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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

EVANDRO DE SOUZA

RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURA METÁLICA


AFETADA POR CORROSÃO

LAGES (SC)
2015
UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
NÚCLEO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

EVANDRO DE SOUZA

RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURA METÁLICA


AFETADA POR CORROSÃO

Relatório de Estágio Obrigatório


submetido à Universidade do Planalto
Catarinense como requisito parcial para
aprovação na disciplina de Estágio
Obrigatório do 10º semestre do curso de
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Jackson Vidaletti


Gabriel.
Titulação M.Sc.

LAGES (SC)
2015
EVANDRO DE SOUZA

RECUPERAÇÃO DE ESTRUTURA METÁLICA


AFETADA POR CORROSÃO

ESTE RELATÓRIO DE ESTÁGIO FOI


JULGADO ADEQUADO PARA
OBTENÇÃO DOS CRÉDITOS DA
DISCIPLINA DE ESTÁGIO
CURRICULAR SUPERVISIONADO, DO
10º SEMESTRE, OBRIGATÓRIA PARA
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE:

ENGENHEIRO CIVIL

Lages (SC), 12 de junho de 2015.

Prof. Jackson Vidaletti Gabriel, M.Sc.


Orientador Pedagógico

Prof. Alexandre Tripoli Venção Prof. Carlos Eduardo de Liz


Coordenador de Curso Supervisor de Estágio
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - Fachada da sede da Construtora Peruzzo ..............................................10


FIGURA 2 - Estrutura metálica armazenada em área descoberta ..............................11
FIGURA 3 - Números da Ponte Hercílio Luz ............................................................16
FIGURA 4 - Ciclo dos metais .....................................................................................17
FIGURA 5 - Corrosão Uniforme ................................................................................20
FIGURA 6 - Esquema corrosão galvânica ..................................................................21
FIGURA 7 - Formato dos Pites ...................................................................................22
FIGURA 8 - Aeração diferencial ................................................................................23
FIGURA 9 - Graus de corrosão...................................................................................30
FIGURA 10 - Estruturas metálicas armazenadas no pátio da empresa ......................35
FIGURA 11 - Pilares metálicos com travamento em X .............................................36
FIGURA 12 - Desenho estrutura metálica analisada ..................................................37
FIGURA 13 - Acúmulo de água e impurezas na peça metálica .................................38
FIGURA 14 - Comparativo da corrosão .....................................................................40

TABELA 1 - Tabela da ASTM para aços estruturais .................................................27


TABELA 2 - Tabela da ASTM para aços estruturais Características aço
ASTM A588 ..............................................................................................................29
TABELA 3 - Influência de alguns de alguns elementos presentes no aço
ASTM A 588 ..............................................................................................................29
LISTA DE ABREVIAÇÕES

ASTM - Sociedade Americana de Testes e Materiais


CIMM - Centro de Informações Metal Mecânica
CO2 - Gás carbônico
DEINFRA - Departamento Estadual de Infraestrutura
Fe - Ferro
h - Horas
H2SO4 - Ácido sulfúrico
kg - Quilograma
Ltda. - Sociedade empresária limitada
NBR - Norma Brasileira Regulamentadora
pH - Potencial de hidrogênio
SC - Santa Catarina
% - Porcentagem
RESUMO

Este relatório de estágio tem por objetivo analisar a corrosão em peças


metálicas estruturais armazenadas a céu aberto no pátio da instituição cedente do
estágio, com a finalidade de reabilitar peças afetadas por corrosão para que possam
serem aproveitadas em novas obras. Dentre as peças estocadas será escolhida uma para
realização da analise completa, esta analise conterá o tipo de aço que a peça metálica
foi fabricada, qual meio ela encontra-se exposta e o tipo de corrosão que foi afetada, a
partir destes dados será sugerido a melhor forma para limpeza, correção e medidas
preventivas da corrosão com base em pesquisas baseadas em normas e materiais de
grandes metalúrgicas.

Palavras-chave:
Estrutura metálica; corrosão; recuperação.
ABSTRACT

This internship report aims to analyze corrosion in structural metal parts


stored in the open air in the courtyard of the originator institution stage, for the
purpose of rehabilitating parts affected by corrosion so that they can be exploited in
new works. Among the stored parts is chosen for one embodiment of the full analysis,
this analysis contains the type of steel that the metal part is manufactured, which
means it is exposed and the type of corrosion that is affected, from these data
suggested to be best way to clean, fix and preventive measures of corrosion based on
research-based standards and materials of large metallurgical.

