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Olá!
A aula de hoje versará sobre tema presente em quase todas as provas de
Direito Administrativo elaboradas pelas bancas de concursos públicos: Agentes
públicos e regime jurídico único dos servidores públicos federais.
Levando-se em consideração as provas anteriores aplicadas pelas
principais bancas do país, pode-se concluir que as questões não se restringirão
à letra da Lei nº 8.112∕1990, portanto, será necessário estudar, também, as
principais decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo
Tribunal Federal nos últimos meses.
Sempre que você encontrar na aula qualquer referência ao entendimento
jurisprudencial sobre determinado artigo de lei, memorize-o atentando-se para
os detalhes, pois, assim, você não terá qualquer dificuldade para resolver a
questão elaborada.
Surgindo qualquer dúvida, lembre-se de que estou à disposição no fórum
do curso para esclarecê-las!
Bons estudos!
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
www.facebook.com.br/fabianopereiraprofessor
SUMÁRIO
4. Provimento
4.1. Disposições gerais ......................................................... 26
4.1.1. Direito à posse, em caráter excepcional, mesmo com idade
inferior a 18 (dezoito) anos .......................................................... 27
4.1.2. Aptidão física e gravidez de candidata ........................ 28
4.2. Reserva de vagas aos portadores de deficiência nos concursos
públicos ............................................................... . 29
4.2.1. Algumas peculiaridades pertinentes às vagas reservadas
aos portadores de deficiência ................................................. 31
4.3. Formas de provimento .................................................... 32
4.3.1. Nomeação .................................................................... 32
4.3.1.1. Comunicação pessoal sobre a nomeação .................. 34
1. Agentes públicos
Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais
dispositivos da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais), é
necessário que conheçamos antes o conceito de agente público e as
classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros.
Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física
que exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou
gratuitamente, sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública
em nome do Estado.
A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas que, de
qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais
importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que,
somente em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos
mesários eleitorais.
Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções
(Legislativo, Executivo ou Judiciário), para que seja denominado de “agente
público” é suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.
Analisando-se a legislação vigente, podemos encontrar várias definições
legais para a expressão “agentes públicos”, a exemplo do artigo 2º da Lei nº
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), que reputa agente público “todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita anual”.
O artigo 327 do Código Penal também apresenta uma definição legal,
porém, em vez de utilizar-se da expressão “agentes públicos”, adota a
expressão “funcionários públicos”.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego
ou função pública.
agente público. Por isto, a noção abarca tanto o Chefe do Poder Executivo (em
quaisquer das esferas) como os senadores, deputados e vereadores, os
ocupantes de cargos ou empregos públicos da Administração direta dos três
Poderes, os servidores das autarquias, das fundações governamentais, das
empresas públicas e sociedades de economia mista nas distintas órbitas de
governo, os concessionários e permissionários de serviço público, os delegados
de função ou ofício público, os requisitados, os contratados sob locação civil de
serviços e os gestores de negócios públicos.”
Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados
em três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os
particulares em colaboração com o poder público.
a) Agentes políticos
Celso Antônio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito de
agentes políticos, pois afirma que eles “são os titulares dos cargos estruturais à
organização política do país, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem
o arcabouço constitucional do estado e, portanto, o esquema fundamental do
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do estado”.
Neste caso, seriam agentes políticos somente o Presidente da República,
os Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (Ministros
e Secretários das diversas pastas), os Senadores, os Deputados e os
Vereadores.
Informação importante para as questões de prova é o fato de que o
professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e membros
dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao contrário do
professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem ser incluídos
nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de investidura,
com exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que são de livre
nomeação e exoneração.
Ademais, afirma ainda que os magistrados, membros do Ministério Público
e dos Tribunais de Contas não exercem funções tipicamente políticas
(como criar leis ou traçar programas e diretrizes de governo), apesar de
exercerem funções constitucionais extremamente importantes, e, portanto, não
podem ser considerados agentes políticos.
b) Servidores estatais
c) Agentes delegados
Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, “agentes delegados são
particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade,
obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco,
mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do
delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem
representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de
colaboradores do Poder Público. Nesta categoria se encontram os
concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os
serventuários de Ofícios ou Cartórios não estatizados, os leiloeiros, os
tradutores e intérpretes públicos, e demais pessoas que recebam delegação
para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo”.
Apesar de exercerem atividades públicas em nome próprio, por sua conta
e risco, é válido esclarecer que os agentes delegados estão sujeitos às regras
de responsabilização civil previstas no § 6º, do artigo 37, da CF/88, e também
são considerados “funcionários públicos” para fins penais.
d) Agentes credenciados
Agentes credenciados são aqueles que têm a incumbência de
representar a Administração Pública em algum evento específico (um
Congresso Internacional, por exemplo) ou na prática de algum ato
determinado, mediante remuneração e sem vínculo profissional, sendo
considerados funcionários públicos para fins penais.
Os agentes credenciados somente serão considerados agentes públicos
durante o período em que estiverem exercendo as funções públicas para as
quais foram credenciados.
Desse modo, se um cientista particular foi convidado pela Administração
Pública para representá-la em um Congresso Internacional sobre a “Gripe A”,
por exemplo, somente durante o período do evento ele será considerado agente
público.
e) Agentes administrativos
Agentes administrativos são todos aqueles que exercem um cargo,
emprego ou função pública perante à Administração, em caráter
permanente, mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída
no órgão ou entidade ao qual estão vinculados.
Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força
de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos
(União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo
e Judiciário), podendo ser dividida em:
Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão;
Empregados públicos;
Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária
de excepcional interesse público.
2. Disposições preliminares
A Lei 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, seus respectivos órgãos, sobre as autarquias e as fundações
públicas federais de Direito Público. Deve ficar bem claro que as suas
disposições legais não alcançam os empregados das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, que são regidos pelo regime celetista.
exigida em edital de concurso público para oficial da Polícia Militar, por este não
haver atingido a referida idade na data da matrícula do curso de formação, ainda
que lei complementar estadual estabeleça essa mesma idade como sendo a
mínima necessária para o ingresso na carreira.
Nessa situação, ocorre ofensa aos princípios da razoabilidade e da interpretação
conforme o interesse público. De fato, estabelece o art. 2º, parágrafo único, da
Lei 9.784/1999 que nos processos administrativos devem ser observados, entre
outros, os critérios da “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público” (VI) e da “interpretação da
norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação” (XIII).
Nesse contexto, com a interpretação então conferida, o administrador, a
pretexto de cumprir a lei, terminou por violá-la, pois, com o ato praticado,
desconsiderou a adequação entre meios e fins, impôs restrição em medida
superior àquela estritamente necessária ao atendimento do interesse e, além
disso, deixou de interpretar a lei da maneira que garantisse mais efetivamente o
atendimento do fim público a que se dirige. (RMS 36.422-MT, Rel. Min.
Sérgio Kukina, julgado em 28/5/2013).
