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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

CAPÍTULO TERCEIRO

SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Funções Básicas dos Equipamentos

Blocos funcionais generalizados

Neste capítulo analisa-se o processamento dos sinais que interagem dentro de equipamentos da SDH. O
ITU-T estabeleceu blocos funcionais bem caracterizados, de tal modo que, pelo agrupamento desses vários
blocos funcionais, obtém-se a funcionalidade completa de qualquer equipamento da SDH.

Este item fornece uma visão geral das funções de equipamentos da SDH. Exemplos de tipos de equipa-
mentos multiplexadores (terminal e deriva / insere) e “cross-connect” (SDXC) serão vistos nos itens
seguintes.

As características de deriva / insere, diversidade de "payloads" (diferentes "payloads" contendo diferentes


tipos de tributários) e disposição flexível de tributários dentro do quadro STM-N tornam difícil fazer uma
descrição para equipamentos da SDH genérica o bastante para não implicar em requisitos de
implementação e ao mesmo tempo não ser ambígua. Para resolver este problema foi adotado o "Modelo de
Referência Funcional". Este item descreve o equipamento em termos de vários blocos funcionais. Esta
partição lógica é usada para simplificar e generalizar a descrição e não implica em qualquer partição ou
implementação física.

Figura 1 - "Modelo de
Referência Funcional" da
SDH.

Os pontos entre blocos


funcionais existem somente
como pontos de referência
lógicos e não como inter-
faces internas. Não há,
portanto, descrição ou
especificação de interfaces
associadas a estes pontos.

A figura 1 faz uma analogia


entre a estrutura de
multiplexação da SDH e o
"Modelo de Referência
Funcional". Nesta figura
podemos notar que foram
definidos blocos funcionais
para a camada de circuito
(tributários PDH), para a
formação dos containers,
para a camada de via de
ordem inferior, para a
multiplexação dos TU’s, para
a camada de via de ordem
superior, para a
multiplexação dos AU’s e
para a camada do meio de
transmissão SDH. A
descrição dos blocos
funcionais básicos será vista
no item seguinte.

Figura 2 - Pontos
importantes do "Modelo de
Referência Funcional"

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A figura 2 apresenta alguns pontos importantes do "Modelo de Referência Funcional". A formação dos
containers é realizada pela função LPA. As funções LPC e HPC permitem a interconexação flexível dos
virtuais containers, através do gerenciamento das possíveis configurações. A função MSP realiza
comutação do sinal de um sistema de linha para outro objetivando a proteção. As funções MST e RST
formam o quadro STM-N que será transmitido/recebido pela função SPI (agregado SDH).

A figura 3 ilustra um diagrama em blocos lógicos generalizado com as funções que, combinados, descrevem
um equipamento da SDH. Mostra os passos necessários para montar vários "payload” e multiplexá-los em
uma saída STM-N.

A seguir faremos uma descrição das funções básicas dos equipamentos da SDH e do fluxo de sinal entre a
entrada com interface G.703 (PDH) e a saída STM-N (SDH) e vice-versa.

O fluxo de sinal de entrada com interface G.703 para a saída STM-N é o processo de multiplexação, e o
fluxo de sinal de entrada STM-N para a saída com interface G.703 é o processo de demultiplexação.

Fluxo de sinal da entrada com interface G.703 para a saída STM-N:

Multiplexação

Figura 3 - Diagrama em blocos lógicos da


SDH

Fluxo de sinal da entrada STM-N para a


saída com interface G.703:

a) Interface Física da PDH/Adaptação à


Via de Ordem Inferior (PPI/LPA): Prove
a interface da PDH apropriada e mapeia
o tributário dentro do container.

b) Terminação de Via de Ordem Inferior


(LPT): Adiciona o POH de VC-m.

c) Conexão de Via de Ordem Inferior


(LPC): Permite a interconexão flexível
dos VC-ms dentro dos VC-ns.

d) Geração de Via de Ordem Inferior Não


Equipada (LSUG): No caso de uma
conexão não utilizada, gera um VC-m
válido com um valor de "signal labet'
correspondente a não equipado.

e) Adaptação à Via de Ordem Superior


(HPA): Processa o ponteiro de TU para
indicar a fase do POH do VC-m relativa
à do POH do VC-n e faz a montagem
completa do VC-n.

f) Proteção de Via de Ordem Superior(HPP): Protege o sinal VC-n contra defeitos associados a canal
dentro de uma via de ordem superior.

g) Terminação de Via de Ordem Superior (HPT): Adiciona o POH de VC-n.

h) Conexão de Via de Ordem Superior (HPC): Permite a interconexão flexível dos VC-ns dentro do STM-N.

i) Geração de Via de Ordem Superior Não Equipada (HSUG): No caso de uma conexão não utilizada,
gera um VC-n válido com um valor de "signal label” correspondente a não equipado.

j) Adaptação à Seção de Multiplexação (MSA): Processa o ponteiro de AU para indicar a fase do POH do
VC-n relativa à do SOH do STM-N. Multiplexa byte-a-byte os AUGs para formar um quadro STM-N
completo.

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k) Proteção de Seção de Multiplexação (MSP): Prove capacidade de comutação do sinal para outro
sistema de linha para propósitos de proteção.

l) Terminação de Seção de Multiplexação (MST): Gera e adiciona as linhas 5 a 9 do SOH.

m) Terminação de Seção de Regeneração (RST): Gera e adiciona as linhas 1 a 3 do SOH. O sinal STM-N
é então embaralhado, exceto a linha 1 do SOH.

n) Interface Física da SDH (SPI): Converte o sinal lógico interno STM-N em um sinal de interface da SDH.
Este pode ser um sinal elétrico ou óptico interno a uma estação ou um sinal óptico entre estações.

Demultiplexação

a) Interface Física da SDH (SPI): Converte o sinal de interface em um nível lógico interno e recupera o
relógio a partir do sinal de linha.

b) Terminação da Seção de Regeneração (RST): Identifica a palavra de alinhamento de quadro,


desembaralha o sinal e processa as linhas de 1 a 3 do SOH.

c) Monitoração do POH de Ordem Superior (HPOM): Monitora o POH de VC-n sem modificá-lo.

d) Monitoração do POH de Ordem Inferior (LPOM): Monitora o POH de VC-m sem modificá-lo.

e) As operações restantes são o inverso daquelas realizadas na multiplexação, exceto que a função de
mapeamento (LPA) deve prover uma memória elástica e um circuito que atenue o "jitter" de relógio
causado pelo processo de multiplexação, processamento de ponteiro e justificação de bit (caso ocorra).

Descrição das Funções Básicas dos Equipamentos

Este item define as interfaces e funções a serem suportadas pelos equipamentos da SDH. A descrição é
genérica e não implica em particionamento físico das funções. Os fluxos de informação de entrada/saída
dos blocos funcionais servem para definir as funções dos blocos e são considerados conceituais, não
físicos.

Interface física da SDH (SPI)

A função SPI prove interface entre o meio físico de transmissão (ponto de referência A) e a função RST
(ponto de referência B). As características físicas dos sinais das interfaces para meio óptico e para meio
elétrico fazem parte da SPI. A função equivalente a SPI para o rádio é denominada RPI.

A figura 4 apresenta um diagrama em blocos lógicos, onde são destacados os pontos de referência de A até
N. Cada ponto de referência indica uma determinada informação característica do sinal (formato do sinal). O
fluxo do processo de multiplexação tem origem nos tributários (ponto N) e término no agregado (ponto A).
Já o fluxo do processo de demultiplexação tem origem no agregado (ponto A) e término nos tributários
(ponto N).

Figura 4 - Pontos de
referência dos
equipamentos da SDH.

Estas convenções serão


utilizadas para explicar
os fluxos de sinais entre
todos os blocos
funcionais dos
equipamentos da SDH.

Na multiplexação a SPI converte o sinal lógico interno STM-N em um sinal de interface da SDH. Este pode
ser um sinal elétrico ou óptico interno a uma estação ou um sinal óptico entre estações.

9 Codifica o sinal STM-N óptico ou elétrico.


9 No caso de interface óptica, detecta TF (falha de transmissão), TD (transmissão degradada) e TEMP
(controle de temperatura). Exemplo: nível óptico de saída, corrente de polarização do laser, etc.

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Figura 5 - Fluxo de B para A na SPI (MUX).

Na demultiplexação a SPI converte o sinal de interface em


um nível lógico interno e recupera o relógio a partir do sinal
de linha, (ver a figura 6).

9 Recupera Relógio (T1).


9 Regenera o sinal STM-N.
9 Decodifica o sinal formatado para TX.
9 Detecta LOS (perda de sinal).

Terminação da seção de regeneração (RST)

A função RST é responsável pela geração e recuperação dos


bytes do RSOH. Uma seção de regeneração é uma entidade
de manutenção entre duas funções RST, incluindo-as. Os
fluxos de informação associados à função RST são
mostrados nas figuras 7 e 8.

Figura 6 - Fluxo de A para B na SPI (DEMUX).

Nota: Em regeneradores, os bytes A1, A2 e JO podem ser


retransmitidos ao invés de serem terminados e gerados. Na
multiplexação a RST gera e adiciona as linhas 1 a 3 do SOH.
O sinal STM-N é então embaralhado, exceto a linha 1 do
SOH, (ver a figura 7).

9 Gera os bytes do RSOH.


9 Embaralha o sinal (exceto a 1a linha do RSOH).
9 E1 e F1 são canais digitais de 64 kbit/s (G.703).
9 DCCR é um canal digital de 192 kbit/s derivado da MCF e
usado para alarmes, manutenção, controle, monitoração,
etc.
9 Se for recebido "tudo 1" em C, de outra função RST (no
caso de regeneradores), um sinal "tudo 1", exceto para
OH RSOH, será transmitido em B, sendo detectado na
MST distante como MS-SIA.

Figura 7 - Fluxo de C para B na RST (MUX).

Na demultiplexação a RST identifica a palavra de


alinhamento de quadro, desembaralha o sinal e processa as
linhas de 1 a 3 do SOH, (ver a figura 8).
Recupera alinhamento do quadro STM-N.

9 Desembaralha o sinal (exceto a 1ª linha do RSOH).


9 Recupera bytes do RSOH.
9 Detecta OOF (fora de alinhamento), LOF (perda de
alinhamento), RS-BIP (erro de paridade da RS).
9 Gera MS-SIA (se LOS ou LOF forem detectados).

Figura 8 - Fluxo de B para C na RST (DEMUX).

Terminação de seção de multiplexação (MST)

A função MST gera e termina um MSOH. Uma seção de


multiplexação é uma entidade de manutenção entre (e
incluindo) duas funções MST. Os fluxos de informação
associados a MST são mostrados nas figuras 9 e 10.

Na multiplexação a MST gera e adiciona as linhas 5 a 9 do SOH.

9 Gera os bytes do MSOH.


9 Transporta os bytes de comutação automática de proteção derivados da MSP (K1, K2).

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9 DCC é um canal digital de 576 kbit/s derivado da MCF e usado para alarmes, manutenção, controle,
monitoração, administração, etc.
9 E2 é um canal digital de 64 kbit/s (G.703).
9 Y indica o nível de qualidade de sincronização (byte S1).
9 Se for detectado MS-SIA ou erro excessivo (E-BER) em C, um sinal K1/K2 será transmitido em C pelo
canal reserva, se houver APS.

Figura 9 - Fluxo de D para C na MST (MUX).

Na demultiplexação a MST tem a função inversa da


multiplexação, (ver a figura 10).

9 Recupera bytes do MSOH.


9 Detecta SD (sinal degradado) e E-BER (erro
excessivo), a partir da BER equivalente dada pelo
código N x BIP-24.
9 Detecta MS-SIA e MS-RDI a partir de K2.
9 Envia informação de SF e SD, para a função MSP.
9 Gera AU-SIA.

Figura 10 - Fluxo de C para D na MST (DEMUX).

Proteção de seção de multiplexação (MSP)

A função MSP proporciona proteção para o sinal STM-N


contra falhas em uma seção de multiplexação. Na
multiplexação a MSP prove capacidade de comutação do
sinal para outro sistema de linha para propósitos de
proteção, (ver a figura 11).

9 Protege seção de multiplexação


9 Duas arquiteturas: 1+1 e 1:n
9 Comunicação entre funções MSP: bytes K1 e K2

Figura 11 - Fluxo de E ara D na MSP (MUX).

Na demultiplexação a MSP tem a função inversa da


multiplexação, (ver a figura 12).

