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NOVOS DESAFIOS DO

ENSINO SUPERIOR:
O QUE FAZEM OS
PROFESSORES?
Eliana Freire do Nascimento
Maria Helena Almeida de Oliveira
Renato Souza do Nascimento
Organizadores

NOVOS DESAFIOS DO
ENSINO SUPERIOR:
O QUE FAZEM OS
PROFESSORES?

2017
Comitê Científico:
Profa. Dra. Maria Helena Almeida de Oliveira
Profa. Me. Eliana Freire do Nascimento
Prof. Me. Francisco Robert Bandeira Gomes da Silva
Prof. Me. José Airton Sampaio
Prof. Me. Renato de Souza Nascimento

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores?

© Eliana Freire do Nascimento


Maria Helena Almeida de Oliveira • Renato Souza do Nascimento

1ª edição: 2017

Revisão
Francisco Antonio Machado Araujo

Editoração
Francisco Antonio Machado Araujo

Diagramação
Wellington Silva

Capa
Mediação Acadêmica

Reprodução e Distribuição
Editora Garcia

Ficha Catalográfica elaborada de acordo com os padrões estabelecidos no


Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2)

Bibliotecária Responsável:
Nayla Kedma de Carvalho Santos CRB 3ª Região/1188
APRESENTAÇÃO

E
sta publicação é resultado de um evento realizado na
Faculdade Estácio de Teresina, denominado Fórum
Docente da Faculdade Estácio de Teresina, realizado
nos dias 11 de outubro de 2016. Com o tema Novos Desafios do
Ensino Superior, o evento foi desenvolvido com a perspectiva de
compartilhamento das experiências docentes, que propiciaram a
exposição de experiências de professores bacharéis dos diversos
cursos da instituição.
O Fórum Docente é um evento anual realizado pela UNESA
(Universidade Estácio de Sá) que está na oitava edição em âmbito
nacional. Na unidade de Teresina, realizamos o primeiro fórum,
cujo objetivo foi discutir a produção do conhecimento docente e o
compartilhamento das experiências educacionais, oportunizando
processos de (auto) formação docente. É um momento destinado aos
professores, com potencial de possibilitar a integração favorecendo
um espaço privilegiado para divulgação e discussão das práticas
realizadas no exercício da docência.
Os professores inscreveram-se, descrevendo suas práticas de
acordo com as orientações de um edital publicado para tal fim. Feita
a avaliação dos trabalhos inscritos por um Comitê Científico foram
escolhidos os trabalhos que compuseram os anais do evento. Assim,
considerando ser este um material rico de possibilidades de análises das
práticas docentes, pedagógicas realizadas por bacharéis professores
que exercem a docência no ensino superior numa instituição privada

APRESENTAÇÃO 5
é que trazemos ao público este trabalho, cujo objetivo maior é
compartilhar experiências docentes e proporcionando momentos de
reflexão sobre as práticas na docência realizada por professores do
ensino superior. A diversidade de trabalhos apresentados oportunizou
a socialização e compreensão de que a atividade professoral no
ensino superior é tão diversificada e potencialmente inovadora.
Desta forma, convido-o a ler este livro que traz experiências de
bacharéis que escolheram a docência como atividade profissional, e
mesmo sem a formação pedagógica formal, exercem a sua atividade
professoral com criatividade, inovando e indo à busca de soluções
para os dilemas vividos no seu cotidiano docente.

Boa Leitura!

Organizadores

6 
SUMÁRIO

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR:


O QUE FAZEM OS BACHARÉIS PROFESSORES?
Eliana Freire do Nascimento
Renato Souza do Nascimento
Francisco Robert Bandeira Gomes da Silva
................................................................................................. 13

WATTSAPP COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM


Alessander Mendes
.................................................................................................25

O DESPERTAR DA CIDADANIA
Alexandra Rufino
.................................................................................................28

CIDADANIA NA ESCOLA
Auricélia Melo
.................................................................................................29

PROJETO GENTE QUE TRANSFORMA:


CONSTRUINDO CIDADANIA NO ESPAÇO DA ESCOLA
Maria Auxiliadora Pereira da Cruz
Silvana Ribeiro Dias Vieira
Danilo Sérvio Araújo
................................................................................................. 31

OLHAR JURÍDICO SOBRE TEMAS RELEVANTES DA SOCIEDADE


Camila Araújo Nery Oliveira
.................................................................................................35
PRÁTICA JURÍDICA
Augusto Cesar Oliveira Gomes
................................................................................................. 37

ESTUDO DE CASOS EM GRUPO


Chrystianne Moura Santos Fonseca
................................................................................................. 41

ROTINAS DE PRÁTICAS JURÍDICAS TRABALHISTAS


Luís Cineas de Castro Nogueira
.................................................................................................43

VIVÊNCIA TRABALHISTA
Cristiane Maria Adad Amorim Castelo Branco
.................................................................................................45

USO DE CELULAR COMO FERRAMENTA DE ENSINO


Danilo Sérvio Araújo
................................................................................................. 47

MOSTRA DE DIREITOS HUMANOS


Danyelle Bandeira de Melo
.................................................................................................49

GRUPO DE DISCUSSÃO PENAL


Dylvan Castro de Araújo
.................................................................................................53

A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DE UMA UNIDADE DE TERAPIA


INTENSIVA: O OLHAR DA ENFERMAGEM E DA ARQUITETURA
Eduardo Gil Borsoi
Andreia Cavalcanti
.................................................................................................55

VISITAÇÃO AOS ÓRGÃOS DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO


BRASIL – SECCIONAL DO PIAUÍ
Eduardo Albuquerque Rodrigues Diniz
................................................................................................. 57
PRODUÇÃO DE PLACAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Emmanuel Alves Soares
.................................................................................................59

DEBATE SOBRE O DANO EXISTENCIAL NO DIREITO CIVIL


Fabíola Freire de Albuquerque
................................................................................................. 61

APRENDENDO ELETROTERAPIA: CORRELACIONANDO


PROTOCOLOS CIENTÍFICOS E A PRATICA
Gabriel Mauriz de Moura Rocha
.................................................................................................63

APLICAÇÃO DAS HABILIDADES TECNOLÓGICAS


DO ALUNO PARA A PESQUISA CIENTÍFICA
Geandra Batista Lima Nunes
.................................................................................................65

ANÁLISE CRÍTICA DAS INFRAÇÕES PENAIS COM BASE EM


SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DIANTE DE CASOS DE
REPERCUSSÃO SOCIAL
Gustavo Luís Mendes Tupinambá Rodrigues
................................................................................................. 67

A CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESCRAVO ANTE A LEI CIVIL E A LEI


PENAL NO IMPÉRIO BRASILEIRO
Jarbas Gomes Machado Avelino
.................................................................................................69

CARTILHA “DIÁLOGO PREVIDENCIÁRIO”


Jhon Kennedy Teixeira Lisbino
................................................................................................. 71

OLIMPÍADAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL


Joana de Moraes Souza Machado
................................................................................................. 77

GRAFITAGEM SOLIDÁRIA
Jose Ribamar Santos Costa Junior
.................................................................................................79
AVALIANDO A COMPOSIÇÃO CORPORAL
Lindinalva Vieira dos Santos
................................................................................................. 81

CONSTRUINDO EQUIPAMENTOS FISIOTERAPÊUTICO


COM MATERIAIS RECICLÁVEIS
Mahysa Bona de Carvalho
Lívia Cardoso Andrade
Rafael Victor F. do Bonfim
.................................................................................................85

ESTUDO DE CASO COMO FERRAMENTA NO ENSINO DA


ENFERMAGEM
Maria de Fátima Almeida e Sousa
................................................................................................. 87

VACUOTERAPIA
Maria Iradir Feitosa
.................................................................................................89

TRANSMISSÃO DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE


TRANSMISSÍVEIS (IST)
Mariângela Gomes Barbosa
................................................................................................. 91

OFICINAS TERAPÊUTICAS EM SAÚDE MENTAL:


TRABALHANDO O EMPODERAMENTO DOS USUÁRIOS
DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Milena France Alves Cavalcante
.................................................................................................93

SEMANA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO ESTÁCIO|CEUT:


PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DO EVENTO
PELA INOVE AGÊNCIA JR. DO CURSO DE PUBLICIDADE E
PROPAGANDA
Neulza Bangoim Veras de Araújo
.................................................................................................95

FORMAÇÃO DA PLATAFORMA DE ESTUDANTE


DE ENSINO SUPERIOR
Osni Moritz Filho
............................................................................................... 101
FORCA JURÍDICA
Patrícia Caldas Meneses Pires Ferreira
............................................................................................... 103

PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO EM CAMPO DE


PRÁTICA HOSPITALAR
Rafael Gerson Meireles Barros
............................................................................................... 107

DETETIVE JURÍDICO
Reginaldo Farias Dias
............................................................................................... 109

CONHECENDO O DISCLOSURE (EVIDENCIAÇÃO) DA


ESTÁCIO|CEUT
José Ribamar Rodrigues do Monte
................................................................................................111

TEATRO SOBRE: “DIETOTERAPIA” PARA IDOSOS


Rocilda Cleide Bonfin de Sabóia
............................................................................................... 113

A PRÁTICA JURÍDICA NA PRÁTICA


Roger Gurgel
............................................................................................... 117

DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL: ATIVIDADE SOBRE A


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E INTERVENÇÃO PARA
ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DO BAIRRO VILA DA PAZ
NA CIDADE DE TERESINA-PI
Rosangela Lopes Viana
............................................................................................... 119

JÚRI SOCIOLÓGICO JURÍDICO


Samara Cunha
Emanuelle Chaves
............................................................................................... 121

DESCOBRINDO A PESQUISA
Sammara Jericó
............................................................................................... 123
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO
Samara Karine Carvalho Sena
............................................................................................... 125

APRENDER A EMPREENDER:
ABRINDO SEU PRÓPRIO NEGÓCIO
Silvana Ribeiro Dias Vieira
............................................................................................... 127

CASE: ANÁLISE DE JULGADOS


Silvia Cristina Carvalho Sampaio Santana
............................................................................................... 129

SÁBADO COM PIPOCA


Maria do Socorro Carvalho de Sales Sousa
............................................................................................... 131

LITERATURA E DIREITO
Tatiana Maria Lima Cruz
............................................................................................... 135

LITERATURA E DIREITO
Tatiana Maria Lima Cruz
............................................................................................... 137

ESTUDO DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS COM O USO DE


MAQUETES EM MACARRÃO
Wendell Nunes Martins Lopes
............................................................................................... 139

MOSTRA DA PROFISSÃO DO ADMINISTRADOR


Yolete Dourado de Araújo
Mário Augusto Teles
............................................................................................... 141

SOBRE OS AUTORES.............................................................. 145


NOVOS DESAFIOS DO ENSINO
SUPERIOR: o que fazem os
bacharéis professores?

Eliana Freire do Nascimento


Renato Souza do Nascimento
Francisco Robert Bandeira Gomes da Silva

E
ste texto é resultado de algumas reflexões desencadeadas
a partir das análises dos trabalhos realizados por
bacharéis professores que exercem a docência no ensino
superior, com fundamento em autores como Libâneo (2009), Veiga
(2010), Pimenta (2010), Pimenta e Anastasiou (2010), Masetto
(1998) em especial quando discutem o ensino superior e a condição
dos bacharéis que estão na docência.
Para este trabalho consideramos que a formação do professor
merece reflexões para além da ausência da formação didático-
pedagógica, sem desconsiderar a sua necessidade, mas para repensar
as possibilidades que permitem a compreensão sobre o tornar-se
professor no ensino superior e como constroem suas práticas na
docência.
Considerando o objeto deste estudo, estabelecemos como
objetivos compreender como os bacharéis professores realizam suas
práticas docentes, para, a partir de então, discutir aspectos relevantes

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 13


acerca do tornar-se professor nos contextos do ambiente das práticas
na docência e conduzir ao reconhecimento de que, mesmo não tendo
formação didático-pedagógica inicial, os bacharéis professores
exercem suas atividades pedagógicas e educativas que não podem ser
desconsideradas diante da realidade dos cursos de bacharelado e da
demanda por professores nestes cursos.
Nos cursos de bacharelado o foco é a formação de profissionais
para o mundo do trabalho, sendo a docência mais uma profissão que
pode ser escolhida. Segundo Masetto (1998), “[...] a docência como
a pesquisa e o exercício de qualquer profissão, exige capacitação
própria e específica” (p. 24), não restrita ao diploma de bacharel,
de mestre ou de doutor, ao exercício ou à experiência da função
desempenhada.
Para Masetto (1998, p. 13) os professores universitários têm
demonstrado preocupação com a condução de suas práticas. A
consciência desse papel exercido no ensino superior pelo professor
nos faz refletir sobre a ideia de que não é a falta da formação
pedagógica que leva à condução para a formação continuada, mas
o poder de auto-organização e criação que pode gerar condições de
permanência nos ambientes da profissão.
Concordamos com Ramalho, Nuñez e Gauthier (2003, p.
20) quando afirmam que a profissionalização é uma questão
relevante para a mudança educativa e elemento importante para o
fortalecimento e aperfeiçoamento da profissão de professor. Neste
sentido, os autores referidos defendem que a profissionalização
docente não é um processo natural, mas decorrente da busca pelo
desenvolvimento de competências como capacidade para tomada de
consciência das consequências do seu fazer docente para a sociedade.
A partir da perspectiva proposta por Larrosa (1988, p. 64)
o processo de formação “é uma aventura [...] uma viagem no não
planejado e não traçado antecipadamente.”, em que não sabemos
onde vamos chegar, sendo a experiência o resultado do que se passa
nessa viagem. Assim, dizer que só é professor quem tem formação
inicial ou continuada voltada para docência não é garantia de
excelência profissional, por entendermos que o professor pode ou
não concordar com o que dito diante da consciência de si na sua

14  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
condição de bacharel professor. Ou seja, a formação só é possível ao
bacharel professor se fizer sentido a ele diante dos desafios da sua
prática na docência e dos pressupostos que tem consigo sobre o que
é “ser professor”.
Conforme Veiga (2010, p. 19), a formação docente apresenta-
se como “[...] elemento do desenvolvimento profissional e de
crescimento dos docentes em seu trabalho pedagógico e em sua
trajetória [...].”. O mundo atual exige dos professores emergências e
necessidades que transcendem a abordagem somente do conteúdo,
sendo necessária a atualização constante dos conhecimentos
também relacionados à docência, para que possa atender aos anseios
daqueles que estão em processo de aprendizagem no ensino superior.
Parece óbvio percebermos que, de início, o professor bacharel,
não tendo formação para o exercício da docência, não pode ser
considerado professor. Por outro lado, são esses mesmos bacharéis
que estão em sala de aula em vários cursos, ministrando suas aulas,
aprendendo a ser professor a cada momento, no ambiente da
profissão docente, com cada aluno, com cada experiência, a cada
semestre letivo, constituindo-se docente ao longo da carreira.
Nesse sentido nos lembramos de Larrosa (1998, p. 14) quando
diz que a leitura é uma ‘“experiência de formação’ com duas faces:
uma de formar com um conjunto de disposições preexistentes e
outra de pensar a formação ‘sem ter uma idéia pré-escrita de seu
desenvolvimento nem um modelo normativo de sua realização.”.
Como Morin (1986, p. 47), pensamos que “[...] os fatos só
falam de si mesmos quando lhes permitimos falar.”. Assim, conhecer
como os bacharéis professores realizam suas práticas docentes é
um aspecto relevante para entendermos a trajetória de formação
docente destes profissionais.
Assim como Libâneo (2009), entendemos que as “deficiências”
ou “limitações”, quanto aos modos de ensinar dos bacharéis
professores nas instituições de ensino superior, podem ser decorrentes
da escolha ou posicionamento epistemológico destes profissionais
– consequência da visão de ciência que reflete aprendizagens
fragmentadas, parciais, apreendidas ao longo da sua própria história
enquanto aluno e repetida enquanto professor.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 15


Hoje, comparando as experiências vividas enquanto aluna/
docente com as experiências atuais como docente, percebemos que
a vivência em sala de aula é o que de fato fortalece toda e qualquer
teoria sobre a docência, pois ainda que não tivesse qualquer formação
inicial formal para exercê-la, o aprendizado diário com os alunos,
com colegas de trabalho e com a própria instituição de ensino,
contribuiu para a construção de saberes e de fazeres mobilizados no
ato de ensinar, pautado em um modelo epistemológico com o qual
fomos formados e muitas vezes reestruturados diante das demandas
que surgem com as mudanças no mundo da aula e do trabalho.
Segundo Romanowski (2008, p. 17), para ser professor é
preciso que haja o reconhecimento de que são profissionais que
exercem a “[...] educação intencional, sistemática, organizada e
planejada desenvolvida no sistema de ensino.”. Contudo, quando
estamos discutindo a atividade exercida pelo bacharel professor, que,
de início, parece não ter a formação docente, deparamo-nos com os
relatos de bacharéis professores que traçam seus objetivos de aula
e exercem suas práticas docentes, de forma criativa e intencional,
como se observa nos trabalhos que compõem este livro.
Analisando as práticas descritas pelos bacharéis professores no
evento, que resultou a descrição das práticas que compõem esse livro
nos faz refletir que os bacharéis que estão na docência são profissionais
que possuem as suas metodologias de ensino, que talvez não seja a
mesma que os cursos de formação para docência ensinam, mas aquelas
que a formação profissional exige, que só pode ser ensinada por aquele
que vivencia a profissão, tendo na intuição uma aliada para fazer o
planejamento das suas práticas na atividade professoral. Concordamos
com Ramalho, Nuñez e Gauthier (2003, p. 82) quando afirmam:

Na formação de professores a prática social, real, é o espaço a


privilegiar para a formação de competência para o exercício da
profissão, mas negar as possibilidades do espaço escolar como
mediador dos saberes teóricos e do contexto real pode levar a
reservar para a instituição formadora a “formação teórica” para
sua aplicação posterior, questão que pode reforçar a inércia na
discussão de que falamos sobre competência como articuladora
da teoria como prática.

16  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
Os bacharéis estão na docência, mas não possuem a
formalização da sua condição de professor ensinado nas licenciaturas
ou cursos de formação docente e com essa contingência pensamos
ser importante o conhecimento de construção do “ser professor”
nessas condições.
Com efeito, a formação inicial é orientada para um modelo
profissional determinante, sendo os objetivos profissionais
construídos de forma complexa, mas que não podem ser
determinados em face da complexidade resultante do processo de
ensino e aprendizagem. Esta realidade não é única, tendo em vista
que os profissionais docentes apresentarem várias dimensões, ainda
que ressentidas dos conhecimentos teórico-docentes.
As teorias pedagógicas que conduzem à criação de referências
teóricas para se pensar e trabalhar as “limitações” do profissional
docente, normalmente fragmentadas partem da perspectiva de
um indivíduo autônomo de sua prática, que constroem saberes,
competências, identidades profissionais a partir de suas experiências
e interesses delimitados pelo contexto em que realiza seu trabalho.
Desse modo, conforme Ramalho Nuñez e Gauthier (2004, p.
100) “[...] o que fica claro é que não é possível continuar formando
especialistas de perfil estreito, limitado em suas possibilidades
profissionais atuais e futuras, no qual se fragmenta e fragiliza
a condição de professor como profissional.”. Diante dessas
considerações devemos ponderar que não existem fórmulas definidas
para isso, mas considerar as dinâmicas pessoais de cada sujeito no
seu mister profissional em busca de competências que o aproxime do
seu objeto: educar no ensino superior.
Nesse aspecto, consideramos que, “apesar’’ de serem bacharéis,
o seu “não saber” didático pedagógico propriamente desenvolvido
para a profissão “professor” conduz os bacharéis professores a
construírem-se nas interações sociais no ambiente das práticas
profissionais e docentes, sendo estas fontes de conhecimentos e
saberes mobilizados quando estão em sala de aula.
Relacionando-se com outros profissionais, com os seus alunos
e com as instituições de ensino para ensinar o conteúdo da profissão
jurídica, que em face da sua natureza é multidimensional, os bacharéis

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 17


professores, hibridamente, transitam em vários espaços profissionais
e educacionais forjando identidades conduzidas por forças auto
organizadoras e criativas que os constituem como profissionais.
Para Romanowski (2008, p. 16), “[...] o professor é aquele
ensina, que educa [...].”, dentro de uma instituição de ensino, embora
existam outras pessoas que exercem essa função de educar, como
a família, por exemplo. Desse modo, o aprender do ser humano é
um processo em que há o diálogo com os conhecimentos existentes,
reestruturando-os, numa construção pessoal, autopoiética,
interativa. Nesse modo de aprender, o desenvolvimento profissional
docente pode conduzir a vários diálogos com o conhecimento,
de forma multirreferencial, consagrando a interação humana e a
complexidade das relações sociais e profissionais. Mas, para que haja
essa reestruturação, o professor precisa querer “tornar-se professor”.
Para Josso (2002), o processo de formação acontece na escala
da vida, dando a conhecer, por meio dos desafios, a relação dialética
entre a condição individual e coletiva nos processos de integração
social em que os comportamentos são modelados pelos rituais de
cada comunidade e pela própria subjetividade dos sujeitos dessas
relações.
Se os nossos comportamentos socioculturais são esquemas
relacionais de base, que foram aprendidos através das experiências,
exercidos e integrados em rituais relacionais próprios de cada
comunidade, eles também não são menos remodelados pelos
temperamentos, pelas sensibilidades, pela afinidade dos matizes
que manifestam essa originalidade à qual somos sensíveis, sempre
que encontramos personalidades que nos surpreendem na sua
definição destes esquemas. (JOSSO, 2002, p. 30).

Os processos de formação evidenciam recursos experienciais


acumulados que permitem transformações diante de tensões
particulares que confrontam a capacidade de reações e iniciativas,
identificação e diferenciação, submissão e responsabilização, (re)
orientação imitativa de modelos culturais e orientação aberta ao
desconhecido, em transações possíveis consigo e com o ambiente,
que podem ser evidenciados por meio das narrativas das experiências
vividas (JOSSO, 2002).

18  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
Assim, a instituição onde exerce a docência, reflete no
professor diferentes orientações com repercussão na construção
da sua identidade docente, seja para atuar num grupo de pesquisa
universitário, desenvolvendo a identidade de professor pesquisador,
ou para exercer somente a ensino, se a instituição onde se insere não
fomentar a pesquisa ou extensão. Considerando os ensinamentos de
Morosini (2000, p.14), concordamos quando se refere ao professor
da seguinte forma:

Se ele atua num grupo de pesquisa em uma universidade,


provavelmente sua visão de docência terá um forte condicionante
de investigação. Já se ele atua numa instituição isolada, num
centro universitário, ou mesmo numa federação, sua visão de
docência terá um forte condicionante de ensino sem pesquisa, ou,
quando muito, do ensino com a pesquisa. A cultura da instituição
e daí decorrente a política que ela desenvolve terão seus reflexos
na docência universitária.

Desse modo, a formação docente condicionada pelo contexto


onde o professor está inserido apresenta-se como elemento
importante formação docente, ou seja, dependendo dos interesses
que o bacharel professor apresenta, das interações estabelecidas, das
condicionantes e exigências do ambiente institucional o professor
pode optar por esta ou aquela atividade formativa.
Entendemos que o modo de ser professor dos bacharéis, diante
do seu alegado “não saber” didático-pedagógico cujas teorias são
ensinadas em cursos de licenciatura ou mesmo em especializações
direcionadas ao ensino superior, os conduzem a criar ou mesmo
reproduzir metodologias de ensino possibilitando o acesso aos
conhecimentos teóricos, técnico-jurídicos aos bacharelandos
que estão em formação jurídica. Essa realidade não pode ser
desconsiderada pela academia, tendo em vista que são os bacharéis
que estão em sala de aula ensinando o exercício de suas profissões.
Reconhecer o bacharel na docência, não numa perspectiva
de que não possuem licenciatura para ensinar, mas que ensinam
utilizando suas metodologias, adaptando ou criando conhecimentos
didático-pedagógicos para transpor o conhecimento jurídico aos seus

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 19


alunos, é um modo de demonstrar a presença desses profissionais na
educação superior e que não pode ser negada a pretexto de não ter
formação didático-pedagógica formal.
Segundo Maturana e Varela (1995, p. 215), “[...] cada pessoa
diz o que diz e ouve o que ouve segundo sua própria determinação
estrutural [...].”. Se considerarmos que as bases epistemológicas dos
professores podem levar à prática docente que separa o ser e o saber
objetivado, coisificado e cobrado por meio de provas, essa prática
pode ser consolidada nas instituições de ensino superior pela prática
reiterada dessa postura.
Nesse processo, ao se deparar com saberes específicos da
docência operacionalizados pelos bacharéis professores nas suas
atividades docentes, a aproximação das construções pedagógicas
desenvolvidas por eles podem decorrer do entendimento da
autossuficiência de seus próprios conhecimentos quando estão em
sala de aula, articulados com as experiências que tiveram antes da
docência e determinantes do ambiente institucional, podendo gerar
crises ou não, dependendo das condições que esse professor encontra
para se auto organizar, adaptar-se e recriar-se no exercício de sua
atividade profissional.
Essa compreensão ambiental impõe ao professor a preocupação
com o resultado do seu fazer docente junto à sociedade. Afinal,
não existe instituição de ensino apartada do resto da sociedade.
Mas esse movimento não é tarefa simples, requer que o professor
repense o seu fazer, no sentido de adotar uma perspectiva crítica
como pressuposto ideológico de não neutralidade dos saberes, das
atitudes, questionando as relações entre conhecimento e poder, entre
cultura e política. Embora esteja inserido no contexto capitalista e
globalizado, ao professor recai essa responsabilidade na construção
dos valores no exercício da docência em seus vários contextos.
A dimensão pessoal do professor contribui e interfere na
forma de perceber o mundo, o que significa construir valores para
o exercício da docência, interagindo em vários contextos marcados
pelas estruturas de poder, sem perder o seu compromisso com
alunos e com a sociedade, de forma crítica, visando elucidar e
desenvolver uma linguagem, um discurso orientador e questionador

20  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
no sentido de saber-se oprimido ou mesmo opressor, num mundo em
transformações constantes (FREIRE, 2010).
Segundo Oliveira-Formosinho (2009), o desenvolvimento
pessoal, profissional e organizacional interligam-se, sendo a instituição
de ensino um local que pode permitir que todos os profissionais
aprendam, qualifiquem-se, seja nos ambientes formais, ainda que
não continuados, como em momentos informais dialógicos com seus
pares ou solitariamente nas leituras acerca da docência, num processo
de (auto)reconhecimento da sua condição de professor.
Na dimensão pessoal, o desenvolvimento de competências
pode contemplar os saberes que determinam a atuação docente,
envolvendo-se e comprometendo-se com a docência e entendendo
as circunstâncias de realização do trabalho e dos fenômenos que a
afetam a sua construção do ser professor ao longo da carreira.
Na perspectiva profissional, agrupam-se elementos que
auxiliam na construção da profissão, que exigem novas concepções
de si, de mudanças de crenças, de valores, de comportamentos que
demandam formação para atendimento das necessidades requeridas
no ofício professoral no ambiente institucional, profissional.
E, na perspectiva organizacional, assentam-se visões de mundo
estabelecidas pelas condições de trabalho e pelos padrões atingidos
ou exigidos para a atuação profissional, na qual se constrói o
desenvolvimento de uma cultura profissional capaz de oportunizar a
possibilidade de ser um agente de mudança, no aspecto individual e
coletivo, compreendendo as estruturas sociais, da qual fazem parte
as situações problemáticas, fazendo-o agir diante das incertezas
da atividade docente, visando à colaboração para a formação de
profissionais para o mundo do trabalho.
Dessa forma, entrelaçando-se estas três dimensões de formação
docente – pessoal, profissional, institucional –, compreendemos
que a formação docente acontece na articulação desses três eixos
ao longo da carreira, implicado pelas experiências pessoais e
profissionais, dentro dos contextos organizacional/institucional,
diante de conjunturas históricas, sociais, políticas e culturais que se
concretizem nas práticas dos professores no exercício da docência.
Segundo Porto e Dias (2010, p. 3) a formação docente acontece:

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 21


[...] a cada curso, graduações, mestrados, doutorados,
especializações, aperfeiçoamentos: formalidades que ritualizam
as passagens que os currículos registram. Formamo-nos em
ciclos, como o sol e a lua: um ano, semestre, semanas, dias.