4.3.1. Nomeação
A nomeação é a única forma de provimento originário existente. Pode
ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração Pública dá
ciência ao seu destinatário da necessidade de cumprimento de formalidades
específicas (a exemplo da apresentação da documentação exigida no edital, nos
casos de provimento de cargo efetivo), no prazo de até 30 (trinta) dias, para
que seja formalizada a posse.
A nomeação é considerada originária porque inicia um vínculo entre o
indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em comissão. Na
nomeação em caráter efetivo, o candidato aprovado em concurso público é
comunicado de que terá até 30 (trinta) dias para providenciar a
documentação prevista no edital, formalizando o seu vínculo perante a
Administração, que ocorre mediante a posse.
A nomeação não gera qualquer obrigação para o candidato, mas sim o
direito subjetivo de comparecer à Administração e formalizar o seu vínculo.
Assim, caso o candidato não compareça perante a Administração no prazo de
até 30 (trinta) dias para tomar posse, a nomeação tornar-se-á sem efeito,
não produzindo qualquer obrigação ou imposição de penalidade ao candidato.
4.3.2. Posse
Conforme destacado anteriormente, a posse ocorrerá no prazo
improrrogável de até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
nomeação.
A contagem do prazo se inicia no dia subsequente ao da publicação do
referido ato e é ininterrupta. Assim, se o candidato foi nomeado no dia 12 de
março de 2014, o prazo final para tomar posse é o dia 11 de abril de 2014.
Em se tratando de nomeação de alguém que já seja servidor (que fora
aprovado em concurso público para outro cargo) e que se enquadre, na data
de publicação do ato de provimento, em algumas das situações listadas a
seguir, o prazo de 30 dias será contado após o término do impedimento;
1ª) gozo de licença por motivo de doença em pessoa da família;
2º) gozo de licença para o serviço militar ou para capacitação;
3ª) férias;
4ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País;
5ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
6ª) licença:
7ª) gozo de licença à gestante, à adotante e à paternidade;
8ª) licença para tratamento da própria saúde;
9ª) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
10) esteja participando de competição desportiva nacional ou convocação
para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior;
11) esteja em deslocamento para nova sede em virtude de remoção,
redistribuição, requisição ou cessão.
O artigo 13 da Lei 8.112/90 estabelece que “a posse dar-se-á pela
assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os
atos de ofício previstos em lei”.
O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a
nova sede.
Exemplo: suponhamos que você, atualmente domiciliado na cidade de
Belo Horizonte/MG, decida tentar o concurso do TSE para o cargo de Analista
Judiciário – área administrativa. Dois anos depois, já tendo sido aprovado,
nomeado, empossado e entrado em exercício, você decide participar do
Concurso Nacional de Remoção para disputar uma remoção para a cidade de
Belo Horizonte (TRE/MG). Se você tiver êxito no concurso de remoção, o
Tribunal Superior Eleitoral lhe concederá um prazo, que pode variar entre 10
(dez) e 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de remoção, para que
você entre em exercício no TRE/MG.
Trata-se de ato discricionário, portanto, somente diante do caso em
concreto é que o Tribunal Superior Eleitoral (seu órgão de origem) determinará
o prazo que será concedido ao servidor para o respectivo “deslocamento”.
O mesmo acontece nos diversos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal ao realizarem concursos internos de remoção, a exemplo do
MDIC, CGU, Receita Federal do Brasil, INSS, entre outros. É claro que cada
órgão ou entidade possui suas próprias regras internas, que são disponibilizadas
aos servidores através de um edital.
Se você estiver “desesperado” para começar a trabalhar no novo órgão de
destino, a legislação permite que você decline (abra mão) desse prazo e reinicie
as suas atividades no dia seguinte à publicação do ato.
Desconheço alguém que tenha declinado desse prazo, mas lembre-se de
que é possível ... rrsss
4.3.4.1. Promoção
5. Remoção e redistribuição
5.1. Remoção
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36).
Ocorrerá a remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é
deslocado da cidade de Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no
Estado do Pará. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do INSS, porém, em outra cidade.
A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de
sede. Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de
uma unidade localizada no bairro “X”, para outra unidade localizada no bairro
“Y”, dentro da mesma cidade.
A remoção de ofício (“ex officio”) não exige prévia concordância do
servidor, pois ocorrerá no exclusivo interesse da Administração. Assim, caso a
Administração entenda que o interesse público justifique a remoção de servidor
para outra localidade, poderá fazê-lo.
A fim de evitar perseguições políticas e garantir o respeito ao princípio da
impessoalidade, é imprescindível que o ato administrativo de remoção “ex
officio” seja motivado, pois, somente assim, será possível combater qualquer
possibilidade de desvio de poder da autoridade responsável pela edição do ato.
Existem duas espécies de remoção a pedido.
6.2.1.2. Diárias
As diárias podem ser definidas como uma indenização a que faz jus o
servidor quando a serviço se afastar da sede, em caráter eventual ou
transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior.
As diárias serão concedidas por dia de afastamento da sede do serviço,
destinando-se a indenizar o servidor por despesas extraordinárias com
pousada, alimentação e locomoção urbana. O pagamento das diárias não é
cumulativo com a indenização de transporte.
As diárias serão pagas antecipadamente, de uma só vez, exceto em
situações de urgência, devidamente caracterizadas ou quando o afastamento
compreender período superior a quinze dias, caso em que poderão ser pagas
parceladamente.
O artigo 5º do Decreto 5.992/06 estabelece que o servidor fará jus
somente à metade do valor da diária nos deslocamentos dentro do território
nacional quando:
a) o afastamento não exigir pernoite fora da sede;
b) for no dia do retorno à sede de serviço;
c) a União custear, por meio diverso, as despesas de pousada;
d) o servidor ficar hospedado em imóvel pertencente à União ou que
esteja sob administração do Governo brasileiro ou de suas entidades; ou
e) designado para compor equipe de apoio às viagens do Presidente ou do
Vice-Presidente da República;
6.2.1.4. Auxílio-moradia
O auxílio moradia está previsto nos artigos 60-A ao 60-E da Lei 8.112/90
e consiste no ressarcimento das despesas realizadas pelo servidor com
aluguel ou hospedagem em hotel, no prazo máximo de um mês após a
comprovação da despesa.
Será concedido ao servidor que, em razão da investidura em cargo
público, mudar-se do município em que resida para ter exercício em outro
órgão.
O auxílio moradia somente será concedido se atendidos os seguintes
requisitos:
a) Não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;
b) O cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;
c) O servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário
de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de
lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação;
8. Férias
As regras sobre aquisição e gozo das férias estão previstas nos artigos 77
a 80 da Lei 8.112/90. Trata-se de um período anual de descanso
remunerado, com duração prevista em lei, que deverá ser gozado em período
que atenda à conveniência administrativa.
Para o primeiro período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de
efetivo exercício, salvo para servidores que trabalhem com Raios X ou
substâncias radioativas, cuja exigência será de 06 (seis) meses de exercício. A
lei afirma ser vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
As férias deverão ser gozadas durante o ano civil, somente podendo ser
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de
serviço anteriormente declarada.
