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Ninguém se mete com a gangue dos Chaos Bleeds!

Devil está caçando a puta que roubou seu filho. Ela


pode ter dado à luz ao seu filho, mas nunca vai ser a mãe
do seu bebê.
Quando sua irmã, Kayla, bate na porta do seu
apartamento com um bebê, Lexie não tem outra escolha
senão ficar com ele. Ela ama o menino instantaneamente
e, de maneira nenhuma, vai desistir dele. Quando perde o
emprego, Lexie não tem alternativa, a não ser trabalhar
em uma boate de strip-tease para ajudar a sustentar o
bebê que lhe foi entregue.
Devil deseja Lexie no momento em que a vê
dançando. Ele não sabe, a princípio, que ela é a irmã da
garota que está procurando, mas quando descobre, tudo
se encaixa. Vai tomar seu filho e a Lexie para si próprio,
mas quando Kayla volta para a cidade, tudo muda,
drasticamente.
Não há nada que Lexie possa fazer para salvar sua
irmã. Está apaixonada por Devil e sabe que ele fará tudo
em seu poder para manter sua família segura, não
importa o que ela peça para ele.
—Que diabos está fazendo, Kayla? Você não pode deixá-lo
aqui—, disse Lexie Howard, olhando para o bebê, que não podia
ter mais do que algumas semanas.

—Você é minha irmã, e nós duas sabemos que você vai


lidar com isso, inferno, muito melhor do que eu.— Kayla
entregou um saco cheio de todos os tipos de porcaria que um
recém-nascido precisava. —Está tudo aqui. Alimentos, roupas,
fraldas. Oh, e aqui tem um pouco de dinheiro para cobrir as
despesas.—

Pegando o envelope das mãos da irmã mais velha, Lexie o


olhou, vendo bem mais de dez mil dólares lá dentro.

—Porra, Kayla. Que diabos você está fazendo?— Lexie


olhou para o bebê, depois para a irmã. Kayla era uma mulher
bonita, magra, com cabelos loiros, longos e sedosos. Admirava
sua irmã mais velha desde que que conseguia se lembrar. Elas
eram meias-irmãs, pois não compartilhavam o mesmo pai.

—Nada. Apenas o que é certo.—

Lexie observou quando sua irmã começou a sair pela porta.


—Espere, você não pode, simplesmente, me deixar assim
com um bebê e sem uma porra de uma ideia de quando você vai
voltar.—

—O nome dele é Simon. Você vai ser melhor para ele. Não
posso cuidar de um bebê.— Kayla levantou o braço mostrando a
trilha de marcas deixadas pelo seu vício.

—Você disse que estava tentando ficar limpa. Não pode


fazer isso comigo. Estou, apenas, tentando sobreviver, sozinha.
Não vou conseguir nenhum trabalho se tiver que cuidar de um
bebê.—

—Já lhe dei toda a papelada. Realmente, sinto muito, mas


não posso ficar por perto. Se alguém vier me procurar e fizer
perguntas, prometa que não vai dizer nada. É melhor para você
e o Simon, se não disser nada.—

Seguindo Kayla para fora do apartamento Lexie sentiu todo


o seu mundo desabar. Aos vinte e um anos, mal podia acreditar
que, agora, tinha um bebê pequeno na sua vida.

—Isso está errado. Eu não posso ficar com ele.—

—Então vou voltar, em breve. Você só tem que mantê-lo ao


seu lado e amá-lo. Sei que você pode fazer isso. Nós somos
diferentes, dessa maneira—, disse Kayla, com lágrimas brilhando
em seus olhos. —Não posso amá-lo, Lex. Você é a única pessoa
que eu tenho que vai lhe dar um lar.—

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Kayla entrou


em um carro todo ferrado, com um cara que parecia muito
pálido para estar dirigindo. Merda. Lexie correu até o carro,
apenas para comer poeira. Olhando para cima e para baixo, na
rua, Lexie percebeu que estava sozinha. Estava sozinha com um
bebê que deveria estar com sua mãe.

—O que você está olhando?— Perguntou para uma velha


senhora que nem tinha se mexido, olhando a cena.

Ela morava em um bairro degradado que, há muito, havia


sido esquecido pelos programas do governo. Do andar de cima,
ouviu o Simon gritando. Lexie correu para o apartamento, bateu
a porta, fechando-a, e foi até o pequeno carrinho, onde seu novo
encargo se encontrava. Seu rosto estava contraído e os gritos
eram ensurdecedores.

Seu vizinho de porta bateu o punho contra a parede


exigindo que eles calassem a boca. Como sua vida tinha mudado
pra caralho, tão rapidamente? Em um momento estava se
preparando para o trabalho; no seguinte, tinha um bebê para
cuidar.
Tirando o Simon do carrinho, ela o abraçou e ficou chocada
quando ele ficou em silêncio, olhando para ela. Seus olhos eram
de uma bela cor azul, chocantes em sua aparência e tão
surpreendentes que a fizeram se derreter instantaneamente.

—Olá, rapaz. Eu sou a sua tia Lexie.— Passando um dedo


por sua bochecha, imediatamente se apaixonou. Ela sempre
amou crianças e bebês, e se lembrou de todas as vezes em que
cuidou das crianças da vizinhança quando era mais jovem. —
Parece que vou tomar conta de você. Prometo ser boa para
sempre.—

Foda-se, não sabia nada sobre cuidar de um bebê.


Soprando o cabelo para fora dos seus olhos, o levou até a
cozinha, onde sua geladeira de segunda mão estava. Abrindo-a,
viu os poucos alimentos baratos que possuía. Voltando até as
bolsas do bebê, começou a verificar tudo, com uma só mão.

No momento em que tentou colocar o Simon no carrinho,


ele gritou. Nos próximos dias, se acostumaria com isso. Por
enquanto, não havia mais nada que pudesse fazer.

Lexie fez uma lista das coisas que haviam na sacola, como
fraldas e pomadas. Quando terminou, foi com ele até o
supermercado mais próximo, para dar uma olhada em quanto
aquilo tudo custava.
No momento em que saiu da loja, lágrimas ameaçavam
encher seus olhos. De jeito nenhum, podia se dar ao luxo de
cuidar de um bebê. Outro problema que enfrentou foi que, nas
últimas horas, acabou se apaixonando pelo Simon. Era a
sensação mais estranha do mundo. Nem sabia da existência
dessa criança até algumas horas atrás, mas todos os seus
instintos maternais estavam implorando para cuidar dele.
Empurrando o cabelo da frente dos olhos, olhou para baixo, para
o seu rosto adormecido.

—Deve haver algo que eu possa fazer.—

No dia seguinte, se dirigiu para o trabalho, mas, ao chegar


no restaurante carregando um bebê, foi demitida. Lexie nunca ia
esquecer o olhar no rosto da mulher quando ela entrou com o
Simon no colo. Foi demitida na mesma hora.

Grande, um dia com a criança e já foi demitida.

Depois de se candidatar para três postos de trabalho com o


Simon junto dela, Lexie soube que não havia esperança de
conseguir um trabalho.

Indo até o final da rua, viu um aviso de —Precisa-se


funcionário—, quando passou. O sol ainda estava de pé, e nem
estava olhando aonde estava entrando. Abrindo a porta, entrou
e foi tomada por uma nuvem de fumaça. Cobrindo os olhos do
Simon, suspirou ao ver uma mulher dançando no palco,
seminua.

—Posso ajudá-la?—

Se virou para ver um homem grande, com o cabelo puxado


para trás em um rabo de cavalo, olhando para ela.

—Não, eu, humm, não, estou no lugar errado.— Começou a


se virar para sair, mas ele segurou seu braço.

—Está procurando emprego?—

Simon estava em seus braços, e ela reparou que o homem


não segurou seu braço demasiadamente forte.

—Sim, estou procurando um trabalho de garçonete.—

—Alguém para cuidar da criança?— Perguntou.

Ela balançou a cabeça. —Sou só eu. Sou tudo o que ele


tem.—

—Siga-me—.

Sem nenhuma outra escolha, seguiu o grande homem até a


parte dos fundos, onde estava seu escritório. Lexie mal podia
acreditar que tinha entrado em uma boate de strip. Não era o
que estava procurando e o desespero estava fincando suas
garras nela, para que algo bom acontecesse.

—Sou o Vincent. Sou o dono desta boate.—

—Estava pensando em ficar na recepção, no bar ou algo


assim—, disse, agarrando-se firmemente ao Simon.

Kayla, quando nos encontrarmos, vou te matar.

Seu olhar vagou pelo seu corpo. Sabia que não havia muito
a olhar. Lexie não era uma mulher bonita. Os seios eram muito
grandes e os quadris muito largos. Sua mãe adorava falar para
Lexie quão inadequada ela era, como mulher. Nenhum homem
queria uma mulher cheinha em sua cama. Também não possuía
impressionantes cabelos loiros, mas castanhos, insípidos, que
não conseguiam se destacar.

—Perdi uma das minhas meninas. Ela foi estúpida e a


demiti. Nenhum dos meus clientes quer uma dança de uma
mulher grávida. Caso contrário, iam ficar em casa e olhariam
para suas esposas.— Mordendo os lábios, Lexie tentou não se
sentir ofendida. —Você parece muito bem para quem acabou de
dar à luz.—
—Ele não é meu filho. Minha irmã o deixou comigo
enquanto ela resolve seus problemas.— Lexie pensou nos
milhares de dólares de sua irmã tinha deixado com ela. Sabia
que o dinheiro não era da Kayla. A última coisa que queria fazer
era usar um dinheiro no qual não confiava de onde tinha vindo.

—Isso explica tudo. Você dança bem?—

—Não posso ser uma stripper—, falou.

Ele olhou para ela. —Por que não? Você é boa demais para
isso ou algo assim?—

—Não, olhe para mim. Não posso tirar a roupa. Não sou,
exatamente, feita para um strip-tease.— Cutucou a barriga
arredondada.

—Me dê o menino.—

—O quê?— Perguntou, apertando-o nos braços, mais uma


vez.

—Estou disposto a contratá-la. Me passe o menino. Não vou


machucá-lo. Eu tenho uma boate de strip. Não sou assassino de
crianças.—
Passando a língua nos lábios, o coração batendo forte,
passou Simon para os braços do homem. Ficou surpresa quando
ele se acomodou.

—Tenho meus próprios filhos, querida. Sei como segurar


uma criança.— Vincent fez com que Simon estivesse bem
acomodado, antes de voltar sua atenção para ela. —Tire a
camisa.—

Ela hesitou, olhando para ele.

—Não vou te machucar, mas preciso me assegurar que


estou certo.—

Você precisa do dinheiro. E está fazendo isso pelo Simon.

Tirando a blusa, fechou os olhos, esperando que ele


dissesse alguma coisa.

—Tire as calças. Preciso ver com o quê estou trabalhando.—

Com os olhos ainda fechados, tirou a calça jeans, ficando


em pé, diante dele, apenas com o sutiã e a calcinha.

—Vire-se.—
Lexie se virou, sabendo que seu olhar estava deslizando
para cima e para baixo sobre o seu corpo avaliando-o para o
trabalho.

—Bom, tenho algumas meninas simpáticas que vão ficar


felizes em lhe mostrar como funciona a pole dance. Elas não
trabalham para alimentar um vício, também.—

Ela olhou para o Vincent, que estava balbuciando para o


Simon.

—O quê?— Perguntou. —Eu seria péssima para os


negócios.—

—Você não é uma cadela magra, com as costelas


aparecendo e é, exatamente, o que estou procurando. Os
homens gostam de ter variedade de mulheres, e com esses
peitos e essa bunda você ganhará uma atenção decente dos
homens. Escolha a música certa e vai ser uma grande
dançarina.—

—Eu sou gorda.—

Vincent riu. —Essas mulheres de hoje. Não sei quem


determina que alguém é gorda ou não, mas para mim, você é,
apenas, ideal. Se vista e pode começar na sexta-feira. Até lá,
pode vir e treinar.—
Assim, Lexie se vestiu e foi contratada como dançarina.
Nunca tinha estado tão chocada em toda a sua vida.
Capitulo 1

Seis meses mais tarde

Lexie olhou para seu reflexo no espelho, odiando cada parte


de si mesma, enquanto não conseguia encontrar uma única
razão para colocar o pé para fora da porta. Já faziam seis meses
que ela estava dançando no Naked Fantasies. Vincent, o seu
chefe, não era um homem mau, mas esperava o melhor das
suas meninas. Quando ela não conseguiu se alimentar direito
durante várias semanas, ele não tinha gostado e lhe ordenou
que comesse. Ele devia ser o único homem vivo na história que
forçava uma das suas strippers a comer para manter a mesma
forma.

—Por que você está deprimida?— Perguntou Jenny,


sentando em uma cadeira ao lado dela. Jenny foi uma das
poucas mulheres das quais Lexie se aproximou. Ela era uma
garota doce e tinha um filho. Seu marido amava o fato de que
tinha se casado com uma stripper e era um dos seus clientes
regulares.

—Nada, só tomando coragem para ir lá para fora.—


A Jenny tinha lhe ensinado a usar a barra sem se matar.

—Os homens te amam, querida. Vincent está preocupado


com você. Ele não é como um monte de proprietários de boates
de strip. Eu sei, porque foi onde comecei—, disse a Jenny, se
aproximando e tocando o braço dela.

—O que você quer dizer?— Perguntou Lexi, tirando o cabelo


do caminho. Ela usava uma peruca loira, o que a irritava.

—Alguns donos nos obrigam a fazer um serviço extra. Eles


têm salas VIP, onde um monte de merda acontece. Vincent está
acima disso. Qualquer coisa extra é entre as meninas e os
clientes. Se um cara quiser um boquete, depois, a garota pode
dar a ele por conta própria, mas não é obrigada.—

No caminho para fora do clube, Lexie tinha visto seu


quinhão de homens tendo seus paus engolidos por algumas das
dançarinas. Nos últimos seis meses, se deparou com mais atos
sexuais do que em seus todos vinte e um anos. Ela não era
virgem. Seu namorado idiota tinha cuidado disso quando ela
tinha a tenra idade de dezesseis anos. Lexie ficou grata por ele
não ter lhe passado alguma coisa ruim, ou ter colocado um bebê
dentro dela. Crescer tentando cuidar de si mesma não dava
espaço para uma criança.
—Sei que é uma coisa boa. Mas odeio isso, às vezes.
Desculpe, o Simon me manteve acordada a noite toda. Ele
dormiu o dia todo, e foi difícil fazê-lo dormir à noite.—

—Quando é que sua irmã vai buscar ele?—

—Não sei. Não tenho notícias dela, desde que o deixou. Não
tenho a menor ideia do que fazer.—

Jenny sorriu. —Continue fazendo o que está fazendo.—

—Ei, gorda, você é a próxima.— Tiffany, uma das menores


garotas que já tinha visto, tropeçou dentro do quarto. A menina
era uma usuária notória e Lexie tinha topado com a garota se
drogando. Vincent foi à loucura quando a encontrou. Ele não
gostava de drogas na sua propriedade.

—Foda-se, vagabunda—, disse a Jenny. —Vá encontrar o


seu traficante de crack para dar uma chupada nele.—

—Foda-se, cadela.—

Tiffany saiu, tropeçando.

—Obrigada.— Lexie sorriu, apesar dos insultos da mulher


ainda conseguirem atingi-la.
—A qualquer hora, baby. Não suporto essa puta. Ela é uma
porra de um perigo e vai acabar morta ou algo assim. Vá em
frente, vá para o palco e arrase.—

Levantando-se da cadeira, Lexie gritou quando Jenny lhe


deu um tapa na bunda.

Durante os dez minutos seguintes, ela entreteu a multidão


enquanto retorcia o corpo em volta da barra de pole dance. Ela
não era forte o suficiente para subir e descer a barra, mas
balançava o corpo junto com a música.

Ao longo dos meses, Lexie preferia pensar consigo mesma


que tinha um homem para o qual dançar. Em sua mente,
imaginava alguém de terno, que estava no controle de tudo. Ele
olhava para ela sem perder a calma, mas sabendo que estava
amando cada segundo da sua dança. Seu homem imaginário a
ajudava a passar por isso.

Quando acabou, desceu os degraus, deixando os homens, e


o palco, para trás. Vincent estava esperando por ela.

—O que está acontecendo com você?— Perguntou ele,


escoltando-a para o seu escritório.

Rapidamente, colocou a camisa, esperando que seu corpo


estivesse coberto, longe dos olhares indiscretos.
—Estou trabalhando.—

Ele bateu a porta, olhando para ela. —Você está se


drogando?— Vincent levantou seus braços verificando se não
havia marcas de agulha na sua pele.

—O quê? De jeito nenhum. Não estou usando nada.— Ele


segurou seu rosto, levantando sua cabeça para olhar o nariz. —
Pare com isso. Não estou usando nada, certo? Só estou
fodidamente cansada.—

—A criança não está te deixando dormir?— Perguntou.

—Sim, não consigo dormir. Estou fazendo o melhor que


posso.—

—Os homens te amam. Você é uma grande dançarina,


Lexie. Preciso que você mantenha o controle.—

Ela balançou a cabeça. —Você é um santo ou algo assim?—

—Sou pai. E preciso ter certeza que o menino está sendo


bem cuidado.—
Ele não poderia tê-la chocado mais. —Eu não faria nada
para machucar o Simon. Por que você não pode ser um pouco
menos chato?— Perguntou.

—Fácil, eu não sou o fodido dono desta boate. Só a


gerencio para um amigo.—

—Ok. Sinto muito por você se preocupar.—

Depois de alguns segundos, ele a deixou ir. Voltando para


os vestiários, se abaixou diante do vaso sanitário, colocando
para fora toda a comida. Foda-se, não conseguia lidar com este
estilo de vida.

—Não posso acreditar que eles estão aqui. Estive esperando


que eles voltassem para a cidade. Já fazem mais de dois anos, e
uau, o Devil ainda é tão quente quanto eu me lembrava—, disse
Tiffany, não parecendo estar chapada.

Erguendo os pés do chão, Lexie tentou ignorá-las. Não


queria que ninguém soubesse que estava no banheiro.

Diana estava com ela, rindo. —Eu amo o Death. Seu nome
é assustador, mas ele fode melhor que o Pussy.—

Cobrindo as orelhas, Lexie não queria ouvir nada. Não havia


dúvida do que estavam fazendo quando ouviu elas inalarem
profundamente. Olhando através da pequena abertura na porta,
pelo espelho, viu as duas garotas cheirando cocaína. Se Vincent
as encontrasse, ia machucá-las de verdade. Não gostava de
drogas na sua boate de strip.

—Deus, mal posso esperar para chupar aquele pau. Eu digo


a você, odeio esses filhos da puta, babando em cima de mim por
poucos dólares, mas Devil, ele sabe como me tratar—, disse a
Tiffany, esfregando o nariz. —Isso é bom. Vai me deixar ligada
por um tempo.—

—Vamos, vamos até lá.—

Em poucos minutos se foram rindo pelo caminho.

Lexie ficou no banheiro, enxugando as lágrimas.

Estou fazendo isso pelo Simon. Estou fazendo isso pelo


Simon.

Nesse momento, Lexie realmente odiou a irmã e toda sua


criação. Sua mãe era mais interessada em uma garrafa e nos
homens, do que em suas filhas. Lexie tinha cursado a escola
com boas notas, mas não o suficiente para ganhar nenhum tipo
de bolsa de estudos. Kayla saiu da escola e, ao deixar Lexie
quando fez dezoito anos, esta já estava trabalhando cada hora
que podia.
—Lex, querida, você está aqui?— Perguntou Jenny.

Abrindo a porta, olhou para sua amiga, que trazia a bolsa


de maquiagem barata.

—Você entra em vinte minutos. Precisamos deixá-la bem.—

Ficando parada, deixou Jenny restaurar a maquiagem para


enfrentar os homens no show noturno.

—Ouvi a Tiffany e a Diane falando sobre um grupo que


chegou.—

Jenny ficou tensa. —Eles ocuparam toda a boate, chutando


todos os outros para fora. Quando a Chaos Bleeds entra, então,
ninguém mais é permitido por perto.—

—Chaos Bleeds? É algum tipo de grupo de rock?—

—Não, mas eu desejaria que fosse. São uma gangue de


motoqueiros. Homens duros, sem regras e, de vez em quando,
vêm até a cidade. Devil é o líder—, disse Jenny.

—Não gosto de como isto soa.—


—Aceite o meu conselho. Faça sua apresentação, pegue o
seu dinheiro e corra, porra. Você não quer se envolver com
esses homens. São perigosos e desrespeitosos.—

Lexie concordou. —Não estou interessada em nada disso.—

Vincent apareceu na porta. —Venha. Traga sua bunda para


o palco.—

—Já vou.— Olhou para Jenny, que olhou para ela.

—Você é boa. Vá lá e balance essa bunda. Gostaria de ter


os seus peitos. Bem grandes.— Jenny agarrou os dela e fez
Lexie rir.

Sabia que a Jenny estava, apenas, colocando-a à vontade.


—Vejo você depois, certo?—

—Sim, meu marido vem me pegar em uma hora e, então,


estou fora.—

—Este é o seu último compromisso esta noite, Lex. Pode ir


embora quando estiver pronta—, disse Vincent, deixando o
banheiro.

—Vou esperar por você, antes de ir.—


—Agradeço. Vá em frente, acabe com eles.—

Ao sair do banheiro, caminhou até o fundo do palco quando


as luzes foram desligadas sobre a área de estar. A única luz
seria dela.

No espelho, verificou a peruca loira, tendo certeza que não


mostrava nenhuma mecha do cabelo castanho.

Você consegue fazer isso. Simplesmente dance, imaginando


seu homem de terno.

A música começou, e era uma das suas favoritas.


Envolvendo os braços em torno da barra, esperou que a luz
focasse em cima dela e, então, começou a dançar, como a Jenny
tinha lhe ensinado.

****

Devil, líder do Chaos Bleeds MC e um homem irritado,


engoliu uma dose do uísque. O negócio tinha crescido no Naked
Fantasies desde a última vez que tinha vindo até a cidade.
Passando a mão pelo rosto, se sentiu cansado. Estava ficando
muito velho para ficar procurando confusão pela cidade. Com
quarenta e cinco anos, sabia que era hora de se acalmar, em vez
de ter de lidar com mudanças de lugar atrás de lugar. Seus
homens estavam ficando cansados da mesma velha merda, e ele
estava começando a desejar uma boa cama quente para dormir
à noite. Se recusava a acreditar que era porque estava ficando
velho.

Nos últimos vinte anos, não tinha feito nada, além de


passear. Seu grupo tinha a mesma necessidade no sangue de
ser livre, e não controlado pelas convenções sociais. Se quisesse
transar com três mulheres, uma após a outra, então, fazia isso.
Transportava drogas e bebia até vomitar. Não havia essa coisa
de happy hour com ele. Cada hora era um happy hour. Se queria
uma bebida às dez da manhã, teria uma bebida.

—Ei, baby, senti sua falta.—

Tiffany, uma das dançarinas, com seus peitos enormes,


caminhou em direção a ele. Havia pó branco em torno do seu
nariz, denunciando seu hábito caro. Todas as vezes em que
estava por perto, sempre se perdia no seu corpo. Ela já era tão
fodidamente magra e, desde a última vez que tinha estado aqui,
parecia mais magra. Qualquer excitação desapareceu quando
avistou sua caixa torácica. Por que as mulheres acham que é
sexy ver todos os ossos do caralho em seu corpo?

—Vá se foder—, falou, não querendo, absolutamente,


companhia. Precisava pensar. A Kayla tinha sido a porra de um
erro. O preservativo que ele tinha usado tinha furado e, depois,
teve que fazer exames. Gostava de ser livre, mas não queria
morrer por causa de uma porra de uma doença. Atestando que
sua saúde estava bem, descobriu, mais tarde, que a puta estava
grávida de seu filho e, em seguida, que ela tinha dado à luz. A
cadela tinha também roubado mais de dez mil dólares dele. Uma
vez que tivesse o seu menino longe dela, ela ia encontrar uma
cama confortável e agradável para morrer. Ninguém fazia uma
merda dessas com ele e fugia.

—Devil, eu faço qualquer coisa—, disse a Tiffany. —Por


favor, senti sua falta.—

Ela começou a se esfregar no seu colo, e seu pênis


endureceu. Não dava uma boa trepada fazia muito tempo. Tiny e
os Skulls aceitavam tudo, mas ele queria provar a doce Angel, a
mulher do Lash. Lash não acreditava em compartilhar, não que
fosse uma ofensa para ele. Se tivesse uma mulher como a
Angel, não gostaria de compartilhar, também.

—Pegue o meu pau e chupe-o—, falou. Se ela queria usar o


meu pênis, o mínimo que podia fazer era chupá-lo.

Abaixando-se, Tiffany passou para debaixo da mesa,


puxando o seu pau.

—Ei, cara—, disse Vincent, aproximando-se da mesa.


Apertando a mão do homem que tinha deixado gerenciando a
boate de strip, Devil achou a boca da Tiffany menos atraente.
Ainda assim, era melhor do que olhar para a cadela. —O que o
traz de volta aqui?—

—Estou procurando alguém. Vou conversar sobre isso com


você, na parte da manhã. Por enquanto, só quero desfrutar de
alguns minutos de relaxamento. Quem é a próxima?—
Perguntou, apontando para o palco.

—Uma dançarina nova, a Lexie. Você vai gostar dela.—

Estava procurando por uma mulher chamada Lexie. Devil


ficou tenso, imaginando se, por pura sorte, a mulher que ele
procurava era a mesma mulher no palco. Não podia ser. Em sua
vida, nada era sobre sorte. De jeito nenhum, a mulher que
estava caçando seria aquela mesma.

Afundando os dedos no cabelo da Tiffany, ele a forçou a


tomar todo o seu comprimento, até engolir a ponta do seu pênis.
Tiffany o aceitou, sem dúvida, sugando todo seu comprimento.

—Aí está ela.—

O palco se iluminou e o interesse de Devil foi despertado. A


mulher no palco não era como nenhuma das outras garotas que
empregavam. Por um lado, era muito mais completa do que a
mulher que estava entre suas pernas. Sua forma era claramente
delineada pelo espartilho que usava. Os quadris se alargavam e
as meias com ligas acertaram em cheio o pau dele. O conjunto
preto e rosa fazia com que parecesse sensual e inocente, ao
mesmo tempo.

Seu pênis engrossou mais com a visão da mulher na pista


de dança. O cabelo loiro lembrava-lhe, um pouco, o da Angel.
Quando tinha visto aquela beleza doce quis começar uma guerra
com os Skulls, mas tinha visto o amor que ela tinha pelo Lash e
decidiu contra. A mulher no palco se virou, e ele viu que seu
rosto era tão bonito quanto o resto dela. Esquecendo seu rosto,
baixou o olhar sobre seu corpo para ver o tamanho dos seus
seios. Caralho, queria enterrar a cabeça no seu colo e vê-los
balançar acima do seu pau.

Acelerando os movimentos da Tiffany, viu a mulher diante


dele provocar todos os homens. Seu olhar ficou fitando,
cegamente, a plateia. Ela olhava para longe. Seu corpo
balançava ao som da música, e ele soube que ela não dava a
mínima para os homens fora do seu próprio mundinho.

Lentamente, começou a tirar as roupas. Seu corpo


curvilíneo dominou o salão. Ele sabia que cada homem estava
com tesão e queria ver seus seios nus. Devil ficou terrivelmente
excitado apenas por ter dado uma olhada nela.

Quando o espartilho finalmente saiu, Devil gozou, enchendo


a boca da Tiffany com seu esperma, quando olhou para a mulher
sobre o palco. Os seios dela eram muito bonitos. Eram
empinados, com mamilos grandes e vermelhos. Ela deslizou para
baixo, segurando a barra, abrindo as pernas e mostrando aos
homens sua vagina coberta.

Rapidamente, a música terminou, o palco escureceu e toda


a multidão estava em alvoroço. Eles queriam ver tudo. Tiffany
saiu de baixo da mesa, limpando o sêmen da parte de fora da
boca.

—Ela sempre deixa os homens querendo mais. É por isso


que recebe clientes regulares, esperando por um vislumbre—,
disse o Vincent.

—Quero conhecê-la—, disse Devil, se levantando e


ajeitando o pênis.

—O quê? Eu acabei de chupar o seu pau. Você não pode


fazer isso.— Tiffany tinha as mãos nos quadris enquanto olhava
para ele.

Agarrando seu braço, ele a puxou para perto. —Não pense,


nem por um segundo, que você tem algum direito sobre mim.
Você é boa para uma coisa e, apenas, uma coisa, estar
disponível para eu foder. Sai daqui, sua puta viciada.—
Ele a empurrou para longe, olhando para o Vincent. Tiffany
caiu no chão e ninguém a ajudou a se levantar. Ela era uma
prostituta e só estava procurando um homem para mantê-la
drogada. Não se importava de estar perto de drogas, mas não
usava. Alguns de seus homens perderam suas vidas por isso, e
lhes pedia para não transformar isso em um hábito fodido.

Estar em plena estrada aberta, sem regras, significava que


não podia exigir o que queria dos outros. O consumo de drogas
não estava em sua lista, mas pedia aos seus homens para se
manterem unidos.

—Siga-me. Ela vai sair, em breve.—

Vincent o guiou através dos vestiários, quando outra


mulher entrou no palco. Seus homens foram cercados por
mulheres. Devil sabia que, quando viessem para a cidade, as
mulheres iam se reunir com eles.

—Lex, estou entrando. Um amigo quer conhecê-la.—


Vincent abriu a porta e eles encontraram vestindo um jeans. O
espartilho sexy tinha sido substituído por um sutiã simples, de
algodão. Devil queria chorar pelo pecado que era deixar aqueles
bebês cobertos.

—O que posso fazer por você, Vincent? Você disse que eu


só tinha que dançar.—
Sua voz era tão doce. Já estava na estrada por tanto
tempo, convivendo com mulheres que tinham atitudes que
tinham a ver com seu estilo de vida. Esta mulher era fresca e ...
jovem. Não esperava que ela fosse tão jovem. Não podia ter
mais de vinte anos, se é que tinha.

—Devil queria conhecê-la.—

Entrando no quarto, percebeu quão pequena ela realmente


era. Sua cabeça batia na altura do seu peito.

—Eu não faço nenhum extra.—

—Não estou aqui para ter um extra. Pode ir, Vincent.— Não
esperou que o homem dissesse qualquer coisa. Vincent o deixou
sozinho com a mulher deslumbrante, de seios grandes. Estendeu
a mão e ficou surpreso quando ela se encolheu e se afastou
dele. —Não vou te machucar.—

—Ok.— Ela parecia em dúvida, porém, não se afastou.

Será que tinha um homem que batia nela?

—Tem alguém esperando por você? Um marido, um


namorado?—
—Não, ninguém.— Ela começou a morder o lábio,
gaguejando.

—Não vou machucar você.— Afastou, um pouco, o cabelo


do seu ombro, acariciando seu rosto. Ela estava com uma
maquiagem carregada. Devil não gostou. Queria saber como ela
era sem todo aquele artifício.

Curvando-se, roçou os lábios dela com os seus enquanto


agarrava sua bunda, puxando-a para mais perto. Ela estava
tensa contra ele. Seu pênis endureceu, querendo estar dentro
daquele corpo quente e apertado.

—Quanto vai me custar para você ser minha esta noite?—


Perguntou. Todos os seus homens teriam inveja dele ao
conseguir ter este pedaço quente para a noite.

Seu corpo ficou tenso, se isso era mesmo possível. —Eu


não sou uma prostituta. Não estou à venda.—

Ela lutou em seus braços. Ele a levantou com facilidade,


colocando-a em cima da penteadeira que o Vincent fornecia para
as meninas se arrumarem. Ela engasgou, e ele inclinou sua
cabeça para trás, para olhar para ele. —Todo mundo tem um
preço. Qual é o seu?— Tomou seus lábios, deslizando a língua
dentro da sua boca.
Em poucos minutos, ela se derreteu contra ele. As mãos
que o haviam estado empurrando, agora, o apertavam com
força, querendo-o. Seu pau queria estar dentro dela,
fodidamente.

