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MARGARETH N. MONTENEGRO
São Paulo
2006
MARGARETH N. MONTENEGRO
São Paulo
2006
M776a Montenegro, Margareth Neves
Avaliação e estudo dos comportamentos de orientação
social e atenção compartilhada nos transtornos invasivos
do desenvolvimento. / Margareth Neves Montenegro. --
São Paulo, 2007.
171 p.; 30 cm
Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento)
Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2007.
Orientação : Prof.º Dr. Marcos Tomanic Mercadante.
Bibliografia: p. 128 - 133
1. Orientação social. 2. Atenção compartilhada.
3. Transtorno invasivo do desenvolvimento. I.Título.
CDD: 618.928982
MARGARETH N. MONTENEGRO
BANCA EXAMINADORA
Sou esp ecialm ente grata ao m eu orientad or Prof. Dr. Marcos Tom anick
Mercad ante p elo ap oio, interesse e entu siasm o qu e m e acom p anhou em cad a
Aos p ais e às crianças qu e particip aram d esta pesqu isa p ela d ed icação e
cognitiva e Profª. Dra Cristiane Silvetre d e Pau la p elas relevantes contribu ições
Ao Prof. Dr. José Salomão Schwartzman pela enorme colaboração técnica para
d e Med icina, neu rop sicólogos e p siqu iatras, p ela colaboração e d ed icação p ara a
recru tam ento e a realização d a p esqu isa em su as d ep end ências e a tod a a su a equ ip e
Finalm ente, sou eternam ente grata ao m eu m arid o Asd rú bal Montenegro
N eto, p or seu encorajam ento e com p anheirism o ao longo d e tod os esses anos e ao
meu filho Arthur, que gentilmente compreendeu minha dedicação por este trabalho e
Mário Quintana
RESUMO
Initial Social Com m u nication com p rehend s skills that ap p ear in early
infancy. Am ong w hich, Social Orienting (SO) and Joint Attention (JA)
have p roven to be good p red ictors of the d evelop m ent of sociability. The
im p airm ent of su ch fu nctions has been strongly associated w ith the
diagnosis of Pervasive Developmental Disorders (PDD). The present study
has assessed the initial social com m u nication skills (Social Orienting and
Joint Attention) in child ren from 2 to 4 years old w ith typ ical
d evelop m ent (n=19) and in child ren from 3 to 7 years old w ith Pervasive
Develop m ental Disord er (n=17) p aired by m ental age. For the assessm ent
the stu d y has d evelop ed the PAISC - (Protocol of Assessm ent of Initial
Social Com m u nication). The resu lts from the trials of the p rotocol have
d em onstrated that child ren w ith Pervasive Develop m ental Disord er have
show n significantly w orst p erform ance in the Social Orienting and Joint
Attention behaviors if compared to the children with typical development.
Am ong the behaviors, the one that better d istingu ished child ren w ith
Pervasive Develop m ental Disord er from the child ren w ith typ ical
d evelop m ent w as the Initial Joint Attention. The PAISC p rotocol allow s
d etecting changes in the d evelop m ent of social com m u nication in the first
year of life, being an instru m ent for the early d iagnosis and em p loym ent
of intervention p rogram s in the cases of Pervasive Develop m ental
Disorders.
AC Atenção Compartilhada(AC)
ASQ Questionário de Avaliação de Autismo
DSM Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais
ESCS Early Social Communication Scale
IAC Iniciação de Atenção Compartilhada
ICA Iniciação de Comportamento de Ajuda
OS Orientação Social
OpO Orientação para Objetos
OpP Orientação para Pessoas
PACSI Protocolo de avaliação da comunicação social inicial
RAC Resposta de Atenção Compartilhada
TID Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
SUMÁRIO
Introdução .......................................................................................................................................................18
Capítulo 8 Conclusão...............................................................................................................................124
Referências ...................................................................................................................................................127
Apêndices .....................................................................................................................................................134
Anexos ............................................................................................................................................................157
com o “u m a p ervasiva falta d e resp onsivid ad e p ara o ou tro” (APA, 2000). Porém ,
p ara com p reend er o d éficit social intrínseco nestes transtornos, torna-se im p ortante
examinar a m aneira com o as crianças com d esenvolvimento típ ico e atíp ico
teorias têm p rocu rad o entend er esse m ecanism o sob d iferentes p ersp ectivas.
requ erem ráp id a m u d ança d e atenção entre d iferentes estím u los, a qu al seria
d eficiente nos TIDs. Sob essa p ersp ectiva o ato d e com p artilhar atenção está
LOPÉZ, 2000).
Daw son (2004) ap resenta ou tro tip o d e exp licação. Entend e qu e a habilid ad e
p ara a m u d ança ráp id a d e atenção, não é o m ais relevante e sim a natu reza d o
estím u lo a ser p rocessad o. Em bora crianças com TID tenham em geral d eficiência na
orientação e na m u d ança d e atenção, essas d eficiências são m ais evid entes p ara
estímulo social. Esse déficit reflete uma perturbação no mecanismo motivacional que
norm alm ente d ireciona a atenção d o bebê p ara estím u los sociais, tais com o faces e
vozes.
cap acid ad e p ara com p artilhar a atenção com u m p arceiro social está su stentad a no
d esenvolvim ento d e exp eriências d e interação d iád ica qu e são anteriores ao ato d e
Se as p rim eiras exp eriências d o bebê p ara os estím u los sociais são
estu d o d essas habilid ad es na p rim eira infância permite exam inar o grau d e
de Atenção Com p artilhad a (IAC), se ap resenta m ais com p rom etid o d o qu e ou tros
com p ortam entos com o Resp osta d e Atenção Com partilhad a (RAC) e Iniciação d e
Com p ortam ento d e Aju d a (ICA) nas crianças com TID. Esses estu d os demonstraram
Orientação Social (OS) e o com p ortam ento d e com p artilhar interesses com um
de Orientação Social (OS) ju ntam ente com as habilid ad es d e Atenção Com p artilhad a
Social (OS) tanto com os com p ortam entos d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a
(RAC), com o tam bém com os com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção
Compartilhada (IAC).
Com base nessas p esqu isas e p rocu rand o m anter uma p ersp ectiva
Com p artilhad a (AC), p od e au xiliar na com p reensão d esse d éficit central nos TIDs.
Para esse fim u m m étod o d e avaliação d e observação estru tu rad a foi d esenvolvid o, e
intervenção m ais efetiva. Mais esp ecificam ente u m m od elo d e avaliação qu e associa
Orientação Social (OS) e Atenção Com p artilhad a (AC) pode facilitar o m ap eamento
habilid ad es d a com u nicação social inicial. Assim , a m etod ologia foi d esenvolvida
para utilizar os sistemas visual e auditivo, não exigindo nenhuma habilidade verbal.
segu intes tem as. N o p rim eiro cap ítu lo será ap resentad a u m a breve d efinição d os
TIDs e d o au tism o, procu rand o d ar d estaqu e p ara os p reju ízos sociais ao longo d o
exp lorand o as bases conceitu ais d a com u nicação intencional e esp ontânea. A p artir
O terceiro cap ítu lo irá enfocar a com u nicação social inicial, m ais
esp ecificam ente, as habilid ad es d e Orientação Social (OS) e Atenção Com p artilhad a
O quarto cap ítu lo traz a relevância d e se consid erar a avaliação conju nta d e
segu iram essa m etod ologia. Em segu id a serão ap resentad os os instru m entos m ais
avaliação d a com u nicação social inicial, d esd e a su a ap licação até su a cod ificação.