O servidor exonerado, aposentado, demitido de cargo efetivo ou
destituído de cargo em comissão, que não tenha usufruído férias, integrais ou
proporcionais, faz jus à indenização do benefício adquirido e não gozado.
Aplicam-se estas disposições ao servidor falecido, sendo o pagamento devido a
seus sucessores.
9. Licenças
Por outro lado, se o servidor for cedido para outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, ou nas hipóteses previstas em leis específicas, o ônus da
remuneração é do órgão ou entidade cedente (o órgão de origem e lotação do
servidor cedido).
Informação importante e que deve ser sempre lembrada é a de que o
servidor federal, mesmo que cedido para exercício perante um Município, por
exemplo, mantém a sua lotação no órgão de origem. O servidor federal não
passa a ser um “servidor municipal”, pois permanece vinculado e lotado no
órgão de origem, já que a cessão é temporária.
Pergunta: Professor, o inciso II do artigo 93 da Lei 8.112/90 estabelece
que a cessão de servidores poderá ocorrer em casos “previstos em leis
específicas”. É possível fornecer um exemplo para ficar mais fácil o
entendimento?
Claro! A Lei Federal 9.020/95, que dispôs em caráter emergencial e
provisório sobre a implantação da Defensoria Pública da União, é um bom
exemplo. Observe:
“Art. 3º. O Poder Público, por seus órgãos, entes e instituições, poderá,
mediante termo, convênio ou qualquer outro tipo de ajuste, fornecer à
Defensoria Pública da União, gratuitamente, bens e serviços necessários à sua
implantação e ao seu funcionamento.
Parágrafo único. Os serviços a que se refere este artigo compreendem o apoio
técnico e administrativo indispensável ao funcionamento da Defensoria
Pública da União.
Art. 4º. O Defensor Público-Geral da União poderá requisitar servidores de
órgãos e entidades da Administração Federal, assegurados ao requisitado todos
os direitos e vantagens a que faz jus no órgão de origem, inclusive promoção.
Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e cessará até
noventa dias após a constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da
Defensoria Pública da União.”
a) improbidade administrativa;
b) aplicação irregular de dinheiros públicos;
c) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
d) corrupção.
b) improbidade administrativa;
c) aplicação irregular de dinheiros públicos;
d) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
e) corrupção.
14.3.1. Advertência
A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, da Lei 8.112/90, bem
como na inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, desde que não justifique imposição de
penalidade mais grave.
O registro da penalidade de advertência, efetuado no assentamento
funcional do servidor, poderá ser cancelado após o decurso de 03 (três) anos,
desde que o servidor não tenha praticado, nesse período, nova infração
disciplinar.
14.3.3. Demissão
A demissão é a mais severa espécie de penalidade a que pode se
submetido o servidor público que exerça cargo de provimento efetivo.
Assim, somente as condutas previstas de forma taxativa no texto legal
podem respaldar sua imposição.
Caso a conduta praticada pelo servidor público não esteja tipificada na Lei
8.112/90 como passível de demissão, esta não pode ocorrer.
São condutas que podem ensejar a imposição da penalidade de demissão:
1ª) crime contra a administração pública;
2ª) abandono de cargo;
3ª) inassiduidade habitual;
4ª) improbidade administrativa;
5ª) incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
6ª) insubordinação grave em serviço;
7ª) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
15.2.1.1. Da instauração
O processo administrativo disciplinar tem início com a sua respectiva
instauração, que ocorre mediante a publicação de portaria especifica
editada pela autoridade competente. Não há necessidade de publicação desse
ato administrativo no Diário Oficial, sendo suficiente que seja divulgado através
de boletim de pessoal (boletim interno de serviço, que circula no âmbito do
órgão ou entidade responsável pela instauração).
No julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 25.105/DF, de
relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que “não se exige, na portaria de instauração de
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórias;
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.
Dispõe o art. 190 da Lei 8.112/90 que o servidor aposentado com provento
proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias
especificadas no § 1o do art. 186 e, por esse motivo, for considerado inválido
por junta médica oficial passará a perceber provento integral, calculado com
base no fundamento legal de concessão da aposentadoria.
Por sua vez, quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não
será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade.
Deve ficar claro que, a critério da Administração, o servidor em licença
para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convocado
a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram o
afastamento ou a aposentadoria. Se ficar constatado o restabelecimento das
condições de trabalho o servidor retornará à ativa.
Por sua vez, o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e
a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação
da licença.
III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta)
se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério
se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco)
se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60
(sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
11. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
12. O percentual de reserva de vagas para os portadores de deficiência
nos concursos públicos federais é de até 20% (vinte por cento).
13. A nomeação é a única forma de provimento originário existente.
Todas as demais formas de provimento são consideradas derivadas.
14. O provimento em cargos de confiança (também chamados de
cargos em comissão) não exige prévia aprovação em concurso público.
15. O candidato aprovado dentro do número de vagas oferecidas pelo
concurso público deve ser obrigatoriamente nomeado pela
Administração Pública durante o prazo de validade do certame.
16. A posse ocorrerá no prazo improrrogável de até 30 (trinta) dias
contados da publicação do ato de nomeação.
17. É através da posse que ocorre a investidura do servidor no cargo
público
18. Depois de tomar posse no cargo público efetivo, o servidor terá o
prazo de até 15 dias para entrar em exercício (começar a trabalhar).
19. Não existe posse nos atos derivados de provimento, a exemplo da
promoção, readaptação, reintegração etc.
20. A promoção pode ser definida como a forma de provimento
derivado pela qual o servidor, ocupante de cargo público em um nível
ou classe específica, é provido em cargo de nível ou classe superior,
integrante da mesma carreira.
21. A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, sempre comprovada em inspeção
médica.
22. A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor
que já se encontrava aposentado, podendo ocorrer de ofício ou a
pedido.
23. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se
estivesse trabalhando.
MAPA MENTAL
Comentários
Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
natureza especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e
assessoramento superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
Ademais, também poderá usufruir das seguintes licenças e
afastamentos, ainda que durante o período do estágio probatório: a) licença
por motivo de doença em pessoa da família; b) licença por motivo de
afastamento do cônjuge ou companheiro; c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política; e) afastamento para o exercício de mandato
eletivo; f) afastamento para estudo ou missão no exterior; g) afastamento
para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
Gabarito: Letra b.
