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A lâmpada fluorescente
(Quantum e Plasma)
No interior de um tubo temos dois eletrodos e um gás sob baixa pressão. Se nos eletrodos
for aplicada uma tensão suficientemente alta, acompanhada de uma componente de alta
freqüência, os átomos do gás são excitados a ponto de perderem parte de seus elétrons.
Temos então a formação de íons (átomos dotados de carga global positiva/negativa
resultante da perda/captação de elétrons) e elétrons livres. A tendência dos elétrons é
dirigirem-se em sentido ao eletrodo que esteja carregado positivamente, ou seja, o anodo,
enquanto que os íons dotados de cargas positivas dirigem-se em sentido ao eletrodo
carregado negativamente (denominado catodo).
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O Copyright do “Feira de Ciências” está reservado para “Luiz Ferraz Netto” e seu conteúdo está protegido pela Lei de Direitos Autorais.
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atraída e recolhida.
A mobilidade de elétrons faz com que ocorram colisões entre elétrons e outros átomos do
gás que tendem a liberar novos elétrons, formando assim novos pares elétrons/íons,
mantendo o processo. Os elétrons e íons que, por outro lado, chegam aos eletrodos
correspondentes, com o impacto conseguem liberar novas cargas.
O processo é cumulativo, ou seja, uma vez que um pequeno pulso libere alguns elétrons
formando pares elétrons/íons, a liberação de novos pares ocorre de uma forma rápida
"enchendo" todo o tubo de uma substância com características especiais. Essa substância,
formada principalmente por elétrons livres e íons, é o que denominamos por "plasma".
Podemos então explicar melhor o que ocorre, partindo de um circuito típico de uma
lâmpada fluorescente comum, apresentado na ilustração abaixo.
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O reator é um indutor de elevado valor que funciona em conjunto com o starter. O starter
típico é formado por um capacitor em paralelo com uma pequena lâmpada a néon que leva
em seu interior um interruptor de lâmina bimetálica.
Ao mesmo tempo, a corrente que circula pelo reator e pelo reator e pelo starter também
passa pelos filamentos da lâmpada. A finalidade dos filamentos é facilitar a liberação de
elétrons secundários quando os íons e elétrons do gás se chocarem contra eles,
aumentando assim a quantidade de pares elétrons/íons e com isso a condução da lâmpada.
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lâmpada/starter). Nestas condições, ele "abre" e toda a corrente que circula pela lâmpada é
suficiente para mantê-la em condução, com uma elevada ionização. Os próprios filamentos
(que funcionam como anodo e catodo) não precisam mais ser aquecidos pela corrente para
liberarem pares adicionais elétrons/íons sendo "desligados" no processo de desativação do
starter.
Todo starter para lâmpadas fluorescentes tem no interior uma lâmina bimetálica e uma pequena
quantidade de gás néon. Quando se aplica os iniciais 110V a condução gasosa pelo néon inicia (a
tensão mínima de ionização do néon é cerca de 80V); essa corrente passando pelo bimetal o aquece
(efeito Joule), ele enverga e encosta no outro terminal, fechando o circuito para o filamento da lâmpada
fluorescente. O filamento vai ao rubro, emitindo elétrons (efeito Edson). Quando o bimetal esfria ele
abre os contatos dentro do starter e nessa fase ocorre a auto-indução no reator elevando a tensão
para cerca de 450V e, com isso, iniciando a ignição da lâmpada. Com a corrente principal estabelecida,
a tensão entre terminais da lâmpada fluorescente e starter (circuito paralelo) cai abaixo dos 80V. A
lâmpada permanece acesa mas, o néon do starter não conduz, o filamento permanece desligado.
A emissão da radiação ocorre em função do tipo de gás que existe no interior do tubo, de
sua pressão e, também, de outros fatores secundários (como a temperatura, a presença de
campos magnéticos etc.). Para as lâmpadas comuns, temos uma mistura de alguns gases
nobres como o neônio, argônio, hélio etc.) sob pressão levemente inferior à atmosférica.
Com o tempo, por deficiências naturais de vedação, o ar pode entrar e, com isso, a
alteração da pressão fará com que, cada vez mais, torne-se difícil ocorrer a ionização com a
tensão disponível. Isso explica porque as lâmpadas velhas piscam, piscam e não acendem.