9 Protege seção de multiplexação


9 Arquiteturas: 1+1 e 1:n
9 Protocolo APS: bytes K1 e K2
9 Critérios para comutação: - SD (50 ms após
detecção)
o SF (50 ms após detecção)
o Comandos da gerência

Figura 12 - Fluxo de D para E na MSP (DEMUX).

Adaptação à seção de multiplexação (MSA)

Esta função prove adaptação de vias de ordem superior a


AU’s, montagem e desmontagem de AUG’s, multiplexação e demultiplexação a nível de bytes e geração,
interpretação e processamento de ponteiro. O fluxo de informação associado à função MSA é mostrado na
figura 13.

As vias de ordem superior no ponto de referência F são copiadas dentro de AU’s, os quais são incorporados
dentro de AUG’s. N AUG’s são entrelaçados byte-a-byte para formar o payload do STM-N no ponto de
referência E. A informação de "frame offsef” é usada pela função PG para gerar ponteiros de acordo com as
regras para geração de ponteiro. O sinal de dados STM-N em E é sincronizado a partir do ponto de
referência TO. Se um sinal de dados “tudo 1" é aplicado ao ponto de referência F, um SIA de AU deverá ser
aplicado ao ponto de referência E dentro do período de 2 quadros (250 us). Se o sinal "tudo 1" no ponto de
referência F for retirado, o sinal "tudo 1" no ponto de referência E deve ser retirado dentro do período de 2
quadros (250 us).

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Os "payloads" do STM-N recebidos no ponto de referência E são desentrelaçados e os VC-3/4s são


recuperados usando-se os ponteiros de AU. Este processo deve permitir uma variação contínua do "frame
offsef” a qual ocorre quando o sinal STM-N recebido tiver sido derivado de uma fonte de sincronismo
plesiocrona em relação ao relógio de referência local.

9 PB - "POINTER BUFFER”
9 PG - "POINTER GENERATOR”
9 PI - "POINTER INTERPRETER”
9 PP - "POINTER PROCESSOR"

Figura 13 - Adaptação à seção de


multiplexação (MSA).
Na multiplexação a MSA processa o
ponteiro de AU para indicar a fase do POH
do VC-n relativa à do SOH do STM-N e
multiplexa byte-a-byte os AUG’s para
formar um quadro completo, (ver a figura
14).

9 Adapta VC-4 em AU-4: gera ponteiro a partir de frame


offset.
9 Monta AUGs.
9 Multiplexa N x AUGs.

Figura 14 - Fluxo de F para E na MSA (MUX).

Na demultiplexação a MSA tem a função inversa da


multiplexação, (ver a figura 15).

9 Demultiplexa N AUG’s.
9 Recupera AU-4.
9 Detecta AU-LOP (perda de ponteiro de AU e AU-SIA).
9 Interpreta ponteiro de AU-4:

o Ajusta ponteiro de AU-4: justificação de byte.


o Altera referência de sincronismo dos VC-4s (T1 Æ
TO).
o Detecta AU-PJE (evento de justificação de
ponteiro), ou seja, incremento ou decremento no
valor do ponteiro.

Figura 15 - Fluxo de E para F na MSA (DEMUX).

Supervisão de conexão de ordem superior (HSU)

A função HSU, apresentada na figura 16 é uma


função formada pelas funções básicas HSUG e
HSUG.

Figura 16 - Fluxo de G para F (MUX) e de F para G


(DEMUX).

A HSU gera e recupera partes do POH não equipado


de supervisão de ordem superior. A HSU permite
supervisionar conexões de ordem superior gerando
VC’s não equipados (através da HSUG) e
monitorando o POH dos VC’s que trafegam na
conexão. Uma conexão de ordem superior é uma
entidade de manutenção definida pelo segmento de
via entre duas funções HSU (figura 17).

A HSU realiza as seguintes funções:

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9 Monitoração de parte do POH do não equipado de supervisão a fim de obter informações de alarme e
desempenho(HSUM);
9 Geração de POH com "Signal Label" correspondente a VC-n não equipado, "Path Trace", "Path Status"
e BIP válidos (HSUG);
9 Terminação das conexões não utilizadas.

A geração de VC’s não equipados é necessária no caso de conexões não utilizadas. Uma conexão é dita
não utilizada quando a matriz HPC não conectar um VC-n (n = 3 ou 4) no ponto de referência G no sentido
da MSA. Exemplos de conexões não utilizadas podem ser a via pré-estabelecida para roteamento
alternativo que não tem tráfego efetivo e a outra direção de uma conexão unidirecional.

Figura 17 - Conexão de ordem superior.

Geração de Via de Ordem Superior Não


Equipada de Supervisão (HSUG)

A função básica HSUG é informada, através


do ponto de referência S18, do estado da
função HPC anterior. Para cada conexão
aberta a HSUG gera um VC-n (n=3 ou 4)
com "payload" indeterminado e POH válido
no ponto de referência F (figura 16). A
geração deste VC-n consiste das seguintes
operações:

9 Geração de um container C-n com "payload" não definido;


9 Geração de um "frame offset";
9 Indicação do byte C2 do POH ("signal label") de que o VC-n é do tipo não equipado;
9 Inserção da informação de "path trace" proveniente da SEMF (ponto de referência S18) e "path status"
(derivado da função básica HSUM) nos bytes J1 e G1 do POH, respectivamente;
9 Cálculo de BIP-8 sobre todos os bits do VC-n e sua inserção na posição do byte B3 do quadro seguinte;

Monitoração da via de ordem superior não equipada de supervisão (HSUM)

O sinal de dados no ponto de referência F corresponde a um VC-n (n=3,4). Parte dos bytes do POH deste
VC-n é recuperada pela função HSUM e o VC-n é passado inalterado para o ponto de referência G.

A informação de "path trace”, "path status" e "path label", recuperada dos bytes J1, G1 e C2 do POH do VC-
n no ponto de referência F é enviada para a SEMF através do ponto de referência S16. A função HSUM
espera sempre um "signal label" correspondente a VC-n não equipado.

O byte B3 é recuperado do POH do VC-n no ponto de referência F e comparado com o resultado do BIP-8
computado sobre os bytes do quadro do VC-n anterior. O número de erros detectado é enviado a SEMF,
através do ponto de referência S16, para monitoração de desempenho.

Monitoração do POH de ordem superior (HPOM)

A função básica HPOM pode ser programada, através do ponto de referência S20, para operar nos estados:

Ativo e Inativo. A SMEF interage com a HPOM no ponto S20 através das seguintes primitivas:

9 SET ACTIVE/INACTIVE: Pedido da SMEF para a HPOM a fim de selecionar o estado Ativo ou Inativo.
Em seguida, a HPOM informa o novo estado à SMEF (confirmação);
9 GET ACTIVE/INACTIVE: Pedido da SMEF para a HPOM informar o estado programado à SMEF.

Estado Ativo:

9 No ponto de referência F está disponível um VC-n (n=3 ou 4). A HPOM monitora parte da informação
contida no POH e o VC-n segue para o ponto de referência G sem alterações;
9 Os bytes J1, G1 e C2 são recuperados do POH do VC-n e a informação relativa a "path trace" e "path
status" é enviada para a função SMEF, através do ponto de referência S20;
9 O byte B3 é recuperado da mesma forma e o BIP-8 é calculado para o quadro VC-n. O valor calculado
para o quadro atual é comparado com o byte B3 recuperado do quadro seguinte. Em caso de erros,
estes são relatados no ponto de referência S20 como o número de erros do byte B3 por quadro. A

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função SMEF filtra a informação do ponto S20 e obtém os dados necessários à monitoração e
desempenho.

Estado Inativo:

9 O VC-n no ponto F passa transparentemente através da HPOM e o POH não é monitorado.

Conexão de vias de ordem superior (HPC-n)

A função HPC-n é uma matriz de conexão de vias de ordem superior, onde suas portas de entrada são
conectadas às suas portas de saída segundo um determinado padrão de conexões.

Nas portas de entrada da matriz estão os VC-ns (n = 3 ou 4), juntamente com a informação de "frame
offset', que são enviados às portas de saída segundo o padrão de conexões. Desta forma, a HPC-n permite
a modificação da seqüência dos VC-ns dentro de um sinal STM-N ou mesmo a inserção e retirada de VC-ns
em um sinal STM-N. Para facilidade de descrição, serão consideradas como entradas e saídas da HPC-n
apenas os VC-ns.

Não há descrição de fluxo de sinal na HPC-n. O formato do sinal nas portas de entrada e o formato do sinal
nas portas de saída são similares e diferem apenas na seqüência dos VC-ns. Como mostra a figura 18, o
ponto de referência em ambos os lados da HPC-n é o mesmo (ponto G), já que não há modificação da
informação característica do sinal.

Na multiplexação a HPC permite a interconexão flexível dos VC-ns dentro do STM-N, (ver a figura 18).

Figura 18 - Fluxo de GT para GL na HPC (MUX).

• Seleciona quais VC-4s serão transmitidos.


• Altera a ordem de ligação dos VC-4s.
• Padrão de conexão da matriz configurável pela Gerência.
• Função opcional em um terminal multiplexador.

Na demultiplexação a HPC tem a função inversa da


multiplexação, (ver a figura 19).

• Seleciona quais VC-4s serão terminados.


• Altera a ordem de ligação dos VC-4s.
• Padrão de conexão da matriz configurável pela Gerência.
• Função opcional em um terminal multiplexador.

Figura 19 - Fluxo de GL para GT na HPC (DEMUX).

O padrão de conexões determina a associação entre VC-ns


de entrada e VC-ns de saída e pode ser descrito pela Matriz
de Conexão unidirecional CM (Vi, Vj). Vi indica o i-ésimo VC-
n de entrada e Vj o j-ésimo VC-n de saída.

Este padrão de conexões é estabelecido através da gerência


(SEMF). A interação entre a SEMF e a HPC-n é feita no
ponto de referência S5.

A figura 20 apresenta uma matriz de conexão de 2 portas,


utilizada em multiplexadores terminais com entrada (Vi) e
saída (Vj) nos pontos Gs na direção dos tributários e na
direção da linha (STM-N).

Figura 20 - Matriz de conexão de 2 portas.

9 Vi identifica o sinal de entrada


9 Vj identifica o sinal de saída
9 GT (ponto G na direção T = "tributário" Æ PPI)
9 GL (ponto G na direção L = "linha" Æ SPI)
9 X: indica conexão de Vi-Vj possível para qualquer i e j.
9 i=j: indica uma conexão de Vi - Vj possível somente para

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i = j, isto é, V-| de entrada é associado a V-| de saída, \Í2 de entrada é associado a V2 de saída, e assim
por diante.

A figura 21 apresenta uma matriz de conexão de 4 portas, utilizada em multiplexadores deriva/insere com
entrada (Vi) e saída (Vj) nos pontos Gs na direção das cabeças ópticas oeste e leste, e na direção dos
tributários oeste e leste.

Figura 21 - Matiz de conexão de 4 portas.

9 Vi identifica o sinal de entrada


9 Vj identifica o sinal de saída
9 GW (Ponto G na direção oeste)
9 GE (Ponto G na direção leste)
9 GDW (Ponto G na direção deriva oeste)
9 GDE (Ponto G na direção deriva leste)
9 X: indica associação de Vi-Vj possível para qualquer
i e j.
9 i=j : indica associação de Vi-Vj possível somente para
i=j.
9 -: indica impossibilidade de associação

Terminação da via de ordem superior (HPT-n)

A função HPT-n é responsável pela geração e recuperação


de alguns bytes do POH de ordem superior. Uma via de
ordem superior é uma entidade de manutenção definida entre
duas HPT-ns, incluindo-as. Os fluxos de informação
associados à função HPT-n são mostrados nas figuras 22 e
23. Na multiplexação a HPT adiciona o POH de VC-n, (ver a
figura 22).

Figura 22 - Fluxo de H para G na HPT (MUX).

9 Gera o POH de VC-4 (9 bytes).


9 Indica o início do VC-4 pelo "frame offsef.
9 Colocação de "path trace" (J1) e "signal label” (C2)
derivadas de S6.
9 Colocação de "path status" (G1) a partir de monitoração
(B3), "tudo 1" em G, descasamento no identificador de
"path trace" (HO-TIM) ou no "signal label” (HO-SLM).

Na demultiplexação a HPT tem a função inversa da


multiplexação, (ver a figura 23).

Figura 23 - Fluxo de G para H na HPT (DEMUX).

