Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Este caminhar exige um primeiro passo: definir para se conhecer o que seja
Inferno das Paixões, inferno interior, terreno fértil, dormente, a partir de onde pode
germinar um grão de trigo; ao soltar sua tênue casca de proteção ou máscara; persona
ou phersu.
Uma precisão nessa definição nos conduz a uma certeza de que a “descida ao
Inferno das Paixões”, ou interior, é o nosso âmago. O nosso mais profundo
relacionamento entre o corpo e a alma, ou seja, a essência do sopro de Deus agindo num
corpo efêmero.
Quando Deus soube disso, expulsou-os do jardim porque, tendo comido do fruto
proibido, tinham se tornado em parte como Deus.
"E o Senhor Deus disse: 'Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecendo o bem e o mal." (Gênesis 4,22).
Nesta descida ao Inferno das Paixões, resta tão somente a própria força e a própria
energia ativa do neófito. Para buscar, com sinceridade, os pontos fortes e promover o
florescimento das qualidades conquistadas. Deve se familiarizar-se com o sentir, com o
agir e com o pensar. Deve, o neófito, refletir e praticar. Obedecer às leis do país. Viver
segundo os ditames da honra. Praticar a Justiça, amar o próximo como a si mesmo.
Trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e para conseguir a sua
emancipação progressiva e pacífica. Afastar-se do desejo, da ambição e da cobiça.
Conhecer a si próprio e morrer para as ambições deletérias da vaidade, do vício e do
orgulho. Seu objetivo não é outro senão o do seu aperfeiçoamento moral e espiritual e
da sociedade em que vive: calar, escutar, observar, meditar e praticar com sua
responsável e livre consciência. Sem procurar agradar ou massagear o ego alheio. Pois
quando as decepções, as tristezas, os infortúnios, as incompreensões, o cansaço, a rotina
diária, a desilusão, os desapontamentos chegarem, a base moral e intelectual do neófito
deve estar sólida, pois estará – também – sozinho com seus próprios valores e seu livre
arbítrio para decidir o caminho a seguir. Base esta construída sobre seu próprio
pensamento, sua atitude e exclusivas decisões a partir do cumprimento dos seus deveres
de ser responsável, presente, atuante, participativo, fraterno, preocupado com o bom
desempenho da Ordem. Agindo sempre pela geometria do compasso. Usando a régua
para medir seus limites. O esquadro para endireitar o caminho. O nível para equilibrar
as emoções. O prumo para alinhar o caráter. O Maço para expressar sua força de
vontade e, principalmente, o cinzel para agir com sabedoria: prudência, perseverança,
paciência, prontidão, percepção, tolerância e perfeição.
Somente após a descida áspera, íngreme e difícil ao Inferno das Paixões, à custa
de sua própria sombra, retornando com sua própria Pedra Filosofal, pode-se, o neófito,
despertar para uma vida mais rica e bela na filosofia da Arte Real.