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A “cor da lâmpada fluorescente”, portanto, ‘não vem lá de dentro’ e é sim, determinada pela
composição química desse ‘pó’. Uma crença comum entre as pessoas é que esse gás do
interior dessas lâmpadas é venenoso e que por isso o ferimento provocado pelo seu vidro
demora a cicatrizar. O perigoso, em caso de um corte, é justamente o pó que reveste o
vidro do tubo.
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Num primeiro instante, tudo 'frio', o interruptor é ligado. O starter, como sabemos, é uma
pequena lâmpada néon cujo potencial de ionização é cerca de 80 V, contendo no seu
interior um interruptor feito de lâmina bimetálica na condição de normalmente aberto. A
tensão aplicada entre os terminais desse interruptor, nesse instante exatamente igual á
tensão da rede elétrica, é suficiente para ionizar o gás que envolve esse interruptor (a
lâmpada néon 'acende') e, assim, a intensidade de corrente que passa a circular pelo
circuito série todo (reator + filamentos + gás néon) é bem baixa (de 5 a 10 mA) devido á
presença de um condutor gasoso (gás néon ionizado) na série. Apesar de pouco intensa
essa corrente é suficiente para aquecer a lâmina bimetálica, a qual verga e fecha o circuito,
eliminando o condutor gasoso da série. Agora a corrente, apenas limitada pela alta
reatância indutiva do reator, inicia o aquecimento dos filamentos. Esse aquecimento ao
rubro propicia a emissão de elétrons do filamento (efeito Edson) para o gás no interior da
lâmpada fluorescente toda.
Mas, como os contatos dentro da pequena néon estão fechados (lâmpada néon apagada) e
não há mais corrente através do gás, a lâmina bimetálica esfria, verga em sentido oposto e
abre o circuito série interrompendo bruscamente a corrente elétrica. O colapso do campo
magnético no reator gera, por indução, um elevado pulso de tensão que adicionado á
tensão da rede (pois o interruptor geral está fechado) é aplicada á lâmpada fluorescente.
Esse processo se repete ( normalmente duas ou três vezes, com lâmpadas e starters
novos), até que o pico de tensão seja suficiente para ionizar o gás da lâmpada longa. Nesse
instante, a tensão sobre os terminais da lâmpada néon cai rapidamente para uns 40 V, que
é insuficiente para a ignição do starter. O processo se estabiliza, a lâmpada longa
permanece acesa, até que desliguemos o interruptor geral.
O reator está ali para limitar a corrente que circula através da lâmpada (lembre-se, a
resistência do gás ionizado, com o acréscimo constante de elétrons vindos dos filamentos,
tende a zero) e, além disso, mantém a corrente e a tensão defasadas. Para bem entender
esse papel do reator, basta trocá-lo por uma lâmpada de 100 W, e ver que é muito difícil
fazer a lâmpada fluorescente acender em 127 VAC. Em 220 VAC, dada a tensão mais alta,
o acendimento ocorrerá (e é por isso, que as lâmpadas ditas mistas, que contém uma
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2- Esse oscilador não é senoidal, tendendo à uma onda retangular, portanto, o sinal de
saída do transformador, conterá picos breves de tensão muito alta acima da tensão de
ionização da lâmpada, e uma tensão média apenas um pouco acima da tensão de
manutenção. As pequenas diferenças entre a tensão de saída e a tensão de manutenção
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da lâmpada, são ' absorvidas' pela resistência interna do enrolamento secundário. Portanto,
a lâmpada estará sendo continuamente "reionizada" a cada ciclo do oscilador.
Essa inserção a respeito do ‘quantum’ originou-se de uma pergunta feita ao autor, numa
lista de discussão na WWW. Dada a importância (e o interesse) para o nível médio, como
divulgação, vamos a uma introdução.
Introdução
O mundo dos átomos está cheio de coisas inesperadas. Quando tentamos penetrar na
estrutura interna do átomo, observamos coisas estranhas que parecem contraditórias
porque são muito diferentes de nossas experiências com a matéria comum em larga escala.
Elas também não fazem sentido com nossas idéias habituais sobre partículas e seu
comportamento. Estamos conscientes de que alguma coisa nova e incomum deve ser
descoberta se desejarmos explicar os fatos da natureza observados ao nosso redor.