Keywords:
Metal structure; corrosion; recovery.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................9
1.1 Apresentação ...............................................................................................................9
1.2 Caracterização da organização .................................................................................10
1.3 Situação problemática ...............................................................................................11
1.4 Objetivos ...................................................................................................................12
1.4.1 Objetivo geral .................................................................................................................. 12
1.4.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 12
1.5 Justificativa ...............................................................................................................12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................14
2.1 Importância do combate à corrosão ..........................................................................14
2.1.1 Corrosão na Ponte Hercílio Luz ..................................................................................... 15
2.2 Como ocorre a corrosão ............................................................................................17
2.3 Aço ............................................................................................................................18
2.4 Oxirredução...............................................................................................................18
2.5 Formas de corrosão ...................................................................................................19
2.5.1 Corrosão uniforme .......................................................................................................... 20
2.5.2 Corrosão galvânica ......................................................................................................... 20
2.5.3 Corrosão por pite ............................................................................................................ 22
2.5.4 Aeração diferencial ......................................................................................................... 23
2.6 Meios corrosivos .......................................................................................................24
2.7 ASTM........................................................................................................................25
2.7.1 Classificação dos aços estruturais pela ASTM ............................................................... 26
2.8 Aços patináveis .........................................................................................................28
2.9 Grau de corrosão .......................................................................................................30
2.10 Grau de preparação da superfície ...........................................................................31
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ..........................................................................33
4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO ....................35
4.1 Estudo de caso...........................................................................................................36
5 ANALISE E RESULTADOS....................................................................................38
5.1 Analise da estrutura metálica ....................................................................................38
5.1.1 Descrição do material ..................................................................................................... 38
5.1.2 Aço da estrutura metálica em análise ............................................................................. 39
5.1.3 Sistema de pintura existente ............................................................................................ 39
5.1.4 Meio corrosivo................................................................................................................. 39
5.1.5 Forma de corrosão .......................................................................................................... 39
5.1.6 Grau de corrosão............................................................................................................. 40
5.1.7 Grau de limpeza............................................................................................................... 40
5.1.8 Forma de prevenção ........................................................................................................ 41
5.2 Valor da peça metálica em análise ...........................................................................41
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................43
9

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

O domínio do fogo na idade média possibilitou o desenvolvimento da


metalurgia, sendo um grande avanço para o homem, já que foi possível a criação de
objetos metálicos úteis para a caça, pesca e produção agrícola.
Com o passar do tempo e o necessidade cada vez maior da utilização dos
metais foi que a corrosão metálica foi notada, já que começou a ocasionar problemas e
alterações em objetos e estruturas metálicas. A partir de então, iniciou-se os estudos
sobre as causas, precauções e correções para este fenômeno.
A corrosão metálica espontânea nada mais é do que a deterioração de
materiais metálicos por motivos químicos ou eletroquímicos.
Segundo Gentil (2007), pode-se definir corrosão como a deterioração de um
material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente
associada ou não a esforços mecânicos. A deterioração causada pela interação físico-
química entre o material e o seu meio operacional representa alterações prejudiciais
indesejáveis, sofridas pelo material, tais como desgaste, variações químicas ou
modificações estruturais, tornando-o inadequado para uso.
Atualmente como o metal é utilizado nos mais variados segmentos de
atividades, os problemas com a corrosão se tornaram frequentes e por acarretarem
perdas econômicas estão se buscando formas e materiais para evitar estas perdas.
10

1.2 Caracterização da organização

A Construtora Peruzzo Ltda. surgiu em 1984 através da identificação de


novas oportunidades de mercado. A empresa presta serviços com critérios de
qualidade na área da construção civil, na industrialização e montagem de estruturas
metálicas e em revestimentos para comunicação visual. Tem estrutura e profissionais
qualificados para a execução desde o projeto até a fase dos acabamentos das obras.

FIGURA 1 - Fachada da sede da Construtora Peruzzo

Fonte: Site da Construtora Peruzzo Ltda..

A empresa busca sempre por novos produtos para explorar no mercado


brasileiro executando obras do norte ao sul do Brasil, com assistência técnica e mão de
obra especializada. Desta maneira visa sempre à colocação da marca de seus clientes
em uma posição de destaque no mercado. Atualmente seu foco esta voltado para a
execução de concessionárias, postos de combustíveis e centros de distribuição.
Recentemente entrou no segmento de Shopping Centers e Cinemas.
11

1.3 Situação problemática

Análise patológica de estruturas metálicas armazenadas no pátio da empresa


(área descoberta da fábrica), suscetíveis a intempéries diretas e a reações de corrosão.
As peças armazenadas no pátio em sua maioria são sobra de obras ou de
reformas efetuadas pela empresa e são reutilizadas assim que possam ser integradas a
algum projeto de obra nova.
Será realizada uma análise para um dos elementos que apresentem corrosão,
identificando o material afetado, a causa da corrosão, sistema de proteção, correção e
prevenção da patologia para que haja reabilitação e possibilidade de seu
aproveitamento.

