Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
inundação
inundações 20
cem ao poder público, pela população de 2000
baixa renda; 15
• ocupação de áreas de médio risco, que são
10
atingidas com freqüência menor, mas que 1000
quando o são, sofrem prejuízos significa- 5
tivos.
0 0
Os principais impactos sobre a população 1920 1940 1960 1980 2000 2020 2040
são:
anos
• prejuízos de perdas materiais e humanas;
• interrupção da atividade econômica das Figura 1 Evolução urbana e ocorrência de
áreas inundadas; inundações (adaptado de Ramos, 1998)
• contaminação por doenças de veiculação
hídrica como leptospirose, cólera, entre • aumento da produção de sedimentos
outras; devido à desproteção das superfícies e à
• contaminação da água pela inundação de produção de resíduos sólidos (lixo);
depósitos de material tóxico, estações de • e a deterioração da qualidade da água
tratamentos entre outros.. superficial e subterrânea, devido a lava-
gem das ruas, transporte de material sóli-
O gerenciamento atual não incentiva a do e às ligações clandestinas de esgoto
prevenção destes problemas, já que a medida cloacal e pluvial e contaminação de aqüí-
que ocorre a inundação o município declara feros;
calamidade pública e recebe recursos a fundo
perdido e não necessita realizar concorrência
radiação térmica de volta para o ambiente,
gerando o calor. O aumento de temperatura
também cria condições de movimento de ar
ascendente que pode gerar aumento de pre-
cipitação. Silveira (1999) mostra que a parte
central de Porto Alegre apresenta maior índi-
ce pluviométrico que a sua periferia, atribu-
indo essa tendência à urbanização. Como na
área urbana as precipitações críticas são as
mais intensas e com baixa duração, estas
condições contribuem para agravar as en-
chentes urbanas.
Tabela 6 Valores médios de parâmetros de qualidade da água de pluviais em mg/l para algumas
cidades
Parâmetro Durham (1) Cincinatti (2) Tulsa (3) P. Alegre (4) APWA (5)
Mínimo máximo
DBO 19 11,8 31,8 1 700
Sólidos totais 1440 545 1523 450 14.600
PH 7,5 7,4 7,2
Coliformes 23.000 18.000 1 , 5 x 10
7
55 11, 2 x 10
7
(NMP/100ml)
Ferro 12 30,3
Chumbo 0,46 0,19
Amônia 0,4 1,0
1 - Colson (1974); 2 - Weibel et al. (1964); 3 - AVCO (1970); 4 - Ide (1984); 5 - APWA (1969)
• A grande perda de água tratada nas re- • A rede de pluviais apresenta dois pro-
des de distribuição urbana. Não é com- blemas: (a) além de transportar o esgoto
preensível que se busquem novos ma- que não é coletado e tratado, também
nanciais quando as perdas continuam em transporta a contaminação do escoa-
níveis tão altos. As perdas podem ser de mento pluvial (carga orgânica, tóxicos e
faturamento e físicas, as primeiras devido metais); (b) a construção excessiva de ca-
estão relacionadas com a medição co- nais e condutos que apenas transferem as
brança e a segunda devido a vazamento inundações de um local para outro den-
na rede. O valor médio nacional é de 39,6 tro da cidade, a custos insustentáveis
% (MPO-SEPURB-IPEA, 1998); para os municípios.
Ciclo de contaminação
Abastecimento de água
Esgoto doméstico e
industrial
Mananciais
Drenagem Urbana
Figura 3 Ciclo da água no ambiente urbano ou ciclo de contaminação da água urbana devido a falta
de tratamento de esgoto e o controle do esgoto pluvial na realidade brasileira.
Meio
Uso do Ambiente GESTÃO
solo
MUNICIPAL
Esgoto cloacal,
drenagem
urbana e
resíduo sólido
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
GESTÃO
ESTADUAL E
FEDERAL
Recursos
Hídricos
AÇÃO EXTERNA A
CIDADE
ENTRADA
Medidas
Princípios, Estruturais da Plano de Estudos
objetivos e sub-bacia: Ações adicionais
estratégias controle impacto
quanti-qualitativo
Sub-divisão da
Medidas não Legislação
cidade em
estruturais: municipal e Educação
macro-bacias legislação e atribuições
gestão
Diagnóstico da
drenagem da Viabilidade Manual de Monitoramento
cidade econômico- drenagem
financeira
• Atualização dos engenheiros de drena- onde Ab é a área da bacia em km2 e Ct, custo
gem urbana; total em R$ milhões
• Arquitetos e engenheiros que projetam A área da bacia pode ser sub-dividida em
obras na cidade;
• Gestores urbanos; 100 = Ap + Ai (2)
• Educação a população.
para Ap, parcela de áreas permeáveis (%);
CONCLUSÃO Ai, parcela de áreas impermeáveis (%).