Diante dessas reflexões, e dos trabalhos realizados por bacharéis


professores que compõem este livro, concluímos que a docência
sofre transformações significativas que requerem a concepção de
alternativas e soluções didático-pedagógicas que possam atender
às necessidades dos alunos a fim de prepará-los para o exercício
profissional no mundo do trabalho. O bacharel professor, diante
dessa realidade, exerce a sua profissão docente com criatividade
e autonomia, embora também saibamos que essa autonomia não
é absoluta, mas adstrita ao que orienta o sistema institucional e
profissional no qual está inserido.

Referências

DIAS, Ana Maria Iorio. Leitura e (auto)formação: caminhos


percorridos por docentes na Educação Superior. In: VEIGA,
Ilma Passos Alencastro; VIANA, Cleide Maria Quevedo Quixadá
(Org.). Docentes para a educação superior: processos formativos.
Campinas: Papirus, 2010.

FREIRE, P. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.

JOSSO, M. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Paulus, 2002.

LARROSA, J. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas.


Porto alegre: Contra Bando, 1998.

LIBÂNEO, J. C. Prefácio. In: SANTOS, A.; SOMMERMAN, A. (Org.).


Complexidade e transdisciplinaridade: em busca da totalidade perdida:
Conceitos e práticas da educação. Porto Alegre: Sulina. 2009.

MASETTO, Marcos T. Professor universitário: um profissional da


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22  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
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NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 23


24 
WATTSAPP COMO INSTRUMENTO
DE APRENDIZAGEM

Alessander Mendes

A
Prática iniciou de maneira informal, após perceber que
alguns alunos com dificuldade de participação em sala
ou com alguma deficiência de aprendizagem-visual se
comunicavam com facilidade com o professor, resolvemos criar para
cada turma um grupo de Wattsapp que passou a ser um instrumento
de interação entre professor e alunos. Essa prática proporciona, em
especial aos alunos de 7º período um aprofundamento teórico do
conteúdo de Processo Penal.
A iniciativa surgiu após alguns alunos que tinham dificuldade
de comunicação em sala, mas expressavam-se muito bem através da
ferramenta do Wattsapp. Assim, passei a produzir inquietações para
que os mesmos pudessem dialogar sobre suas respostas, motivando
a fundamentação do conteúdo e permitindo que os próprios alunos
pudessem responder aos demais, alterando a relação de sujeito no
processo de aprendizagem. Criaram-se as comunidades com nome
das turmas e todos os dias os pontos relevantes de conteúdo e temas
atuais retirados de textos jornalísticos são discutidos aos olhos
do processo penal. Vídeos e fotos que envolvem a matéria penal e
processo penal são apresentados para em seguida ser discutidos com
os alunos.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 25


Essa atividade é desenvolvida com alunos do 7º período no curso
de Direito, que estão matriculados na disciplina de Processo Penal II,
com o de compreender as práticas sociais cotidianas relacionando-
as as bases teóricas do Processo Penal, fomentar a pesquisa e
interação por meio de múltiplos autores, estimular o entrosamento
e a interação entre as diversas turmas de 7º período e proporcionar
discussão acadêmica envolvendo temáticas do Processo Penal.
As ações implementadas foram: a) percepção de fatos cotidianos
por vídeo ou imagem viralizadas nas redes sociais; b) formulação de
questionamentos nos grupos de Wattsapp; c) acompanhamento
das discussões pelo grupo; d) posicionamento do professor a luz da
teoria do processo penal.
As principais dificuldades foram o pouco tempo para o
professor acompanhar as discussões e responder as inquietações
feitas no grupo. Mas trouxe bons resultados tais como aproximação
nas relações entre discente e docente, contextualização da teoria com
a vida prática, com análises de vídeos e fotos da internet, bem como
utilização pelos próprios alunos das redes sociais para aprendizados
significativos.

26  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
O DESPERTAR DA CIDADANIA

Alexandra Rufino

O
s alunos realizaram pesquisa de campo, por meio de
entrevistas aplicadas junto à comunidade acadêmica
e, após a apuração, compilaram os resultados em
trabalhos escritos, que contaram ainda com uma entrevista realizada
com uma personalidade local que representasse um exemplo de
cidadania em uma das dimensões trabalhadas, que foram: a política,
a econômica e a social.
Inicialmente, os alunos foram dispostos em grupo, sendo
5 (cinco) por turma. Cada grupo ficou responsável por realizar
entrevistas com perguntas padrão, elaboradas pelo professor
orientador, com os membros e frequentadores da comunidade
acadêmica (alunos, colaboradores, professores, prestadores de
serviço, etc.) sobre temas relacionados à cidadania.
As entrevistas foram realizadas por todos os alunos componentes
dos grupos, sendo que cada aluno realizou obrigatoriamente três
entrevistas. As entrevistas foram realizadas por meio eletrônico em
formulários específicos para cada turma.
A seguir, os grupos verificaram os resultados e escolheram um
tema relacionado a uma das dimensões
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 5º período do
Curso de Direito, na disciplina de Direito Financeiro e Econômico.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 27


Os objetivos foram despertar nos alunos participantes do projeto a
prática da cidadania consciente, avaliar as percepções da comunidade
acadêmica sobre as dimensões política, econômica e social da
cidadania, detectar os pontos frágeis e enfrentar os problemas
realizando pesquisa bibliográfica sobre a dimensão escolhida para
produzir um trabalho acadêmico e demonstrar boas práticas cidadãs
desenvolvida por personalidades locais através de entrevistas que
fizeram parte do trabalho produzido.
As principais ações foram: realização das entrevistas, apuração
dos resultados, escolha dos temas e distribuição entre os grupos,
realização da pesquisa para o desenvolvimento do trabalho
acadêmico e da entrevista.
As dificuldades encontradas foram certa resistência na
realização das ações necessárias ao desenvolvimento do projeto, tais
como entrevistas, por exemplo. Os aspectos positivos foi possibilitar
aos alunos entrar em contato com pessoas que praticam ações
cidadãs e despertar nos alunos participantes o espírito de cidadania,
ao verem na prática as ações desenvolvidas por pessoas que atuam
na sociedade com movimentos sociais, ações sociais, com projetos
políticos e políticas públicas trabalhadas para realizar uma pesquisa
bibliográfica e produzir um trabalho acadêmico.
Nesse trabalho realizaram também uma entrevista com uma
personalidade local que desenvolve projetos e ações cidadãs em
suas comunidades para demonstrar as boas práticas de cidadania e
despertar nos alunos a vontade de realizar ações desse tipo.

28  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
CIDADANIA NA ESCOLA

Auricélia Melo

Os alunos do 6ª realizam no final do semestre uma visita a uma


escola de nível fundamental para passar noções de cidadania. O
conteúdo tem por base o que foi visto em sala de aula sobre serviços
e agentes públicos. A atividade é dividida em três momentos. No
primeiro é realizada a palestra sobre cidadania, a seguir trata sobre
o “buling” na escola. No último momento é realizada uma atividade
de entretenimento musical e a entrega de algumas lembranças aos
adolescentes.
Antes do início da prática é realizada em sala de aula uma
divisão do conteúdo que cada grupo vai abordar. Dentro dos grupos,
os alunos são estimulados a fazerem uma divisão internamente acerca
das várias funções que cada um vai exercer na atividade, levando em
conta as habilidades de cada um.
A execução das atividades ocorre na escola de nível fundamental,
geralmente no pátio. Além dos alunos estão presentes os professores
e diretor (a). A palestra tem a duração de 50 minutos. Os grupos vão
se revezando e interagindo com os adolescentes, através de gincana.
Cabe ainda ressaltar os reflexos positivos pós-evento
despertados nos alunos na vivência do ambiente, pois uma escola
pública de bairro da periferia, o ambiente é muito diferente do que
eles encontram em sala de aula no dia a dia acadêmico.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 29


Quanto às dificuldades encontradas, estas se restringiram
apenas ao momento inicial, quando da organização para chegar até
o local do evento.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 6º período no
curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito
Administrativo II. Os objetivos foram analisar a teoria e a aplicação
prática dos temas discutidos em sala de aula, oportunizar aos
alunos a assimilação do conteúdo fora do ambiente de sala de aula,
estimular o entrosamento e o trabalho em equipe, desenvolver as
potenciais habilidades dos discentes, verificando a aplicação do
conteúdo estudado em sala de aula, pois ministram as palestras para
adolescentes.
As principais ações para essa atividade foram: saída do pátio
da Faculdade com os alunos para a escola de ensino fundamental,
chegada à escola e a recepção pela diretora e alunos, que sempre
ficam reunidos no pátio da escola, realização da palestra sobre
cidadania e a aplicação da gincana e atração musical.
As principais dificuldades foram: dificuldade em trabalhar em
grupo. Os resultados encontrados são perceptíveis, tendo em vista
que os alunos ficam muito satisfeitos com a realização da atividade,
pois vivenciam uma prática sobre o que é visto em sala de aula,
além do estímulo ao desenvolvimento de habilidades ligados ao
gerenciamento de tarefas, trabalho em equipe e aproximação e maior
afetividade na relação professor-aluno e entre eles mesmos.

30  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
PROJETO GENTE QUE TRANSFORMA:
CONSTRUINDO CIDADANIA
NO ESPAÇO DA ESCOLA

Maria Auxiliadora Pereira da Cruz


Silvana Ribeiro Dias Vieira
Danilo Sérvio Araújo

A
tividade de extensão, de cunho socioambiental,
desenvolvida no espaço escolar pelo curso de
administração em parceria com o curso de arquitetura
e urbanismo, por meio de projeto interdisciplinar, contemplando as
disciplinas Gestão Sócio Ambiental e Ética Empresarial do curso de
Administração. As ações foram planejadas, organizadas e executadas
por 4 comissões: de divulgação: planejamento e execução da divulgação
do projeto na IES e na Escola; de Ética e Cidadania: conscientização
sobre a ética na utilização do espaço escolar por meio de atividades
lúdicas e criação de revista em quadrinhos; de Gestão Ambiental:
conscientização sobre gestão ambiental e sustentabilidade por meio de
palestras, plantio de mudas e criação do cantinho da sustentabilidade;
Colorindo o Espaço Escolar: coleta de materiais de pintura e jardinagem
junto a empresas e aos alunos da IES, intervenção no espaço físico da
escola por meio de pintura e planejamento paisagístico, tendo em vista
a criação de um ambiente lúdico de aprendizagem.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 31


Os sujeitos da prática foram alunos do 3º, 4º, 5º e 8º períodos
de administração e do 2º e 3º períodos do curso de Arquitetura e
urbanismo, como também, professores e a Comunidade Escolar do
CEB – Centro de Educação Básica Governador Freitas Neto. Essa
atividade foi realizada em sala de aula, nas empresas, nos espaços
da Faculdade e na Escola do CEB – Centro de Educação Básica
Governador Freitas Neto.
Os objetivos foram: desenvolver ações de Responsabilidade
Sócio ambiental no espaço da escola, bem como ações desenvolver
ações educadoras no campo da ética, cidadania e sustentabilidade
ambiental e intervir no espaço físico da escola, tendo em vista a
criação de um ambiente lúdico de aprendizagem.
As principais ações realizadas consistiram em: a) na criação
do material de divulgação da campanha, realização da divulgação
da campanha na Faculdade e na Escola e dos registros das ações
desenvolvidas, por meio de fotos e vídeo pelos alunos do 8º período
de administração; b) Conscientização dos alunos da escola CEB sobre
a ética na utilização do espaço da escola por meio de realização de
oficina de ética e cidadania, com atividades lúdicas e divulgação da
revista em quadrinhos pelos alunos do 8º período de administração;
c) conscientização dos alunos da escola CEB sobre gestão ambiental
e sustentabilidade por meio de palestra sobre a temática mudando
hábitos para potencializar saúde e sustentabilidade; realização de
plantio de mudas e criação do cantinho da sustentabilidade pelos
alunos do 8º período de administração; d) coleta de materiais de
pintura e jardinagem junto a empresas e aos alunos da IES para
realização da -intervenção no espaço físico da escola por meio de
pintura e planejamento paisagístico pelos alunos dos 3º, 4º, 5º e 8º
períodos de administração; e) criação de um ambiente lúdico de
aprendizagem com a pintura de piso com jogos lúdicos pelos alunos
do 2º e 3º períodos do curso de arquitetura e urbanismo, envolvendo
os alunos da escola CEB; f) criação do painel de ética e cidadania
com arte de grafismo pelos alunos do 2º e 3º períodos do curso de
arquitetura e urbanismo, envolvendo os alunos do 8º período de
administração e alunos da escola CEB; g) revitalização do jardim
e pinturas das grades da escola pelos alunos do 2º e 3º períodos do

32  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
curso de arquitetura e urbanismo, envolvendo os alunos da escola
CEB; h) oferecimento de lanches para os participantes pela direção
da escola CEB aos todos os participantes do evento.
As principais dificuldades foram a limitação de recursos
financeiros, pouco tempo para o planejamento e execução das ações.
E quanto aos resultados encontrados percebeu-se o intercâmbio e
socialização de experiências e informações, consolidando a escola
como um espaço de conscientização em defesa da vida, da cidadania
ecológica e social, além da produção de conhecimento e saberes
a partir da interação dos sujeitos com o espaço em que vivem, da
conexão com a realidade circundante e com as pessoas, da capacidade
para superar preconceitos, da aquisição de atitudes éticas, tendo
em vista a transformação da sociedade em que vivem. Percebeu-
se, também, sensibilização em relação ao despertar da consciência
ética, socioambiental, estética e do espírito lúdico, tornando as
atividades escolares prazerosas para os alunos envolvidos com estas
ações, bem como a elevação da autoestima, o que pode resultar
numa mudança de comportamento na interação com o outro e uma
maior conscientização no que se refere à conservação ambiental e
do espaço escolar. Por fim, percebeu-se a relação existente entre os
conteúdos ensinados na sala com o seu cotidiano.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 33


34 
OLHAR JURÍDICO SOBRE TEMAS
RELEVANTES DA SOCIEDADE

Camila Araújo Nery Oliveira

A
sala de aula é dividia em duas grandes equipes e um
tema é dado aos alunos para que metade da sala de
posicione a favor e a outra metade se posicione de
forma contrária. No dia marcado as equipes terão que defender
suas ideias com argumentos jurídicos, abordando a lei, a doutrina
e a jurisprudência. Dessa forma, além de estimular a pesquisas
das principais fontes, os alunos percebem que a ciência do direito
é interpretativa e exige aprofundamento intenso para a defesa de
opiniões divergentes, mas sempre possíveis no ordenamento jurídico.
A atividade foi desenvolvida em sala de aula, envolvendo alunos
do segundo período do curso de direito, com o objetivo de que os
mesmos realizassem pesquisas na lei, na doutrina e na jurisprudência
relacionadas ao tema proposto em sala de aula.
Diante do tema, metade da turma se posicionaria a favor
e a outra metade se posicionaria contrária. As equipes não
poderiam usar argumentos pessoais, mas sempre argumentos com
fundamentação jurídica, baseados nas fontes do direito. Professores
de outras disciplinas foram convidados a ouvir os debates e optar
pelo grupo que defendeu seu posicionamento da melhor forma.
Um aluno de um período mais avançado foi escolhido para mediar

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 35


a discussão, com o papel de provocar e estimular o debate. Os
alunos conseguiram aprofundar seus conhecimentos e melhorar seus
discursos consideravelmente.
Os sujeitos foram alunos do 2º período de Direito que
desenvolveram a prática em sala de aula. Os objetivos para essa prática
foram: incentivar as pesquisas das fontes do direito nos temas mais
relevantes da sociedade e criar mecanismos para o amadurecimento
de discursos e a percepção da interpretação do direito. A principais
ações desenvolvidas relacionam à pesquisa e interpretação dos textos
lidos.
Essa prática apresentou bons resultados tendo em vista
que despertou nos alunos uma nova compreensão sobre do
direito, percebendo a singularidade da análise do caso concreto e
a importância de se defender uma ideia pautada em construções
científicas e não em opiniões pessoais

36  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
PRÁTICA JURÍDICA

Augusto Cesar Oliveira Gomes

O
tempo de duas aulas é divido em teórico e prático.
No primeiro momento faço nivelamento teórico do
conteúdo. No segundo momento submeto à turma um
caso concreto e a partir dele os alunos respondem um estudo dirigido
contendo entre 05 a 10 questões relacionadas à prática processual. A
título de exemplo, apresento o caso e questiono: identifique a medida
processual cabível, local de interposição e as partes. Para cada uma
das questões é exigida a fundamentação legal. Após responder ao
questionário apresento a estrutura legal da peça processual em
estudo solicitando que preencham os requisitos legais de acordo
com as respostas do questionário. Essa disciplina em face do seu teor
técnico requer dos alunos a habilidade de entender, argumentar e
estruturar de acordo com a norma processual e o direito material a
medida judicial adequada.
Essa prática docente é desenvolvida no contexto da sala de aula.
A disciplina de Prática Jurídica II, que trata de Recursos Judiciais tem
por objetivo colocar o estudante em contato com a prática processual
já em sede de segunda instância. Assim, os alunos de 8º período do
curso de Direito, em sala de aula, realizam inicialmente atividades
que possui o objetivo de nivelar, ou seja, revisam os conteúdos
necessários à prática jurídica, seja na perspectiva do processo, seja

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 37


na perspectiva do direito material. As unidades da aula relacionam-
se aos recursos disponíveis no Código de Processo Civil.
As principais atividades realizadas são, inicialmente, o
nivelamento com a análise do caso a partir de um estudo dirigido
por meio do qual os alunos respondem entre 05 a 10 questões
relacionadas à prática processual. A título de exemplo, apresento
o caso e questiono: identifique a medida processual cabível, local
de interposição e as partes envolvidas. Depois faço a exposição no
quadro quanto às possibilidades de recursos disponíveis no CPC,
muito mais no sentido de entendimento da estruturação, localização
e cabimento e somente a partir disso os estudantes iniciam a
elaboração da peça processual em si, cabível ao caso em estudo.
As dificuldades encontradas nessas atividades perpassam
a dinâmica da aula em si. Ela inicia-se com a falta de prática no
manuseio do Vade Mecum, pois embora estejam no 8º período
não tem familiaridade com a procura das leis que precisam nesse
livro que contém boa parte das leis que compõem o ordenamento
jurídico e isso dificulta a dinamicidade da aula. Outro aspecto é a
dificuldade de argumentação teórica, tendo em vista que apenas
mencionar os dispositivos legais cabíveis ao caso não é o suficiente,
sendo necessário todo um trabalho de construção teórica conjunta. E
ainda, a dificuldade de identificar o recurso cabível ao caso concreto
em estudo.
Apesar de todas as dificuldades, existem resultados que são
alcançados e, até certo ponto, satisfatórios, que é a compreensão de
que para se produzir uma peça processual adequada ao caso concreto
possui uma técnica e que fazendo as perguntas ao caso conforme os
aspectos gerais dos estudos dirigidos que são colocados em sala de
aula é possível compreender a dinamicidade da prática jurídica.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 8º período no
curso de Direito e é realizada em sala de aula tendo como objetivos
compreender a teoria e a prática do processo civil, revisar o conteúdo
teórico necessário à produção de peças processuais, exercitar a
produção da peça processual necessária diante do caso concreto.
As principais ações foram estudo de caso concreto com análise
das peculiaridades para a produção das peças processuais. Apresento

38  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
no quadro branco os recursos cabíveis ensinando a localização de
cada recurso segundo o CPC. Volto ao caso concreto e questiono
qual das medidas se ajustam para solução do caso e aqui fazendo a
articulação com o Direito material e processual.
As principais dificuldades foram a falta de prática no manuseio
do Vade Mecum, as dificuldades de expressar por meio da escrita, no
tempo hábil, a argumentação teórica, bem como na identificação da
medida processual no caso concreto.
Os resultados encontrados foram melhor compreensão de cada
uma das peças processuais estudadas em cada aula, sistematização
objetiva da técnica processual, argumentação teórica estruturada,
embora ainda com necessidades a serem supridas.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 39


40 
ESTUDO DE CASOS EM GRUPO

Chrystianne Moura Santos Fonseca

O
objetivo da prática, foi o da aplicação dos
conhecimentos teóricos da Disciplina Direito Penal I,
na resolução de casos práticos, para o desenvolvimento
do raciocínio lógico jurídico e da capacidade de argumentação.
Desenvolver a habilidade de apresentação em público.
Os alunos foram divididos em grupo. Cada grupo recebeu um
caso prático, que foi estudado, analisado e respondido em grupo.
O Grupo deveria apresentar as teses de defesa e uma única resposta
para o caso.
O trabalho tem por objetivos desenvolver o raciocínio lógico-
jurídico do aluno e realizar a relação entre a teoria e a prática, para
que possam compreender como se aplica o direito penal no caso
concreto. Ajuda a desenvolver a habilidade de trabalho em grupo,
pois cada caso é dividido entre os grupos que devem apresentar uma
única resposta, que deve ser desenvolvida pelos membros da equipe.
Um dos alunos é sorteado para apresentar a resposta, que deve
ser feita na seguinte ordem lendo o caso apresentado, explicando
para a turma o questionamento constante do caso e apresentando
a resposta construída pelo grupo. Neste momento iniciam-se os
debates, dos outros grupos, conduzidos a questionarem a resposta,
ou complementarem a partir de seus conhecimentos.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 41


A atividade foi desenvolvida com alunos da disciplina de direito
penal I, no segundo período do curso de direito, em sala de aula.
Objetivando desenvolver raciocínio lógico jurídico, habilidade de
trabalho em equipe e liderança, além da habilidade de oralidade
e apresentação em público. Foi realizada no corrente semestre em
2016.2.
A primeira ação foi elaborar casos, com base no conteúdo
ministrado e nas jurisprudências atuais, através de pesquisa na
internet nos tribunais superiores e nos sites jurídicos. Depois, elaborar
as regras do jogo, que descreviam que o trabalho seria realizado em
grupos de 5 ou no máximo 7 alunos, que cada grupo receberia uma
cópia do caso, que deveria ser lida para todos, e que em conjunto,
mediante pesquisas em livros, ou internet, ou outros instrumentos
deveriam elaborar uma única resposta, para ser apresentada. Um
aluno seria sorteado para a apresentação (para o sorteio usei um
app simples de sorteio disponível em qualquer app store).
A primeira dificuldade encontrada foi de elaborar os casos,
pois como há doutrina e jurisprudência pacífica quanto ao conteúdo
trabalhado (tempo do crime e lugar do crime) muitos casos já estavam
disponíveis com resposta na internet, sendo necessário elaborar casos
com exemplos reais de noticiários da internet. Algumas resistências
de alunos com timidez, que foram dirimidas com a imposição de
participação e com o auxílio na hora da apresentação.
Como pontos positivos identifiquei o entusiasmo dos alunos
de participar, a desenvoltura com que alguns se demonstraram
líderes de cada grupo e o engajamento de todos para responderem
ou aprenderem a resposta para apresentar.

42  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
ROTINAS DE PRÁTICAS
JURÍDICAS TRABALHISTAS

Luis Cineas de Castro Nogueira

A
atividade é realizada em sala de aula com alunos de 10º
período do curso de Direito, na disciplina de prática
trabalhista. Essa prática tem por objetivo aproximar
os estudantes da realidade da prática judicial e consiste em estudos
de casos, que são analisados tanto o direito processual e material
aplicados articulando com as Súmulas, orientações jurisprudenciais
e instruções normativas do TST.
No início do semestre é feito o planejamento da disciplina
onde elaboro os casos que serão trabalhados em sala de aula. A
cada aula um caso é definido a partir do conteúdo estudado, que se
inicia com a petição inicial, defesa e recursos trabalhistas. Em cada
aula a leitura dos casos é conjunta com os alunos para compreensão
do fato jurídico, provocando os alunos a encontrarem as soluções
jurídicas para a situação. Ao final elabora-se um roteiro de resposta
didaticamente organizado para que os alunos possam utilizar
como plataforma para redigir a peça processual. A correção das
peças é realizada ao final de aula ou na aula seguintes a depender
da complexidade do caso. Nessa forma de trabalhar o conteúdo
percebe-se que os estudantes aprendem a pensar respostas práticas
possíveis para resolução dos conflitos judiciais, bem como aprendem

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 43


a redação jurídica com termos específicos da seara trabalhista.
Quanto às dificuldades encontradas, percebe-se que no início do
semestre os alunos têm limitações quanto à identificação dos direitos
a serem aplicados. Além disso, há uma certa resistência em trazer
livros para sala de aula. Mas que ao final do período, já que essa
prática se torna rotineira em sala de aula, constatam-se avanços e
facilidades na identificação dos problemas e na produção das peças
processuais.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 1º0 período no
curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Prática
Jurídica Trabalhista. Objetivando entender a relação teórico-prática
do direito e processo do trabalho, os alunos foram descrever as
peças processuais possíveis aos casos concretos e a produzir as peças
processuais no prazo assinalado pelo professor. Desta forma, a
ação desenvolvida da seguinte forma: a) Produção dos casos antes
de iniciar o semestre; b) entrega do material de todos os casos aos
alunos no inicio do semestre; c) explicação em sala de aula de cada
caso; d) esquematização no quadro construindo a plataforma de
resposta; e) redação da peça pelos alunos; f) correção da produção
em sala de aula; g) apontamento de erros e acertos das produções.
As principais dificuldades são: a) limitações quanto à
identificação dos direitos a serem aplicados; b) resistência em
trazer livros para sala de aula, tendo encontrado como resultados:
motivação pelo aprendizado prático trabalhista; contextualização da
teoria com a vida prática; desenvolvimento de habilidades ligados à
interpretação , redação e trabalho em grupo; aproximação e maior
afetividade na relação professor-aluno.