Para quem já iniciou seus estudos da Teoria Atômica, chamamos a atenção para as sérias
contradições que afligem o estudo da estrutura do átomo, conforme seu professor já deve
ter destacado. Por um lado, deve ter dito ele, o átomo revelou-se como um ‘pequeno
sistema planetário’ com elétrons circulando em torno do núcleo; por outro lado, salientou,
encontramos uma estabilidade e uma série de propriedades características completamente
estranhas a um sistema planetário.
Nessa breve divulgação, vamos começar por dar uma descrição mais detalhada de outras
observações não usuais a respeito dos átomos e das partículas atômicas, e esperamos,
com isso, abrir caminho até os novos fenômenos que governam o interior dos átomos. Não
apresentaremos relato histórico. Infelizmente, no estágio atual de desenvolvimento da
ciência, é raro que uma descoberta seja feita no momento em que poderia ser mais útil para
nossa compreensão dos fatos; em geral ela só é realizada depois que o desenvolvimento
tecnológico já criou os meios de se efetuar as medidas necessárias.
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atômico. Esse primeiro conjunto engloba as descobertas dos estados quânticos do átomo
(o segundo diz respeito à natureza quântica da luz, e o terceiro, às propriedades
ondulatórias das partículas materiais).
Em 1913, James Franck e Gustav Hertz realizaram uma série de experiências nas quais
tentaram modificar as órbitas planetárias dos elétrons no átomo. Eles raciocinaram da
seguinte maneira: o átomo parece resistir a qualquer modificação das órbitas eletrônicas;
tentemos modificar "à força" essas órbitas para vermos de que maneira e até que ponto o
átomo pode resistir. Uma hipótese aceitável, no modelo do sistema planetário, leva a crer
que as órbitas dos planetas sejam modificadas se uma estrela passasse perto de nosso
sistema solar. Franck e Hertz planejaram uma experiência que corresponderia, no mundo
atômico, a um cataclismo solar daquele tipo.
Em termos simples, a experiência foi a seguinte: temos um recipiente cheio com um gás de
átomos - por exemplo, átomos de sódio ou hidrogênio. Fazemos passar através do gás um
feixe estreito de elétrons. Como os elétrons exercem intensa ação elétrica uns sobre os
outros, esperamos que um feixe de elétrons que passe perto de um átomo exerça uma
influência sobre os elétrons orbitais do átomo e modifique suas órbitas, da mesma maneira
que a estrela modificaria a órbita da terra.
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Não podemos olhar diretamente as órbitas eletrônicas para verificar se foram modificadas,
mas podemos descobrir indiretamente o que aconteceu. Fazemos com que todos os
elétrons do feixe tenham exatamente a mesma velocidade quando penetram no gás.
Qualquer modificação que os elétrons produzam nos átomos estará associada com uma
modificação na sua própria velocidade. Essa previsão é conseqüência da lei da
conservação da energia. É necessário energia para alterar a órbita de um elétron num
átomo; portanto, se a órbita for modificada por um elétron que passa por perto, esse elétron
deverá perder alguma energia. Velocidade é energia; portanto, a velocidade do elétron será
reduzida e essa redução pode ser observada quando o feixe sai do outro lado do recipiente
que contém o gás. O mesmo aconteceria se uma estrela passasse pelo nosso sistema
solar. Sua passagem daria um empurrão na Terra, aumentando a energia da Terra e
diminuindo a energia da estrela.
Ele nos diz que não podemos modificar as órbitas dos elétrons no átomo de maneira
arbitrária. Ou elas não mudam, ou sofrem alterações especificas e bastante grandes de
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energia. Nesse ponto, entra o conceito de "quantum" de energia. A energia pode ser
fornecida a um átomo apenas em "quanta'' característicos - nem mais, nem menos.
Esse fato não poderia estar relacionado com o fenômeno que dá origem à especificidade
dos átomos e que força sempre os elétrons para a configuração característica de cada tipo
especial de átomo?