Pressionando-a contra o seu pau duro, Devil queria arrancar


todas as suas roupas e afundar na sua doçura. Tocando um dos
seios, brincou com o mamilo, amando a sensação dele ficando
túrgido na palma da sua mão. Ela ia ser tão gostosa de
reivindicar. Queria seu pau dentro dela e ele mesmo abriria mão
do preservativo para sentir sua boceta nua.

—Chefe, precisamos de você aqui fora. O Ripper está


causando alguns problemas,— Curse disse, exigindo sua
atenção.

Devil se afastou dela, olhando-a nos olhos. —Não vá a lugar


nenhum. Eu já volto.—

Deixando Lexie para trás, Devil foi lidar com um dos seus
homens. Seus pensamentos não estavam na tarefa, mais sim na
única mulher com a qual queria transar.
Capitulo 2

Que diabos foi isso? Lexie rapidamente tirou a peruca,


pegou a bolsa e se dirigiu para fora. Jenny a esperava, junto
com seu marido, rindo, quando ela saiu da parte de trás do
clube.

—Estava me perguntando onde você estava. Vejo você em


poucos dias, está bem?— Perguntou Jenny.

Balançando a cabeça, se despediu dos amigos e saiu para a


noite. Era tarde, e ela precisava correr para casa, para pegar o
seu filho, Simon. Ela descobriu que, cada vez mais, esquecia que
o Simon não era dela. Estavam juntos há seis meses, agora,
mas tinha começado a sentir que era como uma vida inteira.
Cada dança e performace que fazia era um passo mais perto de
construir uma vida melhor para eles. Ela pagava o aluguel e
tinha comida suficiente para alimentar os dois. Depois de
comprar o que ele necessitava, tentava ganhar o suficiente para
lhe dar brinquedos e roupas. Até queria sair do apartamento
miserável e ir para um lugar agradável. Ouvir casais foderem e
brigarem não era o tipo de vida que ela queria que o Simon
crescesse vendo.
Havia tanta coisa que queria lhe dar e, ainda assim, lutava
dia após dia para fornecer o básico para ele. Puxando o elástico
do cabelo, ela o deixou cair em queda livre. Depois de usar a
peruca, gostava de sentir o ar fresco. Pegando o spray de
pimenta dentro da bolsa, continuou andando, se sentindo um
pouco protegida, mesmo que fosse estúpido. Qualquer homem
poderia, facilmente, dominá-la se quisesse.

Mantendo a cabeça baixa, chegou ao prédio de


apartamentos com facilidade. Várias mulheres, prostitutas,
estavam trabalhando nas ruas à espera de um cliente pagante.
Ela odiava esse estilo de vida. Algumas delas lhe deram um
aceno enquanto ela passava. Lexie nunca as julgou por
ganharem seu dinheiro dessa maneira e várias gostavam do
jeito que ela cuidava dos seus filhos quando elas, realmente,
precisavam.

—Noite difícil Lex?— Perguntou Carol. Ela tinha sido


prostituta durante toda a sua vida, e aos trinta, já tinha visto de
tudo. Lexie cuidava dos seus filhos durante a noite, às vezes,
quando o dinheiro estava apertado.

—Sim, pode-se dizer que sim. E você?—

—Devagar. Não são muitos os homens que procuram amor


hoje à noite.—
Sorrindo, Lexie concordou. —Tome cuidado.—

—Você é muito doce para estar por aqui.— Carol balançou a


cabeça, parecendo triste.

Lexie ouvia isso muitas vezes, mas nenhuma destas


mulheres sabia como ela tinha crescido. Este era o tipo de coisa
com a qual estava acostumada. Isso a fazia rir, às vezes, por ela
estar mais acostumada com as pessoas que vendem seus corpos
do que com aquelas que a atendiam no supermercado.

—Vejo você amanhã—, disse Lexie, entrando.

Simon estava com Jessica, um andar acima do dela.


Quando Lexie bateu na porta, Jessica respondeu na terceira
batida. —Ei, já estava imaginando se você ia voltar.—

—Desculpe. Ele está bem?— Lexie entrou no apartamento e


viu Simon dormindo no sofá.

—Sim, ele tem sido perfeito. Um bom menino que você


tem.—

—Obrigada.— Pegando algumas notas no bolso, entregou-


as para ela. —Eu aprecio, de verdade, que você cuide dele.—

—Sem problema. Mesma hora na próxima semana?—


—Sim.— Pegando o Simon, caminhou até seu próprio
apartamento, abrindo a porta e entrando. Ele não acordou, o
que a deixou satisfeita. Após os últimos dias, realmente,
precisava do seu sono de beleza. Estava morta e sabia que o
Vincent ia chutar sua bunda se ela parecesse menos atraente,
amanhã à noite. Trancando a porta, largou a bolsa e entrou no
seu quarto.

Tinha comprado um berço de segunda mão e o esfregou


inteiro antes de usá-lo. O colchão era novo. Deitando-o,
observou ele dormindo durante vários segundos, antes de ir para
o chuveiro.

Em vinte minutos, estava enfiada na cama ouvindo os


barulhos ao seu redor. O casal que morava à direita estava
trepando novamente. Ouviu a cama batendo na parede, seus
gemidos combinando, juntos, quando se aproximaram do
clímax.

Se acalmaram, e imaginou se isso seria tudo para aquela


noite. Pouco depois, pareceram recuperar o fôlego e estar de
volta, transando, em poucos minutos. Ouviu o barulho do lado
de fora, quando o carro deu a partida e foi embora. Lexie
esperava que a Carol estivesse bem. De todas as mulheres,
Carol era uma das mais simpáticas.
Em questão de minutos, ouviu o casal da direita,
novamente. Queria gritar para eles que qualidade era melhor
que quantidade.

Ouvi-los transando, lembrou Lexie da sua própria


virgindade perdida. Na verdade, todas as vezes em que transou
com o namorado, não se lembrava de qualquer tipo de prazer,
absolutamente. Ele montava nela, empurrava algumas vezes, e
seu rosto ficava estranho antes que tivesse terminado. Não teve
uma única vez que sentiu qualquer tipo de desejo ou
necessidade. Hoje à noite, senti.

Virando-se, fechou os olhos esperando o sono reclamá-la.


Em vez disso, viu um homem com cabelos grisalhos nas
têmporas e intensos olhos castanho escuros. Devil, que tipo de
nome era esse? Tinha que ser um nome de guerra ou algum
apelido. Ninguém colocava o nome Devil no seu próprio filho.

Suas mãos tinham sido tão agradáveis em seu corpo. A


maneira como ele a pegou e a colocou sobre a penteadeira ia
ficar na sua memória para sempre. Sentiu um puxão interior,
profundo em sua possessividade. Seria ele possessivo?

Teria fodido com ele? Se não tivesse sido interrompida,


Lexie sabia que não teria sido capaz de lutar com ele,
absolutamente. Havia algo magnético nele. Seu olhar via muito
mais do que deixava transparecer.
Supere isso. Homem nenhum vê nada além do seu pau.

Se virou para olhar o Simon. Ele era a única coisa na que


ela precisava pensar. Outros homens podiam aparecer e ir se
foderem. Não precisava de alguém ou de coisa alguma.
Levantando da cama, foi até a janela para olhar para o céu.
Estava escuro e todas as estrelas estavam brilhando. Naquele
momento, realmente, esperava que pudesse ser verdade. Pediu
uma vida muito melhor para o Simon.

Fechando os olhos, voltou para a cama, descansando a


cabeça no travesseiro. Em poucos minutos, o sono, finalmente,
chegou.

****

A boate tinha se transformado em uma orgia fodida. Devil


observou o salão vendo todos os seus homens em diferentes
estados de nudez, enquanto mulheres atendiam às suas
necessidades. Vincent se sentou no bar, com uma cerveja.

—Senti sua falta na estrada—, disse Devil. Vincent tinha


sido um dos seus tripulantes por um longo tempo. Quando tinha
se apaixonado por uma ruivinha com lábios que prometiam dar
prazer a um homem, Vincent tinha abandonado a estrada. Ele
ainda era um membro da Chaos Bleeds, mas cuidava da boate
de strip em vez de passear. Isso funcionou muito bem, já que
Devil odiava trazer pessoas de fora para a boate.

—Eu sinto falta da estrada, também, mas sei que sentiria


mais falta da Phoebe. Ela é o meu mundo, homem.—

—Você soa como um escravo da vagina dela.— Bebendo


sua cerveja, Devil olhou para o vestiário das garotas. A cadela
que ele queria para aquela noite estava muito longe. Tinha saído
enquanto ele lidava com o problema do Ripper e do Spider. Seus
dois meninos tinham estado brigando por uma mulher. Olhando
na direção deles, Devil ficou irritado. Por que lutar por uma
mulher e, em seguida, caralho, compartilhá-la, no final das
contas? Não fazia sentido para ele.

—E sou. Ninguém se compara a ela, absolutamente.—

—O que ela acha de você estar gerenciando uma boate de


strip? Será que ela verifica o seu pau procurando por marcas de
batom?—

—Ela sabe que eu não ia me ferrar com ninguém, aqui. Elas


estão aqui para ganhar dinheiro e metade delas está,
provavelmente, cheia de DST.— Vincent balançou a cabeça. —
Não sei como isso aconteceu, mas sou um homem de uma
mulher, agora. Eu sei, escravo de uma vagina, certo?—
—Nada, eu vi alguns dos Skulls. Estão da mesma maneira.
Parecem felizes e estou feliz por você.— Devil bateu nas costas
do amigo.

—Quanto tempo vai ficar por perto, dessa vez?— Perguntou


Vincent.

—Preocupado que vamos perturbar a sua mulher?—

—Nada, Phoebe não tem nenhum problema com vocês.


Você é da família, e ela adora uma família grande.—

—Os meninos estão pensando em sossegar. Podemos fazer


as nossas viagens e as outras merdas, mas sair sem destino
perdeu o apelo.— Devil tomou outro gole da sua cerveja. —
Estamos procurando algum negócio mais sossegado, como o do
Tiny. Ele conseguiu colocar em funcionamento uma porra de um
sonho. Ninguém faz merda com ele, além dos problemas óbvios
da boate. Estava pensando que poderíamos fazer algo aqui.
Construir uma outra casa noturna e ganhar dinheiro.—

—Você teria que se livrar dos cafetões ou iniciar seu próprio


negócio. Alguns desses homens amam as mulheres que ganham
dinheiro para eles—, disse Vincent.

—Algum problema aqui?—


—Só quando um deles tenta roubar minhas meninas. Não
gosto disso e acredite em mim quando digo que tenho um par de
meninas que não querem negociar para se prostituir.— Vincent
jogou a garrafa vazia na lata de lixo.

—Como quem?— Perguntou Devil.

—Jenny, a baixinha. Doce, o marido vem toda noite para


ver os seus shows. Eles têm uma coisa rolando, e acho que
estão aqui apenas para apimentar sua vida amorosa.— Vincent
riu. —Ele é o único que fica com ela. Sempre cuidando da sua
mulher.—

—Parece um homem que gosta de boates.—

—Provavelmente. Mas só quer a Jenny, entretanto.—

—A outra?— Perguntou Devil, esperando que o nome da


Lexie viesse à tona. Merda, realmente precisava procurar a irmã
de Kayla. Ela poderia ser sua única esperança de encontrar o seu
filho.

—Lexie é a outra. Ela é única, pelo que sei. Veio há seis


meses atrás, precisando de um emprego. Insegura, entretanto.
Só queria um emprego de garçonete. Pensava que era gorda
demais para ser uma dançarina—, disse Vincent.
—Cadelas do caralho. Realmente, não sei o que se passa na
cabeça delas.— Devil não gostava de ser incomodado por essas
mulheres que falavam sobre dieta e todas essas merdas.
Quando começavam a falar merda, enfiava o pênis em suas
bocas, para calá-las.

—Sim, ela é uma vencedora. O menino que ela está


cuidando é bonito. Ela o trouxe, também.—

Devil congelou. Ok, o nome era uma porra de uma


coincidência, mas não muito.

—Do que diabos você está falando?— Perguntou Devil.

—Qual o problema?—

—Comece do início. Que porra de criança?—

Vincent franziu a testa. —Ela veio há seis meses, trazendo


um bebê. Um menino pequeno, recém-nascido. Sua irmã
apareceu e o abandonou com ela. Para Lexie conseguir sustentá-
lo, veio me pedir um emprego. Ela parecia muito desesperada.—

—Você deve estar brincando comigo.— Devil se levantou,


indo na direção do escritório. Depois do último telefonema para
o Tiny, não estava com vontade de aceitar merda nenhuma.
Ouvir que o Snitch estava de volta do mundo dos mortos não o
tinha deixado de bom humor. De jeito nenhum havia beijado a
mulher que estava procurando. Milagres não caíam em seu colo,
assim, porra, tão facilmente.

—Devil, espere, o que está acontecendo?— Perguntou o


Vincent.

Ele abriu o armário onde o Vincent mantinha os arquivos de


todos os empregados. A boate de strip era limpa e fazia as
coisas legalmente. Ninguém poderia atingi-los com qualquer
coisa. Encontrando o arquivo, olhou para o homem que a
conhecia todo este tempo.

—Na estrada, eu transei com uma mulher chamada Kayla


Howard. Você a conhece?— Perguntou Devil.

—Não, nunca ouvi falar dela.—

—Sua meia-irmã é conhecida como Lexie Howard. Elas têm


uns pais de merda diferentes, mas a mesma mãe.— Revelou a
informação que o Tiny tinha conseguido arrancar do Whizz. A
menina na foto não se parecia em nada com a mulher que tinha
visto esta noite.

—Tudo combina. O bebê, o período de tempo, tudo—, disse


Devil.
—Você está me dizendo, que a Lexie, a minha stripper, é
quem você veio procurar?— Quando estava na estrada, Devil
não tinha telefonado com qualquer atualização ou outra notícia
para o Vincent. Simplesmente disse ao outro homem que estava
a caminho, para vê-lo. —Ela é uma boa menina, Devil.—

—É com a irmã dela que eu tenho a porra de um problema.


Onde é que a Lexie mora?— Perguntou, olhando as informações
do arquivo.

Vincent pegou a papelada dele. —Me prometa que não vai


machucar essa garota. Ela está trabalhando duro por esse
menino. Ele é seu filho, não é?—

—O menino, sim, é meu. Mas vou fazer um teste de


paternidade para confirmar, em primeiro lugar, cacete.
Conhecendo a Kayla ele pode ser filho de qualquer um—.

Devil viu sua data de nascimento, atestando que tinha vinte


e um anos. Kayla era cinco anos mais velha que ela.

—Diga-me que não estou prestes a colocar essa garota em


perigo?— Perguntou Vincent.

—Não tenho nenhum problema com a menina. Ela não é


loira, então.— Pensou sobre o seu cabelo, que lhe lembrava
tanto o da Angel. Parte dele estava contente por ela não ter
cabelo loiro.

—É peruca.—

Vincent lhe deu o endereço. —Você acha que devia ir,


agora?—

—Não há melhor do que este exato momento. Quero vê-la


agora.— Saiu do escritório. Alguém abaixou o volume da música
quando ele pediu a atenção dos seus caras. —Qualquer um que
possa dirigir, coloque a bunda na sua moto. Tenho que ir buscar
o meu filho. Este lugar está ok para ficarmos esta noite?—
Perguntou Devil. Amanhã iria procurar um lugar grande o
suficiente, como o Tiny tinha. Quanto mais pensava nisso, mais
gostava da ideia de ter todos os seus homens em um só lugar.

—Claro. Este lugar é seu, Devil. As coisas estão todas no


seu nome.—

—Bom. Você pode ir para casa. Mande um oi para a


Phoebe.—

—Vou mandar. O que quer que eu faça sobre as mulheres


que estão aqui?—
—Merda, alguns dos meus homens podem ficar enquanto
eu resolvo essa merda.— Devil saiu do prédio em direção à sua
moto. Escarranchando-se sobre a máquina, girou a chave na
ignição, amando a sensação da moto criando vida. Era hora de
encontrar seu filho e levá-lo para casa, em segurança.

Não tenho uma casa.

Lidaria com todos os outros pequenos detalhes, mais tarde.

A viagem não demorou muito. Ficou chocado com a


atividade do lado de fora do prédio. Mulheres estavam
esperando por algum tipo de ação. Em poucas horas o sol
nasceria e as mulheres desapareceriam. Era este o tipo de vida
que Lexie estava procurando? Nem conhecia a mulher e já
estava chateado com o fato de que ela estava vivendo assim.

Um cafetão estava gritando enquanto batia em uma das


meninas. Devil odiava se meter nos negócios de outras pessoas,
mas a menina já estava arroxeada.

—O que você está fazendo, chefe?— Perguntou Curse.

Curse tinha ganho esse nome durante uma das suas


viagens. O que quer que pudesse ter acontecido de errado na
moto do rapaz, aconteceu, então o apelidaram de Curse,
brincando com o fato dele ser amaldiçoado. Seu verdadeiro
nome era James Bradley, e era um homem muito bom. Devil se
assegurava que os homens que ficavam ao seu lado não eram
usuários ou abusadores. Haviam algumas regras que
respeitavam, mesmo que não mostrasse a ninguém. Gostava do
fato dos Skulls acharem que ele era implacável, e era, mas não
gostava de bater em mulheres.

Para ele, era uma questão da luta ser justa e um cafetão


contra uma jovem garota assustada não era justo. E não parecia
tão velha, também.

—Odeio cafetões quase tanto quanto odeio mentirosos.—


Devil estalou os dedos ao se aproximar do homem que estava
chutando a menina no chão.

—Não, por favor, pare, ele não me pagou. Eu juro a você


que ele não me pagou.— A menina estava gemendo, chorando e
tentando se proteger do ataque brutal.

—Você é uma puta do caralho. Me dê o meu dinheiro.— A


violência não ia parar.

Pigarreando, Devil esperou o cafetão parar.

—Que merda você quer?— Perguntou o cafetão.

—Qual é o seu nome?—


—Rob, e o que isso tem a ver com você?— Rob, o cafetão,
se afastou da garota para encarar o rosto do Devil. —Você quer
que eu te foda, hein?—

Os homens de Devil riram.

—Você é o cafetão por aqui, garoto bonito?— Perguntou


Devil.

—Sim, e se você quer começar a trabalhar na minha área


tem que pagar a porra de uma taxa. Estas são as minhas
meninas, e esta é a porra da minha áre-— Devil bateu a testa
contra a do Rob. Só havia uma forma de fazer ele parar de
gritar. Odiava cafetões e especialmente idiotas que forçavam
aquele estilo de vida sobre as garotas. A menina na qual ele
estava batendo não parecia ter mais que dezessete anos.
Quando Rob agarrou o nariz, conseguiu golpeá-lo no rosto. Rob
caiu, e ele chutou aquele pedaço de lixo para se assegurar que
ele entendesse bem.

Rob gritou como uma menina.

Notou que um monte de mulheres estava torcendo para ele


bater na porra do cafetão.
—Agora, vamos ver se eu tenho esse direito. Sou o dono
deste lugar. Meu nome é Devil, e sou o presidente da Chaos
Bleeds.—

—Foda-se, idiota.— Rob cuspiu nele.

Pressionando o rosto do Rob contra o asfalto, Devil esperou


que ele gritasse antes de levantá-lo. A menina na qual Rob tinha
estado batendo, me olhou, apavorada.

—É hora de você pedir desculpas.— Arrastando o Rob pelo


chão, pelos cabelos, até a menina viu que o Curse estava
falando com ela, impedindo-a de fugir. —Qual é o seu nome,
querida?— Perguntou Devil.

—É Judi.—

—Quantos anos você tem, Judi?—

—Vou fazer dezoito, daqui a três semanas.—

—Você está me dizendo que não tem dezoito anos, ainda?—


Perguntou Devil.

—Sim.—
O desejo de acabar com o Rob era forte, mas precisava
dele para falar sobre a Chaos Bleeds. Uma vez que todos
estivessem sabendo, Rob ia ser seu.

—Você não vai, nem fodendo, tocá-la novamente. Se eu ver


a sua cara por aqui, vou colocar uma bala no seu crânio, filho da
puta. Você me entendeu?— Perguntou Devil.

—Sim, entendi.—

—Peça desculpas—, disse Devil.

—Não estou arrependido da porra que fiz com essa


vagabunda.—

A mão do Rob estava apoiada no chão. Levantando o pé,


Devil afundou o pé sobre ela. Ouviu o ruído dos ossos
quebrando, enquanto Rob gritava como uma menina.

—Sinto muito. Estou muito arrependido.—

—Isso não foi tão difícil, foi?— Perguntou Devil. —Dê o fora
da minha vista. Se enxergar você mais uma vez, então você
estará morto.—

O cafetão se afastava, tentando correr tão rápido quanto


podia.
—Judi, você está bem?— Perguntou Devil, agachando-se
para olhá-la nos olhos.

—Obrigada. Obrigada, muito obrigada.— Ela ficou de


joelhos e, em seguida, colocou os braços em volta do seu
pescoço. A jovem soluçava enquanto seu frágil corpo tremia.

—Vamos ajudá-la. Onde estão os seus pais?— Perguntou


Devil.

—Partiram. Se foram há muito tempo atrás.—

Odiando o mundo, Devil a entregou ao Curse, que, em


seguida, entregou-a ao Death. Eles cuidariam dela. Meninas da
idade dela, caralho, deviam ter uma vida amorosa, não lidar com
merdas como o Rob. Desprezava cafetões. As mulheres que não
estavam dispostas não deviam ser forçadas a qualquer tipo de
estilo de vida.

Balançando a cabeça, Devil se dirigiu para a frente do


prédio.

—Quem você está procurando?— Perguntou uma mulher de


uns trinta anos.
—Não é da sua conta.— Se dirigiu para o edifício e começou
a subir os andares até chegar à porta.

—Essa garota é uma prostituta?— Perguntou o Curse.

—Não, é uma stripper. Vincent gosta dela ou, pelo menos,


acho que sim.—

—Ele se transformou em um marica, com aquela mulher


dele.—

—Eu não diria isso a ele. Cortaria o seu pênis fora—, disse
Devil, do lado de fora da porta. Olhou para a porta de madeira,
sabendo que não impedia ninguém de entrar.

—Qual é o plano?—

—Eu entro e pego o meu filho.—

—Então, nenhum plano.—

Devil deu de ombros. Não tinha pensado em nada.


Testando a porta, soube que estava trancada. Ia precisar de um
pouco mais de força.
Capitulo 3

Depois de algumas horas de sono, Lexie levantou ao ouvir o


Simon gritando. Esfregando os olhos, pegou o menino no berço.
Trocou sua fralda e, então, foram até a pequena cozinha. O
apartamento era bem pequeno, mas funcionava para ela, por
enquanto. Era melhor do que estar nas ruas.

—Eu tenho você—, disse ela, cantarolando, enquanto


aquecia uma nova mamadeira. Estava tão cansada, mas ele
vinha em primeiro lugar.

Caminhando ao redor do pequeno espaço, cantarolava para


ele enquanto a mamadeira esquentava. Testando a temperatura,
ela a encaixou na sua boca, observando enquanto ele sugava
olhando para o teto. De repente, ficou tensa quando a porta do
apartamento foi escancarada. As trancas não foram nada contra
a força brutal dos dois homens que entravam.

Fechou a boca quando viu o Devil entrar na sala. O outro


homem, reconheceu lá da boate de strip.

Eles fecharam a porta, sem falar nada, enquanto olhavam


para ela. Devil olhou para ela e, em seguida, para o menino em
seus braços. Ela usava um short e um top. Era uma noite quente
e vestir algo mais acabaria irritando sua pele.

—Que diabos você está fazendo?— Perguntou. Proteger o


Simon era tudo no qual podia pensar. Este homem ia machucá-
la? Estuprá-la? Matá-la? Não, ninguém poderia machucá-la com
um bebê. Simon não podia ser ferido.

Ele não disse uma palavra. O outro homem se inclinou


contra a porta, sorrindo para ela.

—Ela é mais quente sem a peruca loira, chefe. Você escolhe


bem pra caralho.—

—Você não pode, simplesmente, invadir minha casa. Cai


fora.—

Simon se remexeu nos seus braços. Inspirou


profundamente várias vezes, tentando acalmar seu coração que
batia acelerado. Não havia nada que pudesse fazer para se
defender. Eles a tinham vulnerável. Ela sempre foi vulnerável,
caralho, e era um alívio não ter sido arrastada para qualquer
outra coisa, antes.

—Kayla Howard, onde ela está?— Perguntou Devil.

Lexie ficou tensa. —De onde você conhece a Kayla?—


Ele se moveu até o sofá esfarrapado, se sentando. —Onde
ela está?—

—Eu não sei. Como você a conhece?— Perguntou ela.

—Você está segurando o meu filho.—

—O quê? Não, isso não é possível.— Olhou para o Simon e


se perguntou o que diabo estava acontecendo. Kayla tinha se
metido em alguma merda séria. Não queria acreditar, mesmo
quando sabia que era verdade.

—Roubou dinheiro de mim, também. Já encontrei uma


coisa que é minha, mas ela precisa pagar pelo que fez—, disse
Devil. Olhou nos olhos dela antes de baixá-los de volta para o
seu filho.

Ela não sabia que diabos estava acontecendo.

—Como você pode ser o pai dele?— Ela perguntou.

—Você não terminou a escola? Trepei com ela, a camisinha


furou e ele é a consequência disso.— Devil se levantou,
aproximando-se dela.
—Eu sei como isso acontece.— Fechando os olhos, tentou
raciocinar através do pânico que fincava suas garras dentro dela.
—Ela nem falou sobre o pai dele.—

—Diga-me o que aconteceu.— Ficou na frente dela com o


olhar sobre o Simon.

—Ela, humm, há seis meses, ela chegou com ele. Tinha


apenas algumas semanas de vida, mas não queria levá-lo com
ela.—

—Eu quero segurá-lo.—

Balançando a cabeça, ela se esticou para passá-lo para os


braços do Devil. Ele era tão alto e grande. Simon se enrolou
contra ele, sugando a mamadeira.

—Mantenha a cabeça apoiada.—

Ela se afastou, esfregando os olhos. Maldição, estavam


olhando para ela, e sentiu o calor dos olhares dos dois homens.
Odiando aquela atenção, se virou para a pia, lavando alguns
pratos que lá estavam. Seu apartamento não era nada de mais,
mas ela o mantinha limpo e arrumado.
Na boate, ela estava protegida contra os homens pelo
Vincent e os seus seguranças, mas em seu apartamento não
havia ninguém para protegê-la.

Seu coração batia forte quando se virou para olhar para o


homem grande.

Devil estava olhando para ela.

—Você não é loira?—

—Não, não sou.— Tentou manter sua identidade em


segredo para que não tivesse nenhum problema ao sair da boate
de strip. Sua maquiagem era sempre pesada e seu cabelo estava
escondido pela peruca loira.

—Preciso saber onde a Kayla está—, disse ele.

—Bem, isso nós dois queremos.— Correndo os dedos pelos


cabelos, tornou-se ciente do fato de que não estava usando
sutiã.

—Então, porra, boa sorte—, disse Curse.

—Eu não a vejo desde que me entregou o Simon.—


Lembrando do dinheiro, foi até a geladeira e pegou o envelope
que escondeu lá dentro. —Isto foi o que ela me deu. Não quero
nenhum problema. Não gastei um centavo.—

Devil olhou para o envelope e, em seguida, para ela.

—Não estou interessado no dinheiro.— Entregou o Simon


de volta para ela. —Termine de cuidar dele, e então vamos
conversar.—

Desejou que ele, apenas, saísse, mas, em seguida, lembrou


do Simon. Merda, ele ia levar o Simon para longe dela.

Quando terminou de mamar, fez com que arrotasse e


colocou o Simon de volta no berço. Ele dormiu direto, deixando-
a sozinha com os dois homens. Colocando algumas mechas do
cabelo atrás das orelhas, se virou para ver o Devil sentado no
sofá. Curse estava junto à porta, observando-a.

—Sente-se.— Devil apontou para o lugar ao lado dele.

Não vendo outra escolha, se sentou ao lado dele, dobrando


as pernas debaixo dela. A mão dele pousou no joelho dela. O
toque a deixou tensa com a sensação que caiu sobre ela.

Sua vagina ficou escorregadia com os fluidos, quando seu


clitóris latejou.
Esse sentimento a pegou, completamente, de surpresa.

Nenhum dos dois falou por um longo tempo.

—Curse, pegue os rapazes e volte para a boate. Vou estar


lá na parte da manhã.—

—Claro, chefe. Só para te avisar, nós não gostaríamos de


dormir em uma boate de strip por muito tempo—, disse o Curse.

—Já tenho planos em andamento. Não vamos dormir lá por


muito tempo.—

A porta se abriu e fechou. Estavam, agora, sozinhos, além


do Simon dormindo em seu berço.

Devil olhou para ela sem quebrar o contato visual.

—Você saiu mais cedo. Sabia quem eu era?— Perguntou.

—Não tinha ideia com quem a Kayla tinha problemas. Não


sabia quem você era, e se soubesse, teria dito a você.— Ela
estava em pânico.

—Eu não vou te machucar.—

Ele abriu o envelope.


—Está tudo aí.—

—Você não o usou para nada.— A mão dele começou a


acariciar sua coxa, para cima e para baixo.

—Eu deveria, mas consegui o emprego na Naked Fantasies,


em vez disso. Kayla nunca tomou decisões muito sábias. Não
queria correr o risco de usar um dinheiro que não era dela.—
Passando a mão sobre o rosto, Lexie realmente queria que a
noite terminasse.

Ele largou o envelope ao seu lado, no chão. O ar entre eles


mudou. Tornou-se carregado e ela achou difícil respirar,
enquanto seu olhar se movia para baixo, sobre o corpo dela. Se
sentiu nua sob o olhar dele, em vez de usando suas roupas de
dormir.

—Você foi embora antes que eu tivesse a chance de


voltar.— Seus dedos deslizaram até o interior da sua coxa.

—Não ia acontecer nada.—

Devil estendeu a mão, agarrando-a pela cintura e puxando-


a para o seu colo. —Alguma coisa estava para acontecer,
baby.—
Ela montou sua cintura sentindo o comprimento rígido do
seu eixo pressionado contra seu sexo.

Olhando nos olhos do Devil, Lexie tentou controlar a


resposta que o seu corpo dava. Nenhum homem devia ter esse
tipo de poder sobre ela.

—Deus, seu corpo é gostoso pra caralho.— Os dedos dele


afundaram no seu cabelo, puxando-a para perto. Ficou chocada
quando ele enterrou o rosto contra o pescoço dela, inalando
profundamente. —Foda-se—.

Seus mamilos estavam tão duros que machucavam.


Empurrando a pélvis contra o seu colo, tentou espantar a
excitação para o fundo da mente. A roupa entre eles era áspera.
A jaqueta de couro cobria o peito dele.

—Vamos lá, Lex. Você sabe que ia acontecer alguma


coisa.— Agarrou a bunda dela, apertando-a firmemente contra o
seu pênis. Uma das mãos se moveu para tocar sua vagina. —
Você parece uma cadela no cio.—

Lexie não disse nada. Fechando os olhos deixou que seu


corpo mandasse nela, dessa vez.

Você não o conhece.


Ele é perigoso.

Não tem como saber o que ele vai fazer, em seguida.

Mesmo com todas essas dúvidas correndo por sua mente, o


prazer que ele estava criando com as mãos era demais.

—Você está quente pra cacete, baby.—

Ele enfiou a mão no seu short, e Lexie gemeu, enrijecendo.


Isto era o mais distante que já tinha ido com um cara, em anos.
O último cara com o qual tinha estado não tinha a menor ideia
do que estava fazendo. Ele, certamente, nunca inspirou este tipo
de resposta da parte dela.

Se sentiu obrigada a surfar no prazer do toque dele.

Devil separou os lábios da sua vagina e moveu os dedos


para baixo, até sua entrada. Empurrou um dedo profundamente
e ela gritou.

—Apertada pra caralho.—

Abrindo os olhos, se levantou do seu colo para ele a


penetrar mais profundamente.

****
Seu sexo era tão apertado que Devil sentiu como se
estivesse no céu. Pressionou o polegar no seu clitóris enquanto
observava seu rosto se retorcer enquanto ela cavalgava sua
mão. Seu peito estava tão perto dele. Queria um dos seus seios.
Tirando o top do seu corpo, admirou os seios arredondados. Ela
cavalgava seus dedos, e as mamas dela saltavam a cada
impulso.