Aind a neste cap ítu lo são d escritos ou tros instru m entos qu e foram u tilizad os p ara
crianças com d esenvolvim ento típ ico e d o gru p o d e casos com d esenvolvim ento
atíp ico serão ap resentad os, segu id os d e u m a d iscu ssão elaborad a através d o qu e se
tem encontrad o atu alm ente na literatu ra. Aind a na d iscu ssão são d estacad as as
lim itações e im p licações d o estu d o Por fim no oitavo cap ítu lo a conclu são é
O PREJUÍZO SOCIAL
1.1 TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO
início p recoce e cu rso crônico. Seus p reju ízos afetam variavelm ente m u itas áreas d o
p assand o p ela lingu agem e com u nicação, até o ap rend izad o e as cap acid ad es
(KLIN, 2006).
Cond ição tip icam ente associad a à inteligência norm al – sínd rom e d e
Asperger.
relação a sintom atologia com o em relação ao grau d e acom etim ento. Ap esar d esse
asp ecto clínico, ap resentam a característica com u m d a interru p ção p recoce d os
processos de socialização.
1.2 AUTISMO
alterações d a com u nicação e p ad rões lim itad os ou estereotip ad os d e com p ortam ento
O d iagnóstico d e au tism o requ er p elo m enos seis critérios com p ortam entais,
social;
restritos de interesse;
relações sociais e afetivas acontecem em seu m eio com ou tras p essoas. N as crianças
norm ais o interesse p elo m eio social é evid ente d esd e o nascim ento. Através d e
m ecanism os básicos d e socialização, tais com o atenção seletiva p ara faces sorrid entes
ou vozes agudas e brincadeiras, a criança busca contato com os seus parceiros sociais.
reforçad ora tanto p ara a criança qu anto p ara o seu p arceiro social. Através d essa
com u nicação e sim bólicas. Desd e ced o as crianças com au tism o ap resentam p ou co
interesse p ela face hu m ana. São observad os d istú rbios no d esenvolvim ento d a
Atenção Com p artilhad a (AC), ap ego e ou tros asp ectos d a interação social (KLIN,
rep resentar os estím u los sociais (exp ressão facial, fala e gestos) qu e são com p lexos,
variáveis e im p revisíveis. A falha no p rocessam ento d esses estím u los lim ita as
op ortu nid ad es d a criança p ara se engajar em exp eriências sociais p recoces qu e são
Assim , o d éficit na Orientação Social (OS) leva a u m d istú rbio neu rológico
conexões sináp ticas qu e norm alm ente são estabelecid as ced o na vid a e p ossibilitam a
base neu rológica p ara su bseqü ente cognição e com p ortam ento social. O
em p obrecim ento d a recep ção d a inform ação social afeta negativam ente o
d esenvolvim ento d a criança au tista tornand o-se assim insu ficiente p ara p rom over o
social inicial envolvem u m forte com p onente afetivo p ositivo, m ais esp ecificam ente
Essa d eficiência em com p artilhar estad os afetivos p od eria elu cid ar o d éficit
u m p ed id o d e aju d a não verbal. Por exem p lo, crianças com au tism o raram ente irão
u sar o contato d e olhar e os gestos, tais com o m ostrar ou ap ontar, p ara com p artilhar
ap ontar p ara eliciar aju d a em obter u m objeto qu e esteja fora d e seu alcance
Com p artilhad a (AC) refletem u m a integração singu lar entre fatores cognitivos e
1998). Um a relação p ossível é qu e a habilid ad e p ara regu lar e coord enar a atenção
através d as habilid ad es d e com u nicação social inicial, m ais esp ecificam ente d e
Atenção Com p artilhad a (AC), é critica p ara a p articip ação ativa d o bebê nas
op ortu nid ad es d e ap rend izad o social a qu al p rovê a base p ara o d esenvolvim ento
cognitivo e com u nicativo (ADAMSON, 1995). A tend ência ativa p ara iniciar u m a
tentativa d e Atenção Com p artilhad a (AC) (m ostrar e exp ressar p razer em u m objeto)
pode repetidamente eliciar respostas verbais e emocionais dos cuidadores que facilita
Assim , sob essa p ersp ectiva, as d iferenças ind ivid u ais d os bebês na recep ção d as
inform ações qu e eles recebem d os cu id ad ores p od em ter u m p ap el significativo na
Assim , m u itos estu d os têm exp lorad o d e d iferentes m aneiras os d istú rbios d a
com u nicação social inicial e, têm ap resentad o várias hip óteses dos tipos d e
mecanismos envolvid o nos TIDs p orém , tod os eles concord am qu e os p reju ízos nas
d esenvolvim ento social e cognitivo (DAWSON et al. 1998; MUNDY; N EAL, 2001;
p esqu isas e tam bém p ara os p rocessos d e intervenção nas crianças com TID
Orientação Social (OS) e d e Atenção Com p artilhad a (AC) está intim am ente
bebê são d irigid as p ara obter resp ostas d o ou tro. Com o na literatu ra não existe u ma
d efinição p ad rão p ara o conceito d e com u nicação intencional, algu m as abord agens
cap acid ad es inatas d o bebê, enqu anto ou tras irão enfatizar o am biente com o
Segu nd o Bates (1975), a com u nicação intencional su rge com o resu ltad o d o
em ergência d as habilid ad es d e Atenção Com p artilhad a (AC), m ais esp ecificam ente
vocalizações até que o seu objetivo seja alcançado. E por fim a vocalização da criança
reage d ifu sam ente com em oções p rim árias p ara situ ações não esp ecíficas. Em
segu id a p assa p ara u m a evolu ção na com p reensão d as p alavras e, p or fim , coord ena
com p ortam entos, m od ificand o sinais com u nicativos d e acord o com su a necessid ad e
e dirigindo a comunicação para mais de uma pessoa, caso não obtenha sucesso com a
continuum d e com p ortam entos, su rgem cad a vez m ais m etas d irigid as e
conceber u m a interação com o não-com u nicativa qu and o na verd ad e o bebê não está
m eram ente resp ond end o p ara o com p ortam ento com u nicativo d o ou tro, m as está ele
p róp rio, iniciand o u m a interação. Mesm o nos p rim eiros contatos com u nicativos
d esenvolvem som ente através d a interação social com os ad u ltos, m as tam bém
estad os m entais p rim itivos volitivos d e objetivo e d esejo. Esse m ecanism o é ativad o
com uma entrada perceptual que pode identificar algo como um agente, que pode ser
qu alqu er coisa qu e apresente autopropulsão. Por seu m ovim ento p róp rio os agentes
são im ed iatam ente interp retad os com objetivo e d esejo. O DI é m u ito básico e
interacional essas habilid ad es inatas p erm item ao bebê p erceber o seu cu id ad or com
intencionalidade.
interação com p rop ósitos, em oções, exp eriências e significad os. A criança e seu
p arceiro estão em u m contato recep tivo im ed iato. Send o assim , não é m eram ente a
m ãe qu e atribu i significad o às ações d a criança, senão qu e a criança “está faland o
Social (OS) e Atenção Com p artilhad a (AC) são críticas p ara o d esenvolvim ento d a
Algu m as pesqu isas têm ap resentad o evid ências qu e com p rovam as intenções
parceiro social (MUN DY; WILLOUGHBY, 1986; MUN DY; SIGMAN , 1989;
p rim eiros 12 m eses, o fazem com u m m otivo intencional p ara com p artilhar estad os
d e interação afetiva com o p arceiro, qu e neste sentid o é visto com o p u ram ente social.