44  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
VIVÊNCIA TRABALHISTA

Cristiane Maria Adad Amorim Castelo Branco

O trabalho é realizado em sala de aula nas turmas de sétimos


e oitavos períodos, permitindo a aproximação da vivência diária do
mundo do trabalho aos estudos realizados em aula. A trabalho é
dividido em 3 momentos distintos: Inicialmente tem-se a apresentação
de casos reais aos alunos, em conformidade com o(s) conteúdo
(s) estudado (s) na disciplina de Direito do Trabalho; o segundo
momento, inicia-se após a apresentação do caso, com a proposta
dos alunos materializarem as soluções encontradas, calculando os
valores devidos aos empregados e encontrando soluções jurídicas. O
terceiro momento ocorre com a apresentação dos grupos aos demais
alunos, permitindo que os demais alunos possam compartilhar dos
estudos e verificarem se chegaram aos mesmos resultados.
Antes do início da prática a turma é dividida em grupos, sendo
apresentado ao grupo os casos reais. Durante as etapas de execução,
as atividades se desenvolvem na sala de aula, permitindo que os
alunos discutam entre si as possíveis soluções.
O segundo momento, as soluções e cálculos são encontrados
pelos grupos, com apresentação dos direitos trabalhistas devidamente
calculados.
A atividade “vivência trabalhista” é uma prática cujos resultados
alcançados são extremamente satisfatórios por vários aspectos: a

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 45


primeira razão está ligada ao fato de vários alunos vivenciarem em
seus cotidianos essa temática, uma vez que a grande maioria ou
são empregados ou tem alguma relação trabalhista em seu dia a
dia; outra razão é a possibilidade da própria vivência do aluno ser
compartilhado pelos demais alunos.
Cabe ainda ressaltar os reflexos positivos após a realização dessa
atividade despertados nos alunos e na própria relação professor-
aluno, posto que se constata um maior interesse pelo estudo da
disciplina, participação nas aulas e uma aproximação dialógica entre
docente e discentes.
Quanto às dificuldades encontradas, estas se restringiram
apenas ao momento inicial, quando tomam conhecimento da
necessidade de concretizarem os direitos com o cálculo dos valores
a serem pagos aos empregados, o que se dissipada no decorrer da
execução da atividade.
Essa atividade é desenvolvida com alunos dos 7º e 8º períodos
no curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito
do Trabalho I e II. Os objetivos traçados foram compreender o
intercâmbio entre a teoria e a prática a partir de um estudo de casos
reais, visando oportunizar aos alunos a assimilação do conteúdo;
estimular a busca de soluções, através de análise de casos reais;
desenvolver as potenciais habilidades de solucionarem problemas
reais, inclusive com a utilização de cálculos.
A ação desenvolvida no evento acontece da seguinte forma:
Apresentação dos casos com pertinência aos conteúdos da disciplina,
seguido de tempo para que os alunos busquem as soluções, sendo
que no momento final ocorre a socialização das soluções.
As principais dificuldades foram no sentido de que os alunos
manifestaram certa resistência Inicial quanto á realização de cálculos
e dificuldade em trabalhar em grupo. Como resultados encontrados
foram; dinamicidade e gosto pelo aprendizado dos conteúdos
estudados em sala de aula; contextualização da teoria com a vida
prática, a partir de um aprendizado sedimentado; aproximação e
maior afetividade na relação professor-aluno.

46  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
USO DE CELULAR COMO
FERRAMENTA DE ENSINO

Danilo Sérvio Araújo

A
s atividades ocorrem nas aulas práticas da disciplina
de Detalhamento Arquitetônico. Após estudar a forma
que os alunos devem detalhar um projeto de arquitetura
e ambientação, trabalhando sempre com diferentes tipos de projetos
o professor usa o quadro para desenhar em perspectiva e de forma
técnica com projeção paralela. Como ferramenta auxiliar ao desenho
a ser desenvolvido, em tempo real é passado por Wattsapp as imagens
do projeto a ser detalhado naquela aula. O bom resultado da prática
pedagógica é refletido no uso do celular e do aplicativo com uma
finalidade didática. Os tem focado mais no desenho e usado menos
Wattsapp para conversas que possam tirar sua atenção a disciplina
No início do semestre foi observado que nossas aulas de
Detalhamento Arquitetônico poderiam ser mais produtivas, um
dos agravantes que não beneficiavam nossas aulas era o de celular
durante os momentos da prática do desenho. Na busca de uma
produção prática mais eficiente, foi introduzido o uso do aparelho
celular para beneficiar nossas atividades.
Nossas aulas funcionam com dois horários destinados a teoria
com e dois horários destinados a prática do desenho de detalhamento.
No momento que damos início ao desenho de detalhamento, é

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 47


feito no quadro os projetos e perspectivas relacionadas ao tema
abordado, simultaneamente os alunos recebem via Wattsapp, as
imagens daquele projeto que estamos detalhando.
Cada aluno vai acompanhando o desenho feito pelo professor
de forma manual no quadro e pode acompanhar em sua prancheta de
desenho através de seu aparelho celular com a imagem dos detalhes
desenhados.
Assim, o aluno destina o uso do seu celular para as atividades em
sala de aula, pode também ampliar e diminuir o desenho do projeto
em seu aparelho, solucionando eventuais dúvidas de desenho.
Nossas aulas ficaram mais produtivas e otimizamos nosso
tempo. Essa atividade é desenvolvida com alunos do 3º período
no curso de Arquitetura, que estão matriculados na disciplina de
Detalhamento Arquitetônico. Foram traçados como objetivos
geral incentivar o uso de aplicativos com na disciplina aplicada e
específicos diminuir uso de Wattsapp em sala com outras finalidades
que não sejam didáticas e estimular a inserção da tecnologia que está
ao alcance dos alunos, nas práticas em aula e agilizar a transmissão
das tarefas e detalhes para acesso aos alunos.
As principais ações foram maior agilidade na aplicação da
disciplina, motivação ao uso do aparelho celular para o benefício da
formação e inserção da tecnologia em sala de aula. As dificuldades
encontradas nessa atividade foram no sentido de que nem todos os
alunos possuem internet em seus aparelhos móveis e alguns poucos
alunos não possuem celular.
Os resultados encontrados foram maior estímulo ao uso do
celular e do Wattsapp de forma produtiva e criativa; inserção da
tecnologia que está ao alcance da maioria nas atividades pedagógicas;
maior agilidade na aplicação da disciplina.

48  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
MOSTRA DE DIREITOS HUMANOS

Danyelle Bandeira de Melo

O
Evento é realizado no período de uma semana, nos
turnos da manhã, tarde e noite, de acordo com
o horário de cada turma previamente definido. A
execução da prática ocorre com a participação ativa dos alunos
com a apresentação dos trabalhos de iniciação científica em pôster
acadêmico e das expressões artísticas no Hall dos Prédios I e II da
Faculdade, sobre temas do Direitos da Personalidade
Antes do início da prática é realizado em sala de aula um prévio
sorteio de grupos e temas, tem-se a distribuição da turma em grupos
e sorteio dos temas, em torno de um mês e meio de antecedência do
evento, com pertinência temática com o(s) conteúdo (s) ministrados
e debatido (s) na disciplina de Direito Civil I, sendo cada tema
relacionado ao conteúdo dos Direitos da Personalidade relacionados
aos Direitos Humanos.
Dentro dos grupos, os alunos são estimulados a fazerem uma
divisão internamente formando dois subgrupos, cada subgrupo terá
uma responsabilidade diferente. Um subgrupo ficará responsável
pelo trabalho de iniciação científica sobre o tema sorteado e o
outro subgrupo responsável pela expressão artística sobre o mesmo
tema, tais como painel de fotos, escultura, quadro, etc. Também são
estimulados a dividirem acerca das várias funções que cada um vai

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 49


exercer na atividade, levando em conta as habilidades de cada um:
pesquisar, escrever, apresentar.
Durante as etapas de execução, os alunos são orientados em
todas as aulas seguintes ao sorteio e anteriores à data do evento, por
um período de 20min em cada aula.
O ápice da prática é o momento da apresentação dos
trabalhos na Semana da Mostra de Direitos Humanos, em que os
alunos apresentam o conteúdo do trabalho de iniciação científica
em pôster acadêmico e apresentam uma expressão artística sobre o
mesmo tema.
A atividade Mostra de Direitos Humanos é uma prática cujos
resultados alcançados são extremamente satisfatórios por vários
aspectos: a primeira razão está ligada ao fato de proporcionar aos
alunos a atividade de pesquisa fora do ambiente tradicional de sala
de aula, inclusive são ensinados sites oficiais e de credibilidade que
eles devem a partir desse trabalho utilizar. Proporciona aos mesmos
a aprender a conviver em grupo, partilhar experiências e dividir
responsabilidades, além de dar oportunidade aos mesmos de já no
segundo semestre a terem contatos com o estudo de casos concretos
que foram julgados nos tribunais superiores, ou seja, aliar a teoria à
prática, despertando no aluno uma postura crítica e real da aplicação
do direito. Ressalta-se também a interação e aproximação entre
aluno e professor.
Quanto às dificuldades encontradas, estas são verificadas
no início do trabalho, quando da apresentação das regras para o
evento, sendo as mesmas esclarecidas no decorrer da execução
da atividade. Observa-se também uma dificuldade dos alunos em
repartir responsabilidades, o que vai sendo modificado a medida que
as orientações vão acontecendo.
Descrever o contexto no qual a atividade foi desenvolvida (os
sujeitos envolvidos, curso, o ambiente local), os objetivos, quando
e como a atividade foi desenvolvida. Apresentar as principais ações,
as dificuldades encontradas, as estratégias adotadas e os resultados
alcançados.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 2º período no curso
de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito Civil I.

50  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
O objetivo geral dessa atividade consistiu em analisar casos
concretos julgados em tribunais superiores sobre os direitos da
personalidade e para tanto, especificamente, foi oportunizado aos
alunos a iniciação à pesquisa científica, o entrosamento e a interação
entre os alunos e a aplicação da teoria à prática envolvendo os direitos
da personalidade, bem como o desenvolvimento das habilidades de
planejamento, divisão de tarefas e execução de trabalho em grupo.
As principais ações desenvolvidas foram os estudos de caso
concreto com análise da aplicação da teoria do Direito Civil à prática
e julgamentos dos tribunais superiores. Apresentação do conteúdo
em pôster acadêmico. Apresentação de expressões artísticas sobre
os temas.
As principais dificuldades foram: a falta de prática no manuseio
dos sites de busca e pesquisa de jurisprudência; as dificuldades de se
expressar oralmente a argumentação teórica e de identificação da
relação entre direitos da personalidade e direitos humanos.
Os resultados encontrados foram a melhor compreensão de
cada um dos casos concretos estudados por cada grupo, apresentação
dos temas de forma criativa por meio das expressões artísticas e o
desenvolvimento de uma argumentação teórica estruturada, embora
ainda com necessidades a serem supridas

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 51


52 
GRUPO DE DISCUSSÃO PENAL

Dylvan Castro De Araujo

E
ssa prática é desenvolvida com alunos do 6º período na
disciplina de Processo Penal. A atividade consiste numa
dinâmica de grupos onde se estabelece assuntos de acordo
com o conteúdo programático no qual o professor disponibiliza
ferramentas de pesquisas (artigos científicos e livros jurídicos) que
são estudadas, analisadas e desenvolvidas pelos alunos, para solução
de casos práticos de acordo os temas pré-selecionados. A turma é
dividida em cinco grupos e para cada um deles um tema e um tempo
de abordagem e os outros grupos ficam responsáveis pelas análises
do grupo que a sua apresentação. A qualificação dos grupos é feita
pelos próprios alunos em parceria com o professor.
Os alunos em sala de aula são convidados a formar cinco grupos
e os temas são sorteados para um deles. Com os grupos formados
apresento os casos a serem analisados, de acordo com o sorteio,
tendo como fonte o material teórico disponibilizado. Solicito aos
estudantes que identifiquem a tipificação penal, a solução jurídica,
os recursos cabíveis, as estratégias de defesa e acusação. Depois
apresentam oralmente e entregam material escrito com as análises.
O objetivo geral dessa prática foi compreender a partir de
textos acadêmicos a prática jurídica penal, identificar a partir dos
textos a compreensão dos casos em estudo e analisar conceitos,

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 53


interpretações e casos práticos de forma crítica. As principais
ações desenvolvidas consistiu em organização da sala em grupos.
Explicação da dinâmica. Momentos de estudo coletivo e analise dos
textos e casos. Apresentação Oral e Escrita do trabalho. Quanto
às dificuldades, em regra, essa prática é bem aceita pelos alunos,
e as dificuldades que surgem acontecem em razão da timidez nas
apresentações orais. Com essa atividade foi possível conciliar
perfeitamente os conceitos de temas jurídicos com as explicitações
práticas, capacitando e direcionando o aluno a uma visão mais
crítica e real do Direito

54  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DE
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
O OLHAR DA ENFERMAGEM E DA
ARQUITETURA

Eduardo Gil Borsoi


Andreia Cavalcanti

É uma atividade realizada em sala de aula por alunos de


7º período do Curso de Enfermagem e 2º período do Curso de
Arquitetura. O objetivo foi integrar alunos de enfermagem e
arquitetura com o propósito de discussão acerca da estrutura física
de uma Unidade de Terapia Intensiva. Os alunos de enfermagem e
arquitetura foram instados a desenvolver uma planta baixa de uma
Unidade de Terapia Intensiva dentro dos padrões preconizados pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
A preparação dessa prática se dá com a exposição do conteúdo
teórico e prático do ponto de vista da enfermagem e da arquitetura. A
partir do contato inicial, os alunos foram instados a desenvolver um
projeto resumido em planta baixa de um espaço piloto de UTI, numa
sala de aula da IES, assessorado pelos professores de enfermagem e
arquitetura, tendo o cuidado com os critérios técnicos de cada área.
Essa atividade traz como resultado positivo a vivência e o
compartilhamento de conhecimentos de duas áreas aparentemente

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 55


distintas, mas que se relacionam na medida em que a arquitetura
é fundamental para a otimização e humanização do espaço
de UTI. Essa atividade foi considerada válida pelos alunos em
razão de lhes proporcionar contato com a prática, diferenciada
do que tradicionalmente se pensa da arquitetura. Além disso o
compartilhamento das experiências profissionais no âmbito privado
e âmbito publico do sistema de saúde em especial das UTIs.
As dificuldades encontradas já eram esperadas e foram
superadas ao longo do processo em face da interação com os
professores orientadores da prática. O objetivo geral dessa prática
foi entender a interdisciplinaridade entre enfermagem e arquitetura
no campo de UTI e especificamente foi perceber a aproximação dos
conhecimentos técnicos da arquitetura ao espaço otimizado da UTI;
construir um projeto em planta baixa de um espaço de UTI; vivenciar
a prática interdisciplinar na construção de um espaço humanizado
de UTI.
A ação desenvolvida na atividade acontece da seguinte forma:
a) exposição inicial de conteúdo teórico tanto da arquitetura como
da enfermagem; b) relato das experiências profissionais relativas ao
objeto de estudo - UTI; c) Produção de um projeto piloto de UTI.
As principais dificuldades foram basicamente: dificuldade da
assimilação da espacialidade e falta de entendimento inicial entre os
alunos que, de áreas diferentes, divergiam constantemente. Quanto
aos resultados, de um modo geral, apesar das divergências, os alunos
compreenderam as especificidades de cada área que não dominavam,
além do estímulo ao respeito quanto a apreciação do conhecimento
entre os cursos.

56  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
VISITAÇÃO AOS ÓRGÃOS DA ORDEM
DOS ADVOGADOS DO BRASIL –
SECCIONAL DO PIAUÍ

Eduardo Albuquerque Rodrigues Diniz

E
ssa atividade é desenvolvida com alunos do 1º período
no curso de Direito como mecanismo de aprendizado da
disciplina História do Direito brasileiro no momento em
que estiverem estudando a criação da OAB durante a Era Vargas. Os
objetivos dessa prática foram apresentar a OAB Nacional e Seccional
e sua condição de ente federativo paraestatal considerada Autarquia
Especial, oportunizando a conversa com os dirigentes da OAB-PI
acerca dos órgãos da OAB Seccional do PI, bem como, dialogar sobre
as atividades de cada setor da OAB PI visitado, contextualizando
o momento histórico da instalação da OAB e sua importância no
cenário nacional ao longo da história.
Percebe-se em boa parte dos alunos ingressantes tem
desconhecimento dos órgãos que profissionalmente trabalham o
Direito e que farão parte da vida profissional deles. A apresentação
desses entes aos estudantes provoca contentamento e estimula
os interesses no aprofundamento da entidade apresentada, bem
como a conhecer outras instituições correlatas. A Ordem dos
Advogados do Brasil é atualmente função essencial à justiça, prevista

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 57


constitucionalmente, considerada uma autarquia especial. O estudo
da história e das atividades da OAB como porta de entrada para
conhecer os demais órgãos da Justiça pertencentes ao poder ou que
exercem as funções essenciais.
As principais dificuldades foram o deslocamento dos alunos
e a adequação da data e horário para realização da atividade para
atender a maioria dos alunos, direção da Ordem e Professor, e a
dificuldade de reserva do local com antecedência.
Quanto aos resultados, vários aspectos são observados,
considerando-se como positiva essa prática, por oportunizar aos
alunos a visita à sede da OAB, que permite observar a importância
da instituição no cenário nacional e local ao longo da história,
compreender as funções da Ordem, desenvolver o interesse pela
advocacia através do conhecimento da Ordem, e, ainda, prepara o
discente para disciplinas vindouras como Direito Constitucional e
Direito Processual. Além disso, essa prática atinge grande número
de alunos da disciplina História do Direito Brasileiro fazendo um
intercâmbio entre professores para realização da ação, aproximando
os alunos da Ordem e de seus serviços, inclusive apresentando aqueles
que são disponibilizados para os estudantes.

58  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
PRODUÇÃO DE PLACAS DO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Emmanuel Alves Soares

É uma atividade realizada com alunos de 3º período do


Curso de Fisioterapia. Considerando que os alunos são motivados
a produzir placas representando as estruturas do sistema
nervoso central, deixando ao critério dos estudantes o material
básico para execução da atividade, que podem ser em mdf,
compensado, acrílico ou gesso, sendo facultada a consultoria de
profissionais que possam ajudar na confecção. Esses trabalhos
são apresentados ao final no período, demonstrando por meio da
placa as estruturas do sistema nervoso central. Essa apresentação
é feita no laboratório, servindo como atividade prática da terceira
avaliação.
A preparação dessa prática se dá ao longo do período com
a explanação em sala de aula das estruturas do sistema nervoso
central, com suas funções e características. Ao término do conteúdo
principal, realiza-se o sorteio da turma que é dividida em grupos e
cada um deles com a sua tarefa. Para a confecção das placas, na sala
de aula, há uma explicação prévia acerca da execução da atividade. A
culminância da disciplina acontece com a preparação das placas em
diversos materiais em que os alunos demonstram em laboratório as
estruturas do sistema nervoso central.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 59


Essa atividade traz como resultado positivo uma aprendizagem
significativa, mesmo sendo uma disciplina que tem um histórico
de ser considerada complexa. Além disso, há uma facilidade na
compreensão das estruturas do sistema nervoso central em razão de
terem que ampliar essas estruturas em materiais diversos. Por fim,
contribui para o incremento do acervo de materiais para aulas e
provas práticas.
As dificuldades encontradas se apresentam com a própria
execução da tarefa em face dos detalhes que nem sempre ficam
totalmente idênticos à estrutura neurológica real.
O objetivo dessa prática foi demonstrar as estruturar as
estruturas do sistema nervoso central, visando entender a organização
estrutural do sistema nervoso central, reproduzir, de forma ampliada,
as estruturas do sistema nervoso central por meio da construção
de placas de neuroanatomia, socializar por meio de apresentação
coletiva os trabalhos realizados.
As principais ações desenvolvidas da seguinte forma: a)
entendimento da estrutura do sistema nervoso central por meio das
aulas expositivas; b) produção artesanal das placas de neuroanatomia
em materiais diversos; c) exposição das produções.
As principais dificuldades foram sentidas com a própria
execução da tarefa em face dos detalhes que nem sempre ficam
totalmente idênticos à estrutura neurológica real
Quanto aos resultados percebeu-se aprendizagem significativa,
em face do contato direto com o conteúdo e reconstrução das
estruturas por meio de material concreto diverso (mdf, compensado,
gesso, acrílico), facilidade na compreensão das estruturas do sistema
nervoso central em razão de terem que ampliar essas estruturas
em materiais diversos, contribuiu para o incremento do acervo de
materiais para aulas e provas práticas.

60  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
DEBATE SOBRE O DANO
EXISTENCIAL NO DIREITO CIVIL

Fabíola Freire de Albuquerque

É
uma atividade realizada em sala de aula por alunos de 7º
período de Direito na disciplina de Responsabilidade Civil.
O tema trabalhado refere-se ao instituto dano existencial
no Direito Civil. Os alunos são instados a fazer o estudo prévio sobre o
tema publicados em artigos científicos ou publicações especializadas.
Fomentando com isso a prática da pesquisa acadêmica. Depois dos
estudos, com data marcada, a turma é provocada a debater sobre o
instituto, a partir de uma questão geradora relacionada ao tema. E a
partir disso, continuamos a provocar as discussões acerca dos bens
jurídicos tutelados, quanto à natureza do instituto, culminando com
o reconhecimento de casos em que os estudantes percebem o que
se configura ou não como dano existencial para o Direito Civil, que
possui uma visão diferenciada de outros ramos do Direito.
A preparação dessa prática se dá com o indicativo inicial
das peculiaridades do tema, apontando também as questões
norteadoras do estudo. Os alunos são motivados a realizar a
pesquisa individualmente e no dia da realização da atividade a turma
é organizada para que todos participem de forma oral.
Dentre as questões colocadas em discussão estão saber sobre
a autonomia do instituto jurídico em estudo, os conceitos básicos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 61


relacionados, a caracterização e diferenciação de outros tipos de
danos regulados pelo Direito Civil. Outras discussões atravessam o
tema, tendo em vista que relacionados com ele, como por exemplo: a
teoria da perda de uma chance, dano reflexo, dentre outros aspectos
possíveis. Daí a importância de saber diferenciar e caracterizar o
dano existencial.
Essa atividade traz como resultado positivo o exercício da
capacidade de analisar e criticar a partir de textos acadêmicos a
realidade. E o que é visível é o debate entre os estudantes de forma
salutar na defesa de posicionamentos divergentes sobre o tema.
As dificuldades encontradas se apresentam quando os
estudantes ainda acostumados com o modelo tradicional exigem
respostas prontas, mesmo com a percepção de que esse instituto
ainda está em construção.
O objetivo geral foi entender o instituto do dano existencial
na perspectiva do Direito Civil com as pesquisas em artigos e em
literatura especializada sobre o dano existencial, construir argumentos
próprios para a realização do debate em sala de aula.
A ação desenvolvida no evento acontece da seguinte forma: a)
preparação da pesquisa prévia; b) construção de argumentos sobre
o tema dano existencial; c) debate em sala de aula envolvendo os
alunos.
As principais dificuldades foram sentidas com a resistência por
parte de alguns alunos em fazer a pesquisa prévia, com as dificuldade
de interpretação dos textos lidos, especialmente por se tratarem de
textos com a linguagem diferente dos manuais, além da dificuldade
de compreensão de conceitos, e argumentações do senso comum,
destituídas de argumentação jurídica, que é foco da atividade.
De um modo geral, os alunos ficaram motivados a participar
do debate, sendo visível o respeito a diversidade de posicionamento
argumentativos sobre o tema, com a percepção da inovação teórica
constatada para além dos manuais, demonstrando com isso a
importância da pesquisa acadêmica;

62  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
APRENDENDO ELETROTERAPIA:
CORRELACIONANDO PROTOCOLOS
CIENTÍFICOS E A PRATICA

Gabriel Mauriz de Moura Rocha

P
ara realização da atividade, os grupos práticos da
disciplina de Eletrotermofototerapia foram subdivididos
em quatro grupos. Cada grupo sorteava um artigo
cientifico sobre a temática que estava sendo trabalhada. Os alunos
tinham um tempo para fazer a leitura prévia do artigo, analisando a
metodologia, os resultados e a discussão, em seguida apresentavam
o artigo para todos os presentes no laboratório de fisioterapia I,
realizavam uma analise crítica e reproduziam o protocolo cientifico
disposto no artigo, usando iguais parâmetros, técnicas e pontos
específicos.
Os sujeitos da atividade foram 4º período do curso de fisioterapia
na disciplina de Eletrotermofototerapia no curso de Fisioterapia,
que desenvolveram a prática no laboratório de Fisioterapia I da
Faculdade Estácio/CEUT. O objetivo dessa atividade foi reproduzir
protocolos científicos validados como forma de fixar o conteúdo
teórico da disciplina de eletrotermofototerapia, promovendo com
isso, o raciocínio crítico, e conhecimento científico sobre condutas
envolvendo os equipamentos da eletrotermofototerapia, além de

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 63


conhecer a importância da leitura de artigo científico e proporcionar
a percepção dos equipamentos da eletrotermofototerapia com a
prática das condutas fisioterapêuticas.
As principais foram no sentido de vivenciar na prática a
oportunidade de reproduzir protocolos de artigos científicos
publicados dos últimos 10 anos. Além disso, os alunos tiveram
que apresentar de forma oral os artigos, os objetivos do estudo,
metodologia, resultados e discussão, assim como demostraram os
protocolos de cada estudo lido e analisado criticamente.
As principais dificuldades estão na disposição dos alunos
realizarem a leitura do artigo, e executarem a analise critica. Os
resultados encontrados foram satisfatórios, apesar da dificuldade
inicial após mostrar a importância da leitura dos artigos, destacando
a necessidade de entendimento dos alunos sobre o uso de cada técnica
da eletrotermofototerapia apresentadas nos artigos, evitando assim
que 0s alunos tornem-se apenas técnicos nos aparelhos.

