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Gabaritando as provas de Direito Administrativo – 2017!

Aula 07 – Agentes Públicos


Prof. Fabiano Pereira

Aula 07 – AGENTES PÚBLICOS (Lei 8.112∕1990)

Olá!
A aula de hoje versará sobre tema presente em quase todas as provas de
Direito Administrativo elaboradas pelas bancas de concursos públicos: Agentes
públicos e regime jurídico único dos servidores públicos federais.
Levando-se em consideração as provas anteriores aplicadas pelas
principais bancas do país, pode-se concluir que as questões não se restringirão
à letra da Lei nº 8.112∕1990, portanto, será necessário estudar, também, as
principais decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo
Tribunal Federal nos últimos meses.
Sempre que você encontrar na aula qualquer referência ao entendimento
jurisprudencial sobre determinado artigo de lei, memorize-o atentando-se para
os detalhes, pois, assim, você não terá qualquer dificuldade para resolver a
questão elaborada.
Surgindo qualquer dúvida, lembre-se de que estou à disposição no fórum
do curso para esclarecê-las!

Bons estudos!

Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
www.facebook.com.br/fabianopereiraprofessor

"Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de


ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea."
(Allan Kardec)

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SUMÁRIO

1. Agentes Públicos ...................................................................... 05


1.1. Classificação dos Agentes Públicos ................................ 06
1.1.1. Celso Antônio Bandeira de Mello ................................. 06
1.1.2. Hely Lopes Meirelles ................................................... 09

2. Disposições preliminares .......................................................... 12


2.1. Regime estatutário ........................................................ 13
2.1.2. Inexistência de direito adquirido à manutenção de regime
jurídico ..................................................................................... .. 14
2.2. Regime celetista ............................................................ 15
2.3. Regime especial ............................................................. 17

3. Regime jurídico único ............................................................... 21


3.1. Necessidade de concurso público ................................... 23
3.1.1. Abertura de novo concurso público antes da expiração do
prazo de validade de concurso anterior ......................................... 23
3.1.2. Falta de identificação do tipo de caderno de questões . 24
3.1.3. Convocação para as demais fases do certame .............. 25
3.1.4. Convocação de aprovados em processo seletivo .......... 25

4. Provimento
4.1. Disposições gerais ......................................................... 26
4.1.1. Direito à posse, em caráter excepcional, mesmo com idade
inferior a 18 (dezoito) anos .......................................................... 27
4.1.2. Aptidão física e gravidez de candidata ........................ 28
4.2. Reserva de vagas aos portadores de deficiência nos concursos
públicos ............................................................... . 29
4.2.1. Algumas peculiaridades pertinentes às vagas reservadas
aos portadores de deficiência ................................................. 31
4.3. Formas de provimento .................................................... 32
4.3.1. Nomeação .................................................................... 32
4.3.1.1. Comunicação pessoal sobre a nomeação .................. 34

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4.3.1.2. Direito subjetivo à nomeação ................................... 35


4.3.1.3. Candidato aprovado fora das vagas previstas no edital 36
4.3.2. Posse ........................................................................... 37
4.3.3. Exercício ...................................................................... 39
4.3.4. Formas de provimento derivado .................................. 40
4.4. Estágio probatório .......................................................... 48
4.5. Estabilidade .................................................................... 51
4.6. Hipóteses de vacância .................................................... 52

5. Remoção e redistribuição .......................................................... 54


6. Dos direitos e vantagens ........................................................... 59
6.1. Do vencimento e da remuneração .................................. 59
6.1.1. Perda da remuneração ................................................ 60
6.1.2. Reposições e indenizações ao erário ........................... 61
6.2. Vantagens ...................................................................... 63

7. Gratificações e adicionais .......................................................... 68


8. Férias ........................................................................................ 73
9. Licenças .................................................................................... 74
10. Dos afastamentos ................................................................... 82
11. Das concessões ...................................................................... 89
12. Do tempo de serviço .............................................................. 91
13. Direito de Petição ................................................................... 93
14. Regime disciplinar .................................................................. 94
15. Do Processo Administrativo Disciplinar .................................. 111
16. Da Seguridade Social do Servidor ........................................... 120
17. Resumo de Véspera de Prova – RVP ....................................... 131
18. Mapa Mental ........................................................................... 140
19. Questões Comentadas ............................................................ 142
20. Relação de questões – com gabaritos .................................... 183

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AGENTES PÚBLICOS – Lei nº 8.112∕1990

1. Agentes públicos
Para que possamos entender com mais clareza a exposição dos principais
dispositivos da Lei 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais), é
necessário que conheçamos antes o conceito de agente público e as
classificações formuladas pelos principais doutrinadores brasileiros.
Podemos definir como agente público toda e qualquer pessoa física
que exerce, em caráter permanente ou temporário, remunerada ou
gratuitamente, sob qualquer forma de investidura ou vínculo, função pública
em nome do Estado.
A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas que, de
qualquer modo, estão vinculadas ao Estado, alcançando desde os mais
importantes agentes, como o Presidente da República, até aqueles que,
somente em caráter eventual, exercem funções públicas, como é o caso dos
mesários eleitorais.
Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções
(Legislativo, Executivo ou Judiciário), para que seja denominado de “agente
público” é suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.
Analisando-se a legislação vigente, podemos encontrar várias definições
legais para a expressão “agentes públicos”, a exemplo do artigo 2º da Lei nº
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), que reputa agente público “todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração
direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da
receita anual”.
O artigo 327 do Código Penal também apresenta uma definição legal,
porém, em vez de utilizar-se da expressão “agentes públicos”, adota a
expressão “funcionários públicos”.
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego
ou função pública.

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agente público. Por isto, a noção abarca tanto o Chefe do Poder Executivo (em
quaisquer das esferas) como os senadores, deputados e vereadores, os
ocupantes de cargos ou empregos públicos da Administração direta dos três
Poderes, os servidores das autarquias, das fundações governamentais, das
empresas públicas e sociedades de economia mista nas distintas órbitas de
governo, os concessionários e permissionários de serviço público, os delegados
de função ou ofício público, os requisitados, os contratados sob locação civil de
serviços e os gestores de negócios públicos.”
Afirma ainda o professor que os agentes públicos podem ser estudados
em três categorias distintas: os agentes políticos, os servidores públicos e os
particulares em colaboração com o poder público.

a) Agentes políticos
Celso Antônio Bandeira de Mello adota um conceito mais restrito de
agentes políticos, pois afirma que eles “são os titulares dos cargos estruturais à
organização política do país, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem
o arcabouço constitucional do estado e, portanto, o esquema fundamental do
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do estado”.
Neste caso, seriam agentes políticos somente o Presidente da República,
os Governadores, os Prefeitos e seus respectivos auxiliares imediatos (Ministros
e Secretários das diversas pastas), os Senadores, os Deputados e os
Vereadores.
Informação importante para as questões de prova é o fato de que o
professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e membros
dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao contrário do
professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem ser incluídos
nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de investidura,
com exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que são de livre
nomeação e exoneração.
Ademais, afirma ainda que os magistrados, membros do Ministério Público
e dos Tribunais de Contas não exercem funções tipicamente políticas
(como criar leis ou traçar programas e diretrizes de governo), apesar de
exercerem funções constitucionais extremamente importantes, e, portanto, não
podem ser considerados agentes políticos.

b) Servidores estatais

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Ainda segundo as palavras do professor, servidores estatais são todos


aqueles que mantêm com o Estado ou suas entidades da Administração
Indireta, independentemente de serem regidas pelo direito público ou direito
privado, relação de trabalho de natureza profissional e caráter não eventual
sob vínculo de dependência, podendo ser classificados em:

 servidores estatutários, sujeitos ao regime estatutário e ocupantes de


cargos públicos;

 servidores empregados das empresas públicas, sociedades de


economia mista e fundações públicas de direito privado, contratados
sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego
público;

 servidores temporários, contratados por tempo determinado para


atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
(art. 37, IX, da CF/88), que exercem funções públicas sem estarem
vinculados a cargo ou emprego público.

c) Particulares em colaboração com o poder público


Para Celso Antônio Bandeira de Mello, “esta categoria de agentes é
composta por sujeitos que, sem perderem sua qualidade de particulares –
portanto, de pessoas alheias à intimidade do aparelho estatal (com exceção
única dos recrutados para serviço militar) – exercem função pública, ainda
que às vezes apenas em caráter episódico”, sob os seguintes instrumentos:

 delegação do poder público, como se dá com os empregados das


empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos e os que
exercem serviços notariais e de registro (art. 236 da CF/88);

 mediante requisição, como acontece com os jurados, mesários


eleitorais durante o período eleitoral e os recrutados para o serviços
militar obrigatório, que, em geral, não possuem vínculo empregatício e
não recebem remuneração;

 os que sponte própria (vontade própria) assumem espontaneamente


determinada função pública em momento de emergência, como no
combate a uma epidemia, incêndio, enchente, etc.

 contratado por locação civil de serviços (como ocorre na contratação


de um advogado altamente especializado para a sustentação oral perante
Tribunais).

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Como exemplos podemos citar os mesários eleitorais, os recrutados


para o serviço militar, jurados, comissários de menores, entre outros.
É válido esclarecer que apesar de não possuírem vínculo com o Estado, os
agentes honoríficos são considerados “funcionários públicos” para fins
penais e sobre eles não incidem as regras sobre acumulação de cargos,
empregos e funções públicas, previstas no inciso XVI, do artigo 37, da CF/88.

c) Agentes delegados
Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, “agentes delegados são
particulares que recebem a incumbência da execução de determinada atividade,
obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco,
mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do
delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem
representantes do Estado; todavia, constituem uma categoria à parte de
colaboradores do Poder Público. Nesta categoria se encontram os
concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, os
serventuários de Ofícios ou Cartórios não estatizados, os leiloeiros, os
tradutores e intérpretes públicos, e demais pessoas que recebam delegação
para a prática de alguma atividade estatal ou serviço de interesse coletivo”.
Apesar de exercerem atividades públicas em nome próprio, por sua conta
e risco, é válido esclarecer que os agentes delegados estão sujeitos às regras
de responsabilização civil previstas no § 6º, do artigo 37, da CF/88, e também
são considerados “funcionários públicos” para fins penais.

d) Agentes credenciados
Agentes credenciados são aqueles que têm a incumbência de
representar a Administração Pública em algum evento específico (um
Congresso Internacional, por exemplo) ou na prática de algum ato
determinado, mediante remuneração e sem vínculo profissional, sendo
considerados funcionários públicos para fins penais.
Os agentes credenciados somente serão considerados agentes públicos
durante o período em que estiverem exercendo as funções públicas para as
quais foram credenciados.
Desse modo, se um cientista particular foi convidado pela Administração
Pública para representá-la em um Congresso Internacional sobre a “Gripe A”,
por exemplo, somente durante o período do evento ele será considerado agente
público.

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e) Agentes administrativos
Agentes administrativos são todos aqueles que exercem um cargo,
emprego ou função pública perante à Administração, em caráter
permanente, mediante remuneração e sujeitos à hierarquia funcional instituída
no órgão ou entidade ao qual estão vinculados.
Essa categoria de agentes públicos representa a imensa maioria da força
de trabalho da Administração Direta e Indireta, em todos os níveis federativos
(União, Estados, DF e Municípios) e em todos os Poderes (Legislativo, Executivo
e Judiciário), podendo ser dividida em:
 Servidores públicos titulares de cargos efetivos ou em comissão;
 Empregados públicos;
 Contratados temporariamente em virtude de necessidade temporária
de excepcional interesse público.

Servidores públicos titulares de cargos efetivos são aqueles que


ingressaram no serviço público mediante concurso público e que, portanto,
podem adquirir a estabilidade após 03 (três) anos de efetivo exercício. Esses
servidores também são chamados de estatutários, pois são regidos por um
estatuto legal, responsável por disciplinar seus principais direitos e deveres
em face da Administração Pública.
Na esfera federal, o estatuto responsável por disciplinar as relações
entre Administração Pública e servidores é a Lei 8.112/1990. Todavia, cada
ente estatal possui autonomia para criar seu próprio estatuto dos servidores,
como aconteceu em Minas Gerais com a edição da Lei Estadual 869/1952, e
em Montes Claros/MG (terra do terremoto), com a edição da Lei Municipal
3.175/2003.
Pergunta: professor, os servidores das entidades da Administração
Indireta também são regidos por um estatuto jurídico?
Depende. Na esfera federal, somente os servidores da União, seus
respectivos órgãos públicos (a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral),
autarquias e fundações públicas de direito público federais são regidos
pela Lei 8.112/90, pois os empregados das empresas públicas e sociedades de
economia mista são necessariamente celetistas. Sendo assim, é correto
afirmar que somente as entidades regidas pelo direito público adotam o
regime estatutário, pois este é inerente às funções típicas de Estado
(fiscalização, administração fazendária, advocacia pública, etc), nos termos do
artigo 247 da CF/88.

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Além dos servidores titulares de cargos efetivos, é válido destacar que os


ocupantes de cargos em comissão (de livre nomeação e exoneração) também
são denominados servidores públicos. Entretanto, em virtude de ocuparem
cargos em comissão (também denominados cargos de confiança), tais
servidores não gozam de estabilidade, pois se sustentam no cargo apenas em
virtude da “confiança” depositada pela autoridade responsável pela nomeação.
Desse modo, é correto afirmar que são servidores públicos tanto os
ocupantes de cargos de provimento efetivo, quanto os ocupantes de cargos
em comissão.
A segunda espécie de agente administrativo citada pelo professor Hely
Lopes Meirelles é o empregado público, que não ocupa cargo, mas sim
emprego público.
Os empregados públicos não são regidos por um estatuto (e, portanto,
não podem ser chamados de estatutários), mas sim pela Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT), que lhes assegura os mesmos direitos previstos para os
trabalhadores da iniciativa privada, tais como aviso prévio, FGTS, seguro
desemprego, entre outros estabelecidos no artigo 7º da CF/88 (que não são
garantidos aos servidores públicos na totalidade).
As empresas públicas e sociedades de economia mista (integrantes
da Administração Pública Indireta) adotam necessariamente o regime
celetista para os seus empregados, apesar de serem obrigadas a realizar
concurso público para a contratação de pessoal.
Por último, integram também a categoria dos agentes administrativos
aqueles que são contratados temporariamente para atender a uma
necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme
preceituado no inciso IX, artigo 37, da Constituição Federal de 1988.
Neste caso, a lei de cada ente federativo (União, Estados, DF e
Municípios) estabelecerá os prazos máximos de duração desses contratos e as
situações que podem ser consideradas de necessidade temporária, conforme
estudaremos posteriormente.

2. Disposições preliminares
A Lei 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, seus respectivos órgãos, sobre as autarquias e as fundações
públicas federais de Direito Público. Deve ficar bem claro que as suas
disposições legais não alcançam os empregados das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, que são regidos pelo regime celetista.

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Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, regime


jurídico “é o conjunto de regras de Direito que regulam determinada relação
jurídica”, sendo possível citar como exemplo o regime estatutário, o celetista e
o regime especial.

2.1. Regime Estatutário


Regime estatutário é o conjunto de regras previstas em lei e
responsável por disciplinar a relação jurídica entre os servidores públicos e a
Administração direta, autárquica e fundacional de Direito Público, em
todos os entes federativos.
É regra geral que cada ente estatal (União, Estados, Municípios e DF)
possua o seu próprio regime estatutário, responsável por regular os direitos e
os deveres de seus servidores. Somente para exemplificar, destaca-se que no
Estado de Minas Gerais é a Lei Estadual nº 869/52 que estabelece o regime
jurídico de seus servidores. Por outro lado, na minha querida cidade de Montes
Claros/MG, o regime jurídico dos servidores públicos municipais foi instituído
pela Lei Municipal 3.175/03.
A Lei Federal 8.112/90 (que instituiu regime jurídico dos servidores
públicos da União, fundações públicas de Direito Público e autarquias) serviu e
tem servido de parâmetro normativo para vários Municípios e Estados
brasileiros, o que não invalida as legislações dos respectivos entes.
Uma das principais características do regime estatutário é a garantia de
aquisição de estabilidade, após 03 (três) anos de efetivo exercício, para os
servidores nomeados para cargos de provimento efetivo em virtude de concurso
público, nos termos do artigo 41 da Constituição Federal de 88.
Pergunta: O regime estatutário, a exemplo daquele instituído pela Lei
8.112/90, abrange somente os servidores titulares de cargos efetivos?
Não. Apesar de ser uma dúvida comum entre os candidatos, é válido
esclarecer que o regime estatutário abrange os cargos de provimento efetivo
e, ainda, os cargos de provimento em comissão (também chamados de
cargos de confiança e que são de livre nomeação e exoneração da autoridade
competente, independentemente de prévia aprovação em concurso público).
A dúvida é muito comum porque aqueles que exercem exclusivamente
cargos em comissão contribuem para o regime geral de previdência social
(RGPS), apesar da obrigatoriedade de se submeterem aos deveres e proibições
previstos nos respectivos estatutos.

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c) a contratação de seus servidores ainda dependerá da realização de concurso


público, independentemente do regime jurídico que vierem a se submeter,
celetistas ou estatutários, na forma da lei.
d) os servidores que vierem a ser contratados se submeterão ao regime celetista
e a prévio concurso público, tendo em vista que a atividade desenvolvida pela
empresa não interfere nesse vínculo, podendo ser dispensados posteriormente
por decisão motivada.
e) pode haver contratação de servidores vinculados ao contrato de prestação de
serviços em execução, remunerados diretamente pelas receitas oriundas desse
instrumento, não gerando vínculo funcional com a empresa estatal.
Gabarito: Letra “d”.

2.3. Regime especial


O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que o regime especial
“visa disciplinar uma categoria específica de servidores: os servidores
temporários”, contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88, que
assim dispõe:
“IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público”.
Conforme destacado, o próprio dispositivo constitucional atribui à lei de
cada ente estatal a prerrogativa de estabelecer os casos que podem ensejar a
excepcional contratação de agentes sem a realização de concurso público.
Na esfera federal, foi editada a Lei 8.745/93, que tem por objetivo
disciplinar os contratos temporários no âmbito da Administração Direta
federal, autárquica e fundacional.
Em seu artigo 2º, a Lei 8.745/93 especificou algumas situações que
podem ser consideradas de necessidade temporária e de excepcional
interesse público, justificando a contratação temporária, a saber:
I - assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública;
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza
estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE;
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
VI - atividades:

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a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área


industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia;
b) de identificação e demarcação territorial;
c) (Revogada pela Lei nº 10.667, de 2003)
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas;
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de
sistemas de informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - CEPESC;
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito
do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações
emergenciais ligadas ao comércio internacional de produtos de origem animal
ou vegetal ou de iminente risco à saúde animal, vegetal ou humana;
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da
Amazônia - SIVAM e do Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM.
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com
prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que
haja, em seu desempenho, subordinação do contratado ao órgão ou entidade
pública.
i) técnicas especializadas necessárias à implantação de órgãos ou
entidades ou de novas atribuições definidas para organizações existentes ou as
decorrentes de aumento transitório no volume de trabalho que não possam ser
atendidas mediante a aplicação do art. 74 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro
de 1990;
j) técnicas especializadas de tecnologia da informação, de comunicação e
de revisão de processos de trabalho, não alcançadas pela alínea i e que não se
caracterizem como atividades permanentes do órgão ou entidade;
l) didático-pedagógicas em escolas de governo; e
m) de assistência à saúde para comunidades indígenas; e
VII - admissão de professor, pesquisador e tecnólogo substitutos para
suprir a falta de professor, pesquisador ou tecnólogo ocupante de cargo efetivo,
decorrente de licença para exercer atividade empresarial relativa à inovação.
VIII - admissão de pesquisador, nacional ou estrangeiro, para projeto de
pesquisa com prazo determinado, em instituição destinada à pesquisa; e
IX - combate a emergências ambientais, na hipótese de declaração, pelo
Ministro de Estado do Meio Ambiente, da existência de emergência ambiental na
região específica.

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I - professor substituto nas instituições federais de ensino, desde que o


contratado não ocupe cargo efetivo integrante das carreiras de magistério de
que trata a Lei no 7.596, de 10 de abril de 1987;
II - profissionais de saúde em unidades hospitalares, quando
administradas pelo Governo Federal e para atender às necessidades
decorrentes de calamidade pública, desde que o contratado não ocupe cargo
efetivo ou emprego permanente em órgão ou entidade da administração pública
federal direta e indireta.
Ainda nos termos da Lei 8.745/1993, destaca-se que não é necessária a
realização de concurso público para a contratação de servidores em caráter
temporário, sendo suficiente a realização de um processo seletivo
simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através do Diário Oficial da
União.
Os agentes contratados nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88
(regulamentado pela Lei 8.745/1993), não podem ser considerados
estatutários, uma vez que estão submetidos a regime contratual. Também não
podem ser considerados celetistas, pois não são regidos pela Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT), apesar de estarem sujeitos ao regime geral de
previdência.
O mesmo ocorre com os agentes públicos contratados com fundamento
no Decreto 2.271/1997, que, em seu art. 1º, dispõe que no âmbito da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional poderão ser
objeto de execução indireta (terceirização) as atividades materiais
acessórias, instrumentais ou complementares aos assuntos que constituem área
de competência legal do órgão ou entidade.
As atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes,
informática, copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e
manutenção de prédios, equipamentos e instalações serão, de preferência,
objeto de execução indireta.
De outro lado, não poderão ser objeto de execução indireta as
atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos
do órgão ou entidade, salvo expressa disposição legal em contrário ou quando
se tratar de cargo extinto, total ou parcialmente, no âmbito do quadro geral de
pessoal.
O objeto da contratação será definido de forma expressa no edital de
licitação e no contrato exclusivamente como prestação de serviços, nos termos
do art. 3º do Decreto 2.271/1997.

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Perceba que o texto constitucional não proíbe a realização de novo


concurso público, mesmo que o prazo de validade do anterior ainda esteja
vigente. Nesse caso, compete à Administração Pública decidir se realiza, ou
não, novo certame. Trata-se de decisão discricionária.
Se a Petrobras ou o Banco do Brasil (que não são regidos pela Lei nº
8.112∕1990) decidirem realizar novo certame durante o prazo de vigência de
outro concurso público, por exemplo, deverão convocar obrigatoriamente os
candidatos que já se encontram aprovados. Somente depois de nomear todos
os aprovados no concurso anterior poderão dar posse aos candidatos aprovados
no certame mais recente.
Entretanto, deve ficar claro que o art. 12, § 2º, da Lei 8.112∕1990, dispõe
que “não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em
concurso anterior com prazo de validade não expirado”. Em outras palavras, o
texto legal afirma que a União, seus respectivos órgãos, autarquias e fundações
públicas federais de direito público somente poderão realizar novo concurso
público, se existirem candidatos aprovados e ainda não nomeados, depois de
expirado o prazo de validade do anterior.
A regra prevista no art. 12, § 2º, da Lei 8.112∕1990, não contradiz o art.
37, IV, da CF∕1988. Como o texto constitucional autorizou que a própria
Administração Pública decida sobre a realização, ou não, de novo concurso
público, a Lei 8.112∕1990 se antecipou e declarou-se expressamente pela
segunda opção (não realização).

3.1.2. Falta de identificação do tipo de caderno de questões


No julgamento do recurso especial nº 1.376.731∕PE, de relatoria do
Ministro Humberto Martins, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “não
tem direito à correção de cartão-resposta de prova aplicada em certame público
o candidato que, descumprindo regra contida no edital e expressa no próprio
cartão-resposta, abstenha-se de realizar a identificação do seu tipo de caderno
de questões. Isso porque viabilizar a correção da folha de resposta de candidato
que não tenha observado as instruções contidas no regulamento do certame e
ressalvadas no próprio cartão-resposta implicaria privilegiar um candidato em
detrimento dos demais — que concorreram em circunstâncias iguais de
maturidade, preparação, estresse e procedimento —, configurando flagrante
violação do princípio da isonomia”.

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3.1.3. Convocação para as demais fases do certame


No julgamento do agravo regimental no recurso em mandado de
segurança nº 33.696∕RN, cujo acórdão foi publicado no DJe de 22/4/2013, o
Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de que se a
convocação do candidato para submissão às primeiras etapas do concurso
público foi realizada pela internet, as demais devem seguir o mesmo
procedimento, sob pena de violação ao princípio da razoabilidade:
DIREITO ADMINISTRATIVO. CONVOCAÇÃO DE CANDIDATO PARA FASE
DE CONCURSO PÚBLICO.
A convocação de candidato para a fase posterior de concurso público não pode
ser realizada apenas pelo diário oficial na hipótese em que todas as
comunicações anteriores tenham ocorrido conforme previsão editalícia de
divulgação das fases do concurso também pela internet. Efetivamente, a
comunicação realizada apenas pelo diário oficial, nessa situação, caracteriza
violação dos princípios da publicidade e da razoabilidade. Ademais, a divulgação
das fases anteriores pela internet gera aos candidatos a justa expectativa de que
as demais comunicações do certame seguirão o mesmo padrão. Cabe ressaltar,
ainda, que o diário oficial não tem o mesmo alcance de outros meios de
comunicação, não sendo razoável exigir que os candidatos aprovados em
concurso público o acompanhem (AgRg no RMS 33.696-RN, Rel. Min. Eliana
Calmon, DJe 22/4/2013).

3.1.4. Convocação de aprovados em processo seletivo


Ao julgar o recurso em mandado de segurança nº 35.211∕SP, em
2/4/2013, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “não tem direito líquido
e certo à nomeação o candidato aprovado dentro do número de vagas em
processo seletivo especial destinado à contratação de servidores temporários
na hipótese em que o edital preveja a possibilidade de nomeação dos
aprovados, conforme a disponibilidade orçamentária existente, em
número inferior ou superior ao das vagas colocadas em certame”.
DIREITO ADMINISTRATIVO. EFEITOS DE PREVISÃO EDITALÍCIA QUE
POSSIBILITE A NOMEAÇÃO DOS APROVADOS, CONFORME
DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA, EM NÚMERO INFERIOR OU
SUPERIOR ÀS VAGAS DE CERTAME DESTINADO À CONTRATAÇÃO DE
SERVIDORES TEMPORÁRIOS.
Não tem direito líquido e certo à nomeação o candidato aprovado dentro do
número de vagas em processo seletivo especial destinado à contratação de
servidores temporários na hipótese em que o edital preveja a possibilidade de
nomeação dos aprovados, conforme a disponibilidade orçamentária existente,
em número inferior ou superior ao das vagas colocadas em certame. As regras a

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exigida em edital de concurso público para oficial da Polícia Militar, por este não
haver atingido a referida idade na data da matrícula do curso de formação, ainda
que lei complementar estadual estabeleça essa mesma idade como sendo a
mínima necessária para o ingresso na carreira.
Nessa situação, ocorre ofensa aos princípios da razoabilidade e da interpretação
conforme o interesse público. De fato, estabelece o art. 2º, parágrafo único, da
Lei 9.784/1999 que nos processos administrativos devem ser observados, entre
outros, os critérios da “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente
necessárias ao atendimento do interesse público” (VI) e da “interpretação da
norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público
a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação” (XIII).
Nesse contexto, com a interpretação então conferida, o administrador, a
pretexto de cumprir a lei, terminou por violá-la, pois, com o ato praticado,
desconsiderou a adequação entre meios e fins, impôs restrição em medida
superior àquela estritamente necessária ao atendimento do interesse e, além
disso, deixou de interpretar a lei da maneira que garantisse mais efetivamente o
atendimento do fim público a que se dirige. (RMS 36.422-MT, Rel. Min.
Sérgio Kukina, julgado em 28/5/2013).

4.1.2. Aptidão física e gravidez de candidata


No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 37.328∕AP, que
ocorreu em 21∕03∕2013, o Superior Tribunal de Justiça ratificou o
entendimento de que é possível a remarcação de teste de aptidão física em
concurso público com o objetivo de proporcionar a participação de candidata
comprovadamente grávida, ainda que o edital não contenha previsão nesse
sentido.
O mesmo entendimento também foi manifestado no julgamento do
recurso em mandado de segurança nº 28.400∕BA, cuja ementa é de
imprescindível leitura em razão da excelente didática utilizada:
DIREITO ADMINISTRATIVO. CANDIDATA GESTANTE QUE,
SEGUINDO ORIENTAÇÃO MÉDICA, DEIXE DE APRESENTAR, NA
DATA MARCADA, APENAS ALGUNS DOS VÁRIOS EXAMES
EXIGIDOS EM CONCURSO PÚBLICO.
Ainda que o edital do concurso expressamente preveja a impossibilidade
de realização posterior de exames ou provas em razão de alterações
psicológicas ou fisiológicas temporárias, é ilegal a exclusão de candidata
gestante que, seguindo a orientação médica de que a realização de alguns
dos vários exames exigidos poderia causar dano à saúde do feto, deixe de

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A obrigatoriedade de reserva de vagas para as pessoas portadoras de


deficiência consta no inciso VIII, artigo 37, da CF/88. Todavia, o texto
constitucional não especifica o percentual que deverá ser reservado, ficando
sob a responsabilidade da lei essa definição.
Perceba que a lei 8.112/1990 não estabeleceu um percentual mínimo de
vagas a serem reservadas, limitando-se a restringir o máximo em 20% (vinte
por cento). Todavia, o Decreto Federal 3.298/99, que regulamenta a Lei nº
7.853/89 e dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, estabeleceu, em seu artigo 37, § 1º, o percentual de
5% (cinco por cento).
Pergunta: Professor, existe algum instrumento normativo que defina
quem é o portador de deficiência?
Sim. Essa definição está prevista no artigo 4º do Decreto 3.298/99, que
assim declara:
Art. 4º. É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas
seguintes categorias:
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-
se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia,
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia,
amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que
não produzam dificuldades para o desempenho de funções; (Redação dada pelo
Decreto nº 5.296, de 2004)
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ,
1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que
0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica;
os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos
for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das
condições anteriores; (Redação dada pelo Decreto nº 5.296, de 2004)
IV - deficiência mental – funcionamento intelectual significativamente inferior à
média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas
ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;

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oportunidades no mercado de trabalho, situação esta que o benefício da reserva


de vagas tem o objetivo de compensar.
A propósito, com a finalidade de pacificar esse entendimento, o STJ editou
a súmula nº 377, que assim dispõe: "O portador de visão monocular tem direito
de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes".

4.2.1.2. Pé torto congênito bilateral


No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 31.861∕PE, que
ocorreu em 23∕04∕2013, o Superior Tribunal de Justiça também firmou
entendimento de que “os candidatos que tenham ‘pé torto congênito bilateral’
têm direito a concorrer às vagas em concurso público reservadas às pessoas
com deficiência. A mencionada deficiência física enquadra-se no disposto no art.
4º, I, do Dec. 3.298/1999”.

4.3. Formas de provimento


Provimento nada mais é que o ato administrativo através do qual é
preenchido um cargo público, podendo ser originário ou derivado.

4.3.1. Nomeação
A nomeação é a única forma de provimento originário existente. Pode
ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração Pública dá
ciência ao seu destinatário da necessidade de cumprimento de formalidades
específicas (a exemplo da apresentação da documentação exigida no edital, nos
casos de provimento de cargo efetivo), no prazo de até 30 (trinta) dias, para
que seja formalizada a posse.
A nomeação é considerada originária porque inicia um vínculo entre o
indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em comissão. Na
nomeação em caráter efetivo, o candidato aprovado em concurso público é
comunicado de que terá até 30 (trinta) dias para providenciar a
documentação prevista no edital, formalizando o seu vínculo perante a
Administração, que ocorre mediante a posse.
A nomeação não gera qualquer obrigação para o candidato, mas sim o
direito subjetivo de comparecer à Administração e formalizar o seu vínculo.
Assim, caso o candidato não compareça perante a Administração no prazo de
até 30 (trinta) dias para tomar posse, a nomeação tornar-se-á sem efeito,
não produzindo qualquer obrigação ou imposição de penalidade ao candidato.

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Apesar de a nomeação para cargo de provimento efetivo exigir prévia


aprovação em concurso público, o mesmo não ocorre em relação às
nomeações para cargos em comissão (também chamados de cargos de
confiança). Nesta última hipótese, tem-se um ato discricionário, que sequer
precisa ser motivado.
A autoridade competente tem a prerrogativa de nomear qualquer
pessoa para provimento de cargo em comissão, servidor ou não.
Aqui é importante destacar o teor da súmula vinculante nº. 13 do
Supremo Tribunal Federal, que declara expressamente que

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou


por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou,
ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Apesar de não constar expressamente em seu texto, o Supremo Tribunal


Federal, no julgamento da Reclamação 6650, declarou que a contratação de
parentes para cargos políticos (Ministros, Secretários de Estado e
Secretários municipais) não viola a Constituição Federal, pois são cargos que
devem ser providos por pessoas de extrema confiança da autoridade nomeante.
Nesses termos, o Prefeito de um Município pode nomear sua mãe para
ocupar o cargo de Secretária Municipal da Fazenda, mas não pode nomear a
irmã para ocupar o cargo de Gerente do Posto de Saúde “X”, pois este não é
considerado cargo político e sim um cargo administrativo.
Pergunta: Professor Fabiano, suponhamos que José atualmente ocupe o
cargo efetivo de professor da rede estadual de educação de Minas Gerais e
que tenha sido aprovado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal.
Nesse caso, ocorrerá uma nova nomeação para o cargo de AFRFB?
Sim. Apesar de José já ter sido nomeado, assinado o termo de posse e
entrado em exercício no cargo de professor, será novamente nomeado para o
cargo de AFRFB, pois está se iniciando um novo vínculo entre José e a
Administração Pública.

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intuito da Administração Pública de, no momento da nomeação, entrar em


contato direto com o candidato aprovado. Ademais, nesse contexto, não seria
possível ao candidato construir real expectativa de ser nomeado e convocado
para a posse em curto prazo.
Assim, nessa situação, deve ser reconhecido o direito do candidato a ser
convocado, bem como a tomar posse, após preenchidos os requisitos constantes
do edital do certame. (Precedente citado: AgRg no RMS 35.494-RS, DJe
26/3/2012. AgRg no RMS 37.227-RS, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 6/12/2012).

4.3.1.2. Direito subjetivo à nomeação


Durante muito tempo discutiu-se no âmbito do Poder Judiciário se os
candidatos aprovados em concurso público, dentro do limite de vagas
inicialmente oferecidas no edital, possuíam direito líquido e certo à nomeação
durante a validade do certame.
Prevalecia o entendimento de que mesmo aprovado dentro do número de
vagas inicialmente disponibilizadas, o candidato somente possuía expectativa
de direito em relação à nomeação, isto é, a Administração Pública não estava
obrigada a realizar a nomeação por se tratar de ato discricionário.
Entretanto, o entendimento doutrinário e jurisprudencial começou a ser
alterado nos últimos anos, conseqüência direta das milhares de ações ajuizadas
no Poder Judiciário e que exigiam a nomeação de candidatos aprovados dentro
do número de vagas oferecidas em concursos públicos.
No julgamento do Recurso Extraordinário nº 598.099/MS (cuja decisão foi
publicada em 03/10/2011), de relatoria do Ministro Gilmar Mendes, o Supremo
Tribunal Federal pacificou o entendimento sobre o assunto, afirmando que “o
direito à nomeação surge quando se realizam as condições fáticas e jurídicas.
São elas: previsão em edital de número específico de vagas a serem
preenchidas pelos candidatos aprovados no concurso; realização do certame
conforme as regras do edital; homologação do concurso; e proclamação dos
aprovados dentro do número de vagas previstos no edital em ordem de
classificação por ato inequívoco e público da autoridade administrativa
competente”.
Desse modo, prevalece atualmente o entendimento de que se o candidato
foi aprovado em concurso público dentro do número de vagas oferecidas pelo
edital, deverá ser obrigatoriamente nomeado pela respectiva entidade ou
órgão público. Entretanto, compete à Administração Pública decidir o momento
mais conveniente e oportuno para realizar a nomeação, desde que dentro do
prazo de validade do certame.

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Nas palavras do Ministro Relator Gilmar Mendes, somente em situações


excepcionalíssimas a Administração Pública estaria desobrigada de realizar a
nomeação de candidato aprovado dentro do número de vagas e desde que
comprovadas as seguintes circunstâncias:
I. Superveniência - eventuais fatos ensejadores de uma situação
excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação de edital do
certame público;
II. Imprevisibilidade - a situação deve ser determinada por
circunstâncias extraordinárias à época da publicação do edital;
III. Gravidade – os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis
devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade
ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital;
IV. Crises econômicas de grandes proporções; Guerras;
Fenômenos naturais que causem calamidade pública ou comoção
interna;
V. Necessidade – a administração somente pode adotar tal medida
quando não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação
excepcional e imprevisível.
4.3.1.3. Candidato aprovado fora das vagas previstas no edital
No julgamento do mandado de segurança nº 17.886∕DF, que ocorreu em
11∕09∕2013, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “o candidato
aprovado fora das vagas previstas no edital não tem direito subjetivo à
nomeação, ainda que surjam novas vagas durante o prazo de validade do
certame, seja em decorrência de vacância nos quadros funcionais seja em razão
da criação de novas vagas por lei. Isso porque, dentro do parâmetro fixado
em repercussão geral pelo STF, os candidatos aprovados em concurso
público, mas inseridos em cadastro de reserva, têm apenas expectativa de
direito à nomeação”.
Nesses casos, compete à Administração, no exercício do seu poder
discricionário (juízo de conveniência e oportunidade), definir as condições do
preenchimento dos seus cargos vagos.
De fato, o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal,
expressamente manifestado através do recurso extraordinário nº 598.099∕MS
(DJe 10∕08∕2011), de relatoria do Ministro Gilmar Mendes (com repercussão
geral), também é no sentido de que somente os candidatos aprovados dentro
do número de vagas previstas no edital possuem direito líquido e certo à
nomeação, salvo no caso de preterição na ordem de classificação e nomeação

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de outras pessoas que não aquelas que constam da lista classificatória de


aprovados no certame público.

4.3.2. Posse
Conforme destacado anteriormente, a posse ocorrerá no prazo
improrrogável de até 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de
nomeação.
A contagem do prazo se inicia no dia subsequente ao da publicação do
referido ato e é ininterrupta. Assim, se o candidato foi nomeado no dia 12 de
março de 2014, o prazo final para tomar posse é o dia 11 de abril de 2014.
Em se tratando de nomeação de alguém que já seja servidor (que fora
aprovado em concurso público para outro cargo) e que se enquadre, na data
de publicação do ato de provimento, em algumas das situações listadas a
seguir, o prazo de 30 dias será contado após o término do impedimento;
1ª) gozo de licença por motivo de doença em pessoa da família;
2º) gozo de licença para o serviço militar ou para capacitação;
3ª) férias;
4ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País;
5ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
6ª) licença:
7ª) gozo de licença à gestante, à adotante e à paternidade;
8ª) licença para tratamento da própria saúde;
9ª) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
10) esteja participando de competição desportiva nacional ou convocação
para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior;
11) esteja em deslocamento para nova sede em virtude de remoção,
redistribuição, requisição ou cessão.
O artigo 13 da Lei 8.112/90 estabelece que “a posse dar-se-á pela
assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os
deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não
poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os
atos de ofício previstos em lei”.

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O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório
terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a
nova sede.
Exemplo: suponhamos que você, atualmente domiciliado na cidade de
Belo Horizonte/MG, decida tentar o concurso do TSE para o cargo de Analista
Judiciário – área administrativa. Dois anos depois, já tendo sido aprovado,
nomeado, empossado e entrado em exercício, você decide participar do
Concurso Nacional de Remoção para disputar uma remoção para a cidade de
Belo Horizonte (TRE/MG). Se você tiver êxito no concurso de remoção, o
Tribunal Superior Eleitoral lhe concederá um prazo, que pode variar entre 10
(dez) e 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de remoção, para que
você entre em exercício no TRE/MG.
Trata-se de ato discricionário, portanto, somente diante do caso em
concreto é que o Tribunal Superior Eleitoral (seu órgão de origem) determinará
o prazo que será concedido ao servidor para o respectivo “deslocamento”.
O mesmo acontece nos diversos órgãos e entidades da Administração
Pública Federal ao realizarem concursos internos de remoção, a exemplo do
MDIC, CGU, Receita Federal do Brasil, INSS, entre outros. É claro que cada
órgão ou entidade possui suas próprias regras internas, que são disponibilizadas
aos servidores através de um edital.
Se você estiver “desesperado” para começar a trabalhar no novo órgão de
destino, a legislação permite que você decline (abra mão) desse prazo e reinicie
as suas atividades no dia seguinte à publicação do ato.
Desconheço alguém que tenha declinado desse prazo, mas lembre-se de
que é possível ... rrsss

4.3.4. Formas de provimento derivado


Provimento derivado é aquele que pressupõe a existência de um vínculo
anterior entre o servidor e a Administração. No artigo 8º da Lei 8.112/90 estão
arroladas como formas de provimento derivado a promoção, a readaptação, a
reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução.

4.3.4.1. Promoção

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(a) inabilitação em estágio probatório em outro cargo federal;


(b) desistência de exercício em cargo federal no período do estágio
probatório; ou
(c) reintegração do anterior ocupante.
É muito comum você encontrar em provas de concursos públicos questões
sobre a recondução, provavelmente pelas várias espécies e peculiaridades
relativas a esse instituto. Assim, é importante analisar individualmente todas as
suas espécies:
1ª) Inabilitação em estágio probatório referente a outro cargo
federal: suponhamos que Zé das Couves seja titular do cargo de Analista do
MDIC, gozando de estabilidade. Todavia, como continuou os estudos, Zé foi
aprovado recentemente no concurso público para o cargo de Auditor da Receita
Federal do Brasil. Nesse caso, como Zé já era servidor público federal e foi
aprovado para exercício em outro cargo público também integrante da
estrutura federal, poderá solicitar vacância (deixar o cargo sem ocupante) em
seu cargo no MDIC para submeter-se ao estágio probatório na Receita Federal.
Ao término do estágio probatório, caso seja reprovado, Zé não
precisará entrar em desespero, pois será reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado no MDIC.
2ª) Desistência de exercício do outro cargo federal no período do
estágio probatório: eis uma situação muito parecida com a anterior, mas aqui
o próprio servidor (Zé das Couves) desistiu de continuar exercendo as suas
funções na Receita Federal, tendo trabalhado apenas 06 (seis) meses no órgão,
por exemplo. Assim, da mesma forma que acontece na reprovação em estágio
probatório, Zé será reconduzido ao cargo anteriormente ocupado no MDIC.
3ª) Reintegração do anterior ocupante do cargo: nesse caso, o
servidor público estável está exercendo as suas funções em um cargo que era
ocupado por servidor que fora demitido. Desse modo, caso o servidor demitido
consiga a invalidação da demissão no âmbito administrativo ou judicial,
ocorrerá a denominada reintegração, e o atual ocupante do cargo público será
reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, sem direito a qualquer
indenização.
Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor estável em
processo de recondução será aproveitado em outro, desde que possua
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

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O prazo para o servidor aproveitado entrar em exercício em outra


sede é de, no mínimo, 10 dias, e, no máximo, 30 dias, contados a partir da
data de publicação do ato de aproveitamento, incluindo, nesse período, o tempo
necessário para o deslocamento para a nova sede.
Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se
o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por
Junta Médica oficial.
Quando do aproveitamento resultar mudança de sede, o servidor, seu
cônjuge ou companheiro, seus filhos ou enteados que vivam em sua companhia
e os menores sob sua guarda com autorização judicial, se estudantes, têm
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula
em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Nos casos em que a mudança de sede obrigar o servidor a mudar de
domicílio em caráter permanente, ser-lhe-á devida ajuda de custo para
compensar as despesas de instalação, vedado o duplo pagamento de
indenização, no caso do cônjuge ou companheiro que detenha a condição de
servidor.

4.4. Estágio probatório


Depois de ter sido nomeado para ocupar cargo público de provimento
efetivo, o candidato aprovado em concurso público irá tomar posse e entrar
em exercício. Na sequência, o agora servidor será submetido ao famoso
estágio probatório.
O estágio probatório pode ser definido como um processo de avaliação
de desempenho de servidor nomeado para cargo de provimento efetivo, seja
em relação à sua aptidão e capacidade para exercício do cargo ocupado, seja
em relação ao seu relacionamento profissional com os demais servidores.
A avaliação do Estágio Probatório ocorrerá durante o interstício de trinta
e seis meses (esse é o entendimento que deve prevalecer para as provas de
concurso), período no qual a sua aptidão e capacidade serão objetos de
avaliações periódicas, observando-se os seguintes fatores:
a) Assiduidade: avalia-se a frequência diária ao trabalho;
b) Disciplina: avalia-se o comportamento do servidor quanto aos
aspectos de observância aos regulamentos e à orientação da chefia;
c) Capacidade de iniciativa: avalia-se a capacidade do servidor em
tomar providências por conta própria dentro de sua competência;

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Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer


quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
natureza especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e
assessoramento superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
O estágio probatório ficará suspenso nas situações abaixo, sendo
retomado a partir do término dos impedimentos:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge, por prazo
indeterminado e sem remuneração;
c) licença para atividade política;
d) afastamento para missão no exterior para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere, com a
perda total da remuneração.
e) participação em curso de formação.
Pergunta: Professor, durante o estágio probatório, o servidor poderá
gozar de alguma licença ou afastamento?
Sim. As licenças e afastamentos relacionados abaixo poderão ser gozados
mesmos durante o período do estágio probatório:
a) licença por motivo de doença em pessoa da família;
b) licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política;
e) afastamento para o exercício de mandato eletivo;
f) afastamento para estudo ou missão no exterior.
g) afastamento para participar de curso de formação decorrente de
aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública
Federal.

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3ª) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
4ª) Em virtude de excesso de despesa com pessoal, conforme
previsão do artigo 169 da CF/88.
Em relação à última hipótese citada, é importante destacar que se a
União, não estiver cumprindo os limites de gastos estabelecidos no artigo 169
da CF/88, por exemplo, poderá adotar as seguintes providências:
1ª) Redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos
em comissão e funções de confiança; e
2ª) Exoneração dos servidores não estáveis.
Se as medidas acima não forem suficientes para assegurar o
cumprimento do limite de gastos previsto em lei complementar, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que o ato normativo motivado de cada
um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade
administrativa objeto da redução de pessoal.
O servidor que perder o cargo fará jus à indenização correspondente a um
mês de remuneração por ano de serviço e o cargo objeto da redução será
considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com
atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
Pergunta: Professor, a escolha dos servidores públicos que serão
exonerados em virtude de excesso de despesa com pessoal fica sob a
responsabilidade, discricionária, do administrador competente?
Não. Nos termos da Lei 9.801/99, deverá ser adotado um critério geral
impessoal para a identificação dos servidores estáveis a serem exonerados.
Ademais, afirma o § 2º do artigo 2º da mesma lei que o critério geral para
identificação impessoal será escolhido entre:
a) Menor tempo de serviço público;
b) Maior remuneração;
c) Menor idade.
É importante destacar que o critério geral eleito poderá ser combinado
com o critério complementar do menor número de dependentes para fins de
formação de uma listagem de classificação.

4.6. Hipóteses de vacância

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A vacância pode ser entendida como o acontecimento pelo qual o servidor


deixa o cargo público vago, possibilitando o seu provimento por outra pessoa.
O artigo 33 da Lei 8.112/90 apresenta um rol de hipóteses que podem
ensejar a vacância do cargo público, a saber:
a) exoneração;
b) demissão;
c) promoção;
d) readaptação;
e) aposentadoria;
f) posse em outro cargo inacumulável;
g) falecimento.

ATENÇÃO: Não confunda exoneração com demissão, pois são institutos


diferentes e que produzem efeitos diversos. Entende-se por demissão o ato
administrativo que determina a quebra do vínculo entre o Poder Público e o
servidor, tendo caráter de penalidade em razão do cometimento de alguma
infração funcional grave.
A exoneração também rompe o vínculo entre a Administração e o
servidor, mas não possui caráter punitivo, podendo ocorrer a pedido do
servidor ou de ofício (ex officio), por iniciativa da Administração (como
acontece, por exemplo, quando o servidor é reprovado no estágio probatório).
A exoneração ex offício tem como fundamento a falta de interesse
público, manifestado pela Administração, em continuar com o servidor em seus
quadros. Isso fica claro, por exemplo, na dispensa do servidor proveniente da
necessidade de adequação aos limites orçamentários determinados em lei
(artigo 169, CF/88).
Nesse caso, o servidor não está sendo punido pela prática de alguma
irregularidade ou infração funcional. Está sendo dispensado simplesmente para
permitir que a Administração cumpra os limites de gastos com pessoal, nos
termos do artigo 169 da CF/88.
Outra informação importante e que deve ser destacada é o fato de que
existem algumas hipóteses de vacância que, ao mesmo tempo, também
caracterizam forma de provimento, a exemplo do que ocorre na promoção,
readaptação e na posse em outro cargo inacumulável.