Quando interagem com u m ad u lto reagem consistentem ente d e m aneira d iferente
através d as segu intes situ ações: ap ontam m ais frequ entem ente ao longo d as
situ ações se o ad u lto ativam ente com p artilhar su a atenção e interesse no evento
(cond ição d e Atenção Com p artilhad a (AC)). Se, ao contrário, o ad u lto ap enas olhar
para o evento enquanto ignora a criança (condição do evento), ou apenas olhar para a
criança ignorand o o evento (cond ição d e face) ou ignorand o am bos (cond ição d e
ignorar), os bebês ap ontam com m enos freqü ência ao logo d as situ ações. Essa
d iferença d e com p ortam ento ap resentad o nas d iferentes situ ações elim ina a
p ossibilid ad e d e qu e esses bebês são exclu sivam ente m ovid os p ela d ireção d o
estím u lo ou qu e são m ovid os ap enas p elo ap ontar p ara si m esm o. O contexto social
meio externo tem ocorrido através do emergente interesse no referencial do olhar. Tal
habilid ad e tem se d ifu nd id o com o u m a m anifestação com p ortam ental sim p les e tem
sid o consid erad a com o u m im p ortante m arco d as cap acid ad es cognitivas sociais d a
longo d o p rim eiro ano d e vid a, coincid ind o com a em ergência d as com p etências
são geralm ente caracterizad os com o d iád icos, com o foco atencional d a criança
p erm anecend o exclu sivam ente no p arceiro social d u rante u m a interação face-a-face.
N o entanto, d irigind o-se p ara o fim d o p rim eiro ano d e vid a o com p ortam ento d e
N o d esenvolvim ento típ ico d o bebê, a face ganha u m significad o p articu lar e
As p referências visu ais p or faces, e esp ecificam ente as p referências p ela face d a m ãe,
estão p resentes já nos p rim eiros d ias d e vid a. Entre as id ad es d e três e sete m eses, os
bebês com eçam a d istingu ir com m ais p recisão as faces fam iliares d as faces
desconhecidas (WALTON; BOWER, 1992). Essas evidências dão suporte para o início
d a interação face-a-face ond e as trocas afetivas d o bebê são seletivam ente d irigid as e
atentam ente p ara a face d o p arceiro, p ara reagir com sorrisos, e p ara tornar ativo os
movimentos d e p ré-fala, m ovim entos d e lábio e língu a, am p las abertu ras d e boca
(TREVARTHEN, 1993a). O adulto, por sua vez, irá tipicamente se dirigir ao bebê com
Essa m anifestação está claram ente regu lad a p or am bos, bebê e ad u lto; na verd ad e o
adulto é o m ais im itativo ou o m ais acom od ativo fazend o sinais p ara as respostas d o
bebê (TREVARTH EN , 1977). Um a troca rítm ica é sistem atizad a com cad eias d e
breves “exp ressões” feitas p elo bebê estim u land o o ad u lto p ara ju ntar-se a u m
p or trocas regu lares qu e ocorrem d ep ois d o p rim eiro m ês d e id ad e, entre seis e d oze
sem anas ap ós o nascim ento a term o. Estes com p ortam entos, segu nd o o trabalho
p orqu e esses com p ortam entos d e interação entre o ad u lto e o bebê, exibem m u itas
1979).
trazem evid ências d e qu e ele tem u m p apel ativo nas relações. Essas cap acid ad es d o
bebê configuram-se em uma pré-adaptação para que ele possa iniciar o conhecimento
d o m eio externo no qu al está inserido. Sob essa p ersp ectiva os bebês recém nascid os
possuem u m a m otivação básica p ara se relacionar com p essoas e nas p rim eiras
sem anas ap resentam u m a estreita ligação entre os sistem as d e p ercep ção e ação
organizad a, p arecend o p red isp ostos a respond er seletivam ente a estím u los sociais
(ROCHAT, 2001).
N estas p rim eiras sem anas os bebês estão sintonizad os socialm ente e su a
p articu lares qu e fazem p arte d e seu senso p rivad o d e self (ROCHAT; STRIAN O,
1999).
Por ou tro lad o as m ães tam bém ap resentam , em grau s variad os, com p etências
p ara reconhecer as necessid ad es, p referências e lim ites d o bebê. Elas tam bém
consegu em reconhecer a form a singu lar d e com u nicação d o bebê, tentand o assim
ad ap tar o seu com p ortam ento a esses asp ectos (BRAZELTON ; CRAMER, 1992).
Através d e u m aju ste intu itivo a m ãe atribu i significad os às ações d o bebê d e acord o
com seu conhecim ento sobre ele. Essa atribu ição d e significad os ocorre através d a
sobre as representações e expectativas que tem de seu bebê (MOURA; RIBAS, 2004).
d e u m cu rto esp aço d e tem p o. Essas interações iniciais ocorrem face-a-face, p ois o
intersubjetividade.
p rocu rand o tornar seu s com p ortam entos interessantes e contingentes com os sinais
m aternos p ara u m a necessid ad e interna d e seu corp o. Eles exp ressam estad os d e
Os bebês com p ou cas horas d e vid a são cap azes d e d em onstrar cap acid ad es
Algu m as exp ressões d o bebê com o, sorrir, balbuciar, olhar nos olhos d o ou tro e
m u ito gesto com as m ãos, transmite sentim entos d e interesse e p razer no contato
social. Eles estão com u nicand o estad os d e su a m ente ou intersu bjetivid ad e e isso
p ossibilita ao bebê com p artilhar com ou tras p essoas qu e eles reconheçam com o
A fase triád ica d a com u nicação em erge por volta d os seis m eses d e vid a d o
essa d iferenciação na exp ressão afetiva colabora na interação d o bebê com o m eio,
A característica p rincip al d essa fase é o interesse d o bebê, não m ais som ente
am biente, p erm itind o qu e ele p ossa elaborar jogos m ais com p lexos. Um p ou co antes
d o final d o p rim eiro ano d e vid a ocorre u m sú bito d esenvolvim ento p ara
ap rend izad o e p rofu nd os efeitos na m aneira d e falar e agir d a m ãe p ara com o seu
bebê.
p erm item ao bebê vivenciar p or ele p róp rio, através d as sensações d o seu p róp rio
corp o e d as coisas ao seu red or e os motivos intersubjetivos nos quais o bebê d irige
jogos e ou tras regu lações p ara o p arceiro reagind o d e m aneira alerta p ara p rop ostas
expressivas e em ocionais d ele. Está confirm ad o qu e os d iferentes m otivos p ara esses
d as p essoas e d e se com u nicar com elas, foram d e fato d ivergentes e p eriod icam ente
comportamento:
Regulação – com p ortam entos p ara solicitar aju d a na aqu isição d e objetos ou
entre p arceiros sociais com o objetivo d e com p artilhar exp eriências com
objetos e ou eventos.
1983). Em p rim eiro lu gar su rgiria a cap acid ad e p ara rejeitar objetos e ativid ad es
(p rotesto), em segu id a viria a habilid ad e p ara solicitar aju d a p ara a realização d e
ações e d ep ois p ara obter objetos, e p or fim su rgiria a cap acid ad e p ara cham ar
ambiente.
O ser hu m ano com p reend e o ou tro através d e vários níveis. A com u nicação se
p rivad as e conscientes através d e ações d ecid id as. Tod as as ações volu ntárias são
d esem p enhad as d e tal form a qu e seu s efeitos p od em ser antecip ad os p elo ator e
então aju stad os d entro d a situ ação p ercebid a. A com u nicação interp essoal é
controlad a p elo retorno d e inform ação, com o em tod o com p ortam ento volu ntário.
com u nicação com ou tras p essoas. Du as p essoas p od em com p artilhar controle, cad a
uma pode predizer o que a outra irá saber e fazer (TREVARTHEN; AITKEN, 2001).