FIGURA 2 - Estrutura metálica armazenada em área descoberta

Fonte: O autor.
12

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo geral

Analisar uma peça metálica dentre as armazenadas no terreno da Construtora


Peruzzo Ltda. que apresente reação de corrosão para que seja aproveitada.

1.4.2 Objetivos específicos

a) Obter informações sobre o material analisado e o meio corrosivo em que se


encontra.
b) Confirmar o tipo de reação de corrosão encontrado na peça metálica.
c) Identificar qual a melhor forma de proteção e correção para a reabilitação da
peça.

1.5 Justificativa

O tema foi escolhido visando identificar o estágio em que se encontram as


peças metálicas armazenadas no pátio da empresa com relação às reações de corrosão.
Como a maioria das estruturas metálicas comercializadas pela empresa são para
estrutura e cobertura de postos de combustíveis, concessionárias de automóveis e
barracões industriais, estão expostas diretamente as ações da atmosfera, então, nada
melhor do que analisar estruturas que estão armazenadas no pátio da empresa por um
13

longo tempo em um ambiente similar para entender o que pode ser melhorado no
processo de estoque e proteção das estruturas metálicas comercializadas.
Com esta análise será possível identificar o tipo de corrosão mais comum que as
estruturas metálicas fabricadas na empresa estão suscetíveis quando expostas a
ambientes agressivos, possibilitando a realização de medidas preventivas, se tornando
um fator de qualidade muito importante para a garantia das obras que contenham
estruturas metálicas entregues pela Construtora.
Dessa forma busca-se encontrar possíveis falhas no formato das peças metálicas
projetadas que possam acumular humidade ou impurezas e também formas de
proteção específica para o tipo de corrosão encontrada.
14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para iniciar a parte prática e analisar os casos escolhidos é importante haver


uma fundamentação para que se entenda melhor como ocorrem os processos de
corrosão. Para isto serão abordados alguns conceitos básicos a fim de mostrar os
problemas ocasionados, sanar dúvidas e esclarecer processos e situações que ocorrem
durante e após a corrosão de estruturas metálicas, auxiliando para o entendimento do
leitor.

2.1 Importância do combate à corrosão

Os problemas com a corrosão podem ser encontrados de diversas formas e


em diversos lugares já que o aço e outras ligas metálicas são utilizados, por exemplo,
nas indústrias químicas, petroquímicas, naval, automobilística, nos vários meios de
transportes, nos sistemas de comunicação e também na área da saúde com
equipamentos e ferramentas.
A corrosão vem causando perdas econômicas, estas perdas segundo Gentil
(2007), podem ser classificadas em diretas e indiretas.
São perdas diretas:
a) Os custos de substituição das peças ou equipamentos que sofreram
corrosão, incluindo energia e mão-de-obra;
b) Os custos e a manutenção dos processos de proteção (proteção catódica,
revestimentos metálicos e não metálicos, pinturas etc.).
15

As perdas indiretas são mais difíceis de avaliar, mas um breve exame das
perdas típicas dessa espécie conduz a conclusão de que podem totalizar custos mais
elevados que as perdas diretas e nem sempre podem ser quantificados.
Já em 1986, Fontana apud Gentil (2007), afirmava que cerca de 30 bilhões
de dólares poderiam ser economizados por ano se todas as medidas economicamente
viáveis fossem usadas para prevenção contra a corrosão.
Porém as perdas econômicas se tornam menos importantes quando
comparadas com questões de segurança e perdas ambientais, sociais e culturais que
problemas com a corrosão podem ocasionar.
a) Questões de segurança: a corrosão localizada pode ocasionar problemas e
rupturas repentinas em estruturas de automóveis, aviões, trens ou pontes,
podendo ocasionar desastres.
b) Problemas ambientais: Fissuras ou rompimentos ocasionados pela
corrosão em tanques de armazenamento de combustíveis ou nas
tubulações de transporte desses materiais sejam líquidos ou gasosos
podem ocasionar a poluição de solos, lençóis freáticos, mares etc.
c) Problemas sociais: A corrosão em cabos de telefonia ou lógica
ocasionada por correntes de fuga existentes no solo pode deixar
localidades sem comunicação telefônicas e sem acesso a internet.
d) Problemas culturais: Com a poluição atmosférica as diversas esculturas e
monumentos históricos que são feitos de metal podem se deteriorar
através da reação com as bactérias oxidantes desses gases emitidos.

2.1.1 Corrosão na Ponte Hercílio Luz

Um exemplo prático de problemas ocasionados pela corrosão é a interdição


da ponte Hercílio Luz na cidade de Florianópolis-SC em 1991.
A ponte Hercílio Luz foi inaugurada em 1926 após aproximadamente quatro
anos de obras, seu objetivo era ligar o continente a ilha, sendo naquela época o único
16

meio de ligação para realizar esta travessia.


É uma ponte pênsil de aço, sobre pilares de concreto, sendo considerada a
maior do Brasil neste estilo de construção.