64  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
APLICAÇÃO DAS HABILIDADES
TECNOLÓGICAS DO ALUNO PARA A
PESQUISA CIENTÍFICA

Geandra Batista Lima Nunes

A
s habilidades tecnológicas dos alunos, especialmente
relacionadas à utilização de recursos de informática,
foram estimuladas e direcionadas para a aplicação na
pesquisa científica. Foi proposta e orientada através da apresentação
dos principais bancos de dados e periódicos por curso, a elaboração
de Estratégias de busca e aplicação dos meios tecnológicos
disponíveis e intensamente manuseados pelo alunado (smartphones,
tablets, notebooks, computadores etc.) para a busca científica e a
construção de projetos de pesquisa aplicando a estratégia treinada
como recurso de enriquecimento dos referenciais teóricos dos
trabalhos de conclusão de curso.
A tecnologia de informação está em avanço e cada vez mais
acessível ao público. Os recursos tecnológicos, amplamente
difundidos, necessitam ser utilizados a favor do desenvolvimento
científico e acadêmico do corpo discente. Na prática docente, como
professora das disciplinas de trabalho de conclusão de curso (TCC
I) dos cursos de fisioterapia e nutrição e como orientadora dos
TCC da enfermagem, a utilização favorável, benéfica e indispensável
dos recursos tecnológicos foi ainda mais gritante, ao observar que

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 65


os recursos disponíveis não são aplicados ou são subutilizados na
construção dos estudos científicos.
As habilidades tecnológicas dos alunos, especialmente
relacionadas à utilização de recursos de informática, foram estimuladas
e direcionadas para a aplicação na pesquisa científica. Foi proposta e
orientada através da apresentação dos principais bancos de dados e
periódicos por curso, a elaboração de Estratégias de busca e aplicação
dos meios tecnológicos disponíveis e intensamente manuseados pelo
alunado (smartphones, tablets, notebooks, computadores etc.) para
a busca científica e a construção de projetos de pesquisa aplicando a
estratégia treinada como recurso de enriquecimento dos referenciais
teóricos dos trabalhos de conclusão de curso.
Os sujeitos de atividade foram alunos dos cursos de
Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, tendo sido desenvolvida em
sala de aula. O objetivo geral foi utilizar as habilidades tecnológicas do
corpo discente para a realização de pesquisas científicas em bancos
de dados e periódicos, especialmente os de destaque do seu curso,
sendo que especificamente objetivou-se capacitar os alunos para a
execução de pesquisa científica em bancos de dados e periódicos a
partir de uma questão norteadora, estimular o pensamento crítico
e ampliar o conhecimento científico do aluno sobre temas de seu
interesse, utilizar as habilidades tecnológicas prévias e evidentes do
alunado em favor de sua formação acadêmica e científica.
As principais ações foram exposição teórica referente a aplicação
das tecnologias de informação, às etapas de uma pesquisa, critérios
de busca dos principais bancos de dados em saúde, formulação de
estratégias de busca e refinamentos de estudos, apresentação de bancos
de descritores, seleção de terminologias de busca comum para pesquisa,
proporcionando um meio consistente e único para a recuperação da
informação independentemente do idioma e apresentação dos principais
periódicos do curso. Aplicação do conhecimento na elaboração dos
projetos de pesquisa dos trabalhos de conclusão de curso.
As principais dificuldades foram encontradas quanto ao acesso
restrito a algumas bases de dados no laboratório da faculdade. Quanto
aos resultados encontrados foram o enriquecimento do referencial
teórico dos projetos de trabalho de Conclusão de curso com maior
número de artigos envolvidos nas pesquisas e o maior embasamento
técnico/científico para a inquietação que norteou a ideia de pesquisa

66  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
ANÁLISE CRÍTICA DAS INFRAÇÕES
PENAIS COM BASE EM SEUS ELEMENTOS
CONSTITUTIVOS DIANTE DE CASOS DE
REPERCUSSÃO SOCIAL

Gustavo Luís Mendes Tupinambá Rodrigues

A
tividade tem por finalidade apresentar o conteúdo
da teoria do crime a partir de casos de repercussão
social, fragmentando os elementos constitutivos da
infração penal no caso prático e desenvolvendo os institutos jurídicos
relacionados, demonstrando que tais institutos estão suscetíveis de
influência do caso concreto.
A prática consiste, inicialmente, na apresentação de um caso
concreto que teve ou tem repercussão social e, se desenvolve em
três etapas distintas: apresentação teórica, apresentação fática e
correlação prático-teórica.
Na primeira etapa, são apresentados os conteúdos teóricos
necessários à discussão e análise do caso, com base no conteúdo
programático relacionado ao Direito Penal;
Na segunda etapa, é realizada uma demonstração do caso
concreto, enfatizando peculiaridades relacionadas ao mesmo,
que são reconhecidas como essenciais no debate jurídico
processual;

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 67


Na terceira e última etapa, é feita uma correlação entre os
conteúdos teóricos e o conteúdo prático, através de um debate
coletivo da turma, mediante provocação e participação dos alunos,
permitindo a estes visualizarem no caso concreto os institutos
jurídicos relacionados, características e fundamentos.
Essa atividade foi de desenvolvida com alunos do 4º e 5º
períodos, tendo como objetivo geral analisar os institutos jurídicos
penais aplicáveis no caso concreto como forma de aproximação em
teoria e prática, para que pudessem identificar dos institutos jurídicos
penais aplicáveis, características e fundamentos, compreender a
incidência de tais institutos na prática jurídico-penal, identificar, no
caso concreto, as teses jurídicas possíveis de aplicação entre as partes
envolvidas.
A ação desenvolvida na atividade acontece da seguinte forma:
a) definição do caso de repercussão social mediante consulta e
participação dos alunos; b) exposição inicial dos institutos jurídicos
penais; c) apresentação do caso mediante uma análise de processos
judiciais, evidenciando as teses de acusação e defesa e a sentença
proferida pelo juiz e/ou tribunal; d) apresentação conclusiva,
mediante participação e provocação dos alunos da relação definida
entre os institutos penais e o caso concreto, relacionando-os nas
peças processuais.
As principais dificuldades foram: dificuldade dos alunos de
compreensão de alguns institutos jurídicos penais; dificuldade
dos alunos em extrair do caso concreto, os aspectos fáticos com
implicação jurídica; dificuldade dos alunos em relacionar os institutos
jurídicos penais com o caso concreto.
Quanto aos resultados encontrados percebeu-se uma melhor
compreensão dos institutos jurídicos, diante do interesse produzido
na análise do caso concreto, além disso os alunos visualizam
possibilidades de encontrar soluções jurídicas a partir de casos
concretos.

68  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
A CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESCRAVO
ANTE A LEI CIVIL E A LEI PENAL NO
IMPÉRIO BRASILEIRO

Jarbas Gomes Machado Avelino

É
uma atividade realizada em sala de aula por alunos de 1º
período do Curso de Bacharelado em Direito. O objetivo
foi aprofundar a análise acerca da condição sócio jurídica
em que esteve implicado o escravo no Brasil no período imperial
brasileiro, de modo a, a partir desta análise do passado, encontrar
no presente pontos de continuidade e ruptura na sociedade em que
estamos inseridos. Nesse contexto, os alunos foram levados a pensar
as marcas do passado no presente em que estão inseridos, realçando
que a experiência jurídica na temporalidade se constitui de mudanças
e permanências. Com isso, são reforçados, a partir de evidências
jornalísticas, narrativas no campo da arte, dados tabulados por
órgãos oficiais, o longo caminho da construção da cidadania no
Brasil
A preparação dessa prática se dá com a exposição do conteúdo
teórico de viés histórico-jurídico alusivo ao período imperial brasileiro.
A partir de uma abordagem inicial, os acadêmicos tiveram acesso
a texto acadêmico (artigo) e disposições legais vigentes no Império,
tais como a Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea, de

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 69


modo que pudessem flagrar o efetivo tratamento legal conferido aos
escravos no período imperial.
Em seguida, apresentam, na forma de grupos, os resultados de sua
pesquisa para toda a sala, suscitando debates que transitam do presente
ao passado e vice-versa, circunstância que reforça ser a experiência
jurídica amplamente marcada pelos influxos da temporalidade.
Essa atividade traz como resultado positivo a percepção de que
as leis são fruto de uma construção histórico-social ancorada em
valores e interesses que se modificam ao longo do tempo, permitindo
que se possa desnaturalizar não apenas o processo de construção
das leis, mas igualmente a sua vivência em sociedade.
As dificuldades encontradas estiveram ligadas ao fato de
os alunos estarem ingressando no curso, circunstância que os
encontra ainda bem no início da construção/internalização de um
repertório conceitual e vocabular de feição jurídica (português
jurídico). Contudo, o trabalho em si já colabora com esse processo
de ampliação de suas visadas teórico-conceituais e vocabulares.
O objetivo geral dessa atividade foi analisar a condição jurídica do
escravo ante a lei civil e a lei penal no período imperial brasileiro, com
a identificação da legislação vigente no período abordado no trabalho,
assim como flagrar as contradições presentes na legislação em relação ao
escravo, mormente comparando as áreas penal e civil e compreender as
mudanças legais inseridas em um processo de construção da cidadania.
A ação desenvolvida na atividade acontece da seguinte forma:
a) exposição inicial de conteúdo de viés histórico-jurídico alusivo ao
período imperial brasileiro; b) leitura de texto acadêmico (artigo)
e disposições legais vigentes no Império, tais como a Lei do Ventre
Livre, Lei dos Sexagenários, Lei Áurea; c) apresentação, na forma
de grupos, dos resultados da pesquisa para toda a sala, suscitando
debates que transitam do presente ao passado e vice-versa.
As principais dificuldades foram com a compreensão de alguns
termos de caráter técnico, bem como a dificuldade na interpretação de
alguns conceitos. De um modo geral, os resultados dessa prática foram
o desenvolvimento de uma articulada análise da legislação vigente no
império e estabeleceram conexões com marcas socioculturais ainda
presentes em nossa sociedade e a compreensão do fenômeno jurídico
em sua historicidade, realçando mudanças e permanências.

70  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
CARTILHA “DIÁLOGO
PREVIDENCIÁRIO”

Jhon Kennedy Teixeira Lisbino

A
atividade tem seu início em sala de aula, com
a divisão da turma em 05 (cinco) grupos onde
são sorteados 02 (dois) benefícios para cada, de
modo que as 10 (dez) prestações ofertadas pelo Regime Geral
de Previdencia Social sejam estudadas. Em seguida, cada grupo
escolhe um líder que juntamente com o professor-coordenador
foram uma comunidade virtual no aplicativo Wattsapp
para facilitar troca de informações, resolução de dúvidas e
aprimoramento das ideias.
Em sala as reuniões acontecem com cada grupo individualmente
para correção da produção até aquele momento realizada, abrindo
espaço também para debates sobre os benefícios pelos quais ficaram
responsáveis.
No final, dentre todas as turmas (três, ao total) são escolhidas
as 10 (dez) melhores produções e estas são reunidas na Cartilha com
lançamento no auditório em uma noite que reúne todos os alunos e
marca a despedida dos mesmos da IES.
A ideia de montar uma Cartilha sobre os benefícios
previdenciários, nasce com intuito de levar informação acessível à
todos, vis se tratar de importante direito social tão aclamado no

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 71


Estado Democrático de Direito, mas que possui compreensão restrita
devido ao tecnicismo da sua regulamentação.
Por outro lado, os acadêmicos são desafiados a estudar de
forma mais apurada cada prestação previdenciária, para entender
o complexo sistema do RGPS e sintetizar as informações em uma
leitura clara e objetiva sem, contudo, deixar de abordar os principais
critérios para sua concessão.
A atividade estimula a criatividade dos universitários e os motiva
a buscar elementos teóricos e práticos para construção do material
desenvolvido levando-os a conhecer, inclusive, o procedimento
administrativo adotado pelo Instituto Nacional do Seguro Social na
análise e deferimento dos pedidos realizados pelos cidadãos que são
segurados do Sistema.
Após as reuniões presenciais e debates promovidos na
comunidade virtual, o material produzido por cada grupo é entregue
e os dez melhores - representando cada uma das prestações
previdenciárias - são escolhidos para integrar Cartilha “Dialogo
Previdenciário”.
Por fim, todos se reúnem no Auditório da Faculdade para o
lançamento da Cartilha, propiciando uma noite de confraternização
pela finalização do trabalho que coincide com o término do curso,
deixando os estudantes um trabalho relevante para sociedade, tendo
em vista que o objetivo da referida produção é ser levada para a
comunidade em geral.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 10º período no
curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito
Previdenciário, tendo como objetivo gera compreender o Regime
Geral de Previdencia Social a partir dos Benefícios Previdenciários,
por ele ofertados, oportunizar aos acadêmicos o estudo dos
Benefícios Previdenciários aliando teoria e prática, a partir de
discussões e pesquisas; estimular a criatividade e o poder se síntese
dos acadêmicos ao transformar aspectos técnicos em leitura acessível
e objetiva e desenvolver o trabalho social, levando informações tão
relevantes para a sociedade de forma prática e simplificada.
As reuniões individuais em sala de aula, estimulam o debate
sobre os benefícios sorteados para cada grupo, momento em

72  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
que discutimos de forma aprofundada as referidas prestações,
trabalhando os aspectos teóricos e práticos e buscamos aprimorar
as produções previamente constituídas por cada grupo.
No ambiente virtual, através do grupo de Wattsapp
disponibilizamos a “central de dúvidas” e o “celeiro de ideias”, de
modo que todos os grupos mesmo que com benefícios distintos
possam interagir e mutuamente ajudarem-se.
Ao final, com as prestações escolhidas, todos os universitários
reúnem-se no Auditório para divulgar a Cartilha e encerrar o projeto.
As principais dificuldades foram compreender a complexidade de
cada beneficio, sobretudo, no que se refere ao aspecto prático e sintetizar
as informações técnicas e transformá-las em linguagem simples.
Os resultados encontrados percebidos com o aprendizado
teórico e prático sobre as prestações previdenciárias, estimulo à
criatividade e produção acadêmica, interação entre todos os grupos,
fortalecendo a unidade da turma, satisfação dos alunos em participar
de um projeto acadêmico de cunho social culminando com Cartilha
que em síntese apresentamos parte dela aqui:

SALÁRIO – FAMILIA

Marina Luz

Chegamos a mais um benefício


Que maravilha !
Vamos falar um pouco
do salário-família.

Tem direito todo empregado,


Seja de casa ou do mercado.
Se por invalidez você for aposentado
Ou então, se a idade tiver chegado.

Para se beneficiar até 1.212,64


Você tem que ganhar,
da idade de 14 anos seus meninos não podem passar

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 73


ou então se um filho especial você cuidar.
Para ele, a idade não vai importar.

Por cada filho,


Uma cota você vai receber.
Veja a tabela abaixo
Para melhor entender.

TABELA SALÁRIO – FAMÍLIA


VALOR DO SALÁRIO-
REMUNERAÇÃO(R$)
FAMÍLIA/COTA(R$)
Até R$ 806,80 R$ 41,37
De R$ 806,81 até R$ 1.212,64 R$ 29,16
Não tem direito ao Salário-
Acima de R$ 1.212,64
Família.

Mas, bote o pé no freio!


Esse benefício não cai do céu!
Para ter acesso , você tem que juntar “papel”
não tem contra-argumentos,
olha aí lista de documentos.

LISTA DE DOCUMENTOS
•  Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos;
•  Cartão de vacinação para filhos até 6 anos;
•  Declaração de frequência escolar para filhos com idade de 7
a 14 anos.

Preste muita atenção!


Cuidado, se não você pode perder
é necessário cumprir alguns critérios.
A renovação dos documentos , tem que se fazer.

74  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
Datas de apresentação
Documentos conforme art.361,§2º da IN
INSS 77/2015
Caderneta de vacinação Anual, no mês de novembro.
Semestral, mês de maio e
Frequência escolar
novembro.

Chegamos ao grande final


Afinal de contas nada é pra sempre
e com esse benefício, não é diferente.
Se de 14 anos seu filho passar ,ou
o desemprego te afetar, e ainda mais se a morte chegar
sinto muito ,mas o beneficio você não vai mais ganhar.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 75


76 
OLIMPÍADAS DE DIREITO
CONSTITUCIONAL

Joana de Moraes Souza Machado

É
uma atividade realizada em sala de aula por alunos de 3º e
4º períodos do Curso de Direito. O objetivo foi fomentar
a competitividade entre os alunos de forma lúdica e
comprometida com o conteúdo da disciplina. São elaboradas 40
questões sobre um dos assuntos da disciplina, com respostas de
verdadeiro ou falso. A turma é dividida em grupos de seis alunos no
máximo, que respondem em silêncio preenchendo um papel contendo
a resposta da pergunta que lhe foi feita oralmente pela professora. As
respostas são colocadas em uma tabela que indica os grupos. Para
cada resposta certa atribui um ponto da competição. Ao final, faz-se
a contabilização e o grupo que tiver mais pontos vence.
É uma atividade realizada em sala de aula por alunos de
3º e 4º períodos do Curso de Direito. O objetivo foi fomentar a
competitividade entre os alunos de forma lúdica e comprometida com
o conteúdo da disciplina. São elaboradas 40 questões sobre um dos
assuntos da disciplina, com respostas de verdadeiro ou falso. A turma
é dividida em grupos de seis alunos no máximo, que respondem em
silêncio preenchendo um papel contendo a resposta da pergunta que
lhe foi feita oralmente pela professora. As respostas são colocadas

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 77


em uma tabela que indica os grupos. Para cada resposta certa atribui
um ponto da competição. Ao final, faz-se a contabilização e o grupo
que tiver mais pontos vence.
O objetivo geral dessa atividade foi fomentar o espírito de
competitividade entre os alunos, com o fomento do hábito e o gosto
de estudar de forma mais prazerosa e revisem assuntos importantes,
que necessitam ser memorizados.
A ação desenvolvida na atividade acontece da seguinte forma:
A) a turma deverá ser dividida em grupos de seis alunos; b) todos
os alunos serão avisados, no mínimo com 30 dias de antecedência,
acerca do conteúdo que será cobrado nas questões constantes da
olímpiada; c) serão 40 (quarenta) questões acerca do conteúdo
previamente divulgado, onde todos os grupos deverão responder
apenas Verdadeiro ou Falso. d) cada questão valerá 1,0 ponto e o
grupo que fizer mais pontos será o vencedor e ganhará um brinde
simbólico.
As principais dificuldades foram quando ao cumprimento das
regras do jogo, quanto ao tempo e quanto ao dever de permanecer
em silêncio. Quanto aos resultados encontrados percebeu-se que
o aluno se sente estimulado em estudar o conteúdo de forma mais
prazerosa, considerando a sua vontade de vencer, estimulando assim,
o seu espírito de competividade

78  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
GRAFITAGEM SOLIDÁRIA

Jose Ribamar Santos Costa Junior

A
pós aulas sobre desenho de espaços de ambientes,
resolvemos decorar um espaço usando a técnica do
Grafite. Em comum acordo com os alunos, escolhemos
uma creche na zona sul de Teresina; Creche Tia Francisquinha, situada
no Bairro Santa Fé. O evento foi realizado em dias de sábado, no
turno da manhã com alunos do terceiro período de Arquitetura e
Urbanismo. Ao todo trinta alunos foram envolvidos na prática. A
execução do evento é dividido em 3 momentos distintos: Primeiro
a visita do espaço e registro fotográfico, Segundo a reprodução do
espaço através do desenho em sala de aula e escolha das imagens a
serem grafitadas. Terceiro, a execução da grafitagem.
A atividade teve inicio com o conteúdo da disciplina PERCEPÇÃO
ESTÉTICA E PLÁSTICA do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Foi
apresentado aos alunos o tema Grafite. Depois de discutido o tema,
visitamos grafiteiros locais onde conhecemos suas técnicas, lojas de
arte que vendem obras de grafite e espaços grafitados.
Durante a apresentação do tema resolvemos levar o grafite
para algum ambiente. Surgiu a ideia de uma creche por parte de um
aluno. Visitamos o lugar, e lá constatamos a necessidade de uma
interferência artística, registramos através de fotografias alguns
espaços.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 79


Fizemos uma campanha entre os próprios alunos para custear
o material a ser usado. Foram realizados croquis para estudos das
imagens de cada ambiente a ser pintado. As propostas escolhidas
foram levadas até a diretora da creche para analise e aprovação.
A atividade foi realizada nos dias quinze e dezenove de outubro.
No primeiro dia foram feitos os desenhos e o início da pintura.
No segundo dia conclusão. Toda a atividade ocorreu em perfeita
harmonia e dentro do prazo esperado. Posteriormente apresentamos
para outras turmas o resultado e também a divulgação nas redes
sociais.
O objetivo geral dessa atividade foi utilizar o conteúdo
apresentado em sala de aula de forma prática e de forma solidária,
bem como oportunizar aos alunos a prática do conteúdo fora do
ambiente de sala de aula, estimular o entrosamento e a interação
entre alunos e comunidade, bem com desenvolver as potenciais
habilidades dos discentes quanto ao planejamento e execução de
trabalho em grupo.
As principais ações para essa atividade foram: escolha do local
para realizar a intervenção, autorização da instituição, arrecadação
de recursos, execução da proposta. As principais dificuldades
encontradas foram na escolha do ambiente a ser realizada a
interferência, bem como com a arrecadação do material para a
execução da atividade.
Quanto aos resultados percebeu-se a dinamicidade e gosto pelo
aprendizado das teorias estudadas em sala de aula, contextualização
da teoria com a vida prática, a partir de um aprendizado crítico e
sedimentado, em como o estímulo ao desenvolvimento de habilidades
ligados ao gerenciamento de tarefas, trabalho em grupo e liderança
e aproximação e maior afetividade na relação professor-aluno-
comunidade.

80  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
AVALIANDO A
COMPOSIÇÃO CORPORAL

Lindinalva Vieira Dos Santos

A
disciplina de Avaliação Nutricional é composta de
aulas teóricas e práticas. As aulas práticas acontecem
sempre após a apresentação do conteúdo teórico
como estratégia para melhor aprendizado do aluno. Em cada aula os
alunos aprendem a manusear/manipular um instrumento de avaliação
nutricional. A turma é dividida em duplas. Sempre que aprendem como
utilizar o equipamento eles devem realizar a medida em seu par. Estas
medidas são anotadas no caderno de prática. Em cada aula teórica são
dados os parâmetros de avaliação para os resultados encontrados e
com isso eles devem realizar a avaliação de suas medidas corporais. Ao
término da disciplina, além de terem assimilado o conteúdo de forma
mais pratica e dinâmica terão realizado a sua avaliação nutricional
completa aliando teoria e prática.
Descrever o contexto no qual a atividade foi desenvolvida (os
sujeitos envolvidos, curso, o ambiente local), os objetivos, quando
e como a atividade foi desenvolvida. Apresentar as principais ações,
as dificuldades encontradas, as estratégias adotadas e os resultados
alcançados.
A disciplina da avaliação nutricional insere os alunos do
4ºperíodo ( SIS CEUT) e 3º período do SIA do curso de nutrição.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 81


As aulas contemplam teoria e prática. As aulas práticas acontecem
sempre após ter sido dado o conteúdo teórico no laboratório de
avaliação nutricional. No início do semestre é realizada a divisão
da turma em duplas. Em cada aula prática os alunos aprendem
a manusear /manipular um instrumento de avaliação. Após a
demonstração de como utilizar cada um eles devem realizar a
medida em seu par e anotar o resultado em seu caderno de prática
com o objetivo de avaliar o estado nutricional a partir de parâmetros
apresentados na aula teórica.
As aulas são assim apresentadas e realizadas. Na primeira
unidade eles aprendem sobre os inquéritos alimentares, que são
instrumentos para avaliar o consumo de alimentos tanto de grupos
como de indivíduos separadamente. Na aula prática referente a
este conteúdo as duplas irão simular um atendimento de nutrição
e aplicar um questionário de consumo alimentar. Neste momento
eles já começam a se envolver com o tema a percebem por exemplos
os seus próprios hábitos e erros por ventura detectados. Ao termino
é feito uma discussão coletiva sobre a importância do tema. Na
sequência das aulas eles vão aprender como pesar, medir, realizar
as circunferências corporais e medir as dobras cutâneas com o
adipômetro. Após cada medida apresentada por mim eles irão
efetuar em seus pares. Ao final da disciplina eles terão toda sua
avaliação nutricional realizada e terão também aprendido a realizar
a classificação dos resultados.
Essa estratégia foi adotada como recurso para melhor
aproveitamento e participação dos alunos pois todos participam
ativamente de cada etapa.
Como as práticas acontecem em duplas uma dificuldade
encontrada refere-se quando um participante da dupla falta à aula
inviabilizado a ação do colega.
O objetivo geral dessa prática foi conhecer e aplicar os métodos
e técnicas de avaliação nutricional, afim de, na futura pratica
profissional contribuir para promover, manter e/ou recuperar o
estado nutricional de indivíduos e grupos populacionais, sendo
que especificamente os objetivos foram conhecer as Técnicas de
Avaliação da Composição Corporal, aplicar os métodos de cálculos

82  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
de composição corporal, aprender a utilização de equipamentos
e utensílios( balança, fitas antropométricas, adipômetro) para
medidas de gordura corporal e realizar a avaliação da composição
corporal (% gordura corporal).
Esse evento em laboratório após cada aula teórica onde o aluno
irá aplicar na pratica tudo que aprendeu na teoria tentando fazer a
relação direta entre ensino-aprendizagem. Após cada aula é feito um
relatório de no caderno de aulas práticas e este caderno é entregue
com toda a avaliação e classificação do seu estado nutricional.
As principais dificuldades foram, inicialmente, na hora da
divisão das duplas mais à medida que tudo acontece, as dificuldades
desaparecem. Quanto aos resultados percebeu-se o aprendizado
interativo, com possibilidade de avaliar em tempo real o estado
nutricional interpretando os resultados para proposição de estratégias
de intervenção, bem como adesão dos alunos e redução do número
de alunos faltosos pois a falta significa não realização das medidas
antropométricas e por fim a satisfação com os resultados obtidos.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 83


84 
CONSTRUINDO EQUIPAMENTOS
FISIOTERAPÊUTICO COM
MATERIAIS RECICLÁVEIS

Mahysa Bona de Carvalho


Lívia Cardoso Andrade
Rafael Victor F. do Bonfim

P
ara realização da atividade os alunos foram divididos
em 6 grupos e, em seguida, sorteados os equipamentos
(grupo01: Barrel; grupo 02: halteres e bastões com
e sem peso; grupo 03: estimulador para planta dos pés e circuito
de coordenação e equilíbrio; grupo 04: digiflex e mesa funcional
para antebraço e/ou mãos; grupo05: step e caneleira; e grupo 06:
pedalinho). Os alunos tiveram um mês para produzir os equipamentos
fisioterapêuticos com matérias recicláveis. No dia 14.09.2016 os
alunos apresentaram oralmente, identificando os equipamentos com
suas características materiais, objetivos, indicações de uso, cuidados
e demonstração de condutas no equipamento criado.
A atividade foi desenvolvida pelos alunos do 8º período do
curso de fisioterapia que foram avaliados pelos três professores
do estágio supervisionado I (Lívia Andrade; Mahysa Bona e Rafael
Victor), que realizaram essa prática em sala de aula no curso de
Fisioterapia.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 85


O objetivo geral foi criar equipamentos fisioterapêuticos
com material reciclável que apresentem semelhança funcional
os equipamentos de alto custo financeiro. Especificamente, os
objetivos foram promover aos alunos criatividade, raciocínio
crítico, e conhecimento científico sobre condutas envolvendo
os equipamentos, conhecer a importância da sustentabilidade,
proporcionar a percepção dos equipamentos com a prática das
condutas fisioterapêuticas.
Os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar na prática a
oportunidade de criar os equipamentos de forma sustentável. Além
disso os alunos tiveram que apresentar de forma oral os equipamentos
construídos relatando os materiais que utilizaram para promovê-los,
os objetivos do uso do equipamento, as indicações, os cuidados e as
contraindicações assim como demostraram as técnicas da utilização
do equipamento na realização de condutas fisioterapêuticas.
Foram a avaliados através da ficha avaliativa elaborada pelos
professores do estágio que continha 10 critérios apresentando
pontuação de 0,0 a 0,40 e totalizando o valor de 4,0 pontos máximo
e 0,0 o valor mínimo.
No momento não obtivemos dificuldades em realizar a
atividade. Porém como o trabalho é em grupo sentimos que alguns
alunos participaram mais que outros no momento da apresentação
oral.
Os resultados encontrados foram bem satisfatórios e até
surpresos. Pois os alunos apresentaram com equipamentos bem
desenvolvidos e criativos.
Utilizaram de criatividades, raciocínios crítico e do conhecimento
cientifico. Entre outras coisas ainda pesquisaram preços dos
aparelhos reais. Eles conseguiram demostrar a responsabilidade e
compromisso em desenvolver tais equipamento.
Outro resultado positivo é que esses equipamentos estão sendo
utilizados pelos alunos do estágio supervisionado I de fisioterapia
na Clínica Escola da Vila da Paz onde a situação de equipamentos
fisioterapêuticos é precária. E eles tem desenvolvido condutas
interessantes.