Para qu e os bebês p ossam com p artilhar certo controle m ental com as ou tras
p essoas eles necessitam ter d u as habilid ad es. Prim eiro, eles p recisam ser hábeis em
os p rop ósitos são originalm ente regu lad os conscientem ente. A su bjetivid ad e im p lica
qu e os bebês controlem as d ificu ld ad es em relação aos objetos e situ ações p ara eles
m esm os e p ossam pred izer conseqü ências não ap enas nos p rocessos cognitivos
Para se com u nicar os bebês necessitam tam bém ser hábeis p ara ad ap tar ou
também d em onstrar intersu bjetivid ad e, ou seja, seu olhar e su as exp ressões afetivas
são seletivam ente d irigid as e integrad as ao com p ortam ento social d o ou tro
O term o “intersu bjetivid ad e” foi u tilizad o p ela p rim eira vez na p sicologia d o
desenvolvim ento p or Joanna Ryan (1974) e Ju rgen H aberm as (1970) filósofo social
alem ão, p ara exp licar com o o bebê ap rend e lingu agem através d a com u nicação não-
verbal. Esses au tores p rop õem qu e a com petência com u nicativa é m ais básica qu e a
lingu agem e anteced e a ela. Assim Trevarthen (1979) ad ota u m a p osição teórica na
Dessa form a, a intersu bjetivid ad e p rim ária ocorre nas trocas face-a-face, m ais
esp ecificam ente através d e u m a interação d iád ica entre o bebê e seu cu id ad or. N esse
TOMASELLO, 1998).
São cap azes d e com p reend er qu e as ações d o ou tro tem igu alm ente u m
(HOBSON, 1993).
Interessam-se e p restam atenção a coisas ao seu red or. Inicialm ente o bebê é
atraíd o a segu ir o interesse d as ou tras p essoas no m eio. Dep ois, ele m esm o irá
rep resentar exp eriências d istintas d os ou tros. Assim , qu and o ele vivência o m esm o
afeto d o seu p arceiro social, ele o m otiva a continu ar a interação, esp ecialm ente
Com o increm ento d a interação e a m atu ração cognitiva o bebê com eça a ser
cap az d e estabelecer relações não ap enas com o cu id ad or, m as tam bém com ou tros
secundária. Com ap roxim ad am ente u m ano o bebê pod e não ap enas com u nicar-se
d iretam ente com exp ressões sem lingu agem , m as tam bém p od e com p artilhar
vocalizações e gestos, bem como se orienta para objetos, manuseando-os como outras
Com p artilhad a (AC), e m ú tu os aju stes intencionais. Tod as essas cap acid ad es
p arceiro social estão d ivid ind o u m a exp eriência. Essas exp eriências levam o bebê a
iniciar m ais p eríod os d e Atenção Com p artilhad a (AC). Para tanto o bebê ad qu iri a
Algu m as pesqu isas têm d em onstrad o qu e ao iniciar esp ontaneam ente u m ato
de Atenção Com p artilhad a (AC) este geralm ente vem acom p anhad o p or afetos
contato d e olhar e atenção em u m objeto com u m com seu p arceiro ele d e alguma
forma se sente gratificado (KASARI et al., 1999; ADAMSON, 1995; HOBSON, 1993).
CAPÍTULO 3
vez que o déficit dessas habilidades tem sido considerado como primário no autismo,
1991; H OBSON , 1989; MUN DY, 1995; DAWSON et al., 2004). N o cam p o d o
d esenvolvim ento social, algu m as p esqu isas têm su gerid o qu e os d éficits d e Atenção
Com p artilhad a (AC) são centrais p ara as crianças com au tism o (DAWSON ; LEWY,
1989; MUN DY; N EAL, 2001). Orientação Social (OS) tem , nas p esqu isas m ais
longo d o d esenvolvim ento d a criança. Por essa razão tem sid o inclu íd a nas
avaliações ju ntam ente com Atenção Com p artilhad a (AC), p ossibilitand o assim , o
conhecim ento d e algu m as relações entre os com p ortam entos esp ecíficos d essas
resu ltad o d e u m a falha básica e anterior p ara seletivam ente se orientar p ara os
Orientação Social (OS) su rgem ced o, p or volta d e 5-7 m eses através d e volição ativa
p ara os estím u los sociais, tais com o o giro d e cabeça qu and o o nom e é cham ad o
(OS) sejam sem elhantes a ações reflexas, os estím u los sensoriais d o am biente
som ente irão eliciar esses com p ortam entos (giro d e cabeça ou m u d ança d o olhar) se
eles rep resentarem algu m a im portância p ara o ind ivíd u o (POSNER, 1980). As
interações sociais nesse p eríod o d o d esenvolvim ento d a com u nicação se iniciam p ela
Qu and o ocorre u m d istú rbio d e Orientação Social (OS) a criança jovem com
au tism o falha p ara se orientar no sentid o d e estím u los sociais qu e ocorrem em seu
ambiente de maneira cotidiana e natural, tais como expressão facial, fala e gestos. Um
p ara os estím u los sociais (DAWSON et al., 2004). Sob essa p erspectiva é a natu reza
estím u los sociais e não-sociais. Consid erand o essas evid ências, crianças com au tism o
elas d e algu m a form a não consid eram essas inform ações, u m a vez qu e essa falha
A análise retrosp ectiva d e víd eos caseiros no p rim eiro aniversário d a criança
tem d em onstrad o qu e certas m ed id as d e interação social d iád ica tais com o falhas
para resp ond er ao cham ad o d o nom e, têm d iscrim inad o crianças com au tism o
(DAWSON et al., 1998) e esp ecificam ente p revisto d iagnóstico d e au tism o m u itos
anos m ais tard e (BARANEK, 1999). Estu d os m ais recentes têm su gerid o qu e essas
tornand o m ais velha. Dois estu d os sep arad os, Daw son, Meltzoff, Osterling, Rinald i e
Brow n (1998) e Leekam , Lóp ez e Moore (2000) testaram crianças p ré-escolares na su a
habilidade para se orientar para estímulos sociais tais como chamar pelo nome e para
ou tros estím u los não sociais. Am bos os estu d os encontraram qu e crianças com
au tism o são p reju d icad as esp ecificam ente em orientação p ara os estím u los sociais
com p arad o aos estím u los não sociais. Tais achad os, p ortanto, su gerem qu e algu m as
op ostam ente p ara os não sociais. Foi p rop osto qu e as d ificu ld ad es p ara a Orientação
Social (OS) p od em ind icar d istú rbios neu rológicos esp ecíficos e p od em estar
ap rend izad o d os significad os d os sinais e sím bolos sociais criand o su bseqü entes
d ificu ld ad es com Atenção Com p artilhad a (AC) triádica. Esses resu ltad os su gerem
p ortanto, os com p rom etim entos sim bólicos e m eta-rep resentacionais são as
exp loração d e u m terceiro elem ento em seu am biente. A interação d o bebê p assa a
coord enar a atenção torna-se consolid ad a e tem sid o consid erad a com o o p onto alto
continu a com a m u d ança d e d ireção d a atenção d o bebê p ara a interação triád ica
cap acid ad e qu e d em onstram os ind ivíd u os p ara coord enar a atenção com u m
habilid ad es d a Atenção Com p artilhad a (AC) com eçam a ser observad as p or volta
criança p ara segu ir a d ireção ind icad a p elo olhar, giro d e cabeça ou u m gesto
de apontar realizado por outra pessoa (SCAIFE; BRUNER, 1975) Essa conduta
m ais sim p les aos m ais com p lexos no desenvolvimento da criança com
d esenvolvim ento típ ico. N as etap as iniciais d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a
(RAC) é p ossível observar o bebê segu ind o os m ovim entos d o p arceiro social qu e
ap onta as im agens d e u m livro (p onto p roxim al). N este nível, a ú nica coisa qu e o
bebê tem qu e fazer é orientar a cabeça e os olhos p ara a im agem . N u m nível m ais
complexo o bebê p od erá segu ir a d ireção d o olhar d o p arceiro social qu and o ele
aponta com o dedo algo do outro lado da sala (ponto distal) por ex. um brinquedo no
Também existem níveis m ais com p lexos e m ais sim p les nos com p ortam entos
d istintas etap as d o d esenvolvim ento d o bebê. Em u m nível m ais sim p les o bebê
estabelece contato visu al com u m p arceiro social, enqu anto m anip u la ou toca u m
antes d os sinais d o p arceiro social, e isso p od e ocorrer com ou sem contato visu al
crianças com autismo entre dois e seis anos de idade permitem predizer com bastante
segu rança su a tend ência a iniciar a interação social esp ontânea com ou tras p essoas
d iferente d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC), está relacionad a com
d iferenças ind ivid u ais na intensid ad e d os sintom as sociais d as crianças com au tism o
Compartilhada (IAC) reflita a tend ência p ara iniciar cond u tas d e coord enação d e
atenção social esp ontaneam ente enqu anto qu e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a
(RAC) é uma medida de tendência a responder a um sinal realizado por outra pessoa
p ara ind icá-la a m u d ar o p onto d e atenção (MUN DY; KASARI; SIGMAN , 1992). N a
realid ad e, a tend ência a iniciar esp ontaneam ente ep isód ios nos qu ais se com p artilha
a exp eriência afetiva d e u m objeto ou acontecim ento com u m p arceiro social p arece
explicar-se p ela d im inu ição d a tend ência a iniciar ep isód ios d e afeto p ositivo
d os gestos p ara iniciar a coord enação d a atenção com ou tra p essoa p ara
Num nível mais simples a criança estabelecerá contato visual com um parceiro
criança. Tam bém é p ossível observar com o a criança estend e os braços qu and o u m
brinquedo está fora de seu alcance, com ou sem contato visual (ver figura 5).