Mal podia esperar para penetrar seu pênis, profundamente,


dentro dela. Ela o levou até o limite, facilmente.

Levantando-a do seu colo, arrancou toda a roupa que o


impedia de tocar seu corpo. Amava cada curva e queria dar
atenção a cada parte do seu corpo. Devil a puxou de volta para o
seu colo, e ela montou sobre ele, esfregando a vagina contra sua
calça.

Derrubando-a de costas no sofá, colou seus lábios aos dela,


dando aquele beijo que estava querendo lhe dar, mal atravessou
sua porta. Ela parecia tão bonita com o Simon nos braços e o
cabelo despenteado. Em seguida, ficou com raiva da Kayla, por
dar seu filho para outra pessoa, mesmo que soubesse que a
Lexie era melhor para cuidar dele. Uma olhada em volta do
pequeno apartamento mostrava que ela era caprichosa.
A vida tinha sido, claramente, difícil para ela. Ela ficou
tensa, esperando o pior dele. Odiava o medo nos seus olhos e se
asseguraria que não se sentisse dessa forma com ele.

Tirando a jaqueta, baixou a calça, chutando as botas no


processo. Tudo o que restava era a camiseta. Não usava cueca.
Agarrando seu pau, estava pronto para fodê-la, duramente.

Ele a puxou de volta para o seu colo, fazendo-a


escarranchar os quadris. Seu pau, descoberto, descansava entre
a fenda, batendo no seu clitóris. —Assim é melhor.—

—Não podemos fazer isso. Eu nem conheço você. Merda, o


que estou fazendo?—

Devil a calou, tomando os lábios dela e apertando sua


bunda. Ela gemeu. Suas mãos seguraram seu rosto quando ela
retribuiu o beijo. Suas línguas dançaram juntas e fogo queimou
entre eles. Interrompendo o beijo, afastou os lábios e beijou o
pescoço dela, mordendo sua carne. Queria ver a sua marca nela.
Foi descendo, até que tomou um mamilo na boca. Apertou a
bunda dela, esfregando sua vagina para cima e para baixo, no
comprimento do seu pênis. Seria tão fácil deslizar seu caralho
dentro dela.

Em vez disso, chupou o broto duro sentindo-a tremer em


suas mãos. Suas respostas não eram controladas. Ela não
estava acostumada a fingir prazer para os homens. Sabia disso
porque seus fluidos estavam vazando sobre o seu pau. Lexie
amava seu toque. Seu corpo despertava mais a cada segundo
que passava.

Mordendo o mamilo até o ponto de causar dor, ouviu-a


gritar antes de passar para o próximo. Fez o mesmo, esbanjando
atenção no outro peito. Eram, realmente, magníficos, e ele
sempre foi um homem que gostava de tetas.

Os dedos dela se cravaram nos seus ombros. Envolvendo as


mãos em volta da sua cintura, pressionou suas costas contra o
sofá, beijando o caminho para baixo do seu corpo, até que se
deitou entre suas coxas. Nunca fazia sexo oral nas mulheres,
enquanto pudesse evitar. As mulheres com as quais estivera
fodiam tudo o que tinham à vista, e a última coisa que queria
fazer era lamber o sêmen de outro homem.

Os caras achavam que ele era louco por pensar assim. Devil
não se importava. Não ia lamber uma mulher que saía com
todos os outros homens.

—Quanto tempo faz desde que ficou com um homem?—


Perguntou, querendo saboreá-la.

—Anos—, disse ela, gemendo.


—Quanto tempo?—

—Humm, três anos, talvez um pouco mais—, falou.


Estavam sussurrando, mas ouviu a resposta dela.

Olhando para sua vagina viu que seus fluidos tinham


alisado seus pelos pubianos. Ela não os depilava com cera, mas
os pelos eram bem aparados. Deslizando o dedo através da sua
fenda, olhou fixamente para o que todos os seus homens
queriam dar uma olhada, desde a sua dança.

Ela estava vermelha, inchada e perfeita. Nunca tinha visto


uma boceta tão bonita em toda a sua vida, e já tinha visto
bocetas para toda sua vida. Abrindo os lábios, viu seu clitóris,
que espreitava para fora, inchado.

—Nenhum homem, absolutamente.—

—Por que eu iria querer um homem? Eles são um


desperdício de tempo.—

As palavras dela lhe disseram tudo o que precisava ouvir.


Os homens com quem tinha estado não tinham nenhuma ideia
de como cuidar de uma mulher. Devil fez com que o trabalho da
sua vida fosse dar prazer a uma mulher. Neste momento, estava
completamente compenetrado na Lexie e ela não seria capaz de
olhar para outro homem, sem pensar no que ele podia dar a ela,
em primeiro lugar. Devil gostava do pensamento de possui-la
completamente. Nenhuma mulher o fez se sentir desta maneira,
e eles mal se conheciam.

Ela era uma stripper, e ele, um motoqueiro. Ambos vinham


do mesmo mundo, mas estavam a milhas de distância um do
outro.

—Oh, baby. Vou mostrar para você como está errada.—


Passou a língua ao longo da sua fenda, olhando seu corpo até
vê-la gritar.

O barulho iria acordar o menino, e Devil não queria ter que


parar por causa de um garoto. Levantando uma mão entre eles,
cobriu sua boca com a palma da mão, abafando qualquer um
dos sons que poderiam vir. Ela não lutou, enquanto ele chupava
o clitóris em sua boca.

Lexie arqueou contra seu toque, gritando contra a palma da


sua mão. Suas mãos estavam agarradas ao sofá, enquanto
transformava sua existência.

Descendo pelo clitóris, afundou a língua em sua entrada


olhando para ela, enquanto gozava.

Lambeu sua vagina, e seu pau pulsava quase como se


tivesse vida própria e soubesse aonde queria ir. Devil observou o
pênis esfregando o pré-sêmen para fora da ponta, para revestir
a cabeça.

Sua outra mão ainda cobria sua boca, e lambeu seu doce
creme. Ela tinha um gosto bom pra caralho. Não queria parar de
saboreá-la.

Quando não podia aguentar mais, lambeu seu núcleo,


observando o rosto dela se contorcer e seu corpo tremer, com
necessidade. Queria vê-la gozar em seus braços.

De repente, o som do Simon interrompeu seu momento.


Lexie ficou tensa, olhando para ele.

—Que diabos estou fazendo?— Não esperou por uma


resposta enquanto se afastava dele.

Sabendo que não ia conseguir estar dentro dela esta noite,


desabou no sofá, odiando crianças naquele momento.

—Acho que você precisa sair.— Rapidamente colocou a


roupa e, em seguida, se dirigiu para o único quarto no
apartamento pequeno.

Devil sabia que podia ajudar a Lexie. Ao longo dos anos


construiu uma boa quantia em dinheiro e aquilo nem sequer
incluía o que mantinha em suas contas bancárias. Pagava seus
impostos, e ninguém mais era tão sensato.

—Não vou a lugar nenhum.—

—Você não pode ficar aqui.—

—Querida, você não está em posição de, supostamente, me


dizer o que eu devia estar fazendo.— Se sentou e ficou a
observá-la.

—O que quer que seja. Não vamos transar. Você pode tirar
isso da equação.— Ela o deixou sozinho.

Não vamos transar, ainda.

Não descansaria até que soubesse quão doce e apertada


sua vagina, realmente, era.

Depois que vários minutos se passaram e não podia ouvir


mais nada, entrou no quarto, para encontrar a Lexie deitada na
cama.

—O que você está fazendo?— Ela perguntou, se sentando.

Caminhando ao redor da cama, até o outro lado, se deitou.


—Não, você não pode dormir aqui.—

Devil não disse uma palavra. Passou o braço em volta da


cintura dela, puxando-a para perto. Ela não lutou, e ele
agradeceu ao Simon. Se o menino não estivesse no quarto, ela
não teria cedido.

—Eu vou dormir aqui.— Apertou a palma da mão contra sua


vagina. —Pare de lutar contra mim. Não vamos fazer nada,
agora.—

Não retirou a mão, enquanto se acomodava ao lado dela.


Com a Lexie em seus braços, tentou não pensar em como
parecia certo tê-la, ali. Com as mulheres na estrada, sempre as
expulsava, não gostando de ter seu espaço invadido por uma
mulher.

—Você vai levá-lo para longe de mim?— Perguntou ela.

—Não, não vou.— Já tinha pensado sobre o futuro. Até que


encontrasse a Kayla, Lexie não iria a lugar algum. —Vamos lidar
com tudo isso amanhã de manhã. Pare de se preocupar e
durma.—

Então, fez algo que o surpreendeu. Beijou sua cabeça,


acomodando-se, com ela em seus braços.
Capitulo 4

Na manhã seguinte, Lexie tentou não pensar sobre o enorme


motoqueiro que estava em sua cama. Ela acordou às sete,
depois de apenas algumas horas de sono. Fazendo o café, se
sentou no sofá e alimentou o bebê, tomando goles da sua bebida
a cada poucos minutos. Durante todo o tempo, não conseguiu
parar de pensar no Devil e seu toque no corpo dela.

Como ele conseguia me fazer sentir daquele jeito?

Passando a mão sobre o rosto, tentou colocar as emoções


rebeladas sob controle. Nada aconteceu, no final das contas. Ele
atiçou um fogo dentro dela, o qual não conseguia debelar.
Depois que terminou de alimentar o Simon, limpou a xícara e
ouviu alguém bater.

Caminhou em direção à porta. —Quem é?— Perguntou.

—Curse.—

Reconhecendo o nome, abriu a porta. Eles haviam


arruinado a tranca fraca que havia, na noite passada. Ele parecia
tão ameaçador quanto o Devil. Estava com dois outros homens,
e entraram no apartamento olhando-a de cima a baixo.
Seus olhares a fizeram corar. Odiava pensar neles ficando
com tesão por ela. Lexie odiava aquela atenção e preferia não
saber que era porque eles tinham a visto nua.

—Afastem-se. Ela já foi tomada—, disse Devil, saindo do


quarto. Estava completamente nu. Ofegante, se afastou dele e
olhou para a pia. Será que ele não tinha nenhum problema em
ficar completamente nu?

—Olhe para o chefe, todo possessivo—, Curse disse, rindo.

—Cala a boca. O que você tem para me dizer?—

Ela se virou para olhar para o Devil, que estava indo até a
calça jeans.

—Os meninos não podem ficar na boate de strip. O lugar


está uma bagunça do caralho e o Vincent está ficando louco. Não
podemos abrir para os negócios hoje à noite, e os caras não
estão ajudando.—

—Ripper, pare de olhar a minha mulher—, disse o Devil.


Olhou para o homem que estava olhando para ela.

Desviando o olhar, olhou para o Devil.


—Vista-se e comece a arrumar suas merdas—, falou ele.

—Claro que não. Não vou morar em uma boate de strip.—


Também não ia se permitir ficar sozinha com ele, novamente.

—Você trabalha na boate.—

—Não significa que eu tenho que viver lá.— Ignorou os


outros caras, que estavam rindo. Devil a impediu de pegar o
Simon e ela foi para o quarto, sozinha.

Ignorando Devil e os seus homens, rapidamente, enfiou um


jeans e uma camisa de manga longa. Amarrou uma jaqueta em
torno da cintura antes de ir até o buraco na parede que chamava
de guarda-roupa. Empurrando as roupas, abriu a pequena bolsa
que continha o número de Kayla.

Agarrando o celular, que só utilizava em caso de


emergência, sentou na cama e discou o número. Nos últimos
três meses, o número não respondia.

—Para quem você está ligando?— Perguntou o Devil,


aparecendo na porta.

Minta. Minta. Minta.


Mentir nunca funcionou com ela. Mostrando o cartão, soltou
um suspiro. —Kayla me deu esse número para entrar em
contato com ela.—

—Por que não me disse isso, ontem à noite?— Perguntou.

—Não está respondendo nos últimos três meses. Isso é


tudo o que eu sei dela.—

—Quando foi a última vez que falou com ela?—

—Cerca de um mês depois que ela deixou o Simon. Me


disse que demoraria um pouco e que usasse o dinheiro do
envelope. Aquele dinheiro é seu?— Perguntou.

—Sim, ela roubou de mim enquanto estava ocupado.—

Ela acenou com a cabeça. —Olha, não quero me envolver


nos negócios da boate ou qualquer outro negócio que você já
tem em curso. Não faço parte disso tudo.—

Tudo o que Lexie queria era uma vida tranquila, onde


poderia ter uma família sem preocupações e sem medos.

—Isso não vai acontecer, baby. Kayla se assegurou disso,


quando lhe deu o meu filho. Já estive errado antes, mas tenho o
pressentimento que você não pode, simplesmente, se afastar
dele, não é?— Perguntou o Devil, movendo-se até a cama, para
se sentar.

Andando até porta, viu o Curse e o Ripper brincando com o


menino.

Eles olharam para cima e lhe deram um pequeno aceno.


Afastando-se, caminhou até ficar na frente do Devil.

—Não, não posso ficar longe dele. É como se ele fosse meu
filho.—

—E ele é o meu primeiro filho. Não estou brincando, por


isso não diga nada.— Pegou sua mão, virando a palma para
cima. Traçou o vinco, franzindo o cenho.

—Eu não brinco com essas merdas. Não quero ser pega por
isso.—

—Tarde demais para você. Preciso que você cuide do


Simon.—

—Nós não vamos dormir em uma boate de strip. Prefiro


ficar aqui.—
Ela, realmente, tinha concordado com o pedido do Devil?
Merda, não havia mais nada que pudesse fazer, a não ser
concordar com ele.

—Vincent ligou. Encontrou um lugar, e nós estamos indo


verificá-lo. Os meninos estão providenciando uma van e uma
cadeirinha para o carro. Arrume suas merdas, e não vou falar de
novo.— Ele a puxou para perto, e ela tropeçou contra ele. Devil
era o único no controle. Não havia esperança na sua luta. Ele
não queria fazer mal a nenhum deles.

A palma da mão dele pressionou sua vagina. A única coisa


que as separava era o tecido da calça e da calcinha.

—Eu vou tê-la, Lexie. Sua vagina, sua boca, sua bunda,
todo o seu corpo é meu.—

—Você está louco.—

—Não, não estou louco. Estou determinado.—

—Por quê? Eu não sou a Kayla. Você pode ter qualquer


uma.—

Olhou para ela sem quebrar o contato. —Vincent estava


certo sobre você. Você tem uma autoestima muito baixa.—
Devil a levantou e a segurou em frente à porta.

—O que você está fazendo?— Perguntou. Seu coração batia


loucamente dentro do peito.

—Rapazes, o que vocês acham da adorável Lexie?—


Perguntou Devil. Um dos seus braços estava em volta da sua
cintura enquanto o outro estava sobre seu peito, impedindo-a de
ir para qualquer lugar.

—Não sei se deveria responder a isso, chefe. Você declarou


sua reivindicação, e eu amo o meu pau—, disse o Curse.

—Estou com ele.—

—Meninos, Lexie não acha que ela é quente ou que vale o


meu tempo. O que vocês acham disso?—

Viu seus olhares vagarem de cima para baixo, sobre o seu


corpo.

—Eu transaria com ela se você deixasse. De todas as


mulheres no palco, ela era a mais quente. Não sei o que as
mulheres têm contra comida, mas foda-se, Lexie, você é
gostosa—, disse o Curse.
Ripper se levantou, mostrando-lhe a evidência da sua
excitação. —Só de olhar para você, querida, e lembrar de você
nua, na noite passada.—

Devil retomou o lugar na cama, longe dos olhares dos


homens.

—Olha, você mais do que vale a pena e tenho que dizer,


mal posso esperar para sentir você em volta do meu pau.—
Beijou seu pescoço, segurando-a no lugar enquanto chupava sua
carne.

Gemendo, inclinou a cabeça para o lado para lhe dar um


melhor acesso.

—Isso é certo, baby. Você vai me dar tudo. Vou procurar


um lugar para os membros da gangue viverem, e você vai estar
ao meu lado, esperando por mim—.

A mão dele segurou seu peito, beliscando o mamilo.

Calor inundou sua calcinha enquanto ele manuseava seu


corpo, facilmente. Sua outra mão se moveu para o meio das
coxas, acariciando a vagina através do jeans.
—Esta noite, vou ter essa vagina, e vou saber, exatamente,
quão apertada você é.— Mordeu o pescoço dela, sugando a
carne tenra em sua boca.

—Chefe, odeio interrompê-lo, mas os meninos estão


esperando lá fora. Vincent está lá, com a mulher dele, para nos
levar até o lugar—.

Ela ouviu o suspiro do Devil. Segundos depois, os braços


caíram ao redor do seu corpo. —Eles têm as piores merdas de
horário do mundo. Tudo bem, estamos indo.—

Ele a ajudou a se levantar.

Segurando seu rosto, inclinou sua cabeça para trás, para


olhar para ele. —Deixe sua merda pronta. Meus rapazes virão
ajudar.—

Devil deixou o quarto, segundos depois. Ripper entrou,


ajudando-a a embalar as coisas. Não disse uma palavra, mas
sentiu seu olhar sobre seu corpo. Nunca ia se acostumar com
esse tipo de atenção fora da boate. Quando terminou do quarto,
caminhou até a sala, quando a Carol bateu na porta da frente,
que estava aberta.

—Querida, o que está acontecendo? Vi todos aqueles


homens, lá fora.—
—Aconteceu uma coisa. Um desses homens é o pai do
Simon. Ele precisa de mim para, humm, para cuidar do menino
até que esteja pronto para assumir.— As mentiras se
derramaram pela sua boca.

—É o mesmo homem que espancou o Rob e esmagou sua


mão?— Perguntou Carol. —O próprio.— Devil apareceu na porta.

—Então você está certo, na minha opinião. Tenho tentado


manter a Judi longe daquele bastardo. A vida na rua é muito
difícil para uma menina da idade dela.— Carol deu uma longa
tragada no cigarro. —Você vai tratar essa menina bem?—

Era como se ela não existisse.

—Sim, e a Judi está comigo e com os meus rapazes,


também. Nada vai acontecer com ela. Vamos mandá-la de volta
à escola para terminar os estudos.—

Carol cantarolou. —Bem, vou ser amaldiçoada. Você só


pode ser o salvador que precisamos para acabar com a merda
nessa pequena cidade.—

Piston County não era um lugar maravilhoso para se


estabelecer. Não era uma cidade pequena, de jeito nenhum, e
tinha uma grande área de alto nível, onde moravam os ricos.
Havia uma área de merda e pobreza, onde ela morava e, em
seguida, havia o meio termo. O município era como uma grande
linha que mantinha todas as diferentes classes de pessoas,
amarradas.

O que Lexie sempre achou engraçado era o fato de metade


dos homens ricos pararem ali, em busca de um pouco de sexo.

Tinha visto uma abundância de rostos na Naked Fantasies.


Havia terreno suficiente para a Chaos Bleeds e os cafetões se
manterem em ação. Alguns dos fugitivos da cidade acabaram se
tornando parte das estatísticas junto com os cafetões. De
qualquer maneira, se o Devil estava hospedado na cidade, então
não ia ser seguro para a Kayla voltar.

Você, realmente, acha que ela vai voltar?

Não, na verdade, não sabia.

****

—Não estou aqui para ser um salvador. Estou aqui para


ganhar dinheiro e ter um lugar para ficar—, disse o Devil. Não
queria que ninguém tentasse o idolatrar como algo que ele,
certamente, não era. Devil não seria o salvador naquela história.
—Judi lhe deve a vida dela. Levando-se em conta que você
não é um salvador, acho que você já tem alguns fãs.— Carol se
voltou para a Lexie. —Fique em contato, querida. Amei ver você
sair daqui.—

Carol bateu no ombro do Devil antes de sair.

—Junte suas coisas. Nós não temos muito tempo.— Devil


ajudou a empacotar as coisas da Lexie. Vários homens entraram
no pequeno apartamento pegando tudo o que possuía.

E não possuía tanto assim. Ele não se incomodou com o


sofá ou com as poucas peças de mobiliário que pareciam de
outro século. Kayla tinha muito a responder, junto com os pais
de merda da Lexie. Ele odiava pensar nela, lutando para
sobreviver.

De vez em quando se encontrava observando ela se mover.


O corpo dela chamava sua atenção, e ele não conseguia deixar
de olhá-la. Também notou que seus homens estavam olhando
para ela. Quando ficou debruçada por uns dez minutos e depois
se endireitou, pressionando a mão contra as costas enquanto
seu peito era empurrado para fora. A visão o deixou com água
na boca, e soube que a faria dançar nua para ele. Depois que ela
terminasse sua dança, afundaria na sua boceta apertada e nunca
mais a deixaria sozinha.
Nunca tinha sentido nada assim, antes. Como tinha
passado toda a vida sem o desejo do toque de uma mulher?
Devil gostava de foder mulheres. Ao longo dos anos tinha crido
uma boa reputação, ao norte e ao sul do Estado.

Caminhando em direção à sua mulher, passou a mão pelo


seu pescoço, puxando-a de volta contra ele. Ela engasgou, e ele
cobriu sua boca com a dele.

—Os homens querem vê-la nua. Você os deixou duros como


uma rocha por uma chance de estar dentro de você.—

Ela se afastou, olhando ao redor da sala. Seus homens


desviaram o olhar com dificuldade perceptível.

—Você não está sendo justo.— Ela se virou, terminando


com a embalagem.

Olhando para a curva arredondada da sua bunda, não


conseguiu resistir. Batendo a mão sobre a bunda arredondada,
amou o som do seu grito.

—Minha, lembre-se disso.—

Ele carregou as caixas até a van. Phoebe foi colocar a


cadeirinha para bebês na parte de trás. Vincent estava fumando
um cigarro encostado no carro.
—Você está quase pronto? O corretor estará pronto dentro
de uma hora.—

—Estou quase pronto.—

—Então, você vai mesmo fazer isso, Nick? Tornar-se o pai e


ficar perto dos amigos?— Perguntou Phoebe, saindo do carro.
Tirou uma mecha de cabelo da frente do rosto. Viu-a deslizar a
mão sobre o Vincent, esfregando-se contra ele.

Nick Dawes era o seu nome real. Não o ouvia há muito


tempo.

—Vou fazer uma tentativa.—

—Ouvi dizer que era por causa do Tiny.— Ela mascou um


chiclete, sorrindo para ele.

Olhando de relance para o Vincent, respondeu. —Tiny tem


sua parte nisso. Está funcionando para ele, e estou ficando
cansado de estar na estrada.—

Phoebe olhou por cima do ombro. —Agora eu sei por que


você está deixando a estrada para trás. Homens, sempre
pensando com os seus paus.—
Ela se afastou.

Olhando para onde ela estava indo, viu a Lexie lutando para
segurar o menino e várias bolsas. Phoebe a ajudou, pegando
uma bolsa do seu ombro. Ripper estava atrás da Lexie, pegando
a outra bolsa. Viu o interesse nos olhos do Ripper. Estaria tudo
bem, logo que se estabelecessem.

Devil nunca tinha reivindicado uma mulher, nem mesmo a


Kayla, para si próprio. Seus homens veriam todo um outro lado
dele, uma vez que o fizesse.

—Obrigada—, disse Lexie, falando com a Phoebe.

—Querida, tenho meus próprios filhos. Acredite quando eu


digo que, se eles precisam de muitos cuidados, eles precisam de
muito cuidado.— Phoebe foi até o porta-malas do carro.

—Querida, o Devil vai na frente comigo.—

Phoebe revirou os olhos. —Você só está na cidade por um


dia, e já está tomando o meu lugar.—

—Eu nunca vou ficar de joelhos chupando o pau do seu


homem—, disse Devil.
Viu que a Lexie estava ignorando-o. A falta de resposta dela
o irritava.

Uma vez que ela tinha colocado o Simon na cadeirinha, ele


a puxou para fora, pressionando-a contra ele.

—O que você está fazendo?— Ela perguntou.

—Você me pergunta isso toda hora. É hora de parar de


fazer perguntas.— Colou os lábios nos dela para que todos
pudessem ver, Devil a reivindicou. Estendeu a mão, agarrando
seu rabo, e puxou sua perna para cima, sobre o quadril dele.
Esfregando o pênis contra o seu núcleo coberto, deixou o mundo
inteiro ver a quem ela pertencia.

Afastando-se, beijou o nariz dela.

Suas bochechas estavam vermelhas, e uma rápida olhada


para baixo mostrou sua excitação.

—Não se preocupe, querida. Vou ter você nua e implorando


por mim, em alguns momentos.—

—Idiota do caralho.— Ouviu ela murmurar as palavras


enquanto entrava no carro.
Phoebe baixou os óculos sobre o nariz. —Um tanto
possessivo?—

—Com ciúmes?— Ele perguntou, sorrindo.

—Não nessa vida. Tenho o meu próprio homem para me


manter satisfeita.—

Ele, realmente, amava a Phoebe. Ela era uma daquelas


mulheres que você, simplesmente, amava. Ela não julgava
ninguém. Todo o seu ser estava voltado para ajudar os outros.
Vincent havia escolhido uma defensora.

—Mantenha-se dizendo isso.—

—Eu vou, Nick. Eu vou.—

Devil revirou os olhos enquanto ela subia no lado do


passageiro. Lexie estava sentada atrás dele, com o Simon no
meio e a Phoebe ao lado dela.

—Seus rapazes vão nos seguir?— Perguntou o Vincent,


ligando o carro.

—Sim, eu tenho um sentimento sobre esse lugar.—


—Sério, você vai gastar dinheiro por causa de um
sentimento?— Perguntou Phoebe.

—Tomei o seu homem por causa de um sentimento,


doçura. É tudo o que eu tenho.—

Olhou para o telefone, esperando a chamada do Tiny.


Snitch estar vivo era a última coisa com a qual queria lidar.
Sabia que os Skulls teriam a primeira das duas remessas de
drogas na semana que vem.

Encolhendo os ombros, colocou o celular no bolso.

—Você teve sorte com o meu homem, Nick.—

—Quem é Nick?— Perguntou a Lexie.

—O idiota da frente.— Phoebe respondeu.

—Nick é o seu nome?—

—Sim, mas só atendo por Devil. Somente cadelas irritantes


me chamam de Nick.—

Phoebe começou a rir, e Vincent se juntou a ela. —Não se


preocupe com isso, querida. Eu aprendi que o Devil só late, mas
não morde.—
Lexie não queria pensar naquela vez que se apoderou dela.
Ele a mordeu forte. Cada polegada da sua pele conhecia seu
toque.

—Aconteceu alguma coisa na estrada?— Perguntou o


Vincent.

—Não, não uma coisa. Recebi um telefonema do Tiny sobre


algo.— Os rapazes sabiam sobre o seu passado em Fort Wills. As
mulheres que ele tinha fodido, todas elas dispostas. Ele não era
a porra de um estuprador, não importa o que o Snitch tentou
fazê-lo se tornar. Tiny não sabia a verdade história daquele
momento.

O bastardo tinha uma arma apontada para sua cabeça, para


tentar fazê-lo foder uma garota amarrada. Não conhecia o
negócio do Snitch, mas foi o primeiro dia em que Devil teve a
oportunidade de matar o outro homem. Com a arma pressionada
contra sua cabeça, ele reagiu, agarrando sua própria arma e
apontando-o para o Snitch.

Lembrou-se das palavras que trocaram, como se tivesse


acontecido ontem, ao invés de mais de vinte anos atrás.

—Você vai foder esta cadela e me mostrar sua lealdade, ou


vou explodir a porra dos seus miolos.—
Devil viu a mulher lutando contra os braços que a
imobilizavam. O cano da arma pressionado contra o seu crânio
lhe mostrou quais eram os negócios do Snitch. Com uma
velocidade que surpreendeu até ele mesmo, apontou sua própria
arma para o rosto do Snitch.

—Você acha que você é um grande homem, Devil?—


Perguntou Snitch, cuspindo nele.

—Não, mas sou um homem sem nada a perder. Diga-me,


Snitch, você tem medo de morrer?— Engatilhou a arma, pronto
para encontrar a morte naquele dia.

Afastando-se desses pensamentos, olhou para trás, vendo a


Lexie olhando para fora da janela. Ela era totalmente inocente. A
peruca loira que ela usava não lhe fazia justiça.

—Você acha que pode ficar por aqui?— Perguntou Vincent.


—Os meninos estão sentindo falta do tio Devil—.

Rindo, Devil se virou para olhar para a frente do carro. —


Sim, vou ficar ao redor por um longo tempo.—

Quanto mais pensava em se estabelecer, mais gostava.


Puxando para baixo a viseira, olhou para a Lexie, que estava
falando com a Phoebe. Ele tinha mais de uma razão para ficar
por aqui.

—Você já ouviu falar de um cafetão conhecido como Rob?—


Perguntou Devil.

Vincent amaldiçoou. —O bastardo foi até a boate há, mais


ou menos, um ano atrás. Você tinha partido, então, e ele exigiu
sua área. Eu fodi com ele e lhe disse que, se o visse por perto,
novamente, eu o alimentaria com suas próprias bolas.—

—Me encontrei com ele na noite passada. Ele está com


meninas que nem são, ainda, maiores legalmente. Eu o impedi
de matar uma menina dessas, ontem à noite. Ela está sob a
minha proteção, e vamos ajudá-la voltar para a escola. Ocorrem
muitos casos como este, por aqui?— Perguntou Devil.

Se o Tiny podia limpar Fort Wills com suas regras estritas,


então, Devil podia fazer uma limpeza em Piston County,
rapidamente. Não tinha muitas regras, absolutamente, mas as
que tinha, os homens respeitavam.

—Sim, há alguns tipos realmente ruins, mas o Rob é o pior.


Ele trabalha, apenas, com crianças. Acho que é porque consegue
assustá-las. Leva-as para longe dos seus pais e toda aquela
merda. Não sei como ele faz isso. Se um bastardo ou alguém
como ele chegar perto dos meus filhos, vai estar fodidamente
morto—, disse o Vincent.

—É por isso que eu te amo, baby.— Phoebe deu um tapinha


no seu ombro. —A gente tem que amar um homem que vai
cuidar da sua família.—

Olhando para a Lexie, viu o seu sorriso.

Ninguém iria machucá-la. Declarou sua reivindicação, e


tudo que seria necessário era um pouco de tempo para colocar
um anel no seu dedo. Ela seria dele. Seu destino foi selado no
momento em que Kayla entregou seu filho para ela.

Capítulo Cinco

Com a Phoebe segurando o Simon, Lexie foi capaz de


descansar os braços quando Devil a levou ao redor do prédio. O
corretor tentou chamar a atenção dele falando sobre os
benefícios de comprar a propriedade. Ele a puxou de um
aposento para o outro. Cada vez que parava, ela o observava
olhando para cada canto, avaliando e indo para o próximo.

Os meninos estavam lá embaixo na sala principal.

—O que você acha?— Perguntou.


—Por que está me perguntando?—

—Você vai ficar aqui comigo, pelo menos até eu encontrar


um lugar próprio.— Fechou a porta na cara do corretor,
puxando-a para os seus braços. Não havia outro lugar para ela
ir. —O que você acha?—

—Eu acho que você deve perguntar aos seus homens. Eles
sabem a resposta.—

Ela o ouviu suspirar. Olhando para cima, seu olhar a


manteve imóvel.

—Você vai ser difícil, não é?—

—Não é problema meu o que você faz com o seu dinheiro


ou onde você mora.— Segurou seus braços com medo que ele a
soltasse. Seu corpo fazia de tudo para estar perto dele,
enquanto sua mente estava dividida. De maneira nenhuma podia
ser possível sentir-se desta forma por um homem depois de
acabar de descobrir o seu primeiro nome.

—Você ainda está se iludindo.—

—O que você quer dizer?— Perguntou, deixando seu olhar


cair sobre os lábios dele. Sabia que tipos de prazeres aqueles
lábios podiam criar. Não tiveram a chance de terminar o que
começaram ontem à noite. O desejo de abrir as pernas era forte,
mas ela o empurrou de lado. Não, não iria ceder a essa
necessidade. Se recusava a se derreter como tantas outras
mulheres antes dela.

