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CAPÍTULO I
Art. 1º As políticas nacionais para o aproveitamento racional das fontes de energia visarão
aos seguintes objetivos:
VII - identificar as soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas
diversas regiões do País;
CAPÍTULO II
VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos
produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que
visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos. (Incluído
pela Lei nº 11.909, de 2009)
§ 1º Para o exercício de suas atribuições, o CNPE contará com o apoio técnico dos
órgãos reguladores do setor energético.
CAPÍTULO III
SEÇÃO I
Do Exercício do Monopólio
Art. 4º Constituem monopólio da União, nos termos do art. 177 da Constituição Federal, as
seguintes atividades:
Art. 5o As atividades econômicas de que trata o art. 4o desta Lei serão reguladas e
fiscalizadas pela União e poderão ser exercidas, mediante concessão, autorização ou
contratação sob o regime de partilha de produção, por empresas constituídas sob as leis
brasileiras, com sede e administração no País. (Redação dada pela Lei nº 12.351, de 2010)
SEÇÃO II
II - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas
condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou
gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros;
XIII - Bloco: parte de uma bacia sedimentar, formada por um prisma vertical de
profundidade indeterminada, com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas
de seus vértices, onde são desenvolvidas atividades de exploração ou produção de petróleo e
gás natural;
XIV - Campo de Petróleo ou de Gás Natural: área produtora de petróleo ou gás natural, a
partir de um reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variáveis,
abrangendo instalações e equipamentos destinados à produção;
XXX - Etanol: biocombustível líquido derivado de biomassa renovável, que tem como
principal componente o álcool etílico, que pode ser utilizado, diretamente ou mediante
alterações, em motores a combustão interna com ignição por centelha, em outras formas de
geração de energia ou em indústria petroquímica, podendo ser obtido por rotas tecnológicas
distintas, conforme especificado em regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)
CAPÍTULO IV
SEÇÃO I
Parágrafo único. A ANP terá sede e foro no Distrito Federal e escritórios centrais na
cidade do Rio de Janeiro, podendo instalar unidades administrativas regionais.
VIII - instruir processo com vistas à declaração de utilidade pública, para fins de
desapropriação e instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à exploração,
desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, construção de refinarias, de dutos e de
terminais;
IX - fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, gás natural,
seus derivados e biocombustíveis e de preservação do meio ambiente; (Redação dada pela Lei
nº 11.097, de 2005)
XIV - articular-se com os outros órgãos reguladores do setor energético sobre matérias de
interesse comum, inclusive para efeito de apoio técnico ao CNPE;
XVIII - especificar a qualidade dos derivados de petróleo, gás natural e seus derivados e
dos biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 11.097, de 2005)
XIX - regular e fiscalizar o acesso à capacidade dos gasodutos; (Incluído pela Lei nº
11.909, de 2009)
Parágrafo único. No exercício das atribuições de que trata este artigo, com ênfase na
garantia do abastecimento nacional de combustíveis, desde que em bases econômicas
sustentáveis, a ANP poderá exigir dos agentes regulados, conforme disposto em
regulamento: (Incluído pela Lei nº 12490, de 2011)
§ 2o No exercício das atribuições referidas no caput deste artigo, caberá à ANP, sem
prejuízo de outras funções que lhe forem atribuídas na regulamentação: (Incluído pela Lei nº
11.909, de 2009)
III - monitorar as entradas e saídas de gás natural das redes de transporte, confrontando
os volumes movimentados com os contratos de transporte vigentes; (Incluído pela Lei nº
11.909, de 2009)
Art. 9º Além das atribuições que lhe são conferidas no artigo anterior, caberá à ANP
exercer, a partir de sua implantação, as atribuições do Departamento Nacional de
Combustíveis - DNC, relacionadas com as atividades de distribuição e revenda de derivados de
petróleo e álcool, observado o disposto no art. 78.
Art. 10. Quando, no exercício de suas atribuições, a ANP tomar conhecimento de fato que
possa configurar indício de infração da ordem econômica, deverá comunicá-lo imediatamente
ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade e à Secretaria de Direito Econômico
do Ministério da Justiça, para que estes adotem as providências cabíveis, no âmbito da
legislação pertinente.(Redação dada pela Lei nº 10.202, de 20.2.2001)
SEÇÃO II
Art. 11. A ANP será dirigida, em regime de colegiado, por uma Diretoria composta de um
Diretor-Geral e quatro Diretores.
II - (VETADO)
III - (VETADO)
Art. 14. Terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor da ANP
ficará impedido, por um período de 12 (doze) meses, contado da data de sua exoneração, de
prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a empresa integrante das indústrias
do petróleo e dos biocombustíveis ou de distribuição. (Redação dada pela Lei nº 12.490, de
2011)
§ 1° Durante o impedimento, o ex-Diretor qu e não tiver sido exonerado nos termos do art.
12 poderá continuar prestando serviço à ANP, ou a qualquer órgão da Administração Direta da
União, mediante remuneração equivalente à do cargo de direção que exerceu.
SEÇÃO III
II - parcela das participações governamentais referidas nos incisos I e III do art. 45 desta
Lei, de acordo com as necessidades operacionais da ANP, consignadas no orçamento
aprovado;
SEÇÃO IV
Do Processo Decisório
Art. 20. O regimento interno da ANP disporá sobre os procedimentos a serem adotados
para a solução de conflitos entre agentes econômicos, e entre estes e usuários e
consumidores, com ênfase na conciliação e no arbitramento.
CAPÍTULO V
Da Exploração e da Produção
SEÇÃO I
Art. 22. O acervo técnico constituído pelos dados e informações sobre as bacias
sedimentares brasileiras é também considerado parte integrante dos recursos petrolíferos
nacionais, cabendo à ANP sua coleta, manutenção e administração.
Art. 25. Somente poderão obter concessão para a exploração e produção de petróleo ou
gás natural as empresas que atendam aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos
estabelecidos pela ANP.
Art. 26. A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua
conta e risco e, em caso de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco,
conferindo-lhe a propriedade desses bens, após extraídos, com os encargos relativos ao
pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais correspondentes.
§ 2° A ANP emitirá seu parecer sobre os pla nos e projetos referidos no parágrafo anterior
no prazo máximo de cento e oitenta dias.
§ 3° Decorrido o prazo estipulado no parágr afo anterior sem que haja manifestação da
ANP, os planos e projetos considerar-se-ão automaticamente aprovados.
IV - ao término da fase de exploração, sem que tenha sido feita qualquer descoberta
comercial, conforme definido no contrato;
§ 1° A devolução de áreas, assim como a rev ersão de bens, não implicará ônus de
qualquer natureza para a União ou para a ANP, nem conferirá ao concessionário qualquer
direito de indenização pelos serviços, poços, imóveis e bens reversíveis, os quais passarão à
propriedade da União e à administração da ANP, na forma prevista no inciso VI do art. 43.
§ 2° Em qualquer caso de extinção da conces são, o concessionário fará, por sua conta
exclusiva, a remoção dos equipamentos e bens que não sejam objeto de reversão, ficando
obrigado a reparar ou indenizar os danos decorrentes de suas atividades e praticar os atos de
recuperação ambiental determinados pelos órgãos competentes.
Art. 29. É permitida a transferência do contrato de concessão, preservando-se seu objeto
e as condições contratuais, desde que o novo concessionário atenda aos requisitos técnicos,
econômicos e jurídicos estabelecidos pela ANP, conforme o previsto no art. 25.
SEÇÃO II
Art. 31. A PETROBRÁS submeterá à ANP, no prazo de três meses da publicação desta
Lei, seu programa de exploração, desenvolvimento e produção, com informações e dados que
propiciem:
Art. 32. A PETROBRÁS terá ratificados seus direitos sobre cada um dos campos que se
encontrem em efetiva produção na data de inicío de vigência desta Lei.
Art. 33. Nos blocos em que, quando do início da vigência desta Lei, tenha a PETROBRÁS
realizado descobertas comerciais ou promovido investimentos na exploração, poderá ela,
observada sua capacidade de investir, inclusive por meio de financiamentos, prosseguir nos
trabalhos de exploração e desenvolvimento pelo prazo de três anos e, nos casos de êxito,
prosseguir nas atividades de produção.
Art. 34. Cumprido o disposto no art. 31 e dentro do prazo de um ano a partir da data de
publicação desta Lei, a ANP celebrará com a PETROBRÁS, dispensada a licitação prevista no
art. 23, contratos de concessão dos blocos que atendam às condições estipuladas nos arts. 32
e 33, definindo-se, em cada um desses contratos, as participações devidas, nos termos
estabelecidos na Seção VI.
Parágrafo único. Os contratos de concessão referidos neste artigo serão regidos, no que
couber, pelas normas gerais estabelecidas na Seção anterior e obedecerão ao disposto na
Seção V deste Capítulo.
SEÇÃO III
Do Edital de Licitação
Art. 36. A licitação para outorga dos contratos de concessão referidos no art. 23
obedecerá ao disposto nesta Lei, na regulamentação a ser expedida pela ANP e no respectivo
edital.
Art. 37. O edital da licitação será acompanhado da minuta básica do respectivo contrato e
indicará, obrigatoriamente:
II - os requisitos exigidos dos concorrentes, nos termos do art. 25, e os critérios de pré-
qualificação, quando este procedimento for adotado;
VI - o prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos
e demais elementos e informações necessários à elaboração das propostas, bem como o custo
de sua aquisição.
III - apresentação, por parte de cada uma das empresas consorciadas, dos documentos
exigidos para efeito de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio;
Art. 39. O edital conterá a exigência de que a empresa estrangeira que concorrer
isoladamente ou em consórcio deverá apresentar, juntamente com sua proposta e em
envelope separado:
I - prova de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal, nos
termos da regulamentação a ser editada pela ANP;
III - designação de um representante legal junto à ANP, com poderes especiais para a
prática de atos e assunção de responsabilidades relativamente à licitação e à proposta
apresentada;
IV - compromisso de, caso vencedora, constituir empresa segundo as leis brasileiras, com
sede e administração no Brasil.