Figura 5 – ICA – Solicitação
As rep resentações m ais com p lexas d e iniciação d e com p ortam ento d e aju d a
d iád ica p ara a triád ica p ressu põe m od ificações na d ireção d a atenção d a criança.
exem p lo, estend end o a m ão p ara p egar algo enqu anto abre e fecha a m ão
(CARPEN TER et al., 1998). N o entanto, é p reciso d eterm inar (bem com o p ara
é intencional. Por exem p lo, o estend er a m ão p recisa estar com binad o com o
olhar em d ireção à m ãe, ap ontand o p ara o objeto d esejad o, su stentand o a
indicadores de intenção.
assem elham m ais com o com partilhar esp ontâneo d e exp eriências, objetos e/ou
eventos com o p arceiro social. Por ou tro lad o, a fu nção p rotoim p erativa está m ais
com p ortam entos têm u m a p rop osta im p erativa d e solicitação p ara servir, através d e
p rotoim p erativas e p rotod eclarativas são sim ilares ap resentand o-se lento, p orém
firm e, com o au m ento nas ocorrências p ara coord enar os ep isód ios d e Atenção
top ografia com o resu ltad o d o au m ento d o d esenvolvim ento d e gestos sofisticad os e
explícitos.
crianças jovens com au tism o, m ais esp ecificam ente através d e com p arações entre os
funções. A fu nção p rotod eclarativa se ap resentou com u m com p rom etim ento
significativo tanto na com p reensão com o na p rod u ção d e seu s atos, o qu e não
ocorreu em relação aos atos d a fu nção p rotoim p erativa. (MUN DY; SIGMAN ;
KASARI, 1994; MUN DY et al., 1986). Assim, pode-se d estacar na criança com
autismo certa habilid ad e p ara coord enar o olhar e ou tros canais com u nicativos entre
os atos d e com p artilhar exp eriência entre p essoas, objetos ou eventos, encontram -se
gravemente comprometidos.
Esses resu ltad os demonstram que são no contexto social, através d a interação
Atenção Com p artilhad a (AC) é a habilid ad e p ara com p artilhar estad os d e interação
afetiva. A atenção e o interesse para com p artilhar é u m a m otivação e neste sentid o é
crianças norm ais, au tistas e com retard o m ental. Crianças au tistas falham em
ap resentar altos níveis d e afeto p ositivo d u rante as situ ações d e Iniciação d e Atenção
níveis m aiores d e afeto p ositivo tanto em Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC)
com o em situ ações d e solicitação. Estes achad os d eram su p orte p ara a hip ótese d e
d ivid ir e com p arar as exp eriências afetivas com ou tras p essoas em relação a u m
inform ação p rop riocep tiva (ex. m ovim entos faciais), cau sad as p or u m estím u lo
externo (ex: jogos sociais), é com p arad a com a inform ação afetiva p ercebid a nos
p ara rep resentações m ais com plexas u m a vez qu e o bebê continu ará a integrar
rep resentações d o seu p róp rio afeto com o d e ou tras p essoas evolu ind o p ara o
aqu isição d e ou tras habilid ad es qu e p or su a vez, irão se configu rar em novas etap as
N os cap ítu los anteriores foi d iscu tid o qu e a estreita relação entre as
sob u m a p ersp ectiva d esenvolvim entista. Assim , a Atenção Com p artilhad a (AC)
interação d iád ica entre o bebê e seu s pais. Essas evid ências ap ontam p ara a
habilid ad es d iád icas e triád icas. A avaliação conju nta d e Orientação Social (OS) e
Atenção Com p artilhad a (AC) permite am p liar os conhecim entos d a com u nicação
social inicial no cu rso d o d esenvolvim ento típ ico d a criança e, consequ entem ente,
Ao contrário d os estu d os sobre d esenvolvim ento típ ico, o foco d as p esqu isas
sobre au tism o têm sid o as habilid ad es triád icas d a com u nicação social, m ais
cau sas p ara essa ênfase p od e ocorrer p orqu e algu ns teóricos d o au tism o tend em a
colocar os com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC) com o central nas
com p ortam entos são os p rim eiros ind icad ores d istingu íveis d a fu nção sim bólica e
Atenção Com p artilhad a (AC) sejam fu nd am entais p ara d iscrim inar crianças jovens
com autismo. Por outro lado há evidências que muitos atos de interação social inicial,
tais com o falhar p ara resp ond er ao nom e, tam bém d iscrim inam crianças com
au tism o (BARAN ECK, 1999; DAWSON et al., 1994, DAWSON et al., 2004; MUN DY
E NEAL, 2001).
(LEEKAM; RAMSDEN , 2006). N este sentid o recentes estu d os têm u tilizad o m étod os
Com p artilhad a (AC) (DAWSON et al., 1994; LEEKAM; RAMSDEN , 2006). Algu ns
Este p rocedimento foi ap licad o em crianças com d esenvolvim ento típ ico com
são vid eogravad as através d e u m a sala d e esp elho. As film agens são feitas d e u m
close d a criança a p artir d o tronco. Um segu nd o exam inad or p erm anece na sala e
consistem d e (a) bater p alm as três vezes e, (b) cham ar o nom e p or três vezes. Em
segu id a são ap resentad os dois estím u los não sociais (a) tocar u m a caixa d e m ú sica
seu cam p o visu al, atrás à d ireita e atrás à esqu erd a. Um escore d e 0 a 5 em
fam iliarid ad e d os estím u los ap resentad os é ap licad o ju nto aos p ais d a criança. A
nú m ero d e estím u los sociais e não-sociais. Assim , os qu atro estím u los sociais
consistem em (a) cantar com a boca fechad a em tom neu tro, (b) cham ar p elo nom e,
(c) estalar os d ed os, (d ) bater as m ãos nas p ernas. Os qu atro estím u los não-sociais
têm com o característica os sons m ecânicos d e objetos inanim ad os, em bora sejam
tocando, (c) assobiar um apito (d) um carro de brinquedo com som dando a partida.
com p ortam entos sociais e com u nicação d a criança e d o ad u lto au tista, send o
m étod o d e observação com p ortam ental visa satisfazer d u as finalid ad es, a p rim eira
asp ecto qu alitativo d os com p ortam entos sociais e com u nicativos qu e se ap resentam
com p ortam entos sociais, d a com u nicação, e d o jogo d a criança com su sp eita d e
autismo.