—Você ainda está sob alguma ilusão de que é uma mulher


livre.— Uma das suas mãos foi até o seu pescoço, pressionando
a palma da mão contra o peito dela. A outra ainda a mantinha
contra o seu corpo. Ele era tão alto que ela tinha que se inclinar
um pouco para trás, apenas, para olhar nos olhos dele.

—Sobre o que você está falando?— Perguntou ela.

—No momento em que a Kayla lhe deu o meu filho, você se


tornou minha. Ele a reconhece, e se você não é do tipo de
mulher que se afastaria dele, então, me deixou fodiamente
enganado.— Devil a empurrou para trás, até que encostou na
parede. Não havia nenhum lugar para fugir. Ele a segurava
firmemente.

Não devia ter gostado do jeito que a mão dele segurava o


seu pescoço, mas gostou. Será que estava perdendo a cabeça e
se apaixonando por um homem que era tão perigoso? Merda, ela
o queria pra caralho. Lexie desejou que estivesse usado uma
saia. Poderiam terminar logo o que começaram e superar aquela
excitação.
—Você sente isso, não é?—

Aos vinte e um anos de idade, não devia achar o Devil


atraente. Ele tinha idade suficiente para ser seu pai e, ainda
assim, os sentimentos inspirados dentro de si eram tudo, menos
paternais.

—Não, eu não sinto nada.—

Ela engasgou quando sua mão escorregou para dentro da


sua calça jeans. Comprar um tamanho maior não foi a coisa
mais inteligente que ela já tinha feito. Ele encontrou a evidência
da sua excitação.

—Sabe, eu sei o que isso significa.— Sua mão desceu até


um dedo deslizar, profundamente, em seu núcleo. —Diga-me o
que isso significa, baby.—

Lexie balançou a cabeça. Se recusava a ceder a ele.

Um segundo dedo escorregou dentro dela, com facilidade.


Ela estremeceu com a sensação de tê-lo, apertado, dentro dela.
Não estava mentindo quando disse a ele quanto tempo tinha
passado. Ter relações sexuais nunca tinha sido agradável para
ela. Sabia que o Devil ia rechaçar todos aqueles pensamentos
sobre sexo, transformando-os completamente.
Passando a língua nos lábios, olhou para ele.

—Que tal isso?— Perguntou, calando-a enquanto um


terceiro dedo era introduzido, profundamente, na sua boceta.
Tentou fechar as pernas, mas ele a impediu, abrindo-as,
facilmente, com os pés calçados com botas. O homem era muito
forte para detê-lo.

Não queria pará-lo.

—Um pouco apertado para você, baby?— Seus três dedos


bombearam dentro dela. —Está desesperada para gozar?—

Ainda assim, ela o ignorou, não querendo admitir o que


precisava.

—Ontem à noite, você saiu antes que eu pudesse lhe dar o


que seu corpo precisa, de forma tão clara.— Os três dedos que
ele estava bombeando dentro dela, os retirou, para acariciar seu
clitóris.

Ela gritou, segurando seu braço com força. Todo o seu foco
saiu pela janela.

—Diga-me o que você quer, Lexie. Eu posso te dar o


mundo, e tudo que peço para você é a verdade.—
Mordendo o lábio, tentou lutar contra sua reação a ele.
Quanto mais ele a acariciava, mais difícil era negar.

Ele se inclinou, reivindicando seus lábios. Devil sugou o


lábio inferior com sua boca antes de mergulhar a língua dentro
dela.

Quebrando-se em torno dos seus cuidados, Lexie sabia que


não conseguiria lutar com ele. Devil sabia, exatamente, quais
botões apertar para fazê-la sua.

Acariciou seu clitóris, buscando o seu orgasmo. Durante


todo o tempo, se segurou contra ele. Era o seu segundo
orgasmo de verdade, e ele explodiu todo o seu mundo.

De repente, sentiu necessidade de um homem, um homem


bom. O namorado dela tinha sido um canalha egoísta,
interessado apenas no seu próprio prazer e necessidade. Ela
queria mais, diabos, muito mais.

Quando não podia mais aguentar a sensação, agarrou sua


mão, impedindo-o de lhe dar mais.

Inspirando profundamente várias vezes, manteve o olhar


grudado no dele.
—Você está certo—, falou.

—Sobre o quê?—

Rangendo os dentes, se controlou para não estapear sua


cara. —Eu quero você.—

—Isso não é bom o suficiente.—

—O que, exatamente, você quer de mim?— Ela perguntou,


erguendo a voz e perdendo a paciência.

Os dedos contra seu clitóris se moveram para baixo,


novamente, deslizando profundamente. Ela gritou diante da
plenitude. Lexie também sentiu seus fluidos vazando. Nunca
tinha estado tão molhada, antes.

—Que tal me dizer o quanto você quer o meu pau dentro de


você? Eu quero você, Lexie. Quero você sobre os seus malditos
joelhos, chupando o meu pau. Quero controlar o quão profundo
você vai aguentar com meus dedos agarrando o seu cabelo.— A
mão no seu pescoço subiu, agarrando seu cabelo, mostrando-
lhe, exatamente, como queria segurá-la. —Quero gozar na sua
boca e ver você engolir cada gota da minha porra.— Seus lábios
estavam sobre os dela no segundo seguinte, mergulhando a
língua profundamente.
Ele estava tomando tudo.

—Quero que você inclinada sobre uma mesa para todos os


meus meninos verem e foder sua boceta. Eles vão saber que
possuo você. Quero a porra da minha marca na sua bunda para
todo mundo ver.—

—Eu não sou um pedaço de carne—, disse ela, sussurrando


as palavras.

O que a chocou ao máximo foi o quanto sua declaração a


deixou excitada. Gostaria de ter um quarto cheio de homens
assistindo o Devil transar com ela? Para reivindicá-la como sua?

Que coisa fodida para se pensar.

—Sim, eu sinto o quanto você quer, baby. Os meus homens


estariam tocando punheta enquanto eu reivindico você, baby,
desejando que fosse o pau deles dentro de você.—

—Pare com isso—, falou.

—Não. Não vou parar com isso, porra. Você vai descobrir o
seu lugar em tudo isso. E não vai a lugar algum.—

—Isso é sequestro.— Não acredita em uma palavra que


disse.
—Não. Você é livre para partir a qualquer momento, Lexie.
Mas, vou te dizer uma coisa. Você sai por aquela porta, deixa
Simon para trás, e não tem mais volta.—

Lexie sabia que ele não estava brincando. Ela tinha duas
opções, ficar com ele e estar com o Simon, ou sair,
permanecendo sozinha.

Não quero ir embora.

A verdade nua e crua era o fato de que ela queria o Devil


mais do que queria qualquer outra coisa.

—Não quero ser compartilhada com os seus homens—,


falou.

Ele inclinou a cabeça para trás. Uma das suas mãos ainda
estava deslizando para dentro e fora da sua fenda. —Eu disse
alguma coisa sobre partilhar? Disse que queria que os homens
assistissem eu fodê-la. Eles vão saber a quem você pertence. É
hora de você perceber isso.—

Devil reivindicou seus lábios, tirando a mão de dentro da


sua calça. As batidas na porta, finalmente, a trouxeram de volta
para o presente. Nos últimos poucos minutos tudo além do Devil
tinha sido bloqueado.
Ela o observou chupar os dedos. Seus dedos estavam
brilhando com seus fluidos. Lexie sentiu o rosto esquentar com
aquela visão.

—Tão fodidamente saborosa.— Depois que terminou, pegou


a mão dela e foi até a porta. —Quanto você quer por essa
merda?— Perguntou Devil. O corretor pareceu surpreso.

Mantendo o olhar na parede mais próxima, Lexie pensou


em quão rapidamente sua vida tinha mudado. Ela, realmente,
não estava voltando atrás.

****

Devil comprou o imóvel e fez com que o corretor soubesse


que estava se mudando imediatamente. Não era o melhor lugar
para morar com uma criança, mas, certamente, era melhor do
que a boate de strip. Vincent o ajudou a trazer o pouco que a
Lexie tinha. Este lugar seria dele e da Lexie até que encontrasse
uma casa para eles. Gostou da ideia de ir até a área mais rica da
cidade e comprar uma das maiores casas de lá. Devil gostava de
surpreender as pessoas. Conseguia, simplesmente, imaginá-los,
agora, em seus ternos apertados no caminho para o trabalho,
enquanto ele saía com suas roupas de couro, indo para o clube
em sua moto.
Tinha investido grande parte do seu dinheiro, obtendo um
bom retorno do mercado. Devil podia ter passado vários anos na
estrada, mas isso não queria dizer que não sabia como lidar com
dinheiro. Um clube era o que procurava, hoje em dia, e nada iria
mudar isso.

—Este lugar vai precisar de um monte de limpeza. Posso


arranjar algumas meninas para vir e arrumar este lugar—, disse
a Phoebe, de pé, ao lado dele.

—Isso seria ótimo.— Olhou ao redor do salão principal e


soube que ia colocar um bar ao longo da parede oposta. Haviam
várias mesas em diferentes estágios de deterioração. —Não
posso deixar a Lexie e o Simon dormirem aqui, esta noite.—

—Nossa casa é sempre bem-vinda, mas você vai ter que


ficar quieto. Os meninos riem quando você tenta foder.—

Devil começou a rir.

—Vamos ficar fodidamente bem. Tem certeza que está tudo


bem com isso?— Perguntou Devil. Ficou tenso quando viu Lexie
entrar com o seu filho no colo. Ela era tão bela que fazia seu pau
doer com tanta necessidade.

Eles precisavam de algum tempo juntos.


—Que tal eu ficar com o Simon hoje à noite e acomodamos
vocês na casa da piscina? Os meninos não vão pensar em ir até
lá e vocês terão privacidade—, disse Phoebe.

—Já mencionei o quanto eu te amo?— Perguntou ele,


beijando sua têmpora.

—Ei, eu sou do Vincent, mas sei como é, nos primeiros


dias. Você teve um filho com outra mulher. O mínimo que pode
fazer é dar-lhe algumas palavras de amor para lisonjeá-la.—

—Você sabe que não vou deixá-la ir embora. Você acha que
eu deveria?— Perguntou. Phoebe havia colocado o Vincent na
linha. Quando o Devil não tinha sido capaz de controlar o seu
garoto, Phoebe apareceu, dando-lhe um propósito e um lar.
Vincent era um homem bom, mas havia vezes em que, até
mesmo, bons homens se perdiam no caminho.

—Nada, ela precisa de alguém para assumir a liderança. Já


passou por muita coisa e você pode ver isso nos seus olhos. O
Vincent gosta dela, também. Falava sobre ela o tempo todo.
Ficou impressionado com o fato de que ela estava cuidando de
uma criança que não era, na verdade, dela.— Phoebe deu um
tapinha no seu braço. —Seja o que for que decidir, é com você.
Não acho que ela vai deixar aquele garoto facilmente, não é?—
Não esperou pela resposta dele e caminhou na direção
oposta.

Olhando fixamente para a Lexie, sentiu como se tivesse


levado um chute no estômago. Ele tinha idade suficiente para
ser seu pai, e ainda estava cobiçando-a, como se fosse algum
tipo de adolescente de merda.

—E aí, chefe?— Perguntou o Ripper, aproximando-se dele.

—Nada. Não vou ficar aqui, esta noite. Você e os meninos


precisam limpar aquela merda na boate. Quero reabrir para os
negócios. Precisamos manter nossa posição. Sem drogas ou
brigas. Eu não administro um jardim de infância—, disse Devil.

—Vou dizer ao Curse para divulgar suas ordens.—

—Faça isso.—

—Ela vai ficar com a gente?— Perguntou o Ripper,


apontando para a Lexie.

—Sim, e ela é minha. Nem sequer pense em tentar tomá-


la. Vou matá-lo antes disso.—

—Você é sortudo. Ela é quente como o inferno, e aposto


que poucos homens estiveram entre as pernas dela.—
O pensamento de qualquer homem querer saber como ela
seria na cama, o deixou bravo.

—Cala a boca, Ripper.—

Deixou os rapazes sozinhos e foi até a Lexie. Seu cabelo


caía pelas costas, implorando para ser acariciado. De pé ao lado
dela, viu que ela estava olhando para fora da janela, apontando
as coisas para o Simon.

—Nós não vamos ficar aqui, hoje à noite.—

—Graças a Deus, pensei que você não fazia a mínima ideia


do ambiente certo para um bebê.—

Acariciando seus cabelos, beijou a cabeça do Simon.

—Ele vai ficar com a Phoebe e o Vincent. Vamos passar a


noite na sua casa da piscina.— Seus olhos se arregalaram, mas
ela não disse nada para argumentar com ele. —Alguma
dúvida?— Perguntou.

—Não, você é o chefe.—

Depois de passarem algumas horas fazendo uma lista de


coisas que precisavam comprar e o que precisavam fazer, Devil
deixou a limpeza nas mãos da Phoebe, que já tinha montado
uma equipe. A viagem de volta até a casa do Vincent foi lenta.

Phoebe e Lexie fizeram o jantar, enquanto ele jogava bola


com o Vincent e os meninos. Quando os meninos começaram a
brigar, Vincent começou a falar.

—Você tem alguma coisa com a Lexie, não é?— Perguntou


Vincent.

—O que faz você pensar isso?— Devil roubou a bola do seu


amigo e a lançou na direção do aro, fazendo uma cesta perfeita.

Ele fez uma reverência quando os meninos gritaram de


alegria.

Ficaram um bom tempo lá fora, enquanto os meninos


brincavam, tentando acertar a bola no aro.

—Ela é uma boa menina.—

—E uma stripper—, disse Devil.

—Ela virou uma stripper para cuidar do seu filho. Mal posso
acreditar que segurei aquele menino e você ainda não o
conhecia.—
Devil ficou tenso. —Você fez o teste para se certificar que
ela tinha um corpo bom para a dança?—

—Sim, como faço com todas as meninas. E não a toquei.—

Não podia ficar com raiva do homem por cuidar dos


negócios. —Ela não vai mais dançar, está me ouvindo?—
Perguntou Devil.

—Sim, já sei isso. Ela traz um monte de dinheiro.—

—Não se preocupe. Vamos encontrar outras meninas que


podem conseguir esse mesmo dinheiro.— Devil olhou para a
casa imaginando que merdas a Phoebe estava contando.

—Estou satisfeito que você vai fazer tudo direito por ela. Ela
merece.—

—Você mal a conhece. Como sabe que ela não o deixava


com outros, para que cuidassem dele?— Perguntou.

Vincent riu. —Ela falava sobre ele o tempo todo. Era a única
razão pela qual ela dançava. Perguntei a ela sobre isso, e ela me
disse que se um outro trabalho aparecesse, ia aceitá-lo em um
piscar de olhos, mesmo que fosse para limpar banheiros. A
garota é apaixonada pelo menino. Faria qualquer coisa por ele.—
Vincent suspirou. —O que aconteceu com você e a irmã dela?—
—Era uma mulher na estrada. Não me enchia o saco com
nenhum tipo de merda e estava oferecendo o que eu queria,
uma transa rápida e fácil. O preservativo rompeu e ela
engravidou.— Devil encolheu os ombros. Não podia fazer nada
para mudar o que aconteceu. Foi só a merda de um azar, na
única vez que o preservativo rasgou, a garota ficou grávida.

—O que você vai fazer sobre a garota?—

—Não sei. Ela vai aparecer, e vou ver se estou com o


estado de espírito de perdoar.—

—O jantar está pronto—, disse Lexie, aparecendo na porta.


Os meninos correram, quase derrubando-a, em sua necessidade
de conseguir comida.

—Onde está a porra da educação de vocês?— Perguntou


Vincent, se apressando a ir na frente para repreender os
meninos.

Lexie deu uma risadinha, em seguida, sorriu para ele. Devil


ficou impressionado com o quanto ela era jovem. Alcançando-o,
estendeu a mão e pegou a dele, que a puxou contra o seu corpo.
—Do que você está rindo?— Perguntou.

—Nada.—
Ele levantou uma sobrancelha esperando que ela
respondesse.

—Ok, isso é algo que eu sempre quis.—

—O que você quer dizer?—

—Não ria de mim, mas sempre imaginei ter uma casa como
esta e chamar o meu homem para jantar junto com as
crianças.— Ela encolheu os ombros, e suas bochechas ficaram
vermelhas. —Eu pareço louca?— Perguntou.

—Não, você parece uma mulher com um plano. Nunca


viveu em uma casa, então?—

Ela balançou a cabeça. —Mamãe vivia em um pequeno


apartamento e, quando não pôde mais se dar ao luxo de arcar
com o aluguel, nos mudamos para um trailer.— Ela encolheu os
ombros. —Não havia muita coisa acontecendo enquanto eu
crescia.—

Empurrando seu cabelo para trás, viu as marcas dos seus


lábios. —É bom ter sonhos.—

Ele ia tornar seus sonhos realidade.


—Você não vai me provocar?—

—Não, vou lhe dizer para se agarrar a esses sonhos. Eles


podem se tornar realidade.— Se inclinou para baixo, tomando
seus lábios.

—O que você é? Meu anjo da guarda?— Perguntou ela,


entre um beijo e outro.

—Não há nada angelical em mim, baby. Não me confunda


com alguma coisa boa.— Tomando a mão dela, apertou-a contra
o seu pênis. —Tudo o que eu quero ser é malvado.—
Esfregando-se contra ela, sentiu-a estremecer.

—Crianças, o jantar vai esfriar—, disse a Phoebe,


interrompendo o momento. Estava ficando irritado com as
pessoas impedindo-o de tomar o que queria.

Lexie se afastou dele. Ela o surpreendeu, guiando-o até a


mesa de jantar.

—Sua mulher tem muitas habilidades—, disse Phoebe. —Ela


sabe cozinhar, e você tem sorte.—
Capitulo 6

Após o jantar, Lexie ajudou com os pratos, e, em seguida,


não havia mais como fugir. Phoebe, praticamente, a empurrou
para fora, pela porta de trás. Devil estava na beira da piscina,
fumando um cigarro e olhando para o céu.

Limpando a garganta, o observou se voltar para ela. —


Estou indo para o chuveiro.—

—Ok, vou estar lá em breve.—

Ela assentiu com a cabeça, passando por ele, para ir para a


casa da piscina. Lexie não era estúpida. Sabia o que estava por
vir, e parte dela estava, realmente, ansiosa por isso. Será que
ele ficaria enjoado dela, uma vez que conseguisse o que queria?

Olhando para trás, ela o viu conversando com o Vincent. Os


dois homens estavam tendo uma conversa séria. Abrindo a
porta, entrou e acendeu a luz. Phoebe lhe disse como chegar. A
casa da piscina era agradável e acolhedora. Encontrando um
interruptor, o apertou e o ar-condicionado começou a funcionar.
Ela olhou ao redor da sala grande antes de ir para a parte de
trás, onde o quarto e o banheiro ficavam.
Fechando a porta, trancou-a, querendo privacidade.
Durante três anos e alguns meses, não tinha feito sexo. O rapaz
com o qual tinha estado não conseguiu, mesmo, descobrir como
dar a ela um orgasmo.

Lexie ligou o chuveiro e tirou a roupa antes de olhar para o


seu reflexo no espelho. Seu cabelo estava bagunçado por causa
da mudança, mas o que chamou sua atenção foram os olhos.

Ontem à noite, tinha olhado para os mesmos olhos, no


espelho da boate, e já havia uma diferença. Vinte e quatro horas
atrás, estavam apagados por causa do que estava prestes a
fazer, enquanto, agora, pareciam vivos. De repente, se sentiu
com vinte e um anos, em vez de muito mais velha. Vivendo a
vida que viveu, com uma prostituta bêbada como mãe, Lexie
teve que crescer muito rápido. Com oito anos, já estava se
virando na cozinha, fazendo comida para sua pequena família.
Kayla vivia ausente, paquerando os meninos e, quando se
tornou uma adolescente, a coisa de verdade aconteceu. Sua
irmã tinha a horrível reputação de ser uma vagabunda. Lexie
lembraria para sempre os sussurros grosseiros enquanto
passava pelas pessoas, na escola. Alguns caras até achavam que
sua mãe era melhor do que a Kayla porque, pelo menos, sua
mãe fazia os homens pagarem. A Kayla dava tudo de graça.

Por muito tempo, ficou lidando com todas as coisas que a


vida lhe jogou, de maneira que, não teve tempo para pensar
sobre o que sempre quis. Sair do trailer para um apartamento
tinha sido a primeira coisa que conseguiu. Não se tornar uma
prostituta, a segunda.

Merda, realmente, não sabia o que queria ser na vida. Suas


notas na escola eram boas, mas não brilhantes.

Precisava aproveitar este momento com o Devil para


pensar.

A única coisa que, na verdade, queria, era dar ao Simon


uma boa casa.

—Ele está seguro, agora.— Fechando os olhos, contou até


dez antes de abri-los. Tudo parecia igual, então foi para o
chuveiro. A água estava quente e foi uma bela mudança em
relação aos banhos frios que tomava, quando voltava para o
apartamento.

Tentou não pensar no Devil, na boate, ou na merda na qual


a Kayla tinha lhe colocado, completamente. Sua irmã nunca
tinha tomado boas decisões. Continuar com o Simon e ficar com
o Devil, realmente, era uma má decisão?

Inclinando a cabeça para trás, manteve os olhos fechados


enquanto a água escorria pelo seu corpo. Lentamente, minuto a
minuto, sentiu a tensão dentro dela começar a diminuir.
Estamos a salvo.

—Você acha que uma porta trancada vai me manter


longe?— Perguntou Devil. Estava tão perdida em seus
pensamentos que não tinha ouvido ele entrar ou se despir.
Olhando ao redor, viu sua bunda nua. Na noite anterior, no seu
apartamento, estava demasiadamente escuro para ela admirar
seu físico masculino, mas, porra, o Devil era bem construído.

Uma resposta começou a pulsar no meio das suas coxas.


Apertando as pernas, olhou para ele, sabendo, em seu coração,
que não seriam interrompidos.

—Podemos passar esta noite de duas maneiras—, disse ele,


prendendo-a contra a parede de azulejos frios e o seu corpo
duro. Suas mãos descansaram em ambos os lados da sua
cabeça. Antes de dizer qualquer outra coisa, tomou posse dos
seus lábios, mergulhando a língua na sua boca. Não tinha ilusões
quanto a quem ela pertencia naqueles segundos preciosos. —
Você pode lutar contra mim, fingindo que não quer isso, me
obrigando a lhe mostrar que você quer.— Pegou uma das suas
mãos dentro da sua, pressionando-a contra o azulejo, ao lado da
sua cabeça. Devil fez o mesmo com a outra mão.

—Qual é a outra opção?— Perguntou.


A maneira como segurava suas mãos deixava seus seios
arqueados. Seu olhar baixou e o desejo se intensificou nos seus
olhos.

—Você para de fingir e se entrega totalmente para mim,


sem nenhuma hesitação. Você vai ser minha, e vou lhe dar
muito mais orgasmos como o primeiro de hoje.—

Olhou para ele, querendo, mais do que qualquer coisa, se


entregar. Passando a língua nos lábios, travou uma pequena
guerra interior contra o seu homem. Lexie sabia que era inútil.
Por que lutar contra algo que queria? Sua única experiência
sexual foi com um garoto da escola, da sua idade, e tinha sido
um desastre.

—O que é que vai ser, princesa?— Perguntou.

Nenhum dos dois disse uma palavra.

—Não vai dizer nada, hein? Tudo bem, me deixe dar um


gostinho do que estou oferecendo.— As mãos dela estavam
levantadas acima da cabeça, e ele as segurou somente com uma
das suas. Ela não lutou contra ele. A força naqueles braços
mostrava que lutar seria inútil. —É isso o que você quer, baby?—
Perguntou, inclinando-se para beijar o seu peito.
As palavras falharam. Elas não conseguiriam sair da sua
boca, e ela o observou, cheia de desejo, enquanto ele beijava o
caminho até os seios. Chupou um mamilo e, durante todo o
tempo, ela o observou, mesmo enquanto gritava de prazer.

A mão que estava livre, acariciou o interior da sua coxa. A


água cascateava em torno deles, as gotículas saltando sobre
suas peles. Mesmo molhado, Devil parecia um fodido sonho
molhado. Era pura tortura. Cada movimento, cada carícia, e
todas as palavras que falou a levaram a uma excitação maior do
que jamais pensou que poderia ter.

—O que você espera ganhar por ficar em silêncio?—


Perguntou. Seus dedos estavam tão perto da sua vagina.
Mordendo os lábios, ela o olhou nos olhos esperando que ele
fizesse o próximo movimento. —Você está brincando com o
perigo, baby.—

Ela queria o perigo mais do que qualquer outra coisa.

Que diabos está acontecendo comigo?

—Posso jogar este jogo todo dia, Lexie. Você não vai
esconder nada de mim.—

Seus dedos abriram sua fenda, acariciando através dela até


que acertou seu clitóris. Ela gritou quando o Devil aumentou a
pressão em torno dos seus pulsos, segurando-a no lugar.
Descendo a mão, empurrou um dedo dentro dela. Seu polegar
pressionando o seu clitóris.

—Posso sentir sua boceta se contrair em volta do meu


dedo. Você quer o meu pau, Lex. E prometo a você, sou muito
maior do que a porra do meu dedo.—

Fechando os olhos, tentou lutar contra a necessidade que


fluía dentro do seu corpo.

—Renda-se a mim—.

Ela abriu os olhos e olhou em suas profundezas escuras.

—Renda-se a mim—, disse ele, novamente.

Renda-se. Renda-se.

Contra o quê, exatamente, ela estava lutando? Ela o queria,


e já tinha passado muito tempo sem saber como a verdadeira
paixão era, realmente. A experiência que teve quando era mais
jovem não era nada parecida com a que o Devil estava lhe
oferecendo.
Um segundo dedo escorregou dentro dela, se juntando ao
primeiro, bombeando ao mesmo tempo. Ele mordeu o seu
mamilo arrancando um grito dela.

—Renda-se a mim, Lex. Vou lhe dar tudo.—

Ela já tinha se rendido. Lexie não iria lutar contra ele. Seu
corpo a tinha traído na primeira noite, quando ele a segurou, na
boate de strip. Isso ia acontecer, e combatê-lo só ia lhe causar
mais dor.

Seu corpo estava queimando de dentro para fora.

Não havia outro lugar para ir. Aos vinte e um anos, tinha
experimentado dois orgasmos em toda a sua vida, e ambos
tinham vindo das mãos do Devil.

Colou seus lábios nos dela para impedi-la de dizer uma


palavra. Sua língua saqueou sua boca, se fundindo com a dela.

Ela se derreteu contra ele, seu corpo cobrindo o dela.

—Diga-me, Lex.—

Olhando para baixo, pelo seu corpo, foi cativada por seus
músculos e pelas tatuagens que cobriam seu corpo de cima a
baixo. Ela nem tinha percebido as várias tatuagens diferentes
quando ele entrou no chuveiro.

—Você é muito mais velho do que eu—, falou, as palavras


escapulindo.

—Você, realmente, se importa?— Perguntou.

Não, ela não se importava. —Não.—

—Você me quer.—

—Sim—, disse ela, admitindo a verdade. Ela, realmente, o


queria. Não havia como negar isso.

—Diga-me para te foder. Eu prometo a você, Lex, você não


vai querer mais nada.—

—Foda-me, Devil.—

Ela se entregou para ele, então ele soltou suas mãos.

—Bom, primeiro vamos nos lavar, e, em seguida, sua


bunda vai ser minha.—

****
Devil terminou de enxaguar o shampoo do seu cabelo.
Lexie tinha permanecido em silêncio enquanto ele lavava o seu
corpo. Não queria lutar com ele, mas continuou observando-o
enquanto ele trabalhava. Quando terminou, desligou a agua e
lhe entregou uma toalha. Envolvendo uma outra toalha em torno
da cintura, entrou no quarto esperando que ela o seguisse.
Sentando-se, secava o cabelo quando ela entrou no quarto. Seu
cabelo estava semi-seco quando ela juntou o comprimento com
uma toalha.

—Venha aqui—, disse ele.

Ela caminhou até ele. Viu a hesitação em seus olhos,


enquanto ela ficava entre suas coxas. Seu pau engrossou, e
soube que não ia demorar muito tempo, na primeira vez em que
estivesse dentro dela.

Puxando a toalha, a observou cair no chão. Seu corpo


estava úmido.

Abraçando-a, ele a trouxe para mais perto com um aperto


na bunda dela. Depositou beijos ao longo do seu estômago,
observando-a fechar os olhos.

—Você já se sentiu assim antes?— Perguntou. Seu


estômago estava visivelmente trêmulo enquanto ela olhava para
ele. Seus olhos pareciam quase pretos com a dilatação da sua
excitação.

—Não, nunca.—

—Com quantos homens você já fodeu?— Abrindo suas


pernas, sentiu o cheiro da excitação.

—Um.—

—Há mais de três anos atrás?— Cobrindo seu monte, sentiu


o vazamento dos fluidos nos dedos. Ela estava fodidamente
molhada para ele.

—Sim. Ele foi o meu primeiro namorado e não tinha a


menor ideia do que fazer.—

Ele sorriu. —Subiu em você e buscou caminho para o seu


próprio orgasmo?— Devil conhecia o tipo. Alguns homens,
realmente, não sabiam como despertar uma mulher,
sexualmente. Aprendeu desde cedo que, para conseguir a
mulher que queria na cama, primeiro teria que passar um tempo
deixando-a com uma necessidade frenética. Devil também
gostava de uma mulher aberta no quarto. Não conseguiria ficar
satisfeito com uma mulher com medo de querer foder. Não havia
tempo para procurar uma mulher disposta a se entregar a ele.
Não pegava mulheres que não queriam dar tudo imediatamente.
Lexie o queria, e só estava lutando contra sua necessidade.
Agora, viu que ela estava se entregando a ele.

—Sim, ele foi um verdadeiro babaca. Eu não gostava dele,


e nos separamos um tempo depois.—

Deus, teria que espancar aquele que tentou tomá-la para si.

—Suba em mim.—

Ela subiu no seu colo, envolvendo as pernas em volta da


cintura dele. Ele tomou seus lábios, saboreando-a enquanto ela
montava no seu corpo. Seus peitos nus pressionados contra o
peito dele, e eram de verdade.

Girando-a, deslizou entre suas pernas enquanto ela


correspondia o seu beijo. Os lençóis estavam amarrotados
debaixo deles. A toalha que ele tinha usado, escorregou, e
deslizou seu pênis entre a fenda dela. Os fluidos dela revestiram
seu pau. Sem pressa, roçou seu clitóris, sentindo-a a relaxar
embaixo dele.

Quando não aguentava mais só roçar sua fenda,


interrompeu o beijo movimentando-se para baixo, para sugar
seus mamilos. Ela se arqueou debaixo dele. Agarrando seus
quadris, foi para baixo, deslizando a língua em seu umbigo antes
de descer mais ainda. Abrindo suas coxas olhou para sua fenda
rosada e inchada. Usando os polegares, abriu os lábios do seu
sexo para revelar seu clitóris intumescido e a entrada da sua
boceta.

Encurtando a distância, chupou seu clitóris, assim como


tinha feito com seus mamilos. Movimentando a língua sobre o
broto, deslizou para baixo, para foder sua boceta. Ela gritou.
Olhando para cima, viu suas costas se arqueando.

—Por favor, sim, por favor—, disse ela, gemendo.

Adorava ouvir os sons dela implorando. Abaixando-se,


lambeu seu clitóris, querendo levá-la ao orgasmo, antes de
penetrar, profundamente, o seu interior.

Ela engasgou e, ainda assim, manteve os movimentos,


querendo que ela gozasse. Seu pau estava tão duro que doía.

Tinha passado bastante tempo desde que tinha fodido uma


mulher. Lexie o estava deixando louco, e sabia que, se não
estivesse dentro dela, logo, estaria sofrendo com bolas azuis.

—Goze para mim—, disse ele, murmurando as palavras


contra o clitóris.

Deslizou um dedo dentro dela, enquanto lambia seu clitóris.


Segundos depois, ela gritou com o orgasmo. Sorrindo,
continuou acariciando seu clitóris enquanto ela gritava,
estremecia e empurrava debaixo do seu toque. Só quando
estava satisfeito, afastou-se, limpando seu gozo dos lábios e do
rosto.