FIGURA 3 - Números da Ponte Hercílio Luz

Fonte: Radar Nacional (2015).

Segundo o Departamento Estadual de Infraestrutura, o DEINFRA, a primeira


interdição da ponte foi no dia 22 de janeiro de 1982, mas após reformada e
solucionados os problemas com a corrosão na estrutura foi reaberta em 1988, porém
após apenas três anos, em fevereiro de 1991 foi totalmente interditada, e encontra-se
até hoje.
Em 1992 foi tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico
do município de Florianópolis e em 1997 tornou-se patrimônio do Estado de Santa
Catarina.
Atualmente estão sendo estudadas formas para sua restauração e a princípio
a empresa que fará a restauração é a mesma que construiu a ponte na década de 1920,
o governo do estado de Santa Catarina poderá gastar até R$ 130 milhões para concluir
os serviços.
17

2.2 Como ocorre a corrosão

Com exceção dos metais nobres os demais não são encontrados em estado puro
e para a obtenção desses metais é necessário aumentar sua energia. Para Gentil (2007),
a obtenção de um metal se faz à custa de certa quantidade de energia, a qual é cedida
por intermédio dos processos metalúrgicos. Como na clássica expressão:

Minério + Energia  METAL

FIGURA 4 - Ciclo dos metais

Fonte: Pimenta

Segundo Pannoni (2007), a corrosão pode ser definida, de modo simples, como
sendo a tendência espontânea do metal produzido e conformado de reverter ao seu
estado original, de mais baixa energia livre. De uma perspectiva puramente
termodinâmica, a tendência de decréscimo energético é a principal força encorajadora
da corrosão metálica.
18

Então pode-se afirmar que quando o minério recebe energia na forma correta se
torna metal e o metal quando exposto a ambientes agressivos pode reagir e tender
espontaneamente a voltar a ser minério através da corrosão.

2.3 Aço

O uso do aço em grande escala para as mais diversas atividades pode ser
entendido analisando diversos fatores, alguns deles são: a abundância de matérias-
primas disponíveis para sua produção, possibilidade de produção com diversas
características atendendo usos específicos e seu preço competitivo.
O aço é uma liga metálica formada basicamente por Ferro e Carbono. De
acordo com Chiaverini (2002), podemos definir o aço como sendo uma liga Ferro-
Carbono, contendo geralmente de 0,008% até aproximadamente 2,11% de carbono,
além de certos elementos secundários (como Silício, Manganês, Fósforo e Enxofre),
presentes devido aos processos de fabricação.
Essa liga metálica está presente nas mais diversas áreas, atualmente sua
utilização principal é na construção civil, porém pode ser encontrada em máquinas,
equipamentos para diagnóstico de saúde, ferramentas para cirurgia, eletrodomésticos,
utensílios domésticos, automóveis, móveis, entre outros.

2.4 Oxirredução

As reações de oxirredução, também conhecidas como redução-oxidação ou


redox, nada mais são do que as reações de oxidação e redução combinadas.
19

Segundo Gentil (2007), oxidação é o ganho de oxigênio por uma substância ou


a perda de elétrons por uma espécie química e redução é a retirada de oxigênio de uma
substância ou o ganho de elétrons por uma espécie química.
Nesta reação a substância que perde elétrons e sofre oxidação é denominada
agente redutor, enquanto a substância que ganha elétrons e sofre redução é
denominada agente oxidante.
É de fundamental importância, principalmente se tratando de corrosão, que o
sentido de da transferência de elétrons seja conhecido:

Redutor  elétrons  Oxidante

Por exemplo, se o ferro sofrer ataque do meio corrosivo constituído de ácido


sulfúrico (H2SO4), sua equação de oxidação (ganho de elétrons) seria:

2+
Fe  Fe + 2e

2.5 Formas de corrosão

Segundo Pannoni (2007), a corrosão pode ocorrer através de variadas formas, e


sua classificação pode ser feita através da aparência do metal corroído. As formas mais
comuns de corrosão que acontecem com o aço carbono são: a corrosão uniforme, a
corrosão galvânica, a corrosão por pites e a corrosão por aeração diferencial.
Cada forma de corrosão tem um ambiente propício para acontecer e geram
diferentes aparências no metal corroído e é desta forma que serão distinguidas uma das
outras a seguir.
20

2.5.1 Corrosão uniforme

A corrosão uniforme além de ser a mais comum e conhecida dentre todos os


tipos de corrosão também é a mais importante. Segundo Gentil (2007), este tipo de
corrosão se processa em toda a extensão da superfície da peça, ocorrendo perda
uniforme de espessura.