9 Recupera os bytes do POH de VC-4 (9 bytes).


9 Detecta HO-TIM, HO-SLM, HO-UNEQ, HO-BIP, HO-
FERF e HO-FEBE.
9 Gera TU-SIA ("tudo 1"), quando for detectado HO-TIM,
HO-SLM, HO-UNEQ (VC-n não equipado, por 5 quadros
consecutivos).
9 Envio de "path status" (G1) para a gerência (S6).

Função de Proteção de via de ordem superior (HPP)

A função HPP protege o sinal VC-n contra defeitos associados a canal dentro de uma via de ordem
superior, ou seja, N vezes (N>1) as funções HPT, HPC, MSA, (MSP), MST, RST, SPI e o meio físico entre a
função HPT onde o POH é inserido e a função HPT onde o POH é terminado.

As duas funções HPP nos extremos da via de ordem superior operam do mesmo modo, monitorando os
sinais VC-n e detectando defeitos, calculando o estado do sistema levando em consideração as
propriedades de condições de defeito e de pedidos de comutação remotos e externos e comutando o canal
apropriado para a via de proteção. As duas funções HPP se comunicam através de um protocolo orientado
a bit definido para os bytes HPP (byte K3 no POH da via de proteção). Este protocolo está em estudo.

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O fluxo de sinal associado com a função HPP é descrito com referência à figura 1.24. A função HPP recebe
parâmetros de controle e pedidos de comutação externos no ponto de referência S22 a partir da SMEF e
envia indicadores de estado no ponto S22 para a SMEF.

Fluxo de sinal de H2 para H1:

9 Dados no ponto de referência H2 representa um sinal VC-n, sincronizado a partir do ponto de referência
TO com bytes de POH de ordem superior indeterminados.
9 Para arquitetura 1+1 o sinal recebido em H2 da função HPA-m/n ou LPA-n é permanentemente tornado
paralelo em H1 para as funções HPT principal e de proteção.;
9 O byte K3 gerado é passado para a função HPT de proteção no ponto H1. Este byte pode também ser
passado para as funções HPT principais.

Fluxo de sinal de H1 para H2:

9 Sinais VC-n (dados) com bytes de POH de ordem superior já recuperados apresentam-se no ponto de
referência H1 juntamente com suas referências de sincronismo associadas. As condições de defeito SF
e SD são também recebidas no ponto H1 de todas as funções HPT.
9 O byte K3 recuperado da função HPT de proteção é apresentado no ponto H1. As funções HPT
principais podem também apresentar estes bytes a HPP. A HPP deve ser capaz de ignorar os bytes K3
das funções HPT principais.
9 Sob condições normais, a HPP passa dados e sincronismo associado originários das funções HPT
principais para as suas correspondentes funções HPA-m/n ou LPA-n no ponto H2. Dados e sincronismo
originários da HPT de proteção são terminados.
9 Se uma comutação deve ser realizada, dados com seu sincronismo associado originário da HPT de
proteção no ponto H1 é comutado para a função HPA-m/n ou LPA-n apropriada e o sinal recebido da
HPT principal em H1 é terminado.

Critérios de Comutação:

9 Início: A comutação automática de proteção é baseada em condições de defeitos das principais e de


proteção. Estas condições, falha de sinal (SF) e degradação de sinal (SD), são fornecidas pelas funções
HPT no ponto de referência H1. A comutação de proteção pode também ser inicalizada por comandos
de comutação recebidos da SMEF.
9 Tempo: A comutação de recepção deve ser completada dentro de X ms (X em estudo) após a detecção
de uma condição SF ou SD que a inicie. Depois de completada a comutação automática de proteção,
um "Protection Switch Event" (PSE) deve ser reportado ao ponto de referência S22.
9 Restabelecimento: è uma função relacionada à operação reversível, quando a via principal recupera-
se do defeito. Não se aplica ao caso de proteção de trilha de VC com proteção não reversível.

Figura 24 - Função de proteção de Via


de Ordem Superior.

Adaptação à via de ordem superior


(HPA-m/n)

A função HPA-m/n (m = 12 ou 3; n = 3
ou 4) define o processamento de
ponteiro de TU. Pode ser dividida em
três funções:

9 geração de ponteiro;
9 interpretação de ponteiro;
9 justificação de freqüência.

A figura 25 ilustra a função HPA-m/n. A


função HPA-m/n monta VCs de ordem inferior m como TU-ms dentro de VCs de ordem superior n.

O "frame offsef em bytes entre um VC de ordem inferior e um VC de ordem superior é indicado por um
ponteiro de TU, o qual é designado para aquele VC de ordem inferior particular.

O VC-m no ponto de referência J está sincronizado com o ponto de referência TO. Quando um sinal "tudo 1"
(SIA) é aplicado ao ponto de referência J um sinal "tudo 1" (TU-SIA) deve ser aplicado ao ponto de

10
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

referência H dentro do período de 2 multiquadros. Se o sinal "tudo 1" no ponto de referência J for retirado, o
sinal "tudo 1" (TU-SIA) deve ser retirado dentro do período de 2 multiquadros.

A função HPA-m/4 desmonta o VC-4 em VCs de ordem inferior m (m = 12 ou 3) realizando alinhamento de


multiquadro se necessário. HPA-m/3 desmonta o VC-3 em VCs de ordem inferior m (m = 12) realizando
alinhamento de multiquadro, se necessário. O ponteiro de TU de cada VC de ordem inferior é decodificado
para prover a informação de "frame offsef em bytes entre o VC-n e os VC-ms individuais. O processo de
interpretação do ponteiro deve permitir ajustes contínuos quando a freqüência do relógio onde o TU foi
montado for diferente da freqüência da referência de relógio local. A diferença de freqüência entre estes
relógios afeta o tamanho necessário da memória elástica de dados.

PB - "POINTER BUFFER"
PG - "POINTER GENERATOR"
PI - "POINTER INTERPRETER"
PP - "POINTER PROCESSOR"

Figura 25 - Adaptação a via de ordem superior


(HPA-m/n).

Na multiplexação, a HPA processa o ponteiro de


TU para indicar a fase do POH do VC-m relativa
à do POH do VC-n e faz a montagem completa
do VC-n, (ver a figura 26). Na demultiplexação, a
HPA tem a função inversa de multiplexação, (ver
a figura 27).

9 Adapta VC-ms em TUs: gera ponteiro a partir


de "frame offset”.
9 Multiplexa 3 x TU-3 ou 21 x TU-12 para
montar TUG-3.
9 Coloca indicador de multiquadro (H4).

Figura 26 - Fluxo de J para H na HPA (MUX).

• Demultiplexa TUG-3 em 3 x TU-3 ou 21 x TU-


12.
• Detecta TU-LOP (perda de ponteiro de TU), TU-
SIA, LOM (perda de multiquadro).
• Interpreta ponteiro de TU:
9 Ajusta ponteiro de TU (justificação de
byte).
9 Detecta TU-PJE (evento de justificação
de ponteiro).
9 Altera referência de sincronismo dos VC-
ms para TO.
• Gera TU-SIA ("tudo 1") em J, quando for
detectado TU-LOP e TU-SIA em H.

Figura 27 - Fluxo de H para J na HPA (DEMUX).

Supervisão de Conexão de Ordem Inferior


(LSU)

A função LSU, apresentada na figura 28, uma


função composta formada pelas funções básicas
LSUG e LSUM;
A LSU gera e recupera partes do POH não
equipado de Supervisão de ordem inferior. A LSU
permite supervisionar conexões de ordem inferior gerando VCs não equipados e monitorando o POH dos
VCs que trafegam na conexão. Uma conexão de ordem inferior é uma entidade de manutenção definida
pelo segmento de via entre duas funções LSU (figura 29);

A LSU realiza as seguintes funções:

11
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9 Monitoração de parte do POH não equipado de supervisão a fim de obter informações de alarme e
desempenho (LSUM);
9 Geração de POH com "signal label" correspondente a VC-m não equipado, "path trace", "path status" e
BIP válidos (LSUG);
9 Terminação das conexões não utilizadas.

Figura 28 - Supervisão de conexão de ordem


inferior (LSU).

A geração de VCs não equipados é necessária


no caso de conexões não utilizadas. Uma
conexão é dita não utilizada quando a matriz LPC
não conectar um VC-m (m =12 ou 3) no ponto de
referência J no sentido da HPA. Exemplos de
conexões não utilizadas podem ser a via pré-
estabelecida para roteamento alternativo que não
tenha tráfego efetivo e a outra direção de uma
conexão unidirecional;

Geração de Via de Ordem Inferior Não Equipada de Supervisão (LSUG)

A função básica LSUG é informada, através do ponto de referência S19, do estado da função LPC anterior.
Para cada conexão aberta a função LSUG gera um VC-m (m = 12 ou 3) com "payload" indeterminado e
POH válido no ponto de referência J, de acordo com a figura 28.

A geração deste VC-m consiste das seguintes operações:

9 Geração de um Container C-m com "payload" não definido;


9 Geração de um "frame offset";
9 Indicação no byte C2 do POH de VC-3 ou nos bits 5 a 7 do byte V5 do POH de VC- 12 de que o VC-m é
do tipo não equipado;
9 Inserção, nos bytes J1 e G1 (no caso do VC-3) ou no byte J2 e nos bits 3, 4 e 8 do byte V5 (no caso do
VC-12), da informação de "path trace" e "path status" proveniente da SEMF (ponto de referência S19) e
derivada da função básica LSUM, respectivamente;
9 Cálculo de BIP-8 sobro todos os bits do VC-3 e sua inserção na posição do byte B3 do quadro seguinte
(no caso do VC-3) ou cálculo de BIP-2 sobre todos os bits do VC-12 e inserção na posição dos bits 1 e
2 de V5 do quadro seguinte (no caso do VC- 1 2).

Figura 29 - Conexão de ordem


inferior (LSU).

Monitoração do POH de ordem


inferior não equipado de
supervisão (LSUM)

O sinal de dados no ponto de


referência J corresponde a um VC-
m (m= 1 2,3). Parte dos bytes do
POH deste VC-m é recuperada
pela função LSUM e o VC-m é
passado inalterado para o ponto de referência K;

O POH do VC-3 é diferente do POH do VC-12. A seguir é feita a descrição da LPOM para cada um dos
VCs:

Caso o VC em J seja um VC-3:

9 Os bytes J1, G1 e C2 são recuperados do POH do VC-3 e a informação relativa a "path trace", "path
status" e "signal label" é enviada para a função SEMF através do ponto de referência S17;
9 O byte B3 é recuperado da mesma forma e o BIP-8 6 calculado para o quadro VC-3. O valor calculado
para o quadro atual é comparado com o byte B3 recuperado do quadro seguinte. Em caso de erros,
estes são relatados no ponto de referência S17 como o número de erros no byte B3 por quadro.

Caso o VC em J seja um VC-12:

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 Os bits 1 e 2 são recuperados da mesma forma e o BIP-2 é calculado para o quadro VC- 12. O valor
calculado para o quadro atual é comparado com os bits 1 e 2 recuperados do quadro seguinte. Em caso
de erros, estes são relatados no ponto de referência S17 como o número de erros nos bits 1 e 2 por
quadro;
9 Os bytes V5 (bits 3 a 8) e J2 são recuperados do POH do VC-12 e as informações relativas a "path
status", "signal label" e "path trace" são enviadas para a função SEMF através do ponto de referência
S21.
9 A função SEMF filtra a informação do ponto S17 descrita nos incisos anteriores e obtém os dados
necessários à monitoração do desempenho da conexão.

Monitoração do POH de ordem inferior (LPOM)

A função básica LPOM pode ser programada, através do ponto de referência S21, para operar nos estados:
Ativo e Inativo. A SMEF interage com a LPOM no ponto S21 através das seguintes primitivas:

9 SET ACTIVE/INACTIVE: Pedido da SMEF para a LPOM a fim de selecionar o estado Ativo ou Inativo.
Em seguida, a LPOM informa o novo estado à SMEF (confirmação);
9 GET ACTIVE/INACTIVE STATE: Pedido da SMEF para a LPOM informar o estado programado à
SMEF;

Figura 30 - Função LPOM

Estado Ativo:

9 No ponto de referência J (figura 30) está disponível um VC-m (m=12 ou 3) equipado ou não equipado. A
LPOM monitora parte da informação contida no POH deste VC-m;
9 O POH do VC-3 é diferente do POH do VC-12. A seguir é feita a descrição da LPOM para cada um dos
VCs.