—Eu estou limpo, e você?— Perguntou.

—Também, mas não estou protegida—, disse ela, sem


fôlego. Ele xingou. Engatinhando para fora da cama, pegou um
preservativo na gaveta, rasgando, rapidamente, a embalagem
para cobrir seu pênis com o látex.

Lexie ficou no mesmo lugar. Ele se moveu entre as coxas


dela, deslizando o pênis coberto através da sua fenda. Não era
bom o suficiente, mas até que ela estivesse tomando pílula, teria
que usar camisinha. Não estava pronto para dar a ela uma
criança, ainda. Quando estivesse pronto, nada iria impedi-lo de
lhe dar o que queria.

—Você está pronta?— Perguntou.

—Sim.—

Empurrando a ponta para dentro do seu sexo, agarrou seus


quadris e arremeteu. Ela gritou. Sua vagina era apertada pra
caralho. Gemendo, descansou a cabeça contra a dela, enquanto
ela se acostumava com ele dentro de si.

—Você é, humm, você é um pouco grande.—

Ele riu.

—Baby, você sabe o que dizer para fazer um homem querer


você.— Beijando seus lábios, lhe deu alguns minutos antes de se
retirar do seu calor apertado, apenas para penetrá-la,
novamente. O choque súbito fez suas mamas balançarem. Ao
golpear novamente, olhou para os seus peitos enquanto
empurrava dentro dela, sentindo seu calor apertado.

A visão fez suas bolas se contraírem. Rangendo os dentes,


fechou os olhos, enquanto o prazer se intensificava. Se acalmou
dentro dela. Se ele se mexesse, Devil sabia que não ia aguentar.
Estava tão perto da borda do orgasmo. Seu controle tinha que
aguentar bastante, antes que ele gozasse. De jeito nenhum, ia
ser como o outro homem em sua vida.

Ele ia aguentar por muito mais tempo e sabia o que fazer


para diminuir seu entusiasmo. O corpo dela era viciante. Era
difícil não fodê-la, até que gozasse.

Passando as mãos pelo corpo dela, segurou seus seios


beliscando os mamilos. —Por que você parou?— Ela perguntou.
—Não estou pronto para dar um fim nisso.— Mordendo seus
mamilos, moveu as pernas para dar a volta na sua cintura.

Em um movimento rápido, ele a puxou, girando até que ela


estava em cima dele, sentado. Seus braços envolveram seu
pescoço, segurando-se.

Agarrando sua bunda, ele a levou para cima e para baixo,


sobre o seu eixo. Ela gemeu, movendo os quadris em resposta a
cada um dos seus impulsos.

—Você é tão sexy—, falou. Colocando a mão entre eles,


tocou seu clitóris, observando-a gritar, implorando por mais. —
Goze para mim, baby.—

—Não consigo—, falou.

—Sim, você consegue, e eu não vou gozar até você me dar


o que eu quero, porra.— Ele empurrou dentro dela, penetrando
mais fundo, e ela gritou. O olhar em seu rosto era uma mistura
entre o prazer e a dor. —Este é apenas o começo, Lex. Temos
toda a noite e o resto das nossas vidas.—

Ela engasgou. Sua vagina se apertou mais em volta do seu


pênis.
—Eu não consigo.—

—Me dê o seu gozo.— Acariciando seu clitóris, sabia que


era apenas uma questão de segundos até que ela chegasse ao
clímax. Suas mãos se apertaram nos seus ombros. Sua
respiração ficou mais profunda, então acrescentou um segundo
dedo para acariciar seu clitóris. Ela estava tremendo, e todo o
seu corpo, coberto por uma camada de suor.

—Vamos lá, baby. Goze para mim.—

Ela gritou, e ele tomou posse dos seus lábios, ao mesmo


tempo em que a golpeava. Dois golpes foram o suficiente para
encontrar o seu clímax. Rosnando, ele a segurou contra ele,
mordendo sua carne quando o prazer o invadiu, com força.

Sabia que, sem o preservativo, sentiria cada ondulação e a


lavagem do seu esperma. Devil precisava fazer com que ela
tomasse pílula, para que pudesse conseguir o que queria.

—Devil—, falou, gemendo.

Relaxaram juntos, e ele acariciou seus cabelos, amando a


sensação dos fios sedosos em volta deles. Seu cabelo era longo,
alcançando a parte superior das nádegas. Beijando seus lábios,
levantou a mão e, em seguida, lambeu seu creme dos dedos.
Ela tinha um gosto tão doce.

—Você, realmente, é o diabo.—

Ele riu. —Se eu sou o diabo, o que isso faz de você?—


Perguntou.

—Não sei. Mal posso acreditar que estou fazendo isso.—

—Por que não?— Perguntou, sentindo sua boceta, ainda,


ondulando em torno dele. Ela gemeu.

—Eu não conheço você. Nada faz sentido quando estou


perto de você.— Seus dedos estavam fazendo círculos em sua
carne.

—Não dou a mínima para o tempo que nos conhecemos.


Você quer estar aqui comigo, então, porra, vai estar aqui
comigo. Não analise tudo em excesso. Você vai desperdiçar sua
vida tentando agir como os outros pensam que deveria.—

Agarrando a bunda dela, apertou as mãos em torno da


carne opulenta. Seu corpo, realmente, era um sonho fodido.

—Então, deveria parar de lutar contra o que eu conheço?—


Perguntou, sorrindo.
—Sim, não vou avaliar você por seu bom comportamento,
princesa.—

—Sobre o quê, você vai dar sua nota?—

Estava brincando com ele.

Ele riu, amando a mudança repentina em seu interior. —


Vou te dar uma nota por você ser malvada pra caralho.—
Capitulo 7

Um pouco depois da meia-noite, Devil a levou até a piscina,


completamente nua. A piscina estava às escuras para que, da
casa principal, ninguém pudesse vê-los nadando. Olhou para ele,
de pé, na borda, prestes a mergulhar. As tatuagens se
destacavam contra a pele bronzeada.

—Sabe, para um cara velho, você está enxuto—, falou ela,


sorrindo.

—Cara velho?— Perguntou, levantando uma sobrancelha. —


Será que fui velho para você, lá dentro?—

Mal podia acreditar na resistência do homem. Após a


primeira vez, pensou que seria o fim de tudo, dormiriam, então
acordariam, já de manhã. Não com o Devil. Depois que removeu
o preservativo e o jogou no lixo, fumou um cigarro e, então,
estava em cima dela, novamente. Não podia reclamar. Ele
sempre fez com que ela gozasse antes que ele próprio gozasse.

—Pareço me importar?— Perguntou ela, levantando-se


dentro d’água para mostrar os seios. Caminhou até a borda da
piscina. Ele se sentou na borda, e ela acariciou seu pau. —Você
não vai entrar?—
—Eu gosto deste lado de você—, falou. Ela trabalhou seu
comprimento, sentindo-o engrossar contra a palma da sua mão.

—Gosta?— Usando as pernas para tomar impulso, ela


beijou seus lábios.

Ele a beijou de volta e ela se afastou dele. —Então, o que a


Kayla significa para você?— Ele perguntou, entrando na água. A
mudança repentina de assunto a surpreendeu. Nadando em
torno da borda, pensou na sua irmã.

—Nós somos meio-irmãs. Ela nasceu primeiro e eu, alguns


anos mais tarde.— Ela se virou, olhando-o, dentro d’água. Ele
não estava avançando em direção a ela, e ela parou de nadar
para olhar para ele.

Mesmo sem a iluminação da piscina, ele parecia muito


grande e assustador. Mas não a assustava. Não, ele acabava
com a sua dor.

—Vocês eram próximas?— Perguntou.

—Não. Nossa mãe gostava muito mais dela mais do que de


mim, porque ela era loira, bonita e perfeita. Pelo menos, para os
padrões da nossa mãe, ela era perfeita.— Lexie tirou o cabelo do
rosto, olhando para ele. —Ela costumava roubar de todos.
Ninguém suspeitaria que a loira maravilhosa faria aquela merda.
A mãe pensava que era engraçado, então a Kayla continuou
roubando até os rapazes se tornaram o seu interesse.—

—O que você fez?— Perguntou.

—Fiquei fora do caminho. Não é necessário tomar muitos


tapas na cara, antes de perceber que está melhor no escuro do
que em casa.—

Reparou que ele ficou, visivelmente, tenso.

—Quando a Kayla era adolescente, tinha mais homens do


que você conseguiria contar com os dedos de ambas as mãos.
Ela adorava aquela atenção e, com sua aparência e figura, tinha
todos os homens comendo na sua mão. Essa época, foi a única
vez que minha mãe a odiou.—

—Por quê?—

—A Kayla não cobrava. Eu era inútil. Ganhava dinheiro


como garçonete ou limpando as casas das pessoas ricas.—

Nenhum deles se moveu. Lexie perguntou que diabos


estava acontecendo entre eles. —Onde você a conheceu?—
Perguntou Lexie, tomada pelo ciúme.
—Na estrada. Ela estava em um bar, uma noite, à procura
de alguma ação. Eu precisava de algum alívio. Ela estava lá e
não causou nenhum rebuliço.—

—Como ela conseguiu roubar mais de dez mil dólares?—


Perguntou.

Ele começou a caminhar em direção a ela. Só quando


estava a poucos passos de distância, ela tentou nadar para
longe. Ele a pegou pela cintura, puxando-a de volta para ele.
Suas mãos no estômago dela, de costas para o peito dele. Devil
escondeu o rosto contra o seu pescoço, cheirando-a.

Seu corpo estava coberto de hematomas por casa da sua


posse brutal. As marcas não a faziam ter medo. As marcas
faziam com que o desejasse muito mais. Desejava sua posse
brutal. Seu corpo estava em chamas, ansiando pelo seu toque.

—Eu não sou um homem bom, Lex. Eu infrinjo a lei para


ganhar dinheiro. Os dez mil dólares eram de uma remessa de
drogas para um amigo. O dinheiro estava indo para o nosso
caixa de dinheiro em espécie, que o Vincent cuida. Ninguém
busca dinheiro ilegal dentro de um cofre.— Beijou seu pescoço,
cheirando-a.

—Como é que eu nunca te vi aqui antes?— Perguntou.


—Faz muito tempo desde que estive aqui, e não queria
causar alvoroço. Vincent se apaixonou pela Phoebe, e não ia
estragar isso para ele ficando por perto.— Uma das suas mãos
se moveu até o seu seio. —Você morou aqui durante toda a sua
vida?—

—Sim. E nunca ouvi falar de você.—

—Eu duvido que a Kayla, sequer, soubesse quem eu era.


Aquela puta louca vai aprender a não roubar o meu dinheiro e
fugir com ele.— Beijou seu pescoço. —Sua irmã ficará muito
bem, morta.—

As palavras a chocaram. Girando em seus braços, olhou-o


nos olhos. —O que você está falando?— Perguntou.

—Ninguém rouba de mim. Não sou uma porra de instituição


de caridade. Ela pegou sem, nem mesmo, pedir. A cadela roubou
meu dinheiro e o meu filho. Ela vai pagar.—

Seu coração estava acelerado dentro do peito. —E quanto a


mim? Eu aceitei o Simon e o dinheiro. O que você vai fazer
comigo?—

Devil inclinou a cabeça para trás, soltando-a. —Não vou


matá-la. O que a Kayla fez foi estúpido, mas ela sabia que eu ia
à procura dela. Aposto que ela está esperando que você vá
tomar o lugar dela, sem dúvida.—

Lexie desejou que pudesse negar. —Você acha que ela


queria que você me matasse?—

—A Kayla não é nenhuma santa fodida, Lex. Está esperando


que eu vá estar com tanta raiva que vou aceitar chutar sua
bunda.— Devil sorriu. —Só vai mostrar que a cadela não me
conhece.—

—Sobre o que você está falando?—

—Não cobro dívidas de membros da família que não estão


envolvidos. Meu problema com a Kayla será resolvido com ela.—

Ela olhou para baixo, para a água. Lexie não estava com
medo ou, até mesmo, chateada com suas palavras. Ela e a Kayla
nunca foram próximas. Aceitar o Simon tinha sido a coisa mais
próxima de amor fraternal que Lexie já teve. Não que tivesse
muita escolha. Kayla tinha, simplesmente, despejado seu filho
na sua porta. O raciocínio do Devil explicava os dez mil dólares.

—Você está com medo de mim?— Ele perguntou, dando um


passo para perto.
Lexie balançou a cabeça. Não confiava em sua voz, naquele
instante. Quão horrível ela era, que ainda desejava o homem
que ameaçou sua irmã?

—Bom.— Seus braços a rodearam, e ele se moveu para


perto da borda da piscina. —Segure aqui.— Colocou as mãos
dela na borda.

Agarrando a borda, imaginou o que ele ia fazer. Ele moveu


o cabelo todo para cima de um ombro, acariciando o outro lado.
O jeito carinhoso com que ele a tocou, a surpreendeu. Tinha
começado a acreditar que ele não sabia como ser gentil ou lidar
com ela.

—Não se solte.—

—Não vou.— O ar entre eles mudou. Não sabia o que tinha


acontecido para deixá-lo assim.

Devil colocou os lábios contra sua têmpora, beijando-a.


Fechando os olhos, tentou não ser arrastada para a teia de
sedução que ele estava criando. O homem atrás dela era
perigoso.

Passando a língua sobre os lábios, tentou raciocinar através


da sua própria excitação. Pela primeira vez, se sentiu egoísta por
não querer pensar em mais nada, a não ser ela mesma.
—Essa coisa entre nós—, ele falou. —Vai durar um longo
tempo. Você vai entender melhor o que está acontecendo.—

—Por que não me explica? Você não está falando palavras


de amor—.

—Eu não amo ninguém, baby.—

As palavras não feriram, mas sabia o que ele queria dizer.


Nunca haveria quaisquer palavras de amor entre eles. Esta era a
realidade de tudo o que estavam fazendo. O que aconteceria
quando a química enfraquecesse?

Não pense. Sinta.

Seus lábios roçaram o pescoço dela, beliscando sua carne.


Inclinando a cabeça para o lado, lhe deu um melhor acesso.
Suas mãos acariciaram seu corpo, cobrindo seus seios e
puxando os mamilos. Ainda assim, se segurou na borda,
mantendo os olhos fechados. Todo o resto desapareceu. Havia,
apenas, os dois, escondidos na escuridão. O ar quente caiu sobre
seus ombros e ela estremeceu quando seu toque mudou para
sua vagina. Uma mão deslizou para baixo, buscando sua fenda,
acariciando-a, intensificando sua excitação, preparando-a para o
que estava por vir.
—Eu tenho você, Lex.—

Sentia-se protegida. Devil não deixaria que nada


acontecesse com ela, desde que não o traísse. A gangue seria
como uma família para ela. As respostas das quais sentira falta
por um longo tempo, vieram até ela quando ele tocou seu corpo.
Ela sabia que ele estava se segurando. Devil era muito homem
e, desta vez, mostrou outra parte de si mesmo.

Abrindo suas pernas, ela gritou quando ele pressionou dois


dedos dentro dela. Seu pênis era enorme, muito maior do que os
seus dedos, mas se sentia sensível depois de tudo o que tinha
feito.

—Não estou pedindo por amor.— Vendo o que acontecia


nas ruas, homens casados que procuravam por uma noite de
libertação, Lexie tinha desistido do sonho de encontrar o amor.

O amor era para princesas e contos de fadas. Tinha deixado


de acreditar em contos de fadas, muito jovem. Contos de fadas
não pagavam as contas ou impediam os homens maus de entrar
no meio da noite.

—Você vai ser minha—, disse Devil.

—Em que sentido?— Sentiu-o acariciar seu corpo. O pênis


dele pronto, na sua entrada.
—Você vai ser minha mulher. Nenhum outro homem vai
tocar em você. Você estará esperando por mim, noite após
noite.— Deslizou dentro dela, dolorosamente lento. —Você
nunca vai me rejeitar.— Mordeu o pescoço dela. As marcas
ficariam lá, para sempre. —Você vai parar de fazer strip-tease e
só vai tirar alguma peça de roupa quando eu mandar.—

Ele agarrou seus quadris, golpeando, com profundidade, os


últimos centímetros. Ambos gritaram. Segurando-se na borda,
Lexie abriu os olhos. Sentia-o tão grande por trás e dentro dela.
Suas mãos agarrando seus quadris largos.

—Tudo o que tenho a fazer é concordar?— Ela perguntou.

—Sim.—

—Pensei que já tinha concordado, lá no clube. Não vou sair


porta afora.—

—Você concordou em não deixar o Simon. Não em ser


minha mulher.— Ele recuou, só para penetrá-la novamente.

Ela gemeu, amando a profundidade de cada impulso. A


menção do Simon a trouxe de volta à realidade. Estavam na
piscina, e seu pau estava dentro dela, seu pau sem proteção.
—Você tem que parar—, disse ela, em pânico.

—Não.—

—Você não está usando nada. Eu posso engravidar.— Ele


fez uma pausa. Sua respiração pesada era o único som que,
ainda, se ouvia no meio da noite.

—Não dou a mínima.— Saiu de dentro dela só para golpeá-


la novamente, deslizando a mão entre as suas coxas para
brincar com seu clitóris. Todo pensamento de negar ou parar a
foda desapareceu dos seus pensamentos. Agarrada à borda da
piscina, gozou em seus braços, enquanto ele a fodia duramente.
Nada ficou entre eles. Devil sabia o que a Kayla tinha feito, e por
sua vez, ela se tornou sua mulher.

Seus lábios se arrastaram, quentes como fogo, pelo seu


pescoço, fazendo-a queimar ainda mais intensamente. As
estocadas do Devil cresceram, erráticas, seus dedos
manuseando-a habilmente, enviando-a para outro orgasmo.
Segundos depois, ela o ouviu grunhir enquanto seu pau se
contraía.

Seus destinos foram selados.

****
Na manhã seguinte, Devil olhou para o corpo da Lexie. Ele
a manteve acordada até as primeiras horas da manhã,
transando com ela. Seus momentos não acabaram quando
saíram da piscina. Assim que gozou, sem camisinha, dentro
dela, levou-a para dentro, deitou-a na cama e a fodeu mais duas
vezes. Desde a mais tenra idade, sempre teve a libido em alta.
Ela não teve nenhum descanso na noite passada.

Admirou as curvas opulentas à mostra, já que a maior parte


da coberta estava fora do seu corpo.

Seu rosto estava virado para ele. Ela parecia tão relaxada
durante o sono. Devil amava olhar para ela. Lembrou da
sensação da sua bunda arredondada contra ele, enquanto a
fodia duramente.

Devil deslizou a mão por todo o seu corpo. Ela murmurou


alguma coisa, aconchegando-se na cama.

Acendendo um cigarro, levantou da cama e foi em direção à


porta. Quando a abriu, viu o Vincent caminhando para lá.
Agarrando sua jaqueta, ele a colocou sobre a bunda dela e,
rapidamente, enfiou a calça jeans enquanto o Vincent chegava
na porta. Do ponto de vista em que o Vincent estava, podia ver
dentro do quarto. Tinha coberto as partes íntimas da sua
mulher, não estava pronto para compartilhá-las com ninguém.
Transar com ela na boate para todos os seus homens assistirem,
era diferente de compartilhá-la.

—Você teve uma boa noite?— Perguntou o Vincent,


ocupando uma cadeira.

—Muito. O que o traz aqui, caralho, tão cedo?— Perguntou


Devil, levando para a lixeira algumas garrafas de cerveja que
tinha bebido.

—A Phoebe está lidando com as crianças, e eu gosto de


ficar longe daquele caos. Ela está organizando a equipe de
limpeza para o clube. Vão estar lá em uma hora, mais ou menos,
para começar a limpar o lugar.— Vincent se recostou na cadeira.
—Ela vai ser sua garota?—

—Ela é a minha garota. E acho que está considerando ser


minha mulher.— Sentando-se, Devil tragou o cigarro, olhando
para o amigo.

—Ouvi dizer que o Rob ficou puto com você.—

Devil riu. —Qual é a notícia, então?— Perguntou, querendo


tirar aquela imagem da bunda da sua mulher da cabeça. Ainda ia
comê-la, seria apenas uma questão de tempo.
—Você esmagou sua mão. Ele está tentando reunir alguns
dos outros cafetões e clientes em uma tentativa de tornar sua
vida difícil.—

—Ele consegue fazer isso?— Perguntou Devil.

—Seus clientes são algumas das pessoas mais ricas da


cidade. Duvido que fossem sujar as mãos por causa de um
cafetão conhecido. As meninas dele são menores de idade—,
disse o Vincent.

—Não consigo acreditar que isso é tão fodidamente ruim.


Como está a Judi?— Perguntou Devil.

—Curse e os caras a colocaram para trabalhar na boate. Ela


tem feito a limpeza, e a Phoebe se encarregou de colocá-la de
volta na escola. Não sei como ela vai aceitar isso, mas vamos
lidar com o problema quando ele surgir.—

Devil esperou que ele continuasse.

—O que você vai fazer? Vai mantê-las na boate, ou vai,


realmente, se estabelecer e fazer o que o Tiny tem feito?—
Perguntou o Vincent.

—Eu estou me estabelecendo. Ainda vou para a estrada,


mas estou à procura de uma casa.—
Vincent riu, tirando um papel do bolso da calça jeans. —
Minha mulher o conhece melhor do que eu.—

Ele entregou o pedaço de papel. Devil o tirou dos seus


dedos, abrindo o papel dobrado. —O que é isso?—

—Uma casa. É na área rica. A Phoebe sabe como você


gosta de irritar as pessoas e descobriu que essa é grande o
suficiente para você e a Lexie. Além disso, qualquer uma das
casas noturnas fica perto, e se você olhar aqui—, Vincent
apontou para o jardim, —é grande o suficiente para um jardim,
para fazer os churrascos que ela quer que você ofereça.—

—Sua mulher tem tudo planejado, não é?— Perguntou


Devil. Phoebe estava sempre preparada, o que era uma das
coisas que gostava nela.

Olhando através da papelada, ouviu a Lexie gemer. Ela


rolou na cama e suspirou.

—Nós estamos aqui fora, baby.—

Minutos depois, ela entrou na sala vestindo um calção e


uma camiseta. —Eu os encontrei na gaveta—, disse ela, indo até
a pia. Lexie sorriu para o Vincent. —Bom dia.—
—Bom dia. Você não precisa ficar constrangida, Lex. Não
tenho nenhum problema com o fato de você estar aqui.—

—Ok.—

Devil olhou a papelada, sabendo que ia precisar ver a casa


antes que, até, pensasse em comprá-la. —Quero dar uma
olhada.—

—Vou pedir à Phoebe para marcar uma visita.— Vincent se


levantou e deixou-os sozinhos.

—O que era aquilo?— Perguntou Lexie. Serviu para ambos


um café.

—Vou querer creme e açúcar—, falou.

Gostou da forma como ela seguiu suas ordens,


acrescentando o que ele pediu. Devil olhou para ela, gostando
da sensação doméstica que ela inspirava dentro dele. Ficava em
um lugar só o tempo necessário para suas remessas, e poderia
ter isso para o resto de sua vida. Depois daquele momento na
piscina, não tinha, sequer, se preocupado com um preservativo.
Eles eram um desperdício de tempo, de qualquer maneira.

Mentiroso, você adorou a sensação de tê-la nua contra


você.
—Você quer que eu vá até a farmácia, hoje?— Ela
perguntou, sentando-se na cadeira vaga pelo Vincent.

—Por quê?— Ela não estava usando sutiã, e estava ficando


um pouco distraído por seus seios nus, cobertos só por uma
camiseta.

—Para comprar a pílula do dia seguinte?—

—Não, você não precisa dela. Nós vamos lidar com o que
acontecer.—

—Eu não quero ter filhos, ainda—, disse ela, olhando para o
seu café.

Sabia que ela estava sendo razoável, enquanto ele não se


sentia nem um pouco razoável.

—Vou usar preservativos, mas você não vai tomar a pílula


do dia seguinte. E fim.— Ele se levantou, indo até o quarto para
pegar a jaqueta. —Nós temos um compromisso, hoje. Estarei na
casa principal. Venha até mim, quando estiver pronta.—

Deixou a casa da piscina, indo na direção da casa principal.


Phoebe estava colocando as crianças no carro quando ele se
aproximou. Ela sorriu para ele. —Onde está a sua outra
metade?—

—Me irritando. O Vincent está lá dentro?— Perguntou.

—Sim, seu compromisso é às dez. Certifique-se de estar lá.


Vou levar o Simon para um passeio. Estaremos de volta, mais
tarde.—

Entrando, encontrou o Vincent examinado alguns


documentos. —O que está fazendo?—

—Nada, apenas verificando a papelada para o clube. Aqui,


os resultados.—

Devil pegou a pasta e olhou através dos números. Não viu


nada de errado. —O negócio está indo bem?—

—Sim, minha preocupação no momento é com o Rob. Ele é


um fodido imaturo que não sabe quando se curvar.— Vincent
tirou os óculos que estava usando.

Pensar no Rob fez o Devil ter um pico de raiva. Já tinha


ouvido o suficiente sobre o filho da puta que usava meninas.

—É fodidamente errado o que ele está fazendo—, disse


Devil. —Vou derrubar a porra daquele bastardo no chão.—
—Recebi um telefonema. O Jerry quer se encontrar com
você—, disse Vincent.

—Quem é Jerry?— Devil estava ficando cansado de todos


aqueles nomes. Era isso o que o Tiny tinha que aturar? Só
estava na cidade há um dia e já tinha brigado com um cafetão e
outro queria uma reunião.

—Ele é um cafetão, mas é justo. É dono de um clube


privado, que é praticamente uma casa de prostituição.—

—Qual é a diferença entre este filho da puta e o Rob?—


Perguntou Devil.

—Jerry mantém suas meninas seguras. Nenhuma delas fica


na rua, e ele é um dos grandes. Possui uma casa um pouco
abaixo da que você está indo ver. Ele tem uma esposa e um par
de crianças. Uma amante, também.— Vincent bateu a mão na
mesa. —Seria melhor se você se encontrasse com ele.—

—Certo. Você vem comigo, para ver a casa?—

—Vou, se você me quiser lá—, disse o Vincent.


—Sim, eu quero você lá.— O som da porta de trás se
abrindo fez com que respondesse, rapidamente. —Ela não
precisa saber o que nós estamos indo fazer.—

Lexie apareceu e sorriu para eles.

Caralho, o sorriso em seu rosto parecia um pontapé de


merda no seu estômago. Devil sabia que estava sentindo algo
muito maior do que gostar. Não havia nenhuma maneira do
caralho dele amar a Lexie. Não amava, e por um longo tempo,
se privou de toda emoção. Ter uma arma pressionada contra sua
cabeça o fez lembrar que precisava manter o amor à distância.

—Vamos lá, vamos lá—, disse ele, dirigindo-se para fora da


casa.

Ela não disse nada, simplesmente subiu na traseira do carro


enquanto ele ia ver uma casa.

Três horas mais tarde, Devil assinou ao longo da linha


pontilhada. Amou o visual e a sensação que teve do lugar. Tinha
cinco quartos, piscina e muito espaço no jardim para colocar
algumas churrasqueiras. Sua vida estava mudando.

Olhando para o celular, não viu nenhuma mensagem nova


do Tiny. Ia ser só uma questão de tempo antes do seu amigo
entrar em contato. Sentia no seu sangue.
Levando a Lexie para a casa do Jerry, viu que o bastardo
esteve ocupado. Pela próxima hora, falou de negócios com o
maior cafetão de Piston County. Mesmo que o filho da puta
vendesse mulheres para viver, Devil não conseguiu evitar de
gostar dele.

A vida estava ficando interessante. O maior problema que


ele tinha era o que fazer com a Lexie. A cadela estava ocupando
sua mente de maneira persistente, e eles não se conheciam há
muito tempo.
Capitulo 8

Uma semana depois, Lexie estava na cozinha da nova casa


do Devil. A maioria dos seus homens estava se deliciando com
cervejas no jardim, enquanto ele assava o churrasco. Estava
espantada com o quanto o homem conseguiu realizar em
questão de uma semana. Tinha comprado esta casa luxuosa,
iniciado as obras da construção do seu clube, e arrumado a
boate de strip. O homem era uma máquina.

À noite, se juntava a ela na cama e despertava seu corpo


da maneira que só ele parecia saber.

—No que você está pensando?— Perguntou Devil,


aparecendo atrás dela. Eles eram os únicos na cozinha. Olhando
para a churrasqueira, viu o Ripper servindo hambúrgueres.

—Nada de mais.—

—Vamos, compartilhe. Nós não tivemos oportunidade de


conversar durante toda a semana.— Sua mão abraçou a cintura
dela, puxando-a contra ele.

Judi havia se mudado com eles, na mesma semana. Devil


queria que ela terminasse a escola e toda vez que a Lexie
pensava que odiava a visão dele, ele sempre fazia algo que a
deixava um pouco mais apaixonada. A jovem tinha sido forçada
a crescer rápido demais. Lexie conhecia aquele sentimento, mas
também sabia que não tinha passado pelo que a Judi passou.

A menina era forte e, olhando para o jardim, Lexie a viu


lendo um dos livros do curso que tinham sido enviados pela
escola. Judi precisaria passar em um exame para voltar à escola,
para terminar os últimos dois anos.

—Você não é quem eu pensei que seria.—

—Baby, não vá ficando sentimental por mim. Sou perigoso,


e no momento em que você pensar de outra forma, esse será o
seu erro.— Ele a girou, levantando-a sobre o balcão da cozinha.

Seus lábios caíram sobre os dela, e ela gemeu, enquanto


suas mãos percorriam seu corpo. —Caralho, não consigo ter o
suficiente de você.—

Sem falar nada para os seus homens, ele a ergueu nos


braços e a levou até a escada.

—Chefe, a comida está pronta—, disse o Curse.

—Então, comam e esperem, estamos ocupados.—


Enterrando a cabeça contra o seu pescoço, ela gemeu ao
ver o olhar de entendimento nos olhos do Curse.

—Divirtam-se.—

Gemendo, segurou mais apertado em seu pescoço. —Você


não está sendo justo. Como posso encará-los de novo?—

—Com um sorriso no rosto, mostrando que eu a fodi muito


bem.— Chutou a porta, batendo-a atrás dele depois que a
atravessou. Ela riu quando ele a colocou no chão.

Tirou o elástico que prendia o cabelo dela.

Em seguida, apontou para os seios, afundando as mãos e o


apertando-os. Ela engasgou com a pontada de dor causada pelo
puxão das suas mãos.

Seus lábios cobriram os dela, e sua vagina floresceu.


Apertou as pernas sabendo que o queria muito.

Devil interrompeu o beijo, soltando-a. —Você vai dançar


para mim—, falou.

—O quê?—
Ela o observou caminhar na direção do aparelho de som, e
uma música lenta encheu o ar.

—Não tem mais ninguém aqui. E já vi você dançar. Você


não queria nenhum dos homens lá. Se eles tivessem tocado
você, sei que teria odiado isso.— Ele se sentou na beirada da
cama.

Tirou a jaqueta de couro que mostrava seu status no Chaos


Bleeds MC.

—Desta vez, quero que você dance para mim, sabendo que
vou ser o único a te foder, no final.—

Seu coração batia contra o peito. Nunca tinha dançado para


alguém, em toda sua vida. A música fluía em torno deles.

—Dance para mim.—

Não era um pedido, mas sentiu o desejo de agradá-lo, ter


alguma coisa entre eles. Nenhum dos homens ia vê-la dançar
novamente. Balançando a cabeça, deu um passo para trás,
afastando-se dele. Ela não pensava em dinheiro ou no Simon,
apenas na sua necessidade de sentir seu pau duro deslizando
dentro dela. Estavam longe o suficiente do jardim para que ela,
nem sequer, os ouvisse falar.
Você consegue fazer isso.

Permitiu que todo o seu desejo e excitação fluísse em seus


movimentos. Primeiro, moveu os quadris sabendo que ele
amava o seu corpo. O jeans que usava era de cintura baixa,
deixando a barriga ligeiramente arredondada em exposição. A
camiseta sem mangas estava esticada sobre seus seios grandes.
Devil gostava de ver sua figura curvilínea e não permitia que ela
usasse qualquer coisa que pudesse obstruir a visão do seu
corpo. Parte dela estava emocionada com a forma como ele
gostava de seu corpo. Outra parte odiava estar em exibição.