FIGURA 5 - Corrosão Uniforme

Fonte: Pimenta

A corrosão uniforme é ocasionada na maioria das vezes pelo fato do material


estar exposto a atmosfera livre, pois o oxigênio reage à temperatura ambiente com o
metal, estando à superfície deste metal úmida e coberta de agentes poluentes
dissolvidos, essa quantidade de água com impurezas é o eletrólito (meio condutor) da
reação.

2.5.2 Corrosão galvânica

Segundo Gentil (2007), a corrosão galvânica resulta do acoplamento de


materiais metálicos dissimilares imersos em um eletrólito, causando uma transferência
de carga elétrica de um para outro, por terem potenciais elétricos diferentes.
21

Para Dias (1997), a corrosão galvânica ocorre quando um metal é eletricamente


conectado a outro metal mais nobre e o conjunto estabelece contato com um meio
aquoso. Em consequência, há aumento de corrosão do metal menos nobre.
Então, a corrosão galvânica diferente da uniforme é localizada e acontece
quando dois materiais metálicos, com diferentes potenciais ficam em contato em
presença de um meio condutor (eletrólito), ocorrendo assim transferência de elétrons.

FIGURA 6 - Esquema corrosão galvânica

Fonte: Pannoni (2014).

A reação mostrada na Figura 6 possui um anodo (liga 1), um catodo (liga 2) e o


eletrólito (água), é considerada uma pilha eletroquímica onde ocorre transferência de
elétrons do metal de maior potencial de oxidação (anodo) para o de menor potencial de
oxidação (catodo) ou do metal menos nobre (liga 1) para o mais nobre (liga 2).
22

2.5.3 Corrosão por pite

Para Gentil (2007), a corrosão por pite se processa em pontos ou em pequenas


áreas localizadas na superfície metálica produzindo pites, que são cavidades que
apresentam o fundo em forma angulosa e profundidade geralmente maior do que o seu
diâmetro.
A figura a seguir mostra os formatos que os pites (cavidades formadas pela
corrosão) podem ter:

FIGURA 7 - Formato dos Pites

Fonte: Site Scientia

A expressão “pite” vem do inglês pit e significa “cova”, “poço”, por isso os
orifícios causados por este tipo de corrosão são chamados de pites.
A corrosão por pites pode se originar de uma falha na superfície ou defeito na
camada de proteção, pois havendo esta região de exposição, impurezas e umidade irão
23

depositar-se dando início a uma corrosão galvânica e como ela agirá pontualmente
origina o pites.

2.5.4 Aeração diferencial

Segundo o Centro de Informação Metal Mecânica – CIMM, a corrosão por


aeração diferencial é a forma de corrosão que ataca uma região metálica que está em
contato com um meio onde a concentração de oxigênio é menor que nas regiões
vizinhas.

FIGURA 8 - Aeração diferencial

Fonte: Autor desconhecido

Como pode-se notar na Figura 8, a parte submersa na água tem acesso a


uma quantidade menor de oxigênio do que a superfície exposta a atmosfera, então a
parte submersa torna-se anodo e sofre corrosão enquanto a superfície que tem acesso a
maior quantidade de oxigênio age como catodo.
24

2.6 Meios corrosivos

O meio corrosivo é de muito importante para as reações da corrosão, pois


dependendo do seu grau de agressividade a reação será mais intensa ou não.
Cada tipo de metal tem uma “fraqueza” quanto ao meio de corrosão, assim
sendo, conhecer o meio que uma estrutura metálica será instalada ou armazenada é de
extrema importância para que sejam tomadas medidas de precauções contra a
corrosão.
Os meios corrosivos mais comuns são: atmosfera, águas naturais e do mar e o
solo.
A exposição de um metal sem proteção a atmosfera com certeza ocasionará
corrosão, pois nela encontram-se impurezas, umidade e gases corrosivos como é o
caso do gás carbônico (CO2).
Segundo Gentil (2007), os materiais metálicos em contato com as águas
naturais tendem a sofrer corrosão, a qual vai depender de várias substâncias que
podem estar contaminando a mesma.
A corrosão dos metais em contato com a água basicamente é ocasionada pelas
impurezas presentes na água os mais comuns são:

 Gases dissolvidos – oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono, cloro,


amônia, etc;

 Sais dissolvidos – cloreto de sódio, cloreto de ferro, bicarbonato de


cálcio, etc;

 Matéria orgânica de origem animal ou vegetal;

 Bactérias, limos e algas;

 Sólidos suspensos.

Além desses fatores os parâmetros que se encontram a água também


influenciam na corrosão, como a temperatura, o pH entre outros.
25

Segundo o Centro de Informações Metal Mecânica – CIMM, a corrosão


ocasionada pelo contato com o solo pode ser dividida em três tipos:

 Aeração diferencial: Quanto a superfície de um metal está em contato


com dois tipos de solo diferente que possuem diferentes
permeabilidades ao oxigênio uma corrente galvânica acontece da
superfície com menos aeração (anódica) para a mais aerada (catódica).