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Quando um servidor é readaptado para outro cargo com atribuições e


vencimentos afins, por exemplo, ocorrerá o provimento no cargo de destino.
Por outro lado, o cargo de origem ficará vago (vacância), possibilitando à
Administração que realize o seu provimento.

5. Remoção e redistribuição

Inicialmente, é importante que você saiba que a remoção e a


redistribuição não são formas de provimento de cargos públicos, pelo menos
esse é o entendimento que deve ser adotado nas provas de concursos públicos.
Essa informação é essencial porque as bancas examinadoras adoram fazer
afirmações de que ambas seriam formas de provimento derivado.
Cada um desses institutos possui características próprias e, com destaque
para a remoção, são muito cobrados em provas de concursos.

5.1. Remoção
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36).
Ocorrerá a remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é
deslocado da cidade de Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no
Estado do Pará. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do INSS, porém, em outra cidade.
A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de
sede. Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de
uma unidade localizada no bairro “X”, para outra unidade localizada no bairro
“Y”, dentro da mesma cidade.
A remoção de ofício (“ex officio”) não exige prévia concordância do
servidor, pois ocorrerá no exclusivo interesse da Administração. Assim, caso a
Administração entenda que o interesse público justifique a remoção de servidor
para outra localidade, poderá fazê-lo.
A fim de evitar perseguições políticas e garantir o respeito ao princípio da
impessoalidade, é imprescindível que o ato administrativo de remoção “ex
officio” seja motivado, pois, somente assim, será possível combater qualquer
possibilidade de desvio de poder da autoridade responsável pela edição do ato.
Existem duas espécies de remoção a pedido.

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I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo


justificado;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências
justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas
antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês
subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.
As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior
poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício. Desse modo, se o servidor deixar de
comparecer ao trabalho em razão de eventual “congestionamento” causado por
um grave acidente automobilístico, por exemplo, poderá comprovar o fato
perante a chefia e compensar as aulas devedores posteriormente, trabalhando
um pouco além da jornada diária de trabalho.

6.1.2. Reposições e indenizações ao erário


Ao responder às questões de prova, fique atento para não confundir as
expressões “indenização” e “reposição”. A reposição ao Erário (cofre
público) nada mais é do que a restituição de valores percebidos
indevidamente por servidor ativo ou inativo. Por outro lado, a indenização
caracteriza-se como o pagamento decorrente de danos causados ao erário pelo
servidor.
As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de
1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser
parceladas, a pedido do interessado. Entretanto, destaca-se que o valor de
cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da
remuneração, provento ou pensão.
Se o servidor está obrigado a fazer o pagamento de uma indenização ao
erário no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e atualmente recebe, a título de
remuneração, o valor mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), conclui-se que o
parcelamento não poderá ser superior a 20 (vinte) meses. Isso porque o valor
mensal mínimo a ser debitado da remuneração do servidor será de R$ 500,00
(quinhentos reais).
Os pagamentos feitos em consequência de liminares, posteriormente
cassadas por decisões judiciais definitivas, são pagamentos indevidos, estando
sujeitos à reposição, com a respectiva atualização.

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(FCC/Analista Judiciário TRT 22ª Região/2010) De acordo com a Lei nº


8.112/90, em relação ao vencimento, remuneração e vantagens dos Servidores
Públicos Civis da União, as indenizações se incorporam ao vencimento ou
provento para qualquer efeito. Assertiva considerada incorreta pela banca
examinadora.

6.2.1.1. Ajuda de custo


A ajuda de custo é uma indenização destinada a compensar as despesas
de instalação do servidor e de sua família que, no interesse do serviço,
passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter
permanente.
O valor da ajuda de custo corresponderá a 1 (uma) remuneração
percebida no mês de deslocamento, caso o servidor possua até um
dependente; a 2 (duas) remunerações, caso o servidor possua dois
dependentes, e a 3 (três) remunerações, caso o servidor possua três ou
mais dependentes.
O servidor que passar a ter exercício em nova sede, proveniente de uma
remoção ex officio, por exemplo, fará jus não só à ajuda de custo, como
também a transporte para si e para seus dependentes, compreendendo
passagens, bagagens e bens pessoais.
ATENÇÃO: Caso o servidor seja removido ex officio dentro da mesma
sede, não terá direito à ajuda de custo. Considera-se sede o município onde
está instalado o órgão ou a repartição em que o servidor tem exercício em
caráter permanente.
Na hipótese de o dependente não acompanhar o servidor quando do seu
deslocamento, deverá ser informado ao respectivo órgão de pessoal as razões
que motivaram a sua permanência na origem, de modo que a ajuda de custo
possa ser paga quando do efetivo deslocamento do dependente, não podendo,
entretanto, passar de um exercício para o outro.
O servidor que, atendido o interesse da Administração, utilizar condução
própria no deslocamento para a nova sede, fará jus à indenização da despesa
do transporte, correspondente a quarenta por cento do valor da passagem de
transporte aéreo no mesmo percurso, acrescida de vinte por cento do referido
valor por dependente que o acompanhe, até o máximo de três dependentes.
O artigo 55 da Lei 8.112/90 declara que “não será concedida ajuda de
custo ao servidor que se afastar do cargo ou reassumi-lo em virtude de
mandato eletivo”. Ademais, é “vedado o duplo pagamento de indenização, a

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qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a


condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.”
A ajuda de custo recebida pelo servidor deverá ser obrigatoriamente
restituída aos cofres públicos:
a) Considerando-se, individualmente, o servidor e cada dependente
quando não se efetivar o deslocamento para a nova sede no prazo de trinta
dias, contados da concessão;
b) Quando, antes de decorridos três meses do deslocamento, regressar,
pedir exoneração ou abandonar o serviço.
O § 2º do artigo 53 dispõe ainda que “à família do servidor que falecer na
nova sede é assegurado ajuda de custo e transporte para a localidade de
origem, dentro do prazo de 01 (um) ano, contado do óbito”.

6.2.1.2. Diárias
As diárias podem ser definidas como uma indenização a que faz jus o
servidor quando a serviço se afastar da sede, em caráter eventual ou
transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior.
As diárias serão concedidas por dia de afastamento da sede do serviço,
destinando-se a indenizar o servidor por despesas extraordinárias com
pousada, alimentação e locomoção urbana. O pagamento das diárias não é
cumulativo com a indenização de transporte.
As diárias serão pagas antecipadamente, de uma só vez, exceto em
situações de urgência, devidamente caracterizadas ou quando o afastamento
compreender período superior a quinze dias, caso em que poderão ser pagas
parceladamente.
O artigo 5º do Decreto 5.992/06 estabelece que o servidor fará jus
somente à metade do valor da diária nos deslocamentos dentro do território
nacional quando:
a) o afastamento não exigir pernoite fora da sede;
b) for no dia do retorno à sede de serviço;
c) a União custear, por meio diverso, as despesas de pousada;
d) o servidor ficar hospedado em imóvel pertencente à União ou que
esteja sob administração do Governo brasileiro ou de suas entidades; ou
e) designado para compor equipe de apoio às viagens do Presidente ou do
Vice-Presidente da República;

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A indenização de transporte é uma compensação paga ao servidor que,


por opção e condicionada ao interesse da Administração, utilizou meios próprios
de locomoção para execução de serviços externos, por força das atribuições do
cargo, desde que atestados pela chefia imediata.
São considerados serviços externos, para fins de pagamento da
indenização de transporte, aqueles que obriguem o servidor alocado
permanentemente em atividades de fiscalização, inspeção, auditoria, ou em
diligência externa, a se deslocar da repartição pública onde esteja lotado ou
tenha exercício, para desempenhá-las junto a estabelecimentos, firmas,
escritórios ou outras entidades congêneres, localizados na área de jurisdição do
órgão a que pertence.
Para efeito de concessão da indenização de transporte, considerar-se-á
meio próprio de locomoção o veículo automotor particular utilizado a conta e
risco do servidor, não fornecido pela administração e não disponível à
população em geral.
ATENÇÃO: A indenização de transporte não tem qualquer relação com o
famoso “vale-transporte”, pois se trata de uma compensação paga em
dinheiro ao servidor que teve que utilizar o seu próprio veículo.

6.2.1.4. Auxílio-moradia
O auxílio moradia está previsto nos artigos 60-A ao 60-E da Lei 8.112/90
e consiste no ressarcimento das despesas realizadas pelo servidor com
aluguel ou hospedagem em hotel, no prazo máximo de um mês após a
comprovação da despesa.
Será concedido ao servidor que, em razão da investidura em cargo
público, mudar-se do município em que resida para ter exercício em outro
órgão.
O auxílio moradia somente será concedido se atendidos os seguintes
requisitos:
a) Não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;
b) O cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;
c) O servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário
de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de
lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que
antecederem a sua nomeação;

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O artigo 62 da Lei 8.112/90 determina que, ao servidor ocupante de


cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo
de provimento em comissão ou de Natureza Especial, será devida uma
retribuição “extra” pelo seu exercício.
Assim, no caso de exercício de função gratificada, o servidor receberá
todas as vantagens do cargo efetivo que ocupa, acrescidas do valor
correspondente àquele da função de chefia exercida.

7.2. Gratificação natalina


A gratificação natalina equivale ao décimo terceiro salário que é pago aos
trabalhadores regidos pela CLT. Corresponde a 1/12 (um doze avos) da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de
exercício no respectivo ano, sendo que a fração igual ou superior a 15
(quinze) dias será considerada como mês integral.
Caso o servidor entre em exercício no dia 18 de agosto de 2011, por
exemplo, e em dezembro receba uma remuneração de R$ 2.400,00 (dois mil e
quatrocentos reais), deverá receber então uma gratificação natalina
correspondente a 4/12 de R$ 2.400,00, portanto, R$ 800,00 (oitocentos reais).
No citado exemplo, não foi possível computar o mês de agosto no cálculo
da gratificação natalina, pois o servidor trabalhou menos que 15 (quinze) dias
no mês de referência.
O pagamento da Gratificação Natalina dos servidores, inclusive inativos e
pensionistas, geralmente é liberado pela Secretaria do Tesouro Nacional em
duas parcelas, nos meses de junho e dezembro. Entretanto, poderá ser
antecipada em 50% (cinquenta por cento) de seu valor por ocasião do
afastamento decorrente de férias.
O artigo 65 da Lei 8.112/90 estabelece que “o servidor exonerado
perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício,
calculada sobre a remuneração do mês da exoneração”.
O adicional de insalubridade é devido aos servidores que atuam em
atividades que podem implicar riscos à sua saúde, a exemplo daqueles que
operam equipamentos de raio X.
A caracterização da insalubridade será efetivada por meio de avaliação
ambiental do local de trabalho, com expedição de laudo pela autoridade
competente.

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No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou


assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será
considerada no cálculo do adicional. Em caso de parcelamento das férias, o
servidor receberá o adicional de férias quando da utilização do primeiro período.

7.7. Gratificação por encargo de curso ou concurso


A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é uma vantagem devida
ao servidor que, em caráter eventual, atuar, nos termos definidos na Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990, em curso de formação, curso de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído, banca
examinadora ou de comissão para exames orais, concurso público ou exame
vestibular.
Trata-se de uma vantagem através da qual a Administração Pública visa
privilegiar os seus próprios servidores, que também são instrutores ou
professores, quando, em caráter eventual:
1º) atuarem como instrutores em curso de formação, de desenvolvimento
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração
pública federal;
2º) participarem de banca examinadora ou de comissão para exames
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para
elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos
intentados por candidatos;
3º) participarem da logística de preparação e de realização de concurso
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão,
execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem
incluídas entre as suas atribuições permanentes;
4º) participarem da aplicação, fiscalizarem ou avaliarem provas de exame
vestibular ou de concurso público ou supervisionarem essas atividades.
A Gratificação não será devida pela realização de treinamentos em serviço
ou por eventos de disseminação de conteúdos relativos às competências das
unidades organizacionais.
O valor da gratificação será calculado em horas-aula, mas não poderá ser
superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas trabalhadas no exercício,
ressalvadas excepcionalidades, devidamente justificadas e com aprovação
prévia da autoridade máxima do órgão, que poderá autorizar o acréscimo de
até 120 (cento e vinte) horas. Considera-se uma hora-aula o tempo de 45
(quarenta e cinco) minutos.

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O valor a ser pago será definido levando-se em consideração a natureza e


a complexidade da atividade, a formação acadêmica, a experiência comprovada
ou outros critérios estabelecidos pelo órgão ou entidade.
Esta gratificação somente poderá ser paga se as atividades forem
exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular. Se
desempenhadas durante a jornada de trabalho, deverão ser objeto de
compensação de carga horária, no prazo de 01 (um) ano, nos termos do §4º do
art. 98 da Lei nº 8.112/90.
O § 3º do artigo 76-A estabelece que “a Gratificação por Encargo de
Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para
qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria
e das pensões”.
Para fins de recebimento desta gratificação, considera-se como atividade
de instrutoria: ministrar aulas, realizar atividades de coordenação pedagógica e
técnica, elaborar material didático e atuar em atividades similares ou
equivalentes em outros eventos de capacitação, em conformidade com o
Decreto nº 5.707/06, presenciais ou à distância.

8. Férias

As regras sobre aquisição e gozo das férias estão previstas nos artigos 77
a 80 da Lei 8.112/90. Trata-se de um período anual de descanso
remunerado, com duração prevista em lei, que deverá ser gozado em período
que atenda à conveniência administrativa.
Para o primeiro período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de
efetivo exercício, salvo para servidores que trabalhem com Raios X ou
substâncias radioativas, cuja exigência será de 06 (seis) meses de exercício. A
lei afirma ser vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
As férias deverão ser gozadas durante o ano civil, somente podendo ser
acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade de
serviço anteriormente declarada.
O servidor exonerado, aposentado, demitido de cargo efetivo ou
destituído de cargo em comissão, que não tenha usufruído férias, integrais ou
proporcionais, faz jus à indenização do benefício adquirido e não gozado.
Aplicam-se estas disposições ao servidor falecido, sendo o pagamento devido a
seus sucessores.

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As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade


pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou
por motivo de superior interesse público. Nesse caso, o restante do período
interrompido será gozado de uma só vez.
As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública, sendo
que o pagamento será efetuado até 02 (dois) dias antes do início do respectivo
período.
O servidor que se afastar sem remuneração no curso dos primeiros 12
(doze) meses de exercício terá a contagem do interstício suspensa durante esse
período, complementando-a a partir da data do retorno, aproveitando o que
precedeu à concessão da licença.
O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
Os servidores membros de uma mesma família que tenham exercício no
mesmo órgão poderão usufruir férias no mesmo período, desde que assim
requeiram e não haja prejuízo das atividades do órgão. As férias dos servidores
que tenham filhos em idade escolar serão concedidas, preferencialmente, no
período das férias escolares.

9. Licenças

São várias as espécies de licenças que podem ser concedidas aos


servidores públicos federais. As principais estão arroladas no art. 81 da Lei
8.112/1990.
Para responder às questões de prova, é importante ficar atento aos
detalhes específicos de cada uma delas, pois essas informações costumam
freqüentar as provas dessa banca examinadora.
De início, gostaria de chamar a sua atenção para o teor do artigo 82 da
Lei 8.112/1990, que é expresso ao afirmar que “a licença concedida dentro de
60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada
como prorrogação”.
Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período de licença por
motivo de doença em pessoa da família até 10/04/17, e, posteriormente, em
08/06/17 lhe tenha sido concedido outro período de licença, este último não

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9.2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou


companheiro
Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem
remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto
do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo.
Ainda que o servidor esteja em estágio probatório fará jus à licença por
motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, tendo em vista que é dever
do Estado assegurar a convivência familiar. Entretanto, o estágio probatório
ficará suspenso durante a licença e somente será retomado a partir do término
da licença.
Atenção: para que o servidor possa usufruir da licença em questão, não
é necessário que o cônjuge deslocado para outra localidade também seja
servidor público. A licença pode ser concedida, por exemplo, ao servidor público
cujo cônjuge trabalha na iniciativa privada e foi transferido da cidade de Montes
Claros/MG para a cidade de Avaré/SP.
Entretanto, no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro
também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta,
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível
com o seu cargo.
Havendo a possibilidade de o servidor ser lotado provisoriamente em
repartição da Administração Pública Federal, direta, autárquica ou fundacional
na cidade para onde o cônjuge está se deslocando, a licença será remunerada,
pois o servidor prestará serviços na nova repartição, ficando vinculado ao seu
órgão de origem.
Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão federal, o
ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse caso, o órgão de
destino deverá encaminhar mensalmente a frequência do servidor para que seja
efetuado o controle.
No caso de ocorrer lotação provisória do servidor em estágio probatório, a
avaliação de desempenho deverá ser efetuada pelo órgão ou entidade no qual o
servidor estiver em exercício, de acordo com as orientações do seu órgão de
origem.

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Entre as hipóteses legais, podemos citar o afastamento para servir a


outro órgão ou entidade, para exercício de mandato eletivo, para estudo ou
missão no exterior e para participação em programa de pós-graduação stricto
sensu no país

10.1. Afastamento para servir a outro órgão ou entidade


O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em outro
órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios ou em serviço social autônomo instituído pela União que exerça
atividades de cooperação com a administração pública federal. A cessão pode
ocorrer nas seguintes hipóteses:
a) para exercício de cargo em comissão, função de confiança ou, no
caso de serviço social autônomo, para o exercício de cargo de direção
ou de gerência.
b) em casos previstos em leis específicas.
A cessão nada mais é que o afastamento do servidor para ter exercício
em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios ou em serviço social autônomo instituído pela União, a critério do
órgão cedente, sem a vacância do cargo e sem a alteração na sede de
origem.
Pode ocorrer de o servidor ter prestado concurso público para um
determinado órgão (Ministério do Meio Ambiente, por exemplo), sempre ter
trabalhado nesse órgão, mas, posteriormente, ser cedido (“emprestado”) para
trabalhar provisoriamente em órgão ou entidade diversa (IBAMA, por exemplo).
É importante esclarecer que a cessão de servidores pode ocorrer entre
esferas distintas. Assim, a União pode ceder servidores para trabalhar nos
Municípios, Estados e no DF, bem como nas entidades da Administração
Indireta e nos Serviços Sociais Autônomos.
As cessões serão concedidas pelo prazo de até um ano, podendo ser
prorrogadas no interesse dos órgãos ou das entidades cedentes e cessionários.
Quando o servidor público federal for cedido para exercício de cargo em
comissão ou função de confiança em órgãos ou entidades dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios ou para o exercício de cargo de direção ou de
gerência em Serviço Social Autônomo, o ônus da remuneração será do órgão
ou entidade que está recebendo o servidor (entidade cessionária).

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Por outro lado, se o servidor for cedido para outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, ou nas hipóteses previstas em leis específicas, o ônus da
remuneração é do órgão ou entidade cedente (o órgão de origem e lotação do
servidor cedido).
Informação importante e que deve ser sempre lembrada é a de que o
servidor federal, mesmo que cedido para exercício perante um Município, por
exemplo, mantém a sua lotação no órgão de origem. O servidor federal não
passa a ser um “servidor municipal”, pois permanece vinculado e lotado no
órgão de origem, já que a cessão é temporária.
Pergunta: Professor, o inciso II do artigo 93 da Lei 8.112/90 estabelece
que a cessão de servidores poderá ocorrer em casos “previstos em leis
específicas”. É possível fornecer um exemplo para ficar mais fácil o
entendimento?
Claro! A Lei Federal 9.020/95, que dispôs em caráter emergencial e
provisório sobre a implantação da Defensoria Pública da União, é um bom
exemplo. Observe:
“Art. 3º. O Poder Público, por seus órgãos, entes e instituições, poderá,
mediante termo, convênio ou qualquer outro tipo de ajuste, fornecer à
Defensoria Pública da União, gratuitamente, bens e serviços necessários à sua
implantação e ao seu funcionamento.
Parágrafo único. Os serviços a que se refere este artigo compreendem o apoio
técnico e administrativo indispensável ao funcionamento da Defensoria
Pública da União.
Art. 4º. O Defensor Público-Geral da União poderá requisitar servidores de
órgãos e entidades da Administração Federal, assegurados ao requisitado todos
os direitos e vantagens a que faz jus no órgão de origem, inclusive promoção.
Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e cessará até
noventa dias após a constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da
Defensoria Pública da União.”

Pergunta: Professor, a Lei Federal 9.020/95 não se refere


expressamente à cessão, mas sim à requisição. Essas expressões são
sinônimas?
Quase ... A requisição caracteriza-se por ser uma “cessão forçada”,
através da qual uma entidade ou órgão (no caso, a Defensoria Pública da
União) pode requerer, sem possibilidade de negativa por parte do órgão ou
entidade destinatários da requisição, a cessão de servidores.

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a) se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o exercício de


mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-presidente da
República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado Federal,
Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o
exercício do mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo
eletivo exercido;
b) se o servidor for investido no mandato de Prefeito, também será
afastado provisoriamente do cargo, mas, nesse caso, poderá optar pela
remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o
subsídio do cargo eletivo);
c) se o servidor for investido no mandato de vereador, duas são as
hipóteses:
1ª) se houver compatibilidade de horários entre o exercício do mandato
eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo, receberá
a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o
subsídio do cargo eletivo de vereador. Em muitas cidades do interior é
comum essa acumulação, pois, geralmente, as Câmaras Municipais
realizam reuniões no período noturno ou aos fins de semana.
2ª) se não houver compatibilidade de horários, o servidor deverá se
afastar do cargo de provimento efetivo, mas poderá optar pela retribuição
pecuniária que deseja receber: a remuneração do cargo efetivo ou o
subsídio do cargo eletivo.
O servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento,
que se afastar para exercício de mandato eletivo, será dispensado da função,
deixando de receber a respectiva gratificação.
No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em exercício estivesse, sendo que o tempo de
afastamento é considerado como de efetivo exercício para todos os fins, exceto
promoção por merecimento.
Outra importante regra estatutária e que merece destaque é a proibição
de remoção ou redistribuição, de ofício, do servidor investido em mandato
eletivo ou classista para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

10.3. Do afastamento para estudo ou missão no exterior


O artigo 95 da Lei 8.112/1990 estabelece mais uma hipótese de
afastamento do servidor de suas funções, agora de natureza discricionária:
para estudo ou missão no exterior.

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O período de afastamento do servidor para estudo ou missão no exterior


será considerado como de efetivo exercício do cargo e, em alguns órgãos e
entidades públicas federais, poderá ocorrer nas seguintes modalidades:
a) com ônus para a Administração, quando implicarem no direito do servidor a
passagens e diárias, assegurada ainda a remuneração do cargo efetivo ou
função, excluídas as vantagens pecuniárias em razão do exercício no órgão;
b) com ônus limitado para a Administração, quando implicarem direito do
servidor apenas à remuneração do cargo efetivo ou função, excluídas as
vantagens pecuniárias em razão do exercício no órgão;
c) sem ônus para a Administração, quando implicarem perda total da
remuneração do cargo efetivo ou função, e não acarretarem qualquer despesa
para a Administração.

Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor deverá


obter autorização do Presidente da República (quando se tratar de um
servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo
(quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou Presidente do
Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor do Poder
Judiciário Federal).
A ausência do servidor não poderá ser superior a 4 (quatro) anos, e, após
a conclusão da missão ou estudo no exterior, somente poderá gozar de outro
período de ausência se decorrido igual período de efetivo exercício.
Exemplo: Se o servidor ausentou-se do país por 3 (três) anos, ao
retornar, deverá exercer as suas funções perante o cargo público por, pelo
menos, mais 3 (três) anos. Somente após esse período poderá ausentar-se
novamente do país para estudo ou missão no exterior.
Caso o servidor tenha sido beneficiado com o afastamento para estudo ou
missão no exterior, somente poderá ser exonerado ou gozar de licença para
tratar de interesse particular depois de retornar ao país e trabalhar pelo
mesmo período do afastamento.
Trata-se de regra pautada no princípio da moralidade e da eficiência, pois
evita que o servidor, ao retornar ao país com uma melhor qualificação, deixe a
Administração (que muitas vezes assume todos os ônus da viagem) para
prestar serviços na iniciativa privada (que, certamente, irá lhe remunerar
melhor).
Essa regra é ressalvada na hipótese de ressarcimento, pelo servidor, da
despesa havida com seu afastamento, inclusive quanto à sua remuneração.

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IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou


em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
regulamento;
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do
Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento,
conforme dispuser o regulamento;
VIII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em
cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência
ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por
merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
f) por convocação para o serviço militar;
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme
disposto em lei específica;
XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Por outro lado, será computado apenas para efeito de aposentadoria e


disponibilidade:
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito
Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor,
com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze)
meses.

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1º) exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;


2º) ser leal às instituições a que servir;
3º) observar as normas legais e regulamentares;
4º)cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
5º) atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
6º) levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente
para apuração;
7º) zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio
público;
8º) guardar sigilo sobre assunto da repartição;
9º) manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
10º) ser assíduo e pontual ao serviço;
11º) tratar com urbanidade as pessoas;
12º) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
A Lei 8.112/90 não apresenta quais são as penalidades aplicáveis aos
servidores que violarem os deveres funcionais, somente informa que “na
aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais”.
O parágrafo único do artigo 116 estabelece expressamente que, quando o
servidor presenciar ou tiver conhecimento de alguma ilegalidade, omissão ou
abuso de poder, estará obrigado a representar (levar ao conhecimento) perante
a autoridade competente.
O servidor não está obrigado a cumprir ordens manifestamente ilegais.
Pelo contrário, além de ser obrigado a desobedecer à ordem manifestamente
ilegal, ainda deverá representar contra a autoridade que proferiu a ordem.

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Nesse caso, a representação deverá ser encaminhada pela via hierárquica


e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada,
assegurando-se ao representando ampla defesa.

14.2. Proibições e respectivas penalidades


As proibições impostas aos servidores públicos federais estão relacionadas
no artigo 117 da Lei 8.112/90. Contrariamente aos deveres, que se
caracterizam pela subjetividade, as proibições são taxativas e objetivas,
vedando-se, assim, a sua ampliação ou a utilização de interpretações
analógicas ou sistemáticas, em respeito ao princípio da reserva legal.
Além de serem consideradas infrações administrativas, muitas das
condutas relacionadas no artigo 117 também são consideradas infrações
penais, o que ensejará a responsabilização do servidor também na esfera
penal.
Pergunta: Professor, quais são as penalidades que podem ser aplicadas
aos servidores no caso de violação das proibições legais?
Bem, o artigo 127 do Estatuto Federal apresenta um rol de penalidades
que podem ser impostas aos servidores:
a) advertência;
b) suspensão;
c) demissão;
d) cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
e) destituição de cargo em comissão;
f) destituição de função comissionada.

Na aplicação dessas penalidades, sempre deverão ser consideradas a


natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para
o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais (artigo 128).
No caso de infrações administrativas de menor potencial ofensivo para a
Administração (as denominadas “infrações leves”), deverá ser aplicada uma
penalidade mais branda, como é o caso da advertência. Por outro lado, se o
servidor pratica uma infração grave ou gravíssima, capaz de causar sérios
prejuízos à Administração, ser-lhe-á aplicada uma penalidade mais severa, a
exemplo da demissão, que pode ocasionar a sua “expulsão” do serviço público.

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14.2.3. Proibições que podem ensejar a aplicação da penalidade


de demissão, nos casos de infração:
1ª) participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
2ª) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;
3ª) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
4ª) praticar usura sob qualquer de suas formas;
5ª) proceder de forma desidiosa;
6ª) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares.

14.2.4. Proibições que podem ensejar a aplicação da penalidade


de demissão e a incompatibilização do servidor demitido, para nova
investidura em cargo público federal, pelo prazo de 05 (cinco) anos:
1ª) atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
2ª) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública.

14.2.5. Condutas que podem ensejar a demissão ou a destituição


de cargo em comissão e implicar a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível:

a) improbidade administrativa;
b) aplicação irregular de dinheiros públicos;
c) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
d) corrupção.

14.2.6. Condutas que impedem o retorno do servidor público


demitido ao serviço público federal:
a) crime contra a administração pública;

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b) improbidade administrativa;
c) aplicação irregular de dinheiros públicos;
d) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
e) corrupção.

14.3. Penalidades em espécie


O artigo 127 da Lei 8112/90 apresenta um rol de penalidades
disciplinares que podem ser aplicadas ao servidor, a saber: advertência,
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
destituição de cargo em comissão e destituição de função
comissionada.
Conforme afirmado anteriormente, a aplicação de penalidades aos
servidores faltosos está amparada no poder disciplinar e não no poder
hierárquico.
É importante esclarecer que o administrador não possui liberdade para
decidir se vai punir ou não o servidor. Constatada a infração funcional, após
regular processo administrativo e assegurados o contraditório e a ampla defesa,
a punição é obrigatória.
Assim, em relação à obrigatoriedade de aplicação de penalidade, o
exercício do poder disciplinar possui natureza vinculada.
Entretanto, a discricionariedade da Administração fica evidente no
momento da aplicação de uma penalidade de suspensão, pois a lei
simplesmente estabelece que poderá ser aplicada uma penalidade de 01 a 90
dias, deixando ao critério da autoridade, motivadamente, decidir sobre o prazo
mais conveniente.

14.3.1. Advertência
A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de
proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, da Lei 8.112/90, bem
como na inobservância de dever funcional previsto em lei,
regulamentação ou norma interna, desde que não justifique imposição de
penalidade mais grave.
O registro da penalidade de advertência, efetuado no assentamento
funcional do servidor, poderá ser cancelado após o decurso de 03 (três) anos,
desde que o servidor não tenha praticado, nesse período, nova infração
disciplinar.

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prestação de serviços públicos para a coletividade ficará comprometida, pois


restarão apenas 02 (dois) servidores.
Nesses termos, a fim de evitar um prejuízo ainda maior para a
coletividade, fica autorizada a Administração a converter a penalidade de
suspensão em multa de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou
remuneração.
É importante esclarecer que o servidor não possui direito subjetivo à
conversão da penalidade de suspensão em multa, pois essa prerrogativa é
exclusiva da Administração.
A penalidade de suspensão terá seu registro cancelado após o decurso de
05 (cinco) anos, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar. Da mesma forma que ocorre em relação à advertência, o
cancelamento da penalidade não produzirá efeitos retroativos.
Também será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor
que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica
determinada pela autoridade competente. Entretanto, caso cumprida a
determinação da autoridade, cessarão imediatamente os efeitos da penalidade.

14.3.3. Demissão
A demissão é a mais severa espécie de penalidade a que pode se
submetido o servidor público que exerça cargo de provimento efetivo.
Assim, somente as condutas previstas de forma taxativa no texto legal
podem respaldar sua imposição.
Caso a conduta praticada pelo servidor público não esteja tipificada na Lei
8.112/90 como passível de demissão, esta não pode ocorrer.
São condutas que podem ensejar a imposição da penalidade de demissão:
1ª) crime contra a administração pública;
2ª) abandono de cargo;
3ª) inassiduidade habitual;
4ª) improbidade administrativa;
5ª) incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
6ª) insubordinação grave em serviço;
7ª) ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;

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8ª) aplicação irregular de dinheiros públicos;


9ª) revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
10) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
11) corrupção;
12) acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
13) transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117, relacionados
anteriormente.

ATENÇÃO: Se as condutas acima foram praticadas por um servidor que


atualmente está inativo (aposentado ou em disponibilidade), por óbvio, não
será possível demiti-lo. Entretanto, determina o artigo 134 da Lei 8.112/90 que
seja cassada a sua aposentadoria ou a disponibilidade, se for o caso.
É importante destacar que a aposentadoria do servidor que praticou
infrações funcionais puníveis com a demissão, durante o período em que estava
na ativa, não o isenta de responder a um processo administrativo e, se for o
caso, de punição.
Como não é possível aplicar a penalidade de demissão a esses servidores
inativos, aplicar-se-ão as penalidades de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, que produzem os mesmos efeitos da demissão: o rompimento
do vínculo entre servidor e Administração.
O artigo 137 do Estatuto, em seu parágrafo único, estabelece que o
servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão pela prática das
infrações abaixo relacionadas, não poderá mais retornar ao serviço público
federal:
a) crime contra a administração pública;
b) improbidade administrativa;
c) aplicação irregular de dinheiros públicos;
d) lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
e) corrupção;

Apesar de constar expressamente no texto legal, é importante destacar


que tal imposição vai de encontro ao dispositivo constitucional que veda a
adoção de penas de caráter perpétuo no Brasil (inciso XLVII do artigo 5º da
CF/88).

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1ª) Notificação do servidor público, por intermédio de sua chefia imediata,


para apresentar opção por um dos cargos ou emprego público acumulados
ilicitamente, no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência;
2ª) Caso o servidor se omita, não escolhendo qual o único cargo ou
emprego deseja continuar exercendo, no prazo de dez dias, será instaurado
procedimento administrativo sumário para a apuração e regularização imediata
da acumulação ilícita;
3ª) A comissão responsável pelo processo administrativo sumário será
composta por dois servidores estáveis, que deverão conduzir o processo em
conformidade com as seguintes fases:
a) instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão,
indicando-se a autoria (nome a matrícula do servidor) e a
materialidade da transgressão objeto da apuração (descrição dos
cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal,
dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário
de trabalho e do correspondente regime jurídico).
b) instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;
c) julgamento.
4ª) A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a
constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações
relativas à autoria e à materialidade, bem como promoverá a citação pessoal do
servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de
cinco dias, apresentar defesa escrita, sendo-lhe assegurado vista do processo
na repartição;
5ª) Caso o servidor, dentro do prazo de cinco dias oferecido para a
defesa, opte por apenas um dos cargos ou emprego público, ficará configurada
sua boa-fé, convertendo-se a opção em pedido de exoneração do outro cargo
ou emprego. Nesse caso, ocorrerá o arquivamento do processo administrativo e
não será aplicada nenhuma penalidade ao servidor;
6ª) Por outro lado, caso não seja feita a opção, assim que for apresentada
a defesa, a comissão elaborará um relatório conclusivo quanto à inocência ou
à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos,
opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo
dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para
julgamento;

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7ª) De posse do processo administrativo, a autoridade julgadora proferirá


a sua decisão no prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo.
Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, a competência será do Presidente da República, dos Presidentes
das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e do Procurador-Geral
da República, conforme o caso;
8ª) Se ficar caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-
se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em
regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de
vinculação serão comunicados.
O § 7º do artigo 133 da Lei 8.112/90 estabelece que o prazo para a
conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário
não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir
a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as
circunstâncias o exigirem.

14.4. Aplicação de penalidades e prescrição


O artigo 141 da Lei 8.112/90 estabelece que as penalidades disciplinares
serão aplicadas:
a) pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República,
quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou
disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou
entidade;
b) pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior
àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão
superior a 30 (trinta) dias;
c) pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão
de até 30 (trinta) dias;
d) pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de
destituição de cargo em comissão.
Em respeito ao princípio da segurança jurídica, o artigo 142 do Estatuto
Federal estabelece que a ação disciplinar prescreverá:

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a) em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,


cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em
comissão;
b) em 02 (dois) anos, quanto à suspensão;
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
ATENÇÃO: Lembre-se sempre de que o prazo de prescrição começa a
correr da data em que o fato se tornou conhecido e não da data que a
infração foi praticada.
Assim, caso o servidor tenha praticado uma infração administrativa em
02/03/05, mas, somente em 04/05/09 essa infração tenha se tornado
conhecida pela autoridade administrativa, é a partir da última data que começa
a correr o prazo prescricional.
Essa regra somente não será aplicada às infrações administrativas que
também sejam tipificadas como crime, como ocorre com a corrupção, por
exemplo. Nesse caso, como a corrupção, além de ser considerada uma
infração administrativa, também é considerada crime, deverá ser aplicado o
prazo prescricional previsto na legislação penal.
É importante destacar que a legislação penal estabelece, como regra
geral, que a prescrição começa a ser computada a partir da data em que o fato
aconteceu e não da data em que se tornou conhecido.
A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente. Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a
partir do dia em que cessar a interrupção.

14.5. Responsabilidades do servidor


O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições. Assim, pela prática de uma única
infração, será possível que responda a um processo na esfera penal, um
processo na esfera cível e, ainda, um processo na esfera administrativa.
Não há vinculação entre essas esferas, portanto, as sanções provenientes
de cada uma delas poderão cumular-se sem que se caracterize um bis in idem,
já que são esferas distintas.
Exemplo: Suponhamos que um agente da Polícia Federal, no exercício
das suas funções, de forma arbitrária e ilegal, tenha agredido e causado lesões
a um particular.

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Apesar do Estatuto dos Servidores Públicos Federais fazer referência


expressa à sindicância, destaca-se que a mesma não foi detalhada em seu
texto, o que leva a doutrina a concluir que o procedimento a ser adotado para a
sua instituição e funcionamento será o mesmo previsto para o processo
disciplinar.
Em termos gerais, constata-se que a sindicância será instaurada para a
apuração de infrações administrativas “menos graves”, que possam culminar na
aplicação de penalidades “mais brandas”: advertência ou suspensão de até
trinta dias.
Caso a apuração realizada através de sindicância conclua que a infração
administrativa praticada pelo servidor público enseja a aplicação de penalidade
mais grave (demissão, suspensão por mais de trinta dias, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão) deverá
ser instaurado, obrigatoriamente, processo disciplinar.
Da sindicância poderá resultar: o arquivamento do processo; a aplicação
de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; ou, ainda, a
instauração de processo disciplinar. Na hipótese de o relatório da sindicância
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade
competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.
O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias,
podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

15.2. Do Processo Disciplinar


O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três
servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o
disposto no § 3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Não há necessidade de que todos os membros da comissão sejam
titulares de cargos efetivos, sendo suficiente que gozem de estabilidade (é
possível encontrar servidores públicos que sejam estáveis, mas, na prática, não
ocupam cargos efetivos, nos termos do art. 19 do ADCT da Constituição
Federal). De outro lado, o dispositivo legal é expresso ao exigir que o
Presidente da comissão seja estável e titular de cargo efetivo.

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A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu


presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros.
As reuniões e as audiências das comissões terão caráter reservado.
Entretanto, as respectivas reuniões serão registradas em atas que deverão
detalhar as deliberações adotadas. Sempre que necessário, a comissão
dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.
Serão assegurados transporte e diárias:
I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua
repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;
II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se
deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao
esclarecimento dos fatos.

15.2.1. Fases do processo disciplinar


O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e
relatório;
III - julgamento.

15.2.1.1. Da instauração
O processo administrativo disciplinar tem início com a sua respectiva
instauração, que ocorre mediante a publicação de portaria especifica
editada pela autoridade competente. Não há necessidade de publicação desse
ato administrativo no Diário Oficial, sendo suficiente que seja divulgado através
de boletim de pessoal (boletim interno de serviço, que circula no âmbito do
órgão ou entidade responsável pela instauração).
No julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 25.105/DF, de
relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que “não se exige, na portaria de instauração de

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O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo (lançado no


“papel”), não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito apenas para uma
“leitura” perante os membros da comissão.
As testemunhas serão inquiridas separadamente e, na hipótese de
depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à
acareação entre os depoentes, colocando-os frente a frente com o objetivo de
esclarecer a realidade dos fatos.
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o
interrogatório do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157
e 158 da Lei 8.112/1990. No caso de mais de um acusado, cada um deles
será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações
sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à
inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do
presidente da comissão.
Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta
médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. Nesse caso,
o incidente de sanidade mental será processado em auto apartado (separado)
e apenso (anexo) ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
Enquanto o incidente de sanidade mental não for decidido pela autoridade
competente ficará suspensa a tramitação do processo principal, sendo possível
apenas a prática de atos que independem do resultado da avaliação médica e
aqueles que podem ser prejudicados pelo adiamento.
Se a junta médica oficial atestar a capacidade psíquica do servidor
tanto no momento da prática do fato quanto no período em que está sendo
processado, o processo administrativo seguirá normalmente. De outro lado, se
for atestada a incapacidade mental do servidor, a comissão deverá remeter o
processo para a autoridade competente, sugerindo o seu arquivamento em
relação à infração administrativa cometida.
Superado o incidente de insanidade mental e realizadas todas as
diligências necessárias ao esclarecimento da eventual infração disciplinar, será
formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele
imputados e das respectivas provas, caso a comissão entenda que tenha sido
configurada a prática de falta administrativa.

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15.3. Da Revisão do Processo


O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de
justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Em
caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer
pessoa da família poderá requerer a revisão do processo.
No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo
respectivo curador.
No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. Nesse caso,
deve ficar claro que a simples alegação de injustiça da penalidade não
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não
apreciados no processo originário.
O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de
Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o
pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo
disciplinar. Deferida a petição, a autoridade competente providenciará a
constituição de comissão, na forma do art. 149 da Lei 8.112/1990.
A revisão correrá em apenso ao processo originário e, na petição inicial, o
requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que arrolar.
A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos
trabalhos, aos quais serão aplicados, no que couber, as normas e
procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.

Para responder às questões de prova: o julgamento do pedido de revisão


caberá à mesma autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 141
da Lei 8.112/1990.

O prazo para julgamento do pedido de revisão será de 20 (vinte) dias,


contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora
poderá determinar diligências.
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à
destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.
Ao responder as questões de prova, tenha muito cuidado para não
confundir “recurso administrativo” com “pedido de revisão”.

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O recurso administrativo é utilizado pelo interessado para rediscutir uma


decisão que acabou de ser proferida. Neste caso, tudo o que consta no
processo administrativo será reanalisado por um órgão superior, que poderá
decidir de forma diferente, mesmo que prejudicando ainda mais o recorrente
(reformatio in pejus).
Por outro lado, o pedido de revisão ocorre, em regra, após a decisão já
ter sido proferida e o recurso administrativo decido. Trata-se de um
instrumento que viabiliza a “reabertura” do processo administrativo, pois ocorre
uma reapreciação total, agora com base em fatos novos ou circunstâncias
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Ao contrário do que ocorre na decisão de recurso administrativo, na
revisão do processo administrativo não poderá resultar agravamento da
sanção (reformatio in pejus).

16. Da seguridade social do servidor


A União, expressão que inclui todos os órgãos da Administração Pública
Federal (a exemplo dos Ministérios), manterá Plano de Seguridade Social para o
servidor e sua família.
O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja,
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração
pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do
Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde. Nesse caso,
será contribuinte do regime geral de previdência social – RGPS.
O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à
remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual
o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere (ONU, por exemplo),
ainda que contribua para regime de previdência social no exterior, terá
suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do
Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes
assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência.
Perceba que nesse caso o servidor não será excluído do Plano de
Seguridade, mas apenas suspenso. Será assegurado ao servidor licenciado ou
afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de
Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da
respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em
atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no
exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as
vantagens pessoais.

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Para se manter vinculado ao Plano de Seguridade o servidor deverá fazer o


recolhimento do valor correspondente à sua contribuição até o segundo dia
útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores integrantes do
quadro ao qual faz parte, aplicando-se os procedimentos de cobrança e
execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de
vencimento.
O art. 184 da Lei 8.112/90 é expresso ao afirmar que o Plano de
Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que
atendam às seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez,
velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde.

Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:


I - quanto ao servidor:

a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço;
g) assistência à saúde;
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho
satisfatórias;

II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral;
c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.

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Dispõe o art. 190 da Lei 8.112/90 que o servidor aposentado com provento
proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias
especificadas no § 1o do art. 186 e, por esse motivo, for considerado inválido
por junta médica oficial passará a perceber provento integral, calculado com
base no fundamento legal de concessão da aposentadoria.
Por sua vez, quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não
será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade.
Deve ficar claro que, a critério da Administração, o servidor em licença
para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convocado
a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram o
afastamento ou a aposentadoria. Se ficar constatado o restabelecimento das
condições de trabalho o servidor retornará à ativa.
Por sua vez, o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e
a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação
da licença.

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de serviço.
A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com
vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-
limite de permanência no serviço ativo.

III - voluntariamente:
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta)
se mulher, com proventos integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério
se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com proventos integrais;
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco)
se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60
(sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

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apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao


contraditório e à ampla defesa.

Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor,


nos seguintes casos previstos no art. 221:
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não
caracterizado como em serviço;
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em
missão de segurança.
A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária,
conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o
eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será
automaticamente cancelado.

Acarreta perda da qualidade de beneficiário:


I - o seu falecimento;
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão
da pensão ao cônjuge;

III - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido, o


afastamento da deficiência, em se tratando de beneficiário com deficiência, ou o
levantamento da interdição, em se tratando de beneficiário com deficiência
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz,
respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “a” e “b”
do inciso VII;
IV - o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou irmão;
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;
VI - a renúncia expressa; e
VII - em relação aos beneficiários de que tratam os incisos I a III
do caput do art. 217:
a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor
tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união
estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do
servidor;

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implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será


prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou
entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou
contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor
despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas
com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida
em regulamento.
Nas hipóteses previstas na Lei 8.112/90 em que seja exigida perícia,
avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial,
para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente,
convênio com unidades de atendimento do sistema público de saúde, entidades
sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS.
Na impossibilidade, devidamente justificada, o órgão ou entidade
promoverá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que
constituirá junta médica especificamente para esses fins, indicando os nomes e
especialidades dos seus integrantes, com a comprovação de suas habilitações e
de que não estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade
fiscalizadora da profissão.
A fim de implementar a assistência à saúde do servidor, ficam a
União e suas entidades autárquicas e fundacionais autorizadas
a:
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de
assistência à saúde para os seus servidores ou empregados ativos,
aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares
definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de
instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados até 12 de fevereiro
de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador,
sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão
sê-lo na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de autogestões, a
ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta)
dias da vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios
existentes até 12 de fevereiro de 2006.
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de
junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde
que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador.
O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo servidor ou
pensionista civil com plano ou seguro privado de assistência à saúde.

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A Portaria nº 8/2016, do MPOG, definiu os valores per capita conforme


faixas de renda e de idade relativos à participação da União no custeio da
assistência à saúde suplementar dos servidores ativos, aposentados e
dependentes (plano de saúde). O atual valor per capita médio passou de R$
117,78 para R$ 145,00.

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RESUMO DE VÉSPERA DE PROVA - RVP

1. Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público, seja ele


de provimento efetivo ou em comissão.
2. É possível a prestação de serviços gratuitos, desde que exista
previsão legal.
3. Os portugueses equiparados aos brasileiros naturalizados também
podem ocupar cargos públicos no Brasil.
4. Os requisitos básicos para investidura em cargo público somente
devem ser comprovados no ato da posse.
5. Atualmente, voltou a vigorar a obrigatoriedade de adoção de regime
jurídico único para os servidores da Administração Pública brasileira.
6. Regime estatutário é o conjunto de regras previstas em lei e
responsável por disciplinar a relação jurídica entre os servidores
públicos e a Administração direta, autárquica e fundacional de Direito
Público, em todos os entes federativos.
7. Regime celetista é aquele amparado pela Consolidação das Leis do
Trabalho (Decreto-Lei nº. 5.542/43). O regime celetista (que ainda
pode ser chamado de trabalhista ou de emprego) também pode ser
aplicado no âmbito da Administração Pública brasileira.
8. Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia
mista sempre são regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas –
CLT.
9. Nos termos do inciso IX, artigo 37, da CF/88 “a lei estabelecerá os
casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público”.
10. Para ocupar cargo de provimento efetivo regido pela Lei nº
8.112∕1990, torna-se imprescindível que o interessado seja aprovado
em concurso público de provas ou de provas e títulos, que poderá ser
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento
do respectivo plano de carreira.