SEÇÃO IV
Do Julgamento da Licitação
Art. 40. O julgamento da licitação identificará a proposta mais vantajosa, segundo critérios
objetivos, estabelecidos no instrumento convocatório, com fiel observância dos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e igualdade entre os concorrentes.
Art. 41. No julgamento da licitação, além de outros critérios que o edital expressamente
estipular, serão levados em conta:
Art. 42. Em caso de empate, a licitação será decidida em favor da PETROBRÁS, quando
esta concorrer não consorciada com outras empresas.
SEÇÃO V
Do Contrato de Concessão
SEÇÃO VI
Das Participações
Art. 45. O contrato de concessão disporá sobre as seguintes participações
governamentais, previstas no edital de licitação:
I - bônus de assinatura;
II - royalties;
Art. 46. O bônus de assinatura terá seu valor mínimo estabelecido no edital e
corresponderá ao pagamento ofertado na proposta para obtenção da concessão, devendo ser
pago no ato da assinatura do contrato.
Art. 47. Os royalties serão pagos mensalmente, em moeda nacional, a partir da data de
início da produção comercial de cada campo, em montante correspondente a dez por cento da
produção de petróleo ou gás natural.
§ 2º Os critérios para o cálculo do valor dos royalties serão estabelecidos por decreto do
Presidente da República, em função dos preços de mercado do petróleo, gás natural ou
condensado, das especificações do produto e da localização do campo.
Art. 48. A parcela do valor do royalty, previsto no contrato de concessão, que representar
cinco por cento da produção, correspondente ao montante mínimo referido no § 1º do artigo
anterior, será distribuída segundo os critérios estipulados pela Lei nº 7.990, de 28 de dezembro
de 1989. (Vide Lei nº 10.261, de 2001) (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
Art. 49. A parcela do valor do royalty que exceder a cinco por cento da produção terá a
seguinte distribuição: (Vide Lei nº 10.261, de 2001)
a) cinqüenta e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados onde ocorrer a
produção;
b) quinze por cento aos Municípios onde ocorrer a produção;
c) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas
operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério
estabelecidos pela ANP;
d) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à
indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica de
primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma natureza que tenham por
finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente por essas
indústrias; (Redação dada pela Lei nº 11.921, de 2009) (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
a) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados produtores confrontantes;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios produtores confrontantes;
c) quinze por cento ao Ministério da Marinha, para atender aos encargos de fiscalização e
proteção das áreas de produção; (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
d) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas
operações de embarque e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério
estabelecidos pela ANP;
e) sete inteiros e cinco décimos por cento para constituição de um Fundo Especial, a ser
distribuído entre todos os Estados, Territórios e Municípios;
f) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar
programas de amparo à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à
indústria do petróleo, do gás natural, dos biocombustíveis e à indústria petroquímica de
primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma natureza que tenham por
finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente por essas
indústrias. (Redação dada pela Lei nº 11.921, de 2009) (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
I - 40% (quarenta por cento) ao Ministério de Minas e Energia, sendo 70% (setenta por
cento) para o financiamento de estudos e serviços de geologia e geofísica aplicados à
prospecção de combustíveis fósseis, a serem promovidos pela ANP, nos termos dos incisos II
e III do art. 8o desta Lei, e pelo MME, 15% (quinze por cento) para o custeio dos estudos de
planejamento da expansão do sistema energético e 15% (quinze por cento) para o
financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos
geológicos básicos no território nacional; (Redação dada pela lei nº 10.848, de 2004)
III - quarenta por cento para o Estado onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante
com a plataforma continental onde se realizar a produção;
IV - dez por cento para o Município onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante
com a plataforma continental onde se realizar a produção.
Art. 51. O edital e o contrato disporão sobre o pagamento pela ocupação ou retenção de
área, a ser feito anualmente, fixado por quilômetro quadrado ou fração da superfície do bloco,
na forma da regulamentação por decreto do Presidente da República.
Art. 52. Constará também do contrato de concessão de bloco localizado em terra cláusula
que determine o pagamento aos proprietários da terra de participação equivalente, em moeda
corrente, a um percentual variável entre cinco décimos por cento e um por cento da produção
de petróleo ou gás natural, a critério da ANP.
Parágrafo único. A participação a que se refere este artigo será distribuída na proporção
da produção realizada nas propriedades regularmente demarcadas na superfície do bloco.
CAPÍTULO VI
Art. 53. Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda ao disposto no art. 5o
desta Lei poderá submeter à ANP proposta, acompanhada do respectivo projeto, para a
construção e operação de refinarias e de unidades de processamento, de liquefação, de
regaseificação e de estocagem de gás natural, bem como para a ampliação de sua
capacidade. (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)
CAPÍTULO VII
Art. 56. Observadas as disposições das leis pertinentes, qualquer empresa ou consórcio
de empresas que atender ao disposto no art. 5° pode rá receber autorização da ANP para
construir instalações e efetuar qualquer modalidade de transporte de petróleo, seus derivados
e gás natural, seja para suprimento interno ou para importação e exportação.
Art. 57. No prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação desta Lei, a PETROBRÁS
e as demais empresas proprietárias de equipamentos e instalações de transporte marítimo e
dutoviário receberão da ANP as respectivas autorizações, ratificando sua titularidade e seus
direitos.
Parágrafo único. As autorizações referidas neste artigo observarão as normas de que trata
o parágrafo único do artigo anterior, quanto à transferência da titularidade e à ampliação da
capacidade das instalações.
Art. 58. Será facultado a qualquer interessado o uso dos dutos de transporte e dos
terminais marítimos existentes ou a serem construídos, com exceção dos terminais de Gás
Natural Liquefeito - GNL, mediante remuneração adequada ao titular das instalações ou da
capacidade de movimentação de gás natural, nos termos da lei e da regulamentação
aplicável. (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)
§ 3o A receita referida no caput deste artigo deverá ser destinada a quem efetivamente
estiver suportando o custo da capacidade de movimentação de gás natural. (Incuído pela Lei nº
11.909, de 2009)
Art. 59. Os dutos de transferência serão reclassificados pela ANP como dutos de
transporte, caso haja comprovado interesse de terceiros em sua utilização, observadas as
disposições aplicáveis deste Capítulo.
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
Da Petrobrás
Art. 61. A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS é uma sociedade de economia mista
vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem como objeto a pesquisa, a lavra, a
refinação, o processamento, o comércio e o transporte de petróleo proveniente de poço, de
xisto ou de outras rochas, de seus derivados, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins, conforme definidas em lei.
Art. 62. A União manterá o controle acionário da PETROBRÁS com a propriedade e posse
de, no mínimo, cinqüenta por cento das ações, mais uma ação, do capital votante.
Art. 63. A PETROBRÁS e suas subsidiárias ficam autorizadas a formar consórcios com
empresas nacionais ou estrangeiras, na condição ou não de empresa líder, objetivando
expandir atividades, reunir tecnologias e ampliar investimentos aplicados à indústria do
petróleo.
Art. 64. Para o estrito cumprimento de atividades de seu objeto social que integrem a
indústria do petróleo, fica a PETROBRÁS autorizada a constituir subsidiárias, as quais poderão
associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas.
Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de
operar e construir seus dutos, terminais marítimos e embarcações para transporte de petróleo,
seus derivados e gás natural, ficando facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou
minoritariamente, a outras empresas.
Art. 66. A PETROBRÁS poderá transferir para seus ativos os títulos e valores recebidos
por qualquer subsidiária, em decorrência do Programa Nacional de Desestatização, mediante
apropriada redução de sua participação no capital social da subsidiária.
Art. 67. Os contratos celebrados pela PETROBRÁS, para aquisição de bens e serviços,
serão precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser definido em decreto do
Presidente da República.
Art. 68. Com o objetivo de compor suas propostas para participar das licitações que
precedem as concessões de que trata esta Lei, a PETROBRÁS poderá assinar pré-contratos,
mediante a expedição de cartas-convites, assegurando preços e compromissos de
fornecimento de bens e serviços.
CAPÍTULO IX-A
(Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)
I - estar constituído sob as leis brasileiras, com sede e administração no País; (Incluído
pela Lei nº 12.490, de 2011)
CAPÍTULO X
SEÇÃO I
Do Período de Transição
Art. 69. Durante o período de transição, que se estenderá, no máximo, até o dia 31 de
dezembro de 2001, os reajustes e revisões de preços dos derivados básicos de petróleo e gás
natural, praticados pelas unidades produtoras ou de processamento, serão efetuados segundo
diretrizes e parâmetros específicos estabelecidos, em ato conjunto, pelos Ministros de Estado
da Fazenda e de Minas e Energia." (Redação dada pela Lei nº 9.990, 21.7.2000) (Vide Lei
10.453, de .13.52002)
Art. 70. Durante o período de transição de que trata o artigo anterior, a ANP estabelecerá
critérios para as importações de petróleo, de seus derivados básicos e de gás natural, os quais
serão compatíveis com os critérios de desregulamentação de preços, previstos no mesmo
dispositivo.
Art. 71. Os derivados de petróleo e de gás natural que constituam insumos para a
indústria petroquímica terão o tratamento previsto nos arts. 69 e 70, objetivando a
competitividade do setor.
Art. 72. Durante o prazo de cinco anos, contados a partir da data de publicação desta Lei,
a União assegurará, por intermédio da ANP, às refinarias em funcionamento no país, excluídas
do monopólio da União, nos termos do art. 45 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, condições operacionais e econômicas, com base nos critérios em vigor, aplicados
à atividade de refino.
I - (VETADO)
Parágrafo único. Até que se esgote o período de transição, o saldo credor desse encontro
de contas deverá ser liquidado pela parte devedora, ficando facultado à União, caso seja a
devedora, liquidá-lo em títulos do Tesouro Nacional.
SEÇÃO II
Art. 76. A ANP poderá contratar especialistas para a execução de trabalhos nas áreas
técnica, econômica e jurídica, por projetos ou prazos limitados, com dispensa de licitação nos
casos previstos na legislação aplicável.
§ 2º (VETADO)
§ 3º Enquanto não implantada a ANP, as competências a ela atribuídas por esta Lei serão
exercidas pelo Ministro de Estado de Minas e Energia.