Numa área urbana as áreas impermeá-
A avaliação dos impactos do desenvol- veis podem ser desdobradas na expressão
vimento urbano sobre a bacia hidrográfica e
sobre a própria população mostra a forma Ai = αi m + β.i l (3)
insustentável com vem ocorrendo este des-
envolvimento. onde α é a parcela da área com arruamentos
Caso não sejam realizadas mudanças e logradouros públicos, como parques e
substanciais na forma de gerenciar o espaço praças; im é a parcela impermeável desta
das cidades o prejuízo para população e para área (%); β é a parcela da área ocupada pe-
o ambiente podem se tornar irreversíveis. los lotes urbanos; il é a parcela de imperme-
Esta herança será transferida para as própri- abilização do lote. Neste caso, β = 1 − α . A
as gerações e seremos lembrados principal-
equação acima fica
mente pela nossa irresponsabilidade em não
conter este tipo de desenvolvimento.
Ai = α.i m + (1 − α)i l (4)
Este trabalho procura destacar os pro-
blemas, apresentar soluções que estão sendo
encaminhadas em duas metrópoles brasilei- O valor de α usualmente varia de 0,25 a
ras, Porto Alegre e Curitiba. No entanto, a 0,35 da área loteada. Considerando α = 0,25,
realidade brasileira necessita de mais profis- distribuindo 15% para ruas e 10% para pra-
sionais se conscientizem do problema e bus- ças, sendo que como as ruas possuem 100%
quem trabalhar para alterar esta realidade de áreas impermeáveis e as praças próximo
com elementos como os apresentados e de zero, resulta para
avancem na melhoria e nas suas alterações.
A ação coordenada entre os poderes pú- im = (0,15 x 100 + 0 x 0,10)/0,25 = 60%
blicos, estaduais, federais e municipais é
essencial para encontrar um caminho viável A equação 4 fica
legal institucional e econômico. Este trabalho
Ai = 15 + 0 ,75.i l (5) A
Tx = [Cu i A i + 0,158Cu i .(100 − A i )]
100
O princípio da taxa de cobrança da ope-
ração e manutenção da drenagem urbana é o A.Cu i
Tx = (15,8 + 0,842.A i ) (11)
da proporcionalidade com relação ao volu- 100
me de escoamento superficial gerado. Con-
siderando que as áreas impermeáveis possu- onde A é a área da propriedade em m2 e Ai é
em coeficiente de escoamento 0,95 e as áreas a área impermeável da área A em %. A ex-
permeáveis 0,15 (Cp=0,15 e Ci = 0,95), o vo- pressão de Ai pode ser obtida da equação 5,
lume gerado pelas áreas impermeáveis é 6,33 substituindo na equação 11 fica
superior ao das áreas permeáveis. Desta
forma o custo unitário de uma área permeá- A.Cu i
Tx = (28,43 + 0,632i1 ) (12)
vel é 100
Cup =
0,95
Cu i = 6,33Cu i (6) Para verificar a coerência desta equação,
0,15 considere uma bacia onde a área impermeá-
vel total é de 40%. Para que a área total da
onde o Cui é o custo unitário das áreas im- bacia tenha 40% de áreas impermeáveis, a
permeáveis área impermeável dos lotes terá i1 = 33,33 %
O custo total da operação e manutenção é e considerando A = Ab, utilizando as equa-
igual ções 11 e 12, deve-se obter Tx = Ct.
Para exemplificar, considere o custo de
Ab R$ 1.400,00/ha, numa bacia de 40% de área
Ct = [Cu p .A p + Cu i .A i ] (7) impermeável, o custo de manutenção de um
100
lote de 300 m2 é obtido utilizando inicial-
Utilizando as equações 2 e 6 na equação mente a equação 8,
7, resulta
100x0,14
Cui = = R$ 0,283/m2
Ab.Cu i 1x (15,8 + 0,842x 40)
Ct = (15,8 + 0,842.A i ) (8)
100
Cup = 0,283/6,33 = R$ 0,045/m2
O custo unitário das áreas impermeáveis
fica Na equação 11, resulta
Considere uma bacia que necessita R$ 3 APWA, 1969. Water pollution aspects of urban
milhões de investimentos para o Plano Di- runof. Water Quality Administrati-
on.(Water Pollution Control Research Nakae, T.; Brighetti, G. 1993 Dragagem a
Series. Report N. WP-20-15). longa distância aplicada ao desassore-
ASCE, 1992. Design and Construction of amento da calha do rio Tietê. Anais. X
Urban Stormwater Management Sys- Simpósio brasileiro de recursos hídri-
tems. American Society of Civil Engeneer. cos. Gramado.