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11. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser
prorrogado uma única vez, por igual período.
12. O percentual de reserva de vagas para os portadores de deficiência
nos concursos públicos federais é de até 20% (vinte por cento).
13. A nomeação é a única forma de provimento originário existente.
Todas as demais formas de provimento são consideradas derivadas.
14. O provimento em cargos de confiança (também chamados de
cargos em comissão) não exige prévia aprovação em concurso público.
15. O candidato aprovado dentro do número de vagas oferecidas pelo
concurso público deve ser obrigatoriamente nomeado pela
Administração Pública durante o prazo de validade do certame.
16. A posse ocorrerá no prazo improrrogável de até 30 (trinta) dias
contados da publicação do ato de nomeação.
17. É através da posse que ocorre a investidura do servidor no cargo
público
18. Depois de tomar posse no cargo público efetivo, o servidor terá o
prazo de até 15 dias para entrar em exercício (começar a trabalhar).
19. Não existe posse nos atos derivados de provimento, a exemplo da
promoção, readaptação, reintegração etc.
20. A promoção pode ser definida como a forma de provimento
derivado pela qual o servidor, ocupante de cargo público em um nível
ou classe específica, é provido em cargo de nível ou classe superior,
integrante da mesma carreira.
21. A readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental, sempre comprovada em inspeção
médica.
22. A reversão pode ser definida como o retorno à atividade de servidor
que já se encontrava aposentado, podendo ocorrer de ofício ou a
pedido.
23. Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se
estivesse trabalhando.

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24. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente


ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório em outro
cargo federal; desistência de exercício em cargo federal no período do
estágio probatório; ou reintegração do anterior ocupante.
25. Aproveitamento é o retorno à atividade de servidor que estava em
disponibilidade para provimento em cargo com vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado, desde que exista vaga no
órgão ou entidade administrativa.
26. No âmbito federal, o prazo do estágio probatório é de 36 meses (ou
três anos), isto é, o mesmo prazo necessário para que o servidor
adquira a estabilidade.
27. Durante o período do estágio probatório, o servidor poderá gozar de
várias espécies de licenças e afastamentos previstos na Lei
8.112/1990.
28. A estabilidade pode ser entendida como a garantia de permanência
no serviço público do servidor aprovado em concurso público e
nomeado para o exercício de cargo de provimento efetivo.
29. A exoneração (simples desligamento do servidor dos quadros da
Administração) não pode ser confundida com a demissão (esta possui
caráter punitivo).
30. Remoção e redistribuição não são formas de provimento de cargos
públicos.
31. O servidor que é designado para substituir ocupante de cargo ou
função de confiança tem direito ao recebimento da remuneração
correspondente, ainda que por prazo inferior a 30 (trinta) dias.
32. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
33. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro
órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão
central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da União).
34. Vencimento é o valor básico que o servidor recebe pelo exercício
das atribuições do cargo público.
35. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

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36. Nenhum desconto incidirá sobre o vencimento, remuneração ou


provento (valor recebido pelo aposentado) do servidor, salvo por
imposição legal (a exemplo da retenção do imposto de renda na fonte)
ou mandado judicial (pagamento de pensão alimentícia, por exemplo).
37. As indenizações têm por objetivo restituir o servidor público de
eventuais despesas surgidas no exercício das funções inerentes ao
cargo público que ocupa e que foram pagas com recursos próprios.
Desse modo, não se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
38. As diárias podem ser definidas como uma indenização a que faz jus
o servidor quando a serviço se afastar da sede, em caráter eventual ou
transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior.
39. O auxílio moradia está previsto nos artigos 60-A ao 60-E da Lei
8.112/90 e consiste no ressarcimento das despesas realizadas pelo
servidor com aluguel ou hospedagem em hotel, no prazo máximo de um
mês após a comprovação da despesa.
40. O artigo 61 da Lei 8.112/90 estabelece um rol de gratificações e
adicionais que podem ser pagos aos servidores públicos. Entretanto, é
importante esclarecer que o rol é apenas exemplificativo, pois os
servidores poderão receber outros adicionais ou gratificações previstas
em outras leis.
41. As férias deverão ser gozadas durante o ano civil, somente podendo
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de
necessidade de serviço anteriormente declarada.
42. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de
outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.
43. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem
remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para
outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício de
mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
44. Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão federal,
o ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse caso, o
órgão de destino deverá encaminhar mensalmente a frequência do
servidor para que seja efetuado o controle.
45. O artigo 85 da Lei 8.112/1990 assegura ao servidor público federal
o direito à licença em decorrência de convocação para o serviço militar

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obrigatório, período que será considerado como de efetivo exercício e


contado para todos os fins.
46. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia,
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.
47. Licença para Capacitação é o afastamento concedido ao servidor, a
cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício no Serviço Público Federal,
para participar de curso de capacitação profissional, por até 03 (três)
meses, sem perda da remuneração.

48. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor


ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três
anos consecutivos, sem remuneração.
49. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para
o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de
classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por
servidores públicos para prestar serviços a seus membros;
50. Licença para tratamento da própria saúde é a licença concedida ao
servidor para tratamento de sua saúde, a pedido ou de ofício, mediante
perícia médica, sem prejuízo da remuneração.
51. O artigo 207 da Lei 8.112/1990, amparado pelo inciso XVIII, artigo
7º, da CF/1988, estabelece que “será concedida licença à servidora
gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração”. Ao servidor também é assegurada legalmente a licença-
paternidade pelo nascimento ou adoção de filhos, pelo prazo de 05
(cinco) dias consecutivos.
52. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado
em serviço.
53. O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do
Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: para
exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em casos
previstos em leis específicas.

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54. Após o término do gozo de licença para atividade política


(remunerada por até 3 meses) com o objetivo de disputar mandato
eletivo, se eleito, o servidor terá que se afastar provisoriamente do
cargo efetivo para o exercício do cargo eletivo. Essa regra somente não
se aplica quando o servidor tiver sido eleito para o cargo de vereador e
existir compatibilidade de horários para o exercício de ambas as
funções.
55. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor
deverá obter autorização do Presidente da República (quando se tratar
de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou
Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um
servidor do Poder Judiciário Federal).
56. Os servidores beneficiados pelos afastamentos para participação
em programa de pós-graduação stricto sensu terão que permanecer no
exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao
do afastamento concedido. Somente após esse período será possível a
solicitação de exoneração do cargo ou aposentadoria, exceto se for
efetuado o ressarcimento aos cofres públicos de todas as despesas
custeadas pela Administração no período, incluindo a remuneração do
servidor;
57. Horário Especial é uma concessão que permite ao servidor
estudante, matriculado em cursos regulares de ensino fundamental,
médio, superior e pós-graduação presencial, prestar serviço em horário
diferenciado quando ficar comprovada a incompatibilidade entre o
horário escolar e o da repartição.
58. Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência,
quando comprovada a necessidade por junta médica oficial,
independentemente de compensação de horário.
59. O art. 99 da Lei 8.112/1990 dispõe que ao servidor estudante que
mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na
localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em
instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
60. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou
entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município,
autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa
pública.

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61. A Lei 8.112/90 não apresenta quais são as penalidades aplicáveis


aos servidores que violarem os deveres funcionais, somente informa
que “na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o
serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais”.
62. O servidor não está obrigado a cumprir ordens manifestamente
ilegais. Pelo contrário, além de ser obrigado a desobedecer à ordem
manifestamente ilegal, ainda deverá representar contra a autoridade
que proferiu a ordem.
63. Na aplicação de penalidades, sempre deverão ser consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais.
64. O artigo 127 da Lei 8112/90 apresenta um rol de penalidades
disciplinares que podem ser aplicadas ao servidor, a saber: advertência,
suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade,
destituição de cargo em comissão e destituição de função
comissionada.
65. O registro da penalidade de advertência, efetuado no assentamento
funcional do servidor, poderá ser cancelado após o decurso de 03 (três)
anos, desde que o servidor não tenha praticado, nesse período, nova
infração disciplinar.
66. A multa não é uma espécie autônoma de penalidade. Somente
quando for conveniente para o serviço público, a Administração poderá
converter a penalidade de suspensão em multa de 50% (cinquenta por
cento) por dia de vencimento ou remuneração.
67. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo
exceder de 90 (noventa) dias.
68. A penalidade de suspensão terá seu registro cancelado após o
decurso de 05 (cinco) anos, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar. Da mesma forma que ocorre em
relação à advertência, o cancelamento da penalidade não produzirá
efeitos retroativos.
69. A demissão é a mais severa espécie de penalidade a que pode ser
submetido o servidor público que exerça cargo de provimento efetivo.

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Assim, somente as condutas previstas de forma taxativa no texto legal


podem respaldar sua imposição.
70. O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições. Assim, pela prática de uma
única infração, será possível que responda a um processo na esfera
penal, um processo na esfera cível e, ainda, um processo na esfera
administrativa.
71. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou
processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla
defesa. Não se trata de uma faculdade assegurada à autoridade pública,
mas sim de um dever imposto diretamente pela lei.
72. Em respeito ao princípio da segurança jurídica, o artigo 142 do
Estatuto Federal estabelece que a ação disciplinar prescreverá:
a) em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
b) em 02 (dois) anos, quanto à suspensão;
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
73. O servidor será aposentado:
a) por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na
forma da lei;
b) compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição;
c) voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos
de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes
condições:
- Aposentadoria de acordo com as regras normais: sessenta anos
de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco
anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
- Aposentadoria proporcional: sessenta e cinco anos de idade, se
homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição.

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74. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por


dependente econômico.
75. Por morte do servidor, os dependentes, nas hipóteses legais, fazem
jus à pensão a partir da data de óbito, observado o teto remuneratório
da Administração Pública e o limite estabelecido no art. 2º da Lei no
10.887/2004.
76. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade
ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou
provento. No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago
somente em razão do cargo de maior remuneração.
77. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos
seguintes valores:
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão,
em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente,
enquanto perdurar a prisão. Nesses casos o servidor terá direito à
integralização da remuneração, desde que absolvido posteriormente.
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda
de cargo.

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES COMENTADAS – ESAF

01. (ESAF∕Analista Técnico-Administrativo – Min. Turismo∕2014) A


Constituição Federal traz vários mandamentos referentes aos
servidores públicos. Desse modo, assinale a opção correta.
a) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação
sindical.
b) O ocupante de cargo público efetivo tem direito ao fundo de garantia
por tempo de serviço.
c) São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
d) Os estrangeiros nunca podem assumir cargos públicos.
e) Não há previsão de que o servidor público goze de licença
paternidade.
Comentários
a) Todos os servidores públicos civis possuem direito à livre associação
sindical, nos termos do art. 37, VI, da CF∕1988. Entretanto, lembre-se sempre
de que esse direito é expressamente vedado aos militares, conforme dispõe o
art. 142, IV, da CF∕1988. Assertiva correta.
b) Dentre os direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais, previstos
no art. 7º da CF∕1988, somente aqueles que estão arrolados expressamente no
art. 39, § 3º, também são assegurados aos servidores públicos. Assim, o
ocupante de cargo público efetivo não tem direito ao fundo de garantia por
tempo de serviço, já que tal direito não está previsto no art. 39, § 3º, da
CF∕1988. Assertiva incorreta.
c) O art. 41 da CF∕1988 dispõe que “são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
de concurso público”. Assertiva incorreta.
d) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na
forma da lei. Atualmente, prevê o art. 5º, § 3º, da Lei nº 8.112∕1990, que as
universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros,
de acordo com as normas e os procedimentos previstos em seu texto. Assertiva
incorreta.
e) O art. 10, § 1º, do ADCT da CF∕1988, dispõe que atualmente o prazo
licença-paternidade é de 5 (cinco) dias. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra a.

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02. (ESAF∕Analista Técnico-Administrativo – Min. Turismo∕2014) A Lei


n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e
fundações públicas federais, trata de muitas questões relacionadas com
os servidores que estejam em estágio probatório. Consoante as
disposições previstas no referido diploma legal, assinale a opção
incorreta.
a) O servidor em estágio probatório pode exercer cargo de provimento
em comissão.
b) O servidor em estágio probatório pode ser cedido para ocupar
qualquer espécie de cargo em comissão no órgão/entidade cedido.
c) O servidor em estágio probatório pode ser afastado para participar
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro
cargo na Administração Pública Federal.
d) Pode ser concedida licença ao servidor em estágio probatório por
motivo de doença em pessoa da família.
e) Pode ser concedida licença ao servidor em estágio probatório para
que este preste o serviço militar.

Comentários
Durante o período de estágio probatório, o servidor poderá exercer
quaisquer cargos de provimento em comissão ou função de direção, chefia ou
assessoramento na entidade ou órgão a que pertencer. Contudo, somente
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de
natureza especial, cargos de provimento em comissão do grupo-direção e
assessoramento superiores (DAS) de níveis 6, 5 e 4 (ou equivalentes).
Ademais, também poderá usufruir das seguintes licenças e
afastamentos, ainda que durante o período do estágio probatório: a) licença
por motivo de doença em pessoa da família; b) licença por motivo de
afastamento do cônjuge ou companheiro; c) licença para o serviço militar;
d) licença para atividade política; e) afastamento para o exercício de mandato
eletivo; f) afastamento para estudo ou missão no exterior; g) afastamento
para participar de curso de formação decorrente de aprovação em
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.
Gabarito: Letra b.

03. (ESAF∕EPP – MPOG∕2013) Assinale a afirmativa correta.

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a) O denominado agente temporário é um prestador de serviço, e nessa


qualidade exerce atribuições públicas sem ocupar cargo ou emprego
público.
b) A contratação para emprego público dispensa a realização de
concurso público.
c) Dirigentes de empresas estatais possuem relação de Direito Privado
com a estatal, mas são empregados e, portanto, regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
d) Atualmente servidores públicos podem ser contratados para ocupar
cargos públicos mediante o regime da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.
e) Apesar de se caracterizar como atividade típica de Estado, o
exercício do poder de polícia permite que seus agentes sejam
submetidos ao regime de contratação da CLT.

Comentários
a) Agente temporário é aquele que exerce atribuições públicas sem ter sido
aprovado em concurso público para ocupar cargo ou emprego público. É o que
ocorre, por exemplo, quando o Município X decide contratar médico
especialista, durante 6 (seis) meses, para substituir médica servidora que se
licenciou em virtude de licença-maternidade. Nesse caso, o médico contratado
temporariamente exercerá apenas uma função pública, pois não é titular de
cargo ou emprego público. Assertiva correta.
b) A CF∕1988, no art. 37, II, dispõe que “a investidura em cargo ou emprego
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”. Assertiva
incorreta.
c) José dos Santos Carvalho afirma que “em geral, os cargos de presidente ou
de direção das entidades correspondem a funções de confiança e são
preenchidas a critério da autoridade competente da Administração Direta. Ainda
assim, os escolhidos pertencerão ao quadro da empresa e, mesmo que
temporário o exercício de suas funções, serão eles também regidos pelo regime
trabalhista”. Assertiva incorreta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que servidores
públicos ocupam cargos públicos, regidos por estatuto funcional próprio. De
outro lado, empregados públicos são titulares de empregos públicos,
regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. Assertiva incorreta.

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e) Em regra, entende a doutrina majoritária que o poder de polícia deve ser


exercido por agente público vinculado ao Estado através de regime jurídico
estatutário. Todavia, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento de
que, nos termos do artigo 280, § 4º, do Código de Trânsito, “o agente da
autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser
servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela
autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência
(REsp 712.312∕DF)”.
Como a questão foi elaborada de forma muito genérica, foram propostos
diversos recursos com a finalidade de anular a questão, porém, a banca
manteve o gabarito original, considerando o enunciado incorreto.
Gabarito: Letra a.

04. (ESAF∕PECFAZ – Ministério da Fazenda∕2013) Assinale a opção


incorreta.
a) Os ocupantes de cargos comissionados e os agentes administrativos
temporários não podem adquirir estabilidade no serviço público, uma
vez que tal instituto é reservado aos ocupantes de cargo efetivo, desde
que cumpram os requisitos constitucionais.
b) O servidor público estável poderá perder o cargo por meio de
sentença judicial transitada em julgado e, assegurada a ampla defesa,
por meio de processo administrativo disciplinar ou por meio de
procedimento de avaliação periódica de desempenho.
c) A reintegração é forma de provimento em cargo público decorrente
do retorno de servidor público estável que tenha sido demitido, em face
de decisão que anule tal demissão.
d) A acumulação de cargos públicos, permitida quando houver
compatibilidade de horários e quando se tratar de uma das hipóteses
taxativamente enumeradas na Constituição Federal, deve respeitar, no
tocante à remuneração dos cargos acumulados, o teto constitucional.
e) Aos servidores ocupantes de cargo público é assegurado o direito ao
adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei.
Comentários
a) O art. 41 da CF∕1988 dispõe que “são estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público”. Ademais, dispõe o § 4º do mesmo artigo que
“como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade”. Assertiva
correta.

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b) Além das três hipóteses arroladas no texto do enunciado, destaca-se que o


servidor público estável também pode perder o cargo público em decorrência de
contenção de despesas, por parte do Ente Estatal, para cumprimento dos
limites de gastos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (art. 169,
CF∕1988). Todavia, como a banca não utilizou as expressões “somente” ou
“apenas” para restringir as hipóteses de perda do cargo público às que foram
apresentadas, o enunciado deve ser considerado correto.
c) A reintegração está prevista no art. 41, § 2º, da CF∕1988, ao dispor que
“invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço”. Assertiva
correta.
d) As hipóteses autorizadas de acumulação de cargos e empregos públicos
estão previstas expressamente no art. 37, XVI, da CF∕1988. Todavia, em
qualquer hipótese, deve sempre ser respeitado o teto constitucional, que
corresponde ao subsídio recebido por Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Assertiva correta.
e) O art. 7º, XXIII, da CF∕1988, afirma que são direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social,
“adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei”. Todavia, não se pode afirmar que esse direito constitucional
também seja assegurado aos servidores públicos, pois não consta
expressamente no art. 39, § 3º, da CF∕1988. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra e.

05. (ESAF∕Assistente Técnico-Administrativo – MF∕2013) Assinale a


opção incorreta acerca da remoção.
a) Pode implicar, ou não, mudança na cidade de exercício.
b) Pode ocorrer de ofício, ou a pedido.
c) Não existe remoção de ofício independentemente do interesse da
administração para o acompanhamento de cônjuge sem mudança de
sede.
d) Trata-se de uma das formas de provimento derivado.
e) Em algumas hipóteses a administração pode vir a ser obrigada a
conceder remoção ao servidor que a requeira.

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Comentários
a) A remoção de servidor pode ocorrer entre unidades localizadas dentro da
mesma cidade (da Agência Executiva do INSS localizada no Bairro de
Copacabana∕RJ para a Agência Executiva do Meier∕RJ, por exemplo) ou cidades
diferentes. Assertiva correta.
b) A remoção de servidor público pode ocorrer de ofício, independentemente
de sua concordância, ou a pedido, quando é aprovado em concurso interno de
remoção, por exemplo. Assertiva correta.
c) O art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, dispõe que a remoção a pedido para
acompanhamento de cônjuge somente poderá ocorrer quando este for
deslocado para outra localidade. Se o cônjuge for deslocado para outro bairro
que fica dentro da própria cidade, por exemplo, o servidor não poderá pleitear
remoção para acompanhá-lo. Assertiva correta.
d) Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que a remoção
não é forma de provimento derivado, mas apenas instrumento de
movimentação interna de servidores. Assertiva correta.
e) As hipóteses de remoção a pedido, que independem do interesse da
administração, estão arroladas no art. 36, III, da Lei 8.112∕1990, a saber: I -
para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração; II - por motivo
de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial; e em virtude de processo seletivo promovido, na
hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de
acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles
estejam lotados. Assertiva correta.
Gabarito: Letra d.

06. (ESAF∕Analista Tributário – RFB∕2012) Quanto às regras impostas


aos servidores públicos federais, consoante disposição da Lei n. 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, é correto afirmar que:
a) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou
com o qual coopere, o afastamento do servidor dar-se-á sem prejuízo
da remuneração.
b) o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial sem autorização do Presidente da República, Presidente dos
Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

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c) para a participação do servidor em programa de pós-graduação


stricto sensu em instituição de ensino superior no País, é necessária a
compensação de horário, sem possibilidade de afastamento do
exercício do cargo.
d) ainda que no estágio probatório, a critério da administração,
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo licenças
para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos
consecutivos, sem remuneração.
e) durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de
sua candidatura perante a Justiça Federal, o servidor não terá direito a
licença.
Comentários
a) A Lei 8.112∕1990, em seu art. 96, dispõe que “o afastamento de servidor
para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual
coopere dar-se-á com perda total da remuneração”. Assertiva incorreta.
b) Somente mediante autorização da chefia máxima do poder em que está
lotado poderá o servidor ausentar-se do país para estudo ou missão oficial.
Ademais, a ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou
estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.
Assertiva correta.
c) O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo
efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-
graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. Assertiva
incorreta.
d) A licença para trato de assuntos particulares somente poderá ser concedida
a servidor público federal que tenha cumprido e sido aprovado em estágio
probatório (que, segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é de 36
meses). Assertiva incorreta.
e) O servidor público possui direito à licença para disputar cargos eletivos,
desmembrando-se em dois períodos distintos: 1º) Tem início com a escolha do
nome do servidor em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e se estende até a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça
Eleitoral; 2º) Inicia-se na data do registro da candidatura do servidor perante a
justiça eleitoral e vai até o décimo dia seguinte ao da eleição. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra b.

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07. (ESAF∕Analista Tributário – RFB∕2012) Quanto à responsabilidade


do servidor público, não se pode afirmar, corretamente, que:
a) o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições.
b) a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
c) tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
d) a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
e) as sanções civis, penais e administrativas são independentes entre si
e, por isso, não podem ser aplicadas cumulativamente.

Comentários

a) Ao praticar ato irregular no exercício da função pública, o servidor público


poderá ser responsabilizado nas esferas civil, penal e administrativa,
simultaneamente. Assertiva correta.
b) Quando servidor público pratica conduta lesiva ao erário ou a terceiros, seja
ela comissiva (por ação) ou omissiva, dolosa (quis produzir o dano ou
assumiu o risco de produzi-lo) ou culposa (em razão de negligência,
imprudência ou imperícia), será responsabilizado civilmente. Assertiva correta.
c) A CF∕1988, em seu art. 37, § 6º, dispõe que “as pessoas jurídicas de direito
público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa”. Assertiva correta.
d) Existem situações em que a decisão judicial transitada em julgado, na
esfera penal, vincula obrigatoriamente as esferas administrativa e civil:
1ª) absolvição criminal por inexistência do fato: caso a decisão proferida
pelo Poder Judiciário tenha declarado que o fato criminoso imputado ao servidor
sequer existiu, ou seja, que não ocorreu o fato que se queria imputar ao
servidor, absolvendo-o na esfera penal, este deverá ser necessariamente
absolvido nas esferas administrativa e civil.
2ª) absolvição criminal por negativa de autoria: caso a decisão judicial
absolva o servidor sob a alegação de que ele não foi o autor do fato criminoso,
apesar de ter ocorrido, deverá ser absolvido também nas esferas administrativa
e civil. Assertiva correta.

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e) O art. 125 da Lei 8.112∕1990 dispõe que “as sanções civis, penais e
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. Assertiva
incorreta (não se pode fazer essa afirmação corretamente).
Gabarito: Letra e.
08. (ESAF∕Auditor Fiscal – RFB∕2012) Determinado servidor público
federal foi acometido de doença que, por recomendação de seu médico
particular, devidamente atestada, render-lhe-ia quatro dias de licença
para tratamento da própria saúde.

O referido servidor afastou-se de suas atividades laborais sem, todavia,


entregar à chefia imediata o atestado médico para fins de
homologação.

Também não compareceu ao serviço médico do seu local de trabalho


durante o afastamento nem nos cinco dias subsequentes a ele.

Tendo em vista que o servidor não foi periciado, nem sequer


apresentou atestado médico para que a licença médica pudesse ser
formalizada, a chefia imediata efetuou o registro das faltas em sua
folha de controle de frequência.

Ao final do mês, o referido servidor fora descontado da remuneração


correspondente aos dias faltosos.

Considerando a legislação de pessoal em vigor e a recente


jurisprudência do STJ, assinale a opção correta.
a) A limitação temporal para a apresentação do atestado médico para
homologação não encontra fundamento na Lei n. 8.112/90, não
podendo ser estabelecida por meio de decreto.
b) Não é possível aplicar a penalidade da falta sem a instauração de
prévio processo administrativo disciplinar.
c) O desconto pelos dias não trabalhados não pode ser realizado sem a
prévia instauração do processo administrativo disciplinar.
d) É descabida a instauração de processo administrativo disciplinar
quando não se colima a aplicação de sanção de qualquer natureza, mas
o mero desconto da remuneração pelos dias não trabalhados.
e) A compensação de horário não é admitida, em nenhuma hipótese,
pela Lei n. 8.112/90.

Comentários

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a) No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 28.724∕RS, de


relatoria da Ministra Maria Thereza de Assis Moura, o Superior Tribunal de
Justiça afirmou que “não se mostra desarrazoada ou exorbitante dos limites do
poder regulamentar a resolução que, à falta de norma disciplinadora da lei
federal à época, fixa prazo para a apresentação do atestado médico particular
para homologação, sob risco de que já tenha terminado o tratamento de saúde
quando vier a ser concedido o afastamento ao servidor”. Assertiva incorreta.
b) Por não se tratar de aplicação de penalidade, mas sim de mera consequência
da ausência injustificada ao trabalho, não há necessidade de instauração de
processo administrativo para realizar os respectivos descontos na remuneração
do servidor. Assertiva incorreta.
c) A Lei 8.112∕1990, em seu art. 44, I, dispõe que “o servidor perderá a
remuneração do dia em que faltar ao serviço sem motivo justificado”. Todavia,
não há qualquer exigência legal de instauração prévia de processo
administrativo. Assertiva incorreta.
d) Além de ser descabida a instauração de processo administrativo disciplinar,
o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do recurso em mandado de
segurança nº 28.724∕RS, afirmou ainda que “deixando de apresentar
antecipadamente o atestado particular para homologação, não é ilegal ou
abusivo o ato que importou no desconto dos dias em que o servidor não
compareceu ao serviço, nem justificou sua falta, nos estritos limites do artigo
44 da Lei nº 8.112/90”. Assertiva correta.
e) A Lei 8.112∕1990, em seu art. 44, II, dispõe que a perda de parcela da
remuneração proveniente de atrasos ou ausência ao trabalho somente ocorrerá
se não houver compensação de horário, até o mês subseqüente ao da
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.

09. (ESAF∕Auditor Fiscal – RFB∕2012) Determinado servidor público


cometeu infrações disciplinares, violando os incisos I, II e III do art.
116, c/c o art. 117, incisos IX e XV, todos da Lei n. 8.112/90 e foi
apenado com suspensão de setenta e cinco dias. Entretanto, invocando
pareceres da Advocacia-Geral da União que consideram compulsória a
penalidade de demissão em casos como o acima narrado, foi declarado
nulo o julgamento proferido no processo administrativo disciplinar em
questão, considerando que o referido servidor cometeu falta funcional
passível de demissão.

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Após garantido o devido processo legal, com o contraditório e ampla


defesa que lhes são inerentes, a autoridade julgadora emite portaria,
demitindo o servidor público pelas infrações cometidas.

Tendo em mente a jurisprudência do STJ sobre a matéria, assinale a


opção correta.
a) Em caso de dissonância entre a penalidade aplicada e a penalidade
recomendada em lei ou orientação normativa interna, é possível o
agravamento da penalidade imposta ao servidor ainda que após o
encerramento do respectivo processo disciplinar, com julgamento pela
autoridade competente.
b) O rejulgamento do processo administrativo disciplinar é possível não
somente quando houver possibilidade de abrandamento da sanção, mas
em alguns casos específicos de agravamento como o narrado no
enunciado da questão.
c) Sempre que caracterizada uma das infrações disciplinares previstas
no art.132 da Lei n. 8.112/90, torna-se compulsória a aplicação da
pena de demissão.
d) É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no
mesmo processo em que se fundou a primeira.
e) A anulação parcial do processo para a aplicação de orientação da
Advocacia-Geral da União está correta e equipara-se a uma anulação
por julgamento contrário à prova dos autos.

Comentários
a) No julgamento do mandado de segurança nº 13.523∕DF, cujo acórdão foi
publicado em 04∕06∕2009, o Superior Tribunal de Justiça afirmou que “o
processo disciplinar se encerra mediante o julgamento do feito pela autoridade
competente. A essa decisão administrativa, à semelhança do que ocorre no
âmbito jurisdicional, deve ser atribuída a nota fundamental de definitividade.
O servidor público punido não pode remanescer sujeito a rejulgamento do feito
para fins de agravamento da sanção, com a finalidade de seguir orientação
normativa, quando sequer se apontam vícios no processo administrativo
disciplinar”. Assertiva incorreta.
b) O simples rejulgamento do processo administrativo disciplinar ofende o
devido processo legal, por não encontrar respaldo na Lei 8.112/90, que prevê
sua revisão tão-somente quando houver possibilidade de abrandamento da
sanção disciplinar aplicada ao servidor público. Assertiva incorreta.

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c) Em regra, a aplicação da penalidade de demissão realmente é compulsória


(obrigatória) quando o servidor pratica infração tipificada no art. 132 da Lei
8.112∕1990 (essa é a informação que deve ser guardada para responder às
questões que versem literalmente sobre o texto legal). Entretanto, a questão
em análise está abordando o entendimento do Superior Tribunal de Justiça
em julgado específico, onde se questionava a validade dos Pareceres GQ-177 e
GQ-183, da Advocacia Geral da União, que obrigam a imposição da demissão
sempre que o servidor praticar conduta tipificada no art. 132 da Lei
8.112∕1990.
No julgamento do mandado de segurança nº 13.523∕DF, o Superior Tribunal de
Justiça reafirmou que “são ilegais os Pareceres GQ-177 e GQ-183, da
Advocacia-Geral da União, segundo os quais, caracterizada uma das infrações
disciplinares previstas no art. 132 da Lei 8.112/90, se torna compulsória a
aplicação da pena de demissão, porquanto contrariam o disposto no art. 128 da
Lei 8.112/90, que reflete, no plano legal, os princípios da individualização da
pena, da proporcionalidade e da razoabilidade.” Assertiva incorreta.
d) O enunciado da assertiva simplesmente reproduz o inteiro teor da Súmula
19 do Supremo Tribunal Federal (amplamente ratificada nos julgados do
Superior Tribunal de Justiça), portanto, deve ser considerado correto.
e) Como o processo administrativo já estava encerrado em razão de anterior
decisão proferida pela autoridade competente, não é possível anulá-lo parcial
ou integralmente para que seja aplicada penalidade mais severa que a anterior,
sob pena de violação ao princípio da segurança jurídica. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.

10. (ESAF∕Analista de Finanças e Controle – CGU∕2012) Para os efeitos


da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, não são servidores
públicos
a) os que se sujeitam ao regime jurídico estatutário.
b) os ocupantes de cargos nas autarquias públicas.
c) os funcionários das empresas públicas.
d) os ocupantes de cargo de provimento em comissão.
e) os que tiverem sido nomeados e empossados em caráter efetivo.

Comentários
a) São considerados servidores públicos todos aqueles submetidos a regime
jurídico estatutário, a exemplo do disposto na Lei 8.112∕1990, que alcança a
União, seus respectivos órgãos, autarquias e fundação públicas de direito
público na esfera federal. Não é a resposta.

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b) Todos os ocupantes de cargos públicos em autarquias e fundações públicas


de direito público são considerados servidores públicos. Não é a resposta.
c) Os agentes que trabalham em empresas públicas e sociedades de economia
mista são regidos pelas regras da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT,
portanto, devem ser chamados de empregados públicos e não servidores
públicos. É a resposta.
d) Os ocupantes de cargos em comissão, apesar de contribuírem para o Regime
Geral de Previdência Social – RGPS (INSS), devem ser chamados de
servidores públicos e estão submetidos às regras da Lei 8.112∕1990. Não é a
resposta.
e) Todos os ocupantes de cargos públicos regidos pela Lei 8.112∕1990, sejam
eles de provimento efetivo ou em comissão, são denominados servidores
públicos. Não é a resposta.
Gabarito: Letra c.

11. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) A


respeito do gênero agentes públicos, pode-se encontrar pelo menos
duas espécies, quais sejam: aqueles que ocupam cargo público e
aqueles que detêm emprego público.

Assinale (1) para as características abaixo presentes nas duas espécies


de agentes públicos.

Assinale (2) para as características abaixo presentes apenas no regime


que rege os ocupantes de cargo público.

Assinale (3) para as características abaixo encontradas na disciplina


jurídica dos detentores de emprego público.

Estabelecida a correlação, assinale a opção que contenha a resposta


correta.
( ) Carteira de Trabalho e Previdência Social;
( ) Estágio Probatório;
( ) Acesso mediante Concurso Público;
( ) FGTS;
( ) Estabilidade.

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a) 2 / 2 / 1 / 3 / 3.
b) 2 / 3 / 1 / 2 / 3.
c) 3 / 2 / 1 / 3 / 2.
d) 1 / 3 / 2 / 3 / 2.
e) 1 / 1 / 3 / 2 / 3.
Comentários
Eis uma interessante questão elaborada pela ESAF, pois aborda os principais
pontos distintivos entre os empregados públicos (ocupantes de empregos
públicos) e servidores públicos (titulares de cargos de provimento efetivo).
A fim de facilitar o entendimento das distinções apresentadas, analisaremos
cada um dos tópicos, individualmente.
1º) Carteira de Trabalho e Previdência Social – quando o candidato é
aprovado em concurso público para ocupar um cargo de provimento efetivo, a
Administração não exige a apresentação da CTPS durante o procedimento de
posse, pois o vínculo será estabelecido pelo regime estatutário.
Somente os empregados públicos (a exemplo daqueles que integram os
quadros das empresas públicas e sociedades de economia mista) serão regidos
pela Consolidação das Leis Trabalhistas, e, portanto, terão a CTPS “assinada”
pela Administração.
2º) Estágio Probatório – somente os servidores titulares de cargos de
provimento efetivo se submetem a um período de estágio probatório, que é
de 36 (trinta e seis meses). Os empregados públicos não estão sujeitos a
estágio probatório, mas somente a um período de experiência, que, nos
termos da CLT, não poderá ser superior a 90 (noventa) dias.
3º) Acesso mediante concurso público – o inc. II do art. 37 da CF/1988
prevê que “a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração”.
4º) FGTS – o art. 7º da CF/1988 apresenta um rol de direitos assegurados aos
trabalhadores celetistas urbanos e rurais, inclusive os empregados públicos.
Dentre esses direitos constitucionais, somente aqueles arrolados no § 3º do art.
39 da CF/1988 são assegurados aos servidores públicos, a saber: salário-
mínimo; garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável; décimo terceiro salário; remuneração do trabalho
noturno superior à do diurno; salário-família; duração do trabalho normal não
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a

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compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou


convenção coletiva de trabalho; repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos; remuneração do serviço extraordinário
superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; gozo de férias
anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias; licença-paternidade; proteção do mercado de
trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; redução
dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança e proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

Assim, fica fácil constatar que o FGTS não está arrolado como um direito
constitucional também assegurado aos servidores públicos.
5º) Estabilidade – somente os titulares de cargos de provimento efetivo
podem gozar da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. O empregado
público não possui qualquer garantia de permanência no emprego público,
sendo passível de demissão a qualquer momento.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que “sem embargo da
circunstância de que a relação jurídica trabalhista, quando empregador o Poder
Público, pode sofrer o influxo de algumas normas de direito público, o certo é
que a garantia da estabilidade não incide na referida relação, limitando-se,
pois, ao servidores públicos estatutários”.
Explicando melhor a ausência da estabilidade, o professor declara que “poder-
se-ia questionar sobre a estabilidade no caso de o servidor trabalhista ter sido
contratado após aprovação prévia em concurso público. Alguns autores
entendem que o concurso atribuiria ao servidor algumas garantias do regime
estatutário, inclusive a estabilidade. Não pensamos assim, com a devida vênia.
O concurso é pré-requisito de ingresso no serviço público, independente do
regime jurídico a que pertencer o servidor, e em nenhum momento a
estabilidade foi atrelada a esse requisito. Desse modo, não será atribuída ao
servidor trabalhista a garantia da estabilidade ainda que tenha sido aprovado
em concurso público antes da contratação. O concurso, nesse caso, tem o
mesmo valor jurídico do procedimento levado a efeito por algumas entidades da
iniciativa privada quando pretendem selecionar os melhores candidatos para a
contratação trabalhista”.

GABARITO: LETRA C.

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12. (Procurador do Ministério Público/TCE GO 2007/ESAF) No que


tange a exigências estabelecidas para o provimento originário e efetivo
exercício de cargo público, assinale a opção que constitui entendimento
hoje sedimentado no Supremo Tribunal Federal.
a) É aceitável, excepcionalmente, o estabelecimento de idade mínima
do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência para a
nomeação no referido cargo.b) O limite de idade para a inscrição em
concurso público é legítimo, quando tal limite possa ser justificado pela
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
c) É aceitável, em determinada hipótese, o estabelecimento de idade
mínima do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência
para a posse no referido cargo.
d) É aceitável, em determinada hipótese, o estabelecimento de idade
mínima do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência
para a efetiva entrada em exercício no referido cargo.
e) É inaceitável a exigência de idade mínima do pretendente a cargo
público, que seja provido por concurso público, se esse
comprovadamente detém capacidade plena para o exercício de direitos,
e assunção de obrigações, nas esferas civil e penal.
Comentários

O § 3º, do art. 39, da CF/1988, dispõe que a lei pode estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. Desse
modo, se o exercício das atribuições do cargo não tiver qualquer relação direta
com a idade de seu ocupante, a fixação de um limite máximo ou mínimo não
será possível.
A título de exemplo, destaca-se que seria inconstitucional a fixação da idade
máxima de 50 (cinquenta) anos para ingresso nos quadros da Receita Federal
do Brasil, já que o candidato, mesmo com idade superior, também estaria apto
ao exercício das atribuições do cargo. Por outro lado, seria constitucional a
fixação da mesma idade (ou até menor) para ingresso nos quadros das forças
armadas, pois, nesse caso, o vigor físico é um dos requisitos necessários para
o exercício do cargo.
Esse entendimento foi consolidado pelo Supremo Tribunal Federal no texto da
Súmula 683, que é expresso ao afirmar que “o limite de idade para a inscrição
em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, quando
possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”.

GABARITO: LETRA B.

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13. (CESPE/Juiz Federal – TRF 5ª Região/2013) Em relação aos


servidores públicos, considerando a jurisprudência dos tribunais
superiores e as disposições da Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção
correta.
a) De acordo com jurisprudência do STJ, não é possível o
aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do tempo de
serviço cumprido sob o regime celetista por ex-empregado público
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da
extinção da empresa pública em que trabalhava.
b) Consoante a jurisprudência do STJ, o pedido de exoneração, de
ofício, por servidor público, de um dos cargos que acumule
indevidamente, no curso de processo administrativo disciplinar
instaurado para apuração da acumulação ilegal de cargos, implica a
extinção do processo por falta do objeto.
c) Segundo a jurisprudência do STJ, deve-se observar o teto
constitucional para a remuneração de servidores públicos mesmo na
hipótese de acumulação de proventos por servidor aposentado em
decorrência do exercício legal de dois cargos privativos de profissionais
de saúde.
d) Consoante a jurisprudência do STJ e do STF, os servidores inativos
que reingressaram no serviço público antes da promulgação da Emenda
Constitucional n.º 20/1998 podem perceber tanto os proventos da
aposentadoria como os vencimentos do novo cargo público,
independentemente de os cargos serem ou não acumuláveis; no
entanto, o servidor que entrar para inatividade em relação ao novo
cargo não poderá acumular os dois proventos decorrentes da
aposentadoria, devendo optar por um deles.
e) Servidor demitido ilegalmente deve ser reintegrado ao cargo por ele
anteriormente ocupado, e o atual ocupante do cargo, se for servidor
não estável, deverá ser posto em disponibilidade, com direito à
percepção de vencimentos proporcionais, até que surja novo cargo em
que seja lotado.

Comentários
a) No julgamento do Recurso Especial nº 1.288.380/DF, que ocorreu em
13/21q1/2012, o Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de
que “é possível o aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do
tempo de serviço cumprido, sob o regime celetista, por ex-empregado
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da extinção da
empresa pública em que trabalhava. Em consideração ao art. 100 da Lei n.

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8.112/1990, o STJ fixou o entendimento de que o tempo de serviço cumprido


sob o regime celetista, em momento anterior, por servidor público, é contado
para efeito de incorporação de quintos”. Assertiva incorreta.
b) No julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 38.867/AC, que
ocorreu em 18/10/2012, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “o direito de
opção previsto no caput do art. 133 da Lei n. 8.112/1990 a um dos cargos,
empregos ou funções públicas indevidamente acumulados deve ser observado
somente nas hipóteses em que o servidor puder fazer pedido de
exoneração de um dos cargos. Isso porque o servidor que responde a
processo administrativo disciplinar não pode ser exonerado a pedido até o
encerramento do processo e o cumprimento da penalidade eventualmente
aplicada, de acordo com o art. 172 do mesmo diploma. Assim, fica suspenso o
direito de opção previsto no art. 133 enquanto pendente a conclusão de
processo administrativo disciplinar em relação a um dos cargos. Assim, não há
que se falar em extinção do processo administrativo por falta de objeto, pois
continuará tramitando normalmente. Assertiva incorreta.
c) O atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, ratificado no
julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 38.682/ES, que ocorreu
em 18/10/2012, é de que “a acumulação de proventos de servidor
aposentado em decorrência do exercício cumulado de dois cargos de
profissionais da área de saúde legalmente exercidos, nos termos
autorizados pela CF, não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos
ser considerados isoladamente para esse fim”. Assertiva incorreta.
d) Esse é o entendimento ratificado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 463.028-1/RS, de relatoria da Ministra
Ellen Gracie.
Para os servidores aposentados que reingressaram no serviço público, mediante
novo concurso público, até a promulgação da Emenda Constitucional nº 20, que
ocorreu em 15/12/1998, é assegurado o direito de acumular o provento do
cargo anterior com a remuneração do novo cargo público. Todavia, ao se
aposentar no segundo cargo, o servidor perde o direito à acumulação,
devendo fazer a respectiva opção. Esse é o mandamento contido no art. 11 da
EC nº 20/98, que assim dispõe:
Art. 11 - A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se
aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a
publicação desta Emenda, tenham ingressado novamente no serviço público
por concurso público de provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas
previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais
de uma aposentadoria pelo regime de previdência a que se refere o art.

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40 da Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o limite


de que trata o § 11 deste mesmo artigo.
e) O art. 41, § 2º, da Constituição Federal de 1988, dispõe que “invalidada por
sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço”. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.

14. (Procurador do Distrito Federal/PGDF 2007/ESAF) No tocante aos


Agentes e Servidores Públicos está incorreta a assertiva de que:
a) os particulares que atuam em colaboração (por delegação,
requisição, etc.) com o Poder Público não se inserem no conceito de
Servidores Públicos.
b) o art. 38 da Constituição Federal estabelece que o tempo de serviço
do servidor público da administração direta autárquica e fundacional,
em qualquer caso que exija o seu afastamento para o exercício de
mandato eletivo, será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento.
c) o art. 40 da CF expressamente veda à lei o estabelecimento de
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
d) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento de
servidor público para o exercício de mandato eletivo, os valores serão
determinados como se em exercício estivesse.
e) os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos
em cinco anos, em relação ao § 1º, III, “a” do art. 40 da CF, para o
professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino superior, médio
e fundamental.
Comentários
a) São várias as classificações apresentadas pelos doutrinadores brasileiros em
relação à expressão “agentes públicos”. Todavia, para fins de concursos
públicos, as mais importantes são aquelas elaboradas pelos professores Hely
Lopes Meirelles e Celso Antônio Bandeira de Mello. Para o primeiro, os agentes
públicos podem ser classificados em agentes políticos, agentes
administrativos, agentes honoríficos, agentes delegados e agentes
credenciados. Para o segundo, classificam-se em agentes políticos, servidores
públicos ou estatais e particulares em colaboração com o poder público.

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Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que servidores públicos ou estatais


são todos aqueles que mantêm com o Estado ou suas entidades da
Administração Indireta, independentemente de serem regidas pelo direito
público ou direito privado, relação de trabalho de natureza profissional e
caráter não eventual, sob vínculo de dependência, podendo ser classificados em
servidores estatutários, servidores ocupantes de empregos públicos e
servidores temporários.
De outro lado, os particulares em colaboração com o Poder Público são
aqueles que, sem perderem sua qualidade de particulares – portanto, de
pessoas alheias à intimidade do aparelho estatal (com exceção única dos
recrutados para serviço militar) – exercem função pública, ainda que às vezes
apenas em caráter episódico, a exemplo dos jurados, mesários eleitorais, os
recrutados para o serviço militar obrigatório, os empregados de empresas
concessionárias e permissionárias de serviços públicos (delegação), dentre
outros.
Assim, perceba que os particulares que atuam em colaboração com o Poder
Público estão incluídos em uma categoria distinta dos servidores públicos, o
que torna a assertiva correta.
b) O inc. IV, do art. 38, da CF/1988, é expresso ao afirmar que “em qualquer
caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo
de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento”, o que torna a assertiva correta.
c) O texto da assertiva realmente consta expressamente no § 10, do art. 40, da
CF/1988, portanto, deve ser considerado correto.
O tempo de contribuição fictício pode ser entendido como todo aquele
considerado em lei como tempo de serviço público para fins de concessão de
aposentadoria sem que haja, por parte do servidor, a prestação de serviço e a
correspondente contribuição social, a exemplo do tempo contado em dobro da
licença-prêmio por assiduidade não gozada, do tempo contado em dobro do
serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra etc.
d) Mesmo não estando no efetivo exercício do cargo público efetivo, dispõe o
inc. V, do art. 38, da CF/1988, que “para efeito de benefício previdenciário, no
caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício
estivesse”. Assertiva correta.
e) Os requisitos de idade e de tempo de contribuição somente serão reduzidos
em cinco anos para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino

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fundamental e médio, não se estendendo tal benefício àqueles que exercem


funções de magistério no nível superior. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA E.

15. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sabendo-se que a prévia


habilitação em concurso público é condição necessária à nomeação
para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo, e
considerando o que dispõe a Lei 8.112/1990, é correto afirmar sobre
tal instituto que:
a) poderá ser aberto novo concurso ainda que haja candidato aprovado
em concurso anterior com prazo de validade já expirado.
b) será de provas, de títulos ou de provas e títulos.
c) poderá ter validade de um ano e ser prorrogado uma única vez, por
mais dois anos.
d) terá seu prazo de validade e condições de realização fixados em
Decreto Presidencial.
e) poderá ter validade de seis meses e ser prorrogado várias vezes, por
mais seis meses em cada prorrogação, até o limite de quatro anos.

Comentários

a) O § 2º, do art. 12, da Lei 8.112/1990, dispõe que “não se abrirá novo
concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”.
Perceba que o texto da assertiva apenas inverteu a ordem do texto legal,
apresentando a mesma informação. Se o concurso anterior não mais está em
vigor (prazo expirado), não há qualquer impedimento a realização de um novo
concurso público, o que torna a assertiva correta.
b) O inc. IV do art. 37 da CF/1988 afirma que o concurso público somente
poderá ocorrer através da aplicação de provas ou provas e análise de títulos.
Não se admite a realização de concursos públicos somente de títulos, o que
torna a assertiva incorreta.
c) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período. Dessa forma, se o edital estabelecer
que o prazo inicial de validade do concurso público será de um ano, somente
será possível a prorrogação por mais um ano, jamais por prazo diferente
daquele que foi estabelecido originariamente. Assertiva incorreta.

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d) O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização


serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em
jornal diário de grande circulação, conforme preceitua o § 1º do art. 12 da Lei
8.112/1990. Assertiva incorreta.
e) O prazo de validade do concurso público somente pode ser prorrogado,
uma única vez, pelo mesmo prazo fixado inicialmente. Sendo assim, se o prazo
inicialmente fixado foi de seis meses, somente será admitida uma única
prorrogação, pelo mesmo prazo de seis meses. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA A.