Art. 79. Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar, transferir ou utilizar os saldos
orçamentários do Ministério de Minas e Energia, para atender às despesas de estruturação e
manutenção da ANP, utilizando como recursos as dotações orçamentárias destinadas às
atividades finalísticas e administrativas, observados os mesmos subprojetos, subatividades e
grupos de despesa previstos na Lei Orçamentária em vigor.
Art. 80. As disposições desta Lei não afetam direitos anteriores de terceiros, adquiridos
mediante contratos celebrados com a PETROBRÁS, em conformidade com as leis em vigor, e
não invalidam os atos praticados pela PETROBRÁS e suas subsidiárias, de acordo com seus
estatutos, os quais serão ajustados, no que couber, a esta Lei.
Art. 81. Não se incluem nas regras desta Lei os equipamentos e instalações destinados a
execução de serviços locais de distribuição de gás canalizado, a que se refere o § 2º do art. 25
da Constituição Federal.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei institui normas para a exploração das atividades econômicas de
transporte de gás natural por meio de condutos e da importação e exportação de gás natural,
de que tratam os incisos III e IV do caput do art. 177 da Constituição Federal, bem como para
a exploração das atividades de tratamento, processamento, estocagem, liquefação,
regaseificação e comercialização de gás natural.
Art. 2o Ficam estabelecidas as seguintes definições para os fins desta Lei e de sua
regulamentação:
XII - Ponto de Entrega: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é
entregue pelo transportador ao carregador ou a quem este venha a indicar;
XIII - Ponto de Recebimento: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é
entregue ao transportador pelo carregador ou por quem este venha a indicar;
XIV - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas
condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou
gaseíferos, cuja composição poderá conter gases úmidos, secos e residuais;
XV - Gás Natural Liquefeito - GNL: gás natural submetido a processo de liquefação para
estocagem e transporte, passível de regaseificação em unidades próprias;
XVI - Gás Natural Comprimido - GNC: todo gás natural processado e acondicionado para
o transporte em ampolas ou cilindros à temperatura ambiente e a uma pressão que o
mantenha em estado gasoso;
XXVII - Terminal de GNL: instalação utilizada para a liquefação de gás natural ou para a
importação, descarga e regaseificação de GNL, incluindo os serviços auxiliares e tanques de
estocagem temporária necessários para o processo de regaseificação e subseqüente entrega
do gás natural à malha dutoviária ou a outros modais de transporte;
XXX - Agentes da Indústria do Gás Natural: agentes que atuam nas atividades de
exploração, desenvolvimento, produção, importação, exportação, processamento, tratamento,
transporte, carregamento, estocagem, acondicionamento, liquefação, regaseificação,
distribuição e comercialização de gás natural.
XXXI - Consumidor livre: consumidor de gás natural que, nos termos da legislação
estadual aplicável, tem a opção de adquirir o gás natural de qualquer agente produtor,
importador ou comercializador;
XXXII - Autoprodutor: agente explorador e produtor de gás natural que utiliza parte ou
totalidade de sua produção como matéria-prima ou combustível em suas instalações
industriais;
XXXIII - Auto-importador: agente autorizado para a importação de gás natural que utiliza
parte ou totalidade do produto importado como matéria-prima ou combustível em suas
instalações industriais.
CAPÍTULO II
Seção I
II - autorização.
§ 4o Poderá ser delegada à ANP a competência para declarar a utilidade pública, para
fins de desapropriação e instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à
implantação dos gasodutos concedidos ou autorizados e de suas instalações acessórias.
Seção II
Art. 10. As concessões de transporte de gás natural contratadas a partir desta Lei
deverão identificar os bens e instalações a serem considerados vinculados à sua exploração e
terão prazo de duração de 30 (trinta) anos, contado da data de assinatura do imprescindível
contrato, podendo ser prorrogado no máximo por igual período, nas condições estabelecidas
no contrato de concessão.
Parágrafo único. As prorrogações referidas neste artigo deverão ser requeridas pelo
concessionário, no prazo de até 12 (doze) meses anteriores à data final do respectivo contrato
de concessão, devendo a ANP manifestar-se sobre o requerimento em até 3 (três) meses
contados dessa data.
Art. 11. Caberá à ANP promover o processo de licitação para concessão da atividade de
transporte de gás natural.
Art. 13. No processo de licitação, o critério para a seleção da proposta vencedora será o
de menor receita anual, na forma da regulamentação e do edital.
§ 1o A receita anual referida no caput deste artigo corresponde ao montante anual a ser
recebido pelo transportador para a prestação do serviço contratado, na forma prevista no edital
e no contrato de concessão.
Art. 15. Os bens incorporados ao patrimônio da União na forma do art. 14 desta Lei
poderão compor o conjunto de bens e instalações a serem licitados em conjunto com a nova
concessão para a exploração da atividade de transporte.
§ 1o Na licitação referida no caput deste artigo, poderá ser utilizado como critério de
seleção da proposta vencedora o maior pagamento pelo uso do bem público, o disposto no art.
13 desta Lei ou ainda a combinação de ambos os critérios.
§ 2o Os recursos arrecadados com a licitação de que trata o caput deste artigo poderão
ser revertidos para a expansão da malha de transporte de gás natural e, quando for o caso,
para a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens a serem incorporados ao
patrimônio da União, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com
o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
§ 4o O processo de licitação previsto no caput deste artigo poderá ser iniciado até 24
(vinte e quatro) meses antes do término do período de concessão, visando a garantir a
continuidade dos serviços prestados, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 10 desta
Lei.
Art. 16. É permitida a transferência do contrato de concessão, preservando-se seu
objeto e as condições contratuais.
Seção III
Do Edital de Licitação
VI - o prazo, local e horário em que serão fornecidos aos interessados os dados, estudos
e demais elementos e informações necessários à elaboração das propostas, bem como o custo
de sua aquisição;
III - apresentação por parte de cada uma das empresas consorciadas dos documentos
exigidos para efeito de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio;
III - designação de um representante legal perante a ANP com poderes especiais para a
prática de atos e assunção de responsabilidade relativamente à licitação e à proposta
apresentada;
IV - compromisso de, caso vencedora, constituir empresa segundo as leis brasileiras com sede
e administração no País.
Seção IV
Do Julgamento da Licitação
Seção V
Do Contrato de Concessão
III - submeter à aprovação da ANP a minuta de contrato padrão a ser celebrado com os
carregadores, que deverá conter cláusula para resolução de eventuais divergências, podendo
prever a convenção de arbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996;
Seção VI
Art. 26. O prazo de duração das novas autorizações de que trata o inciso II do caput do
art. 3o desta Lei será de 30 (trinta) anos, prorrogáveis por igual período, observadas as normas
previstas no ato de outorga e na regulamentação.
Art. 28. As tarifas de transporte de gás natural para novos gasodutos objeto de
autorização serão propostas pelo transportador e aprovadas pela ANP, segundo os critérios
por ela previamente estabelecidos.
Seção VII
Dos Gasodutos de Transporte Existentes
Art. 30. Ficam ratificadas as autorizações expedidas pela ANP para o exercício da
atividade de transporte dutoviário de gás natural até a data da publicação desta Lei, na forma
do art. 56 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997.
Art. 31. Ficam preservadas as tarifas de transporte e os critérios de revisão já definidos até a
data da publicação desta Lei.
Seção VIII
Art. 32. Fica assegurado o acesso de terceiros aos gasodutos de transporte, nos termos
da lei e de sua regulamentação, observado o disposto no § 2o do art. 3o e no § 3o do art. 30
desta Lei.
Art. 33. O acesso aos gasodutos de transporte dar-se-á, entre outras formas previstas
em regulamentação, por contratação de serviço de transporte:
Art. 35. Fica autorizada a cessão de capacidade, assim entendida como a transferência, no
todo ou em parte, do direito de utilização da capacidade de transporte contratada sob a
modalidade firme.
Parágrafo único. A ANP deverá disciplinar a cessão de capacidade de que trata este
artigo de forma a preservar os direitos do transportador.
CAPÍTULO III
Art. 36. Qualquer empresa ou consórcio de empresas, desde que constituídos sob as
leis brasileiras, com sede e administração no País, poderão receber autorização do Ministério
de Minas e Energia para exercer as atividades de importação e exportação de gás natural.
CAPÍTULO IV
Art. 37. A atividade de estocagem de gás natural será exercida por empresa ou
consórcio de empresas, desde que constituídos sob as leis brasileiras, com sede e
administração no País, por conta e risco do empreendedor, mediante concessão, precedida de
licitação, ou autorização.
Art. 39. A ANP disponibilizará aos interessados, de forma onerosa, os dados geológicos
relativos às áreas com potencial para estocagem de gás natural, para a análise e confirmação
de sua adequação.
§ 2o Todos os dados obtidos nas atividades exploratórias de que trata o § 1o deste artigo
serão repassados, de forma não onerosa, para a ANP.
Art. 40. A estocagem de gás natural em instalação diferente das previstas no art. 38
desta Lei será autorizada pela ANP, nos termos da legislação pertinente.
Art. 41. A atividade de acondicionamento de gás natural será exercida por empresa ou
consórcio de empresas, desde que constituídos sob as leis brasileiras, com sede e
administração no País, por conta e risco do empreendedor, mediante autorização.
CAPÍTULO V
Art. 43. Qualquer empresa ou consórcio de empresas, desde que constituídos sob as
leis brasileiras, com sede e administração no País, poderão receber autorização da ANP para
exercer as atividades de construção, ampliação de capacidade e operação de unidades de
processamento ou tratamento de gás natural.
Art. 44. Qualquer empresa ou consórcio de empresas, desde que constituídos sob as
leis brasileiras, com sede e administração no País, poderão receber autorização da ANP para
construir e operar unidades de liquefação e regaseificação de gás natural, bem como
gasodutos de transferência e de escoamento da produção, não integrantes de concessão de
exploração e produção de petróleo e gás natural.
CAPÍTULO VI
Art. 48. Os contratos de comercialização de gás natural deverão conter cláusula para
resolução de eventuais divergências, podendo, inclusive, prever a convenção de arbitragem,
nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
CAPÍTULO VII
Art. 52. Durante o período de contingência, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis - ANP assumirá a coordenação da movimentação de gás natural na rede de
transporte do País, de maneira a assegurar que as determinações do Comitê de
Contingenciamento sejam atendidas integralmente.