86  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
ESTUDO DE CASO COMO FERRAMENTA
NO ENSINO DA ENFERMAGEM

Maria de Fátima Almeida e Sousa

A
prática foi e continua sendo realizada através da
aprendizagem em sala de aula por meio de estudos de
caso, na sequência: elaboração do Caso, fornecer Fonte
de Pesquisa, professor fornece questões direcionais, alunos leem e
discutem o caso e buscam soluções em pequenos grupos, discutem
com todo o grupo levantando opniões individuais, o professor/
facilitador faz o fechamento juntamente com os discentes.
Essa atividade é realizada nas disciplinas de Técnica Fundamental
de Enfermagem e Políticas de Saúde. Os participantes dessa atividade
foram a professora (facilitadora) e Discentes do 4º e 5º Períodos de
Enfermagem, realizada na sala de aula da faculdade.
O objetivo geral foi contribuir para formação do aluno
proporcionando vivências concretas sobre o trabalho do Enfermeiro,
com o estimulo à criatividade, desenvolvendo a competência e
a confiança do aluno no pensamento crítico e analítico e nas
habilidades de argumentação e persuasão e por fim desenvolver a
capacidade de trabalhar em grupo.
As principais ações dessa prática foram preparar contexto
para os estudos de caso para o aprendizado das habilidades dentro
de cada conteúdo abordado, bem com pesquisar e disponibilizar

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 87


materiais e artigos científicos para o estudo dos casos finalizando
com a discussão dos casos envolvendo a prática.
Essa é uma prática que não apresenta dificuldades. E quanto
aos resultados percebeu-se que essa prática favorece a participação
qualificada dos estudantes durante a discussão (protagonismo),
estudo de situações reais, úteis para o futuro profissional dos alunos,
que devem ser críticos, reflexivos e mais preparados para o mercado
de trabalho, conferindo à IES o seu reconhecimento como centro
formador de qualidade

88  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
VACUOTERAPIA

Maria Iradir Feitosa

F
undamenta-se na crença de que a resistência contra a
doença pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar
pela aplicação de ventosas. É uma técnica que realiza
sucção sobre a pele através de ventosas que tem formas e diâmetros
diferentes e que podem ser utilizadas em diversos tipos de tratamentos.
Suas ações mecânicas e fisiológicas são aumentar o metabolismo
dos tecidos, mobilização dos líquidos teciduais, vasodilatação ,
analgesia, evita a formação de fibrose e aderências. As ventosas
podem ser utilizadas em associação com outras terapias. Seu tempo
de aplicação vai somente até haver congestão local (geralmente 5 a
15 minutos). O uso de ventosa no Oriente foi desenvolvido com base
na acupuntura.
Essa prática foi desenvolvida no laboratório de fisioterapia com
os alunos do 4º período com o objetivo de conhecimento de terapias
alternativas e complementares. Ela foi desenvolvida com aplicações
de forma contínua e pulsátil com o objetivo de mobilizar o sangue
dentro dos capilares cutâneos, favorecendo a nutrição celular; atuar
na reestruturação do tecido conjuntivo, graças ao aporte de enzimas
e nutrientes e a eliminação de detritos; melhorar a tonificação
tissular permitindo estimular fibras colágenas e elásticas; permite a
estimulação e purificação dos gânglios linfáticos .

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 89


O objetivo geral dessa prática foi conhecer o uso da vacuoterapia
e comprovar seu objetivo na prática, sendo que todas as ações são
desenvolvidas em laboratório

90  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
TRANSMISSÃO DAS INFECÇÕES
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)

Mariângela Gomes Barbosa

A
s figuras geométricas são distribuídas entre os
participantes nas proporções: 70% (círculo), 30%
(quadrado), 20% (triângulo), cada um começa com
uma figura, em seguida é solicitado que eles se movimentem, será
feita a movimentarão três vezes, quando a música parar de tocar
ou soar um apito ou palmas eles devem formar duplas, se alguém
por acaso ficar só é perguntado se deseja permanecer só ou fazer
trio cm alguma dupla. Em cada parada são distribuídos mais figuras
geométricas aqueles com formas diferentes. No final será informado o
que cada símbolo representa: círculo (indivíduo saudável), quadrado
(indivíduo com IST) e triângulo (indivíduo com HIV). Dessa forma
se tem visibilidade como a transmissão das IST acontece de forma
rápida
A atividade acontece em sala de aula ou espaço na comunidade.
Realizado com alguns de Enfermagem cursando o sexto período, com
objetivo de ampliar o conhecimento nas IST/AIDS como prevenir e
formas de prevenção. Além de aprender de forma lúdica, tendo como
sujeitos discentes do curso de Enfermagem comunidade. O local de
realização dessa prática é na sala de aula ou espaço disponível na
UBS ou comunidade.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 91


O objetivo geral dessa atividade foi conhecer as formas de
prevenção e de transmissão das IST/AIDS, sensibilizar quanto a
importância do uso de preservativos, adotar práticas de sexo seguro,
multiplicar conhecimento através da técnica utilizada.
As principais ações transmitir conhecimento e levar as pessoas
a refletirem sobre suas práticas sexuais, sendo que alguns alunos
tem dificuldade em entender a dinâmica. Os resultados encontrados
se apresentam com a participação de todos é garantida na prática,
sensibiliza e contribuir com a mudança de comportamento e o uso
de preservativos.

92  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
OFICINAS TERAPÊUTICAS EM
SAÚDE MENTAL: TRABALHANDO O
EMPODERAMENTO DOS USUÁRIOS DE UM
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Milena France Alves Cavalcante

A
s oficinas terapêuticas são ferramentas utilizadas nos
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as mesmas
são elaboradas por todos os profissionais que atuam
nos serviços extra-hospitalares de saúde mental. Com objetivos
diversos, estas oficinas cumprem o papel de informar e socializar, ou
seja, é uma ferramenta terapêutica. Durante o estágio supervisionado
de Saúde Mental os alunos são estimulados a organizar as oficinas
do dia no CAPS e, neste semestre em específico, as oficinas foram
pensadas no sentido de instrumentalizar os usuários do serviço
sobre seus direitos de acordo com a Lei 10.216/2001, que trata dos
direitos da pessoa portadora de transtorno mental. Desta forma,
em dois momentos distintos nos reunimos com os usuários para
realização das oficinas. Durante as mesmas os alunos pensavam
nas dinâmicas a serem usadas e no material a ser produzido e
discutido. A cada grupo realizado, os usuários eram informados
que as oficinas culminariam no II Seminário de Saúde Mental que
se realizou na Faculdade e onde os mesmos se fizeram presentes,
como participantes e palestrantes.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 93


As oficinas terapêuticas são ferramentas utilizadas nos Centros
de Atenção Psicossocial (CAPS), as mesmas são elaboradas por todos
os profissionais que atuam nos serviços extra-hospitalares de saúde
mental. Com objetivos diversos estas oficinas cumprem o papel de
informar e socializar, ou seja, é uma ferramenta terapêutica. Durante
o estágio supervisionado de Saúde Mental os alunos são estimulados
a organizar as oficinas do dia no CAPS e, neste semestre em específico,
as oficinas foram pensadas no sentido de instrumentalizar os usuários
do serviço sobre seus direitos de acordo com a Lei 10.216/2001, que
trata dos direitos da pessoa portadora de transtorno mental.
Os participantes da prática foram alunos do 5º período de
Enfermagem, 30 usuários do CAPS sudeste de Teresina, 01 professor
supervisor e profissionais do CAPS. O objetivo geral dessa prática
foi contribuir para formação do aluno proporcionando vivências
concretas sobre o trabalho do Enfermeiro nos serviços de Saúde Mental.
Especificamente objetivou-se instrumentalizar os alunos de estágio
supervisionado sobre a elaboração e execução das oficinas terapêuticas
no CAPS e estimular a formação de contato e vinculo do aluno com
usuários e profissionais do serviço de saúde mental além do CAPS;
Foram realizadas 02 oficinas terapêuticas no serviço de saúde
mental, sendo a primeira denominada 15 anos da Lei 10.216/2001
avanços e desafios, neste grupo conduzido pelos alunos e professor
do estágio, os usuários do CAPS foram levados a discutir o contexto
da reforma psiquiátrica, o antes e o depois da Lei. Na segunda
oficina os alunos e usuários discutiram a questão da Internação
como opção terapêutica e as mudanças à luz da lei 10.216/2001.
Por fim, a culminância destes momentos aconteceu no auditório da
Faculdade onde alunos dos cursos de Direito, Enfermagem e usuários
participaram ativamente do II Seminário da Luta Antimanicomial
e de Saúde Mental: Avanços e desafios da Lei 10.216/2001 que foi
realizado dia 25/10/2016.
As principais dificuldades são as limitações de alguns usuários
do grupo em questão. Percebeu-se como resultado dessa prática a
aproximação do serviço de Saúde Mental a IES, já que se trata do
CAPS do território da faculdade, a integração e troca de saberes entre
os alunos dos cursos de Direito e Enfermagem, troca de experiência
entre alunos e usuários do CAPS e formação de Vínculo entre IES e
Serviço de Saúde Mental.

94  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
SEMANA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO
ESTÁCIO|CEUT: PLANEJAMENTO,
ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO
DO EVENTO PELA INOVE AGÊNCIA
JR. DO CURSO DE PUBLICIDADE E
PROPAGANDA

Neulza Bangoim Veras de Araújo

O
rganizada por alunos com o apoio de professores e da
coordenação dos cursos de Publicidade e Propaganda
e de Jornalismo, a Semana Nacional Estáciocomceut é
fonte de estímulo às atividades acadêmicas complementares e serve
para ampliar os campos de saber, teóricos e práticos, por meio de
aprendizado, debates, discussões acadêmicas e também serve como
incremento ao senso crítico, socializando os alunos pela integração
com seus pares. Em 2016, a Inove Agência Jr. criou e desenvolveu
o tema “Sem filtro e Sem fio: adaptando a mensagem ao meio
digital”, que preza pela ética na adaptação da mensagem ao mundo
virtual. A programação discute a importância das mídias sociais
hodiernamente e traz minicursos e oficinas voltadas à preparação dos
alunos para o ingresso no mercado de trabalho. Vale ressaltar que a
cada edição do evento, uma entidade de atenção social é beneficiada
com a arrecadação de produtos junto aos inscritos. Esta ação serve

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 95


para sensibilizar a comunidade acadêmica e os parceiros do evento,
quanto à atuação em âmbito social.
O trabalho ora apresentado é desenvolvido na Inove Agência
Jr. de Publicidade e visa integrar os alunos dos cursos de Publicidade
com os de Jornalismo da Estácio|CEUT , com discentes dos outros
cursos da faculdade e de outras IES do Piauí, estimulando o estudo de
Publicidade e Propaganda e aproximando-os do mercado de trabalho,
por meio de palestras, oficinas, conversas afiadas, comunicações orais,
minicursos e apresentações artísticas e culturais com profissionais
reconhecidos por sua atuação no meio acadêmico e no mercado.
Envolve alunos do 1º ao 7º período e egressos do curso, entre
os que atuam como membros efetivos da Inove Agência Jr. e os que
se integram como voluntários para trabalhar somente para o evento.
Ao final se tem, em média, uma equipe de 30 alunos trabalhando
efetivamente para realizar a Semana Nacional de Comunicação
Estáciocomceut.
As orientações desta pesquisadora e professora orientadora da
agência, não se limitam ao ensino de técnicas e desenvolvimento de
práticas baseadas em aportes teóricos, mas se ampliam para a noção
de educação de modo amplo, pois se aproveitam os momentos de
convivência diária necessários ao volume de atividades que requer
a realização do evento, para tratar de questões como postura no
ambiente de trabalho, convivência com as diferenças, aspectos
relacionados às dificuldades do viver juvenil e todas as questões que
se apresentam em um trabalho em equipe.
O suporte de outros professores e da coordenação do curso
são elementos importantes para permitir o êxito das ações para
realização da Semana Nacional Estáciocomceut e o alcance dos
objetivos pretendidos.
Os sujeitos dessa atividade foram alunos do 1º ao 7º período do
curso de Publicidade e Propaganda. Egressos do curso de Publicidade
e Propaganda, sendo desenvolvida na Inove Agência Jr. – Faculdade
Estácio CEUT.
O objetivo geral dessa prática integrar os alunos dos cursos de
Publicidade, com os de Jornalismo da Estácio|CEUT, com discentes
dos outros cursos da faculdade e de outras IES do Piauí, estimulando

96  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
o estudo de Publicidade e aproximando-os do mercado de trabalho.
Especificamente objetivou-se aproximar o curso e a IES do mercado
de trabalho e dos profissionais de Comunicação Social, discutir
teoricamente e praticamente os conteúdos atualizados dos estudos
de Comunicação Social e suas interdisciplinaridades, expandir
para outros espaços, além da sala de aula, o interesse pelo estudo
da Comunicação Social, incrementar a autoestima e o senso de
pertencimento dos que ensinam e estudam nesta IES, dotar a marca
Estácio| CEUT de visibilidade positiva, por meio de ações de cunho
educativo, cultural e social, para toda a sociedade piauiense.
O processo de trabalho ocorre ao longo dos dois semestres
letivos, embora o evento seja realizado sempre no último trimestre do
segundo semestre, mas pelas proporções que ele tomou ao longo dos
anos, ganhando visibilidade externa, por meio de publicidade não
paga na mídia off-line e online, faz-se necessário que já no primeiro
semestre se planeje a escolha do tema geral e sobre os caminhos de
criação da identidade visual. Neste momento a professora orientadora
e a equipe de alunos, inclusive com a participação de alunos de
Jornalismo, que são membros da Agecom - Agência de Notícias Jr. da
Estácio CEUT, debatem as ideias trazidas pelos discentes e escolhem
em conjunto o tema, que para ser posteriormente desenvolvido
é estudado pelos alunos, com o apoio de textos orientados pela
professora. Também outros professores da IES e a coordenadora do
curso contribuem neste processo, com debate, indicação de leituras e
sugestões de possíveis palestrantes que vão compor a programação.
No segundo semestre em meio aos trabalhos da matriz
curricular, dos serviços executados pela agência para a faculdade e
eventuais clientes externos, trabalha-se o projeto da Semana. Definida
a data de realização pela coordenação do curso, que busca alinhar
com o calendário acadêmico, cria-se o cronograma de trabalho de
todas as etapas, com cada aluno da agência sendo responsável por
funções específicas, mas sempre com a orientação de que tudo seja
compartilhado com todos. Assim, mesmo tendo alunos que atuam
como atendimento, planejamento, criação e produção, todos devem
estar cientes e participar das decisões finais acerca de todos os
assuntos envolvidos.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 97


A Semana Nacional Estáciocomceut de 2016, realiza-se entre
os dias 07 e 11 de novembro, com atividades nos turnos da manhã,
tarde e noite, totalizando 80 horas de atividades acadêmicas
complementares, devidamente cadastradas no S.I.A.
Como o evento precisa ser autossustentável e diante dos
desafios que se impõem à realização de uma semana de atividades,
com palestrantes de fora de Teresina, surgem dificuldades que vão
desde fazer os contatos com os convidados, prospectar parceiros
para viabilizar as ideias que os alunos tem e que precisam de recursos
financeiros, inclusive. Neste aspecto é fundamental a participação da
professora Arabela Elisa Eulálio Neves, que assume a responsabilidade
de conquistar patrocínios e apoio, mas há alunos que também atuam
de modo efetivo nesta ação.
Como são jovens, em sua maioria sem qualquer experiência
no mercado de trabalho, a maior dificuldade é aliar a falta de
conhecimentos com o ritmo do tempo necessário à execução das
ações, as atividades acadêmicas e as características individuais em
relação à conscientização sobre o compromisso com o trabalho,
as responsabilidades de cada um e as consequências disso sobre o
coletivo.
O clima é o melhor possível e mesmo alguns atritos que
surgem pelo estresse oriundo de um novo desafio são mediados pela
orientadora e às vezes até por alguns alunos veteranos.
Em nove anos e realização, a Semana Nacional Estáciocomceut
já contribuiu para a formação de alunos, que ao ingressar no mercado
de trabalho conquistaram êxito e relataram que os aprendizados ali
conquistados foram fundamentais para eles. Egressos que trabalham
em grandes empresas do mercado local e nacional e muitos dos quais
já voltaram para a Semana, como ministrantes de oficinas, conversas
afiadas e minicursos.
Com as ações que envolvem todo o processo de trabalho,
os alunos vivenciam a teoria na prática e aprendem e conseguem
melhorar o seu rendimento escolar e preparação profissional.
Para os cursos, nota-se que com a realização do evento, estimula-
se a valorização da escolha profissional, aumenta-se o sentido
de pertencimento ao curso e à faculdade, que ganha visibilidade

98  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
para sua marca, impressa no material de divulgação e no próprio
nome do evento. Ao longo de nove anos de realização, a Semana
Nacional Estáciocomceut atrai um grande público e parceiros que,
voluntariamente participam da programação e empresários locais
que investem no evento, considerado uma boa oportunidade para
aliar suas marcas.
Ao final, reafirma-se a identidade do curso de Comunicação
Social da IES, valorizando os que dele fazem parte que ganham
incremento de autoestima pela visibilidade favorável que as profissões
de jornalista e de publicitário ganham durante o evento.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 99


100 
FORMAÇÃO DA PLATAFORMA DE
ESTUDANTE DE ENSINO SUPERIOR

Osni Moritz Filho

A
prática consiste em dialogar com estudantes que
ingressam no ensino superior, visando orientar
quanto às peculiaridades do curso de Direito. Essa
atividade teve como objetivo apresentar a dinâmica e os modelos
quando à rotina de estudos no ensino superior, colaborar para que
resignifiquem o modelo de estudo do ensino médio e apresentar,
mostrar uma plataforma de estudante, dando ênfase a técnicas
de estudo individual e em grupo e à prática da meditação para
potencialização dos estudos. Os sujeitos dessa prática foram alunos
de 1º período do curso de Direito.
Essa atividade foi desenvolvida em sala de aula, no período
2016-2, em três turnos, com alunos de 1º período, tendo como
objetivo apresentar a dinâmica e exemplos quanto à rotina de estudos
no ensino superior, colaborar para que ressignifiquem o modelo de
estudo do ensino médio e apresentar, mostrar uma plataforma de
estudante, dando ênfase a técnicas de estudo individual e em grupo e à
prática da meditação para potencialização dos estudos. As principais
ações dessa prática foram mobilização e divulgação para os alunos
por meio de rede social e convite em sala de aula por professores. Os
resultados alcançados foram a maior motivação dos alunos quanto

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 101


à importância da sistematização dos estudos de forma eficaz, bem
como quando à relevância da meditação para o melhor rendimento
nos estudos. Isso pôde ser aferido pelas perguntas após a exposição
das técnicas de estudo e após a atividade de meditação.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 1º período no
curso de Direito e é realizada em sala de aula, tendo como objetivos
apresentar a dinâmica e exemplos quanto à rotina de estudos no
ensino superior, descrever uma plataforma de estudante, dando
ênfase a técnicas de estudo individual e em grupo, demonstrar a
importância da meditação para potencialização dos estudos.
As principais ações dessa prática foram mobilização e
divulgação para os alunos por meio de rede social e convite em sala
de aula por professores
Como é de interesse de alunos recém-ingressos no ensino
superior, não houve dificuldade, tendo como resultados a motivação
dos alunos quanto à importância da sistematização dos estudos
de forma eficaz, bem como quando à relevância da meditação
para o melhor rendimento nos estudos. Isso pôde ser aferido pelas
perguntas após a exposição das técnicas de estudo e após a atividade
de meditação.

102  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
FORCA JURÍDICA

Patrícia Caldas Meneses Pires Ferreira

A
forca jurídica consiste em uma maneira divertida e
lúdica de revisar os conteúdos ministrados em sala de
aula. Inspirada nas brincadeiras de infância, a força
jurídica é realizada sempre nas aulas que antecedem a semana de
prova. A turma é divindade em duas equipes que escolhem um nome
de guerra e se posicionam em lados opostos da sala.
A forca jurídica consiste em uma revisão de conteúdo realizada
de forma lúdica com os alunos em sala de aula, no horário da aula,
tendo como temas os assuntos ministrados que serão abordados nas
avaliações. S força jurídica ocorre sempre nas aulas que antecedem
a semana de prova. A execução da atividade é dividida em alguns
momentos:
A sala é dividida duas equipes que escolhem um “nome de
guerra” e onde cada equipe se colocam em lados opostos da sala;
A professora coloca papeis dobrados dentro de uma caixa
contendo nomes com temas de assuntos abordados em sala de aula
(p. ex: locação; preferência; doação remuneratória, revogação da
doação entre outros);
A atividade possui cinco rodadas e cada equipe escolhe dois
integrantes para sortear um tema e realizar mímicas para que a
sua equipe tente adivinhar o tema sorteado; importante frisar que

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 103


as duplas que realizarão as mimicas devem ser diferentes em cada
rodada. A Equipe que acertar a palavra (tema) sorteado ganha
um ponto mas se errar a palavra quem ganhará o ponto é a equipe
contrária. As duas equipes devem participar das cinco rodadas,
iniciando por uma (equipe um) e em seguida mesmo que a equipe
1 acerte a palavra daquela rodada o jogo passará para a próxima
equipe(equipe 2) .
A brincadeira possui cinco rodadas: Na primeira rodada a
dupla escolhida pela equipe sorteia um tema; podem fazer mimicas,
dar duas dicas com frases verbais e a equipe (coletivo) pode chutar
duas letras, com tempo de 5 minutos para acertar o tema; Na
segunda rodada a dupla da equipe pode fazer mimicas, dar uma
dica com frase verbal e a equipe (coletivo) poderá chutar uma letra
com tempo de 5 minutos; na terceira rodada a dupla pode realizar
a mímica pode dar uma dica com frase verbal e a equipe (coletivo)
não pode chutar nenhuma letra, tempo de 5 minutos. A partir da
quarta rodada permite-se apenas a mímica e que a equipe chute uma
letra, não há dicas com frases, tempo de 5 minutos. A última rodada
permite apenas a mímica e o tempo para o acerto do tema ou frase
é de apenas 2 minutos.
A cada erro da equipe uma peça do corpo humano é inserida
na forca. Assim cada equipe possui cinco chances de errar o tema.
São cabeça, corpo, dois braços e duas pernas. A equipe que errar
e completar todas as partes do corpo pede ponto para a equipe
adversária. O (a) professor(a) deve conduzir o sorteio e os desenhos
do corpo na forca a medida que as equipes forem erando ou
acertando.
Ao final todos os alunos devem escrever suas impressões sobre
a atividade e entregar a professora.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 6º período no
curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito
Civil IV – contratos em espécie, tendo como objetivos estimular o
intercâmbio entre a teoria e a prática a partir de uma análise crítica,
oportunizar aos alunos a assimilação do conteúdo de uma maneia
divertida e lúdica, estimular a interação e o espírito de equipe entre
os alunos de cada sala e desenvolver as potenciais habilidades dos

104  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
discentes quanto ao planejamento e execução de trabalho em grupo
e a habilidade de expressão e comunicação e verbal e corporal.
As principais ações consistem no sorteio e escolha dos temas a
serem explorados; divisão da turma em equipes; escolha dos nomes
da equipes; escolhas das duplas para realização das mimicas.
As principais dificuldades encontradas foram: em algumas
salas observa-se o excesso de competitividade e a falta de espírito de
equipe. Uma grande dificuldade de trabalhar em grupo e pensando
na coletividade. Outra dificuldade observada esta na timidez, no
medo de enfrentar novos desafios. Verifica-se em algumas hipóteses
a ausência de habilidade para expressar-se por meio de mimicas e de
elaborar frases para colaborar com dicas aos colegas.
Da forca jurídica foi possível perceber o estímulo dos alunos
ao abordar os conteúdos de maneira lúdica e divertida, bem como
despertou nos mesmos um maior interesse em estudar os assuntos.
Outro resultado importante foi a percepção dos alunos quanto a
deficiência de conhecimento de certos conteúdos fato que acarretava
em uma dificuldade maior para o acerto dos temas sorteados. Tal
percepção fez com que os mesmos reconhecessem a necessidade de
aprofundar os estudos.
Essa atividade requer dos alunos espírito de equipe e bom
conhecimento de conteúdo da o acerto dos temas. Isso ficou claro
com o desenvolvimento da referida atividade.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 105


106 
PREVENÇÃO DE LESÕES POR
PRESSÃO EM CAMPO DE
PRÁTICA HOSPITALAR

Rafael Gerson Meireles Barros

A
prática consistiu em um trabalho desenvolvido pelo
professor juntamente com os grupos de alunos que
se revezavam ao longo do período letivo em um
campo de pratica hospitalar, no caso o Hospital Geral do Buenos
Aires. Todos os dias de estagio analisava-se o perfil de cada
paciente, sendo que todos os pacientes acamados ou com risco
para desenvolvimento de lesões por pressão nas proeminências
ósseas, imediatamente já se colocava o filme transparente, além
da passagem do óleo de girassol para proteção da pele. Além
disso, nesses mesmos pacientes eram realizadas mudanças de
decúbito a cada 2 horas, ou seja, durante todo o dia, manipulava-
se o paciente em três ou quatro posições no leito a fim de não
sobrecarregar determinadas áreas do corpo.
Os sujeitos da prática foram o professor da disciplina e
Discentes e Alunos do sexto período do curso de Bacharelado em
Enfermagem, realizada no Hospital Geral do Buenos Aires. Os
objetivos dessa atividade foram conhecer formas de prevenir lesões
por pressão, proporcionar oportunidade de aprendizado aos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 107


discentes, aperfeiçoar a Assistência de Enfermagem, o reduzir o
tempo de internação no hospital, conferir estética ao paciente.
As principais ações foram banhar paciente no leito; aplicar
filmes transparentes nas proeminências ósseas, Distribuir óleo de
girassol na pele integra, realizar mudanças de decúbito nos pacientes
com risco.
As principais dificuldades foram; a falta de material no hospital
suficiente em alguns dias, bem com a falta de colaboração de
familiares.
Quanto aos resultados encontrados percebeu-se ausência de
novas lesões por pressão durante o tempo de internação hospitalar,
redução do tempo de internação hospitalar e elogios da equipe do
hospital pela iniciativa prestada.