16. (CESPE/Defensor Público – DPE ES/2013) Assinale a opção correta


referente aos servidores públicos.
a) O fim da exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos é tema ainda não resolvido definitivamente.
b) Os municípios podem remunerar seus vereadores por vencimentos
compostos de uma parcela fixa e outra variável.
c) Os municípios que ainda não instituíram o regime de emprego
público podem fazê-lo a qualquer tempo, com base no disposto na
Emenda Constitucional n.º 19/1998.
d) O servidor remunerado por meio de subsídio não faz jus ao
recebimento de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou vantagem de caráter indenizatório.
e) A CF limita a acumulação remunerada de cargos públicos à de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.

Comentários
a) Com a promulgação da EC 19/1998, o art. 39 da Constituição Federal de
1988, que determinava a exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos, foi alterado. Com isso, a Administração Pública Direta, autarquias e
fundações públicas de direito público foram autorizadas a contratar agentes
tanto pelo regime celetista quanto estatutário (mediante a observações de
regras específicas).
Todavia, em 02/08/2007 o Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar
(liminar), no julgamento da ADI 2135-4/DF, para suspender os efeitos da
alteração promovida pela EC 19/1998, sob o argumento de que a emenda
constitucional não teria sido aprovada em dois turnos na Câmara dos
Deputados, como exige a CF/1988. Assim, voltou a vigorar a obrigatoriedade de
regime jurídico único, já que a alteração foi suspensa pelo STF.

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Em razão de ter sido concedida apenas medida cautelar (liminar) para


suspender os efeitos da alteração promovida pela EC 19/1998, o Supremo
Tribunal Federal ainda terá que se manifestar, em definitivo, sobre o tema.
Portanto, pode-se afirmar que o assunto ainda não está plenamente resolvido.
Assertiva correta.
b) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 39, § 4º, dispõe que os
detentores de mandato eletivo devem ser remunerados, exclusivamente, por
subsídio fixado em parcela única. Assertiva incorreta.
c) Atualmente, em razão da medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento da ADI 2135-4/DF, a Administração Pública Direta
municipal, suas autarquias e fundações públicas de direito público somente
podem contratar pelo regime jurídico único, isto é, estatutário. Assertiva
incorreta.
d) Ainda que receba através de subsídio, o servidor público fará jus às
indenizações, pois são utilizadas, em regra, para o ressarcimento de despesas
realizadas para o regular exercício da função pública. Assertiva incorreta.
e) As hipóteses constitucionais de acumulação de cargos ou empregos públicos
estão previstas no art. 37, XVI, a saber: a) a de dois cargos de professor; b) a
de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra a.

(Analista Técnico Administrativo/DPU 2010/CESPE - adaptada) Com


relação aos benefícios do servidor público civil, julgue os itens
seguintes.
17. Para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de
servidor, deverá comprovar sua dependência econômica.
A comprovação de dependência econômica para recebimento de pensão
vitalícia proveniente da morte de servidor não é exigida do cônjuge, da
pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de
pensão alimentícia, e do companheiro ou companheira designado que comprove
união estável como entidade familiar. Assertiva incorreta.

18. Servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-


natalidade equivalente a um vencimento por nascituro.
O art. 196 da Lei 8.112/1990 afirma que “o auxílio-natalidade é devido à
servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto”.

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Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50%


(cinqüenta por cento), por nascituro, o que invalida o texto da assertiva.

19. Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia


profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
O art. 186 da Lei 8.112/1990 dispõe que o servidor poderá ser
aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos”.
Assertiva incorreta.

20. Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto


de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público.
Essa prerrogativa consta expressamente no art. 202 da Lei 8.112/1990,
portanto, deve ser considerada correta a assertiva.
A propósito, é importante destacar que ao gozar da licença para
tratamento de saúde o servidor receberá a sua remuneração normalmente, sem
qualquer prejuízo.

21. Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de


licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em
estágio probatório.
Ao contrário do que consta no texto da assertiva, o servidor acidentado
em serviço será licenciado com remuneração integral, independentemente de
estar em estágio probatório, ou não. Assertiva incorreta.

22. (Auditor-Fiscal/Receita Federal do Brasil 2009/ESAF) Relacione as


formas de provimento de cargo público, previstas no art. 8º da Lei n.
8.112, de 11 de dezembro de 1990, às suas respectivas características.
Ao final, assinale a opção correspondente.

1. nomeação

2. promoção

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3. readaptação

4. reintegração

5. recondução

( ) é caracterizada pelo retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado quando inabilitado em estágio probatório
relativo a outro cargo ou quando o anterior ocupante é reintegrado.
( ) é o ato administrativo que materializa o provimento originário.
Pode-se dar em comissão ou em caráter efetivo, dependendo, neste
último caso, de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua
validade.
( ) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
( ) é caracterizada pelo retorno do servidor estável a seu cargo
anteriormente ocupado, ou cargo resultante de sua transformação,
após ter sido invalidada sua demissão, com ressarcimento de todas as
vantagens.
( ) é a forma de provimento pela qual o servidor sai de seu cargo e
ingressa em outro situado em classe mais elevada.
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 2, 3, 5, 1, 4
c) 4, 1, 5, 3, 2
d) 3, 4, 2, 1, 5
e) 5, 1, 3, 4, 2
Comentários
1º Item – O texto da assertiva refere-se à recondução (5), forma derivada
de provimento prevista no art. 29 da Lei 8.112/1990.
Além de ser possível a recondução do servidor estável nos casos de
reprovação em estágio probatório relativo ao outro cargo, destaca-se que tal
possibilidade também pode ocorrer durante o transcurso do período de
estágio. Assim, mesmo entrando em exercício no novo cargo, a qualquer
momento o servidor pode pleitear a recondução para o cargo anteriormente
ocupado, desde que durante o prazo do estágio probatório.

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2º Item – A nomeação (1), ato originário de provimento, pode ocorrer em


razão da aprovação em concurso público, ou, ainda, para o exercício de cargo
de confiança (cargo em comissão).
3º Item – O texto da assertiva está se referindo à forma derivada de
provimento prevista no art. 24 da Lei 8.112/1990, isto é, a readaptação (3).
4º Item – Analisando-se o texto da assertiva, conclui-se que está se referindo
à reintegração (4), definida no art. 28 da Lei 8.112/1990 como “a
reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens”.
5º Item – A promoção (2), apesar de ser considerada uma forma derivada de
provimento, não está disciplinada no texto da Lei 8.112/1990. Trata-se de
instrumento pelo qual o servidor é provido em outro cargo, de posição superior,
que se encontra no âmbito da mesma carreira para a qual foi aprovado em
concurso público.
GABARITO: LETRA E.

23. (Assistente/Ministério da Fazenda 2009/ESAF) Acerca do


provimento de cargos públicos federais, regulado pela Lei n. 8.112, de
11 de dezembro de 1990, assinale a opção incorreta.
a) São requisitos básicos para a investidura em cargo público, entre
outros, a nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos e a
idade mínima de dezoito anos.
b) A posse em cargo público é ato pessoal e intransferível, sendo
proibida a sua realização mediante procuração.
c) A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da
publicação do ato de provimento, sob pena de ser o ato tornado sem
efeito.
d) Os concursos públicos podem ter validade de até 2 (dois) anos,
possível uma única prorrogação, por igual período.
e) A contar da posse em cargo público, o servidor tem o prazo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício.
Comentários

a) Os requisitos básicos para investidura em cargo público estão previstos no


art. 5º da Lei 8.112/1990, a saber: a nacionalidade brasileira; o gozo dos
direitos políticos; a quitação com as obrigações militares e eleitorais; o nível de
escolaridade exigido para o exercício do cargo; a idade mínima de dezoito anos;
e, ainda, aptidão física e mental.

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Além disso, as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros


requisitos estabelecidos em lei, a exemplo de o candidato possuir carteira de
habilitação, em categoria específica, para o exercício do cargo de agente de
segurança de determinado órgão público, por exemplo. Assertiva correta.
b) Após a publicação do ato originário de provimento (nomeação), o
candidato tem 30 (trinta) dias para tomar posse. Caso esteja impedido, por
algum motivo, de comparecer à Administração para apresentar a documentação
necessária e assinar o termo de posse, poderá outorgar procuração
específica, com essa finalidade, à pessoa de sua confiança. Assertiva incorreta.
c) Em regra, a posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
publicação do ato de provimento (nomeação). Todavia, é importante destacar
que em se tratando de candidato que já seja servidor e que esteja, na data de
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do
art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas “a”, “b”,
“d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do
impedimento. Assertiva correta.
d) O concurso público será de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do
respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas
A Lei 8.112/1990, em seu art. 12, prevê que o seu prazo de validade será de
até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
A prorrogação insere-se dentro da discricionariedade administrativa, isto é,
a Administração não está obrigada a prorrogar o prazo de validade do concurso
público, que somente irá ocorrer se for conveniente e oportuno ao interesse
público. Assertiva correta.
e) O exercício caracteriza-se como o efetivo desempenho das atribuições do
cargo público ou da função de confiança, devendo ocorrer no prazo máximo
de 15 (quinze) dias, contados da data da posse, o que torna a assertiva correta.
Em relação à função de confiança, destaca-se que o início do exercício
coincidirá com a data de publicação do ato de designação (já que não ocorrerá
a posse), salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer
outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término
do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.

GABARITO: LETRA B.

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(Assistente em C&T/INCA 2010/CESPE) Um biólogo, nascido nos


Estados Unidos da América, chegou ao Brasil em 2008 para pesquisar a
fauna do cerrado. Sem requerer a cidadania brasileira, prestou
concurso para o cargo de professor titular da Universidade Federal do
Mato Grosso (UFMT), no final de 2008, tendo sido aprovado na 4.ª
colocação. O prazo de validade do concurso era de um ano e meio,
improrrogável. Ao final de doze meses de validade do concurso, a UFMT
abriu novo concurso para o mesmo cargo e, três meses após a abertura
do novo certame, começou a convocar os aprovados nesse último
certame para tomar posse. Diante dessa situação hipotética e com
enfoque nas disposições constitucionais e legais sobre os servidores
públicos, julgue os itens seguintes.
24. A UFMT não poderia ter admitido a inscrição do referido biólogo no
concurso público, pois os cargos, empregos e funções públicas na
administração pública federal são inacessíveis aos estrangeiros.
O texto da assertiva está incorreto, pois o § 3º, do art. 5º, da Lei
8.112/1990, é expresso ao declarar que “as universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros”, de acordo com as normas e
os procedimentos previstos em seu texto.

25. É inconstitucional a fixação do prazo de validade do concurso em


um ano e meio.
O inc. III, do art. 37, da CF/1988, dispõe que “o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período”.
A definição do prazo de validade do concurso público insere-se no âmbito
discricionário da Administração Pública, assim como a eventual prorrogação
desse prazo. Não há qualquer inconstitucionalidade na fixação do prazo de um
ano e meio, pois está dentro do limite de dois anos previsto
constitucionalmente.
Lembre-se sempre de que se a Administração fixou o prazo inicial de
validade do certame em um ano e meio, somente poderá prorrogá-lo, caso
entenda conveniente e oportuno, pelo mesmo período (mais um ano e meio).
Assertiva incorreta.

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26. A UFMT deveria convocar os aprovados no concurso público de


2008, antes de convocar os novos concursados, para assumir o cargo
de professor titular.
A Constituição Federal não proíbe a realização de um novo certame
enquanto estiver em vigor concurso público com prazo de validade não
expirado. Todavia, impõe a obrigatoriedade de que seja dada prioridade de
nomeação aos candidatos aprovados no primeiro concurso público, caso ainda
em vigor.
Somente após a expiração do prazo de validade do concurso público
anterior é que os novos concursados poderão ser nomeados para assumir os
respectivos cargos ou empregos públicos, sob pena de afronta ao inc. IV, do
art. 37, da CF/1988. Assertiva correta.

27. A investidura do biólogo no cargo de professor titular da UFMT


ocorrerá com sua posse.
É através da posse que ocorre a investidura do servidor em cargo
público. Fique atento a essa informação, pois é muito comum você encontrá-la
em provas de concursos públicos, inclusive da ESAF.
A posse é o ato pelo qual o candidato, após prévia aprovação em
concurso público, declara formalmente o interesse em estabelecer um vínculo
jurídico com a Administração. Esse mesmo raciocínio se aplica para aqueles que
foram nomeados para cargos em comissão, já que a investidura no cargo
também ocorrerá através da posse.

28. O provimento do biólogo no cargo de professor titular da UFMT


ocorrerá com sua nomeação.
A nomeação pode ser definida como o ato administrativo pelo qual a
Administração Pública dá ciência ao seu destinatário da necessidade de
cumprimento de formalidades específicas (a exemplo da apresentação da
documentação exigida no edital, nos casos de provimento de cargo efetivo), no
prazo de até 30 (trinta) dias, para que seja formalizada a posse.
Trata-se de uma forma originária de provimento porque inicia um
vínculo entre o indivíduo e a Administração, seja em caráter efetivo ou em
comissão. Assertiva correta.

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(CESPE∕Auditor Fiscal do Trabalho –MTE∕2013) Com referência ao


processo administrativo e à Lei no. 8.112/1990, cada um dos próximos
itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva que
deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.
29. Um servidor público federal foi demitido após o devido processo
administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na
qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em
decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor
reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às
vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento.
Trata-se de questão muito simples, que se limitou a abordar o instituto da
reintegração, previsto no art. 28 da Lei 8.112/1990 e no art. 41, § 2º, da
Constituição Federal de 1988.
A reintegração pode ser definida como a reinvestidura do servidor estável no
cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se estivesse
trabalhando. Assertiva incorreta.

30. Determinado servidor público federal, que responde a processo


administrativo disciplinar, requereu sua aposentadoria voluntária, e a
administração pública indeferiu-lhe o pedido. Nessa situação, o
indeferimento do pleito está de acordo com a legislação de regência,
pois o servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser
aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade eventualmente aplicada.
A resposta da questão encontra-se prevista, de forma expressa, no art. 172 da
Lei 8.112/1990, que assim dispõe: “o servidor que responder a processo
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente,
após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada”.
Assertiva correta.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE) Em cada uma das opções


abaixo, é apresentada uma situação hipotética relacionada aos deveres
e responsabilidades dos servidores públicos, seguida de uma assertiva
a ser julgada.

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31. Um servidor público recebeu ordem de seu chefe imediato para que
realizasse determinada tarefa que não ia de encontro à lei e que estava
compreendida entre as atribuições de seu cargo. Nessa situação, não
há motivo para o servidor em hipótese alguma, negar-se a realizar a
tarefa.
O inc. IV, do art. 116, da Lei 8.112/1990, prevê o cumprimento das
ordens superiores como um dos deveres do servidor público, exceto quando
manifestamente ilegais.
Como o texto da assertiva deixou claro que a ordem do chefe não ia de
encontro à lei (portanto, era legal), ao servidor se impõe o seu cumprimento,
sob pena de quebra da hierarquia administrativa e, por isso, a sua respectiva
responsabilização administrativa. Assertiva correta.

32. Um servidor público atrasa-se cotidianamente para chegar ao


trabalho e, ainda, ausenta-se frequentemente sem prévia justificativa.
Nessa situação, o servidor não poderá ser repreendido por seu chefe
imediato, visto que a lei, apesar de não permitir a ausência
injustificada, permite atrasos consecutivos.
A assiduidade e pontualidade são exigidas de todos os servidores
públicos, sendo elementos de avaliação durante e após o estágio probatório.
Assim, caso sejam rotineiramente desrespeitadas (conforme destacado no
exemplo apresentado), ensejarão a aplicação das penalidades cabíveis, a
exemplo da advertência. Assertiva incorreta.

33. O servidor público A presenciou, em sua seção, o recebimento de


propina pelo servidor B. Nessa situação, o servidor A não precisará
denunciar o colega de trabalho às autoridades.
O inc. VI, do art. 116, da Lei 8.112/1990, apresenta como um dos
deveres do servidor público a obrigatoriedade de “levar ao conhecimento da
autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo”,
o que torna incorreta a assertiva.

34. Um servidor público, chefe de sua seção, recebe frequentemente


presentes de empresas prestadoras de serviços à sua seção. Nessa
situação, conforme disposição constitucional, o recebimento dos
presentes deve ser considerado válido.

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O recebimento de propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer


espécie, em razão de suas atribuições, é proibido aos servidores públicos. A
transgressão dessa proibição pode ensejar a aplicação da penalidade de
demissão do serviço público, após regular processo administrativo. Assertiva
incorreta.

35. O servidor público causou acidente de trânsito ao conduzir veículo


oficial. Nessa situação, o servidor não será responsabilizado
financeiramente por danos ao erário.
A responsabilidade civil do servidor público é subjetiva e decorre de
ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros.
Nesses termos, caso o particular prejudicado pelo acidente causado pelo
servidor ingresse com uma ação judicial contra o Estado pleiteando
indenização civil pelos danos sofridos, a demanda estará amparada no § 6º, do
artigo 37, da CF/1988, que estabelece a responsabilidade objetiva do Estado,
independentemente de dolo ou culpa. Se o Estado for condenado a indenizar o
particular, deverá, posteriormente, ingressar com uma ação regressiva em
face do servidor causador do dano.
É importante esclarecer que a responsabilidade do servidor é de natureza
subjetiva, portanto, para que seja obrigado a ressarcir os eventuais prejuízos
causados ao Estado, é necessário que seja comprovado o seu dolo ou culpa.
Assertiva incorreta.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE - adaptada) Com base nas


disposições legais acerca de direitos e vantagens dos servidores
públicos federais, julgue os itens seguintes.
36. Servidor público que oficializar candidatura a cargo político não
pode, em nenhuma hipótese, afastar-se de sua repartição para realizar
campanha política.
O art. 86 da Lei 8.112/1990 assegura expressamente ao servidor público
o direito de se licenciar para realizar campanha política, em dois momentos
distintos:
1º) Tem início com a escolha do nome do servidor em convenção
partidária, como candidato a cargo eletivo, e se estende até a véspera do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral;

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2º) Inicia-se na data do registro da candidatura do servidor perante a


justiça eleitoral e vai até o décimo dia seguinte ao da eleição.
Assim, constata-se que o texto da assertiva está incorreto, pois afirmou
que o servidor não pode gozar de tal direito.

37. Servidora pública, em razão de nascimento de filho, tem direito a


licença-maternidade pelo período de até 180 dias.
O art. 207 da Lei 8.112/1990, amparado pelo inciso XVIII, do art. 7º, da
CF/1988, estabelece que “será concedida licença à servidora gestante por 120
(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração”.
Por outro lado, após a publicação da Lei 11.770/2008, foi editado o
Decreto nº 6.690/08, que estabeleceu novas regras sobre a possibilidade de
prorrogação do prazo da licença-gestante. Doravante, será garantida à
servidora pública que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o
parto a possibilidade de prorrogação da licença-maternidade por mais 60
(sessenta) dias, sem qualquer prejuízo em relação à remuneração.
Assim, é possível concluir que a servidora pública tem direito à licença-
maternidade pelo período de até 180 dias, conforme corretamente afirmado na
assertiva.

38. Servidor participante de certame para a ocupação de outro cargo


efetivo não deve receber remuneração durante a fase do concurso
público relativa ao programa obrigatório de formação.
Ao contrário do que consta no texto da assertiva, o servidor público tem
sim o direito de se afastar de suas atividades no serviço público para participar
de curso obrigatório de formação relativo a outro cargo público, sem prejuízo da
remuneração relativa ao cargo anterior, caso o período do curso de formação
não seja remunerado. Assertiva incorreta.

39. Servidor público tem direito a licença capacitação de um mês a cada


cinco anos de efetivo exercício.
O art. 87 da Lei 8.112/1990 dispõe que “após cada qüinqüênio de efetivo
exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três
meses, para participar de curso de capacitação profissional”.

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Perceba que o período de afastamento será por até três meses, e não de
apenas um mês, conforme incorretamente afirmado.

40. Servidor público, em nenhuma hipótese, pode ocupar mais de um


cargo de provimento efetivo.
Nos termos do inciso XVI, do artigo 37, da CF/1988, em regra, a
acumulação de cargos, empregos e funções públicas realmente é proibida.
Todavia, em caráter excepcional e quando existir compatibilidade de
horário, o servidor poderá acumular cargos, empregos e funções públicas nas
seguintes hipóteses:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.
Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está
incorreto, pois afirmou que em nenhuma hipótese é possível a acumulação de
cargos públicos de provimento efetivo.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE RO 2012/CESPE - adaptada) A


partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos servidores públicos, julgue os itens
seguintes.
41. Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for
investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de
estágio probatório.
No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 20.934/SP, de
relatoria da Ministra Laurita Vaz, o Superior Tribunal de Justiça reafirmou que
“a estabilidade é adquirida no serviço público, em razão do provimento em um
determinado cargo público, após a aprovação no estágio probatório. Não
obstante, sempre que o servidor entrar em exercício em um novo cargo
público, mediante aprovação em concurso público, deverá ser submetido ao
respectivo estágio probatório, não havendo impedimento de que o servidor
estável seja "reprovado" em estágio probatório relativo a outro cargo público
para o qual foi posteriormente aprovado em concurso”.

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Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está


incorreto, pois afirmou que o servidor estável estaria dispensado de se
submeter ao novo estágio probatório.

42. De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade


dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de
sociedade de economia mista contratados mediante concurso público,
razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados
por justa causa.
No julgamento do Agravo de Instrumento nº 465.780, de relatoria do
Ministro Joaquim Barbosa, em 23/11/2004, o Supremo Tribunal Federal firmou
o entendimento de que “não se aplica a empregado de sociedade de economia
mista, regido pela CLT, o disposto no art. 41 da CF, o qual somente disciplina a
estabilidade dos servidores públicos civis. Ademais, não há ofensa aos princípios
de direito administrativo previstos no art. 37 da Carta Magna, porquanto a
pretendida estabilidade não encontra respaldo na legislação pertinente, em face
do art. 173, § 1º, da Constituição, que estabelece que os empregados de
sociedade de economia mista estão sujeitos ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas."
Assim, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está em
desconformidade com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, devendo
ser considerada incorreta.

43. Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada


vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de
legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de
cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a
administração pública exercer o poder de autotutela.
Esse realmente é o entendimento que tem prevalecido no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, portanto, deve ser considerado correto o texto da
assertiva.
No julgamento do mandado de segurança nº 26.940-5/DF, de relatoria do
Ministro Cezar Peluso, por exemplo, o STF decidiu que “não é possível anular,
sob fundamento ou pretexto algum, ascensão funcional de servidor operada e
aprovada há mais de 5 (cinco) anos”.

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44. O subteto determinado pela CF estipula que os membros do MP, os


procuradores, os defensores e os delegados de polícia recebam subsídio
mensal limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do STF.
O percentual de 90,25% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal
Federal, fixado pelo inc. XI, do art. 37, da CF/1988, a título de subteto
remuneratório no âmbito do Poder Judiciário, também se impõe aos membros
do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.
O erro da assertiva está na afirmação de que o subteto remuneratório
estabelecido para o Poder Judiciário se aplica aos delegados de polícia, o que
não é verdade. Isso porque os delegados estão submetidos ao subteto
remuneratório do Poder Executivo (poder ao qual estão vinculados), isto é, o
subsídio recebido pelo Governador de Estado.

45. De acordo com a CF, a vedação de acúmulo remunerado de cargos,


empregos e funções públicas não atinge a sociedade de economia
mista, mas tão somente as empresas públicas.
O inc. XVII, do art. 37, da CF/1988, é claro ao afirmar que “a proibição de
acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público”. Assertiva
incorreta.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE SE 2012/CESPE - adaptada) Com


base nas normas constitucionais referentes à administração direta e
indireta e ao instituto da intervenção, julgue os itens seguintes.
46. A exigência constitucional de reserva de vaga para portadores de
deficiência física em concurso público é exigência de caráter geral que
não pode ser afastada, salvo se o número de cargos resultante do
percentual legalmente previsto for inferior a um, caso em que a fração
poderá ser desprezada.
A obrigatoriedade de reserva de vagas aos portadores de deficiência física
em concursos públicos é garantia constitucional, assegurada expressamente no
inc. VIII, do art. 37, da CF/1988.
Nesse sentido, o § 1º, do art. 37, do Decreto Federal nº 3.298/1999,
afirma que “o candidato portador de deficiência, em razão da necessária
igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado no
mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação obtida”.

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Com o objetivo de evitar que o texto constitucional seja burlado


propositalmente por alguns agentes públicos, o § 2º, do art. 37, do Decreto
Federal nº 3.298/1999, impõe que caso a aplicação do percentual de 5% (cinco
por cento) resulte em número fracionado, este deverá ser elevado até o
primeiro número inteiro subseqüente.
Assim, deve ficar claro que a fração nunca poderá ser desprezada, sob
pena de violação à garantia constitucional de reserva de vagas.

47. Em razão da proibição de acumular remuneradamente cargos


públicos, não se admite o acúmulo de proventos da inatividade com
subsídios ou vencimentos oriundos de cargo, função ou emprego
público, mesmo que acumuláveis na atividade.
O § 10, do art. 37, da CF/1988, afirma que é “vedada a percepção
simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts.
42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
exoneração”, portanto, incorreta a assertiva.

48. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sobre os afastamentos


previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, é
correto afirmar:
a) o servidor investido no mandato de prefeito perceberá as vantagens
de ambos os cargos, independente de haver compatibilidade de horário.
b) apenas quando o curso for realizado no exterior será permitido o
afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto
sensu.
c) o servidor investido no mandato de vereador perceberá as vantagens
de ambos os cargos, independente de haver compatibilidade de horário.
d) apenas a outro órgão ou entidade dos Poderes da União o servidor
poderá ser cedido para exercício de cargo em comissão.
e) o servidor investido no mandato de deputado estadual ficará
afastado do cargo.
Comentários
a) O servidor público federal será obrigatoriamente afastado do seu cargo de
provimento efetivo ao ser investido no mandato de prefeito, porém, deverá
optar por continuar recebendo a remuneração daquele ou o subsídio do cargo
eletivo. Assertiva incorreta.

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b) O texto da assertiva está incorreto, pois, nos termos do art. 96-A da Lei
8.112/1990, “o servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo,
com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação
stricto sensu em instituição de ensino superior no País”.
Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado
somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no
respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4
(quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos
anteriores à data da solicitação de afastamento.
c) Ao ser investido no mandato de vereador, o servidor público federal não
está obrigado a ser afastar do cargo de provimento efetivo, pois, se houver
compatibilidade de horário, poderá exercer as atribuições de ambos,
recebendo as respectivas remunerações.
Por outro lado, se não houver compatibilidade de horários que permita ao
servidor exercer concomitantemente os dois cargos, será obrigatoriamente
afastado do cargo de provimento efetivo, sendo-lhe garantido o direito de
continuar recebendo, exclusivamente, a sua remuneração anterior, se assim
desejar. Assertiva incorreta.
d) O art. 93 da Lei 8.112/1990 dispõe que “o servidor poderá ser cedido para
ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
ou do Distrito Federal e dos Municípios para exercício de cargo em
comissão ou função de confiança”, o que torna incorreta a assertiva.
e) Ao ser investido em mandato federal (Presidente da República), estadual ou
distrital (Governador, Senador, Deputado Federal, Estadual ou Distrital), o
servidor público federal será obrigatoriamente afastado do cargo de provimento
efetivo, recebendo somente o subsídio do cargo eletivo exercido. Assertiva
correta.
GABARITO: LETRA E.

49. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sobre a


responsabilidade do servidor público, regido pela Lei n. 8.112/90, é
correto afirmar que:

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I. as responsabilidades civil, penal e administrativa são excludentes, ou


seja, a condenação em uma esfera impede que o seja na outra, para
que não haja bis in idem;
II. a responsabilidade administrativa será afastada no caso de
absolvição criminal que negue a existência do fato;
III. a responsabilidade penal restringe-se aos crimes praticados no
exercício das funções;
IV. nos casos em que a Fazenda Pública for condenada a indenizar
terceiro, por ato de servidor público no exercício da função, assiste-lhe
o direito de regresso contra o responsável, independentemente de ele
ter agido sem dolo ou culpa;
V. a obrigação de reparar o dano causado ao erário estende-se aos
sucessores do servidor e contra eles será executada, até o limite do
valor da herança recebida.
Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.


b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas I, III e IV.
d) apenas as afirmativas II e V.
e) apenas as afirmativas II, IV e V.

Comentários

Item I – Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor poderá ser


responsabilizado nas esferas civil, penal e administrativa. Tais esferas são
independentes entre si, portanto, as sanções poderão cumular-se. Assertiva
incorreta.
Item II – Em regra, a decisão proferida na instância penal não vincula as
demais (civil e administrativa). Todavia, o art. 126 da Lei 8.112/1990 é
expresso ao afirmar que “a responsabilidade administrativa do servidor será
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua
autoria”, o que torna a assertiva correta.
Item III – A responsabilidade penal abrange os crimes e também as
contravenções imputadas ao servidor, portanto, o texto da assertiva deve ser
considerado incorreto.

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A diferença entre ambas está na pena aplicável a cada uma delas. Enquanto o
art. 1º da Lei de Introdução do Código Penal dispõe que crime é a infração
penal cuja lei comina pena de reclusão ou detenção (infrações mais graves),
para a contravenção a lei comina pena de prisão simples ou multa, já que é
considerada menos grave.
Item IV – O § 6º, do art. 37, da CF/1988, afirma que “as pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa”.
Nos casos em que a Fazenda Pública for condenada a indenizar terceiro, por ato
de servidor público no exercício da função, somente poderá propor ação
regressiva contra o responsável pelo dano se ficar demonstrado que a conduta
foi dolosa ou culposa, já que a responsabilidade civil do servidor é de natureza
subjetiva. Assertiva incorreta.
Item V – Esse é o mandamento contido no § 3º, do art. 122, da Lei
8.112/1990, portanto, deve ser considerada correta a assertiva.
GABARITO: LETRA D.

50. (ESAF∕Técnico Administrativo – DNIT∕2013) São direitos dos


trabalhadores da iniciativa privada constitucionalmente estendidos aos
servidores públicos, exceto:
a) remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.
b) repouso semanal remunerado.
c) décimo terceiro salário.
d) FGTS.
e) redução de riscos inerentes ao trabalho.

Comentários
Para responder às questões de prova, lembre-se sempre de que nem
todos os direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais da iniciativa
privada, previstos no art. 7º da Constituição Federal de 1988, podem ser
usufruídos pelos servidores públicos.
Em seu art. 39, § 3º, a CF∕1988 apresenta o rol de direitos que também
são extensíveis aos servidores públicos, a saber:

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1 - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de


atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer
fim;
2 - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
3 - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor
da aposentadoria;
4 - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
5 - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa
renda nos termos da lei;
6 - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
7 - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
8 - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
9 - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal;
10 - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
11 - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
12 - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
13 - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança;
14 - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.
Gabarito: Letra d.

51. (ESAF∕Analista de Finanças e Controle – CGU∕2012) Quanto à


aposentadoria do servidor público, pode-se afirmar corretamente que

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a) a aposentadoria por invalidez permanente dar-se-á com proventos


integrais.
b) aos oitenta anos de idade, o servidor será aposentado
compulsoriamente com proventos proporcionais.
c) ao servidor aposentado não é devida a gratificação natalina.
d) a aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data
do pedido feito pelo servidor.
e) a aposentadoria compulsória é automática e tem vigência a partir do
dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de
permanência no serviço ativo.

Comentários
a) O servidor tem direito à aposentadoria por invalidez permanente, sendo os
proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
proporcionais nos demais casos. Assertiva incorreta.
b) A aposentadoria compulsória (obrigatória) do servidor público ocorre aos 70
(setenta) anos de idade, tanto para os homens quanto para as mulheres.
Assertiva incorreta.
c) A gratificação natalina (13º remuneração) é devida aos servidores da ativa e
também aos aposentados. Assertiva incorreta.
d) A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da
publicação do respectivo ato, que, em regra, dar-se-á através do Diário Oficial
da União (no caso dos servidores públicos federais). Assertiva incorreta.
e) O último dia de trabalho do servidor será aquele em que completar 70
(setenta) anos de idade. No dia seguinte, considerar-se-á aposentado. Assertiva
correta.
Gabarito: Letra e.

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RELAÇÃO DAS QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS

01. (ESAF∕Analista Técnico-Administrativo – Min. Turismo∕2014) A


Constituição Federal traz vários mandamentos referentes aos
servidores públicos. Desse modo, assinale a opção correta.
a) É garantido ao servidor público civil o direito à livre associação
sindical.
b) O ocupante de cargo público efetivo tem direito ao fundo de garantia
por tempo de serviço.
c) São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.
d) Os estrangeiros nunca podem assumir cargos públicos.
e) Não há previsão de que o servidor público goze de licença
paternidade.

02. (ESAF∕Analista Técnico-Administrativo – Min. Turismo∕2014) A Lei


n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e
fundações públicas federais, trata de muitas questões relacionadas com
os servidores que estejam em estágio probatório. Consoante as
disposições previstas no referido diploma legal, assinale a opção
incorreta.
a) O servidor em estágio probatório pode exercer cargo de provimento
em comissão.
b) O servidor em estágio probatório pode ser cedido para ocupar
qualquer espécie de cargo em comissão no órgão/entidade cedido.
c) O servidor em estágio probatório pode ser afastado para participar
de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro
cargo na Administração Pública Federal.
d) Pode ser concedida licença ao servidor em estágio probatório por
motivo de doença em pessoa da família.
e) Pode ser concedida licença ao servidor em estágio probatório para
que este preste o serviço militar.

03. (ESAF∕EPP – MPOG∕2013) Assinale a afirmativa correta.


a) O denominado agente temporário é um prestador de serviço, e nessa
qualidade exerce atribuições públicas sem ocupar cargo ou emprego
público.

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b) A contratação para emprego público dispensa a realização de


concurso público.
c) Dirigentes de empresas estatais possuem relação de Direito Privado
com a estatal, mas são empregados e, portanto, regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
d) Atualmente servidores públicos podem ser contratados para ocupar
cargos públicos mediante o regime da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.
e) Apesar de se caracterizar como atividade típica de Estado, o
exercício do poder de polícia permite que seus agentes sejam
submetidos ao regime de contratação da CLT.

04. (ESAF∕PECFAZ – Ministério da Fazenda∕2013) Assinale a opção


incorreta.
a) Os ocupantes de cargos comissionados e os agentes administrativos
temporários não podem adquirir estabilidade no serviço público, uma
vez que tal instituto é reservado aos ocupantes de cargo efetivo, desde
que cumpram os requisitos constitucionais.
b) O servidor público estável poderá perder o cargo por meio de
sentença judicial transitada em julgado e, assegurada a ampla defesa,
por meio de processo administrativo disciplinar ou por meio de
procedimento de avaliação periódica de desempenho.
c) A reintegração é forma de provimento em cargo público decorrente
do retorno de servidor público estável que tenha sido demitido, em face
de decisão que anule tal demissão.
d) A acumulação de cargos públicos, permitida quando houver
compatibilidade de horários e quando se tratar de uma das hipóteses
taxativamente enumeradas na Constituição Federal, deve respeitar, no
tocante à remuneração dos cargos acumulados, o teto constitucional.
e) Aos servidores ocupantes de cargo público é assegurado o direito ao
adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei.

05. (ESAF∕Assistente Técnico-Administrativo – MF∕2013) Assinale a


opção incorreta acerca da remoção.
a) Pode implicar, ou não, mudança na cidade de exercício.
b) Pode ocorrer de ofício, ou a pedido.
c) Não existe remoção de ofício independentemente do interesse da
administração para o acompanhamento de cônjuge sem mudança de
sede.

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d) Trata-se de uma das formas de provimento derivado.


e) Em algumas hipóteses a administração pode vir a ser obrigada a
conceder remoção ao servidor que a requeira.

06. (ESAF∕Analista Tributário – RFB∕2012) Quanto às regras impostas


aos servidores públicos federais, consoante disposição da Lei n. 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, é correto afirmar que:
a) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou
com o qual coopere, o afastamento do servidor dar-se-á sem prejuízo
da remuneração.
b) o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão
oficial sem autorização do Presidente da República, Presidente dos
Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
c) para a participação do servidor em programa de pós-graduação
stricto sensu em instituição de ensino superior no País, é necessária a
compensação de horário, sem possibilidade de afastamento do
exercício do cargo.
d) ainda que no estágio probatório, a critério da administração,
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo licenças
para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos
consecutivos, sem remuneração.
e) durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de
sua candidatura perante a Justiça Federal, o servidor não terá direito a
licença.

07. (ESAF∕Analista Tributário – RFB∕2012) Quanto à responsabilidade


do servidor público, não se pode afirmar, corretamente, que:
a) o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições.
b) a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso
ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
c) tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
d) a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
e) as sanções civis, penais e administrativas são independentes entre si
e, por isso, não podem ser aplicadas cumulativamente.

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08. (ESAF∕Auditor Fiscal – RFB∕2012) Determinado servidor público


federal foi acometido de doença que, por recomendação de seu médico
particular, devidamente atestada, render-lhe-ia quatro dias de licença
para tratamento da própria saúde.

O referido servidor afastou-se de suas atividades laborais sem, todavia,


entregar à chefia imediata o atestado médico para fins de
homologação. Também não compareceu ao serviço médico do seu local
de trabalho durante o afastamento nem nos cinco dias subsequentes a
ele.

Tendo em vista que o servidor não foi periciado, nem sequer


apresentou atestado médico para que a licença médica pudesse ser
formalizada, a chefia imediata efetuou o registro das faltas em sua
folha de controle de frequência. Ao final do mês, o referido servidor
fora descontado da remuneração correspondente aos dias faltosos.

Considerando a legislação de pessoal em vigor e a recente


jurisprudência do STJ, assinale a opção correta.
a) A limitação temporal para a apresentação do atestado médico para
homologação não encontra fundamento na Lei n. 8.112/90, não
podendo ser estabelecida por meio de decreto.
b) Não é possível aplicar a penalidade da falta sem a instauração de
prévio processo administrativo disciplinar.
c) O desconto pelos dias não trabalhados não pode ser realizado sem a
prévia instauração do processo administrativo disciplinar.
d) É descabida a instauração de processo administrativo disciplinar
quando não se colima a aplicação de sanção de qualquer natureza, mas
o mero desconto da remuneração pelos dias não trabalhados.
e) A compensação de horário não é admitida, em nenhuma hipótese,
pela Lei n. 8.112/90.

09. (ESAF∕Auditor Fiscal – RFB∕2012) Determinado servidor público


cometeu infrações disciplinares, violando os incisos I, II e III do art.
116, c/c o art. 117, incisos IX e XV, todos da Lei n. 8.112/90 e foi
apenado com suspensão de setenta e cinco dias. Entretanto, invocando
pareceres da Advocacia-Geral da União que consideram compulsória a
penalidade de demissão em casos como o acima narrado, foi declarado
nulo o julgamento proferido no processo administrativo disciplinar em
questão, considerando que o referido servidor cometeu falta funcional
passível de demissão.

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Após garantido o devido processo legal, com o contraditório e ampla


defesa que lhes são inerentes, a autoridade julgadora emite portaria,
demitindo o servidor público pelas infrações cometidas.

Tendo em mente a jurisprudência do STJ sobre a matéria, assinale a


opção correta.
a) Em caso de dissonância entre a penalidade aplicada e a penalidade
recomendada em lei ou orientação normativa interna, é possível o
agravamento da penalidade imposta ao servidor ainda que após o
encerramento do respectivo processo disciplinar, com julgamento pela
autoridade competente.
b) O rejulgamento do processo administrativo disciplinar é possível não
somente quando houver possibilidade de abrandamento da sanção, mas
em alguns casos específicos de agravamento como o narrado no
enunciado da questão.
c) Sempre que caracterizada uma das infrações disciplinares previstas
no art.132 da Lei n. 8.112/90, torna-se compulsória a aplicação da
pena de demissão.
d) É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no
mesmo processo em que se fundou a primeira.
e) A anulação parcial do processo para a aplicação de orientação da
Advocacia-Geral da União está correta e equipara-se a uma anulação
por julgamento contrário à prova dos autos.

10. (ESAF∕Analista de Finanças e Controle – CGU∕2012) Para os efeitos


da Lei n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, não são servidores
públicos
a) os que se sujeitam ao regime jurídico estatutário.
b) os ocupantes de cargos nas autarquias públicas.
c) os funcionários das empresas públicas.
d) os ocupantes de cargo de provimento em comissão.
e) os que tiverem sido nomeados e empossados em caráter efetivo.

11. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) A


respeito do gênero agentes públicos, pode-se encontrar pelo menos
duas espécies, quais sejam: aqueles que ocupam cargo público e
aqueles que detêm emprego público.

Assinale (1) para as características abaixo presentes nas duas espécies


de agentes públicos.

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Assinale (2) para as características abaixo presentes apenas no regime


que rege os ocupantes de cargo público.

Assinale (3) para as características abaixo encontradas na disciplina


jurídica dos detentores de emprego público.

Estabelecida a correlação, assinale a opção que contenha a resposta


correta.
( ) Carteira de Trabalho e Previdência Social;
( ) Estágio Probatório;
( ) Acesso mediante Concurso Público;
( ) FGTS;
( ) Estabilidade.
a) 2 / 2 / 1 / 3 / 3.
b) 2 / 3 / 1 / 2 / 3.
c) 3 / 2 / 1 / 3 / 2.
d) 1 / 3 / 2 / 3 / 2.
e) 1 / 1 / 3 / 2 / 3.

12. (Procurador do Ministério Público/TCE GO 2007/ESAF) No que


tange a exigências estabelecidas para o provimento originário e efetivo
exercício de cargo público, assinale a opção que constitui entendimento
hoje sedimentado no Supremo Tribunal Federal.
a) É aceitável, excepcionalmente, o estabelecimento de idade mínima
do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência para a
nomeação no referido cargo.b) O limite de idade para a inscrição em
concurso público é legítimo, quando tal limite possa ser justificado pela
natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
c) É aceitável, em determinada hipótese, o estabelecimento de idade
mínima do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência
para a posse no referido cargo.
d) É aceitável, em determinada hipótese, o estabelecimento de idade
mínima do pretendente ao cargo público, mas apenas como exigência
para a efetiva entrada em exercício no referido cargo.
e) É inaceitável a exigência de idade mínima do pretendente a cargo
público, que seja provido por concurso público, se esse
comprovadamente detém capacidade plena para o exercício de direitos,
e assunção de obrigações, nas esferas civil e penal.

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13. (CESPE/Juiz Federal – TRF 5ª Região/2013) Em relação aos


servidores públicos, considerando a jurisprudência dos tribunais
superiores e as disposições da Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção
correta.
a) De acordo com jurisprudência do STJ, não é possível o
aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do tempo de
serviço cumprido sob o regime celetista por ex-empregado público
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da
extinção da empresa pública em que trabalhava.
b) Consoante a jurisprudência do STJ, o pedido de exoneração, de
ofício, por servidor público, de um dos cargos que acumule
indevidamente, no curso de processo administrativo disciplinar
instaurado para apuração da acumulação ilegal de cargos, implica a
extinção do processo por falta do objeto.
c) Segundo a jurisprudência do STJ, deve-se observar o teto
constitucional para a remuneração de servidores públicos mesmo na
hipótese de acumulação de proventos por servidor aposentado em
decorrência do exercício legal de dois cargos privativos de profissionais
de saúde.
d) Consoante a jurisprudência do STJ e do STF, os servidores inativos
que reingressaram no serviço público antes da promulgação da Emenda
Constitucional n.º 20/1998 podem perceber tanto os proventos da
aposentadoria como os vencimentos do novo cargo público,
independentemente de os cargos serem ou não acumuláveis; no
entanto, o servidor que entrar para inatividade em relação ao novo
cargo não poderá acumular os dois proventos decorrentes da
aposentadoria, devendo optar por um deles.
e) Servidor demitido ilegalmente deve ser reintegrado ao cargo por ele
anteriormente ocupado, e o atual ocupante do cargo, se for servidor
não estável, deverá ser posto em disponibilidade, com direito à
percepção de vencimentos proporcionais, até que surja novo cargo em
que seja lotado.

14. (Procurador do Distrito Federal/PGDF 2007/ESAF) No tocante aos


Agentes e Servidores Públicos está incorreta a assertiva de que:
a) os particulares que atuam em colaboração (por delegação,
requisição, etc.) com o Poder Público não se inserem no conceito de
Servidores Públicos.

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b) o art. 38 da Constituição Federal estabelece que o tempo de serviço


do servidor público da administração direta autárquica e fundacional,
em qualquer caso que exija o seu afastamento para o exercício de
mandato eletivo, será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento.
c) o art. 40 da CF expressamente veda à lei o estabelecimento de
qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
d) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento de
servidor público para o exercício de mandato eletivo, os valores serão
determinados como se em exercício estivesse.
e) os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos
em cinco anos, em relação ao § 1º, III, “a” do art. 40 da CF, para o
professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino superior, médio
e fundamental.

15. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sabendo-se que a prévia


habilitação em concurso público é condição necessária à nomeação
para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo, e
considerando o que dispõe a Lei 8.112/1990, é correto afirmar sobre
tal instituto que:
a) poderá ser aberto novo concurso ainda que haja candidato aprovado
em concurso anterior com prazo de validade já expirado.
b) será de provas, de títulos ou de provas e títulos.
c) poderá ter validade de um ano e ser prorrogado uma única vez, por
mais dois anos.
d) terá seu prazo de validade e condições de realização fixados em
Decreto Presidencial.
e) poderá ter validade de seis meses e ser prorrogado várias vezes, por
mais seis meses em cada prorrogação, até o limite de quatro anos.

16. (CESPE/Defensor Público – DPE ES/2013) Assinale a opção correta


referente aos servidores públicos.
a) O fim da exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos é tema ainda não resolvido definitivamente.
b) Os municípios podem remunerar seus vereadores por vencimentos
compostos de uma parcela fixa e outra variável.
c) Os municípios que ainda não instituíram o regime de emprego
público podem fazê-lo a qualquer tempo, com base no disposto na
Emenda Constitucional n.º 19/1998.

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d) O servidor remunerado por meio de subsídio não faz jus ao


recebimento de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou vantagem de caráter indenizatório.
e) A CF limita a acumulação remunerada de cargos públicos à de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.

(Analista Técnico Administrativo/DPU 2010/CESPE - adaptada) Com


relação aos benefícios do servidor público civil, julgue os itens
seguintes.
17. Para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de
servidor, deverá comprovar sua dependência econômica.
18. Servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-
natalidade equivalente a um vencimento por nascituro.
19. Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia
profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
20. Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto
de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público.
21. Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de
licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em
estágio probatório.

22. (Auditor-Fiscal/Receita Federal do Brasil 2009/ESAF) Relacione as


formas de provimento de cargo público, previstas no art. 8º da Lei n.
8.112, de 11 de dezembro de 1990, às suas respectivas características.
Ao final, assinale a opção correspondente.

1. nomeação

2. promoção

3. readaptação

4. reintegração

5. recondução

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( ) é caracterizada pelo retorno do servidor estável ao cargo


anteriormente ocupado quando inabilitado em estágio probatório
relativo a outro cargo ou quando o anterior ocupante é reintegrado.
( ) é o ato administrativo que materializa o provimento originário.
Pode-se dar em comissão ou em caráter efetivo, dependendo, neste
último caso, de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua
validade.
( ) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em
sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
( ) é caracterizada pelo retorno do servidor estável a seu cargo
anteriormente ocupado, ou cargo resultante de sua transformação,
após ter sido invalidada sua demissão, com ressarcimento de todas as
vantagens.
( ) é a forma de provimento pela qual o servidor sai de seu cargo e
ingressa em outro situado em classe mais elevada.
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 2, 3, 5, 1, 4
c) 4, 1, 5, 3, 2
d) 3, 4, 2, 1, 5
e) 5, 1, 3, 4, 2

23. (Assistente/Ministério da Fazenda 2009/ESAF) Acerca do


provimento de cargos públicos federais, regulado pela Lei n. 8.112, de
11 de dezembro de 1990, assinale a opção incorreta.
a) São requisitos básicos para a investidura em cargo público, entre
outros, a nacionalidade brasileira, o gozo dos direitos políticos e a
idade mínima de dezoito anos.
b) A posse em cargo público é ato pessoal e intransferível, sendo
proibida a sua realização mediante procuração.
c) A posse deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da
publicação do ato de provimento, sob pena de ser o ato tornado sem
efeito.
d) Os concursos públicos podem ter validade de até 2 (dois) anos,
possível uma única prorrogação, por igual período.
e) A contar da posse em cargo público, o servidor tem o prazo de 15
(quinze) dias para entrar em exercício.