Após anos escutando que era gorda, feia e repugnante


faziam isso. Sua mãe e a Kayla tinham destruído sua confiança a
partir de uma idade muito jovem. Dançar não a tinha trazido de
volta, mas estava começando a achar que o Devil estava
determinado a fazer isso.

Virando-se, afundou os dedos nos cabelos e dançou,


mantendo o olhar sobre o dele. O olhar de Devil viajou para cima
e para baixo do seu corpo, parando em seus seios. Ela,
realmente, gostava da plenitude deles, especialmente quando
ele gostava de brincar com ela. Durante um filme inteiro, ela se
sentou entre as suas pernas enquanto ele acariciava seus seios.

Ele a deixava louca quando ficava feliz só por manusear o


que era dele.
Ela desabotoou a calça jeans, girando de costas para ele,
mostrando a bunda. Lexie ouviu ele gemer quando ela abaixou
calça e, em seguida, a chutou para o lado. Usava uma calcinha
de renda.

Aproximando-se, permitiu que ele a tocasse na bunda.


Pegando suas mãos, ela as correu para cima e para baixo do seu
corpo. Esta não era uma dança no palco, e ela precisava do seu
toque para mantê-la no lugar.

Quando ele foi tocar seus seios, ela o deteve, afastando-se


e balançando a cabeça.

—Esta foi uma má ideia do caralho—, disse ele,


resmungando.

Sorrindo, balançou a cabeça, dançando a próxima música.


Vários segundos se passaram, e ela puxou a camiseta, dando-
lhe um vislumbre do sutiã de renda que usava. Seus mamilos
estavam em plena exibição e facilmente visíveis através do
tecido fino.

Olhando para baixo, viu a clara evidência da excitação dele.

Ela puxou a camisa sobre a cabeça, escondendo o peito da


sua vista.
—Provocadora do caralho—, disse ele.

—Isto foi o que você quis.— Apontou-lhe a verdade. Lexie


não merecia qualquer reprimenda, absolutamente. Ela estava,
simplesmente, seguindo suas ordens. Não tinha dado muita
escolha a ela.

Ela não podia negar a excitação, porém, de dançar só para


ele.

Aproximando-se, alcançou as costas, abrindo o sutiã.


Colocou as mãos em concha sob os seios, oferecendo-os para
ele.

—Caralho, você é completamente diferente.— Passou a


língua sobre os mamilos, e ela gritou com a sensação da língua
em sua pele ultrassensível.

Arqueando-se, sentiu suas mãos apertando sua bunda,


esfregando-a contra o seu pênis. Ele estava grosso, duro e
latejante.

Seu desejo de fazer outra coisa fez com que pulasse para
fora de seu colo.

—A dança acabou.—
Caiu de joelhos, alcançando o botão da calça de couro.
Juntos, trabalharam para tirar o pênis dos limites apertados que
o prendiam. Ele estava alongado e grosso. A ponta do pau
vazava seu pré-sêmen.

Sorrindo para ele, lambeu a ponta da mesma forma que ele


lambia seus mamilos.

—Porra.— Ele xingou, afundando os dedos no seu cabelo


enquanto ela continuava a lamber o sêmen da pequena fenda na
ponta. Ele não empurrou o pênis na sua boca. Devil esperou,
pacientemente, que ela o tomasse na boca.

Seus dedos eram gentis, enquanto lambia ao longo da veia


grossa e pulsante. A música mudou, e ela a ignorou. Continuou
ajoelhada no chão, sugando o pênis na boca. Tomando a ponta,
primeiro, foi levando mais e mais dele para dentro, até que já
tinha engolido mais da metade do seu pênis.

Era muito para ela aguentar de uma vez. Devil assumiu o


controle, puxando seus cabelos, puxando para fora e
empurrando para dentro da sua boca. Seu pênis foi revestido por
sua saliva, o que não pareceu incomodá-lo, absolutamente.
Ela manteve a boca aberta enquanto ele fodia sua boca,
impiedosamente. O impulso era profundo, mas não a ponto de
fazê-la querer vomitar.

Olhando para ele, viu o prazer brilhando nos seus olhos.

—Não, eu não quero gozar nessa boca do caralho.— Puxou


o pênis para fora e a levantou para beijá-la. Ela gemeu quando
ele enfiou a língua em sua boca.

Com movimentos rápidos e fáceis, ele a virou para a cama,


colocando-a sobre os joelhos. —É assim que eu quero passar os
meus dias.—

Lexie engasgou. Os dedos dele sondaram sua vagina,


deslizando através da sua fenda, lambuzando os dedos com seus
fluidos, antes de acariciar o clitóris. Sabia, exatamente, como
tocá-la, para conseguir o que queria.

Fechando os olhos, ela gemeu quando sua outra mão


acariciou sua bunda.

Em diferentes movimentos, tocava sua vagina ao mesmo


tempo em que passava um pouco do seu lubrificante até o seu
ânus. Ela ficou tensa, mas ele acariciou seu clitóris, fazendo-a
esquecer de todo o resto.
—Merda, eu não consigo esperar.—

Seu toque desapareceu e, então, ela gritou enquanto seu


pênis encontrava sua entrada e invadia, até a base, o seu
interior. Sem chance de ter colocado uma camisinha em um
tempo tão curto. Lambendo os lábios ressecados, ela gemeu
enquanto seu pênis parecia criar vida própria dentro dela.

Agarrando os lençóis sob seu corpo, imaginou como,


diabos, ia sobreviver àquela foda severa. Ele tinha o poder de
fazê-la derreter, e não havia nada que pudesse fazer para
impedir a marca da sua posse.

****

Caralho, poderia se acostumar com essa porra. Fechando


os olhos, Devil rangeu os dentes enquanto esperava que as
ondulações da sua vagina parassem. A cadela ia matá-lo, neste
ritmo. Segurando em seus quadris, sentiu o pau se contorcendo.

—Fique parada—, disse ele, batendo na bunda dela.

A marca vermelha da sua mão se destacava, em contraste


com todo o resto do corpo. Não havia nada que essa mulher
fizesse que não o fizesse pensar em foda??
A música ecoava pelo quarto criando uma batida pulsante e
estável. Olhando para baixo, acompanhando a linha das suas
costas, achou profundamente erótico ela estar completamente
nua, enquanto ele estava completamente vestido. Seu pênis se
destacava na abertura da sua calça, agora, enterrado, sem
camisinha, na sua boceta apertada. Ele estava indo para o que
foi nomeado por ela como o lugar especial deles no paraíso.
Devil, com certeza, sentia como se estivesse no paraíso, dentro
dela.

Estendendo a mão debaixo dela, deslizou os dedos pela


fenda molhada, revestindo-os, ainda mais, com o seu gozo. A
dança que ela lhe dera tinha sido pura perfeição. Adorava
assistir seu corpo se mexer, o balanço dos seus seios, o rebolar
dos seus quadris, tudo isso o excitava. De maneira nenhuma iria
deixá-la dançar em público, novamente. Só ele ia ter o privilégio
de vê-la dançar. Quanto mais pensava sobre tudo o que ela
sacrificou, mais difícil era para ele se afastar. Todos aqueles
anos atrás, quando o Snitch tinha pressionado o cano de uma
arma na sua cabeça, tinha estado pronto para morrer. Na
verdade, acolheu aquilo com prazer.

Devil sabia que a única coisa que o manteve vivo tinha sido
o fato de que não tinha nada a perder. Ele, realmente, não se
importava se estava vivo ou morto. Nada poderia impedir o cara
de matá-lo, além do medo que Devil ia puxar o gatilho sem se
preocupar se, na próxima inspiração, estaria morto.
Depois que o Snitch afastou a arma, sorrindo, Devil tinha se
abaixado, agarrando a menina. Ele a tinha levado para fora de
Fort Wills, longe da vida miserável que esperava por ela, em
casa. De vez em quando, fazia algumas ligações, certificando-se
que ela estava segura e bem cuidada. Na sua última ligação,
descobriu que ela era uma mulher casada com três filhos
adolescentes. Ela lhe agradeceu pela vida que tinha dado a ela.

Afastando esses pensamentos, Devil olhou para o seu pênis


dentro do corpo da Lexie. Ela não se moveu desde a palmada
que ele deu no seu traseiro. Acariciando seu clitóris, esperou por
seu próximo movimento. Não demorou muito para que fosse
abençoado com um empurrão contra ele. Uma vez que começou
a se mover contra o seu pênis, perdeu a noção de todo
pensamento sobre qualquer outra coisa.

Sua boceta se contraiu em volta dele, e ele se sentiu uma


nova onda de gozo envolvê-lo. A sensação era magnífica pra
cacete.

—Goze para mim, baby—, disse ele, inclinando-se para


beijá-la nas costas.

Acariciando seu clitóris, lentamente, se retirou da sua


vagina, apenas para deslizar, novamente, para dentro. A cada
vez, sentiu a ponta bater no colo do útero, fazendo-a gemer.
Sua mulher amava uma pequena pontada de dor.

Alcançando o clitóris, correu os dedos sobre ele,


prolongando seu prazer.

—Por favor, Devil. Não me provoque.—

—Você está falando com o diabo, bebê. Tudo que faço é


provocar.—

No entanto, queria fazer mais do que isso com ela. Suas


provocações cessaram, e ele começou a acariciar o clitóris.

Seu orgasmo se aproximava. Ele ouviu seus suspiros junto


com o aperto da sua vagina.

Fechando os olhos, ele a enviou até o limite, ouvindo e


saboreando os sons do seu orgasmo. Lexie o deixava ter tudo,
sem reservas.

Quando ela terminou, ele agarrou seus quadris e se retirou


do seu calor, só para golpear, novamente, para dentro. Ele era
implacável enquanto a fodia implacavelmente. No meio de tudo
isso, olhou para o buraco apertado do seu ânus.
Puxando para fora dela, deslizou dois dedos para dentro da
sua vagina, deixando-os escorregadios. Uma vez que estavam
molhados, substituiu os dedos pelo seu pau, mais uma vez.

Deslizando os dedos molhados contra a bunda dela,


pressionou-os no seu buraco enrugado. Ela ficou tensa, mas ele
manteve os golpes, esperando que ela relaxasse. A última coisa
que queria, era machucá-la.

Devil queria dar a ela o mundo inteiro. Nenhuma mulher,


nem mesmo a mulher do Lash, já havia inspirado esses
sentimentos bons dentro dele. Por um longo tempo, as mulheres
haviam se tornado, apenas, uma foda. Elas lhe davam a
liberação necessária para o seu corpo e, por isso, dava a elas
dinheiro ou um pouco de prazer.

— Devil?— Olhou por cima do ombro, para ele.

—Não se preocupe com nada, baby. Não faria nada que


pudesse machucá-la.— Acariciando a base das costas dela,
voltou o olhar para os seus dedos. Usando a ponta do dedo
indicador deslizou a ponta para dentro, seus músculos lutando
para mantê-lo fora.

No início da semana, já tinha pego um lubrificante na sex


shop perto da boate de strip. Ele o guardou em uma das gavetas
ao lado da cama. Devil não estava com vontade de sair da sua
vagina. O desejo de enchê-la com o seu esperma era
fodidamente forte, o que o surpreendeu. Nem se incomodou em
comprar qualquer preservativo, e o pensamento da Lexie
tomando a pílula do dia seguinte o irritou.

De maneira nenhuma, ela ia matar o seu bebê. Não


deixaria. Devil se recusava a deixá-la, sequer, pensar nisso.

—Você sente a queimadura, Lex?— Ele perguntou, indo


mais fundo na sua bunda. Fez uma pausa no movimento,
querendo que ela desejasse aquilo, também.

—Sim.— Ela choramingou, mas lentamente, seu corpo


começou a relaxar, cedendo ao que ele queria fazer.

Sorrindo, triunfante, fodeu sua bunda e a vagina ao mesmo


tempo, trabalhando ambos os buracos, em conjunto.

Lexie logo assumiu, empurrando de volta contra ele,


implorando por mais.

Houve uma batida na porta, interrompendo-os.

Devil fez uma pausa, enquanto ouvia alguém tentando abrir


a porta. —Que merda você quer?— Perguntou.

—Eles querem mais hambúrgueres—, disse Judi.


Ele sentiu a Lexie ficar tensa ao ouvir o som da voz da Judi.

—Eles me disseram para vir lhe perguntar, porque você não


ia arrancar a minha cabeça como faria com a deles.—

Seus homens estavam fodidos. Enviaram uma adolescente


para fazer o trabalho de um homem.

—Estão na geladeira—, disse a Lexie, gritando para a Judi


ouvir.

—Ok, vocês querem algum?— Perguntou a Judi.

Passando a mão pelo rosto, Devil, realmente, se sentiu


corando. Com o seu pau na boceta da Lexie e o dedo na bunda
dela, não podia acreditar que estava conversando com a menina
pela porta do quarto.

Esperava que ela não tivesse ouvido eles transando, por


muito tempo.

—Sim, certifique-se de nenhum daqueles imbecis vá


embora, também.—

—Pode deixar. Divirtam-se.—


Ele ouviu a Judi indo embora, cantarolando para si mesma.
Seu pênis não tinha perdido nenhuma dureza.

Lexie deu uma risadinha. —Espero que ela não tenha


ouvido nada.—

—Eu também.— Esfregando suas costas, esperou seu


coração desacelerar por causa da interrupção. —Os caras
fizeram isso de propósito.—

—O que você vai fazer?— Ela perguntou, olhando para ele.

—Vou chutar cada uma daquelas bundas secas.—

Ela riu. —Ela está muito melhor.—

Ele balançou a cabeça. Devil ficou impressionado com a


atitude de Judi. Nenhum deles sabia quanto tempo ela estava
trabalhando nas ruas ou quanto tempo Rob manteve suas garras
sobre ela. Devil, realmente, não queria saber a resposta. Tinha a
sensação que, uma vez que soubesse a verdade, não haveria
nenhuma maneira que ele pudesse deixar o Rob vivo.

Agora, precisava manter a paz. Jerry lhe prometeu que o


Rob ia parar de ser tão importante, uma vez que falasse com o
merdinha.
Tudo isso podia esperar. Empurrando o dedo dentro bunda
da Lexie, agarrou seu quadril e começou a movimentar o pau
dentro dela.

—Juntos, vamos trabalhar em limpar aquilo tudo da mente


da Judi—, disse ele. —A criança merece um pouco de paz e
felicidade, e nós vamos ver isso acontecer.— Fechou os olhos,
pensando na Lexie ao seu lado. A imagem o fez seguir com a
transa. —Primeiro, vou te foder até enchê-la com o meu sêmen,
então iremos para o churrasco.—

Puxando para fora da sua boceta, assistiu o pau deslizar


direto para dentro, novamente. Trabalhando o dedo na bunda
dela, fez o mesmo, manipulando o seu corpo, possuindo-a.

Suas bolas se contraíram, e ele soube que era apenas uma


questão de minutos antes de encontrar sua libertação. Empurrou
um segundo dedo dentro do seu rabo, abrindo-o um pouco mais.
Lexie gemeu, mas não lutou com ele. Ela se apertou contra ele,
e Devil não conseguiu parar enquanto segurava seu quadril mais
forte do que nunca e golpeava dentro dela.

Mais e mais, bateu seu pênis profundamente. Seu gemido


se tornaram gritos plenos, ecoando nas paredes. O prazer se
intensificava a cada segundo.
Devil mergulhou dentro dela, uma última vez, quando ela
gozou pela segunda vez. Seus gemidos se misturavam, e sua
vagina engoliu cada gota do seu esperma. Quando terminaram,
ambos tinham uma boa camada de suor sobre a pele.

Removendo os dedos do seu cu, foi para o banheiro,


lavando as mãos e voltando com um pano. Lexie desabou sobre
a cama.

—Não consigo me mover.—

—Você consegue, baby.— Limpou a bunda dela, removendo


o excesso de sêmen que estava pingando da sua vagina.

Ela colocou a roupa e, juntos, caminharam em direção ao


churrasco. Devil ficou de mão dada com ela, mesmo quando
pegou uma cerveja. Os homens notaram o sinal de posse, mas
não deu a mínima. Seus sorrisos, no entanto, lhe agradavam.

Pelos olhares em seus rostos, soube que estavam felizes


por ele se acalmar.
Capitulo 9

Lexie se sentiu, realmente, corajosa. Não sabia como


conseguiu continuar fodendo com o Devil enquanto a Judi
perguntava sobre os hambúrgueres e, depois, descer e encarar a
outra garota. Com o Devil segurando sua mão, percebeu que ele
não lhe daria muita escolha. Ele lhe entregou uma cerveja, que
ela aceitou. Tomou alguns goles, não querendo perder a cabeça
com nada.

Os homens todos estavam lhe dando olhares espertinhos.


Ignorá-los não era uma opção. Então, Devil agarrou a parte de
trás do seu pescoço, puxou-a para mais perto, e reivindicou sua
boca.

Ela o ouviu murmurar as palavras —Senhora— aos seus


homens. Lexie não tinha certeza do que as palavras
significavam, mas a provocação deixou seus olhares,
rapidamente. Franzindo a testa, viu algo semelhante a respeito
dentro deles.

Apertando a mão dele, deixou seu lado para procurar a


Judi. A menina mais nova estava estudando seu livro,
escrevendo notas, tomando um pouco de suco. Ela parecia tão
malditamente jovem. Seu olhar vagou para cima, para encontrar
o da Lexie. Judi, simplesmente, sorriu para ela. Não havia
condenação em seu olhar, ou julgamento.

—Ei—, disse Judi.

—Ei.—

—A comida está sumindo, rapidamente. Os rapazes do


Devil sabem comer. Da próxima vez, acho que você deve
comprar o dobro.—

Olhando para a churrasqueira, viu que o Curse tinha


assumido o encargo de assar mais hambúrgueres. A pilha de
pães sobre a mesa havia diminuído muito, também. Lexie fez
uma nota para comprar mais para o próximo churrasco.

—Como você está indo?— Perguntou, voltando sua atenção


para a Judi.

—Estou bem. Acho que vou acertar a maior parte das


questões de História do teste. Vou lutar com a matemática, no
entanto. Nunca fui muito boa em matemática.— Ela sugou o
suco da caixinha.

—Realmente, sinto muito sobre o que você ouviu—, disse


Lexie. De jeito nenhum, deixaria nada por dizer ou inacabado,
com a Judi. Ela realmente gostava de ter a outra menina por
perto.

—Não ouvi nada de ruim, Lex.—

Notou que o Devil e a Judi a chamavam por Lexie ou Lex,


dependendo do seu humor. Estava a jovem tentando fazê-la se
sentir à vontade?

—Olha, de verdade, sinto muito. Sei que deve ser difícil


para você, depois de tudo o que aconteceu.—

Judi deixou o livro cair, um olhar carrancudo dirigido à


Lexie. —Você gosta do Devil?—

—O quê?— Perguntou Lexie.

—O Devil, você gosta dele?—

Olhou para onde ele estava. O Simon estava em seus


braços, olhando ao redor do jardim. Era como se o Devil sempre
tivesse estado lá. Simon o aceitou mais rápido do que a Lexie
compreendia. Será que o menino sabia que o homem era o seu
pai?

—Sim, eu gosto dele.—


—Não sei tudo o que aconteceu, mas sei que o Simon não é
seu filho.— As palavras da Judi feriram a Lexie profundamente.
Sabia que a Judi não estava sendo cruel com suas palavras,
falava somente a verdade.

—Ele é meu, humm, ele é filho da minha irmã.—

—Devil não se importa com ela, Lex. Posso ver a forma


como ele olha para você. Vocês são tão certos um para o outro.
Espero que você possa ver isso.—

Rapidamente, olhou para trás, para ver o Devil olhando


para ela. Levantando a cerveja, viu que ele levantou uma
sobrancelha antes de olhar para baixo, pelo seu corpo. Sentiu o
toque do seu olhar sem igual. O calor dentro das suas
profundezas, a lembrou que, menos de uma hora atrás, ele
estava bombeando dentro dela, dando-lhe um dos orgasmos
mais incríveis que já tinha sentido.

Voltando-se para a Judi, viu o sorriso da jovem garota. —


Veja, ele é adorável.—

—Acho que você é a única que conheço, que sabe quem ele
e a sua gangue são e o vê como adorável.— Colocando uma
mecha do cabelo atrás da orelha, sorriu para a jovem.
—Ele fez por mim o que ninguém jamais fez, antes. Ele
lutou por mim. Nunca imaginei como seria isso.— Judi olhou
para os seus livros. —Pensei que a minha vida tinha acabado. O
Rob...— Ela parou de falar para passar a mão pela lombada do
livro. —Ele tirou tudo de mim. Me fez sentir como se fosse a
escória.— As lágrimas brilharam nos olhos da Judi. —Eu não
tinha ninguém, apenas ele e as surras que gostava de me dar.—

Lexie não conhecia a verdade por trás do que tinha


acontecido. Perguntou à jovem por que Rob estava batendo
nela.

—Ele me levou para uma dessas casas.— Apontou para


cima e para baixo do jardim.

—Nesta rua?— Perguntou Lexie, chocada.

—Sim. Um dos homens queria um pouco de diversão.


Quando ele me viu, perguntou quantos anos eu tinha. Ele não
gostou da minha idade e me chutou para fora da casa. Pelo que
pude ver, ele começou a bater no Rob, nas costelas, e não no
rosto. Disse-lhe para me levar embora e aprender o que
mulheres de verdade, eram. Não sabia o nome dele. Em
seguida, quando voltamos para o bloco de apartamentos, fui
tomada por três homens diferentes, dentro de carros. Todos eles
queriam algo diferente, mas se recusaram a pagar. Rob queria o
seu dinheiro. Ele sempre, somente, queria o dinheiro que eu
ganhava.—

—Você viu algum, do seu próprio dinheiro?— Perguntou


Lexie.

—Não. Ele pegava tudo. Eu tinha direito a uma sacola de


comida por semana. Não era permitida qualquer outra coisa.—
As lágrimas escorregaram dos olhos da Judi. —Acho que não
posso fazer isso.— Movendo-se para a espreguiçadeira na qual a
Judi estava sentada, Lexie puxou a jovem para os seus braços.

—Nós temos você, e nada, jamais, vai acontecer.— Ela a


segurou firmemente. Nenhum dos homens se aproximou,
embora estivessem observando a interação. Devil se moveu um
pouco mais para perto, mas não se aproximou muito.

—Como eu posso ir para a escola? Todo mundo vai saber o


que eu era. Eu posso ter estado com os seus pais. Ou seus
amigos.— Soluçando, sua voz ficou mais alta.

—Venha. Vamos entrar e ter alguma privacidade.—


Levantando-se, Lexie ajudou a Judi a entrar em casa. Os
homens as observaram. Devil parecia pronto para cometer um
assassinato. Ele era realmente um fofo, contanto que ninguém
despertasse o seu lado mau.
—Não me importei com o que ouvi de você e do Devil.
Parecia que vocês estavam se divertindo—, disse a Judi.

Sentando-a no balcão da cozinha, Lexie pegou outro suco


de frutas da geladeira. Fez uma pausa, olhando para a outra
mulher.

—Você sabe o quanto desejei algo assim? Já estive com


mais de uma centena de homens, e não tenho, nem mesmo,
dezoito anos.—

Lexie não disse nada. Ela esteve com dois homens em toda
a sua vida.

—Como você sabe o número?— Perguntou Lexie.

—Eu contei.—

—Nós vamos passar por isso juntas, querida.—

—Qualquer um que atacar o seu nome vai ter que enfrentar


todos nós—, disse o Devil, entrando na cozinha. —Os homens
mandaram fazer isso para você.— Ele levantou uma jaqueta de
couro, pequena. Lexie sorriu quando leu o que estava impresso
nas costas: Princesa Chaos Bleeds. —Você é uma de nós, e
cuidamos da nossa gente. Levante-se.—
Judi foi até o Devil e colocou a jaqueta.

—Aí está, ninguém vai se meter com você. Eu fico com


muita raiva quando não seguem minhas ordens. Apenas
observe. Você é um membro da Chaos Bleeds.—

Lexie se apaixonou pelo Devil, logo em seguida. Já gostava


dele, mas, nesse momento em que estava sendo tão bom para a
Judi, realmente se apaixonou por ele. Ele era tão doce e terno.

Em nenhum momento, o resto dos meninos tinha forçado a


Judi. Observando-os com ela, Lexie podia dizer que eles a faziam
se sentir como uma princesa.

Devil pegou várias cervejas da geladeira.

—O que você está fazendo?— Perguntou ela, lavando os


pratos. O churrasco tinha terminado há muito tempo, e o sol
estava se pondo. O amarelo alaranjado, de cor intensa, estava
colorindo o céu.

—Levando algumas cervejas para os rapazes. Eles vão


passar a noite aqui—, disse ele, puxando-a para perto, para
pressionar seus lábios nos dela. —Você vai ficar comigo. Vamos
lá para fora.—

Simon tinha dormido, e a Judi estava no seu quarto, lendo.


Indo lá para fora com o Devil, se sentou no seu colo
enquanto os homens começavam a jogar cartas.

—Vocês são todos um bando de maricas—, disse o Devil.

Lexie riu, sabendo que ele estava esperando o momento


certo para dizer aos seus homens, o que ele pensava.

—O quê?— Perguntou o Ripper.

—Enviando uma menina para fazer o seu trabalho. Eu não


sabia com que tipo de covardes me juntei—, falou Devil.

—Nós não estávamos errados. Você teria nos castrado por


interferir com o seu divertimento.— Isso veio do Curse.

Eles conversaram entre si, enquanto a Lexie pensava sobre


a jovem, na casa. —Você foi muito bom com a Judi hoje—, disse
ela, quando eles pararam de discutir.

—Ela é uma criança doce. O bastardo tomou muito dela.—


Seus dedos acariciaram ao longo da sua coxa. O jeans não
impediu o prazer que experimentou com o seu toque.

—Você ouviu o que ela disse sobre um dos homens que a


queria, aqui nesta rua?— Ela perguntou.
—Sim, ouvi. Também ouvi que ele não fez nada com ela. O
homem estava à procura de uma mulher e o Rob lhe entregou
uma menina. Judi já passou por muito, e acho que é hora dela
saber como é ser uma criança. Não vou causar problemas para
ela, mas não vou agir como se isso não tivesse acontecido.—
Sua mão se moveu mais para cima da sua coxa. As pontas dos
dedos roçaram a vagina com seu toque.

—Ela é uma garota de sorte—, disse Lexie, descansando


contra ele, quando a conversa acabou. Ele manteve um firme
aperto sobre ela, ao final de tudo.

Durante a hora seguinte, tentou não gemer em voz alta


quando o seu toque se tornou mais ousado, fazendo isso,
descaradamente, na frente dos seus homens. Nenhum deles fez
nenhum comentário, mas ela os viu observando.

—Então, rapazes, o que acham de ficar em Piston


County?— Perguntou.

Lexie ficou tensa, imaginando se estava prestes a começar


a ouvi-los discutindo sobre a estadia.

—O clube está quase pronto. Posso nos ver criando raízes.


Não acho que deveríamos nos afastar da Judi, e ela é uma de
nós, agora—, disse o Curse. —Estou pronto para ficar por aqui,
perto do Vincent.—

Vários outros homens expressaram seus pensamentos


positivos. Ela se sentiu tonta com suas palavras. Devil ia ficar.

Você está se apaixonando.

Não, não estava se apaixonando, caralho. Ela já o amava.

—Então, vamos ficar.— Devil a levantou do seu colo,


terminando a cerveja. Seu braço ainda estava em volta da sua
cintura. —Mantenham-se quietos e não bebam demais. Não
quero incomodar a Judi.—

—Cara, nós vamos ser fodidamente doces, por você—,


disse o Death.

Ela não queria saber por que eles tinham aqueles nomes.
Death parecia demasiadamente assustador.

—Bom. Vejo vocês de manhã.— Devil manteve o braço ao


redor dela enquanto se dirigiam para casa.

****
Devil acariciou sua barriga, enquanto caminhavam até o
andar de cima. Lexie não o afastou e ele manteve um firme
aperto sobre ela. Seu corpo era tão suave contra ele. A maneira
como ele agiu com a Judi fez com que se orgulhasse pra caralho.
Ela não feriu a outra menina, mas a abraçou como se fossem
irmãs. Havia momentos em que sentia que a Lexie era muito
mais velha do que, realmente, era. A única maneira com a qual
podia pensar em descrevê-la, era como muito maternal.

Assim como com o Simon e a Judi, Lexie era natural ao se


preocupar com todos. Ele observou seu trabalho na cozinha, na
limpeza da casa e lidando com as crianças. A casa estava
perfeita, e ele se viu acalmando, apenas ao olhar para ela.

Fechando e trancando a porta, ele a girou em seus braços.

—Você tem algum problema com a gente ficar por perto?—


Perguntou. Ele a sentiu ficar tensa quando perguntou isso aos
meninos.

—Não, não tenho nenhum problema com isso.— Colocou os


braços em volta do pescoço dele, puxando-o para baixo. —Na
verdade, eu gosto. Gosto muito disso.— Seus lábios cobriram os
dele, e Devil percebeu que era a primeira vez que ela tomava a
iniciativa de beijá-lo. Segurando sua bunda cheia, esfregou o
pênis contra sua vagina.
—O que deu em você?— Perguntou.

—Nada. Só percebi que gosto de você.— Beijou a bochecha


até o pescoço. Tirou sua jaqueta, em seguida, a camiseta. —Eu
amo suas tatuagens.—

Seus dedos roçaram o peito dele, em seguida, os braços,


antes de parar, em volta do seu pescoço. Acariciando seu rosto,
se moveu, para afundar os dedos no seu cabelo. As mechas
escorriam pelas costas. Acariciando sua extensão, ouviu seu
suspiro e suas pupilas se dilataram.

—Adoraria ter meu nome tatuado sobre este corpo


exuberante e firme.— Puxou a camiseta dela. O tecido rasgou
com a força do seu aperto.

Ela gritou. —Você está arruinando minhas roupas.—

—Se não tivéssemos visita, você estaria andando nua por


aí, todo dia.—

Os lábios dela encostaram no seu peito enquanto suas


mãos abriam o jeans dele. Soltando seu cabelo, tirou o sutiã
dela, deixando os seios amplos, livres. Devil era viciado nas
tetas dela. Porra, era viciado em todo o seu corpo. As curvas
cheias estavam, praticamente, implorando para serem tocadas.
Lexie caiu de joelhos, na frente dele. Abriu a calça jeans,
puxando o tecido para baixo das suas pernas. Chutou-as para o
lado junto com as botas. Devil nunca usava cueca. Não gostava
da sensação do tecido em volta do seu pênis.

Ela colocou os dedos em torno do seu pau e, com a outra


mão, tocou as bolas. Rangendo os dentes, se controlou para não
agarrá-la, arremessá-la na cama, e golpear sua boceta apertada
e quente. Devil tinha outros planos. Todo o dia, tinha estado
admirando sua bunda e, anteriormente, tinha controlado a
necessidade de sentir aquele rabo apertado em volta do seu
pênis.

—O que você vai fazer, baby?— Perguntou.

—Você é tão grosso e grande.— Seus dedos correram


desde a base até a ponta do seu pênis. Ele tocou as longas
mechas do seu cabelo enquanto ela olhava para a sua vara.

—Você vai ficar só olhando para mim o dia todo, ou vai,


finalmente, dar um bom uso para esses lábios?—

Seu punho apertou em torno do seu eixo, fazendo-o gemer.


O aperto em suas bolas permaneceu o mesmo. Ela ainda usava
a calça jeans, que era muita roupa para o seu gosto.
—Bem, se tudo o que você vai fazer é olhar, então acho
que é hora de dar o pontapé inicial.— Agarrando seus braços,
levou-a até a cama, jogando-a em cima dela. Ela pulou, gritou, e
ele rasgou a calça jeans antes que ela tivesse chance de lutar
com ele.

—Você está louco—, disse ela, rindo.