Comentários
a) Agente temporário é aquele que exerce atribuições públicas sem ter sido
aprovado em concurso público para ocupar cargo ou emprego público. É o que
ocorre, por exemplo, quando o Município X decide contratar médico
especialista, durante 6 (seis) meses, para substituir médica servidora que se
licenciou em virtude de licença-maternidade. Nesse caso, o médico contratado
temporariamente exercerá apenas uma função pública, pois não é titular de
cargo ou emprego público. Assertiva correta.
b) A CF∕1988, no art. 37, II, dispõe que “a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. Assertiva
incorreta.
c) José dos Santos Carvalho afirma que “em geral, os cargos de presidente ou
de direção das entidades correspondem a funções de confiança e são
preenchidas a critério da autoridade competente da Administração Direta. Ainda
assim, os escolhidos pertencerão ao quadro da empresa e, mesmo que
temporário o exercício de suas funções, serão eles também regidos pelo regime
trabalhista”. Assertiva incorreta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que servidores
públicos ocupam cargos públicos, regidos por estatuto funcional próprio. De
outro lado, empregados públicos são titulares de empregos públicos,
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. Assertiva incorreta.
Comentários
a) A remoção de servidor pode ocorrer entre unidades localizadas dentro da
mesma cidade (da Agência Executiva do INSS localizada no Bairro de
Copacabana∕RJ para a Agência Executiva do Meier∕RJ, por exemplo) ou cidades
diferentes. Assertiva correta.
b) A remoção de servidor público pode ocorrer de ofício, independentemente
de sua concordância, ou a pedido, quando é aprovado em concurso interno de
remoção, por exemplo. Assertiva correta.
c) O art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, dispõe que a remoção a pedido para
acompanhamento de cônjuge somente poderá ocorrer quando este for
deslocado para outra localidade. Se o cônjuge for deslocado para outro bairro
que fica dentro da própria cidade, por exemplo, o servidor não poderá pleitear
remoção para acompanhá-lo. Assertiva correta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a remoção
não é forma de provimento derivado, mas apenas instrumento de
movimentação interna de servidores. Assertiva correta.
e) As hipóteses de remoção a pedido, que independem do interesse da
administração, estão arroladas no art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, a saber: I -
para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; II - por motivo
de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial; e em virtude de processo seletivo promovido, na
hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de
acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles
estejam lotados. Assertiva correta.
Gabarito: Letra d.
Comentários
e) O art. 125 da Lei 8.112∕1990 dispõe que “as sanções civis, penais e
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. Assertiva
incorreta (não se pode fazer essa afirmação corretamente).
Gabarito: Letra e.
08. (ESAF∕Auditor Fiscal – RFB∕2012) Determinado servidor público
federal foi acometido de doença que, por recomendação de seu médico
particular, devidamente atestada, render-lhe-ia quatro dias de licença
para tratamento da própria saúde.
Comentários
Comentários
a) No julgamento do mandado de segurança nº 13.523∕DF, cujo acórdão foi
publicado em 04∕06∕2009, o Superior Tribunal de Justiça afirmou que “o
processo disciplinar se encerra mediante o julgamento do feito pela autoridade
competente. A essa decisão administrativa, à semelhança do que ocorre no
âmbito jurisdicional, deve ser atribuída a nota fundamental de definitividade.
O servidor público punido não pode remanescer sujeito a rejulgamento do feito
para fins de agravamento da sanção, com a finalidade de seguir orientação
normativa, quando sequer se apontam vícios no processo administrativo
disciplinar”. Assertiva incorreta.
b) O simples rejulgamento do processo administrativo disciplinar ofende o
devido processo legal, por não encontrar respaldo na Lei 8.112/90, que prevê
sua revisão tão-somente quando houver possibilidade de abrandamento da
sanção disciplinar aplicada ao servidor público. Assertiva incorreta.
Comentários
a) São considerados servidores públicos todos aqueles submetidos a regime
jurídico estatutário, a exemplo do disposto na Lei 8.112∕1990, que alcança a
União, seus respectivos órgãos, autarquias e fundação públicas de direito
público na esfera federal. Não é a resposta.
a) 2 / 2 / 1 / 3 / 3.
b) 2 / 3 / 1 / 2 / 3.
c) 3 / 2 / 1 / 3 / 2.
d) 1 / 3 / 2 / 3 / 2.
e) 1 / 1 / 3 / 2 / 3.
Comentários
Eis uma interessante questão elaborada pela ESAF, pois aborda os principais
pontos distintivos entre os empregados públicos (ocupantes de empregos
públicos) e servidores públicos (titulares de cargos de provimento efetivo).
A fim de facilitar o entendimento das distinções apresentadas, analisaremos
cada um dos tópicos, individualmente.
1º) Carteira de Trabalho e Previdência Social – quando o candidato é
aprovado em concurso público para ocupar um cargo de provimento efetivo, a
Administração não exige a apresentação da CTPS durante o procedimento de
posse, pois o vínculo será estabelecido pelo regime estatutário.
Somente os empregados públicos (a exemplo daqueles que integram os
quadros das empresas públicas e sociedades de economia mista) serão regidos
pela Consolidação das Leis Trabalhistas, e, portanto, terão a CTPS “assinada”
pela Administração.
2º) Estágio Probatório – somente os servidores titulares de cargos de
provimento efetivo se submetem a um período de estágio probatório, que é
de 36 (trinta e seis meses). Os empregados públicos não estão sujeitos a
estágio probatório, mas somente a um período de experiência, que, nos
termos da CLT, não poderá ser superior a 90 (noventa) dias.
3º) Acesso mediante concurso público – o inc. II do art. 37 da CF/1988
prevê que “a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração”.
4º) FGTS – o art. 7º da CF/1988 apresenta um rol de direitos assegurados aos
trabalhadores celetistas urbanos e rurais, inclusive os empregados públicos.
Dentre esses direitos constitucionais, somente aqueles arrolados no § 3º do art.
39 da CF/1988 são assegurados aos servidores públicos, a saber: salário-
mínimo; garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável; décimo terceiro salário; remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno; salário-família; duração do trabalho normal não
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
Assim, fica fácil constatar que o FGTS não está arrolado como um direito
constitucional também assegurado aos servidores públicos.
5º) Estabilidade – somente os titulares de cargos de provimento efetivo
podem gozar da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. O empregado
público não possui qualquer garantia de permanência no emprego público,
sendo passível de demissão a qualquer momento.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que “sem embargo da
circunstância de que a relação jurídica trabalhista, quando empregador o Poder
Público, pode sofrer o influxo de algumas normas de direito público, o certo é
que a garantia da estabilidade não incide na referida relação, limitando-se,
pois, ao servidores públicos estatutários”.
Explicando melhor a ausência da estabilidade, o professor declara que “poder-
se-ia questionar sobre a estabilidade no caso de o servidor trabalhista ter sido
contratado após aprovação prévia em concurso público. Alguns autores
entendem que o concurso atribuiria ao servidor algumas garantias do regime
estatutário, inclusive a estabilidade. Não pensamos assim, com a devida vênia.
O concurso é pré-requisito de ingresso no serviço público, independente do
regime jurídico a que pertencer o servidor, e em nenhum momento a
estabilidade foi atrelada a esse requisito. Desse modo, não será atribuída ao
servidor trabalhista a garantia da estabilidade ainda que tenha sido aprovado
em concurso público antes da contratação. O concurso, nesse caso, tem o
mesmo valor jurídico do procedimento levado a efeito por algumas entidades da
iniciativa privada quando pretendem selecionar os melhores candidatos para a
contratação trabalhista”.