“resp osta d a criança ao ou vir seu nom e ser cham ad o d u rante u m a entrevista
específica”. Este item é codificado com base nas respostas do participante nas sessões
m . Se a criança falha em se orientar p ara os olhos ou a cabeça d o exp erim entad or,
este rep ete o p roced im ento. Se a criança falha em se orientar p ara o estím u lo ap ós
qu atro p rovas, u m d os p ais p resente é solicitad o p ara cham ar a criança p elo nom e
exp erim entad or e fez contato d e olhar em p elo m enos u m d os d ois p rim eiros
cham ad os feitos p or ele. Um escore d e 1 ind ica qu e a criança resp ond eu no terceiro
ou qu arto cham ad o p elo nom e feito ap enas p elo exp erim entad or ou olhou em
d ireção a u m d os p ais p resente e fez contato d e olhar im ed iatam ente no p rim eiro ou
segu nd o cham ad o. Um escore d e 2 ind ica qu e a criança não fez contato d e olhar com
constante nas p esqu isas qu e investigam esses com portam entos. Os m étod os d e
frente a ela. Qu atro cru zes am arelas, ap roxim ad am ente d e 20,32 centím etros d e
157,48 centím etros a p artir d o centro d a sala. As cru zes são colocad as 30 grau s na
esqu erd a. Existem d ois tip os d e p rovas d e Atenção Com p artilhad a (AC): (a) o
exp erim entad or olha p ara o objeto, e (b) o exp erim entad or ap onta p ara o objeto. O
exp erim entad or agu ard a até qu e a criança ap arente estar envolvid a com o
brinqu ed o. Então ele bu sca ganhar a atenção d a criança tom and o o brinqu ed o e
face d o exp erim entad or, o brinqu ed o é então rem ovid o d a su a frente e u m a d as
qu atro p rovas d e Atenção Com p artilhad a (AC) é ap licad a. Elas consistem d e (a)
ap ontar p ara a cru z qu e está em frente à criança, (b) ap ontar p ara a cru z qu e está
atrás d a criança, (c) olhar p ara a cru z qu e está na frente d a criança, (d ) olhar p ara a
cru z qu e está atrás d a criança. Esse m od elo ap resenta ap enas p rovas qu e avaliam os
Para a avaliação d os com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC) ap lica-
Compartilhada (RAC).
ap ontar, olhar ou am bos, bu scand o a atenção d a criança p ara u m objeto longe d o seu
exp erim entad or se coloca d iretam ente e frente a ela e estabelece contato d e olhar,
exp erim entad or d iz: “Olhe, [nom e d a criança]” e olha na d ireção d e u m brinqu ed o
resp ond e p ara essa p rova d e AC através d a d ireção d o olhar d o exam inad or p ara o
brinqu ed o, a p rova então é rep etid a com a frase “Olhe isso”. Se a criança falhar p ara
resp ond er a esse convite, o exam inad or d iz: “[N om e d a criança,], olhe isto” e ap onta
orientação d os olhos e face d o exam inad or com o u m sinal p ara se d irigir p ara o
atenção p ara o brinqu ed o. Um escore 2 ind ica qu e a criança não resp ond eu p ara
nenhu m a d as p rovas ou qu e o exp erim entad or não foi hábil o su ficiente p ara obter a
p ara objetos qu e não estão ao seu alcance e nem ao alcance d o ad u lto, u nicam ente
com a p rop osta d e com p artilhar a atenção, sem a intenção d e solicitá-lo. Este item é
cod ificad o através d o ju lgam ento d o exam inad or em relação às tentativas d a criança
para atenção p rotod eclarativa d u rante tod o o cu rso d a sessão lú d ica. Um escore 0
ind ica qu e em p elo m enos u m a ocasião a criança d irige a atenção d o ad u lto p ara u m
objeto d istante, olhand o-o, estabelecend o contato d e olhar com o ad u lto e novam ente
não é necessário p ara receber a p ontu ação 0. Para obter u m escore 0 é necessário qu e
objeto d istante através d o olhar, ap ontar ou vocalizar ou p elo olhar ou ap ontar p ara
criança d em onstre atenção p ara o ad u lto ou p ara o objeto, mas falha para integrar os
distante.
Early Social Communication Scale (ESCS) – (MUNDY et al., 2003)
classificar em três categorias os com p ortam entos d a com u nicação social inicial d a
d ivid em em : com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC) Iniciação d e Atenção
e o exp erim entad or sentam -se frente a frente em u m a p equ ena m esa. Um a varied ad e
longe d e seu alcance. São eles: a) três p equ enos brinqu ed os d e cord a, b) três
brinqu ed os qu e se op era m anu alm ente, c) u m p equ eno carro e u m a bola qu e role
facilm ente p ela m esa, d ) u m livro com grand es figu ras em cad a p ágina, e) u m p ente
esqu erd a, d ireita e atrás d a criança. O exp erim entad or ativa os brinqu ed os
apresentando-os u m d e cad a vez. Alternad am ente o exp erim entad or olha p ara os
d e com u nicação não verbal segu em a cod ificação d e acord o com três níveis d e
desenvolvimento:
Interação Social
Comportamentos de Regulação
N ível 3. Resposta (3) Seguir u m sim ples com and o, ex. “Dê-m e isso !” ou
“sente-se !” fazendo um gesto.
Iniciação (4) criança combina contato d e olhar e tentativa d e obter
ajuda quand o o brinqu ed o está fora d e seu alcance ou
cessa. (5) criança aponta para o brinqu ed o fora d e seu
alcance (MUNDY et al., 1986, p. 661).
não estru tu rad a, realizados através d a sessão d e jogo livre, ap resentam com o
p equ ena d e interferência su bjetiva nos seu s resu ltad os. Tend o em vista as p ou cas
m etod ológico torna-se confiável p ara o início d os estu d os sobre essa fase inicial e
pré-verbal da comunicação.
CAPÍTULO 5
HIPÓTESES E OBJETIVOS
5.1 HIPÓTESES
5.2 OBJETIVOS
avaliação d as habilid ad es d a com u nicação social inicial, m ais esp ecificam ente
Orientação Social (OS) e Atenção Compartilhada (AC) no p rim eiro ano d e vid a, em
sistem a visu al e au d itivo, não exigind o nenhu m a habilid ad e verbal. Esp ecificam ente
Avaliar as habilid ad es d a com u nicação social inicial, m ais esp ecificam ente as
crianças com d esenvolvim ento típ ico e em crianças com transtorno invasivo
do desenvolvimento.
Específicos:
Desenvolvimento;
p elo p rotocolo, tem p otencial p ara d iscrim inar crianças com Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento.
