas GFRP
(+45º, -45º)
Placa de protecção
Alçado
Tipologia T1R Tipologia T2R
Placa de protecção
3 camadas GFRP
1 camada GFRP (unidireccional)
(não ancorada)
(+45º, -45º)
Alçado Alçado
Tipologia T4 Tipologia T9
Barras de ancoragem de
Ø12 mm, atravessando o nó
4 camadas de GFRP
unidireccionais
Chapas de aço de 3 mm de
espessura em forma de U
Barras de fixação Ø 25 mm
Cantoneira em aço 500x225x8 mm
Parafusos Ø 20 mm
8 camadas de GFRP
unidireccionais
Viga
Vista superior
Pilar
1 camada
4 camadas em cada
direcção diagonal
Folga de 102 mm
Folga de 25 mm
1 camada
2 camadas
1 camada
Folga de 25 mm
Vista Vista
Posterior Frente
Vista inferior
Figura 3.21 – Reforço com CFRP.
CAPÍTULO 4
REPARAÇÃO E REFORÇO DE PILARES DE BETÃO
ARMADO
4.1 INTRODUÇÃO
betão armado construídos até à década de 80. Por este motivo, a ocorrência de
acções sísmicas de intensidade média a elevada, poderá introduzir nestas
construções danos consideráveis sendo, os pilares, elementos críticos uma vez
que o seu colapso conduz, geralmente, à rotura global da estrutura.
Uma das estratégias possíveis para diminuir o impacto humano e material da
ocorrência deste tipo de eventos, passa por reforçar as zonas críticas deste
tipo de estruturas. Podendo, de forma simplificada, considerar-se a acção
sísmica como de carácter cíclica, e sendo os pilares elementos fulcrais na
garantia da estabilidade global de uma estrutura porticada de betão armado,
será de todo oportuno a exploração dos benefícios proporcionados por
sistemas de reforço que aumentem a capacidade de absorção de energia deste
tipo de elementos, quando submetidos a acções cíclicas. Sendo a acção cíclica
horizontal a que merece especial cuidado, dado introduzirem esforços de flexão
e corte, é no entanto também importante avaliar a eficácia de sistemas de
reforço no comportamento de elementos de pilar submetidos a acções cíclicas
de compressão. Neste caso, importa que os sistemas de reforço aumentem o
confinamento do betão dos pilares e evitem a encurvadura das armaduras
longitudinais (Ferreira & Barros, 2006).
Apresentam-se, em seguida, cada uma destas técnicas detalhadamente.
1ª Etapa
Escarificação
Figura 4.1 - Encamisamento de pilares com betão armado (escarificação) (Matos, 2000).
2ª Etapa
Armadura nova
3ª Etapa 4ª Etapa
Cofragens Enchimento com o
novo betão
Figura 4.2 - Encamisamento de pilares com betão armado moldado in-situ (Matos, 2000).
Armadura nova
Cofragens
Pilar existente
Superficies escarificadas
5 cm
Argamassa de epoxy
Chama-se a atenção para uma boa vibração do betão, com vista a evitar a
acumulação de agregados em determinadas zonas da peça. Uma vez que a
utilização de vibradores convencionais pode ser complicada, o uso de
vibradores de cofragem pode ser uma boa alternativa. Em ambos os casos,
observar os tempos de vibração de forma a reduzir a segregação do betão.
Reparação e reforço de pilares de betão armado 99
Pilar existente
Betão projectado
Armadura nova
Pilar existente
t ≥ 50 mm, no caso de se
recorrer a betão projectado;
t ≥ 70 – 100 mm, no caso de
betão moldado in-situ;
Reforço local t
Estribos: Ø8 espaçados
0,10 m a 0,15 m;
Esforços:
R M, N R ∆R
Figura 4.6 - Reforço de pilares por encamisamento de betão armado (Costa & Matos,
2000).
Ac A'c
As
A's
Conectores
Figura 4.7 - Reforço de pilares por encamisamento de betão armado (reforço localizado).
a) b)
Figura 4.8 - Reforço de pilares com adição de elementos metálicos: a) simples, b) com
encamisamento de betão armado.