108  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
DETETIVE JURÍDICO

Reginaldo Farias Dias

A
prática detetive jurídico, ainda em fase de testes,
consiste na apresentação de uma situação real que
tenha se tornado público e que tenha relação direta
com a matéria, seja ela de direito administrativo, seja de direito
constitucional, notadamente da matéria que esteja sendo objeto de
estudo no momento em que o fato se tornou conhecido.
A prática consiste em uma revisão de conteúdo visto com a
análise de casos práticos que tiveram ampla divulgação na mídia. (A
execução da atividade é dividida em alguns momentos: a) primeiro,
exponho de maneira sintética o conteúdo que foi estudado; b) depois,
apresento a situação real, geralmente em vídeo, fazendo pequenas
pausas para explicações complementares; c) por fim, coloca-se a
matéria em discussão com os alunos.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 4º período no
curso de Direito, que estão matriculados na disciplina de Direito
Administrativo – entidades paraestatais – organizações sociais. E
teve como objetivos compreender, a partir da publicação de fatos
cotidianos na mídia, compreender o conteúdo teórico abordado em
sala de aula, estimulando o senso crítico, oportunizar aos alunos a
assimilação do conteúdo de uma maneia crítica, estimular a interação
e o respeito às opiniões diversas, desenvolver o senso crítico.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 109


As principais ações foram exposição inicial do conteúdo;
apresentação da mídia e discussão livre em sala sobre o tema.
Dentre as dificuldades percebeu-se certa timidez para dar
opiniões, tendo como resultados a interação e o interesse pela
temática fazendo associação, inclusive, com situações vividas em
suas cidades.

110  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
CONHECENDO O DISCLOSURE
(EVIDENCIAÇÃO) DA ESTÁCIO|CEUT

José Ribamar Rodrigues do Monte

O
s alunos, divididos em equipes, pesquisam no
sítio da Estácio ou da Bovespa, ou outros sites, as
Demonstrações Contábeis da companhia, bem assim
as informações complementares. Após a coleta das informações as
mesmas são editadas em banners e expostas em sala de aula. Cada
equipe apresenta sua pesquisa, intepretação e conclusão relativa à
situação econômico-financeira da Estácio Participações S/A, entre
outras considerações, tais como: valor patrimonial de uma ação, valor
de mercado, carteira de clientes, aquisições de outras faculdades,
lucro do exercício, valor de mercado da empresa, ativo, passivo e
patrimônio líquido. Todos os dados são obtidos, conforme o caso,
nas seguintes evidenciações (disclusore): Balanço Patrimonial, notas
explicativas, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração
das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração de Fluxo de
Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Parecer da Auditoria e
Relatório da Administração.
A atividade é contributiva, vez que faz a relação entre a teoria
(conhecimento dedutivo) e o mundo real (conhecimento indutivo),
criando uma sinergia e motivação para disciplina de teoria da
contabilidade em sala de aula, inclusive deixando claro que a

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 111


referida disciplina é interdisciplinar com todas as outras disciplinas
empresariais do curso. A atividade, normalmente é avaliada com até
2,0 pontos para somar com a respectiva prova do período.
Essa atividade é desenvolvida com os alunos do 5º período
(sysceut) e 2º período (sia Estácio) e tem como objetivos conhecer
as informações contábeis (disclosure) de uma companhia aberta
(Estácio), compreender as demonstrações contábeis da Estácio
Participações S/A, analisar os itens patrimoniais relevantes (ativo,
passivo, patrimônio líquido, lucro líquido) da Estácio, praticar a
apresentação de trabalhos de pesquisa.
As principais ações foram: a) pesquisa em sítios da Estácio,
Bovespa ou outros de finanças corporativas; b) análise e interpretação
dos dados; c) exposição em banners em sala de aula, com explicação
verbal das conclusões relativas à situação econômico-financeira da
companhia.
As principais dificuldades consistem em localizar as informações
disponibilizadas nos sites, além de alguns termos técnicos, mas são
superadas no decorrer das apresentações. Também, há dificuldades
na explicação verbal dos resultados obtidos constantes dos banners.
Porém, com o desenvolvimento superam-se essas limitações.
Quanto aos resultados percebeu-se a situação econômico-
financeira da Estácio Participações S/A, o seu valor patrimonial e de
mercado da companhia; lucro líquido anual; valor de mercado da
ação da companhia; relatório de auditoria certificando a integridade
das informações, relatório de administração, contextualizando os
projetos e resultados econômicos da companhia.

112  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
TEATRO SOBRE:
“DIETOTERAPIA” PARA IDOSOS

Rocilda Cleide Bonfin de Sabóia

O
s alunos do quinto período do curso de Nutrição teriam
que ensinar aos idosos de uma casa de convivência
sobre o tratamento dietoterápico e prevenção de
várias doenças, através de peças teatrais. Previamente receberam
aulas sobre os temas que deveriam abordar: Diabetes Mellitus,
Diverticulite, Diverticulose, Diarreia, Gastrite, Hipertensão Arterial e
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Os alunos foram divididos
em seis grupos e ensaiaram as peças de acordo com as orientações
para cada patologia. Foi feito um contato prévio para agendamento
com a coordenação da “Nossa Casa”.
Antes da prática os alunos receberam aula expositiva
dialogada sobre os temas propostos: Diabetes Mellitus, Diverticulite,
Diverticulose, Diarreia, Gastrite, Hipertensão Arterial e Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida, onde foi abordado o conceito da
doença, dados epidemiológicos, fatores de risco, sinais e sintomas,
tratamento medicamentoso, tratamento dietoterápico (prescrição),
prevenção e orientações nutricionais. Nas aulas práticas os grupos de
alunos fizeram discussão sobre artigos científicos que relacionavam
a doença em estudo com o tratamento dietoterápico. Como
fechamento do semestre os alunos teriam que encenar peças teatrais

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 113


com os referidos temas, sendo um para cada grupo, para idosos
da casa de convivência “Nossa Casa”, mantida e coordenada pela
arquidiocese de Teresina-PI, onde os idosos não são internos, apenas
passam a tarde na instituição, assistidos por médicos, enfermeiros,
nutricionistas, produzem artesanato, fazem dança, atividades
religiosas e são atendidos por profissionais de beleza. Cada grupo de
alunos produziu sua peça teatral, com a supervisão da professora,
abordando: o conceito da doença, sinais e sintomas, tratamento
nutricional, formas de prevenção e orientações nutricionais. Os alunos
foram caracterizados de acordo com a peça teatral que encenariam.
Nas peças foi utilizada uma linguagem que os idosos pudessem
entender, bem como, em algumas peças eles eram convidados a
participar como atores, cantando paródias de músicas ou dançando.
Após as apresentações e agradecimentos houve um momento onde
eles individualmente tiraram dúvidas sobre tratamento dietoterápico
de algumas doenças, bem como foi servido um lanche levado pelos
alunos.
Essa atividade é desenvolvida por alunos do quinto e sexto
períodos do curso de Nutrição matriculados na disciplina Patologia da
Nutrição e Dietoterapia I e II. Os objetivos foram levar conhecimento
sobre tratamento dietoterápico a uma população de idosos através
de atividades lúdicas, assimilar o conteúdo fora do ambiente de
sala de aula e a interação entre os alunos, bem como desenvolver
as potenciais habilidades dos discentes quanto ao planejamento e
execução de trabalho em grupo.
As principais ações foram: chegada com antecedência ao local,
para caracterização com fantasias e adornos. Fizeram um rápido
ensaio aguardando o momento que os idosos se posicionavam no
auditório. Cada grupo tinha 15 minutos para encenar sua peça sobre
o tema proposto. O professor avaliou o desempenho e cumprimento
das metas que eram: expor o conceito da doença, tratamento
dietoterápico, sinais e sintomas, prevenção e orientações nutricionais.
Ao final de cada apresentação cada grupo fez um mini teste com os
idosos para verificação da aprendizagem. Os alunos foram avaliados
pelo professor e receberam todos notas excelentes, visto a qualidade
do material apresentado. Essa atividade gerou a terceira nota prática.

114  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
A principal dificuldade foi adaptar o lanche servido para o
que os idosos poderiam ingerir, visto que alguns eram hipertensos
e diabéticos.
Os resultados encontrados foram dinamicidade e gosto pelo
aprendizado das teorias estudadas em sala de aula através de uma
forma lúdica, contextualização da teoria com a vida prática, estímulo
ao desenvolvimento de habilidades ligado ao gerenciamento de
tarefas, trabalho em grupo e liderança, aproximação e maior
afetividade na relação professor-aluno, desenvolvimento do
sentimento de humanização no tratamento nutricional.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 115


116 
A PRÁTICA JURÍDICA NA PRÁTICA

Roger Gurgel

A
atividade consiste na orientação de alunos a partir do 4º
período que já tenham curso a disciplina de mediação e
os alunos do 7º período que estão cursando a disciplina
de prática jurídica que vão atuar no Centro de Mediação de Conflitos
(CMC) e no Juizado Especial. Essa prática consiste em orientar os
alunos quanto ao atendimento aos jurisdicionados que chegam
ao CMC e Juizado Especial, bem como à produção das petições
iniciais. Alguns casos são resolvidos pela mediação e os alunos
mantém contato com os procedimentos da mediação. Nos casos
onde em que não é realizada a mediação, acontece a judicialização
e do mesmo modo os estudantes são instruídos a produzir as peças
exordiais. Além das consultas que são realizadas para os casos que
não percebem a competência do juizado, facultando às pessoas a
demanda judicial.
A preparação dessa prática se dá com a orientação prévia dos
alunos no primeiro momento, quando chegam ao escritório escola,
e ao centro de mediação. Os estudantes são orientados quanto
ao atendimento dos jurisdicionados, quanto aos procedimentos
do centro de mediação e do juizado especial que funcionam
nas dependências da instituição de ensino. Após esse preparo
teórico prévio, os alunos são instruídos para o atendimento dos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 117


jurisdicionados, que são conduzidos inicialmente aos procedimentos
de mediação, como qual tem contato. Em falhando a mediação os
alunos são conduzidos á produção das peças processuais iniciais.
As dificuldades encontradas são no sentido dos alunos se
familiarizarem com os procedimentos e quanto ao processo de
anamnese dos casos que comparecem ao CMC e ao Juizado. Os
pontos positivos da prática jurídica no escritório escola e no CMC é
a aproximação do aluno com a prática real cotidiana de um centro
de mediação e de um juizado especial.
Essa atividade é desenvolvida com alunos de 4º e 7º períodos do
Curso de Direito. O objetivo dessa prática foi compreender a relação
teoria e prática no curso de direito e em especial das demandas
que são da alçada dos juizados especiais. Especificamente entender
como funcionam os procedimentos do CMC e do Juizado Especial,
exercitar a teoria na produção, acompanhamento e consultoria na
sua formação profissional, vivenciar a prática real cotidiana de um
centro de mediação e de um juizado especial.
As principais ações foram: a) orientação prévia de conteúdo
teórico tanto relativamente à mediação e aos procedimentos
processuais civis e juizados; b) orientação e acompanhamento dos
atendimentos até a produção da petição da petição.
As principais dificuldades: dificuldade na compreensão inicial
quanto aos procedimentos do CMC e Juizado Especial. Quanto aos
resultados, de um modo geral, os alunos exercem suas atividades
de forma bastante motivada e com relatos de satisfação quanto ao
exercício pela justiça aplicada.

118  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL:
ATIVIDADE EDUCATIVA SOBRE
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E
INTERVENÇÃO PARA ALUNOS DE
ESCOLAS PÚBLICAS DO BAIRRO VILA
DA PAZ NA CIDADE DE TERESINA-PI

Rosângela Lopes Viana

A
cada semestre é realizada a ação, sendo trabalhadas
atualmente uma escola de ensino médio, uma escola
de ensino fundamental e uma creche. Inicialmente
é realizado um contato prévio com a direção da escola onde é
disponibilizada a relação de todos os alunos matriculados e feito o
agendamento dos dias que as ações serão realizadas. no primeiro
momento acontece a antropometria, em seguida a avaliação do
estado nutricional, de posse dos resultados a escola recebe o
diagnóstico e a relação dos alunos com desvio nutricional que
deverão sofrer intervenção junto à família através de atendimento
individualizado. No momento final, todos os alunos participam de
uma palestra educativa e dinâmica sobre alimentação saudável.
A prática ocorre em parceria com a Unidade Básica de Saúde
onde o estágio em Nutrição Social é realizado. Os dados coletados
além de contribuírem para a melhoria das condições de saúde dos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 119


escolares alimentam o banco de dados do Programa Saúde na Escola
do Ministério da Saúde.
Os sujeitos foram alunos do 8º período do curso de Nutrição/
Alunos matriculados nas escolas da comunidade e professor
supervisor do Estágio em Nutrição Social. O local foi numa
Unidade Básica de Saúde Nossa Senhora da Paz/ Creches e Escolas
de Ensino Fundamental e Médio da Comunidade Vila da Paz. Os
objetivos dessa prática foram instrumentalizar os alunos de estágio
para diagnosticar o estado nutricional, intervenção nutricional em
casos de desvios e realizar educação alimentar e nutricional, aferir
medidas antropométricas, diagnosticar o estado nutricional, realizar
intervenção nutricional, realizar palestra educativa e dinâmica sobre
alimentação saudável.
As principais ações foram: a) alunos participam ativamente
das ações do Programa Saúde na Escola onde executam ações de
avaliação nutricional, diagnóstico, intervenção, atividade educativa.
Tem a oportunidade de vivenciar o trabalho com a comunidade –
alunos e responsáveis – e contribuir para a efetivação do programa
federal Saúde na Escola.
As principais dificuldades foram: a falta de instrumentais
dentro da escola, ausência de alunos – a ação precisa ser realizadas
por vários dias até atingir a meta de 100% de alunos avaliados.
Os resultados encontrados foram: a contribuição da faculdade
para melhoria das condições de saúde junto à comunidade, bem com
para as ações que precisam ser desenvolvidas pela Unidade Básica
de Saúde e ainda instrumentalizar o estagiário em ações sociais e
coletivas junto às comunidades.

120  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
JÚRI SOCIOLÓGICO JURÍDICO

Samara Cunha
Emanuelle Chaves

A
prática consiste em utilizar os fundamentos teóricos
das disciplinas de introdução ao estudo do direito e da
sociologia para construção de argumentos de defesa
ou de oposição de uma determinada situação social, se utilizando de
painéis teóricos associados à defesa oral desses argumentos em forma
de debates. a atividade é realizada por dois grupos (duas turmas),
em oposição, perante um corpo de jurados (alunos convidados),
buscando realizar o convencimento dos mesmos. ao final é divulgado
o resultado do júri, considerando critérios pré-estabelecidos. o evento
é realizado perante a comunidade acadêmica.
Os sujeitos foram alunos de primeiro período do curso de
Direito, e teve por objetivos utilizar os fundamentos teóricos das
disciplinas de introdução ao estudo do direito e da sociologia
para construção de argumentos de defesa ou de oposição de uma
determinada situação social, associar teoria sócio-jurídica à prática
jurídica, na construção de argumentos teóricos, favorecer o processo
de interação social, estimular a oratória e argumentação.
As principais ações foram estabelecimento de temas, estruturar
os grupos de atividade (coordenadores, advogados, assessores,
retórica, pesquisa jurídica e sociológica, financeiro e criatividade),

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 121


determinar data de realização da atividade, convidar os jurados,
organizar e coordenar o evento no auditório.
As principais dificuldades são quanto ao pensar de forma
interdisciplinar e construção do discurso. Quanto aos resultados
percebeu-se certo amadurecimento do pensar jurídico, quebra de
preconcepções dos temas trabalhados, maior interação social,
favorecimento da produção do trabalho em equipe, respeito às
diferenças e compreensão do conteúdo disciplinar.

122  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
DESCOBRINDO A PESQUISA

Sammara Jericó

“D escobrindo a Pesquisa”. Esse foi o tema do


projeto desenvolvido na Turma de Técnicas
de Reportagem, Entrevista e Pesquisa – TREP,
ministrada para os alunos do 3º bloco, no ano de 2015.
A prática aconteceu para a última nota dos alunos e consistia
em desenvolver um projeto de pesquisa e executá-lo em forma de um
produto jornalístico. Divididos em grupos, os alunos mergulharam
na pesquisa, descobriram seus temas, escolheram suas fontes e
aplicaram a teoria da disciplina em projetos práticos. Dessa atividade
foi possível receber diferentes formatos, como livro-reportagem,
rádio documentário e vídeo documentário
A atividade “Descobrindo a Pesquisa” foi pensada para colocar
os alunos em contato direto com a pesquisa e mostrar como esse
trabalho é importante para a atividade jornalística, que é, de fato,
um trabalho de pesquisa para descobrir, selecionar, ordenar, editar e
dar publicidade para o público.
Cada grupo tinha a liberdade de escolher qual o produto
jornalístico iriam produzir.Os grupos tinham que: (1) apresentar
um pequeno projeto de pesquisa na 2ª avaliação; e (2) executar
o projeto para apresentar o produto final como avaliação da 3ª
prova. A primeira ação foi trabalhar com a turma alguns métodos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 123


de pesquisa e relacionar com a atividade jornalística. Nesse início, os
alunos sentiram muitas dificuldades para entender os métodos e as
metodologias de pesquisa, mas logo as barreiras foram superadas.
Depois de apresentadas técnicas e metodologias, os alunos foram
em busca do tema do trabalho e a última etapa foi a apresentação
do produto.
As dificuldades dos alunos foram quanto à escrita do texto
científico, porque eles tinham que entregar um relatório juntamente
com o produto. O objetivo principal dessa prática foi reunir a
pesquisa com a prática jornalística. Os resultados foram excelentes
e isso foi dito pelos próprios alunos ao apresentarem seus primeiros
trabalhos científicos juntamente com um produto prático. O
resultado encontrado foi a percepção de que o rigor científico não se
difere muito do rigor da prática jornalística.

124  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
PLANOS E EIXOS DO
CORPO HUMANO

Samara Karine Carvalho Sena

O
corpo humano na posição anatômica pode ser
dividido conceitualmente em planos e eixos. O plano
mediano é um plano vertical que cruza o corpo, dos
pés até a cabeça; e separa o corpo em antímeros direito e esquerdo.
O plano coronal é também um plano vertical perpendicular ao plano
mediano, separando a frente do corpo, ou ventre, da parte de trás,
ou dorso. O plano horizontal, transverso ou axial atravessa o eixo
menor do corpo, do dorso até o ventre e divide em porções superior
e inferior. Os eixos são linhas imaginárias que atravessam os planos
do corpo perpendicularmente para possibilitar movimentos. Eixo
Látero-Lateral (Transversal): estende-se de um lado ao outro, tanto
da direita para esquerda quanto o inverso, perpendicular ao plano
sagital, e possibilita os movimentos de flexão e extensão. Eixo Ántero-
Posterior (Sagital): estende-se em sentido anterior para posterior,
perpendicular ao plano frontal e possibilita os movimentos de
abdução e adução. Eixo Longitudinal: estende-se de cima para baixo
(ou vice e versa), perpendicular ao plano transversal, e possibilita os
movimentos de rotação lateral e rotação medial.
Os sujeitos dessa prática foram alunos do 2º período do curso
de Fisioterapia, realizada no laboratório de fisiologia do exercício

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 125


da faculdade Estácio/Teresina, tendo como objetivos identificar os
planos e eixos do corpo humano, compreender na prática como o
ser humano de dispõe em planos e eixos executar os movimentos
articulares associando os planos e os eixos anatômicos envolvidos.
Inicialmente, foi relatado como seria a aula prática e depois,
disposto o material didático utilizado: tapete de Eva com peças que
permitem a junção e montagem de tamanhos e formas diversos, e
um bastão de madeira. Foram solicitados quatro alunos voluntários
para demonstrarmos cada plano e eixo do corpo humano utilizando
o material didático, sendo um aluno, o corpo humano em posição
anatômica, dois alunos responsáveis pelos planos anatômicos e
mais um aluno responsável pelo eixo anatômico. O tapete de Eva
foi montado formando cada plano do corpo humano em posição
anatômica e o bastão de madeira foi utilizado para demonstrar
cada eixo do corpo humano. Sempre ao final de cada disposição
de cada plano e eixo anatômico utilizando o material didático, foi
realizado o registro fotográfico e também foram executados todos os
movimentos de cada plano e eixo de todas as articulações do corpo
humano. As imagens fotográficas foram entregues para os alunos
para posterior estudo.
Quanto às dificuldades não houve, tendo como resultados a
facilitação da aprendizagem através da memorização dos planos e
eixos anatômicos, relatada pelos próprios alunos.

126  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
APRENDER A EMPREENDER:
ABRINDO SEU PRÓPRIO NEGÓCIO

Silvana Ribeiro Dias Vieira

N
o período de oito aulas divido em teórico e prático
trabalhamos a elaboração e apresentação do plano
de Negócios. No primeiro momento é realizada a
divisão dos grupos, apresenta-se a importância do Plano de Negócio
na abertura de uma empresa e as partes que o compõem. No
segundo momento submeto à turma a uma tempestade cerebral para
estimulá-los na geração de ideias de negócios de forma espontânea e
natural, deixando funcionar a imaginação, após, define-se o tipo de
negócio e dar-se iniciou a elaboração do plano de negócios com o uso
do aplicativo Software Plano de Negócio do Sebrae de Minis Gerais.
Por último realizam-se as apresentações da Empresa constituída por
cada grupo. Essa disciplina em face do seu teor técnico requer dos
alunos a habilidade de entender o mercado, argumentar e estruturar
o plano de Negócio de acordo com a realidade de cada mercado.
Os sujeitos dessa prática foram alunos do 4º período e 2º
período do curso de Ciências Contábeis, sendo realizada em sala
de aula. Os objetivos dessa prática foram proporcionar aos alunos
uma maior reflexão acerca das razões, estratégias, abordagens e
motivações do empreendedor para iniciar e possuir um negócio,
Especificamente elaborar um Plano de Negócio para abertura de

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 127


uma empresa, revisar o conteúdo teórico necessário à produção de
um plano de negócios e compreender a teoria e a prática no processo
empreendedor.
As principais ações foram preparação da turma para uma
tempestade cerebral - é o momento de estimular os alunos na
geração de novas ideias de negócios de forma espontânea e natural,
deixando funcionar a imaginação; elaboração do Plano de Negócio;
apresentação da Empresa constituída.
As principais dificuldades foram pouco tempo para orientar os
alunos na elaboração do Plano de Negócio bem como dificuldade
dos alunos de apresentarem, em tempo hábil, tudo que foi idealizado
por eles.
Os resultados encontrados foram uma maior compreensão
dos elementos essenciais do mercado, melhor compreensão de cada
parte que compõe o plano de negócio estudadas em cada aula,
sistematização objetiva do Plano de Negócios, argumentação teórica
da constituição da empresa (Plano de Negócio)

128  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
CASE: ANÁLISE DE JULGADOS

Silvia Cristina Carvalho Sampaio Santana

S
ão levados julgados diversos dos Tribunais: TRF, STJ e STF,
para a disciplina de Administrativo e TRT, TST e STF para
a disciplina de Trabalho.
É solicitado que os alunos se dividam em grupos. Entregue a
cada grupo um julgado diferente, onde eles terão um tempo de 20
minutos para leitura e análise. É feita apresentação oral por todos
os membros do grupo, onde é externado o caso apresentado, a
fundamentação, o posicionamento do Tribunal e, por fim, a opinião
do grupo, se concorda ou não com o julgado. Essa atividade é
desenvolvida com alunos do 4º, 7.º e 8.º período no curso de Direito,
que estão matriculados respectivamente nas disciplinas de Direito
Administrativo I, Direito do Trabalho I e II.
Os objetivos foram estimular o intercâmbio entre a teoria e a
prática a partir de uma análise crítica, sendo que especificamente
objetivou-se oportunizar aos alunos a assimilação do conteúdo
condensando a teoria com a prática, apresentando a visão dos
nossos Tribunais, estimular a interação e o espírito de equipe entre
os alunos de cada sala, desenvolver as potenciais habilidades dos
discentes quanto ao planejamento e execução de trabalho em grupo.
As principais ações foram: escolha dos temas a serem
explorados; divisão da turma em grupos; tempo para discussão e

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 129


apresentação dos casos com opiniões fundamentadas dos alunos.
As dificuldades apresentaram-se com a pouca interação de todos os
alunos em sala e com a timidez pela apresentação oral e defesa de
sua opinião.
Quanto aos resultados constatou-se que os alunos conseguem
aplicar a teoria aprendida em sala e desenvolver um senso critico em
relação ao conteúdo estudado. Além, da visualização do aspecto
concreto de como as situações são analisadas pelos nossos Tribunais.

130  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
SÁBADO COM PIPOCA

Maria do Socorro Carvalho de Sales Sousa

O
Evento é realizado em dias de sábado, nos turnos da
manhã e tarde, de acordo com o horário de cada turma
previamente definido. A execução do evento é dividida
em três momentos distintos: Inicialmente tem-se a exibição de filme
no Auditório da IES com pertinência temática com o(s) conteúdo
(s) debatido (s) na disciplina de Psicologia aplicada ao direito; o
segundo momento, inicia-se após a exibição do filme com o intervalo
no espaço universitário onde é servido um lanche com pipoca e
refrigerante, com a participação dos alunos e da coordenação do
evento quanto à organização e distribuição do lanche. O terceiro
momento ocorre com a volta dos alunos ao auditório, onde será
realizada a apresentação dos subtemas pelos mesmos, a partir de
uma análise sistemática e crítica do filme exibido, encerrando com a
entrega de uma produção escrita sobre o tema abordado.
Antes do início da prática é realizado em sala de aula um
prévio sorteio de grupos e subtemas, sendo cada subtema ligado à
ideia temática central do filme. Dentro dos grupos, os alunos são
estimulados a fazerem uma divisão internamente acerca das várias
funções que cada um vai exercer na atividade, levando em conta
as habilidades de cada um, formando-se em cada grupo quatro
categorias de alunos com as seguintes atribuições: Coordenadores

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 131


do lanche, pesquisadores do tema, elaboradores do trabalho escrito
e Oradores.
Durante as etapas de execução, as atividades se desenvolvem
no ambiente do auditório, no primeiro e no último momento, tanto
na apresentação quanto na discussão filme dos subtemas ancoradas
pelos discentes. Os alunos oradores, eleitos pelo grupo em um
número máximo de dois, expõe a ideia do grupo em um tempo de 10
minutos, ao final do qual se estende por mais 10 minutos o tempo de
discussão e interação com o auditório.
O segundo momento, que se caracteriza pela ida ao espaço
universitário tem como características marcantes a integração e
entrosamento das várias turmas em torno do evento, a sociabilidade
e a capacidade de liderança exercida pelos coordenadores do lanche,
haja vista que os mesmos participam tanto da organização do lanche
anteriormente ao evento, quanto durante a execução.
Além disso, cada sala de aula escolhe dois coordenadores gerais
os quais vão juntamente com o professor da disciplina organizar e
executar o evento dentro do planejado. Cada Coordenador geral
recebe um crachá de identificação durante o evento.
A atividade “Sábado Com Pipoca” é uma prática cujos
resultados alcançados são extremamente satisfatórios por vários
aspectos: a primeira razão está ligada ao fato de proporcionar o
aprendizado fora do ambiente tradicional de sala de aula, onde
é possível aprender sem decorar a matéria e mecanizar fórmulas
prontas; outra razão é a aplicabilidade do conteúdo teórico à
realidade mostrada na arte (filme), que em muitos aspectos se aplica
a vida, despertando no aluno o gosto pelo entendimento das teorias
explicativas da realidade, proporcionando-lhe um aprendizado
mais crítico e sedimentado, além do estímulo à sociabilidade e o
debate construtivo, com o entrosamento das turmas de maneira
descontraída.
Cabe ainda ressaltar os reflexos positivos pós-evento
despertados nos alunos em si e na própria relação professor-aluno,
posto que se constata um maior interesse pelo estudo da disciplina,
participação nas aulas e uma aproximação dialógica entre docente e
discentes.

