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DISCIPLINA​: Bases Epistemológicas do Ensino de Ciências

PROFESSOR: Mauro Gomes da Costa


ALUNO: ​Rafael Gonçalves de Brito ​Data: ​ 07-08-2018

Universidade do Estado do Amazonas

KOIRE, Alexandre. A PERSPECTIVA DA HISTÒRIA DAS CIÊNCIAS. 1961


A PERSPECTIVA DA HISTÒRIA DAS CIÊNCIAS
Página ​Citação
415 [...] “o passado se dissipou, não é mais, não podemos tocá-lo, e
somente a partir de seus vestígios e traços ainda presentes - obras,
monumentos, documentos que escaparam da ação destruidora dos
tempos e dos homens - é que procuramos reconstruí-los” [...]
416 [...] "O que lhes deixa - ou lhes deixou - são ínfimos fragmentos do
que eles precisariam. Assim, as reconstruções históricas são
sempre incertas e até duplamente incertas... Pobre pequena
ciência conjectural: foi assim que Renan se referiu a história.
416 [...] " E da escolha dos historiador que, mais tarde, utiliza os
documentos - materiais que herdou - e que, muitas vezes, não está
de acordo com seus contemporâneos ou seus predecessores sobre
a importância relativa dos fatos e o valor dos textos que lhe
transmitem, ou não lhe transmitem.
417 [...] " È que o historiador projeta na história os interesses e a escala
de valores de seu tempo, e é de acordo com as ideias de seu
tempo- e com suas próprias idéias - que empreende a sua
reconstrução. È justamente por isso que a história se renova e que
nada muda mais rapidamente do que o imutável passado
417 [...] " Assim é normal haver sido no século XVIII que a história das
ciências - campo em que o progresso é incontestável e até
espetacular - se tenha constituido em disciplina independente.
418 " É justamente essa especialização pertinaz e a separação hostil das
grandes disciplinas históricas que Guerlac censura nas "histórias" -
ou nos historiadores - modernas, mas muito particularmente na
história - é nos historiadores- das ciências. Pois são elas - e eles-,
mais do que outras, que se tornaram culpadas dos dois erros
maiores que acabo de mencionar, que praticaram um isolacionismo
orgulhoso em relação a seus vizinhos, que adotaram uma atitude
abstrata - Guerlac a chama "idealista" -, não levando em conta as
condições reais em que nasceu, viveu e se desenvolveu a ciência.
418 " Portanto Guerlac considera que a história das ciências, que nestes
últimos tempos se ligou a história das ideias e não somente à da
filosofia, não obstante continuou a ser abstrata demais ,
excessivamente "idealista". Guerlac entende que ela deve superar
esse idealismo, deixando de isolar os fatos que descreve de seu
contexto histórico e social e de emprestar-lhes uma (pseudo)
realidade própria e independente, e que, em primeiro lugar, deve
renunciar à separação - arbitrária e artificial - entre ciência pura e
ciência aplicada, teoria e prática ." [...]
419 [...] " Todos nós sabemos que o todo é maior do que a soma das
partes, que uma coleção de monografias locais não forma a história
de um país e que mesmo a história de uma país é apenas um
fragmento de uma história mais geral. Donde as recentes tentativas
de tomar por objeto da história conjuntos mais vastos, de escrever,
por exemplo, a história do Mediterrâneo, em vez das histórias
separadas dos países da região.
420 [...] Assim, ninguém pode escrever a história das ciências; nem
mesmo a história de uma ciência... As recentes tentativas o provam
abundantemente. Mas o mesmo ocorre em todos os campos.
420 "Passemos agora à segunda censura que Guerlac nos faz : a de
sermos " idealistas " e de desprezarmos a ligação entre a ciência
dita pura e a ciência aplicada e, por isso, de desconhecer o papel da
ciência como fator histórico.[...]

421 " Também é certo que a ciência se tornou um fator de enorme


importância. Não é menos certo que sua conexão com a ciência
aplicada é mais do que estreita: os grandes "instrumentos" da física
nuclear são usinas.
" Certamente, tudo isso não é um fenômeno inteiramente novo,
mas com resultado de um desenvolvimento. De um
desenvolvimento acelerado, cujos primórdios se situam muito
longe, às nossas costas.
" Porém essa interação entre a teria e a prática, a penetração desta
por aquela e vice-versa, a elaboração teórica da solução de
problemas práticos - e vimos, durante a guerra e depois dela, até
onde isso pode chegar - me parecem um fenômeno essencialmente
moderno,"
422 " [...] A ciência não é necessária à vida de uma sociedade, ao
desenvolvimento de uma cultura, à edificação de um estado e até
de um império. Assim, houve impérios, e grandes civilizações, e
muitas belas ( pensemos na Pérsia e na China), que prescindiram
inteiramente , ou quase inteiramente, da ciência. Como houve
outras ( pensemos em Roma ) que, tendo recebido a herança da
ciência, a ela nada, ou quase nada, acrescentaram."[...]
423 " Parece-me daí resultar que, se podemos explicar por que a ciência
não nasceu e não se desenvolveu na Pérsia ou na China - as
grandes burocracias, como nós explicou Needham, são hostis ao
pensamento científico independente - e se, a rigor, podemos
explicar por que ela pôde nascer e desenvolver-se na Grécia, não
podemos explicar por que isso efetivamente ocorreu."
424 "Creio até que justamente aí está a razão da grande importância da
história das ciências e do pensamento científico para a história
geral. Pois , se a humanidade é, como disse Pascal, um único
homem que vive sempre e que aprende sempre, é de nossa própria
história, e mais que isso, é de nossa autobiografia que nos
ocupamos ao estudá-la.[...]
424 [...] O caminho na direção da verdade é cheio set ciladas e semeado
de erros, é nele fracassos são mais frequentes do que os sucessos.
Fracassos, de resto, por vezes tão reveladores e instrutivos quanto
os êxitos : Assim, cometeríamos um engano se desprezássemos o
estudo dos erros; é através deles que o espírito progride em
direção às verdade."[...]

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