Por. A
Cantoneira metálica
Cantoneiras
metálicas
Fixação com resina
de epoxy
Por. A
Para além da ligação dos elementos metálicos por colagem com resina
injectada, pode complementar-se esta união através de soldadura às
armaduras iniciais, como ilustrado na Figura 4.10(a). A adopção de buchas só
é viável no caso de a dimensão da armadura de reforço ser suficientemente
elevada de forma a permitir que as buchas não colidam com a armadura
existente, como indicado na Figura 4.10(b). É recomendável ainda, que os
elementos longitudinais, colocados nos cantos da secção, sejam ligados entre
si através de barras soldadas, como ilustrado na Figura 4.10(c). Estas barras
podem ser utilizadas para o reforço da armadura transversal (Costa & Matos,
2000).
104 Capítulo 4
Cantoneira
Argamassa
epoxidica
Chapas
Cantoneiras
Rede de metal distendido
ligada às cantoneiras
Soldaduras
Pilar existente
Chapa 25 mm largura
Cantoneira 4 mm de espessura
(cada 100 mm)
Figura 4.12 - Cintas pré-aquecidas e soldadas (Matos, 2000).
Soldaduras
Pilar existente
50 mm
Cantoneira
Espiral Ø6 mm
Soldaduras
50 mm
50 mm
Pilar existente
Figura 4.14 - Chapas de aço coladas com resina epoxy (Matos, 2000).
Soldaduras
50 mm
Pilar existente
Chapa aquecida
e soldada
Figura 4.15 - Chapas de aço aquecidas, soldadas e coladas com resina epoxy (Matos,
2000).
Por. A
Porca
Estribos em
chapa Parafuso
Chapa metálica
Resina de epoxy
Por. A
Figura 4.16 - Reforço da armadura transversal através de chapas metálicas (Matos, 2000).
Viga longitudinal
Viga transversal
Quadro metálico
em cantoneira Chapa de reforço
Figura 4.17 - Pormenores de ligação das armaduras de reforço de um pilar num nó.
Chapa de reforço
Quadro metálico
em cantoneira
Chumbadouro
Armadura longitudinal
Armadura transversal
Faixas CFRP
(a) (b)
(a) (b)
Figura 4.21 - Solução proposta: (a) estado actual; (b) secção reparada (Appleton J. ,
2007).
2
Ranhuras de 5x15 mm
100-150 mm
CAPÍTULO 5
REPARAÇÃO E REFORÇO DE VIGAS DE BETÃO
ARMADO
5.1 INTRODUÇÃO
As'
t'
Conectores
As
Asr
Figura 5.1 – Reforço de vigas e lajes por encamisamento com betão armado.
Escarificação 1
3 10 mm
Armadura nova
Armadura existente
min. 20 mm
min. 20 mm
Figura 5.2 - Reforço de vigas por escarificação parcial - colocação de armaduras (Matos,
2000).
Selagem com
resina epoxy
Pilar >6 cm
Armadura nova
Aberturas na laje
Cofragem
Novo betão
Figura 5.5 - Reforço de vigas à flexão através de estribos de posicionamento ancorados
na viga - betonagem (Matos, 2000).
Aberturas na laje
Escarificação
1
3
Armadura existente
Armadura nova de reforço
Figura 5.6 - Reforço de vigas à flexão e ao corte por encamisamento de betão armado
(Matos, 2000).
Adesivo epoxy
Encamisamento de argamassa
de epoxy
Figura 5.7 - Reforço de vigas à flexão e ao corte por encamisamento de betão armado ou
argamassas especiais (Matos, 2000).
Selagem com
resina epoxy
1ª etapa
2ª etapa
Nova armadura
3ª etapa
Figura 5.8 - Reforço de vigas por encamisamento de betão projectado (Matos, 2000).
Soldaduras
Figura 5.9 - Reforço ao corte: disposições construtivas (Bezelga & Azevedo, 2001).
Estribos de reforço
Argamassa de epoxy
Figura 5.10 - Reforço ao corte: localização dos estribos de reforço (Bezelga & Azevedo,
2001).