Caso o VC em J seja um VC-3:

9 Os bytes J1, G1 e C2 são recuperados do POH do VC-3 e a informação relativa a "path trace" e "path
status" é enviada para a função SMEF através do ponto de referência S21;
9 O byte B3 é recuperado da mesma forma e o BIP-8 é calculado para o quadro VC-3. O valor calculado
para o quadro atual é comparado com o quadro seguinte. Em caso de erros, estes são relatados no
ponto de referência S21 como o número de erros no byte B3 por quadro.

Caso o VC em J seja um VC-12:

9 Os bits 1 e 2 são recuperados da mesma forma e o BIP-2 é calculado para o quadro VC-12. O valor
calculado para o quadro atual é comparado com os bits 1 e 2 recuperados do quadro seguinte. Em caso
de erros, estes são relatados no ponto de referência S21 como o número de erros nos bits 1 e 2 por
quadro;
9 Os bytes V5 (bits 3 a 8) e J2 são recuperados do POH do VC-12 e as informações realtivas a "path
status" e "path trace" são enviadas para a função SMEF através do ponto de referência S21.
9 A SMEF filtra a informação do ponto S21 descrita nos incisos anteriores e obtém os dados necessários
à monitoração do desempenho da conexão.

Estado Inativo:

9 O VC-m no ponto J passa transparentemente através da LPOM e o POH não é monitorado.

Conexão de vias de ordem inferior (LPC-m)

A função LPC-m é uma Matriz de Conexão de vias de ordem inferior, onde suas portas de entrada são
conectadas às suas portas de saída, segundo um determinado padrão de conexões;
Nas portas de entrada da matriz estão os VC-ms (m=12 ou 3), juntamente com a informação de "frame
offset", que são enviadas às portas de saída segundo o padrão de conexões. Desta forma a LPC-m permite
a modificação da seqüência dos VC-ms dentro de um VC de ordem superior ou mesmo a inserção ou
retirada de VC-ms de um VC de ordem superior. Para a facilidade de descrição, serão consideradas como
entradas e saídas da LPC-m apenas os VC-ms.
Não há descrição de fluxo de sinal na LPC-m. O formato do sinal nas portas de entrada e o formato do sinal
nas portas de saída são similares e diferem apenas na seqüência dos VC-ms. Como mostra a figura 31, o

13
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

ponto de referência em ambos os lados da LPC-m é o mesmo (ponto K), já que não há modificação da
informação característica do sinal;

Figura 31 - Conexão de Vias de Ordem Inferior


(LPC-m).

O padrão de conexões determina a associação


entre VC-ms de entrada e VC-ms de saída e
pode ser descrito pela Matriz de Conexão
unidirecional CM (Vi, Vj). VI indica o i-ésimo VC-
m de entrada e Vj o j-ésimo VC-m de saída.

Este padrão de conexões é estabelecido através


da SEMF. A interação entre a SEMF e a LPC-m
é feita no ponto de referência S8 através das
seguintes primitivas:

9 SET CONNECTION MATRIX - Pedido da SEMF para a LPC-M a fim de que seja feita uma associação
entre uma determinada porta de entrada e uma determinada porta de saída. Em seguida, a LPC-M
informa a nova CM (Vi, Vj) a SEMF (confirmação);
9 GET CONNECTION MATRIX - Pedido da SEMF para a LPC-M informar a CM (Vi, Vj) para a SEMF.

Os exemplos para a LPC-M são os mesmos já apresentados anteiormente, relativos à HPC-N. Deve ser
considerado o ponto de referência K e não o ponto de referência G. Para facilidade de descrição, dizemos
que o transporte dos VC-ms é feito pelos VC-ns e que o transporte dos VC-ns é feito pelo feixe STM-N.

Desta forma, nos exemplos para a HPC-N é feita referência a VC-ns sendo transportados por feixes STM-N.
Nos mesmos exemplos, se utilizados para a LPC-m, deve ser considerado VC-ms sendo transportados por
VC-ns;

Caso alguma porta de saída da LPC não esteja conectada a nenhuma porta de entrada, um VC-m pode ser
inserido no ponto J na direção da função HPA, através da função LSU.

Terminação de vias de ordem inferior (LPT-m)

A LPT-M na direção de transmissão monta um VC-m ao gerar e adicionar o POH a um Container C-m. Na
direção de recepção ela desmonta o VC-m ao retirar e processar o POH para determinar o estado dos
atributos definidos da via. O fluxo de informação associado com a função LPT é mostrado na figura 32;

Figura 32 - Terminação da Via de Ordem


Inferior (LPT-m).

Notas:

9Com referência à figura 32, a


informação dada no ponto L está na
forma de um Container C-m
sincronizado com TO;
9 Informação adaptada sincronamente
na forma de Container (dados) e a
informação de "frame offset" associado
são recebidas no ponto L;
9 O POH é adicionado para formar o VC-m que, junto com o "frame offset", é passado para o ponto de
referência K;
9 POH do VC-12: O POH do VC-12 é transportado nos bytes V5, J2, N2 e K4.
9 POH do VC-3: O POH do VC-m (m = 3) é o mesmo POH para o VC-n (n =,3,4) e a descrição dos fluxos
do sinal é idêntica a da função HPT.

Fluxo do Sinal de L para K:

9 O BIP-2 deve ser calculado sobre o quadro ou multiquadro corrente do sinal de dados em L e o
resultado transmitido nos bits 1 e 2 do byte V5 do próximo quadro ou multiquadro;
9 O número de erros detectados pela monitoração dos bits 1 e 2 do byte V5 é codificado em LO-REI (bit 3
do byte V5);

14
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 Quando houver um sinal lógico "tudo 1 " no ponto de referência K, ou um defeito LO-TIM, LO-Exc ou
LO-UNEQ for detectado no sinal recebido do ponto de referência K, uma indicação de LO-RDI deve ser
enviada no bit 8 do byte V5 dentro de 2 multiquadros. Terminando estas ocorrências a indicação de
LO-RDI deve ser removida dentro de 2 multiquadros. Deve ser possível desabilitar a inserção de LO-
RDI no ponto de referência K através de comandos de configuração da SEMF, quando forem
detectados LO-Exc ou LO-TIM;
9 O bit 4 do byte V5 tem sido alocado opcionalmente como um "Remote Failure Indication" (RFI). Na
aplicação como RFI o seu valor será derivado do ponto de referência S9. Para outras aplicações o
sinal será derivado do ponto de referência U4;
9 O identificador do LO-"Path Trace", derivado do ponto de referência S9, 6 inserido no byte J2;
9 O byte N2 está reservado para "Tandem Connection".

Fluxo do Sinal de K para L:

9 Os bits 1 e 2 de monitoração de erro do byte V5 devem ser recuperados. O BIP-2 é calculado para o
quadro do VC-12. O valor do BIP-2 calculado para o quadro corrente é comparado com os bits 1 e 2 do
quadro seguinte e o número de erros (0, 1 ou 2) nos bits 1 e 2 do byte V5 por multiquadro deve ser
reportado em S9;
9 Para redes onde é assumida uma distribiução de erros do tipo Poisson, uma taxa de erro excessiva na
via de ordem inferior (LO-Exc) deverá ser detectada se a BER equivalente exceder o limiar de 10-3. Este
defeito deverá ser removido quando a BER equivalente for melhor que 10-4;
o Com BER>10-3, a probabilidade de detecção deste defeito, dentro do tempo de medição
deverá ser > 0,99;
o Com BER<10-4, a probabilidade de detecção deste defeito, dentro do tempo de medição
deverá ser < 10E-6;
o Com BER>10-3, a probabilidade de não detecção deste defeito, dentro do tempo de
medição deverá ser < 10E-6;
o Com BER<10-4, a probabilidade de não detecção deste defeito, dentro do tempo de
medição deverá ser > 0,99.
9 O defeito sinal degradado na via de ordem inferior (LO-DEG) pode ser baseado em uma distribuição de
erros do tipo Poisson ou "bursty";
9 Para redes onde é assumida uma distribuição de erros do tipo Poisson, um defeito LO-DEG deverá ser
detectado se a BER equivalente exceder um limiar programável pré-estabelecido de 10-x, onde x = 5, 6,
7 ou 8. O defeito LO-DEG deverá ser removido se a BER equivalente for melhor que 10-(x+1);
o Com BER>10-x, a probabilidade de detecção deste defeito, dentro do tempo de medição
deverá ser > 0,99;
o Com BER<10-(x+1), a probabilidade de detecção deste defeito, dentro do tempo de medição
deverá ser < 10-6;
o Com BER>10-x, a probabilidade de não detecção deste defeito, dentro do tempo de
medição deverá ser < 10-6;
o Com BER<10-(x+1), a probabilidade de não detecção deste defeito, dentro do tempo de
medição deverá ser > 0,99.

Os requisitos de máximo tempo de detecção são dados na tabela 1:

Tabela 1- Máximo tempo de detecção para via de ordem


inferior baseada em VC-12.

Os defeitos LO-Exc e LO-DEG devem ser reportados


através do ponto de referência S9 para filtragem de alarme
na SEMF;

Para redes onde é assumida uma distribuição de erros do tipo "bursty", o defeito LO-DEG deverá ser
declarado se forem detectados M intervalos ruins consecutivos, onde um intervalo corresponde ao período
de 1 segundo utilizado na monitoração de desempenho. Um intervalo será considerado ruim se a
porcentagem de blocos errados detectados neste intervalo for maior ou igual ao Intervalo Limiar (IT);

O defeito HO-DEG deverá ser removido quando forem detectados M intervalos bons consecutivos. Um
intervalo será considerado bom se a porcentagem de blocos errados detectados neste intervalo for menor
que IT;

O parâmetro M está entre 2 e 10. O parâmetro IT está entre 0 e 100%;


LO-REI no bit 3 do byte V5 deve ser recuperado e reportado em S9;

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

O bit 4 do byte V5 é passado para a função OHA através do ponto de referência U4 e é opcionalmente
alocado como "Remote Failure Indication" (RFI). Para aplicações em que o bit 4 do V5 é utilizado como
RFI, ele deve ser recuperado e reportado ao S9. Caso contrário, o receptor deve ser capaz de ignorar o
valor deste bit;

Se 5 quadros consecutivos de VC-12 contiverem o padrão "000" nos bits 5, 6 e 7 do byte V5, um defeito LO-
UNEQ deve ser retirado após o aparecimento de um padrão diferente de "000" nos bits 5, 6 e 7 do byte V5
por 5 quadros consecutivos;

A informação de LO-RDI no bit 8 do byte V5 deve ser recuperada e reportada em S9;

O byte J2 deve ser recuperado em K e a informação do identificador do "path trace" (LO-"Path Trace")
reportada em S9;

Quando uma condição de VC-m não equipado (LO-UNEQ), descasamento no identificador de "path trace"
(LO-TIM) ou taxa de erro excessiva na via de ordem inferior (LO-Exc) for detectada, um sinal lógico "tudo 1"
deve ser aplicado na saída do sinal de dados no ponto de referência L em direção à função LPA dentro de 1
ms. Terminando estas ocorrências, o sinal lógico "tudo 1 " deve ser removido dentro de 2 ms. Deve ser
possível desabilitar esta ação através de comandos de configuração da SEMF, quando forem detectados
LO-Exc ou LO-TIM;

Quando houver um sinal lógico "tudo 1" no ponto de referência K ou forem detectados LO-Exc, LO-TIM ou
LO-UNEQ no sinal recebido do ponto de referência K, uma condição de falha de sinal (SF) deverá ser
aplicada no ponto de referência L em até 1 ms. Deve ser possível desabilitar esta ação através de
comandos de configuração da SEMF, quando forem detectados LO-Exc ou LO-TIM;

Se for detectado o defeito LO-DEG, então uma condição de sinal degradado (SD) deve ser aplicada no
ponto de referência H em até 1 ms. Com o término deste defeito, a condição SD deve ser removida em até
1 ms;

O byte N2 está reservado para "Tandem Connection".

Adaptação à via de ordem inferior (LPA-m/n)

A LPA opera na porta de acesso a uma rede ou sub-rede síncrona e adapta os dados de usuários para
transporte no domínio síncrono. Para dados assíncronos de usuários, a LPA envolve justificação de bit. A
LPA mapeia sinais com interface G.703 em C-n ou C-m. Os fluxos de informação associados com a LPA
são mostrados na figura 33 e o tipo de LPA-m/n relacionado com o C-m/n correspondente é mostrado na
tabela 2;

Figura 33 - Adaptação à Via de Ordem Inferior


(LPA-m/n).