GABARITO: LETRA C.
O § 3º, do art. 39, da CF/1988, dispõe que a lei pode estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. Desse
modo, se o exercício das atribuições do cargo não tiver qualquer relação direta
com a idade de seu ocupante, a fixação de um limite máximo ou mínimo não
será possível.
A título de exemplo, destaca-se que seria inconstitucional a fixação da idade
máxima de 50 (cinquenta) anos para ingresso nos quadros da Receita Federal
do Brasil, já que o candidato, mesmo com idade superior, também estaria apto
ao exercício das atribuições do cargo. Por outro lado, seria constitucional a
fixação da mesma idade (ou até menor) para ingresso nos quadros das forças
armadas, pois, nesse caso, o vigor físico é um dos requisitos necessários para
o exercício do cargo.
Esse entendimento foi consolidado pelo Supremo Tribunal Federal no texto da
Súmula 683, que é expresso ao afirmar que “o limite de idade para a inscrição
em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, quando
possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
a) No julgamento do Recurso Especial nº 1.288.380/DF, que ocorreu em
13/21q1/2012, o Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de
que “é possível o aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do
tempo de serviço cumprido, sob o regime celetista, por ex-empregado
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da extinção da
empresa pública em que trabalhava. Em consideração ao art. 100 da Lei n.
Comentários
a) O § 2º, do art. 12, da Lei 8.112/1990, dispõe que “não se abrirá novo
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”.
Perceba que o texto da assertiva apenas inverteu a ordem do texto legal,
apresentando a mesma informação. Se o concurso anterior não mais está em
vigor (prazo expirado), não há qualquer impedimento a realização de um novo
concurso público, o que torna a assertiva correta.
b) O inc. IV do art. 37 da CF/1988 afirma que o concurso público somente
poderá ocorrer através da aplicação de provas ou provas e análise de títulos.
Não se admite a realização de concursos públicos somente de títulos, o que
torna a assertiva incorreta.
c) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período. Dessa forma, se o edital estabelecer
que o prazo inicial de validade do concurso público será de um ano, somente
será possível a prorrogação por mais um ano, jamais por prazo diferente
daquele que foi estabelecido originariamente. Assertiva incorreta.
Comentários
a) Com a promulgação da EC 19/1998, o art. 39 da Constituição Federal de
1988, que determinava a exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos, foi alterado. Com isso, a Administração Pública Direta, autarquias e
fundações públicas de direito público foram autorizadas a contratar agentes
tanto pelo regime celetista quanto estatutário (mediante a observações de
regras específicas).
Todavia, em 02/08/2007 o Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar
(liminar), no julgamento da ADI 2135-4/DF, para suspender os efeitos da
alteração promovida pela EC 19/1998, sob o argumento de que a emenda
constitucional não teria sido aprovada em dois turnos na Câmara dos
Deputados, como exige a CF/1988. Assim, voltou a vigorar a obrigatoriedade de
regime jurídico único, já que a alteração foi suspensa pelo STF.
1. nomeação
2. promoção
3. readaptação
4. reintegração
5. recondução
GABARITO: LETRA B.
31. Um servidor público recebeu ordem de seu chefe imediato para que
realizasse determinada tarefa que não ia de encontro à lei e que estava
compreendida entre as atribuições de seu cargo. Nessa situação, não
há motivo para o servidor em hipótese alguma, negar-se a realizar a
tarefa.
O inc. IV, do art. 116, da Lei 8.112/1990, prevê o cumprimento das
ordens superiores como um dos deveres do servidor público, exceto quando
manifestamente ilegais.
Como o texto da assertiva deixou claro que a ordem do chefe não ia de
encontro à lei (portanto, era legal), ao servidor se impõe o seu cumprimento,
sob pena de quebra da hierarquia administrativa e, por isso, a sua respectiva
responsabilização administrativa. Assertiva correta.
Perceba que o período de afastamento será por até três meses, e não de
apenas um mês, conforme incorretamente afirmado.
b) O texto da assertiva está incorreto, pois, nos termos do art. 96-A da Lei
8.112/1990, “o servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo,
com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação
stricto sensu em instituição de ensino superior no País”.
Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado
somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no
respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4
(quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos
anteriores à data da solicitação de afastamento.
c) Ao ser investido no mandato de vereador, o servidor público federal não
está obrigado a ser afastar do cargo de provimento efetivo, pois, se houver
compatibilidade de horário, poderá exercer as atribuições de ambos,
recebendo as respectivas remunerações.
Por outro lado, se não houver compatibilidade de horários que permita ao
servidor exercer concomitantemente os dois cargos, será obrigatoriamente
afastado do cargo de provimento efetivo, sendo-lhe garantido o direito de
continuar recebendo, exclusivamente, a sua remuneração anterior, se assim
desejar. Assertiva incorreta.
d) O art. 93 da Lei 8.112/1990 dispõe que “o servidor poderá ser cedido para
ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
ou do Distrito Federal e dos Municípios para exercício de cargo em
comissão ou função de confiança”, o que torna incorreta a assertiva.
e) Ao ser investido em mandato federal (Presidente da República), estadual ou
distrital (Governador, Senador, Deputado Federal, Estadual ou Distrital), o
servidor público federal será obrigatoriamente afastado do cargo de provimento
efetivo, recebendo somente o subsídio do cargo eletivo exercido. Assertiva
correta.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
A diferença entre ambas está na pena aplicável a cada uma delas. Enquanto o
art. 1º da Lei de Introdução do Código Penal dispõe que crime é a infração
penal cuja lei comina pena de reclusão ou detenção (infrações mais graves),
para a contravenção a lei comina pena de prisão simples ou multa, já que é
considerada menos grave.
Item IV – O § 6º, do art. 37, da CF/1988, afirma que “as pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa”.
Nos casos em que a Fazenda Pública for condenada a indenizar terceiro, por ato
de servidor público no exercício da função, somente poderá propor ação
regressiva contra o responsável pelo dano se ficar demonstrado que a conduta
foi dolosa ou culposa, já que a responsabilidade civil do servidor é de natureza
subjetiva. Assertiva incorreta.
Item V – Esse é o mandamento contido no § 3º, do art. 122, da Lei
8.112/1990, portanto, deve ser considerada correta a assertiva.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que nem
todos os direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais da iniciativa
privada, previstos no art. 7º da Constituição Federal de 1988, podem ser
usufruídos pelos servidores públicos.
Em seu art. 39, § 3º, a CF∕1988 apresenta o rol de direitos que também
são extensíveis aos servidores públicos, a saber:
Comentários
a) O servidor tem direito à aposentadoria por invalidez permanente, sendo os
proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
proporcionais nos demais casos. Assertiva incorreta.
b) A aposentadoria compulsória (obrigatória) do servidor público ocorre aos 70
(setenta) anos de idade, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Assertiva incorreta.
c) A gratificação natalina (13º remuneração) é devida aos servidores da ativa e
também aos aposentados. Assertiva incorreta.
d) A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da
publicação do respectivo ato, que, em regra, dar-se-á através do Diário Oficial
da União (no caso dos servidores públicos federais). Assertiva incorreta.
e) O último dia de trabalho do servidor será aquele em que completar 70
(setenta) anos de idade. No dia seguinte, considerar-se-á aposentado. Assertiva
correta.