Sulcos
Escarificação
Laje
Viga
3 cm
Figura 5.12 - Reforço ao corte: escarificação das zonas onde será colocada a nova
armadura (Matos, 2000).
Escarificação
Nova armadura
3 cm
Fendas de corte
Estribos existentes
Orifícios
diagonais
Armadura
existente
podem ser ligados por simples colagem com resina epoxy ou com resina epoxy
aplicada por injecção. A ligação pode e deve ser complementada com buchas
metálicas (Costa & Matos, 2000).
Como já referido no Capítulo 2, a adopção de qualquer destas técnicas
requer uma cuidadosa preparação das superfícies do betão e das chapas para
garantir condições de boa ligação entre as chapas de reforço e o betão
existente.
Quando não são utilizadas buchas metálicas na ligação, é recomendada
uma espessura entre 3 e 5 mm e uma largura inferior a 300 mm das chapas. A
espessura da resina deve ser da ordem de 1 a 3 mm uma vez que espessuras
elevadas conduzem a uma ligação menos eficiente (Costa & Matos, 2000).
3 mm ≤ ts ≤ 5 mm
tg ≤ 2 mm
tg 50 mm ≤ bs < 300 mm
Resina epoxy
Chapa de aço bs ts
Figura 5.16 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Dimensões recomendadas (Costa &
Matos, 2000).
126 Capítulo 5
3 mm ≤ ts ≤ 12 mm
tg ≤ 2 mm
tg
bs ≥ 80 mm
Resina epoxy
Chapa de aço ts
Parafuso com
bs
bucha metálica
Figura 5.17 - Reforço à flexão com chapas e buchas metálicas. Dimensões
recomendadas (Costa & Matos, 2000).
Quadro metálico
em cantoneira
Chapas de
reforço
(a) (b)
Figura 5.18 - Pormenores de ligação das chapas de reforço: (a) nas extremidades de
vigas; (b) num nó de pórtico.
Laje
Viga
Chapa metálica
Figura 5.19 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Vista lateral (Matos, 2000).
128 Capítulo 5
Chapa metálica
Porca
Furo
Parafuso
Figura 5.20 - Reforço à flexão com chapas metálicas. Pormenor (Matos, 2000).
ts ≤ 3 mm
Chapa de aço dr
tg ≤ 2 mm
dr ≥ 100 ts
tg ts
Resina epoxy
Figura 5.21 - Reforço ao corte com chapas metálicas. Dimensões recomendadas (Costa
& Matos, 2000).
Reparação e reforço de vigas de betão armado 129
ts ≤ 8 mm
Chapa de aço dr
tg ≤ 2 mm
Parafuso com dr ≥ 100 ts
bucha metálica
tg ts
Resina epoxy
Cantoneira
Alçado lateral
Figura 5.23 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Chapa contínua (Costa &
Matos, 2000).
Alçado lateral
Cantoneira
Vista inferior
Figura 5.24 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Chapas descontínuas
(Costa & Matos, 2000).
130 Capítulo 5
Alçado lateral
Cantoneira
Vista inferior
Figura 5.25 - Reforço ao corte com chapas metálicas envolvendo a viga (Costa & Matos,
2000)
Laje
Viga Parafusos
Chapa metálica
Estribos em chapa metálica
Figura 5.26 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas (Matos, 2000).
Reparação e reforço de vigas de betão armado 131
Chapa metálica
Porca
Parafuso
Furo
Figura 5.27 - Reforço ao corte com chapas e buchas metálicas. Pormenor (Matos, 2000).
Laminado CFRP
Manta CFRP (2 camadas - 0º)
Figura 5.28 - Reforço à flexão com manta flexível unidireccional e laminados de CFRP
(Dias et al., 2002).
90º
0º
Figura 5.30 - Presilhas executadas com mantas de CFRP (Dias et al., 2002).
Figura 5.31 - Reforço à flexão com laminados de CFRP (Dias & Barros, Reforço ao Corte
de Vigas T de Betão Armado por Inserção de Laminados de CFRP, 2005).
