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Nome: William de Almeida Junior – Nº USP: 10269392

Resenha crítica do “Breve histórico a respeito do trabalho” de Sergio Pinto Martins, “Origem e
evolução do trabalho no Brasil” de Maurício Godinho Delgado e do artigo “Comício judicial”.

Entender o desenvolvimento do Direito do Trabalho é um exercício de reflexão que


depende de uma análise histórica. Savigny, no passado, falou da importância do passado
histórico na compreensão de institutos jurídicos, bem como princípios gerais de direito. No
entanto, a mesma lógica é debatida pelos autores em seus texto, à medida que explicam
elementos atuais dessa seara jurídica como decorrência de um movimento histórico-cultural.

Em primeira análise, sob um aspecto crítico, a questão econômica influiu na conformação


do justrabalhismo. Estando a sociedade submissa às estruturas econômicas, ocorre, de acordo
com os autores, em âmbito europeu e, consequentemente, no Brasil, uma relação assimétrica
entre detentores dos meios de produção e os operários. Essa relação desigual, não obstante, é
percebida com outros trajes no mundo feudal, pela servidão.

Com esse movimento histórico, surge um matiz pejorativo do trabalho. No Brasil, como
nos lembra, dentre outros historiadores, Boris Fausto, houve em período pós-Lei Áurea a
associação do trabalho à escravidão. Isto ocorreu, anteriormente, na Grécia antiga, de maneira
que reforça a necessidade, ressaltada pelos autores, do estudo histórico na compreensão do
presente.

No Brasil, segundo o Ministro Maurício Godinho, a legislação trabalhista teve avanços e


recuos ao longo do tempo, sendo pressionado pelo movimento operário. Este último, a muito
custo tornou-se uma unidade conforme, deixando de lado uma fragmentariedade insipiente. A
legislação, também, saltou de uma fragmentariedade para uma maturação sistemática,
simbolizada pela Consolidação das Leis trabalhista.

O sistema jurídico trabalhista e, em especial o brasileiro, buscou após a Constituinte de


1988, bem como a redemocratização, elevar a força dos hipossuficientes na relação de trabalho,
a despeito da doutrina fascista que caracterizou o período varguista. Nesse sentido, muitas
conquistas houveram, até mesmo, se comparado com o cenário mundial. No entanto, essas
conquistas ameaçam o status quo e a manutençãoda relação de assimetria. Dessa forma, há um
movimento recente de contestação dessas conquistas por meio da reforma trabalhista.

Essa última, precarizando as condições de trabalho, ensejou um amplo debate na sociedade


civil sobre sua legitimidade. Ao flexibilizar direitos duramente conquistados, o legislador faz
uma análise a-histórica ou, numa perspectiva mais crítica, ideologicamente enviesado no
sentindo da manutenção do status quo e da relação de submissão econômica.

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