Art. 55. A aplicação do Plano de Contingência não exime o agente que deu causa de ser
responsabilizado por culpa ou dolo.
CAPÍTULO VIII
Art. 56. Fica assegurada a manutenção dos atuais regimes de consumo de gás natural
em unidades de produção de fertilizantes e instalações de refinação de petróleo nacional ou
importado existentes na data de publicação desta Lei.
Art. 58. Os arts. 2o, 8o, 23, 53 e 58 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, passam a
vigorar com a seguinte redação:
“Art. 2o ........................................................................
.............................................................................................
VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos
produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que
visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externos.
...................................................................................” (NR)
“Art. 8o .................……………........................................
.............................................................................................
.............................................................................................
VII - fiscalizar diretamente e de forma concorrente nos termos da Lei no 8.078, de 11 de
setembro de 1990, ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal as
atividades integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem
como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou
contrato;
.............................................................................................
§ 1o ...............................................................................
“Art. 53. Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda ao disposto no art. 5o
desta Lei poderá submeter à ANP proposta, acompanhada do respectivo projeto, para a
construção e operação de refinarias e de unidades de processamento, de liquefação, de
regaseificação e de estocagem de gás natural, bem como para a ampliação de sua
capacidade.
...................................................................................” (NR)
“Art. 58. Será facultado a qualquer interessado o uso dos dutos de transporte e dos
terminais marítimos existentes ou a serem construídos, com exceção dos terminais de Gás
Natural Liquefeito - GNL, mediante remuneração adequada ao titular das instalações ou da
capacidade de movimentação de gás natural, nos termos da lei e da regulamentação
aplicável.
.............................................................................................
§ 3o A receita referida no caput deste artigo deverá ser destinada a quem efetivamente
estiver suportando o custo da capacidade de movimentação de gás natural.” (NR)
Art. 59. A Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte
art. 8o-A:
§ 2o No exercício das atribuições referidas no caput deste artigo, caberá à ANP, sem
prejuízo de outras funções que lhe forem atribuídas na regulamentação:
III - monitorar as entradas e saídas de gás natural das redes de transporte, confrontando
os volumes movimentados com os contratos de transporte vigentes;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.847, de 15
de março de 2004, e na Lei no 11.909, de 4 de março de 2009,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Parágrafo único. As atividades econômicas de que trata este artigo serão reguladas e
fiscalizadas pela União, na qualidade de poder concedente, e poderão ser exercidas por
sociedade ou consórcio constituído sob as leis brasileiras, com sede e administração no País.
XIII - Consumidor Livre: consumidor de gás natural que, nos termos da legislação
estadual aplicável, tem a opção de adquirir o gás natural de qualquer agente produtor,
importador ou comercializador;
XVI - Gás Natural Comprimido - GNC: todo gás natural processado e acondicionado para
o transporte em ampolas ou cilindros à temperatura ambiente e a pressão que o mantenha em
estado gasoso;
XVII - Gás Natural Liquefeito - GNL: gás natural submetido a processo de liquefação
para estocagem e transporte, passível de regaseificação em unidades próprias;
XVIII - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas
condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou
gaseíferos, cuja composição poderá conter gases úmidos, secos e residuais;
XXIV - Ponto de Entrega: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é
entregue pelo transportador ao carregador ou a quem este venha a indicar, nos termos da
regulação da ANP;
XXV - Ponto de Recebimento: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é
entregue ao transportador pelo carregador ou por quem este venha a indicar, nos termos da
regulação da ANP;
XXIX - Terminal de GNL: instalação utilizada para a liquefação de gás natural ou para a
importação, descarga e regaseificação de GNL, incluindo os serviços auxiliares e tanques de
estocagem temporária necessários para o processo de regaseificação e subsequente entrega
do gás natural à malha dutoviária ou a outros modais de transporte;
CAPÍTULO II
Seção I
II - autorização.
Art. 5o Fica delegada à ANP competência para declarar a utilidade pública, para fins de
desapropriação e instituição de servidão administrativa, das áreas necessárias à implantação
dos gasodutos concedidos ou autorizados e das suas instalações acessórias.
Art. 11. Caberá ao Ministério de Minas e Energia, ouvida a ANP, fixar o período de
exclusividade que terão os carregadores iniciais para exploração da capacidade contratada dos
novos gasodutos de transporte.
III - poderá ser variável em função do resultado da chamada pública, nos termos
constantes do respectivo edital; e
§ 4o A ANP, por meio de processo administrativo sancionador que apure indício de infração
às normas deste Decreto ou da respectiva regulação e que não esteja enquadrado no disposto no §
2o, poderá recomendar ao Ministério de Minas e Energia que reveja ou extinga o período de
exclusividade.
Art. 12. Os gasodutos de transporte somente poderão movimentar gás natural que
atenda às especificações estabelecidas pela ANP, salvo acordo firmado entre transportadores
e carregadores, previamente aprovado pela ANP, que não imponha prejuízo aos demais
usuários.
Art. 14. Caberá à ANP fiscalizar e avaliar as condições de operação dos gasodutos
concedidos e autorizados.
§ 3o O custo da avaliação de que trata este artigo será suportado pelo transportador
que, entre as pessoas jurídicas habilitadas, poderá selecionar a que lhe prestará o serviço.
§ 5o O disposto neste artigo aplica-se também aos gasodutos referidos no art. 41.
Art. 15. A troca operacional de gás natural, denominada swap, deverá ser solicitada aos
transportadores pelos carregadores interessados, nos termos da regulação estabelecida pela
ANP.
§ 3o A nova tarifa estabelecida pela ANP para o agente que solicitar o swap, nos termos
do § 2o,
não poderá ser inferior a dos carregadores existentes, ainda que em fluxo reverso.
Parágrafo único. A ANP definirá quais os gasodutos que integram os Terminais de GNL
por meio de regulação específica.
Seção II
Parágrafo único. A competência prevista no caput poderá ser delegada à ANP por ato
do Ministro de Estado de Minas e Energia.
Art. 20. Quando o transportador, cuja instalação estiver sendo ampliada, participar da
licitação de que trata o art. 17, fica a ele assegurado o direito de preferência para realizar a
ampliação, nas mesmas condições da proposta vencedora.
Art. 21. O concessionário do duto a ser ampliado terá o direito de preferência para
operar a ampliação.
§ 1o O concessionário original, caso exerça o direito previsto no caput, fará jus a tarifa
de operação e manutenção calculada com base nos critérios estabelecidos pela ANP no edital
de licitação.
Art. 22. No processo de licitação, o critério para a seleção da proposta vencedora será o
de menor receita anual, na forma deste Decreto e do edital.
Art. 23. As concessões de transporte de gás natural poderão ser prorrogadas pelo prazo
máximo de trinta anos, nos termos do edital e do contrato de concessão.
§ 1o Havendo previsão contratual, o concessionário poderá requerer à ANP, com
antecedência mínima de doze meses da data de vencimento do contrato de concessão, a
prorrogação do prazo de concessão.
I - o novo valor da receita anual a ser percebida pelo concessionário, caso não seja
exigido o pagamento de bônus pela continuidade;
I - somente será indenizada a parcela dos bens ainda não depreciados ou amortizados;
III - somente serão indenizados os bens cuja instalação tenha sido prévia e
expressamente autorizada pela ANP.
Art. 25. Os bens incorporados ao patrimônio da União, na forma do art. 24, ficarão sob a
administração do Poder Concedente e poderão compor o rol de bens e instalações a serem
licitados em conjunto com a nova concessão para a exploração da atividade de transporte.
§ 3o O processo de licitação previsto no caput poderá ser iniciado até vinte e quatro
meses antes do término do período de concessão, visando a garantir a continuidade dos
serviços prestados, observado o disposto no § 1o do art. 23.
Seção III
Do Edital de Licitação
VII - o prazo, local e horário em que serão fornecidos aos interessados os dados,
estudos e demais elementos e informações necessários à elaboração das propostas, bem
como o custo de sua aquisição;
XIII - a forma e a origem dos recursos que serão utilizados para o atendimento ao
disposto no § 3o do art. 6o e no art. 9o; e
§ 2o A ANP será assessorada pela EPE na definição da receita máxima anual de que
trata o inciso II do caput.
III - apresentação, por parte de cada uma das sociedades, dos documentos exigidos
para efeito de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio;
III - designação de um representante legal perante a ANP com poderes especiais para a
prática de atos e assunção de responsabilidade relativas à licitação e à proposta apresentada;
e
Seção IV
Do Contrato de Concessão
XVI - a forma e a origem dos recursos que serão utilizados para o atendimento ao
disposto no § 3o do art. 6o e no art. 9o.
VIII - obter todas as licenças, autorizações e anuências que se fizerem necessárias para
a construção e operação do gasoduto, inclusive as ambientais.
III - submeter à aprovação da ANP a minuta de contrato padrão a ser celebrado com os
carregadores, que deverá conter cláusula para resolução de eventuais divergências, podendo
prever a convenção de arbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996; e
Parágrafo único. A aprovação de que trata este artigo refere-se aos aspectos regulatórios
que competem à ANP, não eliminando a necessidade de aprovação, pelos demais órgãos da
administração pública, nos termos da legislação vigente, em especial por aqueles responsáveis
pela defesa da concorrência.
Seção V
Art. 36. O prazo de duração das novas autorizações de que trata o inciso II do caput do
art. 4o será de trinta anos, prorrogáveis por igual período, observadas as normas previstas no
ato de outorga e neste Decreto.
Art. 38. As tarifas de transporte de gás natural para novos gasodutos objeto de
autorização serão propostas pelo transportador e aprovadas pela ANP, segundo os critérios
por ela previamente estabelecidos.
Seção VI
Art. 41. Ficam ratificadas as autorizações expedidas pela ANP até 5 de março de 2009
para o exercício da atividade de transporte dutoviário de gás natural, na forma do art. 56 da Lei
no 9.478, de 6 de agosto de 1997.