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(Assistente em C&T/INCA 2010/CESPE) Um biólogo, nascido nos


Estados Unidos da América, chegou ao Brasil em 2008 para pesquisar a
fauna do cerrado. Sem requerer a cidadania brasileira, prestou
concurso para o cargo de professor titular da Universidade Federal do
Mato Grosso (UFMT), no final de 2008, tendo sido aprovado na 4.ª
colocação. O prazo de validade do concurso era de um ano e meio,
improrrogável. Ao final de doze meses de validade do concurso, a UFMT
abriu novo concurso para o mesmo cargo e, três meses após a abertura
do novo certame, começou a convocar os aprovados nesse último
certame para tomar posse. Diante dessa situação hipotética e com
enfoque nas disposições constitucionais e legais sobre os servidores
públicos, julgue os itens seguintes.
24. A UFMT não poderia ter admitido a inscrição do referido biólogo no
concurso público, pois os cargos, empregos e funções públicas na
administração pública federal são inacessíveis aos estrangeiros.
25. É inconstitucional a fixação do prazo de validade do concurso em
um ano e meio.
26. A UFMT deveria convocar os aprovados no concurso público de
2008, antes de convocar os novos concursados, para assumir o cargo
de professor titular.
27. A investidura do biólogo no cargo de professor titular da UFMT
ocorrerá com sua posse.
28. O provimento do biólogo no cargo de professor titular da UFMT
ocorrerá com sua nomeação.

(CESPE∕Auditor Fiscal do Trabalho –MTE∕2013) Com referência ao


processo administrativo e à Lei no. 8.112/1990, cada um dos próximos
itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva que
deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.
29. Um servidor público federal foi demitido após o devido processo
administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na
qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em
decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor
reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às
vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento.

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30. Determinado servidor público federal, que responde a processo


administrativo disciplinar, requereu sua aposentadoria voluntária, e a
administração pública indeferiu-lhe o pedido. Nessa situação, o
indeferimento do pleito está de acordo com a legislação de regência,
pois o servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser
aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade eventualmente aplicada.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE) Em cada uma das opções


abaixo, é apresentada uma situação hipotética relacionada aos deveres
e responsabilidades dos servidores públicos, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
31. Um servidor público recebeu ordem de seu chefe imediato para que
realizasse determinada tarefa que não ia de encontro à lei e que estava
compreendida entre as atribuições de seu cargo. Nessa situação, não
há motivo para o servidor em hipótese alguma, negar-se a realizar a
tarefa.
32. Um servidor público atrasa-se cotidianamente para chegar ao
trabalho e, ainda, ausenta-se frequentemente sem prévia justificativa.
Nessa situação, o servidor não poderá ser repreendido por seu chefe
imediato, visto que a lei, apesar de não permitir a ausência
injustificada, permite atrasos consecutivos.
33. O servidor público A presenciou, em sua seção, o recebimento de
propina pelo servidor B. Nessa situação, o servidor A não precisará
denunciar o colega de trabalho às autoridades.
34. Um servidor público, chefe de sua seção, recebe frequentemente
presentes de empresas prestadoras de serviços à sua seção. Nessa
situação, conforme disposição constitucional, o recebimento dos
presentes deve ser considerado válido.
35. O servidor público causou acidente de trânsito ao conduzir veículo
oficial. Nessa situação, o servidor não será responsabilizado
financeiramente por danos ao erário.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE - adaptada) Com base nas


disposições legais acerca de direitos e vantagens dos servidores
públicos federais, julgue os itens seguintes.

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36. Servidor público que oficializar candidatura a cargo político não


pode, em nenhuma hipótese, afastar-se de sua repartição para realizar
campanha política.
37. Servidora pública, em razão de nascimento de filho, tem direito a
licença-maternidade pelo período de até 180 dias.
38. Servidor participante de certame para a ocupação de outro cargo
efetivo não deve receber remuneração durante a fase do concurso
público relativa ao programa obrigatório de formação.
39. Servidor público tem direito a licença capacitação de um mês a cada
cinco anos de efetivo exercício.
40. Servidor público, em nenhuma hipótese, pode ocupar mais de um
cargo de provimento efetivo.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE RO 2012/CESPE - adaptada) A


partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos servidores públicos, julgue os itens
seguintes.
41. Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for
investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de
estágio probatório.
42. De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade
dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de
sociedade de economia mista contratados mediante concurso público,
razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados
por justa causa.
43. Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada
vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de
legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de
cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a
administração pública exercer o poder de autotutela.
44. O subteto determinado pela CF estipula que os membros do MP, os
procuradores, os defensores e os delegados de polícia recebam subsídio
mensal limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do STF.
45. De acordo com a CF, a vedação de acúmulo remunerado de cargos,
empregos e funções públicas não atinge a sociedade de economia
mista, mas tão somente as empresas públicas.

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(Promotor de Justiça Substituto/MPE SE 2012/CESPE - adaptada) Com


base nas normas constitucionais referentes à administração direta e
indireta e ao instituto da intervenção, julgue os itens seguintes.
46. A exigência constitucional de reserva de vaga para portadores de
deficiência física em concurso público é exigência de caráter geral que
não pode ser afastada, salvo se o número de cargos resultante do
percentual legalmente previsto for inferior a um, caso em que a fração
poderá ser desprezada.
47. Em razão da proibição de acumular remuneradamente cargos
públicos, não se admite o acúmulo de proventos da inatividade com
subsídios ou vencimentos oriundos de cargo, função ou emprego
público, mesmo que acumuláveis na atividade.

48. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sobre os afastamentos


previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, é
correto afirmar:
a) o servidor investido no mandato de prefeito perceberá as vantagens
de ambos os cargos, independente de haver compatibilidade de horário.
b) apenas quando o curso for realizado no exterior será permitido o
afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto
sensu.
c) o servidor investido no mandato de vereador perceberá as vantagens
de ambos os cargos, independente de haver compatibilidade de horário.
d) apenas a outro órgão ou entidade dos Poderes da União o servidor
poderá ser cedido para exercício de cargo em comissão.
e) o servidor investido no mandato de deputado estadual ficará
afastado do cargo.

49. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Sobre a


responsabilidade do servidor público, regido pela Lei n. 8.112/90, é
correto afirmar que:
I. as responsabilidades civil, penal e administrativa são excludentes, ou
seja, a condenação em uma esfera impede que o seja na outra, para
que não haja bis in idem;
II. a responsabilidade administrativa será afastada no caso de
absolvição criminal que negue a existência do fato;

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III. a responsabilidade penal restringe-se aos crimes praticados no


exercício das funções;
IV. nos casos em que a Fazenda Pública for condenada a indenizar
terceiro, por ato de servidor público no exercício da função, assiste-lhe
o direito de regresso contra o responsável, independentemente de ele
ter agido sem dolo ou culpa;
V. a obrigação de reparar o dano causado ao erário estende-se aos
sucessores do servidor e contra eles será executada, até o limite do
valor da herança recebida.
Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.


b) apenas as afirmativas I, II, III e IV.
c) apenas as afirmativas I, III e IV.
d) apenas as afirmativas II e V.
e) apenas as afirmativas II, IV e V.

50. (ESAF∕Técnico Administrativo – DNIT∕2013) São direitos dos


trabalhadores da iniciativa privada constitucionalmente estendidos aos
servidores públicos, exceto:
a) remuneração do trabalho noturno superior ao diurno.
b) repouso semanal remunerado.
c) décimo terceiro salário.
d) FGTS.
e) redução de riscos inerentes ao trabalho.

51. (ESAF∕Analista de Finanças e Controle – CGU∕2012) Quanto à


aposentadoria do servidor público, pode-se afirmar corretamente que
a) a aposentadoria por invalidez permanente dar-se-á com proventos
integrais.
b) aos oitenta anos de idade, o servidor será aposentado
compulsoriamente com proventos proporcionais.
c) ao servidor aposentado não é devida a gratificação natalina.
d) a aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data
do pedido feito pelo servidor.
e) a aposentadoria compulsória é automática e tem vigência a partir do
dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de
permanência no serviço ativo.

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QUESTÕES COMENTADAS – FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

01. (Procurador de 2ª Classe / Município de Salvador 2006/FCC) De


acordo com a doutrina, agente público é toda a pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta,
(A) incluindo-se os servidores públicos, estatutários e celetistas, bem
como os agentes políticos, estes desde que investidos mediante
nomeação e não detentores de mandato eletivo.
(B) inclusive os particulares que atuam em colaboração com o poder
público, mediante delegação, requisição, nomeação ou designação.
(C) não se incluindo na categoria os agentes políticos, detentores de
mandato eletivo.
(D) não se incluindo na categoria os militares.
(E) somente incluindo-se na categoria aqueles que possuem vínculo
estatutário ou celetista com a Administração.
Comentários
A expressão “agente público” é utilizada pela doutrina em sentido muito
amplo, abrangendo toda e qualquer pessoa física que exerce, em caráter
permanente ou temporário, remunerada ou gratuitamente, sob qualquer forma
de investidura ou vínculo, função pública em nome do Estado. Alcança todas
as pessoas físicas que, de qualquer modo, estão vinculadas ao Estado. Isso
inclui desde os mais importantes agentes, como o Presidente da República,
Senador ou Deputado Federal (detentores de mandatos eletivos), os militares, e
até mesmo aqueles que somente em caráter eventual exercem funções
públicas, como é o caso dos mesários eleitorais.
Independentemente do nível federativo (União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios) ou do poder estatal no qual exerce as suas funções (Legislativo,
Executivo ou Judiciário), para que seja denominado “agente público” é
suficiente que a pessoa física esteja atuando em nome do Estado.

GABARITO: LETRA B.

02. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Quanto à nomeação é


INCORRETO afirmar que
(A) se dará em comissão, salvo na condição de interino, para cargos de
confiança ou efetivos, ainda que não vagos.

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(B) far-se-á em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de


provimento efetivo ou de carreira.
(C) para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos.
(D) o servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa.
(E) os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos.
Comentários
(A) A nomeação, forma originária de provimento, far-se-á em caráter
efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de
carreira, ou, ainda, em comissão, inclusive na condição de interino, para
cargos de confiança vagos. Assertiva incorreta.
Para responder às questões da FCC, lembre-se de que os cargos em
comissão também são denominados de cargos de confiança, não sendo
exigida a realização de concurso público para o respectivo provimento.
(B) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois está em
conformidade com o teor da Lei 8.112/90. Cargo de carreira é aquele que se
escalona em várias classes e níveis, permitindo ao seu titular usufruir de
progressões e promoções durante a sua vida funcional. Por outro lado, cargo
isolado é aquele que não se divide em níveis e classes, sendo estático em
razão da natureza de suas atribuições.
(C) O inc. II do art. 37 da CF/88 é expresso ao afirmar que “a investidura
em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração”. Assertiva correta.
(D) O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial
realmente poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente
(provisoriamente), em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições
do que atualmente ocupa. Nesse caso, deverá optar pela remuneração de
apenas um deles durante o período da interinidade. Assertiva correta.

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(E) O texto da assertiva deve ser considerado correto, pois não é a Lei
8.112/90 que irá estabelecer os critérios de promoção e progressão em relação
às várias carreiras existentes no âmbito da Administração Pública Federal. A
título de exemplo, destaca-se que para disciplinar a carreira dos Auditores
Fiscais da Receita Federal do Brasil foi criada a Lei 10.593/02, enquanto que
para disciplinar a carreira dos Policiais Rodoviários Federais foi criada a Lei
9.654/98.
GABARITO: LETRA A.

03. (Especialista em Políticas Públicas/Estado de SP 2009/FCC) Em


conformidade com a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal
ao caput do artigo 39 da Constituição Federal, o regime jurídico dos
servidores públicos:
(A) deve ser único para os servidores da Administração Direta, das
Autarquias e das Fundações Públicas.
(B) pode ser estendido, por lei, aos empregados de sociedades de
economia mista que exploram atividade econômica em regime de
concorrência com a iniciativa privada.
(C) deve ser o mesmo para servidores de Fundações Públicas, sejam de
Direito Público ou de Direito Privado.
(D) pode ser celetista para os servidores das Autarquias e Fundações
Públicas e deve ser estatutário, para os servidores da Administração
direta.
(E) deve ser adotado para empregados de empresas públicas que
desenvolvem atividade econômica em regime de monopólio.
Comentários
A Emenda Constitucional nº 19, de 04/06/1998, ao conferir nova redação
ao artigo 39 da Constituição Federal, havia eliminado a exigência de regime
jurídico único no âmbito da administração pública direta, autárquica e
fundacional. Como conseqüência, foi publicada a Lei Federal nº 9.962/00, com o
objetivo de disciplinar o regime de emprego público do pessoal da
Administração federal direta, autárquica e fundacional de Direito Público.
Com o advento da citada lei, a Administração Direta federal, bem como
suas autarquias e respectivas fundações públicas de Direito Público foram
autorizadas a selecionar agentes administrativos pelo regime estatutário ou
pelo regime celetista. Todavia, em 02 de agosto de 2007, o Supremo Tribunal
Federal concedeu medida cautelar na ADI 2.135 suspendendo as alterações
efetuadas no caput do artigo 39 da CF/88, voltando a vigorar, então, a
obrigatoriedade de adoção de regime jurídico único.

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Nesses termos, atualmente a Administração federal direta, autárquica e


fundacional está proibida de contratar agentes pelo regime da CLT, pelo menos
até o julgamento final do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.135.
Foram suspensos também os efeitos da Lei 9.962/00, já que não mais se
admite a contratação de empregados públicos no âmbito da Administração
federal direta, autárquica e fundacional. Porém, como os efeitos da decisão do
Supremo Tribunal Federal foram “ex nunc”, todas as contratações celetistas
efetuadas durante a vigência da lei foram mantidas até o julgamento final do
mérito.
Desse modo, para responder às questões da FCC sobre o tema, lembre-se
de que atualmente voltou a vigorar o regime jurídico único para os
servidores da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas de
direito público. As empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações públicas de direito privado continuam contratando seus empregados
pelo regime celetista, já que são regidas pelo direito privado.
GABARITO: LETRA A

04. (Analista Judiciário/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, quanto à posse e ao exercício em cargo público, é correto
que
(A) a posse e o exercício poderão dar-se através da nomeação da
autoridade do órgão como procurador do servidor, mediante
procuração específica.
(B) a posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da data do ato
de nomeação.
(C) é de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da publicação do ato de
provimento.
(D) a promoção interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data da posse do servidor.
(E) à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Comentários
(A) Primeiramente, é importante esclarecer que a posse pode ocorrer
mediante procuração específica outorgada a uma pessoa de confiança do
candidato nomeado, que, por questões óbvias, não pode ser a autoridade do
órgão ou entidade, pois esta responde administrativamente pelo processo.

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Além disso, deve ficar bem claro que somente a posse pode ocorrer
mediante procuração específica, não abrangendo o exercício, que é ato de
natureza personalíssima (o servidor tem que comparecer ao local de trabalho
pessoalmente e iniciar o exercício das atribuições inerentes ao cargo). Assertiva
incorreta.
(B) A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de provimento, o que torna a assertiva incorreta.
(C) O prazo para o servidor empossado entrar em exercício é de 15
(quinze) dias, contados da data posse. Caso seja empossado e não entre em
exercício nesse prazo, o servidor será exonerado. Assertiva incorreta.
(D) A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que
promover o servidor. Assertiva incorreta.
(E) Esse é o teor do § 3º do art. 15 da Lei 8.112/90, portanto, deve ser
considerada correta a assertiva.
Lembre-se sempre de que a contagem de tempo de serviço do servidor
somente será iniciada a partir do exercício e não da posse. Ademais, ao entrar
em exercício, o servidor apresentará ao órgão competente os elementos
necessários ao seu assentamento individual.
GABARITO: LETRA E.

05. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) São formas de


provimento de cargo público, dentre outras,
(A) a ascensão.
(B) o aproveitamento.
(C) a transferência.
(D) a disponibilidade.
(E) a inscrição.
Comentários
O art. 8º da Lei 8.112/90 apresenta como formas de provimento a
nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e a
recondução. Dentre essas, somente a nomeação é forma orginária de
provimento, todas as demais são consideradas formas derivadas.
Lembre-se sempre de que a ascenção e a transferência foram
declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e, posteriormente,
revogadas pela Lei 9.527/97. Isso porque possibilitavam ao servidor investir-se,
sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em

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cargo que não integrava a carreira na qual era anteriormente investido, o que
contraria o teor da Súmula 685 do STF.
GABARITO: LETRA B

06. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, relativamente à posse e ao exercício, considere:
I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de aprovação em concurso público.
II. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica
oficial.
III. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da posse.
IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
V. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II, III e V.
(E) III, IV e V.

Comentários

Item I – O prazo de 30 (trinta) dias para a posse deverá ser contado da


publicação da nomeação e não da publicação do ato de aprovação em concurso
público. Assertiva incorreta.
Item II – Somente poderá ser empossado em cargo público aquele que
for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Desse modo, é
imprescindível a realização de prévia inspeção médica oficial. Assertiva
incorreta.
Item III – Esse realmente é o prazo legal para que o servidor
empossado em cargo público entre em exercício. Caso ocorra o transcurso do
prazo sem que o servidor entre em exercício, ocorrerá a sua exoneração.
Assertiva correta.

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Item IV – O texto da assertiva está correto, pois a posse realmente é


consequência do ato de nomeação. Sendo assim, lembre-se sempre de que não
haverá posse nos atos derivados de provimento, a exemplo de recondução,
reintregração, promoção, entre outros. Assertiva correta.
Item V - O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício
realmente serão registrados no assentamento individual do servidor. Esses
registros são importantes para que a Administração possa acompanhar o tempo
de efetivo exercício do servidor, que, dentre outras situações, será importante
para as avaliações periódicas realizadas durante o estágio probatório e para o
gozo de várias licenças e afastamentos. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA E

07. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Armando, Técnico


Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi
reinvestido no cargo anteriormente ocupado, diante da invalidação da
sua demissão por decisão administrativa, com ressarcimento de todas
as vantagens. Nos termos da Lei no 8.112/90, ocorreu a
(A) readaptação.
(B) reversão.
(C) recondução.
(D) reintegração.
(E) ascensão.
Comentários
O § 2º do art. 41 da CF/88 é expresso ao afirmar que invalidada por
sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Apesar de o texto constitucional não fazer referência expressa à
reintegração proveniente da anulação de demissão por decisão
administrativa, essa possibilidade está prevista no art. 28 da Lei 8.112/90, ao
afirmar que “a reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens”.
Perceba que tanto a Lei 8.112/90 quanto o próprio texto constitucional
apresentam a ressalva de que somente o servidor estável pode ser
reintegrado no caso de anulação de demissão aplicada pela administração.

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Tanto é verdade que o próprio texto da questão também destacou que o


servidor era estável.
É claro que o servidor demitido ilegalmente durante o estágio probatório
também poderá recorrer ao Poder Judiciário requerendo a anulação da
demissão. Todavia, se a demissão for anulada, não é correto afirmar que
ocorrerá a reintegração, pois ele não era estável. Para fins de concursos
públicos, ocorrerá um simples “retorno” ao cargo anteriormente ocupado.

GABARITO: LETRA D.

08. (Técnico Judiciário/TRE PI 2009/FCC) Tício, servidor público


estável do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí no cargo de
Técnico Judiciário - Área Administrativa, foi aprovado em concurso
público para o cargo de Analista Judiciário do mesmo Tribunal. Porém,
Tício foi inabilitado no estágio probatório relativo ao cargo de Analista.
Neste caso, Tício será
(A) reintegrado ao cargo de Técnico.
(B) exonerado de ambos os cargos.
(C) revertido ao cargo de Técnico.
(D) reconduzido ao cargo de Técnico.
(E) demitido de ambos os cargos.

Comentários
Recondução é retorno do servidor estável ao cargo anteriormente
ocupado e pode ocorrer em virtude de inabilitação em estágio probatório
relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo em
virtude da anulação judicial de sua demissão, por exemplo.
No exemplo apresentado, como Tício já era servidor estável do TRE/PI,
não precisava requerer exoneração do cargo de Técnico Judiciário para
assumir o cargo de Analista, mas apenas uma vacância em razão da posse em
outro cargo inacumulável (Lei 8.112/90, art. 33, inc. VIII). Nesse caso, estaria
autorizado a se submeter ao estágio probatório do cargo de Analista sem
extinguir o vínculo anterior com o Tribunal.
Durante todo o período do estágio probatório, caso não estivesse se
“adaptando” ao novo cargo, Tício poderia optar pela recondução ao cargo
anterior (Técnico Judiciário), requerendo exoneração do cargo de Analista.

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Deve ficar claro que a recondução pode ocorrer por opção do servidor
(durante o período do estágio probatório) ou de ofício, no caso de reprovação
no estágio probatório.
GABARITO: LETRA D.

09. (Analista Judiciário/TRE PI 2009/FCC) De acordo com a Lei n°


8.112/90, na reversão, o servidor que retornar à atividade por
interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos
da aposentadoria, a remuneração
(A) do cargo que voltar a exercer, com exceção das vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(B) do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(C) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens do cargo que voltar a exercer.
(D) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens de natureza pessoal que recebia anteriormente à
aposentadoria.
(E) que recebia a título de aposentadoria acrescida com as vantagens
do cargo que voltar a exercer, bem como com as de natureza pessoal
que recebia anteriormente à aposentadoria.
Comentários
A reversão, forma derivada de provimento de cargos públicos, pode ser
conceituada como o retorno à atividade de um servidor que já se encontrava
aposentado.
A Lei 8.112/90, em seu art. 25, § 4º, prevê que “o servidor que retornar
à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria”.
GABARITO: LETRA B.

10. (Analista judiciário/TRT SP 2008/FCC) Determinado funcionário


público é deslocado, de ofício, para outro local de trabalho, sem
mudança de cargo, porém, no âmbito do mesmo quadro. Esse
deslocamento, de acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da União, configura o instituto da

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(A) deslocação.
(B) redistribuição.
(C) transferência.
(D) substituição.
(E) remoção.
Comentários
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Ocorrerá a remoção quando um servidor do IBAMA, por exemplo, é
deslocado da cidade de Montes Claros/MG, para a cidade de Avaré, no Estado
de São Paulo. Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas
funções no âmbito do quadro do IBAMA, porém, em outra cidade.
A remoção também pode ocorrer sem a necessidade de mudança de
sede. Isso acontece, por exemplo, quando um servidor do INSS é deslocado de
uma agência de atendimento localizada no bairro “X”, para outra agência de
atendimento localizada no bairro “Y”, dentro da mesma cidade.
Fique atento às provas da FCC, pois você pode encontrar questões
afirmando que a remoção é forma derivada de provimento, o que não é
verdade.
GABARITO: LETRA E.

11. (Analista Judiciário/TRT 18ª Região 2008/FCC) Estando o servidor,


na data da publicação do ato de provimento, afastado por motivo de
férias, o prazo para a posse será contado
(A) do término das férias.
(B) do início das férias.
(C) do início das férias, descontado o tempo decorrido desta.
(D) do término das férias, porém reduzido pela metade.
(E) do quinto dia do mês subseqüente ao do término das férias.

Comentários
Em regra, a posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da
publicação da nomeação. Entretanto, se o nomeado for servidor público
(aprovado em outro concurso público), é possível que o prazo seja estendido
em algumas situações especiais.

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O § 2º, art. 13, da Lei 8.112/90, por exemplo, estabelece que se no


momento de publicação da nomeação o servidor estiver gozando de alguma das
licenças ou afastamentos arrolados abaixo, o prazo de trinta dias para a posse
somente será contado a partir do término do gozo, a saber:
1ª) licença por motivo de doença em pessoa da família;
2ª) licença para o serviço militar;
3ª) licença para capacitação;
4ª) férias;
5ª) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou
em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser
o regulamento;
6ª) júri e outros serviços obrigatórios por lei;
7ª) deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
8ª) participação em competição desportiva nacional ou convocação para
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior,
conforme disposto em lei específica;
9ª) licença à gestante, à adotante e à paternidade;
10) licença para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado
à União, em cargo de provimento efetivo;
11) licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
12) licença para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
13) licença por convocação para o serviço militar;
GABARITO: LETRA A.

12. (Analista Judiciário/TRT 4ª Região 2009/FCC) Um concurso público


é realizado para o provimento de 30 vagas. São aprovados 40
candidatos e imediatamente 20 são nomeados. A validade original do
concurso é de 2 anos. Passados esses 2 anos, a validade do concurso é
prorrogada por mais 2 anos, conforme previsto no edital. Todavia,
antes de encerrados esses outros 2 anos, novo concurso é aberto para
o preenchimento das vagas remanescentes, argumentando a
Administração que o prazo de validade original do concurso já se
expirara e que já está defasada a comprovação de capacitação dos
candidatos anteriormente aprovados. Nessa situação, é ilegal a

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(A) convocação de um concurso com validade original de 2 anos.


(B) nomeação de aprovados em número menor que o de vagas.
(C) abertura do novo concurso.
(D) aprovação de candidatos em número maior que o de vagas.
(E) convocação de um concurso com validade prorrogável.

Comentários
(A) O inc. III, art. 37, da CF/1988, prevê que o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
Sendo assim, ao publicar um edital de concurso público anunciando o prazo de
validade original de 02 (dois) anos, a Administração está atuando em
conformidade com o texto constitucional. Assertiva incorreta.
(B) No exemplo apresentado no caput da questão, foi informado que o
prazo de validade do concurso público ainda não havia expirado, já que fora
prorrogado por mais dois anos. Desse modo, não é ilegal o fato de a
Administração ter nomeado um número de candidatos menor que o número de
vagas inicialmente disponibilizado.
Apesar de o Superior Tribunal de Justiça possuir entendimento
consolidado no sentido de que os candidatos aprovados dentro do número de
vagas oferecidas no edital possuem direito líquido e certo à nomeação (RMS
20.718/SP, de relatoria do Ministro Paulo Medina), compete à Administração
decidir sobre o momento mais conveniente e oportuno para realizá-las, desde
que respeitado o prazo de validade do certame.
Desse modo, não pode ser considerada ilegal a nomeação de aprovados
em número menor que o de vagas, pois o concurso público ainda estava em
vigor e, a qualquer momento, a Administração poderia realizar novas
nomeações, o que torna a assertiva incorreta.

(C) O § 2º do art. 12 da Lei 8.112/90 prevê que “não se abrirá novo


concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo
de validade não expirado”. Desse modo, como ainda existiam 10 (dez)
candidatos aprovados dentro do número de vagas e ainda não nomeados, a
Administração realmente estaria proibida de realizar um novo concurso público,
por isso a assertiva foi considerada correta.
É importante esclarecer que a proibição de realização de um novo
concurso público, enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior
com prazo de validade não expirado, restringe-se à União, autarquias e
fundações públicas federais, já que a previsão legal está contida na Lei
8.112/90.

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A Constituição Federal não estabelece qualquer proibição à realização de


um novo concurso público, apenas afirma que “durante o prazo improrrogável
previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira” (art. 37, IV).

(D) Não há qualquer impedimento à aprovação de candidatos em número


superior às vagas inicialmente ofertadas no edital, salvo se houver alguma
proibição editalícia nesse sentido. Como o texto da assertiva não fez qualquer
referência à proibição, deve ser considerado incorreto.
(E) Nos comentários apresentados na letra “A”, ficou claro que o prazo de
validade do concurso público é de até 02 (dois) anos, prorrogável uma vez,
por igual período. Isso significa que se a Administração fixar o prazo de
validade do certame em 01 (um) ano, poderá prorrogá-lo por mais 01 (um)
ano; se fixar o prazo de validade em 06 (seis) meses, poderá prorrogá-lo por
mais 06 (seis) meses, e assim por diante. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA C.

13. (Oficial de Defensoria Pública/DPE – SP 2010/FCC) Em relação ao


servidor público ocupante de cargo efetivo pode-se afirmar:
(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.
(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada a ampla defesa.
(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas
mediante decisão administrativa transitada em julgado.
(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para
provimento do cargo.
(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já
adquiriu estabilidade.
Comentários
O art. 41 da CF/88 é expresso ao afirmar que são estáveis após três
anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Adquirida a estabilidade, o servidor
público estável só perderá o cargo:
1º) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2º) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;

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3º) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa; ou
4º) Para o cumprimento dos limites estabelecidos no art. 169 da CF/88
(Responsabilidade Fiscal).

GABARITO: LETRA B.

14. (Analista Judiciário/TRE AL 2010/FCC) Marcelo, nomeado para o


cargo de analista judiciário – especialidade engenharia civil, encontra-
se em estágio probatório. Nesse caso, dentre outras situações, Marcelo
NÃO poderá exercer quaisquer
(A) cargos de provimento em comissão no órgão em que é lotado.
(B) funções de chefia na entidade de lotação em que é lotado.
(C) funções de direção no órgão ou entidade em que é lotado.
(D) cargos de provimento em comissão em órgãos ou entidades
estaduais.
(E) funções de assessoramento no órgão de lotação em que é lotado.
Comentários
O servidor em estágio probatório, independentemente do cargo ocupado,
poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação. Sendo
assim, no âmbito do TRE/AL, não há qualquer impedimento legal a que Marcelo
exerça cargos ou funções de confiança.
Entretanto, o servidor em estágio probatório somente poderá ser cedido
a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial ou cargos
em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis
6, 5 e 4, ou equivalentes (todos pertencentes à estrutura administrativa
federal). Desse modo, Marcelo não poderá exercer cargos de confiança em
órgãos ou entidades estaduais ou municipais, mas somente na esfera federal.
GABARITO: LETRA D.

15. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Sobre as férias dos


servidores públicos civis federais, prevista na Lei nº 8.112/1990, é
correto afirmar que:
a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que não podem, em
qualquer hipótese, ser acumuladas com outro período.

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b) As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que


assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração
Pública.
c) O pagamento da remuneração das férias será efetuado até um dia
antes do início do respectivo período, observando-se os demais
preceitos estabelecidos em lei.
d) É facultado ao servidor público levar à conta de férias qualquer falta
ao serviço.
e) A indenização relativa ao período de férias do servidor exonerado
será calculada com base na remuneração do mês posterior àquele em
que for publicado o ato exoneratório.
Comentários
a) Errado. As férias poderão ser acumuladas, até o máximo de dois
períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que
haja legislação específica.
b) Correto. Para responder às questões da FCC sobre o tema, lembre-se
de que o servidor não possui o direito de agendar as suas férias para a data
que entender mais conveniente. Apesar de existir a possibilidade de
parcelamento do período de férias em até três períodos, é necessário respeitar
o cronograma desenvolvido pela chefia imediata, caso existente.
c) Errado. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2
(dois) dias antes do início do respectivo período.
d) Errado. Se o servidor ausentar-se do trabalho e não for realizada a
respectiva compensação de horas, a falta deverá ser debitada da remuneração
do servidor, não podendo ser deduzida dos dias de férias do servidor.
e) Errado. A indenização será calculada com base na remuneração do
mês em que for publicado o ato exoneratório.

GABARITO: LETRA B.

16. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


seguintes assertivas sobre as vantagens dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:
I. A ajuda de custo poderá ser concedida ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

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II. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à


disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia
continuará sendo pago por um mês.
III. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) III.
d) I e II.
e) I.
Comentários
Item I – Errado. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
Item II – Correto. Se o servidor foi exonerado de um cargo em
comissão que exercia em localidade diversa da que residia anteriormente, por
exemplo, nada mais justo do que receber o auxílio-moradia por mais um mês,
que é o tempo suficiente para o servidor retornar à cidade de origem e
desocupar o respectivo imóvel.
Item III – Correto. Trata-se de dispositivo legal que tem por objetivo
impedir o denominado “efeito cascata”, isto é, a possibilidade de que todos os
benefícios pecuniários recebidos pelo servidor sejam somados e computados no
momento de eventual concessão de reajuste.
GABARITO: LETRA B

17. (Técnico judiciário/TRT SP 2008/FCC) Sobre o vencimento e a


remuneração do servidor público da União, é correto afirmar:
a) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, descontado das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em lei.
c) Cargos de Poderes diferentes, mesmo tendo atribuições iguais ou
assemelhadas, podem ter vencimentos diferentes.
d) O servidor não perderá a remuneração do dia em que faltar ao
serviço, mesmo sem motivo justificado, desde que seja compensada a
falta.

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e) O servidor em débito com o erário que for demitido terá o prazo de


três meses para quitar o débito.

Comentários
A) A remuneração do servidor é composta do vencimento do cargo
efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei,
o que torna a assertiva incorreta.
B) O vencimento pode ser definido como a retribuição pecuniária básica
recebida pelo servidor, com valor fixado em lei, sobre o qual incidirão várias
outras verbas remuneratórias, a exemplo de gratificações, adicionais, abonos,
etc. Assertiva correta.
C) É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho. Assertiva incorreta.
D) Se o servidor faltar ao serviço, sem motivo justificado, perderá a
remuneração equivalente ao respectivo dia, o que torna a assertiva incorreta. É
importante destacar que as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de
força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
E) Eis um tópico muito cobrado nas provas da Fundação Carlos Chagas:
reposições e indenizações ao erário. Lembre-se sempre de que o servidor em
débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para
quitá-lo e não três meses, conforme afirmado incorretamente na assertiva.
Ademais, deve ficar claro que se o servidor não providenciar a quitação do
débito no prazo de sessenta dias, ocorrerá a sua inscrição em dívida ativa, o
que poderá ensejar a cobrança judicial.

18. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Antonio, analista


judiciário de um Tribunal Regional do Trabalho, tendo preenchido as
condições legais, receberá auxílio-moradia. Entretanto, dentre esses
requisitos, deve saber que a referida vantagem
a) no caso de falecimento, exoneração ou aquisição de imóvel, esse
servidor público perderá, de imediato, o auxílio-moradia, mas receberá
indenização equivalente a dois meses .

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b) tem valor limitado a trinta por cento do valor do cargo em comissão


ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não poderá ser superior
ao auxílio-moradia recebido pelo respectivo Presidente do Tribunal.
c) não será concedida por prazo superior a oito anos dentro de cada
período de doze anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de
Município de exercício do cargo.
d) será concedida por prazo de até três anos quando exercer cargo em
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis
3, 4 e 5, de Natureza Especial, vedada qualquer prorrogação.
e) tem valor limitado a vinte e cinco por cento da retribuição do cargo
ocupado pelo mencionado servidor, mas em hipótese especial e
temporária pode ser superior ao auxílio-moradia recebido pela
Presidência do Tribunal.
Comentários
a) Errado. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel
funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia
continuará sendo pago por um mês.
b) Errado. Independentemente do valor do cargo em comissão ou função
comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o
ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).
c) Correto. Se o servidor recebeu o auxílio-moradia por 8 (oito) anos
ininterruptos, por exemplo, terá que ficar, na seqüência, 4 (quatro) anos sem
recebê-lo. Em suma, a cada período de 12 (doze) anos o servidor poderá
receber o auxílio-moradia por, no máximo, 8 (oito) anos.
d) Errado. Um dos requisitos para a concessão do auxílio-moradia
realmente é que o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar
cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado
ou equivalentes. Todavia, o período de pagamento do auxílio não está limitado
a 3 (três) anos, conforme incorretamente afirmado na assertiva.
e) Errado. Em hipótese alguma o auxílio-moradia pago ao servidor
poderá ser superior àquele recebido pelo Presidente do Tribunal, pois as regras
impostas para a sua concessão são as mesmas para todos os servidores.
GABARITO: LETRA C.

19. (FCC/Técnico Judiciário TRT 4ª Região/2011) No que diz respeito


ao vencimento e à remuneração, é certo que,

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a) o desconto incidente sobre remuneração ou provento restringir-se-á


aos casos de imposição legal de natureza administrativa.
b) quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma
única parcela.
c) não poderá haver, em qualquer hipótese, a consignação em folha de
pagamento a favor de terceiros.
d) não será passível de qualquer atualização os valores recebidos pelo
servidor público em cumprimento de tutela antecipada.
e) todas as reposições e indenizações ao erário, em qualquer situação,
deverão ser parceladas de ofício, para pagamento até noventa dias.
Comentários
a) Errado. O art. 45 da Lei 8.112/1990 dispõe que “salvo por imposição
legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou
provento”. Entretanto, as hipóteses de imposição legal não se restringem às
leis de natureza administrativa, podendo incidir sobre quais espécies
legislativas.
b) Correto. Isso ocorre, por exemplo, quando a Administração Pública
detecta eventual pagamento indevido antes do processamento da folha de
pagamento do mês seguinte, sendo possível a regularização imediata.
c) Errado. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação
em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com
reposição de custos, na forma definida em regulamento. É o que acontece
quando o servidor público comparece a uma instituição financeira que possui
convênio com a Administração Pública, contrai um empréstimo, e autoriza que o
pagamento mensal das parcelas seja feito através de débito direto em seu
contra cheque.
d) Errado. Na hipótese de valores recebidos em decorrência de
cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a
ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da
reposição.
e) Errado. Eventuais parcelamentos de reposições e indenizações ao
erário somente serão realizados mediante pedido do próprio servidor, sendo
certo que o valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a
dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

GABARITO: LETRA B.

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20. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei nº


8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em comissão
de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a
remuneração do órgão
a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou
entidade do Distrito Federal.
b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por
prazo superior a 90 ( noventa ) dias.
d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na
condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente ao
término da cessão.
e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato e
a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito
Federal.
Comentários
O art. 93 da Lei 8.112/1990 dispõe que o servidor poderá ser cedido para
ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou
do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - em casos previstos em leis específicas.
No primeiro caso, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados,
do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
entidade cessionária (que está recebendo o servidor), mantido o ônus para o
cedente (que está cedendo o servidor) nos demais casos.

GABARITO: LETRA B.

21. (FCC/Técnico Judiciário TRE TO/2011) Quanto aos Direitos dos


Servidores Públicos Federais, é correto afirmar:
a) O provento não poderá, em qualquer hipótese, ser objeto de
sequestro ou penhora, ainda que no caso de prestação alimentícia.
b) Nenhum servidor receberá remuneração ou provento inferior a dois
salários mínimos.
c) Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento.

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d) As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior


não poderão ser compensadas, não sendo assim consideradas como
efetivo exercício.
e) O vencimento do cargo efetivo, quando acrescido das vantagens de
caráter permanente, é redutível na parcela autônoma da representação.

Comentários
a) Errado. Conforme preceitua o art. 48 da Lei 8.112/1990, o
vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto,
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante
de decisão judicial.
b) Errado. Para responder às questões da FCC, lembre-se sempre de que
nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo, conforme
dispõe o art. 41, § 5º, da Lei 8.112/1990.
c) Correto. Eventuais descontos sobre a remuneração ou provento do
servidor somente ocorrerão com autorização legal (a exemplo do que ocorre
no débito mensal dos valores relativos ao imposto de renda devido) ou
mandado judicial (pagamento de pensão alimentícia, por exemplo).
d) Errado. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
e) Errado. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de
caráter permanente, é irredutível.

GABARITO: LETRA C.

22. (FCC/Técnico Judiciário TRE RN/2011) No que diz respeito aos


direitos e vantagens dos servidores públicos, previstos na Lei nº
8.112/90:
a) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de caráter
permanente, é redutível.
c) As indenizações são incorporadas ao vencimento ou provento.
d) As gratificações e os adicionais, em hipótese alguma, incorporam-se
a vencimentos ou proventos.

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e) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,


para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Comentários
a) Errado. A expressão “remuneração” pode ser entendida como o valor
total recebido pelo servidor público, isto é, o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) Errado. O art. 41, § 3º, da Lei 8.112/1990, dispõe que o vencimento
do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é
irredutível.
c) Errado. As indenizações têm por objetivo restituir o servidor público
de eventuais despesas surgidas no exercício das funções inerentes ao
cargo público que ocupa e que foram pagas com recursos próprios. Desse
modo, não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
d) Errado. As gratificações e os adicionais, se existir expressa
autorização ou determinação legal, poderão ser incorporados aos
vencimentos ou proventos.
e) Correto. É o que dispõe o art. 50 da Lei 8.112/1990, evitando-se,
assim, o denominado “efeito cascata”.
GABARITO: LETRA E.

23. (FCC/Analista Judiciário TRT 22ª Região/2010) De acordo com a Lei


nº 8.112/90, em relação ao vencimento, remuneração e vantagens dos
Servidores Públicos Civis da União:
a) As indenizações se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
b) As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito não poderão ser
compensadas, sendo assim não consideradas como efetivo exercício.
c) Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ou
posterior ao do processamento da folha, não haverá reposição, salvo se
para o erro contribuiu o servidor, ao menos culposamente.
d) As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou
provento, nos casos e condições indicados em lei.
e) O vencimento, a remuneração e o provento poderão ser objeto de
arresto, sequestro ou penhora, salvo nos casos de prestação de
alimentos resultante de decisão judicial.

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Comentários
a) Errado. Nos termos do art. 49, § 1º, da Lei 8.112/1990, as
indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
b) Errado. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim
consideradas como efetivo exercício.
c) Errado. Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente,
em uma única parcela.
d) Correto. Para responder às questões da FCC, lembre-se sempre de
que eventuais incorporações de gratificações e adicionais somente podem
ocorrer mediante autorização ou determinação legal.
e) Errado. O art. 48 da Lei 8.112/1990 dispõe que “o vencimento, a
remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora,
exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial”.
GABARITO: LETRA D.

24. (FCC/Técnico Judiciário TRF 1ª Região/2011) Sobre as férias dos


servidores públicos federais, é correto afirmar:
a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
b) Não é vedado ao servidor levar à conta de férias alguma falta ao
serviço.
c) As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que
assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração
Pública.
d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceberá indenização,
relativa ao período das férias a que tiver direito, calculada com base na
remuneração do mês anterior ao da publicação do ato exoneratório.
e) O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou
substâncias radioativas gozará trinta dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
Comentários

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a) Correto. Se existir legislação específica determinando que os períodos


de férias não podem ser cumulados, o servidor estará obrigado a gozar de seu
integral período antes de vencer um novo período aquisitivo.
b) Errado. Essa proibição consta expressamente no art. 77, § 2º, da Lei
8.112/1990, ao afirmar que é vedado levar à conta de férias qualquer falta ao
serviço.
c) Errado. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública.
d) Errado. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão,
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao
incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou
fração superior a quatorze dias. Ademais, a indenização será calculada com
base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório.
e) Errado. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X
ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias,
por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.

GABARITO: LETRA A.

25. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


assertivas abaixo sobre as licenças dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990.
I. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença por motivo de doença em pessoa da família.
II. A licença para atividade política exige que o servidor candidato a
cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que
exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele seja afastado, a partir do quinto dia seguinte ao do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o quinto dia
seguinte ao do pleito.
III. Para os fins da licença para capacitação, após cada quinquênio de
efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e III.
b) I.
c) II.
d) I e III.
e) I e II.
Comentários
Item I – Correto. Essa vedação consta expressamente no art. 82, § 3º,
da Lei 8.112/1990. E não tinha como ser diferente. Se o servidor pleiteou
licença para acompanhar tratamento de saúde em pessoa da família, afirmou
que a sua presença era indispensável, portanto, não se admite que utilize da
licença com outros fins (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo).
Item III – Errado. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia,
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia
imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o
décimo dia seguinte ao do pleito.
Item III – Correto. É importante esclarecer que o período de licença
(três meses) não pode ser acumulado. Assim, a cada cinco anos de efetivo
exercício o servidor deve pleitear os três meses de licença, sob pena de não
poder fazê-lo depois de decorridos os cinco anos.

GABARITO: LETRA d.

26. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


seguintes assertivas sobre as licenças dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:
I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de
dois meses.
II. A licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecutivos ou não,
mantida a remuneração do servidor, e por até sessenta dias,
consecutivos ou não, sem remuneração.

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III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor


ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três
anos consecutivos, sem remuneração.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) II.
e) III.
Comentários
Item I – Errado. Durante a licença para atividade política o servidor
público será remunerado pelo prazo máximo de 3 (três) meses. Assim, caso a
licença se estenda por prazo superior, o restante do período não será
remunerado.
Item II – Errado. Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá
ser concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60
(sessenta) dias, consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem
remuneração, por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao
total de 150 (cento e cinquenta) dias, a cada período de doze meses,
contados a partir da data da primeira concessão.
Item III – Correto. Para responder às questões da FCC, lembre-se
sempre de que a concessão da licença para tratar de assuntos particulares é
ato discricionário da Administração Pública. Assim, o servidor somente poderá
usufruí-la se for conveniente e oportuno ao interesse público.

GABARITO: LETRA e.
27. (FCC/Analista Judiciário TRF 1ª Região/2011) A Lei nº 8.112/1990,
em seu capítulo V, seção I, trata do afastamento do servidor público
federal para servir a outro órgão ou entidade. O servidor do poder
executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração
Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, desde que
preenchidos os seguintes requisitos:
a) autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e
prazo certo.
b) autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado
e prazo incerto.

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c) fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer


autorização.
d) autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto,
apenas.
e) autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo,
não se fazendo necessário que seja para um propósito determinado.

Comentários
O art. 93, § 4º, da Lei 8.112/1990, dispõe que mediante autorização
expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá
ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha
quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

GABARITO: LETRA a.

28. (FCC/Técnico Judiciário TRT 1ª Região/2011) No que concerne ao


afastamento do servidor público para estudo ou missão no exterior,
previsto na Lei nº 8.112/1990:
a) não excederá o prazo de quatro anos.
b) é possível, independentemente de qualquer autorização.
c) aplica-se aos servidores de carreira diplomática.
d) o afastamento do servidor para servir em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda parcial
da remuneração.
e) finda a missão ou estudo, será permitido novo afastamento
imediatamente, não sendo necessário qualquer lapso temporal para
nova ausência com a mesma finalidade.

Comentários
a) Correto. Esse é o prazo limite previsto expressamente no art. 95, §
1º, da Lei 8.112/1990.
b) Errado. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o
servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se
tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder
Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou
Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor
do Poder Judiciário Federal).

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c) Errado. Os servidores de carreira diplomática, em razão da própria


função pública exercida, são submetidos a regras legislativas específicas.
d) Errado. O afastamento de servidor para servir em organismo
internacional de que o Brasil participe (ONU, por exemplo) ou com o qual
coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
e) Errado. Finalizada a missão ou estudo, somente depois de decorrido
igual período será permitida nova ausência do servidor do país.

GABARITO: LETRA a.

29. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) De acordo com a Lei


nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto
afirmar:
a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela
Administração.
b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis,
não interrompem a prescrição.
c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de
cassação de aposentadoria.
d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho.
e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo
interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado.

Comentários
a) Correto. Isso significa que os prazos impostos ao administrado devem
ser rigorosamente respeitados, pois a Administração Pública está proibida de
acatar, por exemplo, recursos administrativos intempestivos.
b) Errado. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis,
interrompem a prescrição. Isso significa que o prazo já decorrido até o
momento da propositura não é computado, ou seja, o prazo volta a ser
novamente computado desde o início.
c) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, quanto
aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade.

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d) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos quanto


aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho.
e) Errado. O prazo de prescrição será contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não
for publicado.

GABARITO: LETRA a.

30. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei nº


8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em comissão
de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a
remuneração do órgão
a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou
entidade do Distrito Federal.
b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por
prazo superior a 90 ( noventa ) dias.
d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na
condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente ao
término da cessão.
e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato e
a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito
Federal.

Comentários
O art. 93, § 1º, da Lei 8.112/1990, dispõe que “sendo a cessão para
órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus
da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus
para o cedente nos demais casos”.

GABARITO: LETRA b.