CAPÍTULO 6
MÉTODO
6.1 DESENHO DO ESTUDO
6.2 SUJEITOS
n= P1 (100-P1) + P2 (100-P2) f ( )
(P2-P1)2
ao final d o p rim eiro ano nas crianças com d esenvolvim ento típ ico (P2) e u m a
aqu isição d e 40% d e com p ortam entos d e Orientação Social (OS) em crianças com
d istú rbio d o d esenvolvim ento d e ate 5 anos, o resu ltad o d o cálcu lo obtid o p ara o n
O gru p o controle foi com p osto p or 19 crianças com d esenvolvim ento típ ico
faixa etária não foi p ossível em d ecorrência d e fatores contextuais esp ecíficos p ara
pareamento da amostra.
Critérios de Inclusão:
Critérios de Exclusão:
Deficiências Sensórias;
Síndromes Genéticas.
Pareamento da amostra
6.3 INSTRUMENTOS
Social (OS) e Atenção Com p artilhad a (AC). Com base nos conhecim entos d o
desenvolvim ento d essas habilid ad es e nas recentes p esqu isas o m étod o tem o
com u nicação não verbal qu e em ergem tip icam ente entre 8 e 24 m eses, p od end o ser
ap licad o em crianças com d esenvolvim ento típ ico e em crianças com atraso no
observação estru tu rad a qu e são u tilizad os atu alm ente em recentes p esqu isas. Ao
figu ras d e p ersonagens p reviam ente conhecid as. Tam bém se u tilizou brinqu ed os
qu e ap resentassem estím u los visu ais e au d itivos p ara qu e tod o o sistem a sensorial
d a criança p u d esse ser u tilizad o na exp loração d os brinqu ed os. N a ap licabilid ade
Daw son, Meltzoff, Osterling, Rinald i e Brow n (1998). O m od elo consiste em d ois
estímulos sociais: bater palmas 3 vezes e chamar pelo nome 3 vezes, e dois estímulos
criança.
vem a ser social ou não social. Assim , p ara qu e as p rovas não fossem consid erad as
exclu sivam ente sob esse tip o d e classificação, consid erou -se o tip o d e orientação
com novos m ateriais. Um telefone celu lar d e brinqued o com estím u los visu ais e
d ireção, estím u los visu ais e au d itivos com sons variad os d e carros. Com o objetivo
d e p otencializar a p rova foram consid erad as as resp ostas verbais (resp osta ao
cham ad o d o nom e) e as resp ostas não verbais (assentir com a cabeça ou bater
p alm as ju nto com o exp erim entad or) d as crianças. Assim , para cad a p rova d e
colocad o em qu atro pontos d a sala, send o d ois atrás e d ois ao lad o d izend o: “lá está
um Mickey”.
m od ificad as, elim inand o-se o cham ad o p elo nom e antes d o ap ontar p ara os 4
p ôsteres d istribu íd os atrás e ao lad o d a criança, p ara qu e não ocorresse sobrep osição
com as p rovas d e Orientação p ara Pessoas (OpP) “cham ad o ao nom e”. Assim , a
avaliações. Assim , p ara cad a p rova d e Resp osta d e Atenção Com p artilhada (RAC)
foram consid erad as as d ireções d e olhar p ara ap ontar e as resp ostas verbais (sim , é
uma flor) e não verbais (assentir com a cabeça olhando ou não em direção ao pôster).
ap resentar brinqu ed os d e cord a p ara a criança longe d e seu alcance p or 6 segu nd os,
com ele e m anu seá-lo p or m ais 15 segu nd os, totalizand o 35 segu nd os com o
6.3.1.1 Material
4 Posters
2 Brinquedos Sonoros
4 Brinquedos de Corda
6.3.1.2 Provas do Instrumentos
Apontar p/ o poster atrás à esquerda e à direita Apontar p/ o poster na frente à esquerda e à direita
Em bora o esp aço físico d as salas tenha variad o d e acord o com a institu ição
brinqu ed os são arm azenad os fora d a visão e d o alcance d a criança. N enhu m ou tro
(Ap ênd ice H ), p articip and o e interagind o natu ralm ente com a criança d e m aneira
verbal reduzida para permitir uma diferenciação clara das tentativas de comunicação
livrem ente. Tod as as sessões foram film ad as. As film agens consistiram d e u m close
d a p arte d o tronco p ara cim a d a criança qu e se encontrava d e frente p ara a câm era e
câmera. A câm era ficou p osicionad a d entro d a sala p or lim itação d os esp aços físicos
“Eu vou apresentar para o seu filho(a) alguns brinquedos para ver como ele(a) usa gestos,
contato de olhar, e linguagem para interagir comigo. Eu sei que seu filho(a) prefere brincar
com você do que comigo, no entanto, é importante tentar manter a atenção dele(a) em mim. Se
o seu filho(a) tentar interagir com você, corresponda com um sinal afirmativo e então dirija a
atenção dele(a) para mim. É muito importante que você não ajude seu filho(a) a operar o
brinquedo. N ão é esperado que seu filho(a) seja hábil em operar o brinquedo nesta situação,
pois não estamos testando essas habilidades e não existem maneiras de agir corretas ou
erradas. Você pode me ajudar mantendo seu filho(a) em seu colo, ou pegando um brinquedo do
chão caso ele(a) deixe cair”.
Resposta - A criança resp ond e verbalm ente ao cham ad o d o exp erim entad or
p recisa d ivid ir seu olhar entre o objeto e os olhos d o p esqu isad or. O
Contato de olhar – Faz contato d e olhar com o exp erim entad or enqu anto
d eve ser consid erad o com o com p ortam ento d e ap ontar. O ap ontar p od e
ocorrer com ou sem contato d e olhar sim u ltâneo com o p esqu isad or. Se
mostrar.
Outros Comportamentos - Qu alqu er com p ortam ento d e IAC d irigid o aos p ais
suficientemente para indicar que ele(a) está olhando na direção correta através
Examinador: “É um porquinho?”
Os com p ortam entos são cod ificad os p ela p esqu isad ora através d as gravações
N ão será cred itad o 1 p onto se a p esqu isad ora falar “olhe”, se a d ireção d o
ap ontar d a p esqu isad ora não p od e ser d eterm inad a p orqu e ela não está visível ou se
inteligência inata qu e não sofre as influ ências ed u cativas, cu ltu rais ou sociais. Por ser
(QIF) ap enas d ois su b-testes foram ap licad os. Sub-teste 5 – Seqü ential Ord er e Su b-
qu estões qu e são com p letad as p elos p ais ou cu id ad ores d e crianças com su sp eita d e
d iagnóstico d e TID. As qu estões foram m od ificad as p ara serem m ais com p reensíveis
com p ortam entos verbais e sociais. Du as versões d o qu estionário foram elaborad as,
pontuação de:
0 a 15 – Desenvolvimento Normal
p ara ser com p letad a p or p ais ou cu id ad ores d e crianças com su speita d e d iagnóstico
com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC), send o qu e seis são esp ecíficas
para avaliar Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC), seis para avaliar Iniciação de
Com p ortam ento d e Solicitação (ICS), e qu atro p ara avaliar Resp osta d e Atenção
Compartilhada (RAC). Além d essas qu estões, a p esqu isad ora acrescentou d u as sobre
orientação p ara p alm as. Para cad a qu estão existem 4 p ossibilid ad es d e resp osta,
send o nu nca = 0, às vezes = 1, frequ entem ente = 2 e, não tenho certeza = exclu íd o
p ara análise. A p ontu ação se faz com a som a d os p ontos obtid os em cad a su bgru p o
d e resp ostas (IAC/ RAC/ ICS/ OS) d ivid id os p elo nú m ero d e resp ostas resp ond id as
de cada subgrupo (excluindo a resposta não tenho certeza). Ao final soma-se a média
d e cad a su bgru p o d e resp ostas (DELGADO; MUN DY; BLOCK, 2001). Para a
ap licação o instru m ento foi trad u zid o p ela p esqu isadora. O instru m ento trad u zid o
O gru p o d e crianças com d esenvolvim ento típ ico foi recru tad o na Pré-escola
p ara au torização d a realização d a p esqu isa na escola através d e carta, (Ap ênd ice A)
inform ação e consentim ento livre e esclarecid o (Ap ênd ice B). A escola tam bém
colaborou enviand o p ara os p ais as cartas convites e d isp onibilizand o u m a sala p ara
a ap licação d os testes. O recru tam ento se fez através d e carta convite (Ap ênd ice C),
enviad a aos p ais. Em anexo à carta convite segu iu u m d e acord o com inform ações
O gru p o d e crianças com TID foi recru tad o através d as segu intes
instituições:
d e carta convite (Apêndice D), enviad a aos p ais. Em anexo à carta convite
e tratam ento com crianças au tistas. O recru tam ento se fez através d e carta
foram encaminhadas aos pais das crianças que se apresentavam dentro dos
Social d a Escola Pau lista d e Med icina coord enad o p elo Prof. Dr. Marcos
critério d e inclu são d a p esqu isa através d o cad astro d e su jeitos m antid os
nas instituições.