§ 3o Extinto o prazo das autorizações de que trata este artigo, o empreendimento deverá
ser concedido, mediante licitação, ou desativado.
§ 4o Para os empreendimentos de que tratam o caput e o § 1o, o período de
exclusividade que terão os carregadores iniciais será de dez anos contados do início da
operação comercial do respectivo gasoduto de transporte.
I - somente será indenizada a parcela dos bens ainda não depreciados ou amortizados;
III - somente serão indenizados os bens cuja instalação tenha sido prévia e
expressamente autorizada pela ANP.
Parágrafo único. Aos bens de que trata este artigo aplica-se o disposto no art. 25, no
que couber.
Art. 45. A ANP deverá divulgar, em até cento e oitenta dias contados da publicação
deste Decreto, a relação dos dutos de transporte autorizados, em processo de licenciamento
ambiental e de transferência que venham a ser convertidos em dutos de transporte, nos termos
deste Decreto e da Lei no 9.478, de 1997, informando, quando couber, a data de encerramento
do período de exclusividade.
Art. 47. Os contratos de transporte firmados até 5 de março de 2009 e cujos prazos de
vigência ultrapassem o período de autorização definido no § 2o do art. 41, deverão ser
obrigatoriamente assumidos pelo concessionário que vier a ser designado para a operação do
gasoduto, pelo período remanescente do contrato, devendo as informações pertinentes ser
parte integrante do edital de licitação correspondente.
Seção VII
Art. 48. Fica assegurado o acesso de terceiros aos gasodutos de transporte, respeitado
o período de exclusividade.
Parágrafo único. A troca operacional de gás natural, de que trata o art. 15, é
considerada forma de acesso de terceiros aos gasodutos de transportes.
Art. 49. O acesso aos gasodutos de transporte dar-se-á, entre outras formas, por
contratação de serviço de transporte:
Art. 50. A ANP estabelecerá os critérios para a definição dos valores devidos por
terceiros que acessarem os gasodutos de transporte, a forma de pagamento e a sua
destinação.
Parágrafo único. A ANP deverá disciplinar a cessão de capacidade, de que trata este
artigo, de forma a preservar os direitos do transportador.
CAPÍTULO III
Art. 53. Qualquer sociedade ou consórcio, desde que constituídos sob as leis brasileiras,
com sede e administração no País, poderá receber autorização do Ministério de Minas e
Energia para exercer as atividades de importação e exportação de gás natural.
CAPÍTULO IV
Art. 54. A atividade de estocagem de gás natural será exercida por sociedade ou
consórcio, desde que constituídos sob as leis brasileiras, com sede e administração no País,
por conta e risco do empreendedor, mediante concessão, precedida de licitação, ou
autorização.
Art. 56. A ANP disponibilizará aos interessados, de forma onerosa, os dados geológicos
relativos às áreas com potencial para estocagem de gás natural.
Art. 57. Incumbe às concessionárias zelar pela integridade das formações geológicas
utilizadas para o armazenamento de gás natural, cabendo à ANP definir os procedimentos para
o acompanhamento do exercício da atividade.
Parágrafo único. O contrato de concessão deverá conter as penalidades pelo mau uso
das formações geológicas.
Art. 58. A estocagem de gás natural em instalação diferente das previstas no art. 55
deste Decreto será autorizada, regulada e fiscalizada pela ANP, não sendo obrigatório o
acesso de terceiros às instalações.
Art. 59. A atividade de acondicionamento de gás natural será exercida por sociedade ou
consórcio, desde que constituídos sob as leis brasileiras, com sede e administração no País,
por conta e risco do empreendedor, mediante autorização.
CAPÍTULO V
Art. 61. Qualquer sociedade ou consórcio, desde que constituídos sob as leis brasileiras,
com sede e administração no País, poderão receber autorização da ANP para construir,
ampliar a capacidade e operar unidades de processamento ou tratamento de gás natural,
terminais de GNL, unidades de liquefação e de regaseificação de gás natural, bem como
gasodutos de transferência e de escoamento da produção não integrantes de concessão de
exploração e produção de petróleo e gás natural.
CAPÍTULO VI
Art. 67. Os contratos de comercialização de gás natural deverão conter cláusula para
resolução de eventuais divergências, podendo, inclusive, prever a convenção de arbitragem,
nos termos da Lei no 9.307, de 1996.
CAPÍTULO VII
Art. 69. Fica assegurada a manutenção dos regimes de consumo de gás natural em
unidades de produção de fertilizantes e instalações de refinação de petróleo nacional ou
importado existentes em 5 de março de 2009.
Parágrafo único. Os volumes de gás natural consumidos em cada uma das unidades de
produção de fertilizantes e nas refinarias de que trata o caput deverão ser informados mensalmente
à ANP.
Art. 70. Fica assegurada a manutenção dos regimes e modalidades de exploração dos
gasodutos que supram gás natural a instalações de refinação de petróleo nacional ou
importado e a unidades de produção de fertilizantes existentes em 5 de março de 2009.
Art. 71. A ANP deverá providenciar, no prazo de cento e oitenta dias contados da publicação
deste Decreto, a reclassificação de todos os gasodutos que não se enquadrem nas novas
definições previstas neste Decreto e cuja classificação anterior não esteja resguardada pelo
disposto no art. 70.
Art. 72. A ANP deverá editar as normas que caracterizem a ampliação de capacidade de
gasodutos de transporte.
Art. 73. A ANP deverá manter disponível, em meio eletrônico, acessível a qualquer
interessado e em local de fácil acesso, informações atualizadas sobre a movimentação diária e
a capacidade de todos os gasodutos de transporte, bem como a capacidade contratada de
transporte, a capacidade disponível, a capacidade ociosa e os períodos de exclusividade.
Art. 74. Ficam convalidados os atos emitidos pela ANP desde a data da publicação da
Lei no 11.909, de 2009, relacionados à importação de gás natural.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de
outros hidrocarbonetos fluidos em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas, cria o Fundo
Social - FS e dispõe sobre sua estrutura e fontes de recursos, e altera a Lei no 9.478, de 6 de
agosto de 1997.
CAPÍTULO II
VII - contratado: a Petrobras ou, quando for o caso, o consórcio por ela constituído com o
vencedor da licitação para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos em regime de partilha de produção;
VIII - conteúdo local: proporção entre o valor dos bens produzidos e dos serviços
prestados no País para execução do contrato e o valor total dos bens utilizados e dos serviços
prestados para essa finalidade;
XII - bônus de assinatura: valor fixo devido à União pelo contratado, a ser pago no ato da
celebração e nos termos do respectivo contrato de partilha de produção; e
XIII - royalties: compensação financeira devida aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, em função da produção de
petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de
produção, nos termos do § 1o do art. 20 da Constituição Federal.
CAPÍTULO III
Seção I
Disposições Gerais
Parágrafo único. A União, por intermédio de fundo específico criado por lei, poderá
participar dos investimentos nas atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e
produção na área do pré-sal e em áreas estratégicas, caso em que assumirá os riscos
correspondentes à sua participação, nos termos do respectivo contrato.
Parágrafo único. A Petrobras poderá ser contratada diretamente para realizar estudos
exploratórios necessários à avaliação prevista no caput.
§ 1o A gestão dos contratos previstos no caput caberá à empresa pública a ser criada
com este propósito.
§ 2o A empresa pública de que trata o § 1o deste artigo não assumirá os riscos e não
responderá pelos custos e investimentos referentes às atividades de exploração, avaliação,
desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção
decorrentes dos contratos de partilha de produção.
Seção II
II - os blocos que serão destinados à contratação direta com a Petrobras sob o regime de
partilha de produção;
III - os blocos que serão objeto de leilão para contratação sob o regime de partilha de
produção;
Seção III
II - propor ao CNPE, ouvida a ANP, a definição dos blocos que serão objeto de
concessão ou de partilha de produção;
c) a participação mínima da Petrobras no consórcio previsto no art. 20, que não poderá
ser inferior a 30% (trinta por cento);
f) o valor do bônus de assinatura, bem como a parcela a ser destinada à empresa pública
de que trata o § 1o do art. 8o;
Seção IV
Seção V
Da Contratação Direta
Seção VI
Da Licitação
Art. 13. A licitação para a contratação sob o regime de partilha de produção obedecerá
ao disposto nesta Lei, nas normas a serem expedidas pela ANP e no respectivo edital.
Art. 14. A Petrobras poderá participar da licitação prevista no inciso II do art. 8o para
ampliar a sua participação mínima definida nos termos da alínea c do inciso III do art. 10.
Subseção I
Do Edital de Licitação
Art. 15. O edital de licitação será acompanhado da minuta básica do respectivo contrato
e indicará, obrigatoriamente:
XIV - o prazo, o local e o horário em que serão fornecidos aos licitantes os dados,
estudos e demais elementos e informações necessários à elaboração das propostas, bem
como o custo de sua aquisição; e
III - apresentação, por parte de cada uma das empresas proponentes, dos documentos
exigidos para efeito de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio a
ser constituído; e
Art. 17. O edital conterá a exigência de que a empresa estrangeira que concorrer, em
conjunto com outras empresas ou isoladamente, deverá apresentar com sua proposta, em
envelope separado:
III - designação de um representante legal perante a ANP, com poderes especiais para a
prática de atos e assunção de responsabilidades relativamente à licitação e à proposta
apresentada; e
Do Julgamento da Licitação
Seção VII
Do Consórcio
Art. 20. O licitante vencedor deverá constituir consórcio com a Petrobras e com a
empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o desta Lei, na forma do disposto no art. 279 da Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Art. 21. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o integrará o consórcio como
representante dos interesses da União no contrato de partilha de produção.
Art. 23. O comitê operacional será composto por representantes da empresa pública de
que trata o § 1o do art. 8o e dos demais consorciados.
Parágrafo único. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o indicará a metade dos
integrantes do comitê operacional, inclusive o seu presidente, cabendo aos demais
consorciados a indicação dos outros integrantes.
Art. 25. O presidente do comitê operacional terá poder de veto e voto de qualidade,
conforme previsto no contrato de partilha de produção.