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31. (FCC/Analista Judiciário TRT 24ª Região/2011) É assegurado ao


servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo. No que concerne ao direito de petição,
previsto na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:
a) Não é cabível recurso das decisões sobre os recursos
sucessivamente interpostos.
b) O recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração não
poderá ser recebido no efeito suspensivo.
c) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.
d) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso
é de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado,
da decisão recorrida.
e) Se provido o pedido de reconsideração ou o recurso, os efeitos da
decisão não retroagirão à data do ato impugnado, produzindo efeitos da
data da decisão em diante.
Comentários
a) Errado. Caso o servidor apresente recurso perante a autoridade
administrativa competente e a decisão proferida não atenda às suas
expectativas, ainda sim poderá apresentar um novo recurso sucessivo (na
sequência), desde que não exista vedação legal específica.
b) Errado. Como regra, o recurso não possui efeito suspensivo, isto é, a
decisão proferida começa a produzir efeitos imediatamente. Entretanto, o art.
109 da Lei 8.112/1990 dispõe que o recurso também poderá ser recebido com
efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.
c) Correto. É o que dispõe o parágrafo único, art. 106, da Lei
8.112/1990.
d) Errado. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de
recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida.
e) Errado. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do
recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

GABARITO: LETRA c.

32. (FCC/Técnico Judiciário TRT 24ª Região/2011) No que diz respeito


às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:

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a) Na licença para o serviço militar, concluído tal serviço, o servidor


terá até quarenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do
cargo.
b) É possível o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença por motivo de doença em pessoa da família.
c) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado
para o exterior será pelo prazo máximo de dois anos.
d) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da
mesma espécie será considerada como prorrogação.
e) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de
dois meses.
Comentários
a) Errado. O prazo previsto no art. 85, parágrafo único, da Lei
8.112/1990, para que o servidor reassuma o exercício do cargo é de 30
(trinta) dias, sob pena de caracterização de abandono de cargo público.
b) Errado. Como a própria legislação impõe como requisito de sua
concessão a indispensabilidade da presença do servidor durante o tratamento,
não será permitido que o mesmo utilize esse período para exercer atividade
remunerada (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo).
c) Errado. O art. 84 da Lei 8.112/1990 dispõe que a licença para
acompanhar cônjuge que foi deslocado para o exterior será concedida por
prazo indeterminado.
d) Correto. Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período de
licença por motivo de doença em pessoa da família até 20/10/11, e,
posteriormente, em 16/12/11, lhe tenha sido concedido outro período de
licença, este último não será considerado um novo período, mas sim uma
simples prorrogação da primeira licença.
e) Errado. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os
vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.

GABARITO: LETRA d.
33. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2009) A licença para
desempenho de mandato classista, prevista na Lei n° 8.112/90, está
condicionada, dentre outras, à seguinte regra:

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a) Durante a licença o servidor receberá metade da sua remuneração.


b) A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada,
no caso de reeleição, e por duas vezes.
c) Para entidades com até 5.000 associados, o limite é de dois
servidores.
d) Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de seis
servidores.
e) Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de
direção ou representação nas entidades, desde que cadastradas no
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado.

Comentários
a) Errado. Durante todo o período da licença para desempenho de
mandato classista o servidor não fará jus à remuneração.
b) Errado. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.
c) Errado. Nesse caso, o limite imposto pelo art. 92 da Lei 8.112/1990 é
de um servidor.
d) Errado. Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de
três servidores
e) Correto. É o que dispõe o art. 92, § 2º, da Lei 8.112/1990.

GABARITO: LETRA e.

34. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2008) No que se refere ao


servidor público da administração direta, no exercício de mandato
eletivo,
a) tratando-se de mandato eletivo federal ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função.
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado de seu cargo,
emprego ou função, e receberá a remuneração correspondente ao cargo
eletivo.
c) investido no mandato de Vereador, mesmo havendo compatibilidade
de horários, ficará afastado de seu cargo sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração.

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d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de


mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.
e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os
valores não serão determinados como se no exercício estivesse.

Comentários
a) Correto. Se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o
exercício de mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-presidente
da República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado Federal,
Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o exercício do
mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo eletivo exercido.
b) Errado. Se o servidor for investido no mandato de Prefeito, realmente
será afastado provisoriamente do cargo efetivo, mas, nesse caso, poderá optar
pela remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o
subsídio do cargo eletivo).
c) Errado. Se houver compatibilidade de horários entre o exercício do
mandato eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo,
receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o
subsídio do cargo eletivo de vereador.
d) Errado. O art. 38, IV, da Constituição Federal, dispõe que em
qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento.
e) Errado. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse,
conforme preceitua o art. 38, V, da Constituição Federal.
GABARITO: LETRA a.

35. (Técnico Judiciário/TRT SP 2008/FCC) Servidor público da União


teve um interesse prejudicado pelo superior hierárquico e, para fazer
prova, necessita de uma certidão do órgão onde trabalha. Ao fazer o
requerimento pela via administrativa, ele exerce o direito
(A) de petição.
(B) a habeas corpus.
(C) a habeas data.
(D) de reclamação.
(E) de representação.

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Comentários
Se determinado servidor público teve um interesse prejudicado pelo
superior hierárquico e precisa de uma certidão que apresente formalmente as
informações que possam comprovar o fato, poderá exercer o denominado
direito de petição, que nada mais é do que a prerrogativa de requerer
providências aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.
Caso a certidão não seja fornecida, restará ainda ao servidor a
possibilidade de propor um mandado de segurança perante o Poder Judiciário
para fazer valer o seu direito líquido e certo.

GABARITO: LETRA a.

36. (Analista Judiciário/TRE PI 2009/FCC) A respeito das


responsabilidades, considere:
I. A responsabilidade civil decorre somente de ato comissivo doloso que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
II. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
III. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
IV. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
Comentários
Item I - Ao exercer irregularmente as atribuições inerentes ao cargo que
ocupa, o servidor pode ser responsabilizado em três esferas distintas: civil,
administrativa e penal.
É importante destacar que a responsabilidade civil decorre de ato
omissivo ou comissivo (ação), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
erário ou a terceiros, o que torna a assertiva incorreta.

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Item II – Em regra, a responsabilização do servidor na esfera


administrativa não está vinculada ao resultado da responsabilização na esfera
penal. Entretanto, o art. 126 da Lei 8.112/90 é claro ao afirmar que a
responsabilidade administrativa do servidor será afastada em duas hipóteses:
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, o que
torna a assertiva correta.
Deve ficar claro que, nessas duas hipóteses, caso o servidor seja
absolvido na esfera criminal também deverá ser necessariamente absolvido na
esfera administrativa, pois a primeira vinculará a segunda.
Fique atento ao responder às questões da Fundação Carlos Chagas, pois é
muito comum você encontrar assertivas afirmando que a responsabilidade
administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal por
insuficiência ou ausência de provas, o que não é verdade.
Item III – O texto da assertiva está em conformidade com o teor da Lei
8.112/90 e com o entendimento da doutrina majoritária, portanto, deve ser
considerado correto.
Em razão do princípio da impessoalidade, os atos praticados pelos
agentes públicos, no exercício de função pública, devem ser atribuídos à pessoa
jurídica a qual estejam vinculados (teoria do órgão ou da imputação volitiva).
Desse modo, se um servidor causa danos a terceiros, é o Estado que deverá ser
responsabilizado civilmente, arcando, inicialmente, com eventuais indenizações.
Entretanto, é assegurado ao Estado, assim que efetuar o pagamento da
indenização ao terceiro, ingressar com uma ação regressiva em face do
servidor, que será obrigado a restituir aos cofres públicos o prejuízo causado,
se ficar comprovado que agiu com dolo ou culpa.
Item IV - As sanções civis, penais e administrativas realmente poderão
cumular-se, sendo independentes entre si. Sendo assim, o servidor pode ser
absolvido em uma esfera e condenado nas outras duas; ser absolvido em duas
e condenado em apenas uma, etc. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA e.

37. (Técnico Judiciário/TRE AL 2010/FCC) A ação disciplinar prevista


na Lei nº 8.112/90, prescreverá, dentre outras hipóteses, em
(A) 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com
destituição de cargo em comissão.
(B) 90 (noventa) dias, quanto à advertência.
(C) 2 (dois) anos, quanto à suspensão.
(D) 3 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de
aposentadoria.

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(E) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à disponibilidade.

Comentários
O prazo prescricional que a Administração Pública federal possui para
investigar, processar e punir os seus servidores que cometam infrações
administrativas começa a ser computado da data em que o fato se tornou
conhecido. Todavia, é importante esclarecer que esse prazo varia em função
da penalidade a ser aplicada.
Prevê o art. 142 da Lei 8.112/90 que a ação disciplinar prescreverá:
a) em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão,
cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
em comissão;
b) em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; e
c) em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
Ao responder às questões da Fundação Carlos Chagas, lembre-se sempre
de que somente as ações de ressarcimento, propostas em face dos agentes
públicos causadores de danos ao erário, são imprescritíveis. Esse é o teor do
§ 5º do art. 37 da CF/88, ao afirmar que “a lei estabelecerá os prazos de
prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento”.
GABARITO: LETRA C.

38. (Técnico Judiciário/TRE PI 2009/FCC) João era Analista Judiciário


do Tribunal Regional Federal da 3ª Região quando foi demitido em
razão da aplicação irregular de dinheiro público. Após dois anos da
efetivação de sua demissão, João pretende inscrever-se no concurso
público para o cargo de Analista Judiciário de especialidade taquigrafia
do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí. Neste caso, em razão
da demissão ocorrida quando funcionário do Tribunal Regional Federal
da 3a Região, João
(A) não poderá retornar ao serviço público federal.
(B) só poderá ser investido em novo cargo público federal após três
anos da demissão.
(C) só poderá ser investido em novo cargo público federal após cinco
anos da demissão.

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(D) só poderá ser investido em novo cargo público federal após dez
anos da demissão.
(E) poderá ser investido em novo cargo público federal, uma vez que se
passaram dois anos da demissão.

Comentários
O art. 137 da Lei 8.112/90 prevê que o servidor que se utiliza do cargo
para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da
função pública, ou, ainda, para atuar como procurador ou intermediário junto a
repartições públicas (salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro),
está sujeito à penalidade de demissão ou destituição do cargo em comissão.
Ademais, fica impedido de investir-se novamente em cargo público federal pelo
prazo de 5 (cinco) anos.
Por outro lado, existem algumas infrações cujas conseqüências da
penalidade são ainda mais graves, pois impedem que o servidor retorne ao
serviço público federal, a saber:
- crime contra a administração pública;
- improbidade administrativa;
- aplicação irregular de dinheiros públicos;
- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
- corrupção;
É necessário destacar que alguns doutrinadores consideram essa
impossibilidade de retorno ao serviço público federal como uma verdadeira
penalidade de caráter perpétuo (vedada pelo art. 5º, XLVII, “b”, da CF/88),
já que se prolongaria no tempo, por prazo indeterminado. Entretanto, como o
Supremo Tribunal Federal ainda não se manifestou sobre o tema, aconselho
que você responda às questões de prova em conformidade com o teor do texto
legal (que permite a aplicação dessa penalidade).
Bem, como João foi demitido em razão da aplicação irregular de dinheiros
públicos, ficará impedido de retornar ao serviço público federal, nos termos do
parágrafo único do art. 137 da Lei 8.112/90).

GABARITO: LETRA A.

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39. (Analista judiciário/TRT SP 2008/FCC) Tício, funcionário público da


União, opôs resistência injustificada ao andamento de processo que
deveria movimentar. Considerando que foi a primeira vez que praticou
tal conduta, ele está sujeito à penalidade prevista na Lei que dispõe
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, que
consiste em
(A) demissão.
(B) advertência verbal.
(C) suspensão.
(D) advertência, por escrito.
(E) desconto de um dia dos seus vencimentos.

Comentários
O fato de o servidor opor resistência injustificada ao andamento de
documento ou processo que deveria movimentar não é motivo para a aplicação
de uma penalidade de natureza grave, caso seja a primeira vez que tenha
praticado tal conduta. Isso porque não são causados danos diretos ao serviço
público, sendo suficiente a aplicação da penalidade de advertência, por
escrito.
Contudo, caso o servidor volte a praticar a mesma infração antes do
decurso do prazo de 03 (três) anos (prazo necessário para o cancelamento do
registro da advertência), ser-lhe-á aplicada uma penalidade mais severa, isto é,
a suspensão.
GABARITO: LETRA D.

40. (Técnico Judiciário/TRT SP 2008/FCC) O servidor público da União


NÃO é proibido de
(A) atuar, em qualquer caso, como procurador junto a repartições
públicas.
(B) recusar fé a documento público.
(C) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição.
(D) aliciar subordinados no sentido de se filiarem a sindicato da
categoria.
(E) exercer o comércio na qualidade de acionista ou cotista.

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Comentários
Não há qualquer previsão legal que proíba o servidor público de exercer o
comércio na qualidade de acionista ou cotista de uma sociedade privada, seja
ela personificada ou não personificada, desde que não seja o responsável pela
gerência ou administração.
GABARITO: LETRA E.

41. (Analista Judiciário/TRT 7ª Região 2009/FCC) A pena de suspensão


do servidor público, conforme a Lei no 8.112/90,
(A) não poderá exceder de cento e vinte dias, salvo na hipótese de
abandono de cargo ou improbidade administrativa.
(B) não poderá ser convertida em pena de multa, salvo no caso de
inassiduidade habitual.
(C) será de até quinze dias, quando injustificadamente, recusar-se a
ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente.
(D) terá seu registro suspenso, após o decurso de três anos no cargo,
se o servidor não houver nesse período, praticado nova infração
passível de suspensão.
(E) a ação disciplinar pela prática de crime de corrupção, prescreverão
em cinco anos, contados da data do fato.

Comentários
(A) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem
infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90
(noventa) dias. Assertiva incorreta.
(B) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por
cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a
permanecer em serviço. É importante esclarecer que a conversão da penalidade
de suspensão em multa somente pode ocorrer de ofício, não sendo um direito
assegurado ao servidor. Assertiva incorreta.
(C) O § 1º do art. 130 da Lei 8.112/90 realmente prevê que “será punido
com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação”. Assertiva correta.

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(D) O cancelamento do registro da penalidade de suspensão ocorrerá


após o decurso do prazo de 05 (cinco) anos de efetivo exercício, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Assertiva
incorreta.
(E) Os prazos prescricionais previstos na Lei 8.112/90 começam a correr
da data em que o fato se tornou conhecido e não da data em que foi
praticado, o que torna a assertiva incorreta.

GABARITO: LETRA C.

42. (FCC/Defensor Público – DPE-PR/2017) Sobre o tema Agentes


Públicos,
a) é aplicável a regra da aposentadoria compulsória por idade também
aos servidores públicos que ocupem exclusivamente cargo em
comissão, segundo o Superior Tribunal de Justiça.
b) o desconto em folha de pagamento de servidor público, referente a
ressarcimento ao erário, depende de prévia autorização dele ou de
prévio procedimento administrativo que lhe assegure a ampla defesa e
contraditório, segundo o Superior Tribunal de Justiça.
c) é inconstitucional a “cláusula de barreira” inserida em edital de
concurso público, segundo o Supremo Tribunal Federal.
d) a extinção da punibilidade pela prescrição de determinada infração
administrativa será registrada nos assentamentos funcionais apenas
para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos,
segundo o Superior Tribunal de Justiça.
e) os institutos da estabilidade e do estágio probatório, após alteração
promovida pela Emenda Constitucional n° 19/1998, estão
desvinculados, tendo em vista a possibilidade de prorrogação do
estágio probatório.
Comentários

a) A aposentadoria compulsória está prevista no art. 40, II da Constituição


Federal e determina que os servidores titulares de cargos efetivos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e
fundações, se aposentarão compulsoriamente, com proventos proporcionais
ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75
(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar. De acordo

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com as lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “É importante frisar


que somente os servidores públicos titulares de cargos efetivos fazem
jus a esse regime de previdência, chamado regime próprio, justamente por
ser diferente do regime de previdência denominado regime geral, a que se
sujeitam os demais trabalhadores.” É importante destacar ainda para a
resolução satisfatória da alternativa o art. 40, §13º da Constituição Federal
que determina:”ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo
temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência
social.” Alternativa incorreta

b) No Recurso Especial 651.081- RJ, julgado em 17/06/2010, o Superior


Tribunal de Justiça reafirmou o entendimento de que o desconto em folha de
pagamento de servidor público referente a ressarcimento ao erário depende de
prévia autorização dele ou de procedimento administrativo que lhe assegure a
ampla defesa e o contraditório. Alternativa correta

c) No Recurso Extraordinário 635739/AL, julgado em 19/02/2014, o Supremo


Tribunal Federal definiu que é constitucional a regra denominada “cláusula
de barreira”, inserida em edital de concurso público, que limita o número de
candidatos participantes de cada fase da disputa, com o intuito de selecionar
apenas os concorrentes mais bem classificados para prosseguir no certame. O
órgão colegiado explicou que o crescente número de candidatos ao ingresso em
carreira pública provocaria a criação de critérios editalícios que restringissem a
convocação de concorrentes de uma fase para outra dos certames. Assinalou
que estas regras não produziriam eliminação por insuficiência de desempenho,
mas estipulariam um corte deliberado no número de concorrentes que poderiam
participar de fase posterior. Alternativa incorreta

d) No Informativo n.º 0564 do Supremo Tribunal Federal referente ao período


de 15 a 30 de junho de 2015, foi publicado entendimento jurisprudencial da
Primeira Seção referente ao julgamento do Mandado de Segurança MS 21.598-
DF. A decisão proferida foi no sentido de que não deve constar dos
assentamentos individuais de servidor público federal a informação de
que houve a extinção da punibilidade de determinada infração
administrativa pela prescrição. O art. 170 da Lei 8.112/1990 dispõe que,
"Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o
registro do fato nos assentamentos individuais do servidor". Entretanto, o STF
declarou incidentalmente a inconstitucionalidade do referido artigo no
julgamento do MS 23.262-DF (Tribunal Pleno, DJe 29/10/2014). Nesse
contexto, não se deve utilizar norma legal declarada inconstitucional pelo STF
como fundamento para anotação de atos desabonadores nos assentamentos

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funcionais individuais de servidor, por se tratar de conduta que fere, em última


análise, a própria CF. Alternativa incorreta

e) A finalidade principal do estágio probatório definida por Marcelo


Alexandrino e Vicente Paulo é que ele “visa a avaliar a aptidão do servidor
para o exercício de um determinado cargo.” O entendimento destes autores é
de que o estágio probatório tem duração de três anos, “porque essa
duração seria a única logicamente compatível com o prazo de três anos para a
aquisição da estabilidade, fixado pela EC 19/1998.” De acordo com o art. 41 da
Constituição Federal, são estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público. Destacam ainda os autores que “cumpre anotar, ademais, que a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e a do Superior Tribunal de Justiça
têm apontado igualmente para o entendimento de que o prazo de três anos
para aquisição da estabilidade fixado na EC 19/1998 é de aplicação imediata e
teria afastado as regras legais que previam outro prazo para o estágio
probatório. Embora os dois tribunais reconheçam expressamente que o estágio
probatório e a estabilidade são institutos distintos, com finalidades diversas,
ambos afirmam que não há como dissociar, na prática e no plano lógico, o
prazo de um e de outro.”. Observe que a alternativa afirma erroneamente
que o estágio probatório e a estabilidade estão desvinculados, sendo que os
prazos dos dois institutos estão associados. Além disso, não cabe prorrogação
do estágio probatório, conforme determina a presente alternativa. Alternativa
incorreta

GABARITO: LETRA B

43. (FCC/Defensor Público – DPE-PR/2017) Sobre Agentes Públicos e


Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é correto afirmar:

a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger


simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando-
se pela igualdade de tratamento a todos administrados,
independentemente de quaisquer preferências pessoais.

b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações


públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as
subsidiárias destas duas últimas. As subsidiárias não dependem de
autorização legislativa justamente por integrarem a Administração
Pública Indireta.

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c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de


origem pública prescindem de autorização específica para fins do
exercício do controle externo.

d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público
aplica sanções por infrações administrativas pelos servidores públicos.
Trata-se de exercício de Poder de Polícia com base na hierarquia.

e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato


vinculado, concedida desde que cumpridos os requisitos objetivamente
definidos em lei.

Comentários

Observe que esta questão relaciona o conteúdo de agentes públicos com regime
jurídico administrativo, por isso a necessidade de assimilação e revisão dos
conteúdos vistos anteriormente.

a) De acordo com as lições de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “Exigir


impessoalidade da Administração tanto pode significar que esse atributo deve
ser observado em relação aos administrados como à própria Administração. No
primeiro sentido, o princípio estaria relacionado com a finalidade pública
que deve nortear toda a atividade administrativa. Significa que a Administração
não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas,
uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu
comportamento.”. No segundo sentido, o princípio significa, de acordo com José
Afonso da Silva que "os atos e provimentos administrativos são imputáveis não
ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa da
Administração Pública, de sorte que ele é o autor institucional do ato. Ele é
apenas o órgão que formalmente manifesta a vontade estatal.". Observe que o
princípio da impessoalidade é pautado pelo interesse público e é sempre a
finalidade pública que o norteia, ele não busca proteger o interesse privado,
conforme a alternativa afirmou. Alternativa incorreta

b) Conforme o art. 37, XIX e XX da Constituição Federal:


XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a
participação de qualquer delas em empresa privada.

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É importante relembrar o significado de subsidiárias das entidades da


Administração Indireta. De acordo com o entendimento de Marcelo Alexandrino
e Vicente Paulo as "subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior",
a que se refere o inciso XX do art. 37 da Carta Política, são, simplesmente,
pessoas jurídicas controladas por uma das entidades da administração
indireta. Vale dizer, tais subsidiárias enquadram-se como "pessoas jurídicas
controladas indiretamente pelo poder público" - expressão empregada em
dispositivos constitucionais e leis administrativas, na qual "poder público"
significa "ente federativo" ou "pessoa política". Os autores destacam ainda
acerca da autorização legislativa que “consoante a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal a expressão "autorização legislativa", nesse dispositivo
constitucional deve ser lida, simplesmente, como "autorização em lei". Significa
dizer, a autorização em comento será dada em lei ordinária do ente federado
competente.”. Alternativa incorreta

c) No Mandado de Segurança 33.340, julgado em 26/05/2015, o Supremo


Tribunal Federal definiu que “operações financeiras que envolvam recursos
públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancário a que alude a Lei
Complementar nº 105/2001, visto que as operações dessa espécie estão
submetidas aos princípios da administração pública insculpidos no
art. 37 da Constituição Federal. Em tais situações, é prerrogativa
constitucional do Tribunal [TCU] o acesso a informações relacionadas a
operações financiadas com recursos públicos. O dever administrativo de
manter plena transparência em seus comportamentos impõe não haver em
um Estado Democrático de Direito, no qual o poder reside no povo
(art. 1º, parágrafo único, da Constituição), ocultamento aos administrados dos
assuntos que a todos interessam, e muito menos em relação aos sujeitos
individualmente afetados por alguma medida.”. Alternativa correta

d) De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “os atos punitivos são
os meios pelos quais a administração pode impor diretamente sanções a seus
servidores ou aos administrados em geral. O ato punitivo pode ter fundamento:
a) no poder disciplinar, no que tange aos servidores públicos e aos
particulares ligados à administração por algum vínculo jurídico específico
(por exemplo, um contrato administrativo);
b) no poder de polícia, quanto aos particulares em geral, não ligados à
administração por vínculo jurídico específico (esses atos punitivos são aplicados
no exercício do poder de polícia administrativa de natureza repressiva).”.
A alternativa cita como manifestação do poder de polícia os atos punitivos
impostos aos servidores. Observe que os atos punitivos aplicados aos
servidores decorrem do poder disciplinar. Alternativa incorreta

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De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “revogação é o ato administrativo


discricionário pelo qual a Administração extingue um ato válido, por razões
de oportunidade e conveniência. Como a revogação atinge um ato que foi
editado em conformidade com a lei, ela não retroage; os seus efeitos se
produzem a partir da própria revogação; são feitos ex nunc (a partir de agora).
A revogação deve ser feita nos limites em que a lei a permite, implícita ou
explicitamente; isto permite falar em limitações ao poder de revogar: não
podem ser revogados os atos que exauriram os seus efeitos; como a
revogação não retroage, mas apenas impede que o ato continue a produzir
efeitos, se o ato já se exauriu, não há mais que falar em revogação.”.
Observe que o ato que concedeu licença ao servidor Gilmar já exauriu seus
efeitos porque Fábio a revogou no último dia, sendo que tal revogação não era
mais possível.

GABARITO: LETRA A

45. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Maria prestou concurso para cargo em empresa pública
prestadora de serviços públicos, tendo sido aprovada e regularmente
empossada ao cargo no ano de 2015. Maria
a) é considerada agente público para fins de incidência das sanções
previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
b) submete-se obrigatoriamente ao regime estatutário do servidor
público, sendo, no entanto, o vínculo jurídico entre ela e a empresa
pública de natureza contratual.
c) não terá direito de exigir motivação em eventual ato de demissão.
d) poderá acumular seu emprego com cargos ou funções públicas, não
lhe sendo aplicável a proibição de acumulação prevista na Constituição
Federal.
e) está sujeita a todas as normas aplicáveis aos servidores públicos das
autarquias, sem qualquer exceção.

Comentários
a) O art. 2º da Lei n.º 8429/1992 define como agente público, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no art.
1º desta Lei. Observe que Maria trabalha em empresa pública prestadora de
serviços públicos, ou seja, ela trabalha na Administração Indireta que também
está sujeita às sanções previstas na Lei n.º 8429/1992. Logo, Maria é

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considerada agente público para fins da Lei de Improbidade. Alternativa


correta

b) Maria trabalha em uma empresa pública, conforme o comando da questão.


Conforme o entendimento de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “é próprio
das entidades administrativas com personalidade jurídica de direito privado o
regime de emprego público, caracterizado pela existência de um vínculo
profissional de natureza trabalhista entre o agente público e a pessoa jurídica. A
relação jurídica funcional dos agentes permanentes dessas entidades é,
portanto, contratual, formalizada no contrato de trabalho regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).”. Logo, Maria não se submete ao
regime estatutário. Alternativa incorreta

c) De acordo com as lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “deve-se


enfatizar que isso não significa - de modo nenhum! - que esses empregados
públicos só possam ser dispensados nas hipóteses que a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) descreve como justa causa. O STF simplesmente estabeleceu
a necessidade de que o ato de dispensa explicite, por escrito, os motivos
que ensejam a rescisão unilateral do contrato de trabalho. Claro que o motivo
da dispensa do empregado deve ser a busca do interesse público, porque a
atuação de qualquer entidade da administração pública só é legítima quando
tem essa finalidade.”. Alternativa incorreta

d) De acordo com o art. 37, XVI da Constituição Federal é vedada a


acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso
XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro
técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
de saúde, com profissões regulamentadas. Observe que é proibida a
acumulação de cargos públicos, ou seja, as regras apresentadas acima se
referem à acumulação de cargos, empregos e funções públicas. Alternativa
incorreta

e) Maria é empregada de uma empresa pública, pessoa jurídica de direito


privado, enquanto as autarquias são pessoas jurídicas de direito público. O
caput do art. 39 da Constituição exige a adoção, por parte de cada ente
federativo, de um só regime jurídico - regime jurídico único - aplicável a todo o
pessoal permanente da sua administração direta e respectivas autarquias e
fundações públicas. Logo, o regime jurídico único é o estatutário e é aplicável
às autarquias, mas não se aplica às empresas públicas que possuem
empregados públicos. Alternativa incorreta

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GABARITO: LETRA A

46. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Caroline, servidora pública federal, sofreu penalidade de
demissão após a conclusão de processo disciplinar. No entanto,
pretende a revisão da decisão proferida, haja vista a existência de
fatos novos, supervenientes ao julgamento e que comprovam a
inadequação da penalidade aplicada. Para tanto, Caroline pleiteou a
revisão do processo disciplinar. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, o
processo revisional
a) será julgado pela mesma autoridade que aplicou a penalidade.
b) correrá nos mesmos autos do processo disciplinar originário.
c) será julgado no prazo máximo de quinze dias contados do
recebimento do processo.
d) traz o ônus da prova compartilhado, ou seja, cabe à requerente e à
Administração pública angariar elementos para evidenciar a
inadequação da penalidade aplicada.
e) não terá comissão para a condução do feito, ao contrário do que
existe no processo disciplinar em que é constituída comissão composta
por três servidores estáveis.

Comentários
a) De acordo com o art. 181 da Lei n.º 8112/1990,o julgamento da revisão do
processo administrativo disciplinar caberá à autoridade que aplicou a
penalidade, nos termos do art. 141. Alternativa correta

b) De acordo com o art. 178 da Lei n.º 8112/1990, a revisão correrá em


apenso ao processo originário. Alternativa incorreta

c) De acordo com o art. 181, parágrafo único, da Lei n.º 8112/1990, o prazo
para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do
processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências. Alternativa incorreta

d) De acordo com o art. 175 da Lei n.º 8112/1990, no processo revisional, o


ônus da prova cabe ao requerente. Alternativa incorreta

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e) De acordo com o art. 177, parágrafo único, da Lei n.º 8112/1990, deferida a
petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão,
na forma do art. 149. Alternativa incorreta

GABARITO: LETRA A

47. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Francisco é Analista Judiciário de determinado Tribunal
Regional do Trabalho e, em maio desse ano, pretende sair de férias,
haja vista que terá preenchido os requisitos legais para tanto. A
propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/1990,
a) admite-se levar à conta de férias as faltas ao serviço, justificadas e
não justificadas.
b) Francisco fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas,
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
c) as férias não poderão ser parceladas, sendo obrigatório o gozo do
período inteiro das férias sob pena de responsabilidade do servidor.
d) as férias não podem ser interrompidas, salvo única e exclusivamente
por motivo de necessidade do serviço declarada pela autoridade
máxima do órgão ou entidade.
e) admite-se o gozo de férias antes de completado o primeiro período
aquisitivo, isto é, antes de doze meses de exercício, iniciando-se novo
período aquisitivo a partir do término do gozo das férias.

Comentários
a) De acordo com o art. 77, §2º, da Lei n.º 8112/1990, é vedado levar à conta
de férias qualquer falta ao serviço. Assim, a alternativa está incorreta
porque afirma que se deve levar em conta faltas justificadas e não
justificadas. Alternativa incorreta

b) Conforme o art. 77 da Lei n.º 8112/1990, o servidor fará jus a trinta dias de
férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de
necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação
específica. Observe que o texto desta alternativa traz praticamente a
literalidade do art. 77. Alternativa correta

c) De acordo com o art. 77, §3º, da Lei n.º 8112/1990, as férias poderão ser
parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no
interesse da administração pública. A alternativa afirma que as férias não

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poderão ser parceladas, sendo essa informação equivocada. Alternativa


incorreta

d) Conforme o art. 80 da Lei n.º 8112/1990, as férias somente poderão ser


interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação
para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada
pela autoridade máxima do órgão ou entidade. Veja que a necessidade do
serviço não é a única hipótese para a interrupção das férias. Alternativa
incorreta

e) De acordo com o art. 77, §1º, da Lei n.º 8112/1990, para o primeiro período
aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. Nota-se que o
servidor não poderá gozar do primeiro período de férias antes de completados
12 meses de efetivo exercício. Alternativa incorreta

GABARITO: LETRA B

48. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Claudia e Joana são servidoras públicas federais, tendo
praticado faltas disciplinares no exercício de suas atribuições. Claudia
faltou ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
interpoladamente, durante o período de doze meses. Joana, de
histórico exemplar vez que nunca sofrera qualquer penalidade
administrativa, opôs resistência injustificada à execução de
determinado serviço. Cumpre salientar que ambas as servidoras
ainda não foram processadas administrativamente embora a
Administração já tenha conhecimento dos fatos praticados. Nos
termos da Lei no 8.112/1990, as ações disciplinares relativas às
infrações praticadas pelas servidoras prescreverão em

a) 5 anos e 2 anos, respectivamente, contados tais prazos a partir da


data em que os fatos se tornaram conhecidos pela Administração.

b) 2 anos e 180 dias, respectivamente, contados tais prazos a partir da


data em que os fatos se tornaram conhecidos pela Administração.

c) 5 anos e 180 dias, respectivamente, contados tais prazos a partir da


data em que os fatos se tornaram conhecidos pela Administração.

d) 2 anos, contado tal prazo da data em que praticadas as condutas.

e) 5 anos, contado tal prazo da data em que praticadas as condutas.

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Comentários
O art. 17 da Lei n.º 8112/1990 determina que a promoção não interrompe o
tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir
da data de publicação do ato que promover o servidor.
Ressalta-se que segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “a promoção é forma
de provimento pela qual o servidor passa para cargo de maior grau de
responsabilidade e maior complexidade de atribuições, dentro da carreira a que
pertence. A promoção é, ao mesmo tempo, ato de provimento no cargo
superior e vacância no cargo inferior.”.

GABARITO: LETRA A

52. (FCC/Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador – TRT – 24ª


Região/ 2017) Maria, servidora estável, sofreu penalidade de
demissão em janeiro de 2013. A pena foi invalidada por decisão
judicial transitada em julgado em janeiro de 2016. Ocorre que o
cargo de Maria, que é servidora pública federal, encontra-se provido
pela servidora Joaquina. Nesse caso, conforme preceitua a Lei
no 8.112/1990, Maria será
a) reintegrada ao seu cargo, sendo ressarcida de todas as vantagens
referentes ao período em que ficou fora do serviço público.
b) aproveitada em outro cargo com atribuições e vencimentos
compatíveis com o anterior.
c) colocada em disponibilidade, com direito de receber todos os
vencimentos e vantagens inerentes ao cargo, até que seja
providenciada a recolocação de Joaquina.
d) reintegrada ao seu cargo, sendo ressarcida apenas dos vencimentos
referentes ao período em que ficou fora do serviço público.
e) redistribuída, sendo observados os requisitos legais de tal instituto,
como por exemplo, a equivalência de vencimentos.

Comentários
a) Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente
ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas
as vantagens a que teria direito se estivesse trabalhando. O comando da
questão determina que a pena de demissão aplicada a Maria foi invalidada por
decisão judicial transitada em julgado em janeiro de 2016, ou seja, ela será
reintegrada com ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se
estivesse trabalhando. Afirmativa correta

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b) O aproveitamento é o retorno à atividade de servidor que estava em


disponibilidade para provimento em cargo com vencimentos compatíveis com
o anteriormente ocupado, desde que exista vaga no órgão ou entidade
administrativa. Não se aplica o aproveitamento ao caso exposto no comando da
questão. Afirmativa incorreta
c) A disponibilidade é um instituto que permite ao servidor estável, que teve o
seu cargo extinto ou declarado desnecessário, permanecer sem trabalhar,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, à espera de um
eventual aproveitamento. Também não é hipótese de disponibilidade o caso de
Maria narrado na questão. Afirmativa incorreta
d) De fato, Maria será reintegrada. O erro da alternativa é afirmar que Maria só
receberá os vencimentos referentes ao período que ficou fora do serviço
público. Na verdade, Maria obterá o ressarcimento de todas as vantagens a que
teria direito se estivesse trabalhando. Afirmativa incorreta
e) O artigo 37 da Lei 8.112/90 define a redistribuição como o deslocamento
de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia
apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema Integrado de Pessoal Civil da
União). A redistribuição também não se amolda ao caso de Maria narrado na
questão. Afirmativa incorreta
GABARITO: LETRA A

53. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE - SP/2017)


Considere a seguinte situação hipotética: Pedro é servidor público
federal há vinte e cinco anos e, em janeiro de 2016, foi nomeado para
exercer o cargo de Ministro de Estado, razão pela qual mudou-se,
pela primeira vez, da cidade de São Paulo, onde residia, para morar
em Brasília com sua companheira Joana. Cumpre salientar que, em
dezembro de 2015, a companheira de Pedro adquiriu um imóvel em
Brasília com o objetivo de alugá-lo e assim obter uma renda extra, no
entanto, o imóvel ainda não foi locado. Nos termos da Lei n°
8.112/1990, Pedro

a) terá direito ao auxílio-moradia se a companheira de Pedro vender o


imóvel.

b) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que o imóvel de Joana


representa impeditivo legal ao aludido benefício.

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c) terá direito ao auxílio-moradia, desde que a companheira de Pedro


não ocupe imóvel funcional em Brasília.

d) terá direito ao auxílio-moradia, independentemente de qualquer


outro requisito legal.

e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício
para o cargo de Ministro de Estado.

Comentários

O auxílio moradia será concedido ao servidor que, em razão da


investidura em cargo público, mudar-se do município em que resida para ter
exercício em outro órgão.
O auxílio moradia somente será concedido se atendidos os seguintes
requisitos presentes no art. 60-B da Lei 8112/1990:
a) Não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;
b) O cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;
c) O servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha
sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou
promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;
c) Nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-
moradia;
d) O servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo
em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento
Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de
Estado ou equivalentes;
e) O Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de
confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao
local de residência ou domicílio do servidor;
f) O servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município,
nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou
função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias
dentro desse período;
g) o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou
nomeação para cargo efetivo
h) O deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.

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Observe que Joana, companheira de Pedro, adquiriu um imóvel situado em


Brasília em dezembro de 2015 somente um mês antes de Pedro se mudar
para lá também. Dessa forma, foi desatendido o inciso III do art. 60-B da Lei
n.º 8112/1990, não sendo possível que Pedro receba auxílio-moradia.

GABARITO: LETRA B

54. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE - SP/2017)


Entre as semelhanças e distinções possíveis de serem indicadas para
os ocupantes de cargos e empregos públicos, está a

a) possibilidade de submissão a regime público de aposentadoria,


independente da natureza jurídica do ente ao qual estão vinculados,
desde que previsto na lei de criação do ente.

b) obrigatoriedade, para ambos, de se submeterem a estatuto


disciplinar contendo direitos e deveres, estes que, se violados, dão
lugar a processo disciplinar para aplicação de penalidades, exigindo-se
participação de advogado para imposição de pena demissão.

c) obrigatoriedade de prévia submissão a concurso público de provas e


títulos, sendo que, no caso de empregados públicos, desde que, da lei
que cria o ente que integra a Administração indireta, tenha constado
essa exigência.

d) responsabilidade objetiva para os funcionários públicos, à


semelhança do imposto para a Administração direta, enquanto
remanesce a modalidade subjetiva para os ocupantes de emprego
público e seus empregadores.

e) possibilidade dos empregados públicos serem demitidos por decisão


motivada, não sendo necessário processo disciplinar, tal qual exigido
para os funcionários públicos efetivos.

Comentários

a) Conforme as lições de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “A Constituição


trata em seu art. 40 do regime de previdência social aplicável aos servidores
titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, incluídas as respectivas autarquias e fundações.”. É importante
frisar que somente os servidores públicos titulares de cargos efetivos fazem jus
a esse regime de previdência, chamado de regime próprio, justamente por ser

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diferente do regime de previdência denominado regime geral, a que se


sujeitam os demais trabalhadores, não só os da iniciativa privada regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho. (CLT), autônomos e outros, mas também os
servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em comissão, função
temporária e emprego público. A alternativa afirma que há possibilidade de
submissão a regime público de aposentadoria, independente da natureza
jurídica do ente ao qual estão vinculados. Observe que a natureza jurídica do
ente ao qual está vinculado interfere diretamente no regime de previdência a
ser determinado. Por exemplo, o servidor efetivo de uma autarquia estará
submetido a regime próprio de previdência, enquanto que o servidor de uma
empresa pública integrará o regime geral de previdência. Alternativa
incorreta

b) De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “Os agentes


administrativos são todos aqueles que exercem uma atividade pública de
natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime
jurídico estabelecido pelo ente federado ao qual pertencem. São os ocupantes
de cargos públicos, de empregos públicos e de funções públicas nas
administrações direta e indireta das diversas unidades da Federação, nos três
Poderes. Podem ser assim classificados:

a) servidores públicos: são os agentes administrativos sujeitos a


regime jurídico-administrativo, de caráter estatutário (isto é, de
natureza legal, e não contratual); são os titulares de cargos públicos de
provimento efetivo e de provimento em comissão;

b) empregados públicos: são os ocupantes de empregos públicos,


sujeitos a regime jurídico contratual trabalhista; têm contrato de
trabalho em sentido próprio e sua relação funcional com a administração
pública é regida, basicamente, pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) - são chamados, por isso, de celetistas".

Observe que os servidores públicos ocupantes de cargos públicos estão sujeitos


ao regime jurídico-administrativo, no caso dos servidores federais o regime
previsto na Lei n.º 8112/1990. Enquanto os empregados públicos que são
ocupantes de empregos públicos se submetem a regime jurídico contratual
trabalhista. A alternativa está equivocada ao afirmar que há obrigatoriedade
quanto ao mesmo estatuto disciplinar para dois grupos distintos com regimes
diferentes. Alternativa incorreta

c) O inciso II do art. 37 determina que a investidura em cargo ou emprego


público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou

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emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em


comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. A obrigatoriedade
do concurso público abrange tanto cargo quanto emprego público. Alternativa
incorreta

d) Conforme o art. 37, § 6º, CF: as pessoas jurídicas de direito público e as


de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. A alternativa está
equivocada quando afirma que a responsabilidade dos empregados públicos
será subjetiva, porque ela será objetiva conforme determinação legal acima.
Alternativa incorreta

e) De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, “deve-se enfatizar que


isso não significa - de modo nenhum! - que esses empregados públicos só
possam ser dispensados nas hipóteses que a Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) descreve como justa causa. O STF simplesmente estabeleceu a
necessidade de que o ato de dispensa explicite, por escrito, os motivos que
ensejam a rescisão unilateral do contrato de trabalho. Claro que o motivo da
dispensa do empregado deve ser a busca do interesse público, porque a
atuação de qualquer entidade da administração pública só é legítima quando
tem essa finalidade.”. O processo administrativo disciplinar somente se aplica
aos servidores ocupantes de cargos efetivos, mas no caso de demissão de
empregado público a decisão deve ser motivada. Alternativa correta

GABARITO: LETRA E

55. (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE - SP/2017)


Joaquim é servidor público federal e está cursando o terceiro ano da
faculdade de Direito da sua cidade. Ocorre que Joaquim terá que
mudar de sede, no interesse da Administração pública. Nos termos da
Lei n° 8.112/90, desde que preenchidos os demais requisitos legais,
será assegurada matrícula em instituição de ensino congênere,

a) apenas no início do próximo ano letivo e desde que exista vaga,


arcando a Administração com eventual prejuízo pelo período em que
eventualmente fique sem estudar.
b) na localidade da nova residência ou na mais próxima e em qualquer
época do ano, independentemente de vaga.

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RELAÇÃO DAS QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS - FCC

01. (Procurador de 2ª Classe / Município de Salvador 2006/FCC) De


acordo com a doutrina, agente público é toda a pessoa física que presta
serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta,
(A) incluindo-se os servidores públicos, estatutários e celetistas, bem
como os agentes políticos, estes desde que investidos mediante
nomeação e não detentores de mandato eletivo.
(B) inclusive os particulares que atuam em colaboração com o poder
público, mediante delegação, requisição, nomeação ou designação.
(C) não se incluindo na categoria os agentes políticos, detentores de
mandato eletivo.
(D) não se incluindo na categoria os militares.
(E) somente incluindo-se na categoria aqueles que possuem vínculo
estatutário ou celetista com a Administração.

02. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Quanto à nomeação é


INCORRETO afirmar que
(A) se dará em comissão, salvo na condição de interino, para cargos de
confiança ou efetivos, ainda que não vagos.
(B) far-se-á em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
provimento efetivo ou de carreira.
(C) para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de
provas e títulos.
(D) o servidor ocupante de cargo em comissão poderá ser nomeado
para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem
prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa.
(E) os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei
que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública
Federal e seus regulamentos.

03. (Especialista em Políticas Públicas/Estado de SP 2009/FCC) Em


conformidade com a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal

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ao caput do artigo 39 da Constituição Federal, o regime jurídico dos


servidores públicos:
(A) deve ser único para os servidores da Administração Direta, das
Autarquias e das Fundações Públicas.
(B) pode ser estendido, por lei, aos empregados de sociedades de
economia mista que exploram atividade econômica em regime de
concorrência com a iniciativa privada.
(C) deve ser o mesmo para servidores de Fundações Públicas, sejam de
Direito Público ou de Direito Privado.
(D) pode ser celetista para os servidores das Autarquias e Fundações
Públicas e deve ser estatutário, para os servidores da Administração
direta.
(E) deve ser adotado para empregados de empresas públicas que
desenvolvem atividade econômica em regime de monopólio.

04. (Analista Judiciário/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, quanto à posse e ao exercício em cargo público, é correto
que
(A) a posse e o exercício poderão dar-se através da nomeação da
autoridade do órgão como procurador do servidor, mediante
procuração específica.
(B) a posse ocorrerá no prazo de quinze dias contados da data do ato
de nomeação.
(C) é de trinta dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da publicação do ato de
provimento.
(D) a promoção interrompe o tempo de exercício, que é contado no
novo posicionamento na carreira a partir da data da posse do servidor.
(E) à autoridade competente do órgão ou entidade para onde for
nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.

05. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) São formas de


provimento de cargo público, dentre outras,
(A) a ascensão.

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(B) o aproveitamento.
(C) a transferência.
(D) a disponibilidade.
(E) a inscrição.

06. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Nos termos da Lei no


8.112/90, relativamente à posse e ao exercício, considere:
I. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do
ato de aprovação em concurso público.
II. A posse em cargo público independerá de prévia inspeção médica
oficial.
III. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo
público entrar em exercício, contados da data da posse.
IV. Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação.
V. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão
registrados no assentamento individual do servidor.
Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I, II e IV.

(B) I e III.

(C) I e IV.

(D) II, III e V.

(E) III, IV e V.

07. (Técnico Administrativo/TRE AM 2010/FCC) Armando, Técnico


Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (estável), foi
reinvestido no cargo anteriormente ocupado, diante da invalidação da
sua demissão por decisão administrativa, com ressarcimento de todas
as vantagens. Nos termos da Lei no 8.112/90, ocorreu a
(A) readaptação.
(B) reversão.
(C) recondução.

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(D) reintegração.
(E) ascensão.

08. (Técnico Judiciário/TRE PI 2009/FCC) Tício, servidor público


estável do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí no cargo de
Técnico Judiciário - Área Administrativa, foi aprovado em concurso
público para o cargo de Analista Judiciário do mesmo Tribunal. Porém,
Tício foi inabilitado no estágio probatório relativo ao cargo de Analista.
Neste caso, Tício será
(A) reintegrado ao cargo de Técnico.
(B) exonerado de ambos os cargos.
(C) revertido ao cargo de Técnico.
(D) reconduzido ao cargo de Técnico.
(E) demitido de ambos os cargos.

09. (Analista Judiciário/TRE PI 2009/FCC) De acordo com a Lei n°


8.112/90, na reversão, o servidor que retornar à atividade por
interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos
da aposentadoria, a remuneração
(A) do cargo que voltar a exercer, com exceção das vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(B) do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.
(C) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens do cargo que voltar a exercer.
(D) que recebia a título de aposentadoria acrescida somente com as
vantagens de natureza pessoal que recebia anteriormente à
aposentadoria.
(E) que recebia a título de aposentadoria acrescida com as vantagens
do cargo que voltar a exercer, bem como com as de natureza pessoal
que recebia anteriormente à aposentadoria.

10. (Analista judiciário/TRT SP 2008/FCC) Determinado funcionário


público é deslocado, de ofício, para outro local de trabalho, sem

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mudança de cargo, porém, no âmbito do mesmo quadro. Esse


deslocamento, de acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico
dos Servidores Públicos Civis da União, configura o instituto da
(A) deslocação.
(B) redistribuição.
(C) transferência.
(D) substituição.
(E) remoção.
11. (Analista Judiciário/TRT 18ª Região 2008/FCC) Estando o servidor,
na data da publicação do ato de provimento, afastado por motivo de
férias, o prazo para a posse será contado
(A) do término das férias.
(B) do início das férias.
(C) do início das férias, descontado o tempo decorrido desta.
(D) do término das férias, porém reduzido pela metade.
(E) do quinto dia do mês subseqüente ao do término das férias.