Nota: As LPAs são definidas para cada um dos


níveis existentes na hierarquia plesiócrona. Cada
LPA define a maneira na qual um sinal de
usuário pode ser mapeado dentro de uma gama
de Containers síncronos de tamanho apropriado.

Os tamanhos dos Containers foram escolhidos


para facilidades de mapeamento de várias
combinações de tamanhos dentro de Containers
de ordem superior (C-n). O tipo de LPA é reportado sob pedido para a SEMF através do ponto S10.

Tabela 2 - Tamanho do
Container.

Fluxo do Sinal de M para


L ou H:

9 O sinal de dados no ponto M é a informação de usuário liberada pela PPI;


9 A informação de sincronismo do sinal de dados é também passada ao ponto M pela PPI. O sinal de
dados é adaptado em um Container apropriado usando um dos tipos de LPAs mostrados na tabela 2.
Esta adaptação envolve sincronização e mapeamento do sinal de dados dentro de Containers;

16
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 O Container é passado para o ponto L (ou H, no caso de mapeamento direto) como sinal de dados junto
com o "frame offset", que representa o "offset" do quadro do Container com relação à referência TO. Em
mapeamento byte síncrono, o "frame offset" é obtido a partir da detecção de alinhamento do sinal de
dados. Indicação de perda de alinhamento de quadro (FAL) é reportada para a SEMF através do ponto
S10 (somente para mapeamento síncrono a nível de byte).
9 O valor do "signal label" correspondente ao tipo de LPA-n é colocado no byte C2, para a função LPA-m
o valor do "signal label" é colocado nos bits 5, 6 e 7 do byte V5;
9 Para a função LPA-n na direção de M para H, um byte por quadro é alocado para propósitos de
comunicações do usuário. A informação proveniente da função OHA é derivada do ponto de referência
U6 e colocada na posição do byte F2;

Fluxo do Sinal de L ou H para M:

9 O sinal de dados em L (ou H, no caso de mapeamento direto) é apresentado como um Container junto
com o "frame offset". A informação de usuário é recuperada do Container junto com o seu relógio
associado (relógio de tributário) e passada para o ponto M como sinal de dados e sincronismo. Isto
envolve desmapeamento e dessincronização;
9 Outros sinais podem ser requeridos de L para gerar "overhead" e informações de manutenção de sinais
com interface G-703 mapeados sincronamente a nível de byte;
9 Quando SIA é aplicado em L ou H, a LPA deve inserir SIA em M;
9 Um descasamento entre o "signal label" esperado e o recebido deve ser reportado para a SEMF através
do ponto de referência S9;
9 Para a função LPA-n na direção de H para M, um byte por quadro é alocado para propósitos de
comunicações do usuário. A informação é derivada do byte F2 e passada através do ponto de
referência U6 para a função OHA;

Interface física da PDH (PPI)

Esta função prove interface entre o multiplexador e o meio físico que transporta um sinal de tributário. Os
fluxos de informação para a PPI são apresentados com referência à figura 34.

Figura 34 - Interface Física Plesiócrona (PPI).

Fluxo do Sinal de M para a Interface de


Tributário:

9 As funções realizadas pela PPI são


codificação e adaptação para o meio físico;
9 A PPI utiliza o sinal de dados e sincronismo
em M para formar o sinal de tributário a ser
transmitido. A PPI passa a informação do
sinal de dados e sincronismo para a interface
de tributário transparentemente.

Fluxo do Sinal da Interface de Tributário para M:

9 A PPI recupera o sincronismo do sinal de tributário recebido e o regenera. Após a decodificação, a


informação do sinal de dados e sincronismo é passada para o ponto de referência M. O sincronismo
também pode ser fornecido para o ponto de referência T2 para possível uso como referência de
sincronismo na SETS;
9 No evento de perda de sinal (LOT) do tributário de entrada, um sinal de dados "tudo 1" (SIA) deve ser
aplicado no ponto de referência M acompanhado por um sinal apropriado de referência de relógio
dentro de 250 ns. Com o fim do defeito LOT, o sinal "tudo 1 " deve ser retirado dentro de 250 micro
segundos. LOT é reportado ao ponto de referência S11.

Funções compostas dos equipamentos de SDH

A descrição das funções a serem suportadas pelos equipamentos da SDH é genérica e não implica em
particionamento físico. Os fluxos de informação de entrada e saída dos blocos funcionais servem para
definir as funções dos blocos e são considerados conceituais, não físicos.

As funções compostas agrupam blocos funcionais com características similares dentro dos equipamentos
da SDH para facilidade de representação.

Função terminal de transporte (TTF)

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

A TTF compreende uma função composta constituída das funções básicas SPI, RST, MST, MSP, e MSA,
conforme ilustra a figura 35. As funções básicas e os fluxos de informação através de seus pontos de
referência.

Figura 35 - Função Terminal


de Transporte (TTF).

Interface de Ordem
Superior (HOI)

A HOI é uma função


composta constituída das
funções básicas PPI, LPA e
HPT, conforme ilustra a
figura 36. As funções básicas
e os fluxos de informação
através de seus pontos de
referência.

Figura 36 - Função Interface


de Ordem Superior (HOI).

Interface de ordem inferior


(LOI)

A LOI é uma função


composta constituída das
funções básicas PPI, LPA e
LPT, conforme figura 37. As
funções básicas e os fluxos
de informação através de
seus pontos de referência.

Figura 37 - Função Interface


de Ordem Inferior (LOI).

Montador de ordem
superior (HOA)

A HOA é uma função


composta constituída das
funções básicas HPA e HPT,
conforme figura 38. As
funções básicas e os fluxos
de informação através de
seus pontos de referência.

Figura 38 - Função Montador


de Ordem Superior (HOA).

Funções de gerência do equipamento da SDH (SEMF, MCF)

Acesso dos equipamentos SDH à TMN

Equipamentos da SDH devem prover interfaces com a TMN para troca de mensagens através do DCC,
interface Q ou ambos. Mensagens não endereçadas para o equipamento local devem ser passadas para a
interface Q ou canal DCC apropriados. A TMN pode então ser provida com um enlace lógico direto para
qualquer equipamento da SDH através de uma única interface Q e DCCs interconectados (ligando os
equipamentos da SDH). Há dois modos de usar o DCC (ver figura 39):

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 Uso dos bytes D1 a D3 localizados no RSOH (DCCR) e com acesso em todo elemento de rede, incluindo
regeneradores.
9 Uso dos bytes D4 a D12 localizados no MSOH (DCCM) e com acesso em todo NE, exceto nos
regeneradores. Estes bytes são enviados alternativamente para o ponto de referência P (função MCF)
ou para o ponto de U2 (função OHA).

BYTES Æ [D1 a D3 - DCCR ] e [D4 a D12 - DCCM]

DCCR - Canal de comunicação de dados da seção de regeneração - 192 kbit/s. Específico para tráfego de
informações de gerência da SDH.

DCCM - Canal de comunicação de dados da seção de multiplexação - 576 kbit/s. Uso genérico (TMN).

Figura 39 - Canais DCCR e DCCM.

Estes canais são baseados em mensagens e realizam a


comunicação entre elementos de rede. Eles podem ser
usados para dar suporte à comunicação entre os
elementos de rede e a TMN. Um exemplo é mostrado na
figura 40. Nesta figura a TMN comunica-se com um
elemento de rede através da interface Q e, a partir deste, comunica-se com os demais elementos de rede
através do DCC. Funções internas aos equipamentos relacionados à TMN:

9 SEMF (Synchronous Equipment Management Function).

Converte dados de desempenho e alarmes específicos de implementação em mensagens orientadas a


objeto para transmissão do DCC e/ou na interface Q. Converte também mensagens orientadas a objeto
relacionadas a outras funções de gerenciamento para passarem aos pontos de referência Sn (comunicação
da SEMF com os demais blocos funcionais do equipamento).

Figura 40 - Configuração de sistemas linear da


SDH.

9 MCF (Message Communications Function)

Esta função recebe e armazena mensagens,


vindas do(s) DCC(s), interfaces Q e F e SEMF.
Mensagens não endereçadas ao equipamento local
são passadas para um ou mais DCCs de saída de
acordo com procedimentos locais de roteamento
e/ou para interface(s) Q. A MCF faz a conversão da
camada 1 (e/ou camada 2) dos protocolos do canal
DCC e interface Q ou do protocolo de dois canais
DCC.

Figura 41 - Funções de gerência SEMF e MCF.

O MCF interfaceia o Sistema de Gerenciamento do


Equipamento (SEMF) no ponto V de referência. É
trânsito para os canais DCCR e DCC|\/| através dos
pontos de referência N e P, respectivamente. Para
o meio exterior conecta-se através de interfaces
padronizadas Q e F com a TMN, (ver a figura 41).

Função de Gerência SEMF

A SEMF possibilita que a Função Elemento de


Rede (NEF) seja gerenciada por um Gerente
interno ou externo ao NE. Se o Gerente for interno
ao NE este fará parte da SEMF.

Em outras palavras, a SEMF converte dados de


desempenho e alarmes específicos das funções
implementadas no NE em mensagens orientadas a
objeto para transmissão no DCC e/ou em uma interface Q. Converte também mensagens orientadas a

19
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

objeto relativas a funções de gerência que chegam ao NE em informações a serem passadas às funções
implementadas no NE.

A SEMF interage com os diversos blocos funcionais do NE através dos pontos de referência Sn (pontos Sn)
e, particularmente, com a MCF, através do ponto de referência V (ponto V). Existe um ponto Sn específico
para cada bloco funcional trocar mensagens com a SEMF, como mostra a tabela 3.

Como mostra a figura 42, informações recebidas dos pontos Sn passam através de filtros que agem como
um mecanismo de redução de dados. As saídas dos filtros passam pelo bloco Objetos Gerenciados e ficam
disponíveis para o Agente. Outras informações de gerência são trocadas entre o Agente, o bloco Objetos
Gerenciados e os pontos Sn, tais como mensagens de configuração e relatórios do status interno do NE.

O bloco Objetos Gerenciados faz o processamento e o armazenamento dos eventos conforme descrito no
item Funções de Gerência SDH e apresenta as informações segundo o Modelo de Informação para a SDH.
O Agente faz a conversão das informações do bloco Objetos Gerenciados para mensagens do CMISE
("Common Management Information Service Elemenf”) e responde a mensagens do CMISE provenientes do
Gerente realizando as operações devidas nos objetos gerenciados. A descrição do CMISE é feita na
descrição do Protocolo do ECC.

A informação destinada ao Agente e proveniente do Agente é passada do ponto de referência V para a


MCF.

Os tópicos seguintes descrevem o fluxo de informação através dos pontos Sn e os três tipos de filtros
representados na figura 42.

Tabela 3 - Pontos de referência SN.

As saídas dos filtros são colocadas à disposição do "Agente" através do bloco


"Objetos Gerenciados".

O bloco "Objetos Gerenciados" processa eventos e armazena informações sobre o


funcionamento do equipamento, além de uniformizar os formatos das informações. O
"Agente" converte as informações recebidas em mensagens para a TMN
(Gerenciador) e representa a interface no ponto V de referência com o Sistema de
Comunicação de Mensagens (MCF), (ver a figura 43).

Figura 42 - Gerenciamento de
equipamento síncrono (SEMF).

As funções de processamento
de eventos e armazenagem do
bloco "Objetos Gerenciados"
são descritas na
recomendação G.784,
incluindo limiares de
desempenho. Esta análise não
é tratada aqui.

A tabela 4 apresenta a informação de configuração e fornecimento de dados que passa através dos pontos
Sn. A informação listada na coluna "Sef da tabela se refere à configuração e ao fornecimento de dados no
sentido da SEMF para os blocos funcionais. A informação listada na coluna ”Ge/" da tabela se refere a
relatórios feitos à SEMF pelos blocos funcionais em resposta a pedidos feitos pela SEMF. A compilação de
todas estas funções fornece as ações de gerenciamento esperados da SEMF.

Filtragens

As filtragens são um mecanismo de redução da taxa de dados apresentados nos pontos de referência Sn
devidos a defeitos e anomalias. Três tipos de filtragem são usados:

9 Filtragem de um segundo;
9 Filtragem de defeito (falha);
9 Filtragem "duração de estado com erro".

20
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Figura 43 - Interação entre os


blocos funcionais, a SEMF e a
MCF.