753p Oliveira, M. G. B.; Baptista, M. B. 1997 Análi-
AVCO, 1970. Stormwater pollution from urban se da evolução temporal da produção
activity. Water Quality Administration. de sedimentos na bacia hidrográfica da
(Water Pollution Control Research Se- Pampulha e avaliação do assoreamento
ries. Report n. 11034 FKL). do reservatório. Anais. XII Simpósio
COLLISCHONN, W. TUCCI, C. E.M. 1998. Brasileiro de Recursos Hídricos -
Drenagem urbana e Controle de Erosão. ABRH. Vitória.
VI Simpósio nacional de controle da PMBH, 1996 Plano Diretor Urbano. Prefei-
erosão. 29/3 a ¼ 1998, Presidente Pru- tura Municipal de Belo Horizonte.
dente, São Paulo. PMPA, 2000. Segundo Plano de Desenvol-
COLSON, N.V., 1974. Characterization ant vimento Urbano e Ambiental de Porto
treatment of urban land runoff. EPA. Alegre. Prefeitura Municipal de Porto
670/2-74-096. Alegre.
GUARULHOS, 2000. Código de Obras do Mu- RAMOS, M.M.G. 1998 Drenagem Urbana:
nicípio de Guarulhos Lei 5617 de 9 de no- Aspectos urbanísticos, legais e metodológi-
vembro de 2000, Mujnicípiuo de Gua- cos em Belo Horizonte. Dissertação de
rulhos. Mestrado Escola de Engenharia Univer-
IBGE, 1998 “Anuário Estatístico do Brasil – sidade Federal de Minas Gerais.
1997”, Instituto Brasileiro de Geogra- ROESNER, L.A; TRAINA, P. 1994. Overvi-
fia e Estatística, Rio de Janeiro, 1998 ew of federal law and USEPA regulations
(CD-ROM) for urban runoff. Water Science & Te-
IDE, C., 1984. Qualidade da drenagem pluvial chnology V29 n 1-2 p445-454
urbana. Porto Alegre:UFRGS-Curso de SCHUELLER, T. 1987. Controlling Urban
Pós-Graduação em recursos Hídricos e Runoff : A Practical Manual for Planning
Saneamento 137f. Disserta- and Designing Urban BMPs.
ção(mestrado). SILVEIRA, A L. L., 1999. Impactos Hidroló-
LARGER, J.ª; SMITH, W.G.; LYNARD, W.G.; gicos da urbanização em Porto Alegre.
FINN, R.M.; FINNEMORE, E.J. 1977 Ur- 4o Seminário de Hidrologia Urbana e Dre-
ban Stormwater management and technology: nagem. Belo Horizonte ABRH.
upadate and user’s guide. US EPA Report – TUCCI, C.E.M. 1993. Hidrologia: Ciência e
600/8-77-014 NTIS N. PB 275654. Aplicação. EDUSP, Editora da UFRGS,
LEOPOLD, L.B.,1968. Hydrology for Urban ABRH, 952p.
Planning - A Guide Book on the TUCCI, C.E.M. 2000 a. Plano Diretor de
Hydrologic Effects on Urban Land Use. Drenagem Urbana da Região Metropo-
USGS circ. 554, 18p. litana de Curitiba Memorando n. 8.
Lloret Ramos, C.; Helou, G. C. N.; Brighetti, CHMHill / SUDHERSA.
G. 1993 Dinâmica do transporte sólido TUCCI, C.E.M., GENZ, F., 1994. Medidas de
nos rios Tietê e Pinheiros na região me- controle de inundações in: Estudos Hi-
tropolitana de São Paulo. Anais. X Sim- drossedimentológicos do Alto Paraguai,
pósio brasileiro de recursos hídricos. IPH/MMA.
Gramado. TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L. 2000. Storm
MOTTA, R.; REZENDE, L. 1999. The impact hydrology and urban drainage. In:
of sanitation on waterborne diseases Tucci, C. Humid Tropics Urban Draina-
on Brazil in: Peter H. May (org.) Natu- ge, capítulo 4. UNESCO.
ral Resource Valuation and Policy in WEIBEL, S.R., ANDERSON, R.J;
Brazil: Methods and Cases pp 174-187 WOODWARD,R.L.,1964. Urban Land
New York Columbia University Press. Runoff as a factor in stream pollution.
Journal Water Pollution Control Federati-
on. Washington, V. 36, n.7, 914-924.
WILKEN, P., 1978 Engenharia de drenagem
superficial. São paulo: CETESB
WRI, 1992. World Resources 1992-1993. New
York: Oxford University Press. 385p.
WRIGHT, A M. 1997 ‘Toward a Strategic
Sanitation Approach: Improving the
sustentatibility of urban Sanitation in
Developing Countries’. UNDP –
World Bank 38p.