A calcinha se foi, com o jeans. Levantando sua pélvis até a


boca, cobriu sua vagina, chupando seu clitóris. Ele a ouviu gritar.
Lambendo o clitóris, sugou-o dentro da boca. O sabor dela
explodiu em sua língua. Ele gemeu, movendo a língua enquanto
enfiava um dedo dentro dela.

Ela enrolou as pernas em volta do seu pescoço, e ele


adorou sua vagina.

—Caralho, por favor, Devil, deixe-me gozar.—

Acariciou seu clitóris, deixando-a cada vez mais perto do


orgasmo, a cada segundo.

Sua vagina apertou os dedos dele. Dobrando-os dentro


dela, acariciou seu ponto G. Ela gritou, e ele lambeu sua vagina.
Ela gozou em poucos segundos, revestindo seus dedos com seu
fluido. Continuou lambendo, até que ela não aguentou mais.
Abaixando-a na cama, ele a soltou para pegar o lubrificante na
gaveta. Colocou o tubo em cima da mesinha para que pudesse
pegá-lo com facilidade.

Lexie se sentou na cama, sorrindo para ele. O sorriso era


tão doce, porra, que o golpeou no coração. Esta mulher ia ser a
morte dele, se não fosse cuidadoso. Seu dedo acariciou o peito
indo em direção ao seu pênis. Sentiu o sangue deixar seu
cérebro quando inundou seu pênis. Olhando para baixo, viu a
evidência latejante. Devil estava muito perto do limite.

—Você não pode me provocar, baby. Lembre-se, eu sempre


vou retribuir.—

Ela desceu da cama, tomando sua mão quando o fez. Ela o


virou sobre a cama, empurrando-o para uma posição sentada.
Ele abriu as pernas dando-lhe bastante espaço para se agachar,
para conseguir o que queria. Suas mãos corriam para cima e
para baixo, sobre suas coxas, tornando maior a sua necessidade.
Acariciando o cabelo sedoso, esperou que ela o tomasse.

Devil não teve que esperar muito tempo. Lexie tomou a


ponta do pênis entre os lábios. Lambeu a ponta, engolindo seu
pré-sêmen. Em breve, o sugava, tomando mais e mais em sua
boca. Fechando os olhos, apreciou a sensação da sua boca
quente e molhada, envolvendo-o.

—Foda-se, isso é muito bom—, falou.


Foi tomando mais dele, até que acertou o fundo da sua
garganta. Ele agarrou seu cabelo mais apertado, já que não
queria sentir seus engasgos no pênis. Não estava interessado
em machucá-la. Lexie não forçava a questão, levando, somente,
tanto quanto conseguia. Cobriu a base do seu pênis com a mão.
Seus lábios só foram até onde sua mão estava, em volta da
base. Ela trabalhou a boca e a mão ao mesmo tempo. O
movimento o deixou cada vez mais perto do orgasmo.

Ele sabia que não era assim que a noite ia acabar. Devil
tinha seus planos cimentados e nenhuma quantidade de pau
chupado ia mudar isso.

Quando teve o suficiente, afastou-a do seu pau e a colocou


de volta na cama, de quatro. Ela olhou para ele, sorrindo. —Acho
que você tem uma coisa para a minha bunda.—

Devil bateu na bochecha arredondada e ouviu seu grito. —


Eu amo sua bunda, baby, mas lembre-se que prometi que ia
possuir sua boceta, sua boca e sua bunda. É hora de reivindicar
o seu rabo.—

Abriu o tubo de lubrificante que colocou em cima da


mesinha. Seu eixo pendia para fora, vermelho e latejante. Devil
revestiu o pênis com mais da metade do tubo de lubrificante. Os
filmes pornôs erravam quando você só via o cara cuspir na mão
ou a mulher salivando sobre o seu pau. Em toda a sua
experiência, a abundância de lubrificação era determinante para
fazer sexo anal.

Com a outra metade do tubo, esguichou o restante na sua


bunda. Ela engasgou quando o lubrificante provocou uma leve
sensação de frio.

—Vou aquecê-lo para você, baby. Prometo.— Jogando fora


o tubo vazio, concentrou seus esforços na bunda dele.
Deslizando os dedos através da fenda, revestiu os dedos com o
lubrificante antes de pressionar mais, dentro da sua bunda.

Ela ficou tensa em torno dele, mas não desistiu, deslizando


os dedos profundamente. Uma vez que ela tinha tomado
bastante dos seus dedos, pressionou a cabeça do pau na sua
bunda. Os músculos tensos o impediram de ir mais longe.
Pressionando mais contra sua bunda, esperou ela relaxar. Depois
que vários segundos se passaram, Lexie, finalmente, relaxou o
suficiente para que ele deslizasse a ponta para dentro. Voltando
as mãos para os seus quadris, afundou o pênis no seu rabo,
apertado e quente.

Seus gemidos se misturavam, ecoando nas paredes. Ela


caiu sobre a cama, somente a metade inferior levantada sobre
os joelhos.
—Como está se sentindo, baby?—

—Selvagem do caralho. Você está fodendo a minha


bunda.—

Ele riu, mantendo o controle sobre seus quadris.

—Assim sou eu, e a transa está prestes a ficar muito mais


selvagem.— Se retirou da bunda dela, observando seu pau
aparecer. Sem esperar que se acostumasse a não estar dentro
dela, penetrou-a novamente. Ela gritou. Sua bunda apertou em
volta dele.
Mais e mais, fodeu seu rabo, o tempo todo querendo
marcar o corpo dela com seu pênis. Se sentiu possuído pela
necessidade de transar com ela mais forte.

—Toque seu clitóris—, falou. —Quero sentir você gozar.—

Sua mão desapareceu entre eles. Sentiu a mudança no seu


corpo no instante em que ela começou a passar o dedo no
clitóris. Era diferente de tudo que ele já havia sentido. Marcá-la
não era suficiente, e se sentiu como um maldito bruto por causa
do sentimento de posse que fluía através dele.

Depois de alguns minutos brincando com sua vagina, ela


gozou, e sua bunda se apertou, mais ainda, em torno dele.
Fechando os olhos, empurrou para dentro dela uma última
vez, sentindo o orgasmo se derramar sobre ele. Caiu sobre ela,
ofegante.

Em seguida, como uma onda gigante, Devil percebeu o que


estava sentindo por ela.

Devil estava apaixonado por Lexie Howard.


Capitulo 10

Na sexta-feira à noite, na semana seguinte Lexie estava na


casa da Phoebe. Tinha se aproximado da outra mulher nas
últimas semanas, e trabalharam incansavelmente para deixar o
clube, novamente, em bom padrão, para os meninos. Judi ia
ficar ali, também. A enorme casa do Devil era grande demais
para qualquer um deles, quando ele não estava em casa. Lexie,
certamente, não estava acostumada com os ruídos e só
conseguia lidar com isso quando ele estava em casa. Ele havia
deixado a casa um par de horas atrás, dizendo-lhe que não
voltaria. Ela odiava quando ele a deixava sozinha. A última
semana, desde o churrasco, tinha sido uma espécie de conto de
fadas. Por muito tempo, não tinha acreditado em contos de
fadas ao passo que, agora, estava começando a pensar que,
talvez, realmente houvesse tal coisa. Não os castelos, princesas
e príncipes, mas algo mágico durante a vida, ao permitir que
outras pessoas fizessem parte dela.

Sentada no sofá, sorriu para Phoebe, que se aproximava.


Ela, realmente, gostava da outra mulher.

—As crianças estão na cama. Vincent está tendo algum


tempo com os seus irmãos. Tudo está bem no mundo. Pelo
menos, está tudo bem esta noite. Eu só posso desfrutar de tanta
calma—, disse Phoebe, servindo-se de um copo de vinho,
enquanto Lexie tomava um pouco de suco. Não se sentia com
vontade de beber cerveja, e nunca tinha sido de beber vinho.

—Sei o que você quer dizer. Parece tão estranho estar


sentada aqui, bebendo e me divertindo—, disse Lexie, sorrindo.
Sentia-se totalmente relaxada.

—Bem, só uma de nós está bebendo vinho. Você está me


decepcionando.—

—Eu nunca tive um gosto para a coisa.—

—Quando você tiver filhos como eu, e um homem como o


Vincent, vai considerar um copo de vinho um luxo.— Phoebe
tomou um gole do líquido. —Não é que eu seja uma bêbada
completa ou nada disso. Não bebo além de ocasiões especiais.—

—Eu acredito em você.—

—Graças a Deus.— Phoebe se sentou, descansando a


cabeça no encosto do sofá. —É bom ter outra mulher nesse
estilo de vida. Ser a Senhora do Vincent é um pouco solitário, às
vezes.—

—Senhora?— Tinha ouvido o Devil murmurar aquilo, às


vezes, mas nunca, realmente, disse a ela o que significava.
—Sim, a gangue tem várias mulheres, e aquelas com as
quais eles vão se casar, são chamadas de Senhora. Eu sou uma
Senhora. Então, tem as prostitutas e aquelas que saem com os
membros da gangue e estão sempre disponíveis para o sexo, e
sua principal função é agradar os homens. Vincent não vai ter
qualquer tipo de prazer com isso. Eu providencio isso para ele.
Estou sempre feliz em servir o meu homem.— Phoebe passou a
língua pelos lábios.

—No que diz respeito a essa divisão, você tem certeza que
eu sou a Senhora do Devil? Sou, apenas, a garota que cria o seu
filho.—

Phoebe deu um tapinha na sua mão. —Querida, Devil não é


o tipo de homem de ficar todo sentimental sobre essas merdas.
Ele está todo entusiasmado, mesmo. Se ele não te quisesse,
você não estaria vivendo na casa dele, fora dos limites para os
outros homens.—

—Eu não entendo.—

—Devil espalhou que você é a Senhora dele. Vai colocar


uma aliança no seu dedo, em breve e, acredite em mim, quando
digo que você não quer saber o que acontece nessas festas.
Aprendi desde jovem o que eu queria saber e o que não
queria.— Phoebe tomou um gole de vinho, afastando uma
mecha de cabelo do rosto. Era uma mulher tão bonita. Lexie não
sabia como ela, até mesmo, podia começar a compará-las.

Analisando a maneira com a qual o Devil a tratava, Lexie


sentiu todas as dúvidas evaporarem em torno dela.

—Quero saber o que acontece nessas festas. Não pode ser


tão ruim assim—, disse ela, tomando mais suco. Olhou para o
monitor do bebê, certificando-se que o Simon estava bem. Judi
estava muito melhor e usava sua jaqueta de couro com orgulho.
Devil não tinha errado. Nas poucas vezes em que tinha estado
na cidade com a Judi, as pessoas mantiveram distância delas.
Era como um repelente instantâneo em todos ao seu redor.

—Tudo o que acontece fica entre eles. Não fui a nenhuma


com o Vincent. A gangue estava sempre na estrada e nunca
ficava por mais de um ou dois dias, de cada vez. Acho que é por
causa do Vincent que eles nunca festejaram aqui, mas ele me
contou o que acontecia.— Phoebe parou para tomar um gole do
seu vinho. Lexie esperou, pacientemente, que ela explicasse
melhor. —Essas festas são, geralmente, cheias de mulheres,
bebidas e drogas. Vincent nunca ficou viciado, mas alguns dos
homens da gangue, sim. Devil não tem muitas regras, mas
também é rigoroso sobre o que aceita. Alguns homens precisam
disso para curtir, enquanto outros não.—
Lexie não tinha visto nenhum dos homens usarem nada.
Deviam ser, particularmente, discretos sobre isso.

—As festas são abertas para todo mundo. Estou deixando o


Vincent ir sozinho esta noite, pois é sua primeira festa em muito
tempo. Ele está em casa e é bom para mim. É o mínimo que
posso fazer. Oh, como sua Senhora, estou ciente da sua
verdadeira posição na vida. Você está aqui para servir o seu
homem, mas sei que é você que decide, se ele entra nessa ou
não. O Vincent não se perde, como também sabe que não ia
deixá-lo chegar perto de mim se ele, sequer, pensasse sobre
essa porra.— Lexie ouvia enquanto a Phoebe ia falando. Quanto
mais a outra mulher falava, mais difícil era para ela se
concentrar. —Terra para Lexie.—

Olhando para cima, viu que a Phoebe estava se preparando


para passar a mão no seu rosto. Sorrindo, descansou a cabeça
na mão dela. —O que está acontecendo? Desculpe, perdi alguma
coisa.—

—Você acabou ficando confusa, não é, querida?—

—Sim. É você que falou sobre prostitutas, garotas,


juntamente com essa tal de Senhora. É demais para mim, lidar
com tudo isso, no momento.—
—Devil não falou sobre isso com você?— Phoebe
perguntou.

—Não, nós falamos. Claro que falamos sobre tudo, mas ele
nunca, na verdade, me disse o que eu sou para ele ou para
aonde, supostamente, iremos a partir deste ponto. Parece,
apenas, insano que esteja vivendo com alguém, e nem sequer
faço a menor ideia do que isso significa.— Afastando o cabelo
para fora do rosto, sorriu tristemente para a outra mulher.

—Eu conheço o Devil, não tão bem, não me entenda mal,


mas bem o suficiente para saber que ele é louco por você. Quer
dizer, acho que ele é apaixonado por você. Completamente,
totalmente, apaixonado por você.—

Olhando para baixo, Lexie sorriu, desejando que ela


estivesse dizendo a verdade. Seus sentimentos por Devil tinham
mudado tanto. Não tinha a menor ideia de como tinha se
apaixonado por um dos homens mais perigosos que já conheceu.

—Não sei qual o meu lugar na vida dele.—

Phoebe suspirou, verificando o relógio. —Quer saber, por


que você não vai vê-lo? A festa não vai estar louca ou qualquer
coisa, ainda.—
—Não, eu não poderia ir até ele. Isso ia parecer muito
obsessivo.— Seu coração estava acelerado.

—Não pensei que você fosse o tipo de pessoa que


desistia.—

—Não sou.—

—Então vá até ele. Vá e lhe diga como se sente. Você ama


o Devil, não é?— Ela perguntou.

—Sim.— Ela o amava. Lexie o amava com todo seu coração


e alma.

—Vá até ele. Vá e pegue o seu homem.—

—Ok. O que eu faço?— Perguntou.

Phoebe lhe entregou as chaves do carro. —Pegue minhas


chaves e leve sua bunda até lá.—

Olhando para as chaves na palma da mão, Lexie deixou a


Phoebe cuidando do Simon e da Judi, enquanto assumia o
volante. Antes que pudesse começar a pensar sobre tudo o que
estava fazendo, Lexie estava na direção do clube. Extrapolando
os limites de velocidade, parou no estacionamento. Havia
motocicletas e alguns carros espalhados no local. A música era
muito alta quando ela saiu do carro.

Não desista. Leve a sua bunda até lá e descubra o que


significa para ele.

Phoebe já tinha prometido cuidar das crianças. Tudo o que


precisava fazer era lidar com o Devil e os seus supostos
sentimentos.

Entrando no clube se irritou rapidamente, quando viu


mulheres dançando sobre as mesas. Eram apenas algumas, mas
reconheceu-as do trabalho.

Ripper se aproximou, sorrindo para ela.

—O que você está fazendo aqui, doçura?— Perguntou.

—Eu quero ver o Devil. Onde ele está?—

—Não sei.—

Olhou fixamente em seus olhos, sabendo que ele estava


mentindo.

—Não me provoque.— Lexie o empurrou para fora do


caminho e foi em direção ao aposento que sabia que era o
escritório do Devil. Aquele tinha sido o único aposento que pediu
para ela decorar.

Seu coração estava pulsando, com medo do que estava


prestes a descobrir. Passando a língua sobre os lábios, viu que a
porta estava parcialmente aberta.

—Vamos lá, querido, posso fazer você se sentir tão bem.—


Ela reconheceu a voz da Tiffany. A voz do Devil saiu em um
murmúrio. Abrindo a porta totalmente, Lexie engasgou. A Tiffany
estava escancarada no seu colo, inclinando-se para beijá-lo. Não
conseguiu ver qualquer outra coisa.

Ele olhou para cima e sorriu. —Lex, baby.—

—Foda-se, idiota—, disse ela, virando-lhe as costas e indo


embora. Ouviu ele murmurar algo para a Tiffany, mas nem se
importou em ouvir o que era. O bastardo a estava traindo.

—Lex, espere—, disse Devil, gritando. Diminuiu o passo,


querendo que ele explicasse, exatamente, por que aquela puta
estava no seu colo.

Ela girou sobre os calcanhares. —É isso que você tinha


planejado o tempo todo? Sair de casa, assim poderia foder
aquela puta desleixada e barata, uma mulher infectada com
todos os tipos de merda?— O controle dela sumiu pela janela.
Atacando, bateu a palma da mão no ombro dele. —Eu odeio
você. Seu imbecil.—

Caminhando vigorosamente, voltou para o salão principal.

—Que porra é essa? Você não pode, simplesmente, vir até


aqui e me acusar de uma merda que não sabe—, falou.

—Eu sei o que eu vi.—

—Você não viu merda nenhuma. Eu não estava fazendo


nada. Estava trabalhando para garantir que a Judi pudesse
entrar em uma boa escola, merda!—

Ela parou, olhando para ele. —Então, Tiffany, a prostituta,


só se escarranchou no seu colo, chupando o seu pescoço.—
Lexie olhou para o pescoço dele, sem ver nenhum sinal dele ter
sido atacado por outra mulher. Seja lá o que fosse. A cadela,
provavelmente, tinha as garras cravadas nele de outra maneira.
O ciúme estava corroendo-a.

—Você trabalhou com aquela mulher. Ela não te chamou de


prostituta, e você trabalhou na boate de strip ao lado dela.—

Estavam na parte principal do clube. A música foi diminuída


ou desligada. Que diabos ele estava falando?
****

Devil amaldiçoou sua boca desembestada. Não conseguiu


forças dentro de si mesmo para lhe dizer a verdade. Em vez
disso, ele a insultou, como uma forma de atingi-la.

—Que diabos você está tentando dizer?— Perguntou Lexie.


Suas mãos estavam nos quadris. Ela o estava deixando
fodidamente louco. Devil não tinha intenção de estar naquela
situação com a Tiffany. Não pretendia dar uma sacudida na
Lexie. A última semana foi perfeita entre eles e, agora, entrou
em seu clube, acusando-o de traição e mandou ele se foder. A
discussão entre eles ganhou a atenção de todos. Estavam
olhando de um para o outro. O álcool fluía, embora o bar não
estivesse, oficialmente, aberto.

—Vamos lá, me diga o que pensa, Devil. Tenho certeza que


quero ouvir.—

Ele pagaria por isso. Devil sabia, sem sombra de dúvida,


que ia pagar. A raiva em seus olhos, apenas, consolidou o que
estava prestes a dizer.

—Você não passa de uma maldita stripper, por isso, em vez


de abrir a porra da boca, vamos lá, Lex, nos dê a porra de um
show.—
Não deixou o flash de dor que viu em seus olhos, afetá-lo.
Sua raiva estava levando a melhor sobre ele. Como ousava
acusá-lo de querer qualquer outra mulher, além dela? Devil
odiava admitir, mas seu pau só ficava duro para a porra daquela
mulher, a Lexie.

—O quê? Você não está falando sério.—

Os homens estavam tensos quando Devil andou até a


jukebox. Encontrando uma das suas canções favoritas de todos
os tempos, colocou-a para tocar. —Nos dê a porra de uma
dança. Você não é minha mulher, por isso, não me possui.—
Estava afundando ainda mais a cada segundo que passava.

Ela olhou para ele por alguns segundos. A animosidade que


transbordava dos seus olhos o fazia se sentir como um merda.
—Você quer um show? Tudo bem, vou te dar a porra de um
show.— Ela se inclinou para baixo, tirando os tênis.

Levantando, jogou-os em cima dele, cada um deles


acertando-o no estômago. Devil ficou tenso, e custou todo seu
esforço não vacilar com a pancada dura. A cadela sabia jogar.
Subiu no balcão da cerveja e a música pareceu ficar mais alta.

O aposento ficou mortalmente silencioso, além dos seus


homens e algumas das mulheres que tinham sido convidadas.
Seus olhares estavam, todos, sobre a Lexie. Ela dominou o salão
enquanto tirava o elástico que prendia seu cabelo.

Os longos fios castanhos caíram em torno dela quando a


música começou. Bebendo sua cerveja em um só gole, observou
os quadris balançando enquanto a música continuava. Não havia
luxúria em seus olhos. Ela não estava nem aí para a dança. Seu
corpo pertencia à canção, passando de uma batida para outra. A
dureza de cada movimento não passou despercebida por ele.

Quando se moveu para fora do balcão, jogando a camiseta


na multidão, com apenas um sutiã a cobrindo, deixou-o tenso.
Ela foi até a primeira mesa. Os homens mantiveram-se firmes.
Viu o Ripper e o Curse, ambos sentados, enrijecerem. De
joelhos, foi levantando, traçando desenhos no peito do Curse.

Foda-se, ia quebrar seus malditos ossos. O sutiã foi aberto.


Ela segurou o tecido, movendo-se para a próxima mesa antes
que ele, finalmente, fosse retirado. Estava ficando excitado só de
olhar seu corpo.

Tinha que acabar com aquilo. Dançando ao redor da sala,


foi removendo a calça jeans até que tudo o que restava era a
calcinha vermelha, de renda francesa, que ele tinha comprado
para ela. Devil sabia que tinha se fodido seriamente. Não era
assim que a via, e ele a tratou como merda. Sentindo-se pior do
que um monte de merda, observou quando ela caminhou até
ele. Seus olhos estavam brilhando de ódio, e ele soube que
aquilo tudo era dirigido a ele.

Ela enfiou a mão no bolso dele, pegando seu canivete. A


música parou quando ela cortou os lados da calcinha.
Levantando as metades no ar, ficou no salão do clube com a
bunda nua, e era tudo culpa dele.

—Então, está satisfeito?— Perguntou ela, batendo a


calcinha contra o seu peito. —Não sou nada, além da porra de
uma stripper.—

Com a cabeça erguida, caminhou para fora do salão,


passando por seus homens. Nenhum deles estendeu a mão para
ela. Viu em seus olhos que queriam protegê-la. Xingando, deixou
sua cerveja no balcão, seguindo atrás dela.

—Qual é a porra do seu problema?— Perguntou. Sua bunda


era tão sexy, caralho, que não conseguia desviar o olhar dela.
Seu pênis engrossou, lembrando da sensação de reivindicar
aquela bunda tão perfeita.

—Nada, estou fodidamente bem.— Ela não se virou para


olhar para ele. —Sou apenas uma stripper, lembra? Não sou
melhor que uma puta.—
Ele agarrou seu braço, girando-a para encará-lo. —Não
parece que você aprecia isso, absolutamente.—

—Novidade, seu fodido, eu não aprecio. Nunca gostei de ver


os homens ficando excitados, querendo me foder. Você sabe
quantos homens queriam muito, uma porra extra? Uma transa
rápida aqui e ali? Você, realmente, acha que eu gosto de uma
merda assim?— Perguntou ela, cuspindo as palavras para ele.
Ele a segurou contra a parede, para que ela não tivesse outro
lugar para ir.

—Por que você fez isso, então? Poderia ter qualquer


trabalho que quisesse.—

—Não, não podia. A única coisa que eu consegui fazer foi


dançar para poder cuidar do seu filho. É isso mesmo, a Kayla o
abandonou comigo, e eu não tinha ninguém para cuidar dele.
Perdi o meu emprego, e ninguém mais queria me contratar. Eu
estava sozinha, cuidando de mim mesma.—

Ele sabia de tudo isso e, ainda assim, não conseguia parar


de discutir com ela.

—Me solta.— Ela começou a rir, tentando se afastar do seu


toque. —Sabe, vim até aqui para ver para onde estávamos indo.
Achei que havia algo acontecendo entre nós. Estava errada, não
estava?—
—O que você quer dizer?— Perguntou, precisando que ela
se acalmasse. Não podia deixá-la sair se sentindo assim. Havia
tanta coisa que ele queria dizer, precisava dizer.

—Phoebe me disse que eu era a sua Senhora. Ela disse que


eu era muito mais do que, alguma vez, já tinha considerado.—
Ela olhou para cima, enxugando as lágrimas. —Eu estava tão
fodidamente errada sobre tudo. Preciso de um pouco de ar.—

Lexie caminhou com a bunda nua. Retirando a jaqueta,


entregou a ela. —Use isto.—

Ela a pegou sem dizer uma palavra, voltando de onde veio.


Desabando contra a parede, passou os dedos pelos cabelos. —
Estou totalmente fodido.— Ele a seguiria até lá fora, em um
segundo. Voltando para o escritório, encontrou a Tiffany
sentada, nua, na sua cadeira.

—Pensei que ela nunca ia embora.—

—Dê o fora—, disse ele. Tinha estado tão distraído pelo


trabalho, caralho, que tinha dado à Tiffany uma impressão
errada. Caminhando até sua mesa, ele a agarrou por um
punhado de cabelo e puxou-a para fora da sua cadeira. —Eu lhe
disse para dar o fora.—
Ela engasgou, colocando as mãos onde ele a segurava.

—Você não está falando sério.—

—O que há com as mulheres, que pensam que eu quero


algo delas? Você nunca chegará perto de mim novamente, ou eu
vou te matar, você entende?— Perguntou.

Conseguiu aguentar, enquanto ela pegava suas roupas e


escapava. Devil estava cheio daquelas prostitutas sem noção.
Ele estava se acomodando para ter algo mais do que uma
transa.

Olhando para fora da janela, viu a Lexie afastando o cabelo


do rosto, olhando para o céu. Não tinha dado muita atenção ao
ver a Tiffany subindo em seu colo. Ela tinha estado lá por um
segundo e ele, literalmente, estava a ponto de empurrá-la
quando a Lexie chegou, vendo mais do que precisava. Não ia
foder a Tiffany quando podia ter a Lexie quando quisesse. Indo
para fora, em direção à sua mulher, ele a encontrou sozinha,
segurando o casaco fechado na frente.

—Veio até aqui para me insultar um pouco mais?— Ela


perguntou.

—Não, eu não estou aqui para insultá-la. O que eu disse foi


muito errado—.
—É a verdade. Eu era uma stripper e, provavelmente, serei
sempre uma stripper.—

Ela não tinha olhado para ele.

—Você é a minha Senhora, também.—

Lexie ficou tensa, olhando para além dele.

—Eu sei que você não tem ideia do que isso significa, mas
prometo que vou discutir tudo isso com você, na hora certa.
Acho que precisamos ir para casa e, simplesmente, esquecer o
que aconteceu esta noite.—

Seu celular tocou, e ele o pegou, verificando que o número


não foi identificado.

Dez minutos depois, Devil estava fumegando. Snitch estava


de volta, e os Skulls estavam em perigo. Seus homens eram
necessários para corrigir um erro do seu passado.

Caminhando de volta até a Lexie, passou os braços em


volta dela, puxando-a contra ele. —Eu tenho que ir, por pouco
tempo. Preciso que você me prometa que não vai desaparecer.—

—Você está indo embora?—


—Só para resolver alguns negócios. Um amigo precisa de
mim, e eu prometi ajudá-lo.—

—Tudo bem, vá.—

—Prometa.— Ele inclinou sua cabeça para trás, para olhar


nos olhos dela.

—Eu prometo, Devil. Não vou a lugar algum.—

Vendo que ela não estava mentindo, beijou seus lábios e


desapareceu dentro do clube. Era hora de deixar o passado
morrer.
Capitulo 11

Fazia quatro dias que o Devil tinha partido. Lexie colocou o


Simon no chão na sala de estar, vendo-o brincar. Se sentou ao
lado dele, achando graça nas suas travessuras. Judi estava
sentada com um livro no colo e a Phoebe estava na cozinha
fazendo um tipo de curry. Elas eram suas amigas mais próximas.
Alguns meninos do Devil iam e vinham do clube, para se
certificar de que ela estava segura e feliz.

Ele não tinha telefonado.

Ela odiava o fato de ficar sentada quase todos os dias ao


lado do telefone esperando ele ligar. Fechando os olhos, olhou
para o teto desejando que não tivesse deixado ele partir. O que
ele tinha dito, tinha sido no calor do momento.

—Ele estará de volta antes que você perceba e, então, você


estará gemendo e gritando—, disse a Judi, sorrindo.

—Tenho certeza que sim.—

—Os meninos vão estar de volta, e vamos conseguir


alguma normalidade neste estranho mundo em que vivemos—,
disse a Phoebe, ocupando um lugar e bebendo uma xícara de
chá quente.
Passando a mão sobre o rosto, Lexie gostaria que houvesse
algo que pudesse fazer para que ele ligasse. Olhando de relance
para o celular, sorriu quando a Phoebe fez um som de
frustração.

—Ele vai ligar. Prometo a você, ele estará de volta antes


que perceba.—

—Você tem certeza?— Perguntou Lexie, fazendo beicinho.


Phoebe tinha falado de um jeito que a fez esquecer sua tristeza.

—Se ele não ligar, então, tem mais alguma coisa planejada.
O Vincent está na boate de strip hoje, recebendo as entregas de
cerveja e das porcarias. As crianças estão na escola, o Simon
está bem e a Judi está se preparando para o teste. Tudo está
bem.—

Lexie percebeu que a Phoebe estava retorcendo a ponta da


camisa.

—Você não parece totalmente convencida disso, se não se


importa que eu fale.— Lexie jogou uma bola para fora do
caminho para que o Simon pudesse continuar a brincar.

Judi tinha a cabeça enfiada em um livro.


—Eu não fiquei menstruada—, disse a Phoebe, sussurrando
as palavras.

—Uau, você sabe se está, humm, boas novas, não é?—


Perguntou Lexie, colocando os pés debaixo dela.

—Não, eu não disse nada para o Vincent. Ele quer esperar


mais alguns anos antes de termos outro filho.— Phoebe parecia
preocupada, agora.

—Tenho certeza que ele não se importará. Ele tem, humm,


parte da culpa.— Ela olhou para a Judi, que estava rindo. —Cale-
se, você.— Lexie jogou uma almofada na jovem.

Judi caiu no chão, em meio a um monte de risadas. Em um


momento, todas eles estavam rindo. Durante as risadas loucas,
o som da campainha tocando invadiu a diversão delas.

—Eu vou. Estou esperando uma entrega da escola, é claro—


, disse a Judi, ficando de pé.

—Eu amo essa garota—, disse a Phoebe.

—Eu também. Ela é divertida.—


Olhando fixamente para o Simon, Lexie pensou na própria
irmã. Tinha mais em comum com a Judi do que com sua meia-
irmã.

—Não deixe que aquilo a aborreça, querida. Devil é um bom


homem. Vincent me contou o que aconteceu. Tudo o que ele fez
foi ficar com raiva e atacar.—

Lexie deu de ombros. —Não estou mesmo preocupada com


isso.— Ela riu, pensando nas expressões assustadas e aquecidas
dos homens para os quais dançou. Lexie disse isso para a
Phoebe.

—Os meninos sabem que podem olhar, mas não podem


tocar. Eu gostaria de ter estado lá.—

Olhando para trás, Lexie não conseguia ouvir nenhum


barulho na porta, e a Judi tinha ido há alguns minutos.
Levantando-se da cadeira, caminhou pelo corredor e começou a
correr quando, finalmente, viu a Judi lutando com um homem.

—Ei, pare.— Ela gritou as palavras. O homem jogou a Judi


no chão, chutando-a no estômago. —Eu disse, porra, pare.—

Ela voou para fora da porta e parou quando o homem, que


agora reconhecia como o Rob, agarrou a Judi pressionando uma
arma na sua têmpora.
—Fique lá dentro, Lex. Fique fora disso—, disse a Judi,
soluçando. —Este é o meu castigo.—

—É isso mesmo, puta. Esta é a sua punição por tudo o que


aquele filho da puta fez comigo.— A mão sobre o corpo de Judi
estava enfaixada. —Tomou a minha menina e estou precisando
de dinheiro. Ninguém quer fazer negócio comigo, merda.—

Dando um passo para mais perto, Lexie ergueu as mãos. —


Você não quer fazer isso. Ela está sob a proteção do Devil. Ele
vai te matar se alguma coisa acontecer com ela.—

—Você acha que eu dou a mínima? Ele entra no meu


território e me diz o que eu vou fazer. Besteira. Eu quero a
minha propriedade, e estou tomando. Deita na porra do chão.—

Lexie deu mais um passo e gritou, quando uma bala


ricocheteou no chão, perto de onde ela estava. Lexie esperava
que a Phoebe não estivesse por perto. Se a outra mulher
estivesse grávida, em seguida, a última coisa que queria era
colocar a outra mulher em perigo.

