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FIGURINO
1. Evolução do Figurino
2. Função do Figurino
Como o traje, o figurino serve primeiro para vestir, pois a nudez. Se não é mais,
em nossos palcos, um problema estético ou ético, não é assumida com facilidade. O corpo
sempre é socializado pelos ornamentos ou pelos efeitos de disfarce ou ocultação, sempre
caracterizado por um conjunto de índices sobre a idade, o sexo, a profissão ou classe
social. Essa função sianalética do figurino é substituída por um jogo duplo: no interior do
sistema da encenação, como uma série de signos ligados entre siporum sistema de
figurinos mais ou menos coerente; no exterior da cena, corno referência ao nosso Inundo,
onde os figurinos também têm um sentido. No interior de uma encenação, um figurino é
definido a partir da semelhança e da oposição das formas, dos materiais, dos cortes, das
cores em relação aos outros figurinos. O que importa é a evolução do figurino no decorrer
da representação, o sentido dos contraste, a complementaridade das formas e das cores.
O sistema interno dessas relações tem (ou deveria ter) grande coerência, de modo a
oferecer ao público a fábula para ser lida. Mas, a relação com a realidade exterior também
é muito importante, se a representação pretender nos dizer respeito e permitir uma
comparação com o contexto histórico. A escolha do figurinos em pre procede de um
compromisso e de uma tensão entre a lógica interna e a referência externa: jogos infinitos
da variação da indumentária. O olho do espectador deve observar tudo o que está
depositado no figurino como portador de signos, como projeção de sistemas sobre um
objeto-signo relativamente à ação, ao caráter, à situação, à atmosfera. Sob esse ponto de
vista, O figurino apenas acompanhou (expondo-o como "cartão de visita" do ator e da
personagem) a evolução da encenação, que passou do mimetismo naturalista à abstração
realista (principalmente brechtiana), ao simbolismo dos efeitos de atmosfera, à
desconstrução surrealista ou absurda. Presentemente faz-se uma utilização sincrética de
todos esses efeitos: tudo é possível, nada é simples. Novamente a evolução se situa entre
a identificação rasa da personagem por seu traje e a função autônoma e estética de uma
construção da indumentária que só tem contas a prestar a si mesma. A dificuldade está no
fato de tornar dinâmico o figurino: fazer com que ele se transforme, que não se esgote
após um exame inicial de alguns minutos, mas que "emita" signos por um bom tempo,
em função da ação e da evolução das relações actanciais.
3. O Figurino e a Encenaçao