Tabela – 4 - Funções da SEMF.

Parâmetros
Bloco Funcional Get Set
ALS implementado ALS habilitado/desabilitado
SPI
ALS habilitado/desabilitado Saída TX ligada / desligada Saída TX ligada / desligada
RS -TI transmitido
RST RS - TI recebido
RS -TI esperado
Habilita/ inibe inserção de SIA e
MST
RDI e a análise de desempenho na condição de MS - Exc
HPC Matriz de conexão (CM) Matriz de conexão (CM)
Tipo de VC de ordem superior
HPT HO - TI recebido HO - TI transmitido
HO - TI esperado
HPA HO - SL recebido Tipo de Via de TU
LPC Matriz de conexão (CM) Matriz de conexão (CM)
Tipo de VC de ordem inferior
LO - TI transmitido
LPT LO - SL transmitido
LO - TI recebido
LO - TI esperado
LO - SL esperado
LPA LO - SL recebido - Tipo de LPA Tipo de LPA
Estado de entrada
Entrada selecionada Seleciona entrada
SETS
Estado da SETG
SETG selecionada Seleciona SETG
HO - TI recebido HO - TI esperado
HSUM
HO - SL recebido HO - SL esperado
HSUG LO - TI transmitido
LO - TI recebido LO - TI esperado
LSUM
LO - SL recebido LO - SL esperado
LSUG LO - TI transmitido
Estado Ativo / Inativo Seleciona estado Ativo/ Inativo
HPOM Tipo de HPOM
HO - TI recebido HO - TI esperado
Estado Ativo / Inativo Seleciona estado Ativo/ Inativo
LPOM Tipo de LPOM
LO - TI recebido LO - TI esperado

Filtragem de 1 Segundo

A filtragem de um segundo executa uma simples integração de anomalias relatadas, contando um intervalo
de 1 segundo (considerado satisfatório para propósitos de supervisão da rede de conexão, identificação de
falha e de seção em falha). Ao fim do intervalo de 1 segundo, os contadores fornecem os dados para o
bloco "Objetos Gerenciados". Os defeitos informados ao filtro de 1 segundo dão origem à informação de
UAS ("Un Available Second').

As seguintes saídas de contadores devem estar disponíveis:

9 Erros em Seção Regeneradora (B1);


9 Eventos de " Out of Frame" (OOF) em Seção Regeneradora;
9 Erros na Seção Multiplex:(B2);
9 Erros em Via de Alta Ordem (B3);
9 Erros em Via de Baixa Ordem (B3/V5);
9 Erros remotos (Far End Block Error – G1) em Via de Alta Ordem.

Funções de Sincronismo

Fonte de sincronismo do equipamento síncrono (SETS)

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

a) Esta função prove referência de sincronismo para os seguintes blocos funcionais: LPA, LPT, LPC, LCS,
HPA, HPT, HPC, HCS, MSA, MSP, MST, RST. A função SETS inclui uma função oscilador Interno e a
função SETG ("Synchronous Equipament Timing Generator'). Os fluxos de informação associados com
a função SETS são descritos com referência à figura 44.

SETG - “Synchronous equipament timing generator function ".


OSC - “Internai oscilador function".
Nota 1 - Pode haver mais de um sinal nos pontos de referência T1, T2 ou T3.
Nota 2 - SETG pode ser duplicado.
Nota 3 - O seletor C é provisionado por comandos externos.

Figura 44 - Fonte de Sincronismo do Equipamento


Síncrono (SETS).

b) A fonte de sincronismo pode ser selecionada de


qualquer um dos pontos de referência T1, T2, T3
ou do Oscilador Interno. Quando a SETS é
sincronizada a um sinal que transporta um
padrão de referência de freqüência da rede, os
requisitos de estabilidade de curto prazo nos
pontos de referência TO, são especificados.
c) A função SETG filtra a referência de sincronismo
escolhida para assegurar que os requisitos de
sincronismo nos pontos de referência T sejam alcançados. Adicionalmente, a SETG deve filtrar degraus
de freqüência causados por mudança na referência de sincronismo. Isto se aplica aos três casos
seguintes:

9 Mudança de uma fonte de referência para outra;


9 Mudança da fonte de referência para Oscilador Interno;
9 Mudança do Oscilador Interno para uma fonte de referência.

Notas:

1. A máxima taxa de mudança de freqüência deve ser seguida pelo dessincronizador na interface
SDH/PDH. Isto colocará um limite superior nesta taxa para projetos de dessincronizadores práticos.
2. Dessincronizadores devem ser projetados para permitir o máximo de "offsef de freqüência do oscilador
Interno. Isto pode impor um limite superior em sua estabilidade para alguns projetos de
dessincronizador.

d) O sinal de sincronismo no ponto de referência T4 pode ser selecionado da fonte de referência, ou seja,
da saída da SETG ou de um dos sinais do ponto de referência T1;
e) Mensagens de status de sincronização deverão ser providas pelo ponto de referência Y.

Interface Física de Sincronismo do Equipamento Síncrono (SETPI)

a) Esta função prove a interface entre o sinal de sincronização externo e a SETS e deve ter, na porta de
interface de sincronização, as características físicas de uma interface de sincronização especificada. A
figura 45 ilustra a função SETPI.

Figura 44 - Interface Física de Sincronismo do


Equipamento Síncrono (SETPI).

b) Fluxo de sinal de SETS para a interface de


sincronização:

9 Este fluxo de sinal existe somente se a SETS puder prover sincronização externa;
9 As funções realizadas pela SETPI são a codificação e a adaptação ao meio físico;
9 A função SETPI deve receber um sinal de sincronismo no ponto de referência T4 da SETS para
formar o sinal de sincronização transmitido. A SETPI passa a informação de sincronismo para a
interface de sincronização de modo transparente.

c) Fluxo de sinal da interface de sincronização para a SETS:

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 A função SETPI extrai o sincronismo do sinal de sincronização recebido. Após sua decodificação,
ela passa a informação de sincronismo para a SETS no ponto de referência T3.

Função de acesso ao overhead (OHA)

Em equipamentos da SDH, deve ser requerido acesso de modo integrado para as funções de "overhead”.
São definidos os pontos de referência U através dos quais a informação é trocada com outros blocos
funcionais.

Uma função de acesso ao "overhead” particular que deve ser incluída em elementos de rede da SDH é o
canal de serviço que é usado para prover canal de voz entre os elementos de rede da SDH (utilizado para
propósitos de manutenção).

O canal de serviço (bytes E1 e E2) deverá ser aceito obrigatoriamente pela função OHA vindo dos pontos
de referência U1 e U2. A função OHA deverá apresentá-lo como canal de dados em uma ou mais interfaces
externas como descrito na tabela 5.

Tabela 5 - Interface de canal de serviço.


Taxa de bit Interface
Sincronização Estrutura de quadro
(kbit/s) padrão
64 G.703 Co-direcional Bit 1 do byte E1/E2 no quadro STM-N correspondente ao bit 1 no canal de 64 kbit/s

O canal de usuário (byte F1) e os bytes de reserva Z1 e Z2 deverão ser aceitos obrigatoriamente pela
função OHA vindo dos pontos de referência U1 e U2. A função OHA deverá apresentá-los como canais de
dados em uma ou mais interfaces externas.

Os nove bytes de DCC (D4 a D12) podem, opcionalmente, ser aceitos pela função OHA vindo do ponto de
referência U2. A função OHA deverá apresentá-los como canal de dados em uma ou mais interfaces
externas.

Tipos de equipamentos

Historicamente, elementos de rede (equipamentos) eram identificados pelas suas aplicações: sistema de
linha, terminal multiplexador, multiplexador deriva/insere e "cross-connect”. Com a introdução da SDH, estas
aplicações podem ser combinadas em um único elemento de rede.

Este item contém alguns exemplos de configurações para equipamentos da SDH, baseados no diagrama
em blocos funcionais generalizado que ilustra o princípio de modelamento funcional. A descrição dos
exemplos é genérica e não implica em qualquer sentido de divisão para implementação física. Além destes
exemplos, outros tipos de equipamentos com diferentes interfaces e combinações são possíveis.

Exemplos de tipos de equipamentos multiplexadores

Nos exemplos de multiplexadores que contêm a função LPS e/ou HPC não foram consideradas as funções
LCS e HCS. Estas funções podem ser incluídas caso seja necessária a monitoração de vias.

Multiplexador tipo I.1 (conversor PDH - SDH)

Neste tipo ocorre a função de multiplexação de sinais com interface G.703 em um sinal STM-N. Por
exemplo, 63 sinais de 2048 kbit/s podem ser multiplexados para formar um STM-1 de saída ou 4 sinais de
139.264 kbit/s podem ser multiplexados para formar um STM-4. A localização de cada um dos sinais
tributários no sinal agregado STM-N é fixa e dependente da estrutura de multiplexação escolhida. Isto
porque os VC’s montados no sinal STM-N estarão na mesma seqüência em que se apresentam na entrada
da função composta TTF (Não existe LPC e nem HPC). As terminações STM-1 podem ser elétricas ou
ópticas. Ver a figura 46.

Multiplexador tipo I.2

Neste tipo de multiplexador é possível destinar determinado VC de entrada para qualquer posição dentro do
feixe STM-N de maneira flexível. Isto é possível devido à existência das funções LPC e HPC.

Nesta configuração podem existir, por exemplo, sinais de entrada cujo somatório de capacidades ultrapasse
a capacidade máxima que o STM-N de saída poderia transportar.

23
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Como alguns dos sinais tributários podem estar sem carga útil, as funções LPC e HPC comandadas pela
SEMF selecionam os VC’s com os sinais tributários a serem transmitidos. A LPC seleciona VC-ms e a HPC
seleciona VC-ns. Ver a figura 47.

Figura 46 - Multiplexador tipo I.1.

Multiplexador tipo II.1 (MUX SDH - SDH)

Este tipo de multiplexador combina vários sinais


STM-N em um único sinal STM-M. Por exemplo,
os VC-ns de quatro sinais STM-1 podem ser
multiplexados para formar um único sinal STM-4.

A localização de cada um dos VC-ns dos sinais


STM-N é fixa dentro do sinal agregado STM-M.

Nesta configuração o somatório das capacidades


dos sinais STM-N deve ser no máximo igual ao
do sinal STM-M agregado. As terminações STM-
1 podem ser elétricas ou ópticas. Ver a figura 48.

Figura 47 - Multiplexador tipo I.2.

Multiplexador tipo II.2

Este tipo difere do tipo II.1 pela inclusão da HPC.


Esta função possibilita destinar de modo flexível
os VC-ns dos sinais STM-N de entrada a
quaisquer posições dentro do sinal agregadas
STM-M, a partir de comandos recebidos da
SEMF.

Multiplexador tipo III.1 (MUX ADM)

Os tipos II 1.1 e III.2 são multiplexadores


deriva/insere (Add-Drop Multiplex = ADM). Têm a
capacidade de acessar qualquer um dos sinais
constituintes do sinal agregado STM-M sem a
necessidade de demultiplexar e terminar o sinal
completo.

O sinal acessado pode ser um sinal com


interface G.703 ou um STM-N (M > N).

Figura 48 - Multiplexador tipo II.1.

Neste tipo o acesso ao sinal constituinte do STM-


M é feito através de uma interface G.703.

A função HPC permite que VC-ns dentro do sinal


STM-M sejam derivados e terminados localmente
ou multiplexados novamente para o sinal STM-M
de saída. Permite também que VC-ns gerados
localmente sejam destinados a qualquer posição
vaga no STM-M de saída.

A função LPC permite que VC-ms (contidos nos


VC-ns derivados e terminados localmente) sejam
por sua vez derivados e terminados localmente
ou multiplexados de volta em um VC-n de saída.

A função LPC permite também que VC-ms gerados localmente sejam roteados para qualquer posição vaga
dentro de qualquer VC-n de saída que irá compor o sinal STM-M.

24
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Figura 50 - Multiplexador tipo III.1 (MUX ADM).


Figura 49 - Multiplexador tipo II.2

Figura 52 - Derivação e inserção de tributário em PDH.

Figura 51 - Multiplexador tipo III.2.

Multiplexador tipo III.2

Neste tipo o acesso ao sinal constituinte é feito através de uma interface STM-N. Possui algumas funções
adicionais às do tipo III. 1, especificamente a de multiplexação do sinal STM-N em VC-ms (sentido de
inserção) e a multiplexação de VC-ms para formar o sinal STM-N (sentido de derivação).