Gabarito: Letra e.
1. nomeação
2. promoção
3. readaptação
4. reintegração
5. recondução
GABARITO: LETRA B.
(E) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois não é a Lei
8.112/90 que irá estabelecer os critérios de promoção e progressão em relação
às várias carreiras existentes no âmbito da Administração Pública Federal. A
título de exemplo, destaca-se que para disciplinar a carreira dos Auditores
Fiscais da Receita Federal do Brasil foi criada a Lei 10.593/02, enquanto que
para disciplinar a carreira dos Policiais Rodoviários Federais foi criada a Lei
9.654/98.
GABARITO: LETRA A.
Comentários
(A) Primeiramente, é importante esclarecer que a posse pode ocorrer
mediante procuração específica outorgada a uma pessoa de confiança do
candidato nomeado, que, por questões óbvias, não pode ser a autoridade do
órgão ou entidade, pois esta responde administrativamente pelo processo.
Além disso, deve ficar bem claro que somente a posse pode ocorrer
mediante procuração específica, não abrangendo o exercício, que é ato de
natureza personalíssima (o servidor tem que comparecer ao local de trabalho
pessoalmente e iniciar o exercício das atribuições inerentes ao cargo). Assertiva
incorreta.
(B) A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de provimento, o que torna a assertiva incorreta.
(C) O prazo para o servidor empossado entrar em exercício é de 15
(quinze) dias, contados da data posse. Caso seja empossado e não entre em
exercício nesse prazo, o servidor será exonerado. Assertiva incorreta.
(D) A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que
promover o servidor. Assertiva incorreta.
(E) Esse é o teor do § 3º do art. 15 da Lei 8.112/90, portanto, deve ser
considerada correta a assertiva.
Lembre-se sempre de que a contagem de tempo de serviço do servidor
somente será iniciada a partir do exercício e não da posse. Ademais, ao entrar
em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos
necessários ao seu assentamento individual.
GABARITO: LETRA E.
cargo que não integrava a carreira na qual era anteriormente investido, o que
contraria o teor da Súmula 685 do STF.
GABARITO: LETRA B
Comentários
GABARITO: LETRA D.
Comentários
Recondução é retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e pode ocorrer em virtude de inabilitação em estágio probatório
relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo em
virtude da anulação judicial de sua demissão, por exemplo.
No exemplo apresentado, como Tício já era servidor estável do TRE/PI,
não precisava requerer exoneração do cargo de Técnico Judiciário para
assumir o cargo de Analista, mas apenas uma vacância em razão da posse em
outro cargo inacumulável (Lei 8.112/90, art. 33, inc. VIII). Nesse caso, estaria
autorizado a se submeter ao estágio probatório do cargo de Analista sem
extinguir o vínculo anterior com o Tribunal.
Durante todo o período do estágio probatório, caso não estivesse se
“adaptando” ao novo cargo, Tício poderia optar pela recondução ao cargo
anterior (Técnico Judiciário), requerendo exoneração do cargo de Analista.
Deve ficar claro que a recondução pode ocorrer por opção do servidor
(durante o período do estágio probatório) ou de ofício, no caso de reprovação
no estágio probatório.
GABARITO: LETRA D.
(A) deslocação.
(B) redistribuição.
(C) transferência.
(D) substituição.
(E) remoção.
Comentários
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Ocorrerá a remoção quando um servidor do IBAMA, por exemplo, é
deslocado da cidade de Montes Claros/MG, para a cidade de Avaré, no Estado
de São Paulo. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do IBAMA, porém, em outra cidade.
A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de
sede. Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de
uma agência de atendimento localizada no bairro “X”, para outra agência de
atendimento localizada no bairro “Y”, dentro da mesma cidade.
Fique atento às provas da FCC, pois você pode encontrar questões
afirmando que a remoção é forma derivada de provimento, o que não é
verdade.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
Em regra, a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
publicação da nomeação. Entretanto, se o nomeado for servidor público
(aprovado em outro concurso público), é possível que o prazo seja estendido
em algumas situações especiais.
Comentários
(A) O inc. III, art. 37, da CF/1988, prevê que o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Sendo assim, ao publicar um edital de concurso público anunciando o prazo de
validade original de 02 (dois) anos, a Administração está atuando em
conformidade com o texto constitucional. Assertiva incorreta.
(B) No exemplo apresentado no caput da questão, foi informado que o
prazo de validade do concurso público ainda não havia expirado, já que fora
prorrogado por mais dois anos. Desse modo, não é ilegal o fato de a
Administração ter nomeado um número de candidatos menor que o número de
vagas inicialmente disponibilizado.
Apesar de o Superior Tribunal de Justiça possuir entendimento
consolidado no sentido de que os candidatos aprovados dentro do número de
vagas oferecidas no edital possuem direito líquido e certo à nomeação (RMS
20.718/SP, de relatoria do Ministro Paulo Medina), compete à Administração
decidir sobre o momento mais conveniente e oportuno para realizá-las, desde
que respeitado o prazo de validade do certame.
Desse modo, não pode ser considerada ilegal a nomeação de aprovados
em número menor que o de vagas, pois o concurso público ainda estava em
vigor e, a qualquer momento, a Administração poderia realizar novas
nomeações, o que torna a assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA B.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
A) A remuneração do servidor é composta do vencimento do cargo
efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei,
o que torna a assertiva incorreta.
B) O vencimento pode ser definido como a retribuição pecuniária básica
recebida pelo servidor, com valor fixado em lei, sobre o qual incidirão várias
outras verbas remuneratórias, a exemplo de gratificações, adicionais, abonos,
etc. Assertiva correta.
C) É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho. Assertiva incorreta.
D) Se o servidor faltar ao serviço, sem motivo justificado, perderá a
remuneração equivalente ao respectivo dia, o que torna a assertiva incorreta. É
importante destacar que as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de
força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
E) Eis um tópico muito cobrado nas provas da Fundação Carlos Chagas:
reposições e indenizações ao erário. Lembre-se sempre de que o servidor em
débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitá-lo e não três meses, conforme afirmado incorretamente na assertiva.
Ademais, deve ficar claro que se o servidor não providenciar a quitação do
débito no prazo de sessenta dias, ocorrerá a sua inscrição em dívida ativa, o
que poderá ensejar a cobrança judicial.