132  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
Quanto às dificuldades encontradas, estas se restringiram
apenas ao momento inicial, quando da apresentação das regras para
o evento, tendo sido dissipadas no decorrer da execução da atividade.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 1º período no curso
de Direito, que estão matriculados na disciplina de Psicologia aplicada
ao Direito tendo como objetivos compreender o intercâmbio entre a
teoria e a prática a partir de uma análise crítica e especificamente
oportunizar aos alunos a assimilação do conteúdo fora do ambiente
de sala de aula; estimular o entrosamento e a interação entre as
diversas turmas de 1º período; proporcionar discussão acadêmica
envolvendo temáticas da Psicologia Jurídica; desenvolver as potenciais
habilidades dos discentes quanto ao planejamento e execução de
trabalho em grupo.
A ação desenvolvida no evento acontece da seguinte forma:
Exibição de filme com pertinência temática a conteúdos da
disciplina, seguido de intervalo para lanche e socialização, sendo
que no momento final é realizada a apresentação pelos alunos
dos subtemas ligados ao tema central do filme, a partir de um viés
critico e contextualizado no tempo de 10 minutos, com a abertura
para interação com o auditório e discussão por igual tempo, sob
a coordenação da professora. Ao final é realizada a entrega pelos
grupos das produções escritas à professora, a qual disponibiliza
as mesmas em pastas no setor de xerox para consulta de todos os
alunos da Disciplina.
As principais dificuldades são a resistência Inicial quanto à
adaptação às regras do evento, a dificuldade em trabalhar em grupo.
Quanto aos resultados percebe-se a dinamicidade e gosto pelo
aprendizado das teorias estudadas em sala de aula; a contextualização
da teoria com a vida prática, a partir de um aprendizado crítico e
sedimentado; o estímulo ao desenvolvimento de habilidades ligados
ao gerenciamento de tarefas, trabalho em grupo e liderança e
aproximação e maior afetividade na relação professor-aluno.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 133


134 
LITERATURA E DIREITO

Tatiana Maria Lima Cruz

A
atividade consiste em estimular os alunos à Leitura
relacionada aos diversos temas referente ao Direito
para os alunos do primeiro período. Em seguida tem
outro momento para discussão em sala de aula. O trabalho é
desenvolvido em grupo para a aprendizagem quanto a aspectos de
grupo como respeito, ética e divisão de tarefas. O grupo de alunos
tem que entregar um trabalho escrito, uma resenha crítica.
A preparação dessa prática se dá com a orientação prévia
dos alunos no primeiro momento, quando chegam à sala de aula
mostrando os livros, a diversificação de oportunidades de leitura
voltadas aos temas referente a direito, exemplo quanto ao atendimento
dos jurisdicionados, quanto aos crimes, processos. Em seguidas são
orientados a como é feito uma resenha crítica. Após um intervalo
de tem, no dia agendado e combinado com os alunos, cada grupo
apresenta seu trabalho, os demais alunos tem a oportunidade de se
manifestarem quanto ao que pensam sobre aquele determinado fato
social. Entregam ao final da aula sua Resenha Crítica. As dificuldades
encontradas são no sentido dos alunos se familiarizarem com o início
da leitura e os temas.
Essa atividade é desenvolvida com alunos de 1º períodos do
Curso de Direito, tendo por objetivos perceber a interdisciplinaridade,

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 135


ampliar os conhecimentos específicos do Direito, construção do
hábito de leitura direcionada ao direito. A ação desenvolvida na
atividade acontece da seguinte forma: a) orientação prévia de
conteúdo teórico tanto relativamente à leitura, termos do direito
b) produção de uma resenha crítica As principais dificuldades:
dificuldade na escolha dos livros e falta de persistência na leitura.
Quanto aos resultados os alunos exercem suas atividades de
forma bastante motivada e com relatos de satisfação quanto ao
exercício, o contato com os termos do direito e a consciência crítica.

136  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
GD: PROCESSO PENAL E LITERATURA

Vanessa dos Santos Lopes

É
uma atividade realizada em sala de aula por alunos de 8º
período do Curso de Direito. O objetivo foi integrar os
alunos incentivando a leitura e o pensamento crítico. O
livro adotado para esta prática é As Misérias do Processo Penal. Num
primeiro momento o autor, geralmente não é bem compreendido,
momento em que a professora passa então a questionar o próprio
pensamento do autor para a turma repensar o que leu e passar a
questionar e reconstruir o pensamento do autor. E pelos debates
que são travados em sala de aula, percebe-se motivação e avanço na
prática da oratória e persuasão. Esse tipo de atividade se apresenta
como válida porque saímos do mundo dos manuais para pensar o
direito de uma forma prática abrangendo a todos de forma igualitária.
A preparação dessa prática se dá com a exposição dos
capítulos do livro do ponto de vista de cada aluno e, a partir do
contato inicial, eles foram instados a discutir o real pensamento do
autor e provocados pela professora relacionar o conteúdo teórico da
disciplina.
Essa atividade traz como resultado positivo a vivência e o
compartilhamento de conhecimentos do dia a dia da área jurídica,
que se relacionam com a disciplina, para uma maior humanização no
julgar e agir com o outro. Essa atividade foi considerada válida pelos

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 137


alunos por lhes proporcionar contato com o lado mais humano do
direito.
As dificuldades encontradas já eram esperadas e foram
superadas ao longo do processo de discussão. Os objetivos dessa
atividade foram aproximar o aluno da leitura em textos diferentes
dos manuais, perceber o entendimento do autor e obter um olhar
mais humano do direito, construir um pensamento crítico a partir da
leitura de textos literários relacionados ao direito, perceber em textos
literários as realidades vividas por pessoas que estão sofrendo um
processo criminal.
A ação desenvolvida na atividade acontece da seguinte forma:
a) apresentação do livro a ser lido; b) determinação do prazo de
conclusão de leitura; c) Determinação do dia para a discussão do
livro; d) No dia do debate a sala é organizada em círculo; e) Sorteio
do aluno que vai iniciar o debate; f) Discussão interativa acerca dos
temas tratados no livro; g) Análises críticas acerca do pensamento do
autor; h) O professor faz a mediação entre o pensamento do autor e
o que está sendo discutido pelos alunos; i) Fechamento da discussão
relacionando o conteúdo do livro aos casos cotidianos.
As principais dificuldades foram na interpretação textual e na
quebra de paradigmas em relação ao preso. Quanto aos resultados,
apesar das divergências de opiniões, os alunos compreenderam a
ideia principal do livro com a mudança de perspectiva pessoal acerca
da condição do preso e compreenderam a relação da literatura com
o conteúdo jurídico.

138  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
ESTUDO DOS SISTEMAS
ESTRUTURAIS COM O USO DE
MAQUETES EM MACARRÃO

Wendell Nunes Martins Lopes

O
aluno cria uma maquete apenas com elementos
estruturais estudados em sala de aula e necessários
para a construção de seu projeto arquitetônico
desenvolvido em outras disciplinas práticas ao longo do curso de
Arquitetura
Antes do início da prática são analisados os projetos
desenvolvidos pelos alunos nas demais disciplinas do curso a fim
de escolher um projeto que melhor adeque para o desenvolvimento
da maquete estrutural. Escolhido o projeto, o aluno localiza pontos
de pilares, distribui vigas e lajes ao longo sua edificação. Após
aprovação do projeto estrutural por parte professor, o aluno passa
a desenvolver a maquete estrutural com escala 01h50min da real
estrutura adotada utilizando materiais simples do dia a dia como
cola durepox, macarrão, isopor e palitos de picolé.
Essa atividade é desenvolvida com alunos do 3º período no curso
de Arquitetura, que estão matriculados na disciplina de Sistemas
Estruturais I e Ateliê de Projeto III. Os objetivos dessa prática foram
adquirir melhor entendimento das estruturas através da visualização

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 139


de seus elementos estruturais (vigas, pilares e lajes), perceber o uso
de materiais comuns do dia a dia na elaboração de maquetes e
simulação das estruturas, bem como a inter-relação das disciplinas
Sistemas Estruturais I e Ateliê de Projeto III, aperfeiçoando o projeto
com quando correlacionado com as disciplinas afins.
As principais ações foram: escolha de projeto a ser desenvolvido,
locação de elementos estruturais (pilares, vigas e lajes), elaboração
de maquete estrutural, apresentação do resultado final com entrega
das maquetes e relatório escrito.
As principais dificuldades consistiram na falta do entendimento
do conteúdo necessário para desenvolvimento da maquete e a
dificuldade em trabalhar em grupo. Quanto aos resultados percebeu-
se o maior interesse pela disciplina, a percepção da inter-relação com
disciplinas afins, adaptação dos projetos com objetivo que o mesmo
atenda mais de uma disciplina do curso e aproximação e maior
afetividade na relação professor-aluno.

140  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
MOSTRA DA PROFISSÃO DO
ADMINISTRADOR

Yolete Dourado de Araújo


Mário Augusto Teles

A
Mostra da Profissão do Administrador é uma atividade
de ensino interdisciplinar, de cunho prático e vivencial,
desenvolvida pelos alunos do 1º período do Curso de
Administração, para sinalizar a indispensabilidade da Administração
na construção de uma sociedade contemporânea justa e democrática.
A Mostra tem como missão promover a ciência da Administração aos
alunos de ensino médio, valorizando as áreas de atuação e funções
profissionais do administrador e tem como os objetivos: ampliar a
visão dos alunos sobre a ciência da Administração proporcionando
um ambiente de pesquisa acerca de sua importância como campo
de conhecimento; incentivar a aplicação do conhecimento teórico
aos alunos do curso, por meio da realização de um trabalho prático,
criando a oportunidade de associarem os assuntos estudados
à realidade das diversas áreas funcionais da administração e do
processo administrativo imprescindível ao sucesso das organizações;
estimular a formação do pensamento crítico dos alunos, incentivando
a capacidade de criação e inovação de trabalhos lúdicos.
Os sujeitos dessa prática foram alunos do 1º período do Curso
de Administração, Professores das disciplinas envolvidas na prática

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 141


(Introdução à Administração e Gestão da Qualidade) bem como
professores e alunos do ensino médio. A atividade foi organizada em
sala de aula para execução no hall da Biblioteca da Faculdade Estácio
Teresina (ano 2015 e 2016) e na Fundação Bradesco (ano 2015),
tendo como objetivos promover a ciência da Administração aos
alunos de ensino médio, valorizando as áreas de atuação e funções
profissionais do administrador, ampliar a visão dos alunos sobre a
ciência da Administração proporcionando um ambiente de pesquisa
acerca de sua importância como campo de conhecimento, incentivar
a aplicação do conhecimento teórico aos alunos do curso, por
meio da realização de um trabalho prático, criando a oportunidade
de associarem os assuntos estudados à realidade das diversas
áreas funcionais da administração e do processo administrativo
imprescindível ao sucesso das organizações, estimular a formação
do pensamento crítico dos alunos, incentivando a capacidade de
criação e inovação de trabalhos lúdicos.
As principais ações foram: 1ª) Planejamento da Mostra de
Profissão da Administração: criação e elaboração do projeto
interdisciplinar pela Professora da Disciplina Introdução à
Administração conjuntamente com o Professor da Disciplina Gestão
da Qualidade para apresentação aos alunos do 1º período, por meio
de power point (fotos e vídeos de mostras anteriores) e distribuição
de cópias do material explanado em sala de aula. (2ª) Organização
das equipes e dos temas a serem trabalhados pelos alunos:
apresentação dos temas da mostra por docentes que ministram os
conteúdos profissionais das áreas de atuação do Administrador
para conscientização da importância da profissão como campo de
conhecimento e como fator de sustentabilidade para o sucesso das
organizações. Os docentes apresentaram os temas para os alunos
em sala de aula a fim de tirarem as dúvidas e acrescentarem alguma
ideia para a execução do trabalho. (3ª) Montagem da mostra e das
atividades, com pesquisas de campo e visitas em empresas pelos
alunos: os alunos realizaram pesquisas em sites profissionais da
profissão do administrador www.cfa.org.br e fizeram pesquisas em
empresas para criarem um ambiente lúdico de aprendizagem com a
confecção de banners, de maquetes, de mostruários com a exposição

142  ELIANA FREIRE DO NASCIMENTO • MARIA HELENA ALMEIDA DE OLIVEIRA


RENATO SOUZA NASCIMENTO
de produtos finais, de painéis. (4ª) Execução das ações planejadas por
meio de comunicação oral das áreas de atuação do administrador
com banners, atividades lúdicas para o ensino da aprendizagem
e facilitar a interação com os alunos do ensino médio, criação de
cenários, conscientização sobre a importância da Administração
como campo de conhecimento.
As principais dificuldades foram, no início, os alunos ficaram
retraídos, mas superaram a dificuldade, sendo que alguns alunos não
puderam participar em virtude de estarem no horário de trabalho,
e algumas equipes não puderam investir para que a apresentação
tivesse melhor qualidade.
Quanto aos resultados encontrados pode-se registrar: o total
de alunos participantes na atividade foi de 90%, mesmo os que não
puderam comparecer para a comunicação oral das áreas de atuação,
contribuíram para que o trabalho acontecesse com sucesso, os
alunos do ensino médio, visitantes da Mostra, compareceram com
elevado índice de participação, socialização de conhecimentos e
troca de experiências consolidando a profissão do administrador
como um leque de possibilidades e um vasto campo de atuação para
jovens em busca de uma profissão que proponha independência
financeira e autorrealização, conciliação entre teoria e prática,
demonstrando de forma lúdica como as áreas são interdependentes
e como os profissionais atuam no mercado de trabalho, produção
de conhecimentos e saberes a partir da interação dos conteúdos e
dos sujeitos, elevação do orgulho de fazer administração, o que pode
resultar numa atividade que enalteça o sentimento de pertencimento
com a profissão escolhida, percepção da relação que existe entre os
conteúdos ensinados na sala com o seu cotidiano.

NOVOS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR: o que fazem os professores? 143


144 
SOBRE OS AUTORES

Alessander Mendes

Mestrando em Direito e Gestão de Conflitos - UNIFOR, Mediador do


Centro de Solução de Conflitos e Cidadania - CEJUSC/PI, Mediador
Extrajudicial-CMC Estácio-Ceut, Professor de Processo Penal do
Centro de Ensino Superior do Vale do Parnaíba - CESVALE, Professor
de Processo Penal Centro de Ensino Unificado de Teresina - CEUT,
Especialista em Direito Eleitoral - UFPI, Graduação em Direito pela
União das Escolas Campomaiorenses - Faculdade São Gabriel,
Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Piauí
- UESPI, Diretor Presidente do Instituto Ciências Jurídicas, Consultor
Educacional da Empresa Teknis.

Alexandra Rufino

Mestranda em Políticas Públicas na Universidade Federal do Piauí


- UFPI, graduada em Direito pela Universidade Estadual do Piauí
(2002) e em Ciências Contábeis pelo Centro de Ensino Superior do
Vale do Parnaíba (1995). Atualmente é professora horista do Centro
de Ensino Unificado de Teresina e ocupa o cargo de Consultor de
Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do Piauí , atuando
principalmente nos seguintes temas: administração municipal,
educação e controle interno.

SOBRE OS AUTORES 145


Auricélia Melo

Doutoranda em Direito Constitucional, Mestre em Direito


Constitucional(Unifor), Especialista em Direito Previdenciário e
Docência do Ensino Superior. Graduada em Direito pela Universidade
Estadual do Piauí. Professora Assistente da Universidade Estadual do
Piauí, Centro Universitário Uninovafapi e Faculdade Estpacio-Ceut.
Advogada inscrita na OAB-PI.

Maria Auxiliadora Pereira da Cruz

Possui graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela


Universidade Estadual do Piauí (1993), Especialização em Docência
Superior Pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI (1998) e
Mestrado em Administração pela Universidade Federal da Paraíba
(2002). Atualmente é professora tempo Parcial do Centro de Ensino
Unificado de Teresina - CEUT/ Faculdade Estácio de Teresina.
Professora da Universidade Aberta do Brasil no PI. Coordenadora
do Regulatório do Centro de Ensino unificado de Teresina - CEUT/
Faculdade Estácio de Teresina. Membro do Núcleo Docente
Estruturante dos Cursos de Bacharelado em Administração e
Bacharelado em Ciências Contábeis do Centro de Ensino Unificado
de Teresina - CEUT/ Faculdade Estácio de Teresina. Conselheira do
CONSUP e CONSEPE do Centro de Ensino unificado de Teresina -
CEUT/ Faculdade Estácio de Teresina. Consultora Educacional e em
Gestão Com Pessoas.

Silvana Ribeiro Dias Vieira

Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade


Federal de Juiz de Fora-MG - UFMG . Pós Graduação em Espaço e
Turismo pela Universidade Estadual do Piauí- UESPI. Graduação
em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal do
Piauí (1995). Atualmente Supervisora Pedagógica do PRONATEC do
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

146 
DO PIAUÍ-IFPI, estatutária - Secretaria de Estado da Educação,
professora da ESTACIO DE TERESINA. Tem experiência na área de
Educação, Gestão Socioambiental e Empreendedorismo.Graduanda
do Curso de Administração - UNIP.

Danilo Sérvio Araújo

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto


de Ciências Jurídicas e Sociais Professor Camillo Filho (2011).
Especialista em Práticas Projetuais em Arquitetura e Engenharia pela
Universidade Federal do Piauí. Atualmente é professor do curso de
Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Estácio CEUT . Membro do
núcleo docente estruturante da Faculdade de Ciências Humanas,
Saúde, Exatas e Jurídicas de Teresina. Proprietário do escritório RUFUS
ARQUITETURA. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo,
com ênfase em projetos e pesquisas, atuando principalmente nos
seguintes temas: taipa, construção sustentável, requalificação
urbana, análise urbana e arquitetura moderna regional.

Camila Araújo Nery Oliveira

Possui Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho pelo


Faculdade Centro de Ensino Unificado de Teresina (2012); Graduação
em Direito pela Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas
do Piauí (2009). Graduação em História pela Universidade Federal
do Piauí (em andamento). Professora do Centro de Ensino Unificado
de Teresina (CEUT). Professora da Faculdade das Atividades
Empresariais de Teresina (FAETE)

Augusto Cesar Oliveira Gomes

Atualmente é professor tempo fixo do Centro de Ensino Unificado


de Teresina - CEUT. E advogado militante nas áreas cível, trabalhista
e criminal.

SOBRE OS AUTORES 147


Chrystianne Moura Santos Fonseca

Advogada e Professora do Curso de Direito na ESTÁCIO CEUT.


Coordenadora do Curso de Direito da ESTÁCIO CEUT. Coordenadora
do Núcleo de Práticas Jurídicas do CEUT. Fundadora e Coordenadora
do Centro de Mediação e Cidadania do CEUT em convênio com
o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí e a Defensoria Pública
do Estado do Piauí. MEDIADORA DE CONFLITOS. MEDIADORA
JUDICIAL DE CONFLITOS EJUD/PI - CNJ. Militância nas áreas de
Direito Civil, Direito Penal e Trabalhista. Ministrando as disciplinas
relacionadas a tais áreas assim como as processuais correspondentes.
Professora de Mediação e Arbitragem. MESTRANDA EM DIREITO E
GESTÃO DE CONFLITOS - UNIFOR.

Luís Cineas de Castro Nogueira

Graduado em Bacharelado em Direito pela UNIFOR - Universidade


de Fortaleza (1997). Professor do Instituto Camillo Filho (ICF) e do
Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT) ambas em Teresina/
PI. Advogado no escritório Helbert Maciel Advogados em Teresina/PI.
Especialista em Direito Processual pela UFSC e UFPI. Especialista em
Direito Processual Civil pela UFPI. Especialista em Direito e Processo
do Trabalho pela UCAM. Pós Graduado pela Escola Superior da
Magistratura do Estado do Piauí. Pós Graduado pela Escola Superior
de Advocacia do Estado do Piauí.

Cristiane Maria Adad Amorim Castelo Branco

Possui graduação em Bacharelado em Direito pela Universidade


Federal do Piauí (1992), Especialização em Direito do Trabalho e
Processo do Trabalho pela UFPI e Mestrado em Ciências Políticas pela
UFPI. Atualmente é professora do Instituto Camillo Filho, professora
horista do Centro de Ensino Unificado de Teresina e auditora fiscal
do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

148 
Danilo Sérvio Araújo

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto


de Ciências Jurídicas e Sociais Professor Camillo Filho (2011).
Especialista em Práticas Projetuais em Arquitetura e Engenharia pela
Universidade Federal do Piauí. Atualmente é professor do curso de
Arquitetura e Urbanismo na Faculdade Estácio CEUT . Membro do
núcleo docente estruturante da Faculdade de Ciências Humanas,
Saúde, Exatas e Jurídicas de Teresina. Proprietário do escritório RUFUS
ARQUITETURA. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo,
com ênfase em projetos e pesquisas, atuando principalmente nos
seguintes temas: taipa, construção sustentável, requalificação
urbana, análise urbana e arquitetura moderna regional.

Danyelle Bandeira de Melo

Mestre em Administração de Empresas, Universidade de Fortaleza


(UNIFOR, 2009). Especialista em Direito Processual, Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC, 1999). Bacharel em Direito pela
Universidade de Fortaleza (UNIFOR, 1997), Advogada. Mediadora.
Docente pela Universidade Estadual do Piauí e Universidade Federal
do Piaui como professora substituta nas disciplinas Direito Civil I e
Direito Internacional Público e Privado. Desde 2000, integra o quadro
funcional da Estácio-Ceut, ministrando, ao longo desses anos, as
disciplinas Direito Internacional, Teoria Geral dos Contratos, Direito
Administrativo II, História do Direito, Direitos Humanos, Mediação
e Arbitragem. Atualmente ministra a disciplina Direito Civil I.
Coordenadora do Projeto de Extensão Mostra de Direitos Humanos
e Simpósio de Direitos Humanos da Estácio-Ceut. Autora do livro
Carta Rogatória no Mercosul, publicado pela Editora Universidade
Federal do Piauí (EDUFPI), e do livro Noções de Direitos Humanos,
publicado pela Editora Dinâmica Jurídica, além de artigos em livros
coletivos publicados pela Editora CEUT, Editora Dinâmica Jurídica e
Revista da OAB / PI. Contato: danyellebandeira75@gmail.com

SOBRE OS AUTORES 149


Dylvan Castro De Araújo

Possui graduação em BACHARELADO EM DIREITO pelo CENTRO


DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA (CEUT). Tem experiência
na área de Direito, com ênfase em Direito Processual Penal, Penal e
Legislação Penal Especial. Especialista em Direito Público e Privado
(ESMEPI/UFPI). Mestre em Direito Público (UNISINOS/FACID).
Professor da Escola do Judiciário Piauiense (EJUD/PI), da Graduação
e Pós-Graduação em Direito. Professor de Cursos preparatórios
para Concursos Públicos. Consultor Jurídico Especial de Gabinete de
Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí.

Eduardo Gil Borsoi

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto Metodista


Bennett (1992). Atualmente atua como Profissional Liberal, Servidor
Público da Secretaria de Governo do Estado do Piauí e 1º secretário
do Instituto dos Arquitetos do Brasil. Tem experiência na área de
Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo,
atuando principalmente no seguinte tema: projeto arquitetônico.
Também possui longa experiência em Docência no Ensino Superior
nos Cursos de Arquitetura e Urbanismos e Engenharias.

Andreia Karla de Carvalho Barbosa Cavalcante

Mestranda de Enfermagem na Universidade Federal do Piauí (2015-


2016), graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do
Piauí (2002) e graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas
pela Universidade Estadual do Piauí (1998). Atualmente é professora
de Doenças Transmissíveis, Enfermagem em Emergências, Terapia
Intensiva e Epidemiologia na Faculdade Estácio de Teresina / Centro
de Ensino Unificado de Teresina Ltda(CEUT), enfermeira intensivista
no Hospital Getúlio Vargas, professora do ensino médio: na área de
Biologia - Secretaria de Educação do Estado do Piauí. Tem experiência
na área de Enfermagem, com ênfase em Urgência e Emergência e
Terapia Intensiva, atuando principalmente nos seguintes temas:
terapia intensiva, urgência e emergência e saúde pública.

150 
Eliana Freire do Nascimento

Doutoranda no curso de Pós-Graduação em Educação da Universidade


Federal do Piaui (UFPI). Mestre em Educação.Especialista em Direito
Público, Processo Civil e Docência Superior, além de outros cursos de
capacitação e formação continuada na área do direito, da docência
e desenvolvimento pessoal e profissional. Bacharel em Direito.
Pedagoga. Practticioner em PNL. Grafóloga. Docente nos cursos de
graduação e pós-graduação, Coordenadora do Núcleo de Apoio e
Assistência Psicopedagógica e Inclusão da Faculdade EstácioCEUT
e Coordenadoria dos Trabalhos de Conclusão do Curso de Direito
da mesma faculdade. Membro integrante do NUPEDD (Núcleo de
Pesquisa sobre Formação e Profissionalização em Pedagogia) da UFPI
(Universidade Federal do Piauí). Autora de livros e artigos científicos
na área de Educação, Educação Jurídica e Direito.