É um mux de três cabeças, as três podem ser interfaces ópticas.

Multiplexador ADM-1

A figura 52 apresenta o processo de derivação e inserção nos equipamentos da hierarquia PDH. Para se
obter o tributário de 2 Mbit/s a partir do sinal de linha, é necessário passar por todos os equipamentos da
cadeia de multiplexação / demultiplexação e pelo equipamento de linha.

A figura 53 faz uma comparação entre a derivação e inserção através de equipamentos SDH do tipo LTM e
ADM. Nos sistemas de transmissão que utilizam equipamentos ADM, ocorre uma diminuição no número de
equipamentos e conseqüentemente um barateamento.

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

O Multiplexador com deriva/insere (ADM-1), a partir do sinal agregado STM-1, deriva e insere sinais tributá-
rios de 2 Mbit/s, STM-1 e opcionalmente 34 Mbit/s e 140 Mbit/s. Um ADM-1 é representado como mostra a
figura 54.
Figura 53 – Derivação / Inserção: LTM x ADM.

Para o ADM-1 há três estruturas básicas:

9 Estrutura I (mandatória) - ADM-1 cujos sinais tributários


derivados (inseridos) do (no) sinal agregado STM-1 são
sinais de 2 e/ou 34 ou 140 Mbit/s. A derivação/inserção
é realizada pela função LPC a nível de VC-12 e/ou VC-
3 ou pela função HPC a nível de VC-4,
respectivamente. Corresponde ao ADM tipo III.1. Os
tributários de 34 e140 Mbit/s são opcionais.

Figura 54 - Multiplexador com deriva/insere (ADM-1).

9 Estrutura II (mandatória) - ADM-1 cujo sinal tributário é


um STM-1, o qual contém os VC-12 e/ou VC-3 e serem derivados (inseridos) do (no) sinal agregado
STM-1 pela função LPC. Os demais VC-12 e/ou VC-3, que não devem ser derivados/inseridos,
retornam à interface STM-1 de tributário. Corresponde ao ADM tipo III.2, considerando-se M = 1.

Figura 55 - Diagrama em blocos


do MUX ADM-1.

9 Estrutura III (opcional) -


ADM-1 com sinais tributários
STM-1 e 2 Mbit/s. Podem ser
derivados (inseridos) do (no)
agregado STM-1, tanto VC-
12 e/ou VC-3 constituintes
do tributário STM-1, quanto
os tributários de 2 Mbit/s.
Adicionalmente, os sinais de
2 Mbit/s podem ser
derivados diretamente do
tributário STM-1 através da
função LPC.

A figura 55 ilustra o diagrama em


blocos do ADM-1, onde é
mostrada a estrutura I
(mandatória), a estrutura II
(mandatória) e a estrutura III
(opcional), referentes ao
Equipamento ADM-1.

Multiplexador tipo IV (conversor SONET Æ SDH)

Este tipo de multiplexador realiza a função de adaptação para permitir que C-3’s contidos em VC-3’s
transitem entre redes estruturadas em AU-3 e AU-4. Deve-se notar que este exemplo se aplica a VC-3’s
contendo C-3’s e não a VC-3’s contendo TUG-2’s.

Equipamentos cross-connects SDH (SDXC)

O equipamento de conexão transversal da SDH, também conhecido por roteador digital (Synchronous
Digital Cross-Connect - SDXC) executa funções tandem de conexões cruzadas de rotas digitais, funções
estas que são possíveis de serem realizadas pelo uso combinado de multiplexadores plesiócronos e
quadros mecânicos de distribuição (DlD). Portanto o SDXC pode substituir com vantagens os
multiplexadores e seus quadros de distribuição, executando tarefas pertinentes através de comandos
eletrônicos (ver a figura 57).

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Figura 56 - Multiplexador do tipo IV.

A figura 58 - Ilustra um DID automático, onde as


funções de conexões cruzadas podem ser
executadas por equipamentos do tipo ADM ou
SDXC, através de uma workstation (WS) de
gerenciamento. Este recurso permite que
enlaces sejam estabelecidos sob demanda, para
atendimento de serviço imediato e/ou
temporário.

O diagrama de blocos da figura 59 ilustra o


funcionamento básico do SDXC. Os sinais locais
(em geral da G.703) de baixa velocidade e de
alta velocidade são mapeados em seus
respectivos containers através das interfaces LOI
e HOI e, em seguida, comutados nas matrizes
HPC e LPC para rotas assistidas por LCS ou
HCS (supervisão de conexão).

Figura 57 - Distribuidor intermediário digital (DID)


da hierarquia PDH.

A tabela 6 apresenta as várias designações dos


equipamentos SDXC, quanto as entradas/saídas
e quanto as conexões cruzadas internas. A
designação do SDXC X/Y é a seguinte X = tipo
de containers de entrada/ saída, Y = tipo dos
containers de conexões cruzadas internas.

Tabela 6 - Designações dos equipamentos


SDXC X/Y.

A figura 60 ilustra os cinco tipos possíveis de conexões


que podem ser implementadas nos equipamentos
SDXC.

Figura 58 - DID automático da hierarquia SDH. Figura 59 - Diagrama de blocos geral do equipamento de conexão
transversal.

SDXC tipo l

Efetua "cross - connection" somente de VC-ns. Os VC-ns são obtidos através da TTF quando o sinal de
entrada do SDXC é STM-N e através da HOl quando é um sinal com interface G.703.

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

No primeiro caso a função HCS é incluída para monitorar a via de ordem superior. A matriz de conexão é
controlada pela SEMF.

Figura 60 - Tipos de conexões dos equipamentos SDXC.

Figura 61 – SDXC tipo l.

Figura 62 – SDXC tipo ll.

Figura 63 - SDXC tipo III.

SDXC tipo ll

Efetua "cross -connection" somente de VC-ns. Os VC-ms são obtidos através da TTF e HOA quando o sinal
de entrada é um STM-N e através da LOI quando é um sinal com interface G.703. No primeiro caso a
função LCS é incluída para monitoração de via de ordem inferior. A matriz de conexão LPC é controlada
pela SEMF.

SDXC III

Efetua "cross -connection" tanto de VC-ns quanto de VC-ms. Os VC-ns são obtidos através da TTF e HOl
para sinais de entrada STM-N e com interface G.703, respectivamente. Os VC-ms são obtidos através da
HOA a partir de VC-ns vindos da HPC e através da LOI para sinais de entrada com interface G.703. Caso
os VC-ns sejam obtidos através da TTF e os VC-ms através da TTF e HOA, as funções HCS e LCS são
incluídas para monitoração de via de ordem superior e inferior respectivamente. As matrizes de conexão
HPC e LPC são controladas pela SEMF.

Proteção na SDH

Proteção é definida como o uso da capacidade entre nós reservada para este fim para substituir uma
entidade de transporte degradada ou em falha. Duas arquiteturas de proteção são identificadas:

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PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

9 Proteção de trilha: uma falha/degradação em uma camada resulta na comutação de reconfiguração na


mesma camada. Em SDH é possível proteger tanto sinais STM-N (seção de multiplexação) quanto VCs
(camadas de vias).

9 Proteção de Conexão de Sub-rede (SNC/P - Sub-Network Connection Protection). Existem dois tipos
de SNC:

o SNC com monitoração inerente que protege contra falhas na camada servidora, usando
como critério de comutação, a detecção de "loss of pointer" (AU-LOP/TU-LOP) e SIA (AU-
SIA/TU-SIA);
o SNC com monitoração não intrusiva que protege contra falhas na camada servidora e
falhas / degradação de desempenho na camada cliente baseada na monitoração do POH.

Comutação de proteção da seção de multiplexação

Considere-se uma rede com elementos da Hierarquia Digital Síncrona. Os bytes do SOH denominados
MSOH (linhas 5 a 9 do SOH) serão acessados em todos os elementos de rede excetuando-se os
repetidores. Denomina-se seção de multiplexação ao intervalo entre dois acessos consecutivos aos bytes
de MSOH, incluindo as funções que os realizam (figura 64).

Figura 64 - Seção de multiplexação da


SDH.

Em termos dos blocos funcionais, uma


seção de multiplexação abrange os
elementos mostrados na figura 65.

O sistema de proteção de seção de multiplexação protege um enlace entre duas funções MST
consecutivas, incluindo o meio físico e os repetidores existentes entre os elementos de rede.

A comutação de proteção de um sinal, através da redundância de equipamentos e da ação da comutação,


faz com que, no evento de falha de uma seção principal, o sinal correspondente esteja disponível numa
seção de proteção (seção reserva). O uso da comutação de proteção é opcional, na Prática Telebrás de
SDH.

A função MSP ("Multiplex Section Protection"), quando incluída no equipamento, irá prover proteção para o
sinal STM-N contra falhas numa seção de multiplexação.

A função MSP local comunica-se com a função MSP remota para coordenar a ação de comutação via um
protocolo orientado a bit definido para os bytes K1 e K2 do MSOH. Comunica-se também com a SEMF
("Synchronous Equipment Management Function") para controle de comutação manual e automática. A
Comutação Automática de Proteção (APS) é iniciada baseando-se nas condições dos sinais recebidos
pelos equipamentos. A comutação manual de proteção prove comutação a partir de comandos recebidos da
SEMF.

Figura 65 - Blocos funcionais da seção de multiplexação.

Arquiteturas de operação

Proteção 1+1: Este modo de proteção consiste na transmissão simultânea da informação, através de dois
canais (Principal e Reserva). O receptor escolhe através de análise qual o melhor dos dois sinais.

29
PEDRO DE ALCÂNTARA NETO – SDH – CONCEITOS AVANÇADOS

Proteção 1:1: Este modo de proteção consiste na transmissão de uma informação, por um canal
considerado de alta prioridade, e em caso de falha comuta-se para o canal de proteção. O destino deve
informar a origem para que realize a comutação. Pelo canal de Proteção se pode transportar um tráfego de
baixa prioridade que será cortado em caso de falha no canal de alta prioridade.

Figura 66 - Proteção 1+1.

Proteção 1 : N: Este modo segue a mesma filosofia da proteção


1:1, diferenciando-se na situação em que há um único canal
reserva para "N" canais principais. Esta configuração também pode
suportar tráfego de baixa prioridade.

Proteção M:N: Neste modelo são "M" canais reservas para "N"
canais principais.

Figura 67 - Proteção 1:1.

Arquitetura 1+1

Numa arquitetura 1+1, o sinal STM-N (canal principal) é transmitido


simultaneamente nas duas seções de multiplexação, chamadas de
seções: principal e reserva. Assim, na transmissão o sinal STM-N é
permanentemente conectado (paralelado) nas seções principal e
reserva.

Figura 68 - Proteção 1 : N.

A função MSP, na recepção, monitora as condições dos sinais


STM-N recebidos das duas seções e seleciona o sinal apropriado
realizando a comutação, quando necessário. Recomenda-se rotas
fisicamente independentes.

A função MSP pode ser representada da seguinte forma:


Transmissão Æ Paralelamento Recepção Æ Comutação

Figura 69 - Proteção M:N

Devido ao paralelamento permanente do canal principal, a


arquitetura 1+1 não permite o envio de um canal de tráfego extra
através da seção reserva. A figura 70 mostra a arquitetura 1 +1
representada em diagrama de blocos funcionais. Apresenta os
modos de operação: unidirecional ou bidirecional, reversível ou não reversível.

Figura 70 - Diagrama em blocos da arquitetura 1+1.

Arquitetura 1:n

Numa arquitetura 1:n a seção reserva é compartilhada por um número n de canais principais. Os valores de
n permitidos vão de 1 a 14. Nos dois terminais (local e remoto) qualquer um dos canais STM-N principais ou
um canal de tráfego extra (ou possivelmente um sinal de teste) pode ser paralelado para a seção reserva.

As duas funções MSP monitoram e avaliam as condições dos sinais recebidos e realizam o paralelamento e
comutação do sinal STM-N apropriado para a seção reserva.

Para arquiteturas 1 :n onde n=1, o controlador de comutação de proteção local deve ser capaz de colocar-
se em um estado compatível com a arquitetura 1+1 para permitir a compatibilidade das duas arquiteturas.

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A figura 71 mostra a arquitetura 1:n representada em diagrama de blocos funcionais. Esta arquitetura é
opcional para sistemas operando com linhas físicas. Modos de Operação: unidirecional ou bidirecional,
reversível.

Figura 71 - Diagrama em blocos da arquitetura 1 :n.


