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INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil possui um papel social e econômico de muito


valor na sociedade brasileira, pois absorve grande parte da mão de obra nacional,
principalmente aquelas pessoas que apresentam baixa ou nenhuma qualificação
profissional e nível de educação formal, principalmente após a criação pelo governo
federal de programas como o “Minha casa, Minha vida” e o “Programa de Aceleração
do Crescimento” (PAC).

Essas pessoas estão sujeitas a ocuparem posições com condições laborativas


adversas, como ao ar livre, sujeitas a intempéries, com excessivo esforço físico, com
longos períodos de jornada em posturas não naturais para o corpo humano, com
movimentos repetitivos, utilizando maquinário com alta produção de ruídos, dentre
outras adversidades. Estas adversidades podem, a curto e médio prazo trazer
problemas de saúde para os trabalhadores, gerando faltas e licenças médicas, fora o
risco de acidentes de trabalho ocasionado por problemas de má postura, o que pode
levar a demora para a entrega dos serviços contratados, causando prejuízo
econômico aos responsáveis e para os trabalhadores.

A intervenção ergonômica nos canteiros de obras possui grandes dificuldades,


pois devido ao aumento no volume de obras, de forma disseminada pelo país, os
operários passaram a ser alvo de disputa entras as empreiteiras. Uma consequência
desse processo é a rotatividade dos operários no mercado e a escassez destes
profissionais no mercado, fora a alegação das empresas e empreiteiras não terem
condições de contratar um especialista em ergonomia. Os trabalhadores na ativa são
exauridos na tentativa de máxima eficiência e eficácia para o aumento da
produtividade e, por consequência, o lucro das empresas.

Assim, torna-se de grande importância o estudo de risco ergonômico na


construção civil, e a posterior aplicação de ações recomendadas por este estudo, o
que traz a diminuição dos riscos ergonômicos, e por consequência a diminuição de
faltas e licenças médicas dos colaboradores.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A ergonomia é ferramenta de estudos visando a melhoria da qualidade de


serviços. Segundo Dul (2004), a ergonomia é uma ciência aplicada ao projeto de
máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança,
saúde, conforto e eficiência no trabalho. Para a correta utilização deste conceito, é de
suma importância a realização da análise da tarefa, de como ela está sendo realizada
pelos operários e sobre quais circunstâncias de trabalho.

Ribeiro (2004) diz que um dos problemas que ocorre entre trabalhadores da
construção civil é o fato dos mesmos subestimarem os riscos existentes no ambiente
de trabalho, fato esse que ocasiona uma necessidade de treinamento e
conscientização quanto aos riscos existentes em cada situação de trabalho bem como
a forma correta de prevenção de acidentes do trabalho. Quando a tarefa é realizada
de maneira inadequada, sem programação, esta afeta diretamente a saúde do
trabalhador, através de diversas patologias músculo esqueléticas. Couto (2006) diz
que não existem lesões se não houver fatores da condição anti-ergonômica do posto
de trabalho e da atividade. Por esta colocação, o autor demonstra as características
lesivas que um trabalho pouco adaptado ao homem tem sobre este.

Destaca-se que um dos riscos mais encontrados dentro de canteiros de obras


é o risco ergonômico. Tal risco atinge praticamente todos os trabalhadores, e
principalmente os serventes (ARAÙJO, 1996).

Uma das maiores dificuldades em analisar e corrigir más posturas no trabalho


está na identificação e registro das mesmas, e que a descrição verbal não é prática,
porque se torna muito prolixa e de difícil análise (Lida, 2005).

O problema da adaptação do trabalho ao homem nem sempre tem uma solução


simples, que possa ser resolvido na primeira tentativa. Normalmente é uma questão
complexa, para a qual não existe resposta pronta. A Norma Regulamentadora para
Ergonomia (NR-17) que transcreve sobre ergonomia diz que a ergonomia visa adaptar
as condições psicofisiológicas do posto de trabalho ao trabalhador. Esta norma
regulamentadora é da iniciativa do governo federal brasileiro e tem parâmetros legais
para ser aplica em qualquer instituição que tem visão proativa de eficiência dos seus
desempenhos.