Seção VIII
VI - os critérios para cálculo do valor do petróleo ou do gás natural, em função dos preços
de mercado, da especificação do produto e da localização do campo;
X - as regras para a realização de atividades, por conta e risco do contratado, que não
implicarão qualquer obrigação para a União ou contabilização no valor do custo em óleo;
III - realizar a avaliação da descoberta de jazida de petróleo e de gás natural nos termos
do plano de avaliação aprovado pela ANP, apresentando relatório de comercialidade ao comitê
operacional;
Art. 31. A cessão dos direitos e obrigações relativos ao contrato de partilha de produção
somente poderá ocorrer mediante prévia e expressa autorização do Ministério de Minas e
Energia, ouvida a ANP, observadas as seguintes condições:
IV - ao término da fase de exploração, sem que tenha sido feita qualquer descoberta
comercial, conforme definido no contrato;
CAPÍTULO IV
DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Art. 36. A União, representada pela empresa pública referida no § 1o do art. 8o e com
base nas avaliações realizadas pela ANP, celebrará com os interessados, nos casos em que
as jazidas da área do pré-sal e das áreas estratégicas se estendam por áreas não concedidas
ou não partilhadas, acordo de individualização da produção, cujos termos e condições
obrigarão o futuro concessionário ou contratado sob regime de partilha de produção.
§ 2o O regime de exploração e produção a ser adotado nas áreas de que trata o caput
independe do regime vigente nas áreas adjacentes.
Art. 37. A União, representada pela ANP, celebrará com os interessados, após as
devidas avaliações, nos casos em que a jazida não se localize na área do pré-sal ou em áreas
estratégicas e se estenda por áreas não concedidas, acordo de individualização da produção,
cujos termos e condições obrigarão o futuro concessionário.
Art. 38. A ANP poderá contratar diretamente a Petrobras para realizar as atividades de
avaliação das jazidas previstas nos arts. 36 e 37.
Art. 40. Transcorrido o prazo de que trata o § 2o do art. 33 e não havendo acordo entre
as partes, caberá à ANP determinar, em até 120 (cento e vinte) dias e com base em laudo
técnico, a forma como serão apropriados os direitos e as obrigações sobre a jazida e notificar
as partes para que firmem o respectivo acordo de individualização da produção.
CAPÍTULO V
I - royalties; e
II - bônus de assinatura.
§ 2o O bônus de assinatura não integra o custo em óleo, corresponde a valor fixo devido
à União pelo contratado e será estabelecido pelo contrato de partilha de produção, devendo ser
pago no ato de sua assinatura.
Art. 43. O contrato de partilha de produção, quando o bloco se localizar em terra, conterá
cláusula determinando o pagamento, em moeda nacional, de participação equivalente a até 1%
(um por cento) do valor da produção de petróleo ou gás natural aos proprietários da terra onde
se localiza o bloco.
§ 2o O cálculo da participação de terceiro de que trata o caput será efetivado pela ANP.
Art. 44. Não se aplicará o disposto no art. 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997,
aos contratos de partilha de produção.
CAPÍTULO VI
Art. 45. O petróleo, o gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos destinados à União
serão comercializados de acordo com as normas do direito privado, dispensada a licitação,
segundo a política de comercialização referida nos incisos VI e VII do art. 9o.
Parágrafo único. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o, representando a
União, poderá contratar diretamente a Petrobras, dispensada a licitação, como agente
comercializador do petróleo, do gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos referidos no
caput.
Art. 46. A receita advinda da comercialização referida no art. 45 será destinada ao Fundo
Social, conforme dispõem os arts. 47 a 60.
CAPÍTULO VII
DO FUNDO SOCIAL - FS
Seção I
Art. 47. É criado o Fundo Social - FS, de natureza contábil e financeira, vinculado à
Presidência da República, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o
desenvolvimento social e regional, na forma de programas e projetos nas áreas de combate à
pobreza e de desenvolvimento:
I - da educação;
II - da cultura;
III - do esporte;
IV - da saúde pública;
V - da ciência e tecnologia;
VI - do meio ambiente; e
§ 2o (VETADO)
I - constituir poupança pública de longo prazo com base nas receitas auferidas pela
União;
Seção II
Dos Recursos do Fundo Social - FS
II - parcela dos royalties que cabe à União, deduzidas aquelas destinadas aos seus
órgãos específicos, conforme estabelecido nos contratos de partilha de produção, na forma do
regulamento;
.............................................................................................
§ 3o Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela dos
royalties que cabe à administração direta da União será destinada integralmente ao fundo de
natureza contábil e financeira, criado por lei específica, com a finalidade de constituir fonte de
recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma de programas e projetos nas
áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da cultura, do esporte, da
saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio ambiente e de mitigação e adaptação às
mudanças climáticas, vedada sua destinação aos órgãos específicos de que trata este artigo.”
(NR)
.............................................................................................
Seção III
Art. 51. Os recursos do FS para aplicação nos programas e projetos a que se refere o
art. 47 deverão ser os resultantes do retorno sobre o capital.
§ 2o Aos membros do CGFFS não cabe qualquer tipo de remuneração pelo desempenho
de suas funções.
III - o tipo e o nível de risco que poderão ser assumidos na realização dos investimentos,
bem como as condições para que o nível de risco seja minimizado;
Art. 54. A União, a critério do CGFFS, poderá contratar instituições financeiras federais
para atuarem como agentes operadores do FS, as quais farão jus a remuneração pelos
serviços prestados.
Art. 55. A União poderá participar, com recursos do FS, como cotista única, de fundo de
investimento específico.
Parágrafo único. O fundo de investimento específico de que trata este artigo deve ser
constituído por instituição financeira federal, observadas as normas a que se refere o inciso
XXII do art. 4o da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964.
Art. 56. O fundo de investimento de que trata o art. 55 deverá ter natureza privada e
patrimônio próprio separado do patrimônio do cotista e do administrador, sujeitando-se a
direitos e obrigações próprias.
Seção IV
Art. 58. É criado o Conselho Deliberativo do Fundo Social - CDFS, com a atribuição de
propor ao Poder Executivo, ouvidos os Ministérios afins, a prioridade e a destinação dos
recursos resgatados do FS para as finalidades estabelecidas no art. 47, observados o PPA, a
LDO e a LOA.
§ 2o Aos membros do CDFS não cabe qualquer tipo de remuneração pelo desempenho
de suas funções.
Parágrafo único. Ato do Poder Executivo definirá as regras de supervisão do FS, sem
prejuízo da fiscalização dos entes competentes.
CAPÍTULO VIII
Art. 62. A Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 2o .........................................................................
.............................................................................................
X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem
observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o
disposto no inciso IX.
...................................................................................” (NR)
“Art. 5o As atividades econômicas de que trata o art. 4o desta Lei serão reguladas e
fiscalizadas pela União e poderão ser exercidas, mediante concessão, autorização ou
contratação sob o regime de partilha de produção, por empresas constituídas sob as leis
brasileiras, com sede e administração no País.” (NR)
“Art. 8o .........................................................................
..............................................................................................
...................................................................................” (NR)
“Art. 21. Todos os direitos de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos em território nacional, nele compreendidos a parte terrestre, o mar
territorial, a plataforma continental e a zona econômica exclusiva, pertencem à União, cabendo
sua administração à ANP, ressalvadas as competências de outros órgãos e entidades
expressamente estabelecidas em lei.” (NR)
.............................................................................................
§ 3o O Ministério de Minas e Energia terá acesso irrestrito e gratuito ao acervo a que se refere
o caput deste artigo, com o objetivo de realizar estudos e planejamento setorial, mantido o
sigilo a que esteja submetido, quando for o caso.” (NR)
...................................................................................” (NR)
Art. 63. Enquanto não for criada a empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o, suas
competências serão exercidas pela União, por intermédio da ANP, podendo ainda ser
delegadas por meio de ato do Poder Executivo.
ANEXO
POLÍGONO PRÉ-SAL
COORDENADAS POLICÔNICA/SAD69/MC54
Longitude (W) Latitude (S) Vértices
5828309.85 7131717.65 1
5929556.50 7221864.57 2
6051237.54 7283090.25 3
6267090.28 7318567.19 4
6435210.56 7528148.23 5
6424907.47 7588826.11 6
6474447.16 7641777.76 7
6549160.52 7502144.27 8
6502632.19 7429577.67 9
6152150.71 7019438.85 10
5836128.16 6995039.24 11
5828309.85 7131717.65 1
LEI Nº 12.304, DE 2 DE AGOSTO DE 2010
Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa
pública denominada Empresa Brasileira de
Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. -
Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e dá outras
providências.
Parágrafo único. A PPSA terá sede e foro em Brasília e escritório central no Rio de
Janeiro.
Art. 2o A PPSA terá por objeto a gestão dos contratos de partilha de produção
celebrados pelo Ministério de Minas e Energia e a gestão dos contratos para a comercialização
de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos da União.
Parágrafo único. A PPSA não será responsável pela execução, direta ou indireta, das
atividades de exploração, desenvolvimento, produção e comercialização de petróleo, de gás
natural e de outros hidrocarbonetos fluidos.
Art. 3o A PPSA sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
III - analisar dados sísmicos fornecidos pela ANP e pelos contratados sob o regime de
partilha de produção;
Art. 6o A PPSA terá seu capital social representado por ações ordinárias nominativas,
integralmente sob a propriedade da União.
Parágrafo único. A integralização do capital social será realizada com recursos oriundos
de dotações consignadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de qualquer
espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
III - recursos provenientes de acordos e convênios que realizar com entidades nacionais
e internacionais;
VI - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados por
pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado; e
Art. 10. O Conselho de Administração, cujos membros serão nomeados pelo Presidente
da República, será constituído:
I - por 1 (um) conselheiro indicado pelo Ministério de Minas e Energia, que o presidirá;
Art. 13. O regime de pessoal da PPSA será o da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, condicionada a contratação
à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as
normas específicas editadas pela Diretoria Executiva.
Parágrafo único. Nos concursos referidos no caput, a PPSA poderá exigir, como critério
de seleção, títulos acadêmicos e experiência profissional mínima, não superior a 10 (dez) anos,
na área na qual o candidato pretende desempenhar suas atividades.