GABARITO: LETRA B.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
a) Errado. Conforme preceitua o art. 48 da Lei 8.112/1990, o
vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.
b) Errado. Para responder às questões da FCC, lembre-se sempre de que
nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo, conforme
dispõe o art. 41, § 5º, da Lei 8.112/1990.
c) Correto. Eventuais descontos sobre a remuneração ou provento do
servidor somente ocorrerão com autorização legal (a exemplo do que ocorre
no débito mensal dos valores relativos ao imposto de renda devido) ou
mandado judicial (pagamento de pensão alimentícia, por exemplo).
d) Errado. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
e) Errado. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de
caráter permanente, é irredutível.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
a) Errado. Nos termos do art. 49, § 1º, da Lei 8.112/1990, as
indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
b) Errado. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
c) Errado. Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente,
em uma única parcela.
d) Correto. Para responder às questões da FCC, lembre-se sempre de
que eventuais incorporações de gratificações e adicionais somente podem
ocorrer mediante autorização ou determinação legal.
e) Errado. O art. 48 da Lei 8.112/1990 dispõe que “o vencimento, a
remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora,
exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial”.
GABARITO: LETRA D.
GABARITO: LETRA A.
GABARITO: LETRA d.
GABARITO: LETRA e.
27. (FCC/Analista Judiciário TRF 1ª Região/2011) A Lei nº 8.112/1990,
em seu capítulo V, seção I, trata do afastamento do servidor público
federal para servir a outro órgão ou entidade. O servidor do poder
executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração
Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, desde que
preenchidos os seguintes requisitos:
a) autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e
prazo certo.
b) autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado
e prazo incerto.
Comentários
O art. 93, § 4º, da Lei 8.112/1990, dispõe que mediante autorização
expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá
ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha
quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.
GABARITO: LETRA a.
Comentários
a) Correto. Esse é o prazo limite previsto expressamente no art. 95, §
1º, da Lei 8.112/1990.
b) Errado. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o
servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se
tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou
Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor
do Poder Judiciário Federal).
GABARITO: LETRA a.
Comentários
a) Correto. Isso significa que os prazos impostos ao administrado devem
ser rigorosamente respeitados, pois a Administração Pública está proibida de
acatar, por exemplo, recursos administrativos intempestivos.
b) Errado. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição. Isso significa que o prazo já decorrido até o
momento da propositura não é computado, ou seja, o prazo volta a ser
novamente computado desde o início.
c) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, quanto
aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
GABARITO: LETRA a.
Comentários
O art. 93, § 1º, da Lei 8.112/1990, dispõe que “sendo a cessão para
órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus
da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus
para o cedente nos demais casos”.
GABARITO: LETRA b.
GABARITO: LETRA c.
GABARITO: LETRA d.
33. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2009) A licença para
desempenho de mandato classista, prevista na Lei n° 8.112/90, está
condicionada, dentre outras, à seguinte regra:
Comentários
a) Errado. Durante todo o período da licença para desempenho de
mandato classista o servidor não fará jus à remuneração.
b) Errado. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.
c) Errado. Nesse caso, o limite imposto pelo art. 92 da Lei 8.112/1990 é
de um servidor.
d) Errado. Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de
três servidores
e) Correto. É o que dispõe o art. 92, § 2º, da Lei 8.112/1990.
GABARITO: LETRA e.
Comentários
a) Correto. Se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o
exercício de mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-presidente
da República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado Federal,
Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o exercício do
mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo eletivo exercido.
b) Errado. Se o servidor for investido no mandato de Prefeito, realmente
será afastado provisoriamente do cargo efetivo, mas, nesse caso, poderá optar
pela remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o
subsídio do cargo eletivo).
c) Errado. Se houver compatibilidade de horários entre o exercício do
mandato eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo,
receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o
subsídio do cargo eletivo de vereador.
d) Errado. O art. 38, IV, da Constituição Federal, dispõe que em
qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento.
e) Errado. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse,
conforme preceitua o art. 38, V, da Constituição Federal.
GABARITO: LETRA a.
Comentários
Se determinado servidor público teve um interesse prejudicado pelo
superior hierárquico e precisa de uma certidão que apresente formalmente as
informações que possam comprovar o fato, poderá exercer o denominado
direito de petição, que nada mais é do que a prerrogativa de requerer
providências aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Caso a certidão não seja fornecida, restará ainda ao servidor a
possibilidade de propor um mandado de segurança perante o Poder Judiciário
para fazer valer o seu direito líquido e certo.
GABARITO: LETRA a.
Comentários
O prazo prescricional que a Administração Pública federal possui para
investigar, processar e punir os seus servidores que cometam infrações
administrativas começa a ser computado da data em que o fato se tornou
conhecido. Todavia, é importante esclarecer que esse prazo varia em função
da penalidade a ser aplicada.
Prevê o art. 142 da Lei 8.112/90 que a ação disciplinar prescreverá:
a) em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
em comissão;
b) em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; e
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Ao responder às questões da Fundação Carlos Chagas, lembre-se sempre
de que somente as ações de ressarcimento, propostas em face dos agentes
públicos causadores de danos ao erário, são imprescritíveis. Esse é o teor do
§ 5º do art. 37 da CF/88, ao afirmar que “a lei estabelecerá os prazos de
prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento”.
GABARITO: LETRA C.
(D) só poderá ser investido em novo cargo público federal após dez
anos da demissão.
(E) poderá ser investido em novo cargo público federal, uma vez que se
passaram dois anos da demissão.
Comentários
O art. 137 da Lei 8.112/90 prevê que o servidor que se utiliza do cargo
para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública, ou, ainda, para atuar como procurador ou intermediário junto a
repartições públicas (salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro),
está sujeito à penalidade de demissão ou destituição do cargo em comissão.
Ademais, fica impedido de investir-se novamente em cargo público federal pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
Por outro lado, existem algumas infrações cujas conseqüências da
penalidade são ainda mais graves, pois impedem que o servidor retorne ao
serviço público federal, a saber:
- crime contra a administração pública;
- improbidade administrativa;
- aplicação irregular de dinheiros públicos;
- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
- corrupção;
É necessário destacar que alguns doutrinadores consideram essa
impossibilidade de retorno ao serviço público federal como uma verdadeira
penalidade de caráter perpétuo (vedada pelo art. 5º, XLVII, “b”, da CF/88),
já que se prolongaria no tempo, por prazo indeterminado. Entretanto, como o
Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou sobre o tema, aconselho
que você responda às questões de prova em conformidade com o teor do texto
legal (que permite a aplicação dessa penalidade).
Bem, como João foi demitido em razão da aplicação irregular de dinheiros
públicos, ficará impedido de retornar ao serviço público federal, nos termos do
parágrafo único do art. 137 da Lei 8.112/90).
GABARITO: LETRA A.
Comentários
O fato de o servidor opor resistência injustificada ao andamento de
documento ou processo que deveria movimentar não é motivo para a aplicação
de uma penalidade de natureza grave, caso seja a primeira vez que tenha
praticado tal conduta. Isso porque não são causados danos diretos ao serviço
público, sendo suficiente a aplicação da penalidade de advertência, por
escrito.