Apoio Apoio
Apoio
Figura 5.34 - Reforço ao corte por laminados de CFRP inclinados.
CAPÍTULO 6
ESTUDO DE ESTABILIDADE DA SALA DAS
INQUIRIÇÕES DO ARQUIVO DISTRITAL DE BRAGA
6.1 INTRODUÇÃO
†
Faleceu em 2006
140 Capítulo 6
6.2.1 DOCUMENTAÇÃO
6.2.2 VISITAS
Figura 6.1 - Desenho do “Alçado F” existente antes do restauro do edifício (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN].
Figura 6.2 - Desenho do “Alçado F” utilizado para a realização do restauro (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN].
144 Capítulo 6
Figura 6.3 - Desenho do “Alçado 6” existente antes do restauro do edifício (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN].
Figura 6.4 - Desenho do “Alçado 6” utilizado para a realização do restauro (desenho não
datado) [Desenho extraído da base de dados da DGEMN].
(a) (b)
Figura 6.5 - Aspecto do edifício antes (a) e após a conclusão das obras de 1934 (b)
[Fotos extraídas da base de dados da DGEMN].
Figura 6.6 - Aspecto do Paço antes da supressão do muro gradeado [Foto extraída da
base de dados da DGEMN].
6.3.2 TIPOLOGIA
Figura 6.8 - Planta do Piso 1 (desenho facultado pelos STec em suporte digital).
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 149
Figura 6.9 - Planta do Piso Intermédio (desenho facultado pelos STec em suporte digital).
Figura 6.10 - Planta do Piso 2 (desenho facultado pelos STec em suporte digital).
150 Capítulo 6
P3 V3
N1
P2 V2
P1 V1
3.27
P3
V3 0.54
6.02
0.55
1.79 1.72 1.70 1.71 1.73 1.69
1.67
0.34
N1
3.42
0.24 0.23 0.23
0.23 0.23
0.23
P2
V2 0.54
6.05
0.56
1.76 1.72 1.66 1.71 1.74
1.67 1.79
0.25 0.23 0.24
16.69
3.49
V1 P1 5.95
4.46
13.58
(a)
13.35
4
15.70
.7
20
20
.6
16.69
13.58
(b)
Figura 6.12 - Levantamento geométrico efectuado: (a) geometria das nervuras, vigas e
pilares; (b) geometria em planta da laje de piso da Sala das Inquirições.
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 153
(a) (b)
Figura 6.13 - Utilização do georadar para detecção das armaduras transversais (a) e as
armaduras longitudinais (b) no pilar P2.
(a) (b)
Figura 6.14 - Armaduras longitudinais visíveis no pilar P2.
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 155
Varão superior
Varão inferior
(a) (b)
Figura 6.15 - (a) Armadura longitudinal inferior e estribos da viga V3; (b) Armadura
longitudinal inferior com disposição em duas camadas na nervura N1.
Figura 6.16 - Armadura da laje de piso da Sala das Inquirições. Nesta figura é também
visível a armadura de momentos negativos da viga V3.
Pilares
Relativamente aos pilares verifica-se que existe uma significativa
discrepância entre os elementos do projecto original e o efectivamente
existente. Curiosamente verifica-se que associada à diminuição das dimensões
da secção transversal, existe um acréscimo de armadura. Contudo, com esta
variação (do projecto original para o executado) há uma diminuição da
capacidade resistente em cerca de 40%. Nestas circunstâncias e atendendo ao
facto de não ter sido possível efectuar um levantamento exaustivo,
adoptaram-se valores conservativos, a saber:
geometria da secção transversal: 0.48 x 0.48 m2;
armadura longitudinal: 4Ø25;
armadura transversal (cintas): Ø6//0.50.
Vigas principais
No caso das vigas principais verificou-se uma maior concordância entre o
projecto original e o executado. Refira-se que não foi possível determinar a
quantidade de armadura longitudinal superior em virtude das vigas se
localizarem em zonas de estantes com livros. Assim, nestas circunstâncias
consideram-se os seguintes valores:
geometria da secção transversal (base x altura): 0.30 x 0.60 m2;
armadura longitudinal inferior: 4Ø28;
armadura longitudinal superior: 4Ø25;
armadura transversal (estribos): Ø6//0.225.