Ergonomistas são os praticantes da ergonomia. Eles realizam o planejamento,


projeto e avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas,
tornando-os compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
Os ergonomistas analisam o trabalho de forma global, incluindo os aspectos físicos,
cognitivos, sociais, organizacionais, ambientais e outros. Os ergonomistas têm uma
visão holística dos benefícios que os praticantes da ergonomia trazem para a
organização quando bem aplicada (LIDA, 2005).

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) tem como objetivo aplicar os


conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir determinada
situação de trabalho. Esta técnica foi desenvolvida por pesquisadores franceses e
pode ser considerada como um exemplo da ergonomia corretiva, ou ergonomia de
correção (IIDA, 2005).

Segundo Moraes (1998) o principal objetivo da AET é ser um método destinado


a examinar a complexidade, sem colocar em prova um modelo escolhido. A análise
ergonômica faz com que se tenha uma compreensão de tudo que aconteceu no
trabalho, mostrando principalmente o desempenho de produção do funcionário. Sendo
assim, com a análise ergonômica do trabalho pode-se verificar as condições reais do
ambiente de trabalho, as funções desempenhadas e as condições reais da tarefa
executadas pelos trabalhadores (IIDA, 2005)

A AET é normalmente dividida em cinco etapas: análise da demanda, análise


da tarefa, análise da atividade, diagnóstico e recomendações. As três primeiras
correspondem etapas são conhecidas como etapa de análise (IIDA, 2005). Acontece
que muitos postos de trabalho não se encontram adaptados a características do
operador, por exemplo, a posição da máquina com que um operador trabalha ou a
posição das ferramentas e materiais que utiliza em suas funções. Portanto a análise
ergonômica do trabalho faz com que se torne necessária, visto que pode garantir a
produtividade das tarefas e principalmente a integridade do funcionário. A figura 1
demonstra como entender cada etapa da AET (SANTOS, 1997).

Figura 1 :Esquema Metodológico da Análise Ergonômica do Trabalho

Fonte: Silva, 2001


SISTEMA OWAS (OVAKO WORKING POSTURE ANALYSING SYSTEM)

Como ferramenta de apoio a este estudo, será utilizado o Sistema OWAS


(OVAKO WORKING POSTURE ANALYSING SYSTEM), onde teremos uma forma de
mensurar de maneira objetiva os riscos ergonômicos de cada posto de trabalho. O
sistema OWAS trabalha com um sistema prático de registro, em que cada postura é
descrita por um código de quatro dígitos, os quais representam as posições do dorso,
braços, pernas, e carga, conforme demonstrado pela figura 2:

Figura 2: Medidas antropométricas dinâmicas analisadas pelo sistema OWAS

Fonte: Software Ergolândia

Avaliando essas posturas, o sistema OWAS classifica em quatro categorias, as quais


são apontadas dependendo do tempo de duração das posturas, conforme a jornada
de trabalho realizada. Essas categorias podem ser visíveis na figura 3:
Figura 3: Classificação das posturas de acordo com a sua duração

Fonte: Martins Neto, 2008

A justificativa de cada uma das classificações posturais segue o exposto na figura 4:


Figura 4 – Categorias de ação do método OWAS (MARTINS NETO, 2008).
METODOLOGIA

Esta monografia foi realizada por meio de um estudo de caso no canteiro de


Obras, em uma empresa que está no ramo há 6 anos e concentra uma Equipe de 19
funcionários registrados e 53 terceirizados. Trata-se de uma avaliação ergonômica
postural nas funções de servente, pedreiro, colocador de revestimentos e gesseiro.
Baseado nas propostas de Silva (2001) e Iida (2005), utilizou-se também o método
OWAS para análise e avaliação das posturas assumidas pelos colaboradores durante
sua jornada de trabalho. Será utilizada a versão de testes do software Ergolândia
como ferramenta de apoio na classificação postural dos trabalhadores

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