 Sais Dissolvidos: Quanto maior a quantidade de sais dissolvidos mais


corrosivo é o solo, pois a presença de sais gera alta condutividade
elétrica ou baixa resistividade no meio. Quanto mais baixa a
resistividade mais corrosivo é o solo.

 Ação das bactérias: Bactérias anaeróbicas são as causadoras de corrosão


subterrânea. Elas atuam como despolarizadoras da reação catódica e
permitem a propagação da corrosão em solos sem oxigênio.

2.7 ASTM

A ASTM, antigamente conhecida como Sociedade Americana de Testes e


Materiais, é reconhecida mundialmente no desenvolvimento e entrega de normas
internacionais de consenso voluntário. Foi formada em 1898 por químicos e
engenheiros da Pensilvânia.
Segundo informações do próprio site da ASTM, hoje cerca de 12.000 normas
ASTM são utilizados em todo o mundo para melhorar a qualidade dos produtos,
aumentar a segurança, facilitar o acesso ao mercado e comércio, e construir a
confiança do consumidor.
A liderança da ASTM em desenvolvimento de padrões internacionais é
26

impulsionado pelas contribuições dos seus membros: mais de 30.000 dos melhores
especialistas técnicos do mundo e profissionais de negócios que representam 150
países.
A ASTM produz normas para diversas áreas da indústria, sendo muito
usadas na padronização de materiais, como ligas de aço, alumínio, polímeros e
combustíveis, mas também produz normas que indicam procedimentos de análise e
ensaios de materiais e.

2.7.1 Classificação dos aços estruturais pela ASTM

A ASTM identifica os aços para uso estrutural pela letra A, seguida por dois
três ou quatro dígitos.
Os aços com especificação de quatro dígitos são usados para aplicações de
engenharia mecânica, máquinas e veículos e formam uma classificação distinta. Os
demais aços estruturais do grupo A são usados em aplicações de construção civil,
construção naval e ferroviária. As especificações com dois e três dígitos aplicam -se a
laminados planos, formas estruturais, chapas-perfis interconectáveis e barras. São
denominados conforme tabela a seguir.
27

TABELA 1 - Tabela da ASTM para aços estruturais

Fonte: CIMM
28

2.8 Aços patináveis

Introduzidos no início dos anos 1930 para a fabricação de vagões de


transporte de carga nos Estados Unidos, os aços patináveis têm aplicação consolidada
na construção civil em todo o mundo (CBCA).
Os aços patináveis são os mais utilizados na construção civil na atualidade,
por possuir grande resistência mecânica, boa soldabilidade e principalmente pela
maior resistência a corrosão atmosférica.
Segundo o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA), os aços
patináveis, quando expostos à atmosfera, desenvolvem uma camada de óxido
compacta que funciona como barreira de proteção anti-corrosão. Denominada pátina,
essa camada superficial confere ao aço uma aparência enferrujada e, a depender das
condições locais, permite dispensar qualquer tipo de revestimento.
A pátina é formada em função da composição química do próprio aço, os
principais elementos de liga que contribuem para aumentar a resistência à corrosão
atmosférica favorecendo a formação da pátina são o cobre e o fósforo. Segundo as
normas que regem os aços patináveis o fósforo deve ser mantido em baixos teores
(menores que 0,1%) sobre pena de prejudicar propriedades mecânicas do aço e sua
soldabilidade.
Não há uma norma brasileira que trate especificamente do projeto com o uso
de aços patináveis. As normas de referência de qualidade e composição química do
aço patinável são a norte-americana ASTM A588 e as brasileiras NBR 5920 e NBR
5921.
Segundo o site de informações metalúrgicas Infomet , os principais tipos de
aço patináveis disponíveis no mercado são os aços “COR-TEN A” (que recebeu a
designação ASTM A 242) de uso arquitetônico, “COR-TEN B” (ASTM A 588) de uso
estrutural e ASTM A 606 para chapas finas [1-3].
29

Destacado em amarelo na Figura 9 estão algumas características do aço ASTM


A588.

TABELA 2 - Tabela da ASTM para aços estruturais Características aço ASTM A588

Fonte: Pannoni

Destacado em amarelo na Figura 10 estão alguns elementos presentes no aço


ASTM A588 que influenciam positivamente na resistência a corrosão deste aço.

TABELA 3 - Influência de alguns de alguns elementos presentes no aço ASTM A 588

Fonte: Pannoni
30

2.9 Grau de corrosão

O grau de corrosão identifica em que estágio de corrosão o metal se


encontra. Conforme a ISO 8501 existem quatro graus de corrosão. São eles:

 Grau A - superfície de aço com carepa de laminação aderente, mas com


pouca ou nenhuma oxidação.

 Grau B - superfície de aço com início de oxidação e da qual


a carepa de laminação começou a desprender.