Emmanuel Alves Soares

Possui graduação em fisioterapia pela Universidade Estadual do


Piauí (2004) e pós-graduação em fisioterapia hospitalar pela
Universidade Estadual do Piauí (2006) e em fisioterapia neurológica
pela Universidade Estácio de Sá - Rio de Janeiro (2008). Mestre em
Epidemiologia em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde
Pública (ENSP)/ Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) - Rio de Janeiro
(RJ). Atualmente é funcionário público pela Secretaria de Saúde do
Piauí (SESAPI) e professor do curso de fisioterapia na Associação
de Ensino Superior do Piauí (AESPI), Centro de Ensino Unificado de
Teresina (Estácio - CEUT) e Faculdade do Piauí (FAPI). Tem experiência
na área de Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia Neurológica e
Hospitalar, atuando principalmente nos seguintes temas: facilitação
neuromuscular proprioceptiva, doenças respiratórias, disfunções
neurológicas e traumato-ortopédicas, síndromes reumatológicas,
doenças infecciosas e infecto-contagiosas, fisioterapia comunitária
e docência em fisioterapia.

SOBRE OS AUTORES 151


Francisco Robert Bandeira Gomes da Silva

Possui graduação em Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade


Federal do Piauí (2002) e mestrado em Políticas Públicas pela
Universidade Federal do Piauí (2009). Atualmente cursa Doutorado
em Políticas Públicas na Universidade Federal do Paiuí, é docente
do Centro de Ensino Unificado de Teresina e professor formador I
- parfor da Universidade Federal do Piauí Tem experiência na área
de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas, atuando
principalmente nos seguintes temas: programa nacional de crédito
fundiário, partido dos trabalhadores, representação, participação
da sociedade civil e deputados estaduais. Atua, ainda, na pesquisa
da crítica do liberalismo de Alasdair MacIntyre.

Fabíola Freire de Albuquerque

Advogada na área de Família e Sucessões do Escritório Marcos


Cardoso e Tiago Sá Advogados Associados. Associada ao Instituto
Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM. Professora Universitária
de Direito Civil da Estácio-CEUT. Formada no curso de bacharelado
em Direito pelo CEUT e Ciência da Computação pela Universidade
Estadual do Piauí - UESPI. Especialista em Gestão estratégia de
empresas e pessoa pela FAR - Faculdade Ademar Rosado e Direito
Público pela Universidade Gama Filho- UGF. Estudiosa da Mediação
(Curso de especialização) Mestre em Direito Constitucional pela
UNIFOR - Universidade de Fortaleza, cuja linha de pesquisa foi em
Direito privado. Escritora de alguns capítulos de livros e artigos.
Palestrante.

Gabriel Mauriz de Moura Rocha

Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro de Ensino


Unificado de Teresina (2010). Especialista em Fisioterapia
Cardiorrespiratória(CEUT) e em Docência do Ensino
Superior(FLATED), Mestre em Engenharia Biomédica pela
Universidade Camilo Castelo Branco(UNICASTELO). Atualmente

152 
é professor do Centro de Ensino Unificado de Teresina - CEUT,
da Christus Faculdade do Piaui - CHRISFAPI. Atua nas áreas de
Terapia Manual, Postura, Envelhecimento, Traumato-Ortopedia,
Cardiorespiratório, UTI e Neurologia.Possui formação no método
RPG-REPOSTURARSE.

Geandra Batista Lima Nunes

Bacharel em Enfermagem 2005 pela UESPI, Especialista em Saúde


Pública e em Saúde da Família 2006, Mestre em enfermagem
pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) em 2010 e Doutora em
Biotecnologia pela Rede Nordeste de Biotecnologia-RENORBIO
em 2014. É docente do curso de graduação em enfermagem,
fisioterapia e nutrição da Faculdade Estácio/CEUT. Enfermeira da
estratégia saúde da Família do município de Teresina. Proprietária
da Fitofit - Suplementos & Fitoterápicos empresa incubada na UFPI.
Áreas de pesquisa: Saúde Pública, Uso Racional de Medicamentos,
Farmacologia e Toxicologia.

Gustavo Luís Mendes Tupinambá Rodrigues

Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio


Grande do Sul-PUCRS, especialista em Direito Administrativo pela
Universidade Federal do Ceará-UFC, graduado em Bacharelado em
Direito pela Universidade Federal do Piauí-UFPI, advogado militante
desde 1999, atuação na Docência Superior desde 2004, sobretudo em
disciplinas de Direito Público, como Direito Constitucional, Direito
Administrativo e Direito Penal, atualmente vinculado aos quadros
funcionais da Faculdade Santo Agostinho-FSA e da Estácio-CEUT.

Jarbas Gomes Machado Avelino

Possui graduação em DIREITO pela Universidade Federal do Piauí


(2004) e graduação em HISTÓRIA pela Universidade Estadual do
Piauí (2002), bem como Especialização em Docência Superior pela

SOBRE OS AUTORES 153


FAP TERESINA, além de Especialização em Teoria Geral do Direito
pela UFPI. Atualmente é professor do curso de Bacharelado em
Direito da FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU (FAP TERESINA) e
professor horista do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade
CEUT. Advogado militante no estado do Piauí, inscrito na OAB/PI
com o n.º 4.249. É mestre em História do Brasil pela Universidade
Federal do Piauí, tendo como tema objeto de sua dissertação As
escritas dos bacharéis: a ciência e o direito como mediadores para a
construção de uma sociedade republicana.

Jhon Kennedy Teixeira Lisbino

Especialista em Direito Constitucional. Advogado na Sociedade


Moacy leal. Coordenador do Curso de Pós Graduação em Direito e
Processo do Trabalho e Direito Previdenciário da Faculdade Estácio-
CEUT. Professor da graduação em Direito na Faculdade Estácio-
CEUT e da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Professor de
pós graduação na Faculdade Estácio-CEUT, Escola do Legislativo do
Piauí (ALEPI) e na Faculdade Santo Agostinho (FSA).

Joana de Moraes Souza Machado

Doutora em Direito Constitucional pela Universidade de Fortaleza


- UNIFOR (2014) , Mestre em Direito pela Universidade Federal
do Ceará (2006). Graduada em Direito pela Universidade Federal
do Piauí (1997). Professora Adjunta da Universidade Federal do
Piauí. Coordenadora do Curso de Direito do Centro Universitário
Uninovafapi. Editora Chefe da Revista de Direito do Uninovafapi.
Professora da Faculdade Estacio/Ceut

Jose Ribamar Santos Costa Junior

Professor de desenho (arquitetônico, moda e artístico)ilustrador,


pintor e escritor. Mestre em Educação pela UFPI, Especialista
em História da Arquitetura, Especialista em Docência Superior e
Especialista em Teoria do texto. Autor de livros na área de Arquitetura
e Urbanismo, Arte, Educação e Design. Artista plástico e Ilustrador.

154 
Lindinalva Vieira Dos Santos

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Piauí (1994).


Especialista em Administração Hospitalar pelas Faculdades integradas
São Camilo - Salvador (1996). Nutricionista da Fundação Hospitalar
de Teresina atuando na área de Alimentação Institucional. Professora
da Faculdade Estácio de Teresina, atuando nas áreas Nutrição
e Metabolismo, Avaliação Nutricional, Educação Nutricional,
Tecnologia de Alimentos e Estágio em Unidades de Alimentação e
Nutrição. Atua também como coordenadora da Comissão de Ética
em pesquisa da referida instituição e coordenadora de estágio
curricular.

Mahysa Bona de Carvalho

Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário


UNINOVAFAPI (2008). Deste o ano de 2010 é docente da Faculdade
Estácio/CEUT. Supervisora do estágio hospitalar do curso de
fisioterapia da Faculdade Estácio/CEUT. Atuou profissionalmente
como fisioterapeuta no Hospital de Urgência de Teresina - HUT no
setor da Clínica Médica e/ou Unidade Intermediaria durante 6 anos.
Especialista em Docência do Ensino Superior e com aperfeiçoamento
em Fisioterapia na Unidade de Terapia Intensiva Adulto e Fisioterapia
Neurofuncional. Tem experiência na área de Fisioterapia e docência
superior.

Lívia Cardoso Andrade

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza


(1995). Especialização em reeducação da motricidade-Unifor.
Aperfeiçoamento em RPG,Kabat.

Rafael Victor Ferreira do Bonfim

Possui graduação em Fisioterapia pela Faculdade Integral Diferencial


(2006) e mestrado em Bioengenharia pela Universidade do Vale do

SOBRE OS AUTORES 155


Paraíba (2010). Doutorando em Fisioterapia pela Universidad del
a República - UY. Atualmente é sócio-administrador/fisioterapeuta
- Dirceufisio - Clínica de Fisioterapia e Reabilitação Ltda,
administrador/fisioterapeuta - Clínica de Ortopedia Buenos Aires,
professor da Faculdade Aliança, professor titular da Faculdade de
Ciências Humanas, Saúde, Exatas e Jurídicas de Teresina, responável
pela divisão de pesquisa da Faculdade de Ciências Humanas, Saúde,
Exatas e Jurídicas de Teresina e diretor da Escola de Postura Brasil -
Piauí. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional,
com ênfase em Fisioerapia Geral e Terapia Manual e Postural.

Maria De Fátima Almeida e Sousa

Possui Mestrado Profissional em Terapia Intensiva pela Sociedade


Brasileira de Terapia Intensiva (SOBRATI), Especialização em
Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde pelo Instituto Sírio Libanês
de Ensino, Especialização em Educação Profissional na Área de
Saúde: Enfermagem pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e
Especialização em Saúde Pública pela Universidade de Ribeirão Preto
(UNAERP), graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Escola
Superior de Enfermagem de Mossoró. Atualmente é aposentada
da Maternidade Dona Evangelina Rosa-Pi. Docente do Curso de
Enfermagem da Faculdade Estácio de Sá/CEUT e Enfermeira da
Estratégia Saúde da Família em Teresina Piauí. Tem experiência na
área de Urgências e Emergência em Obstetrícia, Saúde Pública e
atuação significativa na área da Docência.

Maria Helena Almeida de Oliveira

Doutora em Políticas Públicas, pelo Programa de Pós Graduação


de Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI; Mestre
em Políticas Públicas, pelo Programa de Pós Graduação de Políticas
Públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Especialista em
Marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São
Paulo - ESPM - SP. Bacharel em Comunicação Social, pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro - RJ, com habilitações em

156 
Jornalismo e Publicidade e Propaganda. É coordenadora dos cursos
de Bacharelado em Publicidade e Propaganda e de bacharelado em
Jornalismo da Estácio Teresina, professora da Estácio Teresina.

Maria Iradir Feitosa

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza


(1978), especialização em Pneumo Funcional (2001) e em
Morfologia (2005). Mestrado em Engenharia Biomédica pela
Universidade do Vale do Paraíba (2010). Atualmente é professora da
Faculdade Estácio-CEUT, trabalha com Reeducação Postural Global,
funcionária do Hospital Getúlio Vargas. Tem experiência na área
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Morfologia
e Pneumo Funcional, atuando principalmente nos seguintes temas:
fisioterapeuta, tratamento, fisioterapia, postura e epidemiologia.

Mariângela Gomes Barbosa

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do


Piauí (1984). Atualmente é enfermeira da Fundação Nacional de
Saúde, atuando como Apoiadora Institucional na Estratégia Saúde
da Família, lotada no Diretoria Regional de Saúde Leste Sudeste,
Teresina-PI. Com experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase
em Saúde Pública. Professora da Faculdade Estácio de Sá - Teresina-
PI.

Milena France Alves Cavalcante

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do


Piauí (2005); Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal
do Piauí (2011). Especialista em Saúde Pública (UNICSUL); Atenção
Psicossocial (UFPI) e Terapias Naturalistas (BIONAT- Em andamento).
Atualmente é professora da SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR
ESTÁCIO DE SÁ/CEUT (Centro de Ensino Unificado de Teresina)
ministrando as disciplinas Anatomia Sistêmica; Microbiologia
Básica; Saúde Mental; Trabalho de Conclusão de Curso nos cursos

SOBRE OS AUTORES 157


de Bacharelado em Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição. Enfermeira
da Estratégia Saúde da Família e Hospital Infantil Odorico Matos.
Tem experiência na área de Enfermagem, atuando principalmente
nos seguintes temas: Atenção Básica, Enfermagem, Saúde Mental,
equipe multiprofissional; educação permanente e elaboração de
projetos.

Neulza Bangoim Veras de Araújo

Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Piauí


(UFPI). Especialista em Propaganda e Marketing pelo Centro de
Ensino Unificado de Teresina (CEUT); Graduada em Comuniciação
Social, com habilitação em Jornalismo, pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Atulmente exerce a função de
professora do Curso de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do
Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEUT).

Osni Moritz Filho

Graduado em Direito pelo Instituto Camillo Filho - ICF e Especialista


em Direito Constitucional pela Universidade do Sul de Santa
Catarina - UNISUL, atualmente é Palestrante e Professor de Direito
Constitucional, Eleitoral e Administrativo. Atua também como
Advogado Militante nas searas Eleitoral, Trabalhista e Criminal, nos
Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Distrito Federal.

Patrícia Caldas Meneses Pires Ferreira

Patricia Caldas Meneses Pires Ferreira, Advogada, Pós Graduada em


Direito Processual pela Escola Superior de Advocacia em Convênio
com a Universidade Federal do Piauí, atualmente é professora efetiva
da Universidade Estadual do Piauí, onde ministra as disciplinas
Direito Contratual e Direito das Coisas e da Universidade Estácio
Ceut - Centro de Ensino Unificado de Teresina, onde leciona a
disciplina Direito Contratual. Já foi professora da Faculdade Camilo
Filho em 2004 e da Associação de Ensino Superior do Piauí (AESPI)

158 
e Coordenadora do curso de Direito da Universidade Estadual do
Piauí. É Coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica da UESPI e
Ministra aulas na Pós Graduação em Direito Constitucional da
UESPI e na Faculdade de Atividades Empresariais de Teresina FAETE
em convênio com a escola do Legislativo.Atualmente é coordenadora
do Curso de Direito da Universidade Estadual do Piauí- UESPI.

Rafael Gerson Meireles Barros

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Universidade Federal do


Piauí (2007). Pos Graduação em Terapia Intensiva pela UNIPOS.
Atualmente é Enfermeiro concursado pela Secretaria da Saúde do
Estado do Piaui, no Hospital Infantil Lucídio Portela; Professor da
Faculdade Estácio Ceut. Tem experiência na área de Enfermagem,
com ênfase em Enfermagem Médico-Cirúrgica e oncológica. Sete
anos de trabalho na Associação Piauiense de Combate ao Câncer -
Hospital Sao Marcos, em Teresina - PI.

Reginaldo Farias Dias

Possui graduação em Bacharelado em Direito pela Universidade


Federal do Piauí (1997) e pós-graduação "lato sensu"
em Direito Público pelo Centro de Ensino Unificado de Teresina -
CEUT (2001). Atualmente é professor horista do Centro de Ensino
Unificado de Teresina - CEUT - e exerce a função de Assessor Jurídico
do Tribunal Regional do Trabalho - 22ª região, onde exerce também
o cargo de Técnico Judiciário.

Renato Souza do Nascimento

Possui graduação em Jornalismo pela Universidade Federal do Piauí


(2003), especialização em Marketing pela Unip (2008) e mestrado
em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2008).
Atualmente é Gerente Acadêmico da aculdade de Ciências Humanas,
Saúde, Exatas e Jurídicas de Teresina (CEUT), onde também atua como
professor dos cursos de Administração, Jornalismo e Publicidade. Tem

SOBRE OS AUTORES 159


experiência na área jornalística (impresso e on-line), de assessoria de
comunicação e de planejamento de comunicação e de campanhas
publicitárias, além de atuar na área da Economia Criativa. Temas de
estudo: consumo, marketing, comunicação e discurso e economia
criativa.

José Ribamar Rodrigues do Monte

Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Piauí


(1993). Mestre em Administração (Finanças) pela Universidade
Federal da Paraíba (2001). Professor de Graduação e Pós-Gradução,
com experiência nas disciplinas: Administração Financeira e
Orçamentária, Administração de Custos, Administração Pública,
Contabilidade Governamental, Orçamento Público e Teoria da
Contabilidade. É servidor público na JUSTIÇA FEDERAL DE 1º
GRAU NO PIAUÍ. , atuando principalmente nos seguintes temas:
administração pública, finanças públicas, orçamento público,
contabilidade e auditoria governamentais.

Rocilda Cleide Bonfin de Sabóia

Mestre em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do


Piauí (2014), Pós-Graduada em Distúrbios Metabólicos e Nutrição
Clínica (UFPI) e Graduada em Nutrição (UFPI 2000). Experiência
na área de Nutrição, com ênfase em Dietoterapia, Produção de
alimentos e Supervisão de Estágios Clínico, Institucional e Social.
Atualmente ministrando as disciplinas Administração de Unidades
de Alimentação e Nutrição, Patologia da Nutrição e Dietoterapia,
Nutrição e Atividade Física, Tecnologia dos Alimentos e Supervisão
de estágios Clínico e Social.

Roger Gurgel

Atualmente é efetivo adjunto do Centro de Ensino Unificado de


Teresina Ministrando as disciplinas de Direito Empresarial e Direito
Eleitoral

160 
Rosangela Lopes Viana

Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Piauí


(1993). Mestre em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal
do Piauí(2013). Especialista em Nutrição Clínica(1997), Saúde
Pública(2005), Administração Hospitalar(1996) e Vigilância
Epidemiológica de Doenças Transmissíveis(2007). Atualmente
é Nutricionista na Gerencia de Ações Estratégicas da Fundação
Municipal de Saúde da cidade de Teresina-PI. Professora das
Disciplinas de Educação Nutricional, Microbiologia dos Alimentos
e Supervisora do Estágio em Nutrição Social. Membro do Núcleo
Docente Estruturante (NDE), orientadora de TCC e Coordenadora
da Liga de Nutrição em Saúde Pública do curso de Nutrição da
Faculdade Estácio CEUT. Ex docente da Faculdade de Ciências
Médicas(FACIME). Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com
ênfase em Saúde Coletiva.

Samara de Oliveira Cunha

Possui graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Piauí


(1995) e graduação em Bacharelado em Direito pela Universidade
Estadual do Piauí (2003). Especialista em Direito Público, Privado
e Tributário. Atualmente é professora de Graduação em Direito,
40 horas, da Estácio Ceut, Núcleo Teresina. Professora titular das
disciplinas de Direito Tributário e Introdução ao Estudo do Direito.
Membro da OAB - PI. Ministra cursos preparatórios para o exame de
ordem e preparatório para concursos. Professora de Pós Graduação
da Estácio Ceut. Coordenadora do Curso de Direito da Estácio Ceut,
Núcleo Teresina.

Emanuelle Chaves

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do


Piauí (2004) e mestrado em Políticas Públicas pela Universidade
Federal do Piauí (2008). Atualmente é professora substituta da
Universidade Estadual do Piauí, professor e membro do núcleo

SOBRE OS AUTORES 161


docente do curso do Centro Unificado de Ensino de Teresina,
professora adjunta do Centro Unificado de Ensino de Teresina
(Estacio - Ceut), professor e membro do núcleo docente do curso
do Instituto Camilo Filho e professora do Instituto Camilo Filho.
Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia,
atuando principalmente nos seguintes temas: direito, identidades,
juventude, privação de liberdade e corpo.

Sammara Jericó

Mestranda no programa de Antropologia da Universidade Federal


do Piauí (UFPI). Especialista em Comunicação e Marketing (2005)
e Graduada em Comunicação Social, Habilitação Jornalismo (2002)
pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Atualmente, é Assessora
de Imprensa do Núcleo de Educação a Distância (NEAD/UESPI),
Docente efetiva da UESPI, coordendora/executora de Projetos de
Extensão do curso de Jornalismo da UESPI nas áreas de audiovisual,
fotojornalismo, design gráfico, bate papo interativo, experiência
em produção de produtos audiovisuais no curso de Jornalismo e no
NEAD/UESPI. Até 2015, foi Coordenadora do curso de Comunicação
Social - Hab. Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Estadual
do Piauí (UESPI). Professora da Estácio CEUT desde 2008 com
experiência em atividades práticas nas áreas de jornalismo impresso,
sites e TV. Foi Coordenadora da Agência de Jornalismo (Agecom).
Orientadora de projetos extra sala. Foi Coordenadora dos cursos de
Especialização em Assessoria de Imprensa e Marketing Político.

Samara Karine Carvalho Sena

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual da Paraíba


(UEPB), Doutoranda em Engenharia Biomédica pela UNIVAP, Mestre
em Saúde da Família pelo Centro Universitário UNINOVAFAPI
e especialista em Fisioterapia Musculoesquelética pelo Centro
Universitário UNINOVAFAPI. Atua como fisioterapeuta na
Intercare- nurse & fisio e no Exército Brasileiro (Oficial de saúde
no posto de Segundo-Tenente fisioterapeuta) e como docente

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da faculdade Estácio de Sá- Teresina-PI. Tem experiência na área
Docência do Ensino Superior, de Fisioterapia Musculoesquelética,
Fisioterapia Dermatofuncional, Fisioterapia Hospitalar e Fisioterapia
Neuropediátrica. Fez cursos de Drenagem Linfática Manual método
Leduc e Vodder, Reeducação Postural Global, Método BOBATH-
Tratamento neuroevolutivo, Reabilitação Cardíaca e Fisioterapia
Pneumo funcional.

Silvana Ribeiro Dias Vieira

Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade


Federal de Juiz de Fora-MG - UFMG . Pós Graduação em Espaço e
Turismo pela Universidade Estadual do Piauí- UESPI. Graduação
em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal do
Piauí (1995). Atualmente Supervisora Pedagógica do PRONATEC do
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
DO PIAUÍ-IFPI, estatutária - Secretaria de Estado da Educação,
professora da ESTACIO DE TERESINA. Tem experiência na área de
Educação, Gestão Socioambiental e Empreendedorismo.Graduanda
do Curso de Administração - UNIP.

Silvia Cristina Carvalho Sampaio Santana

Mestranda em Ciência Política pela Universidade Federal do Piauí


(Turma 2013-2015), Especialista em Controle Interno e Externo na
Administração Pública, com graduação em Direito pela Universidade
Federal do Piauí (1998) e em Ciências Contábeis também pela
Universidade Federal do Piauí (1996). Diretora Administrativa e
Financeira da Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina
(FAETE) no período de 2003 a 2009 e Diretora Geral da Faculdade
das Atividades Empresariais de Teresina (FAETE) o período de 2009
a 2011 e de outubro de 2016 até atualmente. Pró-Reitora Adjunta de
Administração e Finanças da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
no período de 2002 a 2008. Atua em Instituições de Ensino Superior
como Professora (FAETE, UNESC, ESTACIO/CEUT e UESPI).
Membro da Comissão de Direito do Trabalho e da Comissão de

SOBRE OS AUTORES 163


Ensino Jurídico da OAB/PI. Palestrante em Preparatórios para OAB.
Professora das disciplinas de Graduação: Direito do Trabalho, Direito
Administrativo e Direito Tributário e também em Pós Graduação.
Consultora Jurídica, Advogada e Contadora. Atualmente é professora
da ESTÁCIO CEUT.

Maria do Socorro Carvalho de Sales Sousa

Possui graduação em direito pelo Instituto Camillo Filho (2005) e


graduação em psicologia pela faculdade Santo Agostinho (2004),
além de gradução incompleta e filosofa pela Universidade Federal
do Piauí, com especialização em saúde mental Pela faculdade
internacional de Curitiba ( FACINTER) e especialização em andamento
em direito Previdenciário Pela Escola Superior de Advocacia da OAB
-Pi . Possui experiência profissional na área de Direito, com ênfase
em Direito Civil, Processo Civil, Direito Administrativo, Direito do
Consumidor, Direito Previdenciário, bem como na área de Psicologia
Geral, Psicologia organizacional e Psicologia jurídica. Tem larga
experiência na área de mediação de conflitos e Conciliação. Ex-
conciliadora do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, atualmente
trabalha com mediação de conflitos desde o ano de 2011, sendo
Mediadora Escolar do Centro Integrado de Mediação Escolar da
Faculdade Estácio Ceut e Centro de Mediação e Cidadania da Estácio
Ceut. Professora da disciplina de Mediação e Arbitragem, atualmente
está em processo de formação de mediador judicial pelo Cejusc -
TJPI. Ministrante de vários cursos de extensão, dentre os quais para
a Escola de Magistratura do Estado do Piauí e OAB-Pi. É professora
adjunta da Faculdade Estacio Ceut e professora pesquisadora do
Instituto Federal de Educação do PIauí (IFPI).

Tatiana Maria Lima Cruz

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade de Fortaleza ,


Graduação em Direito pela Estácio -CEUT..Especialista em Docência
Superior pela Universidade Estadual do Pará . Exerce Docência
Superior nos Cursos de Direito, Ciências Contábeis , Enfermagem,

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Nutrição, Fisioterapia e Administração pela Faculdade Estácio de Sá
,polo Ceut-Teresina Coordena Especialização em Gestão de Pessoas,
Docência do Ensino Superior pelo Faculdade Estácio de Sá,polo
Ceut/Teresina .Tem experiência na área de Psicologia Clínica (criança
e adulto) e Hospitalar ( Instituto do Coração - Itacor). Ministra
aula de Psicologia Jurídica na Especialização em Ciências Criminais
- Estácio de Sá. . Coordena Serviço de Atendimento Psicopedagógico
pela Estácio Ceut. Atua como docente na Faculdade CET, disciplinas
Psicologia Forense , Criminologia , Sociologia Geral e Jurídica e
História do Direito

Wendell Nunes Martins Lopes

Possui graduação pela Universidade Federal do Piauí (2006). Tem


experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Construção
Civil e Saneamento. Possui pós-graduação pela Universidade Federal
do Piauí em Práticas Projetuais em Engenharia e Arquitetura (2013).

Yolete Dourado de Araújo

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidade


de Fortaleza (1987), Especialização em Administração Hospitalar pela
UNAERP (1997) e em Contabilidade Geral pela Universidade Federal
do Piauí (1998) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal
do Piauí (2006). Atualmente é professora titular e Coordenadora
do Curso de Bacharelado em Administração e Coordenadora do
Curso de Bacharelado em Secretariado Executivo do Centro de
Ensino Unificado de Teresina. Ex-Conselheira do Conselho Regional
de Administração do Estado do Piauí. Possui experiência na área de
Administração, é gestora de curso superior e cursos de formação
profissional com ênfase em Administração e Inteligência Emocional.

Mário Augusto Teles

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal


do Piauí (1982). Possui MBA em Marketing pelo IEE/RJ, possui Pós

SOBRE OS AUTORES 165


-Graduação em Gestão Estratégica e Qualidade pela Universidade
Cândido Mendes - RJ. Atualmente é consultoria aérea de Mercado
do SEBRAE/PI, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Empresas do Piauí, Coordenador de Atendimento ao Cliente na
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, professor na Faculdade Estácio -
Teresina. Tem experiência no ensino superior com mais de 15 anos nas
áreas de Marketing e Gestão de Marketing, Planejamento Estratégico,
Estratégias de Comunicação e Liderança.

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Este livro foi produzido em:
Papel: Pólen Soft 80g/m²
Dimensão: 16x23 cm
Tiragem: 300 exemplares

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