—Deixe ela em paz, por favor.— Judi estava falando com os


dentes cerrados. Lexie odiava o medo que podia ouvir na voz da
jovem. Desejava que houvesse algo mais que pudesse fazer.
Com as mãos no chão, Lexie esperou para ver o que ia
acontecer.

—Entra na porra da minha caminhonete, cadela.— Ela ouviu


um barulho, movimento e, em seguida, uma abertura e
fechamento de porta.

Ela moveu a cabeça para o lado, e viu o cara levantar o pé


no ar, trazendo-o para baixo, sobre as suas costas. Não usou
toda sua força, simplesmente, colocou o pé nas suas costas. —
Estou levando a minha menina, mas se alguma coisa acontecer,
vou voltar para pegar você. Só quero a minha mulher e o que é
devido a mim.—

Quando ela pensou que ele ia apertar a bota para baixo,


não o fez. Entrou na caminhonete e foi embora. Lexie, em
seguida, ouviu os sons das motos, que se aproximavam. O carro
arrancou.

—Vincent, eles estão aqui. Posso ouvi-los. Obrigada, muito


obrigada, querido. Porra, eu te amo—. Phoebe estava falando
mais e mais no telefone, não parando entre cada palavra.

Virando-se para olhar para o lado, viu a Phoebe desabar na


porta segurando um telefone na orelha. Ela estava chorando,
claramente aterrorizada. O som das motos parou bruscamente,
quando Lexie começava a levantar do chão. Estava tão
aterrorizada, e suas mãos tremiam. As lágrimas estavam caindo
grossas e rápidas. Ele tinha levado a Judi dela.

—Baby, ele fez alguma coisa com você?— Perguntou Devil,


ajudando-a a se levantar. Sem pensar, ela jogou os braços em
volta do pescoço dele.

—Ele tinha uma arma. Ele levou a Judi, e está muito louco.
Acho que ele vai matá-la.— As palavras saíam da sua boca, uma
após a outra. Ele a afastou, segurando seu rosto.

—Não vou deixar nada acontecer com ela. Eu prometo,


baby, mas tenho que ir. Tenho que levar os rapazes e pegá-la
antes que ele faça algo estúpido.—

Ela cobriu suas mãos, onde seguravam o rosto dela. Parte


dela queria lhe pedir para não ir, mas a parte sã sabia que a Judi
estaria morta se ele não fosse.

—Preciso que você seja forte por mim e pelo Simon.—


Encostou seus lábios nos dela. —Vou voltar para você, baby. Eu
te amo.—

Lexie engasgou. Seus lábios estavam de volta nos dela


antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.
—Pense nisso enquanto eu estiver fora. Eu resolvi minhas
merdas, Lex. E não vou a lugar nenhum. Ficarei em casa, a
partir de agora.— Ele a beijou de novo, pressionou a testa contra
a dela e foi embora. Ela o observava partindo, quando a Phoebe
se aproximou, envolvendo os braços em volta dela.

—Eles estão indo buscá-la, e ela ficará segura, querida—,


disse Phoebe.

Ela não estava escutando. As únicas pessoas com as quais


se preocupava eram o Devil e a Judi. Em um momento, estavam
rindo se divertindo, e, em seguida, o Rob tinha arruinado tudo.

Ele me ama.

Lexie não podia pensar nisso, agora. Tudo o que podia


pensar era o perigo que ele e a Judi corriam.

Vincent chegou, poucos segundos depois. Ele correu em


direção à Phoebe, puxando-a para os seus braços. —Está tudo
bem, baby?—

—Sim.—

Voltando para dentro da casa, colocou o Simon nos braços,


segurando-o, esperando e rezando para o seu pai ficar bem.
—Devil vai trazê-la de volta—, disse Vincent, ajoelhando-se
na frente dela.

—Eu sei que vai.—

Ele esfregou seu joelho oferecendo-lhe conforto. Não


significava nada para ela. Ela sorriu, querendo voltar há uma
hora atrás, quando a Phoebe sugeriu irem às compras. Se elas
estivessem fora, o Rob não teria sido capaz de atacá-las.

—Eu conheço o Devil. Ele estará de volta antes que você


perceba—.

****

A caminhonete estava na sua mira. Agarrando o celular,


Devil discou o número do Jerry. Não ia entregar o bastardo para
ele. Rob estava morto desde a primeira merda que tinha feito.
Devil mal podia esperar para colocar uma bala no cérebro do
bastardo. Seus homens estavam bem atrás dele, prontos para
morrer, para pegar aquele filho da puta. Judi era a sua menina,
a princesa deles, e ninguém a levaria para longe deles.

—O quê?— Perguntou o Jerry.

—O Rob pegou a porra da minha menina. A Judi, ela não


tem dezoito anos, ainda, e ele está morto.—
Ele ouviu o Jerry amaldiçoar através da linha. —Idiota. Tem
certeza que é ele?—

—Ele a tem trancada na sua caminhonete. Estou seguindo-


o, agora. Machucou a minha mulher, também. Esse filho da puta
não vai durar até a próxima hora. Será que temos um acordo
sobre este assunto?— Perguntou Devil.

—Sim, tudo bem. Mate-o e enterre-o. Eu não o quero ou a


sua morte, em qualquer lugar perto de mim.—

—Ficarei com a garota, também. Ela é Princesa da Chaos


Bleeds.—

Jerry riu. —Faça o que quiser. Tenho o sentimento que nós


vamos nos dar muito nos negócios.— A linha ficou muda.
Embolsando o telefone, Devil partiu na direção da caminhonete.
Observou o Rob dirigir, de um lado para o outro. Devil não se
adiantou para não colocar a vida dos seus rapazes em risco.

Estavam pilotando pelos últimos quatro dias, atravessando


a noite. Após o confronto com o Snitch, trabalhando com o Tiny,
estava exausto. Tudo o que queria fazer era voltar para casa,
envolver os braços em torno da Lexie, e esquecer tudo sobre o
mundo, caralho. Em vez disso, aquele traficante filho da puta
pensou que poderia tomar a Judi.
Os últimos dias não o tinham deixado no melhor dos
humores, e tudo que queria era ferir este filho da puta que
pensava que poderia fugir depois de tomar uma das suas
mulheres. Judi era uma das suas mulheres.

Nenhum deles parou ou deu qualquer sinal de diminuir.


Devil não largaria a caminhonete até que tivesse a Judi na parte
traseira da sua moto. O Vincent ia cuidar de sua mulher, assim
como a Phoebe.

Por mais de uma hora eles dirigiram, até que, finalmente, a


caminhonete parou em frente a um bloco de apartamentos.
Parecia abandonado. Saltando da moto, Devil sacou sua arma e
esperou.

Seus homens fizeram o mesmo, ficando na retaguarda.

—Estou irritado—, falou o Curse, de pé, ao lado dele.

—Por quê?—

—Tudo o que eu queria fazer hoje, era foder a primeira


mulher disposta que olhasse na minha direção. Em vez disso,
estou seguindo este idiota inútil por todo lado. Não é uma boa
maneira de relaxar.—
Balançando a cabeça, Devil ficou tenso quando a porta do
carro abriu. Segundos depois, ele viu a Judi sendo chutada para
fora da van batendo no asfalto duro. Uma bala seria fodidamente
fácil para esse filho da puta.

Rob não podia ter feito nada mais brilhante do que sair do
caminhão com uma arma apontada para ela.

—Eu não quero causar nenhum problema.—

—Pense novamente, filho da puta. Você queria problemas


no minuto em que a levou. Eu não recuo por ninguém.— Seu
objetivo era estável.

Judi gritou quando o Rob a puxou pelos cabelos. A ação o


irritou ainda mais.

—Ela é apenas uma puta, e é a minha pequena fábrica de


dinheiro.— Rob a agarrou com força, pelas tetas. A dor apareceu
no seu rosto.

—Por favor—, disse ela, implorando.

Ele a ignorou. Devil precisava se concentrar no homem que


segurava a arma apontada para o rosto dela, em vez dela. Rob
tinha pressionado a arma em sua têmpora.
—Ela é a minha prostituta premiada. Minha pequena
ganhadora. Os homens amam a sua boca, sua vagina e a sua
bunda.—

Devil se sentiu mal. Ela não era nada mais do que um bebê.

—Chefe, acabe com ele—, disse Ripper, andando atrás dele.

—Você não vai sair daqui vivo.—

—Não? Então, eu poderia levá-la comigo.—

Ele viu o dedo do Rob apertando, pronto para acabar com a


vida da Judi. Devil reagiu, disparando sua arma uma única vez.
Sempre foi bom em tiro e, naquele instante, provou o porquê.
Um único furo apareceu na cabeça do Rob, e ele caiu no chão.

Judi gritou, correndo, quando o Rob caiu morto.

Ela correu para os seus braços, chorando. —Eu só abri a


porta.—

—Ele nunca vai te machucar novamente. Prometo. Ele


nunca mais vai fazer nada para prejudicá-la.— Olhando para o
chão, Devil a entregou para o Ripper. —Cuide dela.—
Deixando-a gritar, pegou o celular mais uma vez. Ligou
para o Jerry, para lhe informar que o Rob era passado.

—Bom, as menores de idade, vamos enviá-las de volta para


suas casas, bem recompensadas—, disse o Jerry.

—Você não vai aproveitá-las?— Perguntou Devil.

—Estou no mercado para fazer dinheiro, não para ganhar


um tempo na prisão. Policiais e, até mesmo, os jurados perdem
toda a simpatia quando crianças e jovens estão envolvidas. Não
vou arriscar minha vida por causa desse moleque fodido. Ele
pensou que poderia jogar esse jogo e, agora, está morto por
causa disso. Eu não estou derramando lágrimas. Teve o que
mereceu, caralho.— Jerry parecia estar mastigando, e Devil
imaginou o que ele estava comendo. —Carne. Minha mulher faz
um filé ao ponto, maravilhoso. Você deveria experimentar, uma
hora.—

—Vou ver.— Não havia nenhuma porra de jeito dele deixar


a Lexie em qualquer lugar perto desse filho da puta. —Vejo você
por aí.— Desligou o telefone e, imediatamente, discou o número
da Lexie.

—Alô.— Vincent atendeu o telefone, primeiro.

—Ponha a minha mulher na linha.—


—Devil, você a encontrou? Ela está bem? Eu te amo tanto.
Não me importo com mais nada. Eu amo você.—

As palavras dela o acalmaram.

—Eu a peguei. Ela está com os meus homens. Diga ao


Vincent para chamar o médico. Eu quero que ele a examine.—
Olhou para o chão, desejando que pudesse ter feito o Rob sofrer
mais.

—O que aconteceu com o Rob?— Perguntou Lexie.

—Ele não vai voltar, baby. Já cuidei dele.—

Devil a ouviu suspirar através da linha. —Bom. Todos nós


precisamos de um pouco de paz. Venha para casa, Devil. Eu
preciso de você, para me abraçar.—

—Vou terminar aqui, e vamos aproveitar o tempo.—

—Eu te amo, e te perdoo por ser um idiota.—

Ele riu, incapaz de se controlar. —Obrigado, querida. Eu


tinha planejado rastejar, mas você me salvou.—
Ela riu. —Você pode passar o resto de sua vida me
servindo, querido. Basta acabar o que precisa fazer e chegar em
casa. Preciso dos braços do meu homem em torno de mim.—

Desligando o telefone, levantou o Rob do chão e o colocou


dentro da caminhonete.

—Qual é o plano?— Perguntou o Curse.

—Queimar o carro. Jerry tem uma dupla de policiais no


bolso que vão ser pagos para não olhar muito de perto. Ele era
um cafetão, Curse. Causou problemas. Ele não ajudava
ninguém. Este foi um fim muito agradável para a sua vida de
merda.—

Ripper o ajudou a usar a gasolina que estava na parte de


trás da caminhonete para encharcar o corpo, juntamente com o
veículo, por dentro e por fora.

—Você acha que ele ia usar essa gasolina na nossa


menina?—

—O cara era instável.— Pegando um cigarro, acendeu o


isqueiro, certificando-se de não chegar perto da caminhonete.
Ele o acendeu quando estava malditamente pronto.

—Lexie é sua mulher?— Perguntou o Ripper.


—Isto é uma porra de jogo da verdade?—

—Sim, é.—

Olhando para o seu homem, Devil sorriu. —Sim, ela é


minha mulher. Piston County é a nossa cidade, e nós vamos ter
a porra de um casamento para comemorar.—

—Será que ela sabe disso?—, Perguntou Curse,


aproximando-se. —As mulheres tendem a ficarem irritadas
quando não são pedidas em casamento, em primeiro lugar.—

—Mulheres podem fazer o que elas quiserem. Não vou


voltar atrás. Ela é minha mulher, e vai me dar o que eu quero.—
Devil sorriu, sabendo que estaria rastejando esta noite.

—Você tem alguns problemas com os quais lidar. Não sei


como vai conseguir resolver—, disse o Ripper, sorrindo. —Vamos
lá, vamos embora. Preciso de um banho, no mínimo, e então,
uma boa comida—.

Olhando para a van, Devil esperou que seus homens


estivessem prontos para sair. Judi ficaria na carona da moto
dele. Jogando o cigarro lá dentro, esperou as chamas iniciarem,
antes de subir na moto. Judi colocou os braços ao redor da sua
cintura, e ele foi embora para casa.
Lexie estava do lado de fora quando ele chegou, desligando
a moto. O médico já estava lá, e levou a Judi para dentro.

Saltando da moto, Devil passou os braços em torno da


Lexie, abraçando-a.

—Você vai se casar comigo—, falou.

Ela estremeceu, olhando para cima. —O quê?—

Enfiando a mão no bolso do casaco, pegou o anel que havia


comprado na estrada. Estava comprando um anel quando
encontrou o Murphy, esperando por ele.

—Isso é uma proposta ou uma ordem?— Seu olhar foi até o


anel, depois para ele.

—Você pode vê-lo como quiser. Você vai se casar, de


qualquer maneira.—

Seus homens estavam reprimindo as risadas. Phoebe


assobiou. —Onde está o romance?—

—Vincent, cale a sua mulher.—

Em seguida, ouviu a voz da Phoebe ser abafada.


—O que você diz, princesa? Você topa ser minha
Senhora?— Ele perguntou, desafiando-a.

—Sem outras mulheres ou strippers.—

—Feito—, disse ele, sorrindo.

Ela olhou para os homens, em seguida, de volta para ele. —


Suponho que tenho que aceitar. Você, realmente, não me deu
nenhuma escolha.—

Levantando-a no ar, ele a trouxe na altura dos seus lábios.


Afundando os dedos nos cabelos dela, segurou-a no lugar e
beijou-a profundamente.

—Eu amo você, Devil—, disse ela, sussurrando as palavras


contra o seu pescoço.

—Eu também te amo, baby.—


Capitulo 12

Duas semanas mais tarde, Lexie estava colocando algumas


roupas sujas para lavar, quando seu celular tocou. Sem olhar
para a tela, atendeu a chamada. Devil estava andando lá
embaixo, parecendo sexy como o inferno. Seu olhar estava mais
focado no seu corpo esculpido do que em qualquer outra coisa.
As duas últimas semanas foram uma loucura. O clube estava
funcionando, com todo o trabalho de construção concluído. Devil
tinha uma porrada de dinheiro e sabia como conseguir que seus
construtores trabalhassem rápido. Judi estava muito melhor.
Tinha estado mais silenciosa do que o normal, mas estava,
lentamente, saindo da sua concha.

Rob estava morto. Lexie sabia que tinha que ser uma idiota
para pensar o contrário. Qualquer um que desafiasse o Devil
acabaria no chão, morto.

—Lexie, onde está você?— Perguntou Kayla.

Franzindo a testa, afastou o telefone e olhou para a tela. —


Kayla?—

Devil estremeceu, olhando para ela. A raiva em seu rosto a


assustou.
Com tudo o que aconteceu, tinha esquecido tudo sobre a
sua irmã.

—Eu preciso ver você. É, realmente, importante.— Kayla


parecia séria.

—Me dê a porra desse telefone—, disse Devil, pegando o


aparelho no segundo seguinte. —Olá, Kayla.—

Não sabia o que estava acontecendo. Apertando a calça que


segurava entre os punhos, tentou descobrir o que estava
acontecendo. Seu rosto não mostrava nada a ela,
absolutamente.

—Isso é certo. Estou com a sua irmã e tenho o meu filho.


Tenho os resultados dos exames, também. A criança é minha.
Você também me roubou, cadela. Você, realmente, achou que
eu não ia encontrá-la?— A raiva em sua voz a assustou.

Kayla o tinha desafiado, e estava prestes a acabar no chão,


como o Rob.

—Vinte minutos. Nós resolveremos essa porra.— Desligou


celular, olhando-a nos olhos. —Você vai ficar aqui.—
—Não, eu não vou ficar aqui. Não quando você está a
caminho de matar a minha irmã.— Ela o seguiu enquanto ele se
dirigia para a porta da frente. —Devil, você não pode fazer
isso.—

—Aquela mulher, sua irmã, porra, estava mais do que feliz


em deixar você em apuros. Ela queria que você tomasse o seu
lugar. Se eu fosse qualquer outra pessoa, Lex, você seria uma
morta de merda.—

Ela se encolheu quando ele jogou a verdade, dura e fria, no


seu rosto. —Mas eu não estou morta. Por favor, você não pode
matá-la.—

Ele se virou para ela, rindo. —Você está louca se acha que
não vou lidar com isso.—

Devil pegou a jaqueta no caminho para fora da porta.

—Se você me amasse, me levaria com você e a manteria


viva.—

Ele ficou tenso, virando-se para olhar para ela. —O que


você está dizendo?—

—Eu aceitei suas desculpas, e não espero outra coisa de


você. Tudo que peço é que você deixe a Kayla viver.—
—Eu não posso acreditar nesta merda—, disse ele, olhando
para o teto.

—Por favor, Devil.—

Ele olhou para ela por um longo tempo. —Peça para a Judi
olhar o Simon e coloque o seu rabo na parte traseira da minha
moto.—

Correndo para o andar de cima, rapidamente, entregou o


Simon para a Judi. A jovem sorriu e lhe desejou sorte.

Em dez minutos ela estava na parte traseira do Devil, em


direção a um local desconhecido. Ela reconheceu o bloco de
apartamentos, instantaneamente. Passaram pelo prédio,
descendo um beco, em sua moto. Eles estavam atrás de uma
antiga fábrica. Ela viu a Kayla fumando um cigarro, encostada na
parede.

Ela parecia terrível, mesmo a uma certa distância.

Sua mão tremia enquanto ela fumava. —Fique aqui—, disse


o Devil.

Lexie ficou na moto. Seu coração acelerou quando a Kayla


colocou um sorriso no rosto, correndo os dedos pelos cabelos.
—O que está acontecendo, baby?— Perguntou Kayla.

—Não vai funcionar.—

Ela gritou quando o Devil pegou a Kayla pelos cabelos e


começou a falar com ela.

—Devil, pare.— Ele puxou uma arma, pressionando-a na


sua cabeça. Lexie percebeu na hora que apesar de se
conhecerem, ele nunca apontou uma arma para ela. Puta que
pariu, em que tipo de mundo ela estava vivendo?

Cobrindo a boca, tentou permanecer em silêncio enquanto


ele terminava qualquer negócio que tinha que fazer.

—Você roubou meu dinheiro e tentou manter a porra do


meu filho longe de mim.— Seu rosto foi pressionado contra o
tijolo. Mordendo o lábio, Lexie mantinha o choro para dentro.

Não a machuque. Não a machuque.

—Eu quero que você admita isso para a sua irmã, a garota
que acolheu o nosso filho sem recusar, o que você esperava que
eu faria,— Devil disse, virou a Kayla, então Lexie a viu.
Kayla parecia petrificada. —Eu pensei que ele iria matá-la e
que tudo acabaria.—

A dura e fria verdade foi como um tapa na cara.

—Eu não posso ser como ela, Devil.—

—Eu sei, querida.— Ele jogou a Kayla no chão e apontou a


arma para ela. A bala foi disparada, mas não em qualquer lugar
perto da Kayla. —Eu estava vindo matá-la. Este é o seu primeiro
e único aviso. Saia da cidade, e não fale uma palavra sobre
quem você é. Se eu, sequer, ouvir o nome Kayla Howard, vou te
encontrar e vou te matar.— Ele a levantou, agarrando seu
queixo.

Lexie estremeceu com a dor que a sua irmã devia estar se


sentindo.

—Olhe para a sua irmã.—

O olhar de Kayla caiu sobre ela. Lexie se sentiu sob os


holofotes.

—Essa é a minha Senhora A única razão pela qual você


ainda está respirando é porque ela quer que você esteja
respirando. Senão, já teria te matado no momento em que vi
você.— Ele a soltou. —Kayla Howard está morta. Ela morreu
neste dia, e deixou um filho pequeno. Você me entende?—

Ela assentiu com a cabeça.

—Aqui estão os dez mil dólares que você roubou de mim.


Agora, dá o fora.—

Ele caminhou de volta para a moto, subiu, e eles estavam


fora de lá. Há vários quilômetros da casa, ele parou a moto. Seu
corpo inteiro estava tenso, e Lexie esperou que ele falasse.

—Nós nunca vamos discutir o que aconteceu, você


entende?— Perguntou.

—Sim.—

—Tudo o que o Simon precisa saber é que você é a mãe


dele.—

—Ok.— Ela não estava disposta a discutir com ele.

—Sabe o que eu fiz?— Ele se virou com a moto para olhar


para ela.

—Você deixou minha irmã viver.—


—Não, eu deixei uma pessoa que me desafiou, de pé. Toda
a minha vida, derrubei pessoas como ela. Fui até Fort Wills para
acertar uma velha conta e derrubar um inimigo. Kayla é a
primeira e última pessoa que deixei isso acontecer. Ninguém
mais vai ter o mesmo tipo de tratamento.—

—Entendo, e não vou pedir de novo.— Ela descansou a


cabeça em suas costas, sabendo que precisava ficar quieta ou
ele ia lhe dar uma dor de cabeça com o seu discurso.

—Bom, eu quero um pouco de comida, e depois quero um


pouco de sexo.—

Ela riu, segurando-o apertado. —Então, leve-me para


casa.—

Quando a Kayla tinha chegado, pela primeira vez, em


Piston County e entregado seu filho recém-nascido, Lexie tinha
se perguntado como iria sobreviver com o jovem rapaz. Agora,
queria saber como aguentaria ficar sem ele.

Segurando firme no seu homem, inalou seu perfume


masculino combinado com o couro da sua jaqueta. Devil a tinha
acertado desde o início. Havia algo sobre ele que ela não podia
negar. Ele era perigoso, mas, pela primeira vez na sua vida, ela
olhou para o futuro.
****

Dois anos mais tarde

—Você tem gêmeos, porra.— Devil sorriu, olhando para o


chão, onde duas minúsculas crianças estavam brincando com o
seu filho e sua filha. Lexie já estava grávida do seu terceiro filho
e, olhando para a piscina, ficou duro só de olhar para ela. Seu
estômago estava bem arredondado, mas não muito grande. À
noite, ia passar várias horas amando seu corpo, antes de transar
com ela.

—Você, caralho, começa com isso e vou chutar o seu


traseiro. Prometi vir até aqui para o churrasco, porque você
disse que ia ser agradável,— Tiny disse, pegando uma garrafa
de cerveja. Seu quintal estava cheio de Skulls e Chaos Bleeds.
Sorrindo, Devil sentiu como se o mundo fosse sua ostra, e tudo
o que ele precisava fazer era arrancar o que queria.

Angel e Lash estavam conversando com a Judi. Ela


segurava um menino no seu quadril, e parecia bonita. Era
engraçado. Quando esteve em Fort Wills ele a queria, muito.
Agora, olhando para sua mulher e depois para a Angel, não
estava interessado.
Judi estava de volta à faculdade. Ela estava ao lado do
Ripper, servindo hambúrgueres enquanto o seu homem lia um
dos livros do seu curso para ela. A mulher estava estudando
para ser uma assistente social ou alguma merda do tipo. Ele mal
podia acreditar, mas acreditava nas contas que estava pagando.

Toda vez que assinava um cheque para a escola, aquilo o


fazia rir. Nash parecia perturbado quando sua filha se sentou
com o grupo.

—Ele tem uma garota assim?— Perguntou Devil. Sua vida


tinha sido caótica desde o último encontro com os Skulls. Não
queria brigar com o Tiny e sua gangue. Devil queria ambas as
gangues se unindo, como amigos, não unindo forças, mas sendo
conhecidos como amigos.

Jerry e sua mulher estavam comendo e apreciando a festa.


Lexie estava caminhando para fora da piscina, com a Eva. Ele
parou de falar para admirar toda a beleza da sua mulher.

—Ela é, realmente, uma coisa—, disse o Tiny.

—É melhor você não estar olhando para a minha mulher.—

—Eu não estou olhando para a sua mulher. Estou mais


interessado na minha.—
Eva caminhou até os braços do Tiny, sorrindo entre os dois
homens. —Que mudança para vocês dois, estarem no mesmo
lugar, sem contusão.—

—Eu sei. É um saco e é um tédio.—

Lexie pegou sua menina, Elizabeth. —É tempo de comer,


docinho.— Ela ficou na ponta dos pés, beijando seus lábios. —
Mantenha todos unidos. Estarei de volta, em breve.—

Viu-a sair, sabendo que não ia perder de observá-la


alimentar sua filha. Simon estava brincando muito bem, com os
seus brinquedos.

—Você vai ficar de olho em tudo?— Perguntou Devil.

—Você parece um cachorro tarado. Deixe a mulher


amamentar—, disse o Tiny.

—Vai, nós cuidamos do seu filho. Divirta-se—, disse Eva,


acenando para ele.

Ele foi rude, e Lexie ia lhe xingar, mas observá-la cuidar da


sua filha valeria a pena. Encontrou-a sentada no berçário com
uma almofada de amamentação em volta da cintura. Sua filha
estava sendo, lentamente, desmamada enquanto tinha apenas
um ano de idade.
Devil descobriu que gostava de se sentar e assistir.
Encontrou-se amando a Lexie ainda mais, enquanto ela cuidava
da menina deles.

—Você está se transformando em uma cadela—, disse ela,


olhando para cima.

Ele não tinha feito um som, mas ela sabia, claramente, que
ele estava lá.

—Não, não sou uma cadela. Eu adoro ver a minha


mulher.— Ele se sentou achando aquela ação muito doce.
Estendendo a mão, acariciou a cabeça da bebê enquanto ela
mamava. Qualquer chance de ver a Lexie nua era uma alegria
para ele. Seu dedo carregava seu anel, e seu corpo levava o seu
nome. Ela tatuou o nome —Devil— no seu lado. A palavra se
destacava contra sua pele pálida, mas o enchia de alegria toda
vez que a via.

—Temos uma vida maravilhosa—, disse ela, sorrindo para


ele. —É por isso que nunca podemos odiar a Kayla—.

—Ela entrou em contato?— Ele perguntou, tenso.

—Não, ela não entrou em contato. Basta pensar, Devil, que


sem ela, não estaríamos aqui, agora.— Ele se levantou do lugar,
segurou seu rosto, e inclinou sua cabeça para trás. —Nós
teríamos chegado aqui, baby. Teria chegado a hora.— Abaixando
a cabeça até ela, cobriu sua boca com a dele.

Ela gemeu, abrindo os lábios, oferecendo-lhe mais, quando


ele a beijou profundamente.

—Você vai ser a minha morte, mulher—, disse ele,


gemendo.

—O que posso dizer? Não posso lutar contra o charme do


diabo.— Ela riu, segurando sua cabeça para aprofundar o beijo.

Devil sentiu todo o seu amor se derramar. Lexie era o seu


coração e sua alma. Ele começou sua vida sem nada a perder.
Ninguém poderia machucá-lo, como não havia nada em sua vida
para feri-lo. Ela lhe deu um motivo para amar. Lexie e seus dois
filhos lhe deram algo para viver e isso significava mais para ele
do que qualquer outra coisa.

—Eu amo você, Lex.—

—Eu também te amo.— Ela suspirou, e o suspiro foi direto


para seu pênis.
Um par de horas era tudo que ele precisava esperar até
poder estar enterrado, até a base, dentro dela. A noite, de
repente, parecia muito longe.
Epílogo

Ripper entrou no clube com apenas uma coisa em mente,


encontrar uma mulher para foder. O churrasco foi ótimo, mas
observar todos aqueles homens com suas mulheres havia sido
entediante. Nenhuma das vaginas estava lá. Devil não permitia
nenhuma das cadelas perto da sua casa. Havia um lugar para as
mulheres e um lugar para os guardiões.

Balançando a cabeça, caminhou até o bar, pegou uma


garrafa de uísque e se sentou. Não demorou muito para que
uma das mulheres se juntasse a ele. Reclinou-se, observando-a
dançar, enquanto seu pênis endurecia com a visão. Ela só usava
uma minissaia e um top apertado.

A mulher era um pouco magra, mas Ripper não estava se


sentindo com um humor exigente. Alguns dos seus outros
irmãos estavam cheirando merda ou transando com as
mulheres. O churrasco ainda estava acontecendo na casa do
Devil. Vários outros dos seus irmãos ainda estavam por lá. Eles
adoravam a comida da Lexie e sua presença. Ele gostava de
olhar para ela, bem, Devil podia se foder por ficar chateado.
Em todos aqueles anos, estando a lado do Devil, nenhuma
vez caçou uma das suas mulheres, nem mesmo a Kayla. No
entanto, a Lexie o fez sentir uma merda com a qual não estava
acostumado. Foda-se, ela nem sequer olhava para ele, o que foi,
apenas, muito bom para ele.

Aquilo tudo acontecendo dentro de sua cabeça estava


acabando com ele. De jeito nenhum ia lidar com uma tentativa
de foder a Lexie.

Não vai acontecer.

A mulher na frente dele tocou seu pau, e ele a empurrou.

—Que diabos, Ripper?— Ela perguntou.

—Saia de perto de mim.—

Se afastou dela, dirigindo-se para fora da sede do clube.


Ripper precisava endireitar a cabeça. Lexie estava fora dos
limites, e ele não ia fazer nada para arruinar sua vida.

Quando fechou os olhos, tudo o que conseguiu ver foi sua


dança na frente dele. No momento em que a viu no palco, ele
tinha sido acertado.

Tendo o seu pau sobrecarregado.


Esfregando os olhos, olhou para o céu, desejando que
houvesse alguma solução fácil para seus problemas. Já havia
cheirado cocaína, encheu a cara e, ainda assim, seus
sentimentos estavam afetando-o.

—Que merda do caralho—, falou.

Seu celular tocou. Franzindo a testa, tirou-o do bolso e viu


que era a Judi chamando.

—Eu a deixei uma hora atrás. Qual poderia ser o


problema?— Perguntou.

—Eu, humm, preciso de sua ajuda. Eu fiz algo estúpido,


Ripper—.

—O quê?— Ficou tenso. Suas lágrimas eram audíveis


através da linha. Ela estava soluçando.

—Eu saí para uma caminhada, e um cara parou ao meu


lado. Acho que ele me reconheceu de antes. Eu não sei. Ele
tentou me puxar para dentro do carro.— Ela parou de chorar. —
Eu o matei, Ripper. Matei-o com a arma que você me deu.—

Merda. Porra. Merda. Porra.


Deixando a garrafa de uísque cair no chão, se dirigiu para
sua moto. —Você fica aí mesmo. Estou indo buscá-la.—

—Eu sinto muito—, falou.

Ele não disse mais nada. A única pessoa com a qual,


realmente, se importava, era a Judi. Ela era uma menina tão
doce, e acabara de celebrar seu vigésimo aniversário. Esta
merda toda devia estar muito atrás dela, mas em vez disso,
estava bem na frente dela.

Ripper faria de tudo para cuidar dela. Ligando a ignição, foi


na direção de onde ela estava. Ajudar a Judi estava em seu
sangue, e não deixaria que nada acontecesse com ela.

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