Art. 14. É a PPSA, para fins de implantação, equiparada às pessoas jurídicas referidas
no art. 1o da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, para contratar pessoal técnico e
administrativo por tempo determinado.
III - ser novamente contratado pela PPSA, com fundamento neste artigo, antes de
decorridos 6 (seis) meses do encerramento de seu contrato anterior.
Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser feito mediante adesão a
entidade fechada de previdência privada já existente.
Art. 18. Ao fim de cada exercício social, a PPSA deverá disponibilizar, na rede mundial
de computadores, as demonstrações financeiras referidas no art. 176 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.
§ 2o A cessão de que trata o caput deverá produzir efeitos até que a Petrobras extraia o
número de barris equivalentes de petróleo definido em respectivo contrato de cessão, não
podendo tal número exceder a 5.000.000.000 (cinco bilhões) de barris equivalentes de
petróleo.
§ 3o O pagamento devido pela Petrobras pela cessão de que trata o caput deverá ser
efetivado prioritariamente em títulos da dívida pública mobiliária federal, precificados a valor de
mercado, ressalvada a parcela de que trata o § 4o.
§ 4o (VETADO).
Art. 2o O contrato que formalizará a cessão de que trata o art. 1o deverá conter, entre
outras, cláusulas que estabeleçam:
Parágrafo único. O contrato e sua revisão deverão ser submetidos à prévia apreciação
do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE.
Art. 5o Serão devidos royalties sobre o produto da lavra de que trata esta Lei nos termos
do art. 47 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997.
§ 1o A parcela do valor dos royalties que representar 5% (cinco por cento) da produção
será distribuída segundo os critérios estipulados pela Lei no 7.990, de 28 de dezembro de
1989.
§ 2o A parcela do valor dos royalties que exceder a 5% (cinco por cento) da produção
será distribuída nos termos do inciso II do art. 49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.
Art. 6o Aplicam-se às atividades de pesquisa e lavra de que trata esta Lei os regimes
aduaneiros especiais e os incentivos fiscais aplicáveis à indústria do petróleo no Brasil.
Art. 8o A autorização de que trata o art. 1o é válida pelo prazo de 12 (doze) meses,
contado da data de publicação desta Lei.
§ 1o Cada cotista não poderá utilizar direitos de subscrição que excedam àqueles
correspondentes às quotas que possui.
Art. 1o Os arts. 3o, 4o, 9o, 18, 19, 20, 25, 27, 28 e 30 da Lei no 8.313, de 23 de dezembro
de 1991, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 3o ......................................................................
..................................................................................
V - ..............................................................................
...................................................................................
c) ações não previstas nos incisos anteriores e consideradas relevantes pelo Ministro de
Estado da Cultura, consultada a Comissão Nacional de Apoio à Cultura." (NR)
"Art. 4o ........................................................................
.....................................................................................
§ 1o O FNC será administrado pelo Ministério da Cultura e gerido por seu titular, para
cumprimento do Programa de Trabalho Anual, segundo os princípios estabelecidos nos arts. 1o
e 3o.
§ 2o Os recursos do FNC somente serão aplicados em projetos culturais após aprovados, com
parecer do órgão técnico competente, pelo Ministro de Estado da Cultura.
........................................................................................
.........................................................................." (NR)
"Art. 9o São considerados projetos culturais e artísticos, para fins de aplicação de recursos do
FICART, além de outros que venham a ser declarados pelo Ministério da Cultura:
..................................................................................
"Art. 18. Com o objetivo de incentivar as atividades culturais, a União facultará às pessoas
físicas ou jurídicas a opção pela aplicação de parcelas do Imposto sobre a Renda, a título de
doações ou patrocínios, tanto no apoio direto a projetos culturais apresentados por pessoas
físicas ou por pessoas jurídicas de natureza cultural, como através de contribuições ao FNC,
nos termos do art. 5o, inciso II, desta Lei, desde que os projetos atendam aos critérios
estabelecidos no art. 1o desta Lei.
a) doações; e
b) patrocínios.
§ 2o As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real não poderão deduzir o valor da
doação ou do patrocínio referido no parágrafo anterior como despesa operacional.
a) artes cênicas;
"Art. 19. Os projetos culturais previstos nesta Lei serão apresentados ao Ministério da Cultura,
ou a quem este delegar atribuição, acompanhados do orçamento analítico, para aprovação de
seu enquadramento nos objetivos do PRONAC.
§ 1o O proponente será notificado dos motivos da decisão que não tenha aprovado o projeto,
no prazo máximo de cinco dias.
......................................................................................
.........................................................................................
........................................................................................
Parágrafo único. Os projetos culturais relacionados com os segmentos do inciso II deste artigo
deverão beneficiar exclusivamente as produções independentes, bem como as produções
culturais-educativas de caráter não comercial, realizadas por empresas de rádio e televisão."
(NR)
........................................................................................
§ 2o Não se consideram vinculadas as instituições culturais sem fins lucrativos, criadas pelo
doador ou patrocinador, desde que devidamente constituídas e em funcionamento, na forma da
legislação em vigor." (NR)
Art. 2o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no 1.871-
26, de 24 de setembro de 1999.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, no Decreto
no 2.455, de 14 de janeiro de 1998, e na Medida Provisória no 1.761-8, de 13 de janeiro de
1999,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Do Exercício da Fiscalização
Art. 4o São autoridades competentes para lavrar auto de infração e instaurar o correspondente
procedimento administrativo os servidores da ANP e os dos órgãos públicos conveniados,
incumbidos da ação fiscalizadora.
§ 2o As empresas, bem como as pessoas físicas, que exerçam atividade sujeita à fiscalização
da ANP são obrigadas a fornecer aos prepostos da Agência e dos órgãos públicos
conveniados todas as informações necessárias ao desempenho da função.
CAPÍTULO II
Do Procedimento Administrativo
Seção I
Da Autuação
I - a qualificação do autuado;
VI - quando for o caso, o local onde o produto ou bem apreendido ficará guardado ou
armazenado, bem como a nomeação e identificação do fiel depositário, que poderá ser
preposto ou empregado do infrator que responda pelo gerenciamento do negócio;
VII - a advertência ao fiel depositário, que assinará o termo próprio, de que é vedada, salvo
com prévia autorização da ANP, a substituição ou remoção, total ou parcial, do bem
apreendido, que ficará sob sua guarda e responsabilidade;
X - a indicação do prazo para apresentação da defesa e o local onde deverá ser entregue;
§ 2o A assinatura do autuado não implica confissão, nem a sua recusa agrava a falta apurada.
§ 3o Se o infrator recusar-se a assinar o auto, tal circunstância será nele referida e atestada
por duas testemunhas, que o assinarão.
§ 4o A apreensão de documentos, amostras e demais elementos de prova será reduzida a
termo, sob assinatura do agente de fiscalização e do autuado ou seu preposto, e das
testemunhas, se houver.
§ 5o Quando a infração for verificada em livro, não se fará a apreensão deste, mas a falta
deverá constar circunstanciadamente do auto, exarando-se no livro termo do ocorrido.
Art. 7o Salvo circunstâncias especiais, lavrar-se-á o auto de infração no local em que esta for
verificada.
Seção II
Da Citação e Intimação
Art. 8o O autuado será citado para apresentar defesa escrita, no prazo de quinze dias, a contar
do recebimento da citação.
II - por carta registrada com Aviso de Recebimento - AR, quando o auto for lavrado em local
diverso daquele em que foi constatada a infração.
Art. 9o Quando a citação for feita em pessoa diversa do autuado, o agente de fiscalização
indicará o nome e a qualificação do representante ou preposto e certificará, por fé, no auto,
essa circunstância, sempre que possível na presença de duas testemunhas, as quais também
assinarão a certidão.
Art. 10. Quando o auto for lavrado em local diverso daquele onde verificada a infração, a
citação será feita por carta registrada, endereçada ao estabelecimento do autuado onde
ocorreu o fato e considerar-se-á efetuada na data indicada no Aviso de Recebimento - AR, que
deverá ser juntado ao processo respectivo.
Art. 11. O prazo para defesa será contado em dias corridos, a partir do recebimento da
citação, excluindo-se o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único. Quando o vencimento ocorrer em feriado, dia santificado ou em que não haja
expediente integral na ANP ou no órgão público autuante, o prazo da defesa prorrogar-se-á,
automaticamente, para o primeiro dia útil seguinte.
Art. 12. As intimações dos atos do processo serão feitas mediante publicação no Diário Oficial,
ou mediante carta registrada com Aviso de Recebimento, observado o disposto no artigo
anterior.
Seção III
Da Defesa do Autuado
Art. 13. Na defesa a ser apresentada no prazo de quinze dias corridos, a contar do
recebimento da citação, o autuado fará as alegações que entender cabíveis e indicará os
meios de prova, inclusive testemunhal, que julgar necessárias.
§ 3o As diligências e perícias técnicas requeridas pelo autuado serão por este custeadas e
deverão ser realizadas nos prazos estabelecidos pela autoridade encarregada do julgamento.
Art. 14. A defesa do autuado poderá ser feita por ele diretamente, ou por intermédio de
advogado habilitado, sendo obrigatória, nesta hipótese, a apresentação do correspondente
instrumento de mandato.
Seção IV
Da Instrução e Julgamento
Art. 15. A instrução dos processos administrativos de que trata este Decreto será feita pelo
órgão técnico competente da ANP, ou pelo órgão público conveniado, que poderá requisitar as
diligências necessárias, para as quais o autuado será intimado, com antecedência de cinco
dias.
Art. 16. Concluída a instrução, o autuado será intimado para apresentar alegações finais, no
prazo de cinco dias.
Parágrafo único. Decorrido o prazo fixado neste artigo, o processo será submetido a
autoridade competente da ANP, ou do órgão conveniado, ou seu substituto legal, para
julgamento.
Art. 17. A decisão da autoridade encarregada do julgamento conterá:
Parágrafo único. A decisão deverá ser proferida em prazo não superior a trinta dias contados a
partir da data do recebimento do processo e será comunicada ao interessado, na forma
indicada no art. 12 deste Decreto.
Seção V
Do Recurso
Art. 18. Das decisões proferidas nos processos administrativos de que trata este Decreto
caberá recurso à Diretoria da ANP.