12. (Analista Judiciário/TRT 4ª Região 2009/FCC) Um concurso público


é realizado para o provimento de 30 vagas. São aprovados 40
candidatos e imediatamente 20 são nomeados. A validade original do
concurso é de 2 anos. Passados esses 2 anos, a validade do concurso é
prorrogada por mais 2 anos, conforme previsto no edital. Todavia,
antes de encerrados esses outros 2 anos, novo concurso é aberto para
o preenchimento das vagas remanescentes, argumentando a
Administração que o prazo de validade original do concurso já se
expirara e que já está defasada a comprovação de capacitação dos
candidatos anteriormente aprovados. Nessa situação, é ilegal a
(A) convocação de um concurso com validade original de 2 anos.
(B) nomeação de aprovados em número menor que o de vagas.
(C) abertura do novo concurso.
(D) aprovação de candidatos em número maior que o de vagas.
(E) convocação de um concurso com validade prorrogável.

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13. (Oficial de Defensoria Pública/DPE – SP 2010/FCC) Em relação ao


servidor público ocupante de cargo efetivo pode-se afirmar:
(A) adquire estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.
(B) perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada a ampla defesa.
(C) perde o cargo após dois anos de efetivo exercício e apenas
mediante decisão administrativa transitada em julgado.
(D) adquire estabilidade com a aprovação no concurso público para
provimento do cargo.
(E) perde o cargo por meio de decisão administrativa somente se já
adquiriu estabilidade.

14. (Analista Judiciário/TRE AL 2010/FCC) Marcelo, nomeado para o


cargo de analista judiciário – especialidade engenharia civil, encontra-
se em estágio probatório. Nesse caso, dentre outras situações, Marcelo
NÃO poderá exercer quaisquer
(A) cargos de provimento em comissão no órgão em que é lotado.
(B) funções de chefia na entidade de lotação em que é lotado.
(C) funções de direção no órgão ou entidade em que é lotado.
(D) cargos de provimento em comissão em órgãos ou entidades
estaduais.
(E) funções de assessoramento no órgão de lotação em que é lotado.

15. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Sobre as férias dos


servidores públicos civis federais, prevista na Lei nº 8.112/1990, é
correto afirmar que:
a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que não podem, em
qualquer hipótese, ser acumuladas com outro período.
b) As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que
assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração
Pública.

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c) O pagamento da remuneração das férias será efetuado até um dia


antes do início do respectivo período, observando-se os demais
preceitos estabelecidos em lei.
d) É facultado ao servidor público levar à conta de férias qualquer falta
ao serviço.
e) A indenização relativa ao período de férias do servidor exonerado
será calculada com base na remuneração do mês posterior àquele em
que for publicado o ato exoneratório.

16. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


seguintes assertivas sobre as vantagens dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:
I. A ajuda de custo poderá ser concedida ao servidor que se afastar do
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.
II. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à
disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia
continuará sendo pago por um mês.
III. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) III.
d) I e II.
e) I.

17. (Técnico judiciário/TRT SP 2008/FCC) Sobre o vencimento e a


remuneração do servidor público da União, é correto afirmar:
a) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, descontado das
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em lei.
c) Cargos de Poderes diferentes, mesmo tendo atribuições iguais ou
assemelhadas, podem ter vencimentos diferentes.

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d) O servidor não perderá a remuneração do dia em que faltar ao


serviço, mesmo sem motivo justificado, desde que seja compensada a
falta.
e) O servidor em débito com o erário que for demitido terá o prazo de
três meses para quitar o débito.

18. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Antonio, analista


judiciário de um Tribunal Regional do Trabalho, tendo preenchido as
condições legais, receberá auxílio-moradia. Entretanto, dentre esses
requisitos, deve saber que a referida vantagem
a) no caso de falecimento, exoneração ou aquisição de imóvel, esse
servidor público perderá, de imediato, o auxílio-moradia, mas receberá
indenização equivalente a dois meses .
b) tem valor limitado a trinta por cento do valor do cargo em comissão
ocupado pelo servidor e, em qualquer hipótese, não poderá ser superior
ao auxílio-moradia recebido pelo respectivo Presidente do Tribunal.
c) não será concedida por prazo superior a oito anos dentro de cada
período de doze anos, ainda que o servidor mude de cargo ou de
Município de exercício do cargo.
d) será concedida por prazo de até três anos quando exercer cargo em
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis
3, 4 e 5, de Natureza Especial, vedada qualquer prorrogação.
e) tem valor limitado a vinte e cinco por cento da retribuição do cargo
ocupado pelo mencionado servidor, mas em hipótese especial e
temporária pode ser superior ao auxílio-moradia recebido pela
Presidência do Tribunal.

19. (FCC/Técnico Judiciário TRT 4ª Região/2011) No que diz respeito


ao vencimento e à remuneração, é certo que,
a) o desconto incidente sobre remuneração ou provento restringir-se-á
aos casos de imposição legal de natureza administrativa.
b) quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma
única parcela.
c) não poderá haver, em qualquer hipótese, a consignação em folha de
pagamento a favor de terceiros.

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d) não será passível de qualquer atualização os valores recebidos pelo


servidor público em cumprimento de tutela antecipada.
e) todas as reposições e indenizações ao erário, em qualquer situação,
deverão ser parceladas de ofício, para pagamento até noventa dias.

20. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei nº


8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em comissão
de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a
remuneração do órgão
a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou
entidade do Distrito Federal.
b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por
prazo superior a 90 ( noventa ) dias.
d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na
condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente ao
término da cessão.
e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato e
a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito
Federal.

21. (FCC/Técnico Judiciário TRE TO/2011) Quanto aos Direitos dos


Servidores Públicos Federais, é correto afirmar:
a) O provento não poderá, em qualquer hipótese, ser objeto de
sequestro ou penhora, ainda que no caso de prestação alimentícia.
b) Nenhum servidor receberá remuneração ou provento inferior a dois
salários mínimos.
c) Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento.
d) As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior
não poderão ser compensadas, não sendo assim consideradas como
efetivo exercício.
e) O vencimento do cargo efetivo, quando acrescido das vantagens de
caráter permanente, é redutível na parcela autônoma da representação.

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22. (FCC/Técnico Judiciário TRE RN/2011) No que diz respeito aos


direitos e vantagens dos servidores públicos, previstos na Lei nº
8.112/90:
a) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.
b) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de caráter
permanente, é redutível.
c) As indenizações são incorporadas ao vencimento ou provento.
d) As gratificações e os adicionais, em hipótese alguma, incorporam-se
a vencimentos ou proventos.
e) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas,
para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários
ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

23. (FCC/Analista Judiciário TRT 22ª Região/2010) De acordo com a Lei


nº 8.112/90, em relação ao vencimento, remuneração e vantagens dos
Servidores Públicos Civis da União:
a) As indenizações se incorporam ao vencimento ou provento para
qualquer efeito.
b) As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito não poderão ser
compensadas, sendo assim não consideradas como efetivo exercício.
c) Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ou
posterior ao do processamento da folha, não haverá reposição, salvo se
para o erro contribuiu o servidor, ao menos culposamente.
d) As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou
provento, nos casos e condições indicados em lei.
e) O vencimento, a remuneração e o provento poderão ser objeto de
arresto, sequestro ou penhora, salvo nos casos de prestação de
alimentos resultante de decisão judicial.

24. (FCC/Técnico Judiciário TRF 1ª Região/2011) Sobre as férias dos


servidores públicos federais, é correto afirmar:

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a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas
até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço,
ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.
b) Não é vedado ao servidor levar à conta de férias alguma falta ao
serviço.
c) As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que
assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração
Pública.
d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceberá indenização,
relativa ao período das férias a que tiver direito, calculada com base na
remuneração do mês anterior ao da publicação do ato exoneratório.
e) O servidor que opera direta e permanentemente com raios X ou
substâncias radioativas gozará trinta dias consecutivos de férias, por
semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.

25. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


assertivas abaixo sobre as licenças dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990.
I. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença por motivo de doença em pessoa da família.
II. A licença para atividade política exige que o servidor candidato a
cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que
exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou
fiscalização, dele seja afastado, a partir do quinto dia seguinte ao do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o quinto dia
seguinte ao do pleito.
III. Para os fins da licença para capacitação, após cada quinquênio de
efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração,
por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I.
c) II.
d) I e III.
e) I e II.

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26. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as


seguintes assertivas sobre as licenças dos servidores públicos civis
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:
I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de
dois meses.
II. A licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do
cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecutivos ou não,
mantida a remuneração do servidor, e por até sessenta dias,
consecutivos ou não, sem remuneração.
III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório,
licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três
anos consecutivos, sem remuneração.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) II.
e) III.

27. (FCC/Analista Judiciário TRF 1ª Região/2011) A Lei nº 8.112/1990,


em seu capítulo V, seção I, trata do afastamento do servidor público
federal para servir a outro órgão ou entidade. O servidor do poder
executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração
Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, desde que
preenchidos os seguintes requisitos:
a) autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e
prazo certo.
b) autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado
e prazo incerto.
c) fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer
autorização.
d) autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto,
apenas.

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e) autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo,


não se fazendo necessário que seja para um propósito determinado.

28. (FCC/Técnico Judiciário TRT 1ª Região/2011) No que concerne ao


afastamento do servidor público para estudo ou missão no exterior,
previsto na Lei nº 8.112/1990:
a) não excederá o prazo de quatro anos.
b) é possível, independentemente de qualquer autorização.
c) aplica-se aos servidores de carreira diplomática.
d) o afastamento do servidor para servir em organismo internacional de
que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda parcial
da remuneração.
e) finda a missão ou estudo, será permitido novo afastamento
imediatamente, não sendo necessário qualquer lapso temporal para
nova ausência com a mesma finalidade.

29. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) De acordo com a Lei


nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto
afirmar:
a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela
Administração.
b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis,
não interrompem a prescrição.
c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de
cassação de aposentadoria.
d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho.
e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo
interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado.

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30. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei nº


8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em comissão
de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a
remuneração do órgão
a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou
entidade do Distrito Federal.
b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por
prazo superior a 90 ( noventa ) dias.
d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na
condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente ao
término da cessão.
e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato e
a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito
Federal.

31. (FCC/Analista Judiciário TRT 24ª Região/2011) É assegurado ao


servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo. No que concerne ao direito de petição,
previsto na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:
a) Não é cabível recurso das decisões sobre os recursos
sucessivamente interpostos.
b) O recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração não
poderá ser recebido no efeito suspensivo.
c) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.
d) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso
é de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado,
da decisão recorrida.
e) Se provido o pedido de reconsideração ou o recurso, os efeitos da
decisão não retroagirão à data do ato impugnado, produzindo efeitos da
data da decisão em diante.

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32. (FCC/Técnico Judiciário TRT 24ª Região/2011) No que diz respeito


às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:
a) Na licença para o serviço militar, concluído tal serviço, o servidor
terá até quarenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do
cargo.
b) É possível o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença por motivo de doença em pessoa da família.
c) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado
para o exterior será pelo prazo máximo de dois anos.
d) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da
mesma espécie será considerada como prorrogação.
e) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da
eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política,
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de
dois meses.

33. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2009) A licença para


desempenho de mandato classista, prevista na Lei n° 8.112/90, está
condicionada, dentre outras, à seguinte regra:
a) Durante a licença o servidor receberá metade da sua remuneração.
b) A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada,
no caso de reeleição, e por duas vezes.
c) Para entidades com até 5.000 associados, o limite é de dois
servidores.
d) Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de seis
servidores.
e) Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de
direção ou representação nas entidades, desde que cadastradas no
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado.

34. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2008) No que se refere ao


servidor público da administração direta, no exercício de mandato
eletivo,
a) tratando-se de mandato eletivo federal ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função.

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b) investido no mandato de Prefeito, será afastado de seu cargo,


emprego ou função, e receberá a remuneração correspondente ao cargo
eletivo.
c) investido no mandato de Vereador, mesmo havendo compatibilidade
de horários, ficará afastado de seu cargo sendo-lhe facultado optar pela
sua remuneração.
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.
e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os
valores não serão determinados como se no exercício estivesse.

35. (Técnico Judiciário/TRT SP 2008/FCC) Servidor público da União


teve um interesse prejudicado pelo superior hierárquico e, para fazer
prova, necessita de uma certidão do órgão onde trabalha. Ao fazer o
requerimento pela via administrativa, ele exerce o direito
(A) de petição.
(B) a habeas corpus.
(C) a habeas data.
(D) de reclamação.
(E) de representação.

36. (Analista Judiciário/TRE PI 2009/FCC) A respeito das


responsabilidades, considere:
I. A responsabilidade civil decorre somente de ato comissivo doloso que
resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.
II. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso
de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
III. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
IV. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,
sendo independentes entre si.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.

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(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.

37. (Técnico Judiciário/TRE AL 2010/FCC) A ação disciplinar prevista


na Lei nº 8.112/90, prescreverá, dentre outras hipóteses, em
(A) 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com
destituição de cargo em comissão.
(B) 90 (noventa) dias, quanto à advertência.
(C) 2 (dois) anos, quanto à suspensão.
(D) 3 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de
aposentadoria.
(E) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à disponibilidade.

38. (Técnico Judiciário/TRE PI 2009/FCC) João era Analista Judiciário


do Tribunal Regional Federal da 3ª Região quando foi demitido em
razão da aplicação irregular de dinheiro público. Após dois anos da
efetivação de sua demissão, João pretende inscrever-se no concurso
público para o cargo de Analista Judiciário de especialidade taquigrafia
do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Piauí. Neste caso, em razão
da demissão ocorrida quando funcionário do Tribunal Regional Federal
da 3a Região, João
(A) não poderá retornar ao serviço público federal.
(B) só poderá ser investido em novo cargo público federal após três
anos da demissão.
(C) só poderá ser investido em novo cargo público federal após cinco
anos da demissão.
(D) só poderá ser investido em novo cargo público federal após dez
anos da demissão.
(E) poderá ser investido em novo cargo público federal, uma vez que se
passaram dois anos da demissão.

39. (Analista judiciário/TRT SP 2008/FCC) Tício, funcionário público da


União, opôs resistência injustificada ao andamento de processo que

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deveria movimentar. Considerando que foi a primeira vez que praticou


tal conduta, ele está sujeito à penalidade prevista na Lei que dispõe
sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, que
consiste em
(A) demissão.
(B) advertência verbal.
(C) suspensão.
(D) advertência, por escrito.
(E) desconto de um dia dos seus vencimentos.

40. (Técnico Judiciário/TRT SP 2008/FCC) O servidor público da União


NÃO é proibido de

(A) atuar, em qualquer caso, como procurador junto a repartições


públicas.

(B) recusar fé a documento público.

(C) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da


repartição.

(D) aliciar subordinados no sentido de se filiarem a sindicato da


categoria.

(E) exercer o comércio na qualidade de acionista ou cotista.

41. (Analista Judiciário/TRT 7ª Região 2009/FCC) A pena de suspensão


do servidor público, conforme a Lei no 8.112/90,

(A) não poderá exceder de cento e vinte dias, salvo na hipótese de


abandono de cargo ou improbidade administrativa.

(B) não poderá ser convertida em pena de multa, salvo no caso de


inassiduidade habitual.

(C) será de até quinze dias, quando injustificadamente, recusar-se a


ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente.

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(D) terá seu registro suspenso, após o decurso de três anos no cargo,
se o servidor não houver nesse período, praticado nova infração
passível de suspensão.

(E) a ação disciplinar pela prática de crime de corrupção, prescreverão


em cinco anos, contados da data do fato.

42. (FCC/Defensor Público – DPE-PR/2017) Sobre o tema Agentes


Públicos,

a) é aplicável a regra da aposentadoria compulsória por idade também


aos servidores públicos que ocupem exclusivamente cargo em
comissão, segundo o Superior Tribunal de Justiça.

b) o desconto em folha de pagamento de servidor público, referente a


ressarcimento ao erário, depende de prévia autorização dele ou de
prévio procedimento administrativo que lhe assegure a ampla defesa e
contraditório, segundo o Superior Tribunal de Justiça.

c) é inconstitucional a “cláusula de barreira” inserida em edital de


concurso público, segundo o Supremo Tribunal Federal.

d) a extinção da punibilidade pela prescrição de determinada infração


administrativa será registrada nos assentamentos funcionais apenas
para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos,
segundo o Superior Tribunal de Justiça.

e) os institutos da estabilidade e do estágio probatório, após alteração


promovida pela Emenda Constitucional n° 19/1998, estão
desvinculados, tendo em vista a possibilidade de prorrogação do
estágio probatório.

43. (FCC/Defensor Público – DPE-PR/2017) Sobre Agentes Públicos e


Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é correto afirmar:

a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger


simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando-
se pela igualdade de tratamento a todos administrados,
independentemente de quaisquer preferências pessoais.

b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações


públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e as

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a) é considerada agente público para fins de incidência das sanções


previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
b) submete-se obrigatoriamente ao regime estatutário do servidor
público, sendo, no entanto, o vínculo jurídico entre ela e a empresa
pública de natureza contratual.
c) não terá direito de exigir motivação em eventual ato de demissão.
d) poderá acumular seu emprego com cargos ou funções públicas, não
lhe sendo aplicável a proibição de acumulação prevista na Constituição
Federal.
e) está sujeita a todas as normas aplicáveis aos servidores públicos das
autarquias, sem qualquer exceção.

46. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Caroline, servidora pública federal, sofreu penalidade de
demissão após a conclusão de processo disciplinar. No entanto,
pretende a revisão da decisão proferida, haja vista a existência de
fatos novos, supervenientes ao julgamento e que comprovam a
inadequação da penalidade aplicada. Para tanto, Caroline pleiteou a
revisão do processo disciplinar. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, o
processo revisional
a) será julgado pela mesma autoridade que aplicou a penalidade.
b) correrá nos mesmos autos do processo disciplinar originário.
c) será julgado no prazo máximo de quinze dias contados do
recebimento do processo.
d) traz o ônus da prova compartilhado, ou seja, cabe à requerente e à
Administração pública angariar elementos para evidenciar a
inadequação da penalidade aplicada.
e) não terá comissão para a condução do feito, ao contrário do que
existe no processo disciplinar em que é constituída comissão composta
por três servidores estáveis.

47. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT – 24ª Região/


2017) Francisco é Analista Judiciário de determinado Tribunal
Regional do Trabalho e, em maio desse ano, pretende sair de férias,
haja vista que terá preenchido os requisitos legais para tanto. A
propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/1990,
a) admite-se levar à conta de férias as faltas ao serviço, justificadas e
não justificadas.

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requisitos legais, foi recentemente, promovida. Sua promoção foi


concedida em 10 de outubro de 2016 e, um mês depois, ou seja, em
10 de novembro de 2016, ocorreu a publicação do ato de promoção.
Nos termos da Lei n° 8.112/1990, a promoção
a) não interrompe o tempo de exercício, que será contado no novo
posicionamento na carreira a partir de 10 de novembro de 2016.
b) interrompe o tempo de exercício, sendo contado no novo
posicionamento na carreira a partir de 10 de outubro de 2016.
c) não interrompe o tempo de exercício, que será contado no novo
posicionamento na carreira a partir de 10 de outubro de 2016.
d) interrompe o tempo de exercício, sendo contado no novo
posicionamento na carreira a partir de 10 de novembro de 2016.
e) interrompe o tempo de exercício, sendo contado no novo
posicionamento na carreira a partir de 01 de novembro de 2016, ou
seja, no primeiro dia do mês seguinte à promoção.

52. (FCC/Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador – TRT – 24ª


Região/ 2017) Maria, servidora estável, sofreu penalidade de
demissão em janeiro de 2013. A pena foi invalidada por decisão
judicial transitada em julgado em janeiro de 2016. Ocorre que o
cargo de Maria, que é servidora pública federal, encontra-se provido
pela servidora Joaquina. Nesse caso, conforme preceitua a Lei
no 8.112/1990, Maria será
a) reintegrada ao seu cargo, sendo ressarcida de todas as vantagens
referentes ao período em que ficou fora do serviço público.
b) aproveitada em outro cargo com atribuições e vencimentos
compatíveis com o anterior.
c) colocada em disponibilidade, com direito de receber todos os
vencimentos e vantagens inerentes ao cargo, até que seja
providenciada a recolocação de Joaquina.
d) reintegrada ao seu cargo, sendo ressarcida apenas dos vencimentos
referentes ao período em que ficou fora do serviço público.
e) redistribuída, sendo observados os requisitos legais de tal instituto,
como por exemplo, a equivalência de vencimentos.

53. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE - SP/2017)


Considere a seguinte situação hipotética: Pedro é servidor público
federal há vinte e cinco anos e, em janeiro de 2016, foi nomeado para
exercer o cargo de Ministro de Estado, razão pela qual mudou-se,
pela primeira vez, da cidade de São Paulo, onde residia, para morar

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em Brasília com sua companheira Joana. Cumpre salientar que, em


dezembro de 2015, a companheira de Pedro adquiriu um imóvel em
Brasília com o objetivo de alugá-lo e assim obter uma renda extra, no
entanto, o imóvel ainda não foi locado. Nos termos da Lei n°
8.112/1990, Pedro

a) terá direito ao auxílio-moradia se a companheira de Pedro vender o


imóvel.

b) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que o imóvel de Joana


representa impeditivo legal ao aludido benefício.

c) terá direito ao auxílio-moradia, desde que a companheira de Pedro


não ocupe imóvel funcional em Brasília.

d) terá direito ao auxílio-moradia, independentemente de qualquer


outro requisito legal.

e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício
para o cargo de Ministro de Estado.

54. (FCC/Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE - SP/2017)


Entre as semelhanças e distinções possíveis de serem indicadas para
os ocupantes de cargos e empregos públicos, está a

a) possibilidade de submissão a regime público de aposentadoria,


independente da natureza jurídica do ente ao qual estão vinculados,
desde que previsto na lei de criação do ente.

b) obrigatoriedade, para ambos, de se submeterem a estatuto


disciplinar contendo direitos e deveres, estes que, se violados, dão
lugar a processo disciplinar para aplicação de penalidades, exigindo-se
participação de advogado para imposição de pena demissão.

c) obrigatoriedade de prévia submissão a concurso público de provas e


títulos, sendo que, no caso de empregados públicos, desde que, da lei
que cria o ente que integra a Administração indireta, tenha constado
essa exigência.

d) responsabilidade objetiva para os funcionários públicos, à


semelhança do imposto para a Administração direta, enquanto
remanesce a modalidade subjetiva para os ocupantes de emprego
público e seus empregadores.

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QUESTÕES COMPLEMENTARES – CESPE!

(CESPE/Auditor Federal de Controle Externo – TCU/2015) No que se


refere a ato administrativo, agente público e princípios da
administração pública, julgue o próximo item.
01. A exoneração dos ocupantes de cargos em comissão deve ser
motivada, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa.
A nomeação ou exoneração de servidores ocupantes de cargos em
comissão não se enquadram nas hipóteses que ensejam a motivação
obrigatória. Todavia, se o agente público optar por motivar esses atos, deverá
atentar-se para a teoria dos motivos determinantes, isto é, os motivos
apresentados deverão ser verdadeiros, sob pena de nulidade. Assertiva
incorreta.

(CESPE/Técnico Federal de Controle Externo – TCU/2015) No que se


refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos
servidores públicos, julgue o próximo item.
02. A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções
públicas não se estende aos empregados das sociedades de economia
mista.
O inc. XVII, do art. 37, da CF/1988, é claro ao afirmar que “a proibição de
acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público”. Assertiva
incorreta.

03. O prazo de validade de concurso público é de até dois anos,


podendo ele ser prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no
cadastro de reserva.
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma única vez, por igual período. Dessa forma, se o edital estabelecer que o
prazo inicial de validade do concurso público será de um ano, por exemplo,
somente será possível a prorrogação por mais um ano, jamais por prazo
diferente daquele que foi estabelecido originariamente. Assertiva incorreta.

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(CESPE/Auditor – FUB/2015) Considerando que tenha sido apurada a


prática, em tese, de ato ilícito por Marcos, contra quem foi ajuizada
ação penal e aberto procedimento administrativo disciplinar, julgue o
item a seguir.
04. Mesmo absolvido no processo administrativo disciplinar, a
superveniente condenação de Marcos no processo criminal acarretará a
perda de seu cargo público, independentemente da natureza da
infração.
O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições. Assim, pela prática de uma única infração, será
possível que responda a um processo na esfera penal, a um processo na
esfera cível e, ainda, a um processo na esfera administrativa. Todavia, não
há vinculação entre essas esferas. A condenação na esfera penal não ensejará,
necessariamente, a perda do cargo público no âmbito administrativo. Isso
ocorrerá apenas em algumas hipóteses, a exemplo de condenação à pena de
reclusão superior a quatro anos. Assertiva incorreta.

(CESPE/Nível Médio – FUB/2015) À luz do disposto na Constituição


Federal de 1988 acerca da administração pública, julgue o item a
seguir.
05. Os cargos públicos devem ser plenamente acessíveis a brasileiros e
a estrangeiros, podendo o edital do concurso estabelecer,
justificadamente, requisitos apropriados às funções a serem
desempenhadas.
Analisando o art. 37, I, da CF1988, constata-se que existem duas situações
distintas sobre o provimento de cargos, empregos e funções públicas: a
primeira, que disciplina a situação dos brasileiros natos e naturalizados; a
segunda, que abrange o provimento por estrangeiros. Caso um brasileiro nato
ou naturalizado deseje ocupar cargo, emprego ou função pública, é suficiente
que preencha os requisitos previamente estabelecidos em lei (e não no
edital).
Em relação ao estrangeiro a situação é diferente. A própria Constituição Federal
afirma que somente poderão ocupar cargos, empregos e funções públicas na
forma da lei (e não edital). Em outras palavras, a lei deve deixar claro quando
um estrangeiro poderá ser provido em cargo, emprego ou função pública na
Administração Pública brasileira. Assertiva incorreta.

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(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) De acordo com o Decreto n.º


1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal) e com a Lei Federal n.º 8.112/1990 (Regime
Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União), julgue o item a seguir.
06. Entre os itens avaliados no desempenho do cargo do servidor
durante seu estágio probatório incluem-se sua capacidade de iniciativa
e sua disciplina.
A avaliação do Estágio Probatório ocorrerá durante o interstício de trinta e seis
meses (esse é o entendimento que deve prevalecer para as provas de
concurso), período no qual a aptidão e capacidade do servidor serão objetos de
avaliações periódicas, observando-se os seguintes fatores:
a) Assiduidade: avalia-se a frequência diária ao trabalho;
b) Disciplina: avalia-se o comportamento do servidor quanto aos aspectos de
observância aos regulamentos e à orientação da chefia;
c) Capacidade de iniciativa: avalia-se a capacidade do servidor em tomar
providências por conta própria dentro de sua competência;
d) Produtividade: avalia-se o rendimento compatível com as condições de
trabalho produzido pelo servidor e o atendimento aos prazos estabelecidos;
e) Responsabilidade: avalia-se como o servidor assume as tarefas que lhe
são propostas, dentro dos prazos e das condições estabelecidas, a conduta
moral e a ética profissional.
Diante do exposto, o enunciado deve ser considerado correto.

07. De acordo com a Lei Federal n.º 8.112/1990, vencimento e


remuneração consistem na retribuição pecuniária pelo exercício do
cargo.
As expressões “vencimento” e “remuneração” não são sinônimas, pois,
enquanto a primeira refere-se à retribuição pecuniária básica recebida pelo
servidor, a segunda refere-se ao básico acrescido das vantagens de caráter
permanente.
O artigo 41 da Lei 8.112/90 define a remuneração como “o vencimento do
cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
em lei”. Por sua vez, o vencimento é conceituado como a retribuição
pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Assertiva
incorreta.

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08. Após a aposentadoria, o servidor público encontra-se isento das


penalidades previstas no regime disciplinar estabelecido pela Lei n.º
8.112/1990.
Mesmo depois de aposentado o servidor público ainda estará sujeito às sanções
previstas na Lei 8.112/90. Se tiver cometido infração grave durante o período
em que estava na ativa, por exemplo, poderá ser apenado com a cassação de
aposentadoria, caso ainda não tenha ocorrido a prescrição. Assertiva
incorreta.

09. As formas de provimento de cargo público incluem a ascensão e a


transferência.
O art. 8º da Lei 8.112/90 apresenta como formas de provimento a nomeação,
promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e a
recondução. Dentre essas, somente a nomeação é forma orginária de
provimento, todas as demais são consideradas formas derivadas.
Lembre-se sempre de que a ascenção e a transferência foram declaradas
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal e, posteriormente, revogadas
pela Lei 9.527/97. Isso porque possibilitavam ao servidor investir-se, sem
prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integrava a carreira na qual era anteriormente investido, o que
contraria o teor da Súmula 685 do STF. Assertiva incorreta.

(CESPE/Assistente em administração – FUB/2015) Com referência às


disposições do regime jurídico dos servidores públicos civis da União
(Lei n.º 8.112/1990), julgue o item que se segue.
10. Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria
cassada em função de condenação por infração vinculada ao cargo
público anteriormente ocupado.
Mesmo depois de aposentado o servidor público ainda estará sujeito às sanções
previstas na Lei 8.112/90. Se tiver cometido infração grave durante o período
em que estava na ativa, por exemplo, poderá ser apenado com a cassação de
aposentadoria, caso ainda não tenha ocorrido a prescrição. Assertiva correta.

11. Considere que determinado servidor público tenha sido investido


em novo cargo, compatível com as suas limitações decorrentes de
acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido
servidor está em provimento originário.

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A readaptação, forma derivada de provimento, é a investidura do servidor


em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, sempre comprovada em
inspeção médica. Trata-se da atribuição de novas responsabilidades
compatíveis com a limitação física ou psíquica sofrida pelo servidor, desde que
não se justifique a licença para tratamento de saúde ou aposentadoria,
verificada em inspeção médica que informará as condições de readaptação:
seus termos, prazo e embasamento legal. Assertiva incorreta.

12. A remoção de servidor público pode ocorrer com ou sem mudança


de sede e, algumas vezes, pode se dar independentemente do interesse
da administração.
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Ademais, existem situações
que podem obrigar a Administração a deferir o pedido de remoção do servidor,
configurando-se como ato vinculado. Essas hipóteses estão previstas no inciso
III, artigo 36, da Lei 8.112/90, a saber:
a) Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar,
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
que foi deslocado no interesse da Administração;
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às
suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação
por junta médica oficial;
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de
interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Diante do exposto, não restam dúvidas de que o enunciado deve ser


considerado correto.

13. Se um servidor público estiver em estágio probatório, o seu cargo


não poderá ser extinto, já que isso resultaria na perda da função
pública desse servidor.
Não há impedimento à extinção de cargo público ocupado por servidor em
estágio probatório, desde que seja promovida por lei. Nesse caso o servidor
público, como ainda não goza de estabilidade, será exonerado. Assertiva
incorreta.

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14. Servidor público aposentado em cargo técnico de determinado


ministério poderá acumular cargo em comissão de gestor em outro
ministério, mesmo que esse servidor não seja das áreas de saúde ou de
ensino.
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, § 10, dispõe que é possível
acumular proventos relativos a um cargo efetivo com um cargo em comissão.
É o que ocorre, por exemplo, quando um Delegado de Polícia Federal,
aposentado, aceita o convite para exercer um cargo em comissão de Secretário
Municipal de Segurança Pública. Assertiva correta.

15. Mesmo em estágio probatório, o servidor público tem direito a


licença para tratar de interesses particulares, desde que sem
remuneração.
O artigo 91 da Lei 8.112/90 estabelece que, “a critério da Administração,
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo
prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração”. Assertiva incorreta.

(CESPE/Assistente em administração – FUB/2015) Com base no que


dispõem as Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o item que se
segue.
16. Considere que Joana, servidora pública da Universidade de Brasília
(UnB), tenha recebido documentação para a instrução do processo
administrativo de posse de um professor estrangeiro em um cargo
público da universidade. Nessa situação, Joana deve desconsiderar a
não apresentação, pelo professor, do documento comprobatório de
nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento ao referido
processo.
Apesar de a nacionalidade brasileira ser um dos requisitos para a investidura
em cargo público, é importante esclarecer que universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, nos termos do § 3º, artigo
5º, da Lei 8.112/90. Assim, Joana deve realmente desconsiderar a não
apresentação, pelo professor estrangeiro, de comprovante de nacionalidade
brasileira. Assertiva correta.

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(CESPE/Técnico – MPU/2015) Acerca do regime jurídico dos servidores


públicos federais, julgue o item subsequente.
17. O servidor público federal estável, habilitado em concurso público e
empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Após ter alcançado a estabilidade, o servidor somente estará sujeito à perda do
cargo público nas seguintes hipóteses:
1ª) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2ª) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
3ª) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
4ª) Em virtude de excesso de despesa com pessoal, conforme previsão do
artigo 169 da CF/88.
Sendo assim, não restam dúvidas de que o enunciado deve ser considerado
incorreto, pois restringiu a perda do cargo público a uma única hipótese.

18. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a


qualquer momento, independentemente de motivação.
São raros os atos administrativos que prescindem (dispensam) de motivação.
Nas provas do CESPE, o exemplo mais utilizado de ato administrativo cuja
motivação não é obrigatória é o de exoneração e nomeação para cargos em
comissão (também chamados de cargos em confiança). Assertiva correta.

(CESPE/Analista – MPU/2015) A respeito dos cargos e funções


públicas, julgue o item que se segue.
19. A função pública compreende o conjunto de atribuições conferidas
aos servidores ocupantes de cargo efetivo, razão por que não é
exercida por servidores temporários.
A função pública corresponde ao conjunto de atribuições exercidas por alguém
que atua em nome da Administração Pública, independentemente de qualquer
vínculo ou remuneração. Quem ocupa cargo ou emprego público, por exemplo,
exerce funções (atribuições) públicas. Todavia, é possível que alguém exerça
apenas função pública, sem ocupar cargo ou emprego público. É o caso do
mesário eleitoral (agente honorífico) e do agente contratado temporariamente,
nos termos do art. 37, IX, da CF/1988. Assertiva incorreta.

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20. O ocupante de cargo vitalício só perde o cargo mediante regular


processo judicial com sentença transitada em julgado.
Durante o período do estágio probatório (que é de dois anos) o ocupante de
cargo vitalício também pode perder o cargo por decisão administrativa,
proferida pelo órgão ao qual está vinculado (Tribunal Regional Federal, no caso
do Juiz Federal, por exemplo). Todavia, depois de adquirida a vitaliciedade o
ocupante de cargo vitalício somente o perde mediante decisão judicial
transitada em julgado. Assertiva correta.

(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) Maria, servidora pública federal


estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão
público do Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício
do cargo, vantagem econômica indevida para que favorecesse
determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o curso
regular do processo administrativo disciplinar, confirmada a
responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de
demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.
21. Caso Maria, notoriamente, possuísse boa conduta no ambiente de
trabalho e não houvesse registros negativos em seus assentamentos
funcionais, a administração poderia, com fundamento em tais
atenuantes, ter optado pela imposição de penalidade menos gravosa.
De início, deve ficar claro que a conduta praticada por Maria é considerada
grave, podendo ser tipificada, por exemplo, como ato de improbidade
administrativa e corrupção, ambas as infrações previstas no art. 132 da Lei
8.112/90 e puníveis com a demissão. Nesse caso, a aplicação da penalidade de
demissão é ato vinculado, pois está prevista expressamente no texto legal.
Ainda que Maria possuísse boa conduta no ambiente de trabalho e não
houvesse registros negativos em seus assentamentos funcionais, a autoridade
competente não poderia aplicar uma penalidade mais branda, a exemplo da
suspensão. Assertiva incorreta.

22. Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio


de sentença judicial, Maria deverá ser reintegrada ao cargo
anteriormente ocupado.

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Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente


ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas
as vantagens a que teria direito se estivesse trabalhando. Assertiva correta.

23. Supondo o regular funcionamento de uma comissão de ética no


órgão ao qual pertencia Maria, é correto afirmar que a pena de
demissão poderia ter sido diretamente aplicada por essa comissão,
caso o parecer que fundamentasse essa decisão fosse assinado por
todos os seus integrantes.
Nos termos do Decreto 1.171/94, que institui o Código de Ética do Servidor
Público do Poder Executivo Federal, a única penalidade aplicável ao servidor
público pela Comissão de Ética é a de censura. Nenhuma outra penalidade
pode ser aplicada pela respectiva Comissão, sob pena de posterior invalidação.
Assertiva incorreta.

(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) Com base nas disposições contidas


nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, julgue os itens
subsequentes.

24. A licença de um servidor para tratar de assuntos particulares, desde


que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da concessão
da administração. No entanto, a interrupção da licença somente
ocorrerá com o consentimento do servidor licenciado.
O artigo 91 da Lei 8.112/90 estabelece que, “a critério da Administração,
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não
esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo
prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração”. A licença poderá ser
interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço e o seu período não será computado para qualquer efeito legal.
Assertiva incorreta.

25. Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido,


de forma culposa, a realização de despesas não autorizadas em lei.
Nessa hipótese, embora tenha sido cometido ato de improbidade
administrativa que causou prejuízo ao erário, nos termos da lei, não se
exige o ressarcimento integral do dano, haja vista a inexistência de
dolo na conduta do servidor.

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No julgamento do recurso especial nº 766.231/PR, sob a relatoria da Ministra


Denise Arruda, o Superior Tribunal de Justiça decidiu ser indispensável a
presença de dolo ou culpa do agente público ao praticar o suposto ato de
improbidade administrativa. Entretanto, é importante esclarecer que a forma
culposa somente é admitida nos atos de improbidade administrativa que
causam prejuízos ao erário (artigo 10 da Lei 8.429/92), não sendo aplicável às
hipóteses previstas no artigo 9º (atos que importam enriquecimento ilícito) e às
hipóteses descritas no artigo 11 (atos de improbidade administrativa que
atentam contra os princípios da Administração Pública). Nestes casos, para que
seja configurada a improbidade administrativa, é necessário que esteja
presente o elemento subjetivo doloso. Assertiva incorreta.

26. Considere que João, de setenta anos de idade, servidor público


federal aposentado por invalidez, tenha solicitado a reversão de sua
aposentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta médica oficial tenha
concluído que o referido servidor não apresenta qualquer condição
incapacitante para o exercício profissional, a administração deverá
indeferir a solicitação de João.
A reversão de ofício, que ocorre independentemente da vontade do servidor, irá
concretizar-se mesmo que não exista vaga disponível no órgão ou entidade.
Nesse caso, o servidor que estava aposentado em virtude de um problema de
saúde, mas se curou, irá exercer as suas funções como excedente até o
surgimento de uma vaga. Todavia, é imprescindível que o servidor tenha
menos de setenta anos de idade, pois, nesse caso, ocorrerá a aposentadoria
compulsória, impedindo a reversão. Assertiva correta.

27. O princípio da motivação deve nortear a administração pública na


prática dos seus atos. Por essa razão, o administrador, com o fim de
propiciar segurança, deve adotar, nos processos administrativos,
formas e procedimentos complexos, com várias etapas e verificações.
Ora, se o administrador adota formas e procedimentos complexos, com várias
etapas e verificações, estará dificultando a atividade administrativa, que deve
se pautar no princípio da informalidade, exceto quanto a lei estabelecer o
contrário. A Lei 9.784/99, em seu art. 50, afirma que a motivação deve ser
explícita, clara e congruente. Assertiva incorreta.

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(CESPE/Técnico Judiciário – TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º


8.112/1990, cada um dos próximos itens apresenta uma situação
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
28. Um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar
possíveis irregularidades cometidas por um servidor público federal
revelou o desvio de verbas públicas. Nessa situação, o eventual
ajuizamento da ação penal não extinguirá o procedimento
administrativo contra o servidor.
O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício
irregular de suas atribuições. Assim, pela prática de uma única infração, será
possível que responda a um processo na esfera penal, um processo na esfera
cível e, ainda, um processo na esfera administrativa. Não há vinculação
entre essas esferas, portanto, as sanções provenientes de cada uma delas
poderão cumular-se sem que se caracterize um bis in idem, já que são esferas
distintas. Assertiva correta.

29. Alice, aprovada em concurso público para o cargo de técnico


administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente familiar
que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa
situação, Alice poderá nomear, por procuração específica, alguém que a
represente no ato da posse.
Após a publicação do ato originário de provimento (nomeação), o candidato
tem 30 (trinta) dias para tomar posse. Caso esteja impedido, por algum motivo,
de comparecer à Administração para apresentar a documentação necessária e
assinar o termo de posse, poderá outorgar procuração específica, com essa
finalidade, à pessoa de sua confiança. Assertiva correta.

30. Em razão de uma reforma administrativa realizada no âmbito do


Poder Judiciário, os cargos ocupados por alguns servidores estáveis de
determinado TRE foram extintos, e esses servidores foram colocados
em disponibilidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à
atividade pública poderá dar-se por recondução, caso em que eles
passarão a ocupar cargos de atribuições e vencimentos compatíveis
com os anteriormente ocupados.
O retorno à atividade de servidor que estava em disponibilidade para
provimento em cargo com vencimentos compatíveis com o anteriormente
ocupado, desde que exista vaga no órgão ou entidade administrativa, ocorre
por meio de aproveitamento. Assertiva incorreta.

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31. Paulo, técnico judiciário em exercício na capital do estado de


jurisdição de um TRE, pediu sua remoção para outra cidade, na mesma
jurisdição desse tribunal. Nessa situação, se for removido, Paulo não
terá direito a ajuda de custo.
Existem duas espécies de remoção a pedido. Na primeira, a Administração irá
analisar o pedido do servidor e, discricionariamente, decidirá com
fundamento no interesse público. Assim, se for conveniente e oportuno,
concederá a remoção. Caso contrário, simplesmente irá indeferir o pedido.
Por outro lado, existem situações que podem obrigar a Administração a deferir
o pedido de remoção do servidor, configurando-se como ato vinculado. Essas
hipóteses estão previstas no inciso III, artigo 36, da Lei 8.112/90, a saber:
a) Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que
viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial;
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de
interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Entretanto, deve ficar claro que sempre que a remoção se der a pedido do
servidor, não há qualquer direito ao recebimento de ajuda de custo em razão da
respectiva remoção. Assertiva correta.

(CESPE/Técnico Judiciário – TRE-GO/2015) Acerca de ato


administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
32. Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo
público.
Provimento derivado é aquele que pressupõe a existência de um vínculo
anterior entre o servidor e a Administração. No artigo 8º da Lei 8.112/90 estão
arroladas como formas de provimento derivado a promoção, a readaptação, a
reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução. Assertiva correta.

33. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do


mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

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Ocorrerá a remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é deslocado da


cidade de Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no Estado do Pará.
Nesse caso, perceba que o servidor continua exercendo suas funções no âmbito
do quadro do INSS, porém, em outra cidade. A remoção também pode ocorrer
sem a necessidade de mudança de sede. Isso acontece, por exemplo, quando
um servidor do INSS é deslocado de uma unidade localizada no bairro “X”, para
outra unidade localizada no bairro “Y”, dentro da mesma cidade. Assertiva
incorreta.

(CESPE/Técnico Judiciário – TRE GO/2015) Pedro, servidor de um


órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde
ele passaria a exercer suas funções. Nessa situação hipotética,
considerando as regras dispostas na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item
subsequente.
34. Se for removido, Pedro terá direito a receber ajuda de custo
correspondente ao valor efetivamente gasto no deslocamento, seu e de
sua família, que inclui despesa com passagem, bagagem e bens
pessoais.
A ajuda de custo é uma indenização destinada a compensar as despesas de
instalação do servidor e de sua família que, no interesse do serviço (ex
officio), passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em
caráter permanente.
A Lei 8.112/90, em seu art. 54, dispõe que a ajuda de custo é calculada sobre a
remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não
podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses. Assim, não
corresponderá ao valor efetivamente gasto no deslocamento do servidor e de
sua família. Assertiva incorreta.

35. Caso Pedro seja removido por motivação fundamentada em


situação de fato, a validade do ato que determine a remoção fica
condicionada à veracidade dessa situação por força da teoria dos
motivos determinantes.
Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que, de acordo com a teoria dos
motivos determinantes, os motivos que determinam a vontade do agente,
isto é, os fatos que serviram de suporte à sua decisão, integram a validade do
ato. Sendo assim, a invocação de “motivos de fato” falsos, inexistentes ou
incorretamente qualificados vicia o ato mesmo quando, conforme já se disse, a

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lei não haja estabelecido, antecipadamente, os motivos que ensejariam a


prática do ato. Uma vez enunciados pelo agente os motivos em que se calçou,
ainda quando a lei não haja expressamente imposto a obrigação de enunciá-los,
o ato só será válido se estes realmente ocorreram e o justificavam. Assertiva
correta.

36. Pedro não poderá se recusar à remoção, que tem fundamento no


denominado poder hierárquico da administração pública.
Por se tratar de remoção ex officio, independe da concordância do servidor, que
deverá acatar a decisão administrativa, salvo se comprovar a ocorrência de
desvio de finalidade no respectivo ato. Assertiva correta.

(CESPE/Auditor – FUB/2015) Paulo foi aprovado em concurso para


analista, que exigia nível superior. Nomeado e empossado, Paulo
passou a desempenhar suas funções com aparência de legalidade.
Posteriormente, constatou-se que Paulo jamais havia colado grau em
instituição de ensino superior, detendo, como titulação máxima, o
ensino médio.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
37. Evidenciada a ausência de um dos requisitos para a investidura,
Paulo deve ser demitido do cargo público em que fora empossado.
No caso em análise não há que se falar em demissão, que somente será
aplicada em razão de infrações funcionais graves praticadas por servidor.
Assim, pode-se afirmar que o “servidor de fato” será dispensado da “função
pública” que está exercendo irregularmente, já que não há um vínculo legal
com a Administração Pública. Assertiva incorreta.

38. Paulo desempenhou suas funções com excesso de poder.


Paulo não desempenhou suas funções com excesso de poder, pois, a princípio,
a lei o autorizava a praticar os atos inerentes a função que exercia, apesar da
situação irregular no provimento. O excesso de poder ocorre quando o agente
público extrapola os limites de sua competência, prevista em lei. Assertiva
incorreta.

39. (CESPE/Juiz Federal – TRF 5ª Região/2013) Em relação aos


servidores públicos, considerando a jurisprudência dos tribunais

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superiores e as disposições da Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção


correta.
a) De acordo com jurisprudência do STJ, não é possível o
aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do tempo de
serviço cumprido sob o regime celetista por ex-empregado público
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da
extinção da empresa pública em que trabalhava.
b) Consoante a jurisprudência do STJ, o pedido de exoneração, de
ofício, por servidor público, de um dos cargos que acumule
indevidamente, no curso de processo administrativo disciplinar
instaurado para apuração da acumulação ilegal de cargos, implica a
extinção do processo por falta do objeto.
c) Segundo a jurisprudência do STJ, deve-se observar o teto
constitucional para a remuneração de servidores públicos mesmo na
hipótese de acumulação de proventos por servidor aposentado em
decorrência do exercício legal de dois cargos privativos de profissionais
de saúde.
d) Consoante a jurisprudência do STJ e do STF, os servidores inativos
que reingressaram no serviço público antes da promulgação da Emenda
Constitucional n.º 20/1998 podem perceber tanto os proventos da
aposentadoria como os vencimentos do novo cargo público,
independentemente de os cargos serem ou não acumuláveis; no
entanto, o servidor que entrar para inatividade em relação ao novo
cargo não poderá acumular os dois proventos decorrentes da
aposentadoria, devendo optar por um deles.
e) Servidor demitido ilegalmente deve ser reintegrado ao cargo por ele
anteriormente ocupado, e o atual ocupante do cargo, se for servidor
não estável, deverá ser posto em disponibilidade, com direito à
percepção de vencimentos proporcionais, até que surja novo cargo em
que seja lotado.