Contudo, caso o servidor volte a praticar a mesma infração antes do
decurso do prazo de 03 (três) anos (prazo necessário para o cancelamento do
registro da advertência), ser-lhe-á aplicada uma penalidade mais severa, isto é,
a suspensão.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
Não há qualquer previsão legal que proíba o servidor público de exercer o
comércio na qualidade de acionista ou cotista de uma sociedade privada, seja
ela personificada ou não personificada, desde que não seja o responsável pela
gerência ou administração.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
(A) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias. Assertiva incorreta.
(B) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço. É importante esclarecer que a conversão da penalidade
de suspensão em multa somente pode ocorrer de ofício, não sendo um direito
assegurado ao servidor. Assertiva incorreta.
(C) O § 1º do art. 130 da Lei 8.112/90 realmente prevê que “será punido
com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação”. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA C.
GABARITO: LETRA B
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público
aplica sanções por infrações administrativas pelos servidores públicos.
Trata-se de exercício de Poder de Polícia com base na hierarquia.
Comentários
Observe que esta questão relaciona o conteúdo de agentes públicos com regime
jurídico administrativo, por isso a necessidade de assimilação e revisão dos
conteúdos vistos anteriormente.
d) De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “os atos punitivos são
os meios pelos quais a administração pode impor diretamente sanções a seus
servidores ou aos administrados em geral. O ato punitivo pode ter fundamento:
a) no poder disciplinar, no que tange aos servidores públicos e aos
particulares ligados à administração por algum vínculo jurídico específico
(por exemplo, um contrato administrativo);
b) no poder de polícia, quanto aos particulares em geral, não ligados à
administração por vínculo jurídico específico (esses atos punitivos são aplicados
no exercício do poder de polícia administrativa de natureza repressiva).”.
A alternativa cita como manifestação do poder de polícia os atos punitivos
impostos aos servidores. Observe que os atos punitivos aplicados aos
servidores decorrem do poder disciplinar. Alternativa incorreta
GABARITO: LETRA A
Comentários
a) O art. 2º da Lei n.º 8429/1992 define como agente público, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no art.
1º desta Lei. Observe que Maria trabalha em empresa pública prestadora de
serviços públicos, ou seja, ela trabalha na Administração Indireta que também
está sujeita às sanções previstas na Lei n.º 8429/1992. Logo, Maria é
GABARITO: LETRA A
Comentários
a) De acordo com o art. 181 da Lei n.º 8112/1990,o julgamento da revisão do
processo administrativo disciplinar caberá à autoridade que aplicou a
penalidade, nos termos do art. 141. Alternativa correta
c) De acordo com o art. 181, parágrafo único, da Lei n.º 8112/1990, o prazo
para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do
processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências. Alternativa incorreta
e) De acordo com o art. 177, parágrafo único, da Lei n.º 8112/1990, deferida a
petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão,
na forma do art. 149. Alternativa incorreta
GABARITO: LETRA A
Comentários
a) De acordo com o art. 77, §2º, da Lei n.º 8112/1990, é vedado levar à conta
de férias qualquer falta ao serviço. Assim, a alternativa está incorreta
porque afirma que se deve levar em conta faltas justificadas e não
justificadas. Alternativa incorreta
b) Conforme o art. 77 da Lei n.º 8112/1990, o servidor fará jus a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação
específica. Observe que o texto desta alternativa traz praticamente a
literalidade do art. 77. Alternativa correta
c) De acordo com o art. 77, §3º, da Lei n.º 8112/1990, as férias poderão ser
parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no
interesse da administração pública. A alternativa afirma que as férias não
e) De acordo com o art. 77, §1º, da Lei n.º 8112/1990, para o primeiro período
aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. Nota-se que o
servidor não poderá gozar do primeiro período de férias antes de completados
12 meses de efetivo exercício. Alternativa incorreta
GABARITO: LETRA B
Comentários
O art. 17 da Lei n.º 8112/1990 determina que a promoção não interrompe o
tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir
da data de publicação do ato que promover o servidor.
Ressalta-se que segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “a promoção é forma
de provimento pela qual o servidor passa para cargo de maior grau de
responsabilidade e maior complexidade de atribuições, dentro da carreira a que
pertence. A promoção é, ao mesmo tempo, ato de provimento no cargo
superior e vacância no cargo inferior.”.
GABARITO: LETRA A
Comentários
a) Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente
ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas
as vantagens a que teria direito se estivesse trabalhando. O comando da
questão determina que a pena de demissão aplicada a Maria foi invalidada por
decisão judicial transitada em julgado em janeiro de 2016, ou seja, ela será
reintegrada com ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se
estivesse trabalhando. Afirmativa correta
e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício
para o cargo de Ministro de Estado.
Comentários
GABARITO: LETRA B
Comentários
GABARITO: LETRA E
(B) o aproveitamento.
(C) a transferência.
(D) a disponibilidade.
(E) a inscrição.
(A) I, II e IV.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(E) III, IV e V.
(D) reintegração.
(E) ascensão.
a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
b) Não é vedado ao servidor levar à conta de férias alguma falta ao
serviço.
c) As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que
assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração
Pública.
d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceberá indenização,
relativa ao período das férias a que tiver direito, calculada com base na
remuneração do mês anterior ao da publicação do ato exoneratório.
e) O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou
substâncias radioativas gozará trinta dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
(D) terá seu registro suspenso, após o decurso de três anos no cargo,
se o servidor não houver nesse período, praticado nova infração
passível de suspensão.
e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício
para o cargo de Ministro de Estado.
Entretanto, deve ficar claro que sempre que a remoção se der a pedido do
servidor, não há qualquer direito ao recebimento de ajuda de custo em razão da
respectiva remoção. Assertiva correta.
Comentários
a) No julgamento do Recurso Especial nº 1.288.380/DF, que ocorreu em
13/21q1/2012, o Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de
que “é possível o aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do
tempo de serviço cumprido, sob o regime celetista, por ex-empregado
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da extinção da
empresa pública em que trabalhava. Em consideração ao art. 100 da Lei n.
8.112/1990, o STJ fixou o entendimento de que o tempo de serviço cumprido
Comentários
a) Com a promulgação da EC 19/1998, o art. 39 da Constituição Federal de
1988, que determinava a exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos, foi alterado. Com isso, a Administração Pública Direta, autarquias e
fundações públicas de direito público foram autorizadas a contratar agentes
tanto pelo regime celetista quanto estatutário (mediante a observações de
regras específicas).
Todavia, em 02/08/2007 o Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar
(liminar), no julgamento da ADI 2135-4/DF, para suspender os efeitos da
alteração promovida pela EC 19/1998, sob o argumento de que a emenda
constitucional não teria sido aprovada em dois turnos na Câmara dos
Deputados, como exige a CF/1988. Assim, voltou a vigorar a obrigatoriedade de
regime jurídico único, já que a alteração foi suspensa pelo STF.
A Lei 8.112/90, em seu art. 116, V, afirma que são deveres do servidor, entre
outros, atender ao público com presteza. Desse modo, não restam dúvidas de
que o enunciado está incorreto.