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Material complementar:

Capítulo II do Tratado - Artigo V Quinta Verdade: “É difícil conservarmos em nós as


graças que recebemos de Deus”.
Capítulo VIII do Tratado – Conhecimento de si mesmo

A luta contra os inimigos espirituais


1º. A vida cristã é uma luta: luta penosa que, com variadas peripécias, não termina
senão na morte; luta de importância capital, pois que nela se joga a vida eterna. Como
ensina S. Paulo, há em nós dois homens: a) o homem regenerado, o homem novo, com
tendências nobres, sobrenaturais, divinas, que o Espírito Santo produz em nós, graças
aos méritos de Jesus e à intercessão da SSma. Virgem e dos Santos; tendências, a que
nos esforçamos por corresponder, pondo em ação, sob a influência da graça atual, o
organismo sobrenatural de que Deus nos dotou. b) Mas, ao lado, há o homem natural, o
homem carnal, o homem velho, com as tendências más, que o batismo não desarraigou
de nossa alma: é a tríplice concupiscência, que temos da nossa primeira geração, e que
o mundo e o demônio despertam e intensificam; tendência habitual que nos leva ao
amor desordenado dos prazeres sensuais, da nossa própria excelência e dos bens da
terra. Estes dois homens entram fatalmente e m conflito: a carne, ou o homem velho,
deseja e procura o prazer, sem se lhe dar da sua moralidade; o espírito bem lhe recorda
que há prazeres proibidos e perigosos e que é mister sacrificar ao dever, isto é, à
vontade de Deus; mas, como a carne persiste em seus desejos, a vontade ajudada pela
graça, é obrigada a mortificá-la e, se necessário for, a crucificá-la. O cristão é, pois, um
soldado (Cf. II Tim 2, 1-7), um atleta que combate por uma coroa imortal, até a morte.

2º. Esta luta é perpétua: porquanto, apesar dos nossos esforços, não podemos
desembaraçar-nos jamais do homem velho; não podemos senão enfraquecê-lo, encadeá-
lo, e fortificar ao mesmo tempo o homem novo contra os seus ataques. Ao princípio, é,
pois, mais viva a luta, mais encarniçada, e as contra-ofensivas do inimigo são mais
numerosas e violentas. À medida, porém, que, por meio de esforços enérgicos e
constantes, vamos ganhando vitórias, o inimigo vai enfraquecendo, as paixões acalmam,
e, salvo certos momentos de provações mandadas por Deus para nos levar a mais alta
perfeição, gozamos de relativo sossego, presságio da vitória definitiva. É à graça de
Deus que devemos a vitória. Não esqueçamos, porém, que as graças que são dadas, são
graças de combate, e não de repouso, que somos lutadores, atletas, ascetas, e que
devemos, como São Paulo, lutar até o fim, para merecer a nossa coroa: “Combati o bom
combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Não me resta mais que receber a
coroa da justiça que dará o Senhor” (II Tim 2, 7-8). É o meio de aperfeiçoar em nós a
vida cristã e de adquirir abundantes méritos.

Extraído de:

Compêndio de Teologia Ascética e Mística. AD Tanquerey. Livraria Apostolado da


Imprensa, Porto, 1961. Páginas 116 a 117.

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