Comentários
a) No julgamento do Recurso Especial nº 1.288.380/DF, que ocorreu em
13/21q1/2012, o Superior Tribunal de Justiça ratificou o entendimento de
que “é possível o aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do
tempo de serviço cumprido, sob o regime celetista, por ex-empregado
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da extinção da
empresa pública em que trabalhava. Em consideração ao art. 100 da Lei n.
8.112/1990, o STJ fixou o entendimento de que o tempo de serviço cumprido

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sob o regime celetista, em momento anterior, por servidor público, é contado


para efeito de incorporação de quintos”. Assertiva incorreta.
b) No julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 38.867/AC, que
ocorreu em 18/10/2012, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que “o direito de
opção previsto no caput do art. 133 da Lei n. 8.112/1990 a um dos cargos,
empregos ou funções públicas indevidamente acumulados deve ser observado
somente nas hipóteses em que o servidor puder fazer pedido de
exoneração de um dos cargos. Isso porque o servidor que responde a
processo administrativo disciplinar não pode ser exonerado a pedido até o
encerramento do processo e o cumprimento da penalidade eventualmente
aplicada, de acordo com o art. 172 do mesmo diploma. Assim, fica suspenso o
direito de opção previsto no art. 133 enquanto pendente a conclusão de
processo administrativo disciplinar em relação a um dos cargos. Assim, não há
que se falar em extinção do processo administrativo por falta de objeto, pois
continuará tramitando normalmente. Assertiva incorreta.
c) O atual entendimento do Superior Tribunal de Justiça, ratificado no
julgamento do Recurso em Mandado de Segurança nº 38.682/ES, que ocorreu
em 18/10/2012, é de que “a acumulação de proventos de servidor
aposentado em decorrência do exercício cumulado de dois cargos de
profissionais da área de saúde legalmente exercidos, nos termos
autorizados pela CF, não se submete ao teto constitucional, devendo os cargos
ser considerados isoladamente para esse fim”. Assertiva incorreta.
d) Esse é o entendimento ratificado pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 463.028-1/RS, de relatoria da Ministra
Ellen Gracie.
Para os servidores aposentados que reingressaram no serviço público, mediante
novo concurso público, até a promulgação da Emenda Constitucional nº 20, que
ocorreu em 15/12/1998, é assegurado o direito de acumular o provento do
cargo anterior com a remuneração do novo cargo público. Todavia, ao se
aposentar no segundo cargo, o servidor perde o direito à acumulação,
devendo fazer a respectiva opção. Esse é o mandamento contido no art. 11 da
EC nº 20/98, que assim dispõe:
Art. 11 - A vedação prevista no art. 37, § 10, da Constituição Federal, não se
aplica aos membros de poder e aos inativos, servidores e militares, que, até a
publicação desta Emenda, tenham ingressado novamente no serviço público
por concurso público de provas ou de provas e títulos, e pelas demais formas
previstas na Constituição Federal, sendo-lhes proibida a percepção de mais
de uma aposentadoria pelo regime de previdência a que se refere o art.

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40 da Constituição Federal, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o limite


de que trata o § 11 deste mesmo artigo.
e) O art. 41, § 2º, da Constituição Federal de 1988, dispõe que “invalidada por
sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade
com remuneração proporcional ao tempo de serviço”. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra d.

40. (CESPE/Defensor Público – DPE ES/2013) Assinale a opção correta


referente aos servidores públicos.
a) O fim da exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos é tema ainda não resolvido definitivamente.
b) Os municípios podem remunerar seus vereadores por vencimentos
compostos de uma parcela fixa e outra variável.
c) Os municípios que ainda não instituíram o regime de emprego
público podem fazê-lo a qualquer tempo, com base no disposto na
Emenda Constitucional n.º 19/1998.
d) O servidor remunerado por meio de subsídio não faz jus ao
recebimento de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou vantagem de caráter indenizatório.
e) A CF limita a acumulação remunerada de cargos públicos à de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.

Comentários
a) Com a promulgação da EC 19/1998, o art. 39 da Constituição Federal de
1988, que determinava a exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos, foi alterado. Com isso, a Administração Pública Direta, autarquias e
fundações públicas de direito público foram autorizadas a contratar agentes
tanto pelo regime celetista quanto estatutário (mediante a observações de
regras específicas).
Todavia, em 02/08/2007 o Supremo Tribunal Federal concedeu medida cautelar
(liminar), no julgamento da ADI 2135-4/DF, para suspender os efeitos da
alteração promovida pela EC 19/1998, sob o argumento de que a emenda
constitucional não teria sido aprovada em dois turnos na Câmara dos
Deputados, como exige a CF/1988. Assim, voltou a vigorar a obrigatoriedade de
regime jurídico único, já que a alteração foi suspensa pelo STF.

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Em razão de ter sido concedida apenas medida cautelar (liminar) para


suspender os efeitos da alteração promovida pela EC 19/1998, o Supremo
Tribunal Federal ainda terá que se manifestar, em definitivo, sobre o tema.
Portanto, pode-se afirmar que o assunto ainda não está plenamente resolvido.
Assertiva correta.
b) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 39, § 4º, dispõe que os
detentores de mandato eletivo devem ser remunerados, exclusivamente, por
subsídio fixado em parcela única. Assertiva incorreta.
c) Atualmente, em razão da medida cautelar concedida pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento da ADI 2135-4/DF, a Administração Pública Direta
municipal, suas autarquias e fundações públicas de direito público somente
podem contratar pelo regime jurídico único, isto é, estatutário. Assertiva
incorreta.
d) Ainda que receba através de subsídio, o servidor público fará jus às
indenizações, pois são utilizadas, em regra, para o ressarcimento de despesas
realizadas para o regular exercício da função pública. Assertiva incorreta.
e) As hipóteses constitucionais de acumulação de cargos ou empregos públicos
estão previstas no art. 37, XVI, a saber: a) a de dois cargos de professor; b) a
de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra a.

(Analista Técnico Administrativo/DPU 2010/CESPE - adaptada) Com


relação aos benefícios do servidor público civil, julgue os itens
seguintes.
41. Para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de
servidor, deverá comprovar sua dependência econômica.
A comprovação de dependência econômica para recebimento de pensão
vitalícia proveniente da morte de servidor não é exigida do cônjuge, da
pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de
pensão alimentícia, e do companheiro ou companheira designado que comprove
união estável como entidade familiar. Assertiva incorreta.

42. Servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-


natalidade equivalente a um vencimento por nascituro.

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O art. 196 da Lei 8.112/1990 afirma que “o auxílio-natalidade é devido à


servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor
vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto”.
Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50%
(cinqüenta por cento), por nascituro, o que invalida o texto da assertiva.
43. Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia
profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
O art. 186 da Lei 8.112/1990 dispõe que o servidor poderá ser
aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos”.
Assertiva incorreta.

44. Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto


de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público.
Essa prerrogativa consta expressamente no art. 202 da Lei 8.112/1990,
portanto, deve ser considerada correta a assertiva.
A propósito, é importante destacar que ao gozar da licença para
tratamento de saúde o servidor receberá a sua remuneração normalmente, sem
qualquer prejuízo.

45. Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de


licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em
estágio probatório.
Ao contrário do que consta no texto da assertiva, o servidor acidentado
em serviço será licenciado com remuneração integral, independentemente de
estar em estágio probatório, ou não. Assertiva incorreta.

(CESPE∕Auditor Fiscal do Trabalho –MTE∕2013) Com referência ao


processo administrativo e à Lei no. 8.112/1990, cada um dos próximos
itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva que
deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.

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46. Um servidor público federal foi demitido após o devido processo


administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na
qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em
decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor
reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às
vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento.
Trata-se de questão muito simples, que se limitou a abordar o instituto da
reintegração, previsto no art. 28 da Lei 8.112/1990 e no art. 41, § 2º, da
Constituição Federal de 1988.
A reintegração pode ser definida como a reinvestidura do servidor estável no
cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação,
quando invalidada sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com
ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito se estivesse
trabalhando. Assertiva incorreta.

47. Determinado servidor público federal, que responde a processo


administrativo disciplinar, requereu sua aposentadoria voluntária, e a
administração pública indeferiu-lhe o pedido. Nessa situação, o
indeferimento do pleito está de acordo com a legislação de regência,
pois o servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser
aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade eventualmente aplicada.
A resposta da questão encontra-se prevista, de forma expressa, no art. 172 da
Lei 8.112/1990, que assim dispõe: “o servidor que responder a processo
disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente,
após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada”.
Assertiva correta.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE) Em cada uma das opções


abaixo, é apresentada uma situação hipotética relacionada aos deveres
e responsabilidades dos servidores públicos, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
48. Um servidor público recebeu ordem de seu chefe imediato para que
realizasse determinada tarefa que não ia de encontro à lei e que estava
compreendida entre as atribuições de seu cargo. Nessa situação, não
há motivo para o servidor em hipótese alguma, negar-se a realizar a
tarefa.

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O inc. IV, do art. 116, da Lei 8.112/1990, prevê o cumprimento das


ordens superiores como um dos deveres do servidor público, exceto quando
manifestamente ilegais.
Como o texto da assertiva deixou claro que a ordem do chefe não ia de
encontro à lei (portanto, era legal), ao servidor se impõe o seu cumprimento,
sob pena de quebra da hierarquia administrativa e, por isso, a sua respectiva
responsabilização administrativa. Assertiva correta.
49. Um servidor público atrasa-se cotidianamente para chegar ao
trabalho e, ainda, ausenta-se frequentemente sem prévia justificativa.
Nessa situação, o servidor não poderá ser repreendido por seu chefe
imediato, visto que a lei, apesar de não permitir a ausência
injustificada, permite atrasos consecutivos.
A assiduidade e pontualidade são exigidas de todos os servidores
públicos, sendo elementos de avaliação durante e após o estágio probatório.
Assim, caso sejam rotineiramente desrespeitadas (conforme destacado no
exemplo apresentado), ensejarão a aplicação das penalidades cabíveis, a
exemplo da advertência. Assertiva incorreta.

50. O servidor público A presenciou, em sua seção, o recebimento de


propina pelo servidor B. Nessa situação, o servidor A não precisará
denunciar o colega de trabalho às autoridades.
O inc. VI, do art. 116, da Lei 8.112/1990, apresenta como um dos
deveres do servidor público a obrigatoriedade de “levar ao conhecimento da
autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo”,
o que torna incorreta a assertiva.

51. Um servidor público, chefe de sua seção, recebe frequentemente


presentes de empresas prestadoras de serviços à sua seção. Nessa
situação, conforme disposição constitucional, o recebimento dos
presentes deve ser considerado válido.
O recebimento de propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições, é proibido aos servidores públicos. A
transgressão dessa proibição pode ensejar a aplicação da penalidade de
demissão do serviço público, após regular processo administrativo. Assertiva
incorreta.

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52. O servidor público causou acidente de trânsito ao conduzir veículo


oficial. Nessa situação, o servidor não será responsabilizado
financeiramente por danos ao erário.
A responsabilidade civil do servidor público é subjetiva e decorre de
ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
ou a terceiros.
Nesses termos, caso o particular prejudicado pelo acidente causado pelo
servidor ingresse com uma ação judicial contra o Estado pleiteando
indenização civil pelos danos sofridos, a demanda estará amparada no § 6º, do
artigo 37, da CF/1988, que estabelece a responsabilidade objetiva do Estado,
independentemente de dolo ou culpa. Se o Estado for condenado a indenizar o
particular, deverá, posteriormente, ingressar com uma ação regressiva em
face do servidor causador do dano.
É importante esclarecer que a responsabilidade do servidor é de natureza
subjetiva, portanto, para que seja obrigado a ressarcir os eventuais prejuízos
causados ao Estado, é necessário que seja comprovado o seu dolo ou culpa.
Assertiva incorreta.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE - adaptada) Com base nas


disposições legais acerca de direitos e vantagens dos servidores
públicos federais, julgue os itens seguintes.
53. Servidor público que oficializar candidatura a cargo político não
pode, em nenhuma hipótese, afastar-se de sua repartição para realizar
campanha política.
O art. 86 da Lei 8.112/1990 assegura expressamente ao servidor público
o direito de se licenciar para realizar campanha política, em dois momentos
distintos:
1º) Tem início com a escolha do nome do servidor em convenção
partidária, como candidato a cargo eletivo, e se estende até a véspera do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral;
2º) Inicia-se na data do registro da candidatura do servidor perante a
justiça eleitoral e vai até o décimo dia seguinte ao da eleição.
Assim, constata-se que o texto da assertiva está incorreto, pois afirmou
que o servidor não pode gozar de tal direito.

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54. Servidora pública, em razão de nascimento de filho, tem direito a


licença-maternidade pelo período de até 180 dias.
O art. 207 da Lei 8.112/1990, amparado pelo inciso XVIII, do art. 7º, da
CF/1988, estabelece que “será concedida licença à servidora gestante por 120
(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração”.
Por outro lado, após a publicação da Lei 11.770/2008, foi editado o
Decreto nº 6.690/08, que estabeleceu novas regras sobre a possibilidade de
prorrogação do prazo da licença-gestante. Doravante, será garantida à
servidora pública que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o
parto a possibilidade de prorrogação da licença-maternidade por mais 60
(sessenta) dias, sem qualquer prejuízo em relação à remuneração.
Assim, é possível concluir que a servidora pública tem direito à licença-
maternidade pelo período de até 180 dias, conforme corretamente afirmado na
assertiva.

55. Servidor participante de certame para a ocupação de outro cargo


efetivo não deve receber remuneração durante a fase do concurso
público relativa ao programa obrigatório de formação.
Ao contrário do que consta no texto da assertiva, o servidor público tem
sim o direito de se afastar de suas atividades no serviço público para participar
de curso obrigatório de formação relativo a outro cargo público, sem prejuízo da
remuneração relativa ao cargo anterior, caso o período do curso de formação
não seja remunerado. Assertiva incorreta.

56. Servidor público tem direito a licença capacitação de um mês a cada


cinco anos de efetivo exercício.
O art. 87 da Lei 8.112/1990 dispõe que “após cada qüinqüênio de efetivo
exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três
meses, para participar de curso de capacitação profissional”.
Perceba que o período de afastamento será por até três meses, e não de
apenas um mês, conforme incorretamente afirmado.

57. Servidor público, em nenhuma hipótese, pode ocupar mais de um


cargo de provimento efetivo.

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Nos termos do inciso XVI, do artigo 37, da CF/1988, em regra, a


acumulação de cargos, empregos e funções públicas realmente é proibida.
Todavia, em caráter excepcional e quando existir compatibilidade de
horário, o servidor poderá acumular cargos, empregos e funções públicas nas
seguintes hipóteses:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com
profissões regulamentadas.
Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está
incorreto, pois afirmou que em nenhuma hipótese é possível a acumulação de
cargos públicos de provimento efetivo.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE RO 2012/CESPE - adaptada) A


partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos servidores públicos, julgue os itens
seguintes.
58. Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for
investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de
estágio probatório.
No julgamento do recurso em mandado de segurança nº 20.934/SP, de
relatoria da Ministra Laurita Vaz, o Superior Tribunal de Justiça reafirmou que
“a estabilidade é adquirida no serviço público, em razão do provimento em um
determinado cargo público, após a aprovação no estágio probatório. Não
obstante, sempre que o servidor entrar em exercício em um novo cargo
público, mediante aprovação em concurso público, deverá ser submetido ao
respectivo estágio probatório, não havendo impedimento de que o servidor
estável seja "reprovado" em estágio probatório relativo a outro cargo público
para o qual foi posteriormente aprovado em concurso”.
Desse modo, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está
incorreto, pois afirmou que o servidor estável estaria dispensado de se
submeter ao novo estágio probatório.

59. De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade


dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de
sociedade de economia mista contratados mediante concurso público,

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razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados


por justa causa.
No julgamento do Agravo de Instrumento nº 465.780, de relatoria do
Ministro Joaquim Barbosa, em 23/11/2004, o Supremo Tribunal Federal firmou
o entendimento de que “não se aplica a empregado de sociedade de economia
mista, regido pela CLT, o disposto no art. 41 da CF, o qual somente disciplina a
estabilidade dos servidores públicos civis. Ademais, não há ofensa aos princípios
de direito administrativo previstos no art. 37 da Carta Magna, porquanto a
pretendida estabilidade não encontra respaldo na legislação pertinente, em face
do art. 173, § 1º, da Constituição, que estabelece que os empregados de
sociedade de economia mista estão sujeitos ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas."
Assim, não restam dúvidas de que o texto da assertiva está em
desconformidade com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, devendo
ser considerada incorreta.

60. Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada


vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de
legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de
cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a
administração pública exercer o poder de autotutela.
Esse realmente é o entendimento que tem prevalecido no âmbito do
Supremo Tribunal Federal, portanto, deve ser considerado correto o texto da
assertiva.
No julgamento do mandado de segurança nº 26.940-5/DF, de relatoria do
Ministro Cezar Peluso, por exemplo, o STF decidiu que “não é possível anular,
sob fundamento ou pretexto algum, ascensão funcional de servidor operada e
aprovada há mais de 5 (cinco) anos”.

(CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) De acordo com a lei que


dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais, em especial o regime
disciplinar, os deveres e as proibições, julgue o item subsequente.
61. A conduta de atender ao público com presteza, embora não esteja
expressamente inserida no rol dos deveres do servidor, é uma
imposição ética e moral a qualquer servidor público.

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A Lei 8.112/90, em seu art. 116, V, afirma que são deveres do servidor, entre
outros, atender ao público com presteza. Desse modo, não restam dúvidas de
que o enunciado está incorreto.

62. As sanções penais, civis e administrativas são independentes entre


si, o que justifica a eventual responsabilização civil e administrativa do
servidor, mesmo quando absolvido criminalmente pela ausência de
autoria.
Em regra, não há vinculação entre as esferas penal, administrativa e civil.
Todavia, é importante que você saiba que existem situações em que a decisão
judicial transitada em julgado, na esfera penal, vincula obrigatoriamente as
esferas administrativa e civil:
1ª) absolvição criminal por inexistência do fato: caso a decisão proferida
pelo Poder Judiciário tenha declarado que o fato criminoso imputado ao servidor
sequer existiu, ou seja, que não ocorreu o fato que se queria imputar ao
servidor, absolvendo-o na esfera penal, este deverá ser necessariamente
absolvido nas esferas administrativa e civil.
2ª) absolvição criminal por negativa ou ausência de autoria: caso a
decisão judicial absolva o servidor sob a alegação de que ele não foi o autor do
fato criminoso, apesar de ter ocorrido, deverá ser absolvido também nas
esferas administrativa e civil.
Diante das informações que foram expostas, conclui-se que o enunciado deve
ser considerado incorreto.

(CESPE/Técnico Judiciário – TRE RS/2015 – adaptada) Acerca das


licenças a que fazem jus os servidores regidos pela Lei n.º 8.112/1990,
julgue os itens seguintes:
63. Caso um servidor público federal seja cedido para o exercício de
cargo em comissão em determinado estado da Federação, o ônus da
remuneração desse servidor será do órgão cedente.
Quando o servidor público federal for cedido para exercício de cargo em
comissão ou função de confiança em órgãos ou entidades dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou
entidade que está recebendo o servidor (entidade cessionária). Assertiva
incorreta.

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64. O afastamento do servidor para participação em programa de pós-


graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no país
somente poderá ser concedido mediante a possibilidade de
compensação de horário.
Se a participação não puder ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo
ou mediante compensação de horário, o servidor poderá afastar-se do
exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar
em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior
no País. Assertiva incorreta.

65. Caso a companheira de determinado servidor, também servidora


federal, seja deslocada para desempenhar suas funções em outro
estado, o servidor poderá tirar licença para acompanhá-la por período
indeterminado, mas sem perceber remuneração.
Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou companheira é uma licença
sem remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto
do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo. Assertiva correta.

66. A licença por motivo de doença em pessoa da família poderá ser


concedida pelo prazo máximo de seis meses, sendo assegurada ao
servidor licenciado a remuneração pelo período integral.
Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá ser concedida sem
prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60 (sessenta) dias,
consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem remuneração, por até 90
(noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao total de 150 (cento e
cinquenta) dias, a cada período de doze meses, contados a partir da data da
primeira concessão. O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. Assertiva
incorreta.

67. Se for concedida licença sem remuneração ao servidor para ele


tratar de assuntos particulares, será vedado ao órgão concedente
interrompê-la antes do prazo fixado.

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A licença para tratar de assuntos particulares poderá ser interrompida, a


qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço e o seu
período não será computado para qualquer efeito legal. Assertiva incorreta.

(CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) Com base no disposto na Lei


n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
68. De acordo com o entendimento firmado pelo STF, apenas nos casos
expressamente previstos em lei pode o servidor aposentar-se com
proventos integrais em razão de doença grave ou incurável.
No julgamento do recurso extraordinário nº 175.980, de relatoria do Ministro
Carlos Velloso, o Supremo Tribunal Federal decidiu que “os proventos serão
integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente
decorrente de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificadas em lei. Se não houver essa especificação, os proventos serão
proporcionais. Assertiva correta.

69. Indivíduo aposentado em emprego público pelo regime oficial da


previdência social pode tanto exercer função pública em caráter
temporário quanto ocupar cargo em comissão de livre nomeação, por
não se configurar, nesses casos, acumulação de cargos públicos.
No julgamento do recurso especial nº 1.298.503/DF, cujo acórdão foi publicado
em 13/04/2015, o Superior Tribunal de Justiça assim decidiu: “Preceitua o
art. 118, § 3º, da Lei n. 8.112/1990 que, se considera ´acumulação proibida a
percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos
da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações
forem acumuláveis na atividade´, do qual se infere que a vedação nele contida
diz respeito apenas à acumulação com remuneração de cargo ou emprego
público efetivo, categorias nas quais não se insere a função pública exercida por
força de contratação temporária, preenchida via processo seletivo simplificado”.
Nesse caso, constata-se que o enunciado está correto, pois está fazendo
referência à função temporária e cargo em comissão. Assertiva correta.

(CESPE/Técnico Judiciário – TER RS/2015) Qualquer pessoa que age


em nome do Estado, ainda que de maneira transitória ou sem
remuneração, é considerada agente público. Assim, surge na doutrina a
classificação composta de agentes políticos, de particulares em

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colaboração com o poder público e de servidores estatais. A respeito


desse assunto, assinale a opção correta.
70. Servidores contratados em caráter temporário podem substituir
servidores efetivos contratados por tempo indeterminado.
Servidores contratados em caráter temporário exercem apenas funções
públicas, isto é, não titularizam cargos ou empregos públicos. Sendo assim, não
substituem ocupantes de cargos efetivos, pois exercem suas funções apenas
nas hipóteses previstas em lei, nos termos do art. 37, IX, da CF/1988. Assertiva
incorreta.

71. Há direito adquirido do servidor em relação a prerrogativas


anteriores à posse que venham a ser alteradas por lei.
É importante esclarecer que os servidores públicos não possuem direito
adquirido à manutenção do regime jurídico nos mesmos moldes estabelecidos
no momento da posse ou exercício. Isso significa que as regras fixadas no
regime estatutário (Lei 8.112/1990) podem ser alteradas posteriormente,
independentemente da concordância ou aquiescência do servidor. Assim, se o
regime estatutário estabelecia determinada regra para o cálculo de gratificação
a ser paga para o servidor público, por exemplo, existe a possibilidade de que
essa fórmula seja alterada no futuro, quando conveniente e oportuno para a
Administração Pública. Assertiva incorreta.

72. Os membros dos tribunais de contas estaduais são considerados


agentes políticos.
De início, deve ficar claro que a questão foi elaborada com base na doutrina de
Celso Antônio Bandeira de Mello, que, diga-se de passagem, não é a que tem
prevalecido no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
O citado professor não inclui os magistrados, membros do Ministério Público e
membros dos Tribunais de Contas no conceito de agentes políticos, ao
contrário do professor Hely Lopes Meirelles, pois entende que somente podem
ser incluídos nesta categoria aqueles que possuem a eleição como forma de
investidura, com exceção dos cargos de Ministros e Secretários de Estado, que
são de livre nomeação e exoneração.
Penso que esse tipo de questão deveria ser anulada, pois não representa o
entendimento da doutrina majoritária e do próprio Supremo Tribunal Federal.
Ademais, não citou o nome de nenhum autor, o que prejudica a interpretação

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por parte do candidato. De qualquer forma, a banca considerou a assertiva


incorreta.

73. Consideram-se agentes honoríficos os particulares em colaboração


com o poder público, os quais, nessa colaboração, caracterizam-se
como agentes públicos.
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, a categoria de particulares em
colaboração com o Poder Público é composta por sujeitos que, sem perderem
sua qualidade de particulares – portanto, de pessoas alheias à intimidade do
aparelho estatal (com exceção única dos recrutados para serviço militar) –
exercem função pública, ainda que às vezes apenas em caráter episódico, a
exemplo dos agentes honoríficos (mesários). Assertiva correta.

74. Considera-se agente público mediante delegação a pessoa física


convocada para participar das eleições como mesário.
Os mesários eleitorais não exercem função pública mediante delegação, mas
sim mediante requisição efetuada pelo Poder Público. Assertiva incorreta.

(CESPE/Analista Judiciário – TRE RS/2015 - adaptada) Com base no


que dispõe a Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
75. No caso de o indiciado não apresentar defesa no prazo legal após
sua regular citação, permite-se à autoridade julgadora proferir
imediatamente a sua decisão, com base nas provas existentes.
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar
defesa no prazo legal. A revelia será declarada, por termo, nos autos do
processo e devolverá o prazo para a defesa (contar-se-á novo prazo para a
apresentação de defesa). Para defender o indiciado revel, a autoridade
instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Assertiva incorreta.

76. É possível a imposição de penalidades após a conclusão de


sindicância administrativa, sem a necessidade de instauração de
processo administrativo disciplinar.

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Em termos gerais, constata-se que a sindicância será instaurada para a


apuração de infrações administrativas “menos graves”, que possam culminar na
aplicação de penalidades “mais brandas”: advertência ou suspensão de até
trinta dias. Da sindicância poderá resultar: o arquivamento do processo; a
aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias;
ou, ainda, a instauração de processo disciplinar. Na hipótese de o relatório da
sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a
autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo disciplinar. Assertiva
correta.

77. Detectada a acumulação ilegal de cargos públicos, a opção do


servidor, para caracterização da sua boa-fé, deverá ser realizada até a
publicação do ato que instituir a comissão processante que analisará
sua situação.
A comissão instituída para apurar a eventual acumulação ilegal lavrará, até três
dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que
serão transcritas as informações relativas à autoria e à materialidade, bem
como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de
sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita,
sendo-lhe assegurado vista do processo na repartição. Caso o servidor, dentro
do prazo de cinco dias oferecido para a defesa, opte por apenas um dos
cargos ou emprego público, ficará configurada sua boa-fé, convertendo-se a
opção em pedido de exoneração do outro cargo ou emprego. Nesse caso,
ocorrerá o arquivamento do processo administrativo e não será aplicada
nenhuma penalidade ao servidor. Assertiva incorreta.

78. Julgado procedente o pedido de revisão de processo administrativo


disciplinar, todos os direitos a que fazia jus o ex-servidor e lhe foram
negados em decorrência da condenação serão convertidos em
indenização.
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição
do cargo em comissão, que será convertida em exoneração. Assertiva
incorreta.

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79. Caso um servidor efetivo que responda a processo administrativo


disciplinar seja exonerado do cargo a pedido, o processo será suspenso
e a denúncia encaminhada à autoridade judicial competente.
O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a
pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Ocorrida a exoneração de que
trata o parágrafo único, inciso I do art. 34 da Lei 8.112/1990, o ato será
convertido em demissão, se for o caso. Assertiva incorreta.

80. (CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) De acordo com a lei que


dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais, em especial o regime
disciplinar, os deveres e as proibições, julgue o item subsequente.
A remoção, que pode ser de ofício, no interesse da administração,
consiste no deslocamento do servidor no âmbito do mesmo quadro,
com a necessária mudança de sede.
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede (artigo 36). Ocorrerá a
remoção quando um servidor do INSS, por exemplo, é deslocado da cidade de
Belo Horizonte/MG, para a cidade de Paraopebas, no Estado do Pará. Nesse
caso, perceba que o servidor continua exercendo suas funções no âmbito do
quadro do INSS, porém, em outra cidade. Assertiva incorreta.

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RELAÇÃO DAS QUESTÕES QUE FORAM COMENTADAS

(CESPE/Auditor Federal de Controle Externo – TCU/2015) No que se


refere a ato administrativo, agente público e princípios da
administração pública, julgue o próximo item.
01. A exoneração dos ocupantes de cargos em comissão deve ser
motivada, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa.

(CESPE/Técnico Federal de Controle Externo – TCU/2015) No que se


refere aos princípios e conceitos da administração pública e aos
servidores públicos, julgue o próximo item.
02. A vedação ao acúmulo remunerado de cargos, empregos ou funções
públicas não se estende aos empregados das sociedades de economia
mista.
03. O prazo de validade de concurso público é de até dois anos,
podendo ele ser prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no
cadastro de reserva.

(CESPE/Auditor – FUB/2015) Considerando que tenha sido apurada a


prática, em tese, de ato ilícito por Marcos, contra quem foi ajuizada
ação penal e aberto procedimento administrativo disciplinar, julgue o
item a seguir.
04. Mesmo absolvido no processo administrativo disciplinar, a
superveniente condenação de Marcos no processo criminal acarretará a
perda de seu cargo público, independentemente da natureza da
infração.

(CESPE/Nível Médio – FUB/2015) À luz do disposto na Constituição


Federal de 1988 acerca da administração pública, julgue o item a
seguir.
05. Os cargos públicos devem ser plenamente acessíveis a brasileiros e
a estrangeiros, podendo o edital do concurso estabelecer,
justificadamente, requisitos apropriados às funções a serem
desempenhadas.

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(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) De acordo com o Decreto n.º


1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do
Poder Executivo Federal) e com a Lei Federal n.º 8.112/1990 (Regime
Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União), julgue o item a seguir.
06. Entre os itens avaliados no desempenho do cargo do servidor
durante seu estágio probatório incluem-se sua capacidade de iniciativa
e sua disciplina.
07. De acordo com a Lei Federal n.º 8.112/1990, vencimento e
remuneração consistem na retribuição pecuniária pelo exercício do
cargo.
08. Após a aposentadoria, o servidor público encontra-se isento das
penalidades previstas no regime disciplinar estabelecido pela Lei n.º
8.112/1990.
09. As formas de provimento de cargo público incluem a ascensão e a
transferência.

(CESPE/Assistente em administração – FUB/2015) Com referência às


disposições do regime jurídico dos servidores públicos civis da União
(Lei n.º 8.112/1990), julgue o item que se segue.
10. Servidor público aposentado poderá ter a sua aposentadoria
cassada em função de condenação por infração vinculada ao cargo
público anteriormente ocupado.
11. Considere que determinado servidor público tenha sido investido
em novo cargo, compatível com as suas limitações decorrentes de
acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido
servidor está em provimento originário.
12. A remoção de servidor público pode ocorrer com ou sem mudança
de sede e, algumas vezes, pode se dar independentemente do interesse
da administração.
13. Se um servidor público estiver em estágio probatório, o seu cargo
não poderá ser extinto, já que isso resultaria na perda da função
pública desse servidor.
14. Servidor público aposentado em cargo técnico de determinado
ministério poderá acumular cargo em comissão de gestor em outro
ministério, mesmo que esse servidor não seja das áreas de saúde ou de
ensino.

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15. Mesmo em estágio probatório, o servidor público tem direito a


licença para tratar de interesses particulares, desde que sem
remuneração.

(CESPE/Assistente em administração – FUB/2015) Com base no que


dispõem as Leis n.º 8.112/1990 e n.º 9.784/1999, julgue o item que se
segue.
16. Considere que Joana, servidora pública da Universidade de Brasília
(UnB), tenha recebido documentação para a instrução do processo
administrativo de posse de um professor estrangeiro em um cargo
público da universidade. Nessa situação, Joana deve desconsiderar a
não apresentação, pelo professor, do documento comprobatório de
nacionalidade brasileira, devendo dar prosseguimento ao referido
processo.

(CESPE/Técnico – MPU/2015) Acerca do regime jurídico dos servidores


públicos federais, julgue o item subsequente.
17. O servidor público federal estável, habilitado em concurso público e
empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.
18. O servidor ocupante de cargo em comissão pode ser exonerado a
qualquer momento, independentemente de motivação.

(CESPE/Analista – MPU/2015) A respeito dos cargos e funções


públicas, julgue o item que se segue.
19. A função pública compreende o conjunto de atribuições conferidas
aos servidores ocupantes de cargo efetivo, razão por que não é
exercida por servidores temporários.
20. O ocupante de cargo vitalício só perde o cargo mediante regular
processo judicial com sentença transitada em julgado.

(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) Maria, servidora pública federal


estável, integrante de comissão de licitação de determinado órgão
público do Poder Executivo federal, recebeu diretamente, no exercício
do cargo, vantagem econômica indevida para que favorecesse
determinada empresa em um procedimento licitatório. Após o curso

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regular do processo administrativo disciplinar, confirmada a


responsabilidade de Maria na prática delituosa, foi aplicada a pena de
demissão.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens a seguir, com
base na legislação aplicável ao caso.
21. Caso Maria, notoriamente, possuísse boa conduta no ambiente de
trabalho e não houvesse registros negativos em seus assentamentos
funcionais, a administração poderia, com fundamento em tais
atenuantes, ter optado pela imposição de penalidade menos gravosa.
22. Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio
de sentença judicial, Maria deverá ser reintegrada ao cargo
anteriormente ocupado.
23. Supondo o regular funcionamento de uma comissão de ética no
órgão ao qual pertencia Maria, é correto afirmar que a pena de
demissão poderia ter sido diretamente aplicada por essa comissão,
caso o parecer que fundamentasse essa decisão fosse assinado por
todos os seus integrantes.

(CESPE/Nível Superior – FUB/2015) Com base nas disposições contidas


nas Leis n.º 8.112/1990 e n.º 8.429/1992, julgue os itens
subsequentes.

24. A licença de um servidor para tratar de assuntos particulares, desde


que preenchidos os requisitos previstos em lei, dependerá da concessão
da administração. No entanto, a interrupção da licença somente
ocorrerá com o consentimento do servidor licenciado.
25. Suponha que determinado servidor público federal tenha permitido,
de forma culposa, a realização de despesas não autorizadas em lei.
Nessa hipótese, embora tenha sido cometido ato de improbidade
administrativa que causou prejuízo ao erário, nos termos da lei, não se
exige o ressarcimento integral do dano, haja vista a inexistência de
dolo na conduta do servidor.

26. Considere que João, de setenta anos de idade, servidor público


federal aposentado por invalidez, tenha solicitado a reversão de sua
aposentadoria. Nessa situação, mesmo que a junta médica oficial tenha
concluído que o referido servidor não apresenta qualquer condição
incapacitante para o exercício profissional, a administração deverá
indeferir a solicitação de João.

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27. O princípio da motivação deve nortear a administração pública na


prática dos seus atos. Por essa razão, o administrador, com o fim de
propiciar segurança, deve adotar, nos processos administrativos,
formas e procedimentos complexos, com várias etapas e verificações.

(CESPE/Técnico Judiciário – TRE-GO/2015) A respeito da Lei n.º


8.112/1990, cada um dos próximos itens apresenta uma situação
hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
28. Um processo administrativo disciplinar instaurado para apurar
possíveis irregularidades cometidas por um servidor público federal
revelou o desvio de verbas públicas. Nessa situação, o eventual
ajuizamento da ação penal não extinguirá o procedimento
administrativo contra o servidor.
29. Alice, aprovada em concurso público para o cargo de técnico
administrativo de um TRE, precisa acompanhar cirurgia de ente familiar
que ocorrerá no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa
situação, Alice poderá nomear, por procuração específica, alguém que a
represente no ato da posse.
30. Em razão de uma reforma administrativa realizada no âmbito do
Poder Judiciário, os cargos ocupados por alguns servidores estáveis de
determinado TRE foram extintos, e esses servidores foram colocados
em disponibilidade. Nessa situação, o retorno dos servidores à
atividade pública poderá dar-se por recondução, caso em que eles
passarão a ocupar cargos de atribuições e vencimentos compatíveis
com os anteriormente ocupados.
31. Paulo, técnico judiciário em exercício na capital do estado de
jurisdição de um TRE, pediu sua remoção para outra cidade, na mesma
jurisdição desse tribunal. Nessa situação, se for removido, Paulo não
terá direito a ajuda de custo.

(CESPE/Técnico Judiciário – TRE-GO/2015) Acerca de ato


administrativo e agentes públicos, julgue o item subsecutivo.
32. Promoção e readaptação são formas de provimento em cargo
público.
33. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido, no âmbito do
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

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(CESPE/Técnico Judiciário – TRE GO/2015) Pedro, servidor de um


órgão da administração pública, foi informado por seu chefe da
possibilidade de ser removido por ato de ofício para outra cidade, onde
ele passaria a exercer suas funções. Nessa situação hipotética,
considerando as regras dispostas na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item
subsequente.
34. Se for removido, Pedro terá direito a receber ajuda de custo
correspondente ao valor efetivamente gasto no deslocamento, seu e de
sua família, que inclui despesa com passagem, bagagem e bens
pessoais.
35. Caso Pedro seja removido por motivação fundamentada em
situação de fato, a validade do ato que determine a remoção fica
condicionada à veracidade dessa situação por força da teoria dos
motivos determinantes.
36. Pedro não poderá se recusar à remoção, que tem fundamento no
denominado poder hierárquico da administração pública.

(CESPE/Auditor – FUB/2015) Paulo foi aprovado em concurso para


analista, que exigia nível superior. Nomeado e empossado, Paulo
passou a desempenhar suas funções com aparência de legalidade.
Posteriormente, constatou-se que Paulo jamais havia colado grau em
instituição de ensino superior, detendo, como titulação máxima, o
ensino médio.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
37. Evidenciada a ausência de um dos requisitos para a investidura,
Paulo deve ser demitido do cargo público em que fora empossado.
38. Paulo desempenhou suas funções com excesso de poder.

39. (CESPE/Juiz Federal – TRF 5ª Região/2013) Em relação aos


servidores públicos, considerando a jurisprudência dos tribunais
superiores e as disposições da Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção
correta.
a) De acordo com jurisprudência do STJ, não é possível o
aproveitamento, para fins de incorporação de quintos, do tempo de
serviço cumprido sob o regime celetista por ex-empregado público
reintegrado em cargo público sob o regime estatutário em razão da
extinção da empresa pública em que trabalhava.

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b) Consoante a jurisprudência do STJ, o pedido de exoneração, de


ofício, por servidor público, de um dos cargos que acumule
indevidamente, no curso de processo administrativo disciplinar
instaurado para apuração da acumulação ilegal de cargos, implica a
extinção do processo por falta do objeto.
c) Segundo a jurisprudência do STJ, deve-se observar o teto
constitucional para a remuneração de servidores públicos mesmo na
hipótese de acumulação de proventos por servidor aposentado em
decorrência do exercício legal de dois cargos privativos de profissionais
de saúde.
d) Consoante a jurisprudência do STJ e do STF, os servidores inativos
que reingressaram no serviço público antes da promulgação da Emenda
Constitucional n.º 20/1998 podem perceber tanto os proventos da
aposentadoria como os vencimentos do novo cargo público,
independentemente de os cargos serem ou não acumuláveis; no
entanto, o servidor que entrar para inatividade em relação ao novo
cargo não poderá acumular os dois proventos decorrentes da
aposentadoria, devendo optar por um deles.
e) Servidor demitido ilegalmente deve ser reintegrado ao cargo por ele
anteriormente ocupado, e o atual ocupante do cargo, se for servidor
não estável, deverá ser posto em disponibilidade, com direito à
percepção de vencimentos proporcionais, até que surja novo cargo em
que seja lotado.

40. (CESPE/Defensor Público – DPE ES/2013) Assinale a opção correta


referente aos servidores públicos.
a) O fim da exigência de regime jurídico único para os servidores
públicos é tema ainda não resolvido definitivamente.
b) Os municípios podem remunerar seus vereadores por vencimentos
compostos de uma parcela fixa e outra variável.
c) Os municípios que ainda não instituíram o regime de emprego
público podem fazê-lo a qualquer tempo, com base no disposto na
Emenda Constitucional n.º 19/1998.
d) O servidor remunerado por meio de subsídio não faz jus ao
recebimento de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou vantagem de caráter indenizatório.
e) A CF limita a acumulação remunerada de cargos públicos à de dois
cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde.

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(Analista Técnico Administrativo/DPU 2010/CESPE - adaptada) Com


relação aos benefícios do servidor público civil, julgue os itens
seguintes.
41. Para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de
servidor, deverá comprovar sua dependência econômica.
42. Servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-
natalidade equivalente a um vencimento por nascituro.
43. Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia
profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por
invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber
legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.
44. Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto
de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor
público.
45. Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de
licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em
estágio probatório.

(CESPE∕Auditor Fiscal do Trabalho –MTE∕2013) Com referência ao


processo administrativo e à Lei no. 8.112/1990, cada um dos próximos
itens apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva que
deve ser julgada à luz do entendimento do STJ.
46. Um servidor público federal foi demitido após o devido processo
administrativo. Contra o ato de demissão ele ajuizou ação judicial, na
qual obteve decisão favorável à sua reintegração no cargo, em
decorrência da nulidade do ato de demissão. Nessa situação, o servidor
reintegrado não terá direito ao tempo de serviço, aos vencimentos e às
vantagens que lhe seriam pagos no período de afastamento.
47. Determinado servidor público federal, que responde a processo
administrativo disciplinar, requereu sua aposentadoria voluntária, e a
administração pública indeferiu-lhe o pedido. Nessa situação, o
indeferimento do pleito está de acordo com a legislação de regência,
pois o servidor que responde a processo disciplinar somente poderá ser
aposentado voluntariamente após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade eventualmente aplicada.

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(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE) Em cada uma das opções


abaixo, é apresentada uma situação hipotética relacionada aos deveres
e responsabilidades dos servidores públicos, seguida de uma assertiva
a ser julgada.
48. Um servidor público recebeu ordem de seu chefe imediato para que
realizasse determinada tarefa que não ia de encontro à lei e que estava
compreendida entre as atribuições de seu cargo. Nessa situação, não
há motivo para o servidor em hipótese alguma, negar-se a realizar a
tarefa.
49. Um servidor público atrasa-se cotidianamente para chegar ao
trabalho e, ainda, ausenta-se frequentemente sem prévia justificativa.
Nessa situação, o servidor não poderá ser repreendido por seu chefe
imediato, visto que a lei, apesar de não permitir a ausência
injustificada, permite atrasos consecutivos.
50. O servidor público A presenciou, em sua seção, o recebimento de
propina pelo servidor B. Nessa situação, o servidor A não precisará
denunciar o colega de trabalho às autoridades.
51. Um servidor público, chefe de sua seção, recebe frequentemente
presentes de empresas prestadoras de serviços à sua seção. Nessa
situação, conforme disposição constitucional, o recebimento dos
presentes deve ser considerado válido.
52. O servidor público causou acidente de trânsito ao conduzir veículo
oficial. Nessa situação, o servidor não será responsabilizado
financeiramente por danos ao erário.

(Analista Executivo/INMETRO 2013/CESPE - adaptada) Com base nas


disposições legais acerca de direitos e vantagens dos servidores
públicos federais, julgue os itens seguintes.
53. Servidor público que oficializar candidatura a cargo político não
pode, em nenhuma hipótese, afastar-se de sua repartição para realizar
campanha política.
54. Servidora pública, em razão de nascimento de filho, tem direito a
licença-maternidade pelo período de até 180 dias.
55. Servidor participante de certame para a ocupação de outro cargo
efetivo não deve receber remuneração durante a fase do concurso
público relativa ao programa obrigatório de formação.

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56. Servidor público tem direito a licença capacitação de um mês a cada


cinco anos de efetivo exercício.
57. Servidor público, em nenhuma hipótese, pode ocupar mais de um
cargo de provimento efetivo.

(Promotor de Justiça Substituto/MPE RO 2012/CESPE - adaptada) A


partir das considerações constantes na CF e da jurisprudência dos
tribunais superiores acerca dos servidores públicos, julgue os itens
seguintes.
58. Consoante jurisprudência pacífica do STJ, servidor estável que for
investido em novo cargo estará dispensado de cumprir novo período de
estágio probatório.
59. De acordo com a jurisprudência majoritária do STF, a estabilidade
dos servidores públicos deve ser estendida aos empregados de
sociedade de economia mista contratados mediante concurso público,
razão pela qual esses empregados somente poderão ser dispensados
por justa causa.
60. Segundo decisão do STF, servidor público que obteve determinada
vantagem funcional, ainda que por ato administrativo com vício de
legalidade, mas que não tenha lhe dado causa, tem, após o prazo de
cinco anos, direito à manutenção da vantagem, não podendo a
administração pública exercer o poder de autotutela.

(CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) De acordo com a lei que


dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais, em especial o regime
disciplinar, os deveres e as proibições, julgue o item subsequente.
61. A conduta de atender ao público com presteza, embora não esteja
expressamente inserida no rol dos deveres do servidor, é uma
imposição ética e moral a qualquer servidor público.
62. As sanções penais, civis e administrativas são independentes entre
si, o que justifica a eventual responsabilização civil e administrativa do
servidor, mesmo quando absolvido criminalmente pela ausência de
autoria.

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(CESPE/Técnico Judiciário – TRE RS/2015 – adaptada) Acerca das


licenças a que fazem jus os servidores regidos pela Lei n.º 8.112/1990,
julgue os itens seguintes:
63. Caso um servidor público federal seja cedido para o exercício de
cargo em comissão em determinado estado da Federação, o ônus da
remuneração desse servidor será do órgão cedente.
64. O afastamento do servidor para participação em programa de pós-
graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no país
somente poderá ser concedido mediante a possibilidade de
compensação de horário.
65. Caso a companheira de determinado servidor, também servidora
federal, seja deslocada para desempenhar suas funções em outro
estado, o servidor poderá tirar licença para acompanhá-la por período
indeterminado, mas sem perceber remuneração.
66. A licença por motivo de doença em pessoa da família poderá ser
concedida pelo prazo máximo de seis meses, sendo assegurada ao
servidor licenciado a remuneração pelo período integral.
67. Se for concedida licença sem remuneração ao servidor para ele
tratar de assuntos particulares, será vedado ao órgão concedente
interrompê-la antes do prazo fixado.

(CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) Com base no disposto na Lei


n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
68. De acordo com o entendimento firmado pelo STF, apenas nos casos
expressamente previstos em lei pode o servidor aposentar-se com
proventos integrais em razão de doença grave ou incurável.
69. Indivíduo aposentado em emprego público pelo regime oficial da
previdência social pode tanto exercer função pública em caráter
temporário quanto ocupar cargo em comissão de livre nomeação, por
não se configurar, nesses casos, acumulação de cargos públicos.

(CESPE/Técnico Judiciário – TER RS/2015) Qualquer pessoa que age


em nome do Estado, ainda que de maneira transitória ou sem
remuneração, é considerada agente público. Assim, surge na doutrina a
classificação composta de agentes políticos, de particulares em
colaboração com o poder público e de servidores estatais. A respeito
desse assunto, assinale a opção correta.

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70. Servidores contratados em caráter temporário podem substituir


servidores efetivos contratados por tempo indeterminado.
71. Há direito adquirido do servidor em relação a prerrogativas
anteriores à posse que venham a ser alteradas por lei.
72. Os membros dos tribunais de contas estaduais são considerados
agentes políticos.
73. Consideram-se agentes honoríficos os particulares em colaboração
com o poder público, os quais, nessa colaboração, caracterizam-se
como agentes públicos.
74. Considera-se agente público mediante delegação a pessoa física
convocada para participar das eleições como mesário.

(CESPE/Analista Judiciário – TRE RS/2015 - adaptada) Com base no


que dispõe a Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens seguintes.
75. No caso de o indiciado não apresentar defesa no prazo legal após
sua regular citação, permite-se à autoridade julgadora proferir
imediatamente a sua decisão, com base nas provas existentes.
76. É possível a imposição de penalidades após a conclusão de
sindicância administrativa, sem a necessidade de instauração de
processo administrativo disciplinar.
77. Detectada a acumulação ilegal de cargos públicos, a opção do
servidor, para caracterização da sua boa-fé, deverá ser realizada até a
publicação do ato que instituir a comissão processante que analisará
sua situação.
78. Julgado procedente o pedido de revisão de processo administrativo
disciplinar, todos os direitos a que fazia jus o ex-servidor e lhe foram
negados em decorrência da condenação serão convertidos em
indenização.
79. Caso um servidor efetivo que responda a processo administrativo
disciplinar seja exonerado do cargo a pedido, o processo será suspenso
e a denúncia encaminhada à autoridade judicial competente.

80. (CESPE/Técnico Judiciário – TJDF/2015) De acordo com a lei que


dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União,
das autarquias e das fundações públicas federais, em especial o regime
disciplinar, os deveres e as proibições, julgue o item subsequente.

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