Nervuras
Também para as nervuras verificou-se concordância entre o projecto original
e o existente. Assim, consideram-se os seguintes valores:
geometria da secção transversal (base x altura): 0.20 x 0.30 m2;
armadura longitudinal inferior: 4Ø24;
ausência de armadura superior;
armadura transversal (estribos): Ø6//0.15.
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 157
Laje
Os valores adoptados para o estudo da laje foram os seguintes:
espessura: 0.10 m;
armadura na direcção do menor vão: Ø9//0.20;
armadura na direcção do maior vão: Ø9//0.15.
158 Capítulo 6
entre 3 e 6. No presente caso fm( n ),is = 25.9 MPa e fis,lowest = 20.0 MPa .
Assim, os resultados obtidos conduzem uma resistência característica do
betão de 19.9 MPa (consultar o Anexo IV). De acordo com a pré-norma
prEN 13791 (2003) esta resistência corresponde a um betão da classe C20/25.
Por último será de referir que esta classe de betão corresponde à classe
expectável para estruturas com antiguidade idêntica.
De igual forma também é possível obter o peso das estantes do tipo T2 (ver Figura
6.21):
1.90
1.88
2.64
T.2
2.58
0.87
T.2
1.00
T.2
0.75
T.2
0.81
T.2
0.90
T.1
0.96
T.1
0.94
T.1
0.82
0.60
T.1
2.63
8.15
Tabela 6.2 - Peso em kilogramas força das pastas das estantes tipo.
1 3.70 5.00
2 4.00 5.00
3 4.00 5.30
4 3.70 4.50
5 4.00 4.50
6 3.55 4.80
7 3.75 5.00
8 3.75 5.65
9 3.80 4.80
10 3.90 5.10
Média 3.82 (4.1%) 4.98 (7.0%)
Nota: o valor entre parêntesis corresponde ao coeficiente de variação.
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 165
Figura 6.20 - Pesagem das pastas existentes nas estantes da Sala das Inquirições.
340.48 kN
qm = = 3.4 kN/m2 (6.6)
101.14 m2
0.94
3.91
22 23 24 25 26
3.44
27 28
4.03
15 16
3.76
17 18 19 20 21
3.98
8 9 10 11 12
3.8
13 14
4.68
4.65
1 2 3 4 5 6 7
x
Figura 6.22 - Geometria adoptada para os painéis no estudo da laje. Nota: as dimensões
indicadas na figura encontram-se em metros.
Assim, com base nas armaduras existentes na laje e nos resultados obtidos
da modelação é possível concluir, em termos de esforços de flexão, que:
para as actuais condições de carregamento a laje em algumas zonas não
verifica as condições de segurança. O défice de armaduras para resistir
aos momentos flectores positivos na direcção x, ocorre fundamentalmente
nos painéis de canto. No que diz respeito às armaduras para resistir aos
momentos flectores negativos, o défice é junto aos pilares na direcção x e
perpendicularmente às vigas principias na direcção y. Refira-se que nestes
painéis foi considerada uma sobrecarga (regulamentar) de 2 kN/m2. Este
valor excede em muito o valor actualmente existente;
para as condições de carregamento regulamentares, verifica-se que a laje
apresenta um défice de armadura considerável, em especial nos painéis de
canto. Nestas circunstâncias pode-se afirmar que a laje não verifica as
condições de segurança.
176 Capítulo 6
CRd ,c = 0.12
k =2
ρlx 6.989 10 ; ρly 9.319 10
fck = 20 MPa
d = 4.55 mm
Figura 6.31 - Esquema estrutural adoptado no cálculo dos esforços das nervuras.