 Grau C - superfície de aço na qual a carepa de laminação já deu lugar a


oxidação, podendo o restante ser removido por raspagem.

 Grau D - superfície de aço onde já se apresenta corrosão


acentuada com presença de pits e alvéolos.

FIGURA 9 - Graus de corrosão

Fonte: WEG
31

2.10 Grau de preparação da superfície

Segundo Tavares (2009), os graus de preparação de superfície de aço com


utilização de ferramentas manuais, mecânicas ou por jateamento abrasivo estão
definidos na norma internacional ISSO 8505 – 1. São eles:

 Grau St2 – Limpeza manual. Raspagem com raspadeira de metal duro e


escovamento cuidadoso a fim de remover a laminação, oxido e partículas
estranhas. Após a limpeza a superfície devera ter suave brilho metálico.

 Grau St3 – Limpeza mecânica. Raspagem e escovamento com escovas de


aço, de modo cuidadoso. Após a limpeza a superfície devera apresentar
prenunciado brilho metálico.

 Grau Sa1 – Jateamento abrasivo ligeiro. O jato se move rapidamente sobre a


superfície de aço a fim de remover as escamas de laminação, óxido e
possíveis partículas estranhas.

 Grau Sa2 – Jateamento abrasivo Comercial. Jateamento cuidadoso a fim de


remover praticamente toda a laminação, óxido e partículas estranhas. Caso a
superfície apresente cavidades (pites), apenas ligeiros resíduos poderão ser
encontrados no fundo das cavidades, porem 2/3 da área de uma polegada
quadrada deverão estar livres de resíduos visíveis. Após o tratamento a
superfície devera apresentar coloração acinzentada.

 Grau Sa2 – Jateamento abrasivo ao metal quase branco. O jato é mantido

por tempo suficiente para assegurar a remoção da laminação e partículas


estranhas, de tal modo que apenas possam aparecer leves sombras, listras ou
descoloração na superfície. Os resíduos são removidos com aspirador de pó,
ar comprimido seco ou escova limpa. Ao final da limpeza 95% de uma
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polegada quadrada de área deverão estar livres de resíduos e a superfície


deverá apresentar uma tonalidade cinza clara.

 Grau Sa3 – Jateamento abrasivo ao metal branco. Jateamento abrasivo


perfeito, com remoção total de laminação, óxido e partículas estranhas.
Finalmente se faz a remoção dos resíduos com aspirador de pó, ar
comprimido seco e limpo ou escova limpa. Após a limpeza a superfície
deverá apresentar uma cor cinza de tonalidade muito clara e uniforme, sem
listras ou sombras (coloração metálica).
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3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Os dados foram obtidos durante os meses de fevereiro e junho de 2015, na


Construtora Peruzzo Ltda., totalizando 180 h.
Assim que o estágio iniciou-se, uma questão levantada foi à utilização da
grande quantidade das peças metálicas estocadas no pátio da empresa em novas obras.
Para isto era necessário no momento do projeto não só pensar no aproveitamento das
peças estocadas, mas também qual era a possibilidade de recuperação das mesmas, já
que em sua maioria foram afetadas pela corrosão.
A partir disto a pesquisa foi baseada na coleta de dados e análise de uma
estrutura metálica exposta no pátio da empresa, sendo analisados os seguintes fatores:

 Descrição do material
 Aço utilizado
 Sistema de pintura
 Meio corrosivo
 Forma de corrosão
 Grau de corrosão
 Forma de correção
 Grau de limpeza
 Forma de prevenção da patologia

O estudo de casos práticos de corrosão encontrados tem por objetivo à


compreensão de seus mecanismos formadores de forma que se possa evitar e remediar
seus danos bem como a correção de peças metálicas já afetadas.
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É importante salientar que analisado o ambiente que a estrutura metálica será


exposta durante sua vida útil e tomadas as medidas corretivas já no momento do
projeto com certeza a estrutura correrá menos riscos de desenvolver reações de
corrosão.
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4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO

A empresa armazena na área descoberta de seu terreno peças e estruturas


metálicas que sobraram de obras ou de reformas efetuadas. Essas estruturas são
reutilizadas assim que possam ser integradas a algum projeto de obra nova.

FIGURA 10 - Estruturas metálicas armazenadas no pátio da empresa

Fonte: O autor.

Dentre as estruturas e peças metálicas armazenadas no pátio da empresa foi


escolhida uma que apresentou corrosão.
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A partir desta peça foram realizadas análises de fatores que são fundamentais
para sua recuperação e reutilização.

4.1 Estudo de caso

A peça utilizada para analise é uma estrutura metálica que se encontra


armazenada na área descoberta do pátio da Construtora Peruzzo Ltda..
Essa estrutura metálica foi fabricada para estrutura de um prédio de dois
pavimentos onde funcionaria uma concessionária da Harley-Davidson em São Paulo,
porém devido a problemas com a documentação junto à prefeitura por parte do
proprietário, a obra encontra-se parada aguardando regularização.
Trata-se de dois pilares com perfis metálicos I com travamento em X que
fariam parte da estrutura da concessionária.