Façamos, agora, uma pequena pausa na discussão, para saber como são expressas as
energias nos problemas atômicos. Medimos a energia de partículas atômicas com uma
unidade chamada "elétron-volt", símbolo "eV". Definição do elétron-volt: é a quantidade de
energia que um elétron (devido à sua carga elétrica) recebe/cede ao passar de um ponto a
outro, cuja diferença de potencial elétrico é de 1 volt (U = 1V). Essa unidade substitui o
"joule" (J) nas interações atômicas. Vamos dar um pincelada nisso, em forma de perguntas
(P) e respostas (R).
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absoluto da carga do elétron, a energia trocada com a bateria passaria a ser de 12eV e a
trocada com a tomada de 110eV.
Nesse último caso, os elétrons sairiam do terminal positivo do gerador, passariam por
dentro dele, e sairiam do terminal negativo com a energia de 110eV; em continuação,
sairiam desse terminal negativo da tomada, passariam pelo aquecedor, entregando a ele os
110eV e retornando ao terminal positivo.
A tensão elétrica ou d.d.p. indica, portanto, quanto de energia elétrica a unidade de carga
recebe ou cede ao passar de um ponto a outro.
Os elétrons não saltam de um terminal da tomada para o outro devido ao meio (ar) ser um
mau condutor de corrente elétrica mas, se aproximarmos suficientemente um terminal do
outro, os elétrons vencerão essa dificuldade, saltando. Observamos esse fenômeno sob a
forma de uma faísca.
O elétron-volt é uma unidade de energia conveniente para nossos problemas. Por exemplo,
no ar, á temperatura ambiente, as moléculas voam em todas as direções com energia
cinética média de 1/30 de elétron-volt. Essa é a energia média por átomo de qualquer tipo
para o movimento térmico á temperatura ambiente; é, por exemplo, a energia das
oscilações térmicas irregulares que os átomos efetuam num pedaço de metal, aquelas que
causam a fusão a temperaturas mais elevadas, quando as forças que mantêm os átomos
no lugar são sobrepujadas.
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temperatura ambiente. Imediatamente ligamos esse fato àquele outro de que os átomos de
um gás á temperatura ambiente conservam sua identidade e não são modificados apesar
das muitas colisões sofridas. A energia dessas colisões está bem abaixo da energia limiar,
isto é, abaixo do menor quantum de energia que o átomo pode aceitar. Portanto, as
experiências de Franck-Hertz mostraram, à sua maneira, a surpreendente estabilidade dos
átomos, dando a ela um aspecto quantitativo. O átomo permanece inalterado e estável
enquanto os impactos recebidos são menos energéticos do que uma energia limiar bem
definida, e essa energia tem um valor característico para cada elemento. Sem dúvida,
Franck e Hertz "mediram" a estabilidade atômica.
Elas nos informam não apenas da quantidade mínima de energia que os átomos aceitam,
mas nos dão a série completa de valores específicos da energia que o átomo é capaz de
aceitar. Apenas esses valores podem ser fornecidos ao átomo; ele rejeita qualquer coisa
que fique entre esses valores.
O átomo de sódio, por exemplo, aceita somente 2,1eV, 3,18 eV, 3,6 eV,
3,75 eV, etc.
Ao que parece, todos os outros estados situados entre esses são proibidos. Os estados
permitidos são chamados estados quânticos. O estado de mais baixa energia é o estado
fundamental; é nesse estado que o átomo está geralmente; os outros são chamados
estados excitados. A energia limiar é a diferença entre a energia do primeiro estado
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Estes fatos estão em contraste agudo com o que esperamos a partir do comportamento do
modelo planetário.
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de neônio gasoso, no qual cada átomo tem 10 elétrons, tem as mesmas propriedades que
um plasma de sódio gasoso, no qual cada átomo tem 11 elétrons.
Não há mais órbitas eletrônicas selecionadas; não há mais radiação característica. Reina o
caos no plasma; é um caos de temperaturas extremamente elevadas, raramente
encontrado na Terra, exceto quando produzido em nossos laboratórios. Entretanto, no
espaço cósmico, esse estado é encontrado nos gases expelidos pelo Sol e por outras
estrelas quentes.
NOTA: O nome "plasma" não tem nada a ver com o plasma sanguíneo, ou com a matéria
viva da célula. A expressão deriva do fato de que as primeiras realizações de um plasma
atômico em um tubo de descarga assemelhavam-se ao plasma biológico.
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