Art. 19. Recebida a petição de recurso, a autoridade responsável pelo julgamento poderá, no
prazo de cinco dias e em despacho fundamentado, rever sua decisão, caso em que
determinará o arquivamento do processo.
Art. 20. O recurso será decidido pelo órgão competente da ANP no prazo máximo de trinta
dias, a contar do recebimento do processo.
Parágrafo único. Confirmada a decisão, o processo será restituído ao órgão competente, para
providenciar a sua execução, observado o disposto no art. 12.
CAPÍTULO III
DAS PENALIDADES
Art. 21. As infrações cometidas nas atividades a que se refere o art. 1o deste Decreto,
sujeitarão os responsáveis às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das de natureza
civil e penal cabíveis:
I - multa;
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo poderão ser aplicadas cumulativamente.
Art. 22. Prescrevem em cinco anos, contados da data do cometimento da infração, as sanções
administrativas previstas neste Decreto.
Parágrafo único. A prescrição interrompe-se pela citação do infrator ou por qualquer ato
inequívoco que importe apuração da irregularidade.
Art. 23. Na aplicação das penalidades previstas neste Decreto, a ANP, ou o órgão público
conveniado para a fiscalização, poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade,
sempre que esta constituir obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à indústria do
petróleo, ao abastecimento nacional de combustíveis, ao Sistema Nacional de Estoques de
Combustíveis ou ao Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes da infração apurada.
Seção I
Da Multa
Art. 24. A pena de multa consiste na obrigação de pagar a quantia em dinheiro fixada na
decisão final proferida no processo administrativo correspondente.
Art. 25. Na fixação do valor da multa a autoridade responsável pelo julgamento levará em
conta, fundamentadamente, a gravidade da infração, as conseqüências dela decorrentes para
o abastecimento de combustíveis e para os consumidores, a vantagem indevidamente auferida
pelo infrator, os seus antecedentes no exercício da atividade e sua condição econômica.
Art. 26. A multa deverá ser paga no prazo de trinta dias, a contar da data da ciência da
decisão que a tiver fixado, observado o disposto no art. 12.
Art. 27. Findo o prazo para pagamento da multa e, se for o caso, dos seus acréscimos, e não
comprovado o seu recolhimento, o processo será encaminhado à Procuradoria-Geral da ANP,
para inscrição do débito na Dívida Ativa da Autarquia e cobrança judicial, na forma da lei.
Art. 28. pena de multa será aplicada na ocorrência das infrações e nos limites seguintes:
III - inobservar preços fixados na legislação aplicável para a venda de petróleo, seus derivados
básicos e produtos, gás natural e condensado, e álcool etílico combustível:
X - sonegar produtos:
XIII - violar ou inutilizar lacre, selo ou sinal, empregado por ordem da fiscalização, para
identificar ou cerrar estabelecimento, instalação, equipamento ou obra:
Seção II
Parágrafo único. A aplicação da pena prevista neste artigo acarreta a imediata suspensão da
comercialização do produto, devendo a ANP encaminhar cópias do processo administrativo
respectivo aos órgãos públicos competentes, para adoção das providências cabíveis, inclusive
de ordem criminal, se for o caso.
Seção III
ou Instalação
II - no caso de reincidência.
§ 3o A pena de suspensão temporária será aplicada por prazo mínimo de dez e máximo de
quinze dias.
§ 4o A suspensão temporária será de trinta dias, quando aplicada a infrator já punido com a
penalidade prevista no parágrafo anterior.
Seção IV
§ 3o A decisão que aplicar a pena prevista nesta Seção fixará o prazo de sua duração e as
condições a serem atendidas para a reabilitação do infrator.
Seção V
Art. 32. A penalidade de revogação da autorização para o exercício de atividade será aplicada
quando a empresa ou pessoa física:
II - já tiver sido punida com a pena de suspensão temporária, total ou parcial, de funcionamento
de estabelecimento ou instalação;
III - reincidir nas infrações previstas nos incisos VIII e XI do art. 28 deste Decreto;
Parágrafo único. Aplicada a pena prevista neste artigo, os responsáveis pela pessoa jurídica
ficarão impedidos, por cinco anos, de exercer atividade vinculada à indústria do petróleo ou ao
abastecimento nacional de combustíveis.
CAPÍTULO IV
Art. 33. Nos casos previstos nos incisos I, VII, VIII e XI do art. 28 deste Decreto, sem prejuízo
da aplicação de outras sanções administrativas e, quando for o caso, das de natureza civil ou
penal, os agentes da fiscalização da ANP, ou dos órgãos públicos conveniados, poderão
adotar as seguintes medidas cautelares, antecedentes ou incidentes do processo
administrativo:
CAPÍTULO V
Art. 35. Nos casos das infrações previstas nos incisos V, VI, VIII, X, XI e XIII do art. 28 deste
Decreto, uma vez concluído o procedimento administrativo de apuração, a autoridade
competente da ANP, sob pena de responsabilidade, encaminhará ao Ministério Público cópia
integral dos autos, para os efeitos previstos no Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de
1940, nas Leis nos 8.078, de 11 de setembro de 1990, 8.884, de 11 de junho de 1994, e 8.176,
de 8 de fevereiro de 1991, e legislação superveniente.
Art. 36. As disposições deste Decreto aplicam-se aos processos pendentes, sem prejuízo dos
atos já praticados.
DECRETA:
CAPÍTULO I
I- bônus de assinatura;
II - royalties;
III - participação especial;
IV - pagamento pela ocupação ou retenção de área.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
I- à periodicidade da medição;
Art. 6º Até o dia quinze de cada mês, a partir do mês seguinte àquele em que
ocorrer a data de início da produção de cada campo, o concessionário entregará à
ANP um boletim mensal de produção para esse campo, especificando os volumes de
petróleo e de gás natural efetivamente produzidos e recebidos durante o mês anterior,
as quantidades consumidas nas operações ao longo do mesmo período e ainda a
produção acumulada desse campo, até o momento.
Parágrafo único. Os boletins referidos neste artigo serão elaborados com base
nos boletins de medição e estarão sujeitos às correções de que trata o inciso IV do
art. 4º deste Decreto.
CAPÍTULO IV
§ 1º Os preços de venda de que trata este artigo serão livres dos tributos
incidentes sobre a venda e, no caso de petróleo embarcado, livres a bordo.
§ 2º Até o dia quinze de cada mês, a partir do mês seguinte àquele em que
ocorrer a data de início da produção de petróleo de cada campo, o concessionário
informará à ANP as quantidades vendidas, os preços de venda do petróleo produzido
no campo no mês anterior e o valor da média ponderada referida neste artigo.
§ 5º O preço mínimo do petróleo extraído de cada campo será fixado pela ANP
com base no valor médio mensal de uma cesta-padrão composta de até quatro tipos
de petróleo similares cotados no mercado internacional, nos termos deste artigo.
§ 8º Sempre que julgar necessário, a ANP poderá requerer nova análise das
características físico-químicas do petróleo produzido, a ser realizada por conta e risco
do concessionário, bem como o fornecimento das informações técnicas de que trata o
§ 6° deste artigo.
§ 1º Até o dia quinze de cada mês, a partir do mês seguinte àquele em que
ocorrer a primeira data de início da produção de gás natural na área de concessão, o
concessionário informará à ANP as quantidades vendidas, os preços de venda, as
tarifas de transporte do gás natural produzido e o valor calculado do preço de
referência do gás natural.
CAPÍTULO V
DO BÔNUS DE ASSINATURA
CAPÍTULO VI
DOS ROYALTIES
Art. 12. O valor dos royalties, devidos a cada mês em relação a cada campo,
será determinado multiplicando-se o equivalente a dez por cento do volume total da
produção de petróleo e gás natural do campo durante esse mês pelos seus
respectivos preços de referência, definidos na forma do Capítulo IV deste Decreto.
Art. 13. No caso de campos que se estendam por duas ou mais áreas de
concessão, onde atuem concessionários distintos, o acordo celebrado entre os
concessionários para a individualização da produção, de que trata o art. 27 da Lei nº
9.478, de 1997, definirá a participação de cada um com respeito ao pagamento dos
royalties.
§ 1º A parcela do valor dos royalties, referida neste artigo, será distribuída aos
Estados e aos Municípios produtores confrontantes com a plataforma continental onde
se realizar a produção, segundo os percentuais fixados, respectivamente, nas alíneas
a e b do inciso II do art. 49 da Lei nº 9.478, de 1997.
§ 3º Para fins de definição das linhas de projeção dos limites territoriais dos
Estados e Municípios, até a linha de limite da plataforma continental, serão adotados
os critérios fixados nos arts. 1º a 5º do Decreto nº 93.189, de 29 de agosto de 1986.
Art. 18. O valor dos royalties será apurado mensalmente por cada
concessionário, com relação a cada campo, a partir do mês em que ocorrer a data de
início da produção do campo, e pago, em moeda nacional, até o último dia útil do
mês subseqüente, cabendo ao concessionário encaminhar à ANP um demonstrativo
da sua apuração, em formato padronizado pela ANP, acompanhado de documento
comprobatório do pagamento, até o quinto dia útil após a data da sua efetivação.
Art. 19. A seu critério, sempre que julgar necessário, a ANP poderá requisitar
do concessionário documentos que comprovem a veracidade das informações
prestadas no demonstrativo da apuração.
CAPÍTULO VII
DA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
onde:
Art. 23. No caso de campos que se estendam por duas ou mais áreas de
concessão, a apuração da participação especial tomará como base a receita líquida
da produção e o volume de produção fiscalizada integrais dos referidos campos.
Art. 26. A seu critério, sempre que julgar necessário, a ANP poderá requerer
do concessionário documentos que comprovem a veracidade das informações
prestadas no demonstrativo da apuração.
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
Art. 32. Para os contratos relativos aos blocos onde a PETROBRAS ainda
não tiver realizado descoberta comercial até a data de sua assinatura, considerar-se-
ão os critérios de aplicação do pagamento pela ocupação ou retenção de área
definidos no inciso I do §3º do art. 28.
CAPÍTULO XI
Pedro Malan
Raimundo Brito