FIGURA 11 - Pilares metálicos com travamento em X

Fonte: O autor
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FIGURA 12 - Desenho estrutura metálica analisada

Fonte: O autor

Os pilares 01 e 02 são compostos por perfis I de 30 cm de altura e 15 cm de


mesa com comprimento de 5,6 m cada já o travamento em X foi executado com dois
perfis I de 20 cm de altura e 10 cm de mesa com comprimento de 5,85 cada.
Cada metro linear dos pilares pesa 38,70 kg enquanto o metro linear do
travamento em X pesa 22,50 kg. O peso total da peça é obtido através da multiplicação
dos pesos por metro linear pelo comprimento total de cada perfil, totalizando
696,69 kg.
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5 ANALISE E RESULTADOS

5.1 Analise da estrutura metálica

A analise da estrutura metálica em questão quanto à corrosão ocasionada


pela sua exposição às intempéries será relatada nos próximos itens.

5.1.1 Descrição do material

Peça estrutural armazenado na área descoberta da fábrica, como encontra-se


inclinada, sem abrigo protetor ou lona para cobrimento para que não haja o acumulo
de água e impurezas, surgiram alguns fatores geradores de patologias.

FIGURA 13 - Acúmulo de água e impurezas na peça metálica

Fonte: O autor
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5.1.2 Aço da estrutura metálica em análise

Para fabricação da peça metálica em analise foi utilizado o aço patinável


estrutural do tipo COR-TEM B ou pela designação da norma americana o
ASTM A588.

5.1.3 Sistema de pintura existente

A peça metálica em análise está pintada com a tinta primer epóxi da marca
WEG.

5.1.4 Meio corrosivo

O meio corrosivo encontrado na situação analisada foi à água juntamente


com as impurezas armazenadas e em contato com a superfície da peça ocasionando
corrosão localizada.

5.1.5 Forma de corrosão

Corrosão por aeração diferencial através do acumulo de água e impurezas em


contato com a superfície da peça metálica em análise.
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5.1.6 Grau de corrosão

Fazendo um comparativo visual com as imagens disponibilizadas pela WEG


observou-se que a corrosão em analise se enquadra no grau B.

FIGURA 14 - Comparativo da corrosão

Fonte: O autor.

5.1.7 Grau de limpeza

Para a corrosão de grau B será adotado o grau de limpeza As 2 ½ que trata-se


do jateamento abrasivo ao metal quase branco. O jato é mantido por tempo suficiente
para assegurar a remoção da laminação e partículas estranhas, de tal modo que apenas
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possam aparecer leves sombras, listras ou descoloração na superfície. Os resíduos são


removidos com aspirador de pó, ar comprimido seco ou escova limpa. Ao final da
limpeza 95% de uma polegada quadrada de área deverão estar livres de resíduos e a
superfície deverá apresentar uma tonalidade cinza clara.
Após o processo de limpeza e remoção da lamina de partículas ocasionadas
pela corrosão a peça deverá ser pintada para proteção.

5.1.8 Forma de prevenção

Se a peça metálica continuar estocada no pátio a céu aberto deverá ser


posicionada de forma que não acumule água e impurezas, pode-se fazer pequenos
furos na chapa de reforço para que não haja este acumulo.

5.2 Valor da peça metálica em análise

O peso da peça é de 696,69 kg e considerando que o valor comercial do


quilograma para estruturas metálicas fabricadas com o aço ASTM A588 é de
R$ 10,00:

 Valor da peça metálica analisada = 696,69 kg x R$ 10,00/kg

Valor da peça metálica analisada = R$ 6.966,90


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização dos aços patináveis na construção civil trouxe diversas


vantagens desde que começaram a ser utilizados já que além da grande resistência
mecânica também são fortemente resistentes a corrosão, formando uma camada de
ferrugem protetora, não deixando assim que a corrosão afete o interior das peças
metálicas estruturais.
Porém deve se tomar cuidado com a forma de armazenagem ou montagem
desta estrutura em sua vida útil já que se ocorrer acumulo de água e impurezas em sua
superfície mesmo com sua grande resistência a corrosão acabará prejudicando sua
resistência mecânica, pois a corrosão localizada afetará estruturalmente o aço.
Além de a análise realizada ser de extrema importância para a recuperação
da peça metálica estrutural, assegurando qualidade e desempenho desejado do material
para que não apresente problemas futuros, ainda pode trazer uma vantagem econômica
de aproximadamente R$ 6.966,90 com seu aproveitamento, já que após a recuperação
poderá ser aproveitada por completo.
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