(*) Necessária apenas para tráfego extra.

Modos de operação

A proteção da seção de multiplexação pode operar bidirecional ou unidirecionalmente e no modo reversível


ou não reversível, dependendo do gerenciamento da rede.

Em operação bidirecional, o sinal é comutado para a seção reserva nas duas direções e a comutação de
uma só direção não é permitida.

Figura 72 - Situação sem falha.

Em operação unidirecional, a comutação se completa quando o


canal na direção com falha é comutado para a seção reserva.

Figura 73 - Situação com falha.

No modo reversível de operação, o canal principal é comutado de


volta para a seção principal correspondente quando a falha for
eliminada. No modo não reversível, a comutação é mantida
mesmo após a eliminação da falha da seção principal. Para
arquiteturas 1 :n, somente o modo reversível é permitido.

Figura 74 - Situação sem falha.

Para sistemas rádio - síncronos, o modo de operação é idêntico


podendo-se fazer uso de sistemas de proteção (N + m), com N
canais de transmissão protegidos por m canais reserva.

Figura 75 - Situação com falha.

Os comutadores para sistemas rádio são do tipo "hitless", com


faseamentos de feixes proporcionando comutação livre de erros.
O comutador "hitless" é obrigatório para sistemas rádio operando
abaixo de 10 GHz.

Comutação unidirecional

Vantagens:

1. O esquema de implementação é muito simples e não requer nenhum tipo de protocolo.


2. O tempo de comutação é menor.

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Comutação bidirecional

Vantagens:

1. Um mesmo equipamento usa ambas direções depois de uma falha.

Função MSP (proteção de seção de multiplexação)

A função MSP prove proteção para sinal STM-N contra falhas numa seção de multiplexação.

As funções MSP local e remota operam do mesmo modo, monitorando os sinais STM-N, avaliando o status
do sistema (levando em consideração as prioridades das condições de falhas detectadas localmente e pedi-
dos de comutação remotos e externos) e comutando o canal principal apropriado para a seção reserva. As
duas funções MSP comunicam-se através de um protocolo orientado a bit definido para os bytes K1 e K2 do
MSOH da seção reserva.

A função MSP recebe parâmetros de controle e pedidos externos de comutação da SEMF, envia-lhe
indicadores de status do sistema e informação sobre eventos de APS.

Critérios de comutação

Início

A APS pode se iniciar devido a condições de falha das seções principais e reserva. Estas condições SF
("Signal Fail - falha de sinal) e SD ("Signal Degrade" - degradação do sinal).

A comutação de proteção pode também ser iniciada por comandos externos recebidos da SEMF.

Tempo

A comutação de proteção deverá ser completada dentro da 50 ms após a detecção de uma condição SF ou
SD que inicie a comutação. Depois de completada a comutação, um "Protection Switch Event (PSE) deve
ser reportado à SEMF.

Restabelecimento

No modo reversível de operação a seção principal deve ser restabelecida, ou seja, o sinal na seção reserva
deve ser comutado de volta para a seção principal quando a falha for eliminada. O restabelecimento permite
que outros canais principais em seções com falha ou um canal de tráfego extra utilizem a seção reserva.

Para evitar operações freqüentes de comutação devido a uma falha intermitente (por exemplo, BER
flutuante ao redor do limiar de SD), após uma seção ter sua falha eliminada, um período de tempo fixo
deverá decorrer antes de ser feito o restabelecimento. Este período, denominado "Wait-To-Restore" (WTR),
deve ser da ordem de 5 a 12 minutos e deve ser possível programá-lo. Caso seja detectada uma condição
SF ou SD em uma outra seção principal, o estado WTR é interrompido, o restabelecimento é realizado
imediatamente e tem início a operação de comutação.

A figura 76 apresenta o conceito de tempo de comutação e tempo de restabelecimento (WTR) de uma


forma gráfica.

Figura 76 - Tempo de comutação e WTR (wait to restore).

Protocolo da função MSP

As funções MSP, nas terminações de uma seção de multiplexação fazem pedidos e recebem confirmações
de ações de comutação usando os bytes K1 e K2 do MSOH da seção reserva. O protocolo da comutação
automática de proteção (APS) é o seguinte:

9 Byte K1:
o Transporta pedidos para ação de comutação.
o Possui o número do canal a ser comutado.

9 Byte K2:
o Possui o número do canal paralelado.

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o Possui identificação da arquitetura 1+1 ou 1:N.

A designação dos bits para estes bytes e o protocolo orientado a bit são definidos a seguir:

a) Byte K1

O byte K1 indica um pedido para ação de comutação de um determinado canal. Os bits 1 a 4 indicam o tipo
de pedido, os quais podem ser:

1. Uma condição (SF ou SD) associada a uma seção. Uma condição pode ter prioridade alta ou baixa.
Esta prioridade é fixada para cada canal.
2. Um estado (WTR, "do not revert” "no request”, "reverse requesf” da função MSP.
3. Um pedido externo ("lockout of protection", comutação forçada ou manual e exercício) vindo da SEMF.

Os tipos de pedidos associados aos bits 1 a 4 do byte K1 são mostrados na tabela 7. Os bits 5 a 8 indicam o
número do canal para o qual o pedido é emitido na tabela 8.

Tabela 7 - Pedido de comutação.

(1) Os pedidos são selecionados a


partir da tabela, dependendo das
necessidades de ações de
comutação. Em casos particulares,
somente um subconjunto de
pedidos pode ser necessário.

(2) Impede que qualquer canal


(principal ou de tráfego extra)
ocupe a seção reserva. O número
do canal associado a este pedido é
"0" (bits 5 a 8 do byte K1 ="000 0").
Portanto, o byte K1 deve ser
"11110000".

(3) Algumas operadoras de rede podem usar esses códigos para outros fins. O receptor deve ser capaz de
ignorar estes códigos.

(4) Pedido reverso: o terminal local recebe um pedido do terminal remoto através do byte K1, aceita este
pedido e envia um pedido reverso para que ação semelhante seja realizada remotamente.

(5) Utilizado no modo de operação não reversível, indica que a comutação deve ser mantida, sem
restabelecimento do tráfego para a seção reparada.
(6) Indica que nenhuma ação deve ser realizada.

Tabela 8 - Número do canal a ser


comutado.

b) Byte K2

Os bits 1 a 5 indicam o estado do


paralelamente realizado pela função
MSP. Os bits 6 a 8 são reservados para
uso posterior para implementação de
comutação com deriva/insere. Os códigos
"111" e "110" não serão disponíveis para tal uso visto que eles são usados para detecção de SIA e
indicação de RDI da seção de multiplexação. Estes bits (6 a 8) serão transmitidos através do byte K2 de
cada seção principal.

A figura 6.14 apresenta os bytes K1 e K2 e detalha os bits 6,


7 e 8 do byte K2, com as suas possíveis combinações e as
respectivas funções dessas combinações.

Figura 77 - Bytes K1 e K2: MS-SIA e MS-FERF.

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Os bits 1 a 4 indicam o número de canal (o número do canal paralelado) e o bit 5 indica o tipo de arquitetura
MSP:

"1" Æ Arquitetura 1: n
"0" Æ Arquitetura 1+1

A tabela 9 mostra a indicação do canal paralelado dada pelo byte K2.

Tabela 9 - Número do canal paralelado.

Comandos de comutação

Os comandos de comutação são listados abaixo em


ordem decrescente de prioridade:

1. "Clear": Limpa todos os comandos listados


abaixo.
2. "Lockout of Protection": Nega a todos os canais
principais (e ao canal de tráfego extra) o acesso
a seção reserva emitindo um pedido "lockout of
protection".
3. Comutação forçada #: Comuta o canal principal 0
para a seção reserva a menos que um comando
de comutação de maior ou igual prioridade
exista.

Figura 78 - Situação normal.

Para sistemas 1+1 não reversíveis a ocorrência de


"comutação forçada - canal nulo", "comutação
forçada - No Working Channel (K1 = 11100000)
transfere o canal principal da seção reserva para a
seção principal, a menos que um pedido de maior ou
igual prioridade ocorra. Como comutação forçada
tem prioridade maior que SF e SD em uma seção
principal, este comando será executado
desconsiderando a condição da seção principal.

Figura 79 - Situação em caso de operação.

4. Comutação manual #: Comuta o canal principal #


para a seção reserva, emitindo um pedido de
comutação manual para este canal, a menos que
uma condição de falha exista em outras seções
(incluindo a seção reserva) ou um comando de
comutação de prioridade maior ou igual exista.
Para sistemas 1+1 não reversíveis a ocorrência
de "comutação manual - canal nulo (K1
=10000000) transfere o canal principal da seção
reserva para a seção principal, a menos que um
pedido de prioridade maior ou igual exista. Como
comutação manual tem prioridade menor que SF
ou SD numa seção principal, este comando será
realizado somente se a seção principal não
estiver na condição SF ou SD.
5. Exercício #: Analisa o protocolo para proteção de um canal a menos que a seção reserva esteja em
uso. Emite um pedido "Exercise" para este canal e verifica a resposta no canal APS. A comutação não é
realmente completada, isto é, o comutador permanece liberado quando um pedido "Exercise" é emitido
ou recebido (e confirmado) através do byte K1. A funcionalidade "Exercise" pode não existir em todas
as funções MSP.

Proteção de conexão de sub-rede (SNC/P)

A proteção de conexão de sub-rede inerente protege contra falhas na camada servidora. O processo de
proteção e o processo de detecção de defeito são realizadas por duas camadas adjacentes. A camada

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servidora realiza o processo de detecção de defeito e envia o estado para a camada de cliente por meio de
um sinal denominado falha do sinal de servidor (SSF).

Figura 79 - Rede com path protection.

A proteção de conexão de sub-rede não


intrusiva protege contra falhas na camada
superior e contra falhas e degradações nas
camadas de cliente.

A proteção de conexão de sub-rede de


ordem superior e inferior é um exemplo de
proteção de camada de trajeto.

Figura 80 - Operação normal.

BSHR (Bi-directional Self Healing Ring)

É possível fazer proteção BSHR a 2 ou 4 fibras e são


baseadas nos mecanismos de proteção de seção. O
tráfego principal segue pelas duas direções do anel. A
metade da capacidade do anel está reservada para a
proteção que será utilizada para realocar o tráfego
principal no caso de uma falha em uma parte do anel.

Em anéis a 2 fibras a metade da capacidade de cada


fibra é reservada para a proteção. Um anel STM-4 a 2
fibras tem capacidade de tráfego equivalente a 2 sinais
STM-1 para cada fibra.

Figura 81 - Operação em caso de falha.

Em anéis a 4 fibras: um par é exclusivamente reservada


para proteção. Um anel STM-4 a 4 fibras tem uma
capacidade de tráfego equivalente a 4 sinais STM-1 por
um par de fibras.

Existe também a possibilidade para anéis a 4 fibras de se


fazer 2 x BSHR 2, onde se utiliza do princípio de anéis a
2 fibras para cada par.

BSHR 2F

A figura seguinte mostra o sistema de proteção BSHR 2,


de um determinado tráfego entre os equipamentos A e D.
Em caso de falha, ocorre uma comutação para a
proteção, segundo o protocolo APS (bytes K1e K2).

Figura 82 – Rede com BSHR 2F

Devido a utilização dos bytes K1 e


K2, o número máximo de nós no
anel corresponde a 16.

BSHR 4F

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Em um BSHR 4, o mecanismo de proteção pode ser observado como na figura anterior. Entretanto,
existem, agora, dois pares de fibras para cada direção. Isto eqüivale a dizer que em um sistema 622Mbps
teremos 4 STM-1 para operação e 4 STM-1 para reserva, sendo que ambos estarão em placas diferentes.

Este arranjo permite que o tráfego em proteção, quando de uma condição de falha, seja mantido na mesma
direção ou altere sua direção.

BSHR 2x2 e 4F

Com o 2 x BSHR 2 (dual 2 fibre BSHR), é possível observar, pelas figuras abaixo, que traz vantagens em
comparação ao BSHR 4.

Existe uma divisão em dois sub-anéis, porém, a capacidade é igual ao BSHR 4. Esta divisão possibilita que
o tráfego seja realocado para a proteção no caso de falhas entre dois pontos diferentes do anel: desde que
estejam em sub-anéis diferentes.

Também propõe uma facilidade de ampliação na rede (anel ou sub-anel), com custo reduzido.

Figura 83 - Comparação entre BSHR 2 e BSHR 4.

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