Tal como no estudo da laje, também aqui foram efectuadas duas análises,
uma para a situação actual e outra para a solicitação regulamentar, as quais
conduziram aos seguintes valores de cálculo actuantes:
178 Capítulo 6
(
=10.6 kN m2 × 2.0 m + 1.35 × 25 kN m3 × 0.2 m × 0.3 m ) (6.15)
= 23.2 kN m
e
pSd ,2 = acções da laje×largura de influência + peso próprio da viga
(
=16.8 kN m2 × 2.0 m + 1.35 × 25 kN m3 × 0.2 m × 0.3 m ) (6.16)
= 35.6 kN m
23.2 × 4.5
VEd ,1 = = 52.2 kN (6.17)
2
35.6 × 4.5
VEd ,2 = = 80.1 kN (6.18)
2
23.2 × 4.52
MEd ,1 = = 58.7 kN ⋅ m (6.19)
8
35.6 × 4.52
MEd ,2 = = 90.1 kN ⋅ m (6.20)
8
0.80x
f cd
Fc
0.24 m
0.30 m
x
Fs
As=4Ø24
0.20 m
Figura 6.32 - Secção transversal das nervuras.
235 × 103
Fs = As fyd = 18.10 × 10 −4 × = 369.9 kN (6.22)
1.15
x = 0.17 m (6.23)
3.5 × 10 −3 3.5 × 10 −3 + ε s
=
0.17 m 0.24 m (6.24)
−3
⇔ ε s = 1.44 × 10
MRd = Fc × ( d − 0.4 x )
(6.25)
= 2133.33 × 0.17 × ( 0.24 − 0.4 × 0.17 ) = 62.4 kN ⋅ m
CRd ,c = 0.12
200
k = 1+ = 1.913
240
18.10
ρl = = 0.0377 ⇒ ρl = 0.02
20 × 24
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 181
fck = 20 MPa
bw = 200 mm
d = 240 mm
Asw = 2 × 0.28 × 10 −4 m2
s = 0.15 m
z = 0.9d = 0.9 × 0.24 = 0.216 m
cot θ = 2.5
α cw = 1.0
ν 1 = 0.6
p1 p2
7.30 m 6.20 m
Figura 6.33 - Esquema estrutural adoptado no cálculo dos esforços das vigas principais.
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 183
p1 = 34.4 kN m (6.35)
p2 = 83.1 kN m (6.36)
184 Capítulo 6
p1 = p2 = 83.1 kN m (6.37)
A' s=4Ø25
f cd
F's
0.05 m
Fc
x
0.60 m
0.05 m
Fs
As=4Ø28
0.30 m
Figura 6.42 - Secção transversal das vigas principais para a determinação da capacidade
resistente.
+
MRd = 269 kN ⋅ m; ξ = x h = 0.108 (6.38)
e
−
M Rd = 217kN ⋅ m; ξ = x h = 0.096 (6.39)
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 187
⎛ MSd ⎞
θ pl ,d kλ = θ pl ,d ⎜ ⎟ 3 (6.42)
⎝ VSd ⋅ d ⎠
⎛ 217 ⎞
32.5 × 10−3 ⎜ −2
⎟ 3 = 2.44 × 10 rad (6.43)
⎝ 234 ⋅ 0.55 ⎠
Como o valor da rotação plástica, θs, não excede o valor máximo admissível,
pode-se concluir que a redistribuição de esforços adoptada (ver Figura 6.43 e
Figura 6.44) é admissível.
Comparando o valor do momento actuante no vão, igual a 272 kN·m, com o
momento resistente, igual a 269 kN·m, é possível concluir que se pode
considerar que a segurança para as condições actuais de carregamento é
verificada. Será ainda de referir que, como é evidente, para a solicitação
regulamentar, a segurança não é verificada.
200
k = 1+ = 1.603
550
24.6
ρl = = 1.49 × 10−2
30 × 55
fck = 20 MPa
bw = 200 mm
d = 550 mm
Asw = 2 × 0.28 × 10 −4 m2
cot θ = 2.5
190 Capítulo 6
α cw = 1.0
ν 1 = 0.6
Asd
VRd = Vcd + Vwd = τ 1bw d + 0.9d fyd (6.48)
s
0.10
4Ø25
0.48
0.10
0.10 0.10
0.48
Figura 6.45 - Secção transversal do pilar P2. Nota: unidades em [m].
6.6 CONCLUSÕES
10 cm
10 cm
As,existente
Psd = 1.35 x Gk + 1.50 x Qk = 1.35 x 6.00 + 1.50 x 4.00 = 14.10 kN/m2 (6.53)
Tabela 6.6 - Resultados obtidos: valores máximos dos momento flectores (unidades em
kN.m/m)
Combinação Mx+ Mx- My+ My-
1 16.1 -31.1 13.4 -24.6
2 17.9 -32.0 12.7 -25.1
3 23.6 -31.3 16.4 -27.4
4 17.9 -33.2 12.0 -20.2
5 16.2 -29.2 10.9 -26.2
196 Capítulo 6
(6.54)
· ·
μ = 0.20 (6.55)
· 1 (6.56)
ω = 0.24 (6.57)
Estudo da Sala das Inquirições do Arquivo Distrital de Braga 197
· (6.58)
·
ω = 0.24
b = 1.00 m
d = 0.095 m
fsyd = 347.83 MPa
fcd = 13.3 MPa
μ = 0.077 (6.60)
ω = 0.083 (6.61)
ω = 0.083
b = 1.00 m
d = 0.18 m
fsyd = 347.83 MPa
fcd = 13.3 MPa
Novos estribos 5 cm
0.40
Vcd · bw · d (6.67)
τ1 = 650 kPa
bw = 0.40 m
d = 0.55 m
0,9 · · · · 1 · (6.69)
d = 0.55 m
fsyd = 347.83 MPa
α = 90º
Faixas CFRP
50 mm2 · 400
Fs 20 kN (6.72)
10
204 Capítulo 6
Fs 3800 20 10
ffu ACFRP 5.79 mm2 (6.73)
ACFRP 1.10 ACFRP
CAPÍTULO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.1 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Ligações Estruturais. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa.
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210
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and Three-Sided Jackets. Structural Engineering and Mechanics, V. 13, No. 1 , pp. 17-34.
Tsonos, A. G. (2001). Seismic Retrofit of R/C Beam-to-Cloumn Joints using Local Three-Sided
Jackets. European Earthquake Engineering, No. 1 , pp. 48-64.
213
ANEXO I
DGEMEN: MEDIÇÕES / MEMÓRIA DESCRITIVA
214
214 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 215
216
216 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 217
218
218 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 219
220
220 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 221
222
222 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 223
224
224 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva 225
226
226 Anexo I – DGEMEN: medições / memória descritiva
227
ANEXO II
ADB: PLANTAS DE ARQUITECTURA
ANEXO III
DETECÇÃO DE ARMADURAS POR GEORADAR
232
232 Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar
Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar 233
234
234 Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar
Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar 235
236
236 Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar
Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar 237
238
238 Anexo III – Relatório da detecção das armaduras por georadar
239
ANEXO IV
CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DO BETÃO
(a) (b)
(c)
Figura IV.1 Identificação das carotes. Pilar P2 (a), pilar P3 (b) e viga V3 (c).
Tabela IV.1 – Valores da geometria, força e tensão máximas nos provetes ensaiados.
Geometria [mm] Força Tensão Tensão máx.
Provete Massa [g] máxima máxima corrigida
Diâmetro Altura
[kN] [MPa] [MPa]
ADB-S1 94.6 140.9 3099 140.9 20.0 20.0
ADB-S2 94.8 219.9 2885 219.9 31.1 30.8
ADB-S3 94.7 188.8 3277 188.8 26.8 26.8
241
ANEXO V
CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DAS ARMADURAS
Nas Figuras V.1 e V.2 apresentam-se fotos relativas ao provete de armadura
após a sua extracção e após a realização do correspondente ensaio de tracção.
Nas Figuras V.3 e V.4 apresentam-se os resultados obtidos a partir do software
incluído na prensa utilizada para o efeito. Assim, obteve-se um módulo de
elasticidade igual a 156 GPa, uma tensão limite convencional de
proporcionalidade a 0.2% igual a 253 MPa e uma tensão de rotura igual a
372 MPa.
ANEXO VI
MODELAÇÃO NUMÉRICA DA LAJE