6.5 PROCEDIMENTO
Ap ós o p rojeto ter sid o ap rovad o p elo com itê d e ética em p esqu isa d a
crianças com d esenvolvim ento típ ico d a escola Recanto Infantil, exp licand o os
objetivos, os d etalhes d a p esqu isa e a solicitação p ara a p articip ação (Apêndice C).
Em anexo a essa carta seguiram d e acord o com d etalhes d o d ia, horário e contato
p ara o agend am ento. Um total d e 26 p ais resp ond eu à solicitação concord and o em
p articip ar d a p esqu isa; d esse total, 19 p articip aram . A p erd a d a am ostra ocorreu p ela
aplicações. A escola ced eu d u as tard es p or sem ana com sala d evid am ente ad ap tad a
p ara as sessões d e avaliação. O esp aço fam iliar p erm itiu qu e tanto as crianças como
consentimento (Ap ênd ice F/ G) p ara a p articip ação no estu d o e p ara a vídeo-
versões, com ou sem p erm issão d o u so d a im agem p ara fins acad êm icos. Tam bém
Qu anto ao gru p o d e casos com TID, o recru tam ento se fez através d e carta
convite aos p ais na AMA e na Grad u al (Ap ênd ice D e E). N o N ú cleo d e Pesqu isa em
Am bu latório d e Cognição Social d a Escola Pau lista d e Med icina o recru tam ento se
fez através d o cad astro d e su jeitos qu e se encontravam d entro d o critério d e inclu são
O p rogram a Statistical Package for Social Sciences SPSS 15.0 foi u tilizad o p ara
d esenvolvim ento típ ico e p ara a am ostra d o gru p o com TID. Os valores d e p foram
intervalo d e confiança (95% IC). Para avaliar a concord ância entre cod ificad ores p ara
da amostra.
u m a am ostra. N o caso d a d istribu ição norm al foi u tilizad o o teste-t d e Stu d ent p ara
com p aração entre as m éd ias d os gru p os. Para as d istribu ições qu e não se
relação entre duas variáveis. O coeficiente r pode variar de 0,00 a +/- 1,00.
d iagnóstico d e TID. Prim eiram ente, foram cond u zid as análises u nivariad as
para cada uma das provas (IAC, RAC, OpP, OpO, ASQ e PICS), obtendo-se as
razões d e chances (RC; odds ratio) p ara cad a u m a d elas. Em segu id a, foram
cond u zid as análises m u ltivariad as consid erand o-se som ente as p rovas qu e
qu and o tod as elas são testad as conju ntam ente. Para a cond u ção d as análises
RESULTAD OS E DISCUSSÃO
7.1 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS
m ental. Assim , d e acord o com a tabela 1, a am ostra foi p aread a p ela id ad e m ental na
faixa de 40 a 43 meses.
GRUPOS
Controle Casos
Para avaliar a concord ância entre cod ificad ores foi calcu lad o o coeficiente d e
(IAC), o coeficiente foi d e 0,95 (p< 0,001), send o qu e o intervalo d e confiança (95%)
variou entre 0,76 e 0,99. Para avaliação d a p rova d e Resp osta d e Atenção
confiança (95%) variou entre 0,87 e 0,99. Para avaliação d a p rova d e Orientação p ara
Pessoa (Op P), o coeficiente foi d e 0,95 (p <0,001), send o qu e o intervalo d e confiança
(95%) variou entre 0,85 e 0,98. Para avaliação d a p rova d e Orientação p ara Objetos
(Op O), o coeficiente foi d e 0,96 (p <0,001), send o qu e o intervalo d e confiança (95%)
variou entre 0,87 e 0,93. Assim a concord ância entre cod ificad ores foi
significantemente alta, ind icand o confiabilid ad e p ara a cod ificação d o p rotocolo. N a
Tabela 2 – resultados dos codificadores nos grupos controle (1) e casos (2)
Sujeitos Grupos IAC (cod 1) IAC (cod 2) RAC (cod1) RAC (cod2) OpP (cod1) OpP (cod2) OpO (cod1) OpO (cod2)
1 1 11 11 16 16 20 14 6 6
2 1 19 12 16 12 24 28 6 6
3 1 28 24 14 14 28 28 6 6
4 1 24 20 15 14 28 27 6 6
5 1 30 22 12 15 29 26 6 6
6 1 35 33 14 14 37 31 6 6
7 2 3 2 0 2 10 10 5 5
8 2 0 0 3 1 4 5 6 6
9 2 0 0 1 1 7 7 2 3
10 2 3 3 1 1 14 16 6 6
11 2 1 1 1 3 8 9 6 6
cod1 – codificador nº 1, cod2 – codificador nº2
d esem p enho d os su jeitos d o gru p o controle e d o gru p o d e casos nos instru m entos
Orientação p ara Objetos (OpO) m antiveram as m éd ias d os d ois gru p os qu ase igu ais.
PICS e teste Leiter as m éd ias d as crianças com d esenvolvim ento típ ico foi m aior d o
que as médias das crianças com TID, apresentando diferenças significantes (p<0,01).
Iniciação de Atenção
Compartilhada (AC) (IAC) Controle (19) 24,47 (8,9) 8,249 (,000)**
(IAC) Caso (17) 4,59 (4,6)
Resposta de Atenção
Compartilhada (AC) (RAC) Controle (19) 13,42 (2,7) 5,094 (,000)**
(RAC) Caso (17) 5,65 (5,9)
** p<0,01
* p<0,05
Os d ad os d a tabela 4 e 5 ap resentam resp ectivam ente o teste estatístico d a
Idade Idade Mental IAC RAC OpP OpO PICS ASQ Leiter
ASQ -,166
Leiter
** p<0,01
* p<0,05
Idade Idade Mental IAC RAC OpP OpO PICS 1 ASQ Leiter
ASQ -,602(*)
Leiter
** p<0,01
* p<0,05
Os dois grupos da amostra apresentaram a mesma correlação estatisticamente
crianças com d esenvolvim ento típ ico (r =,745 e p <0,01) qu anto nas crianças com TID
e p < 0,01) e com o qu estionário PICS (r =,498 e p <0,05). Assim qu and o a Idade
apresentou correlação positiva com Orientação para Pessoas (OpP) (r =,799 e p <0,01)
criança com d esenvolvim ento típ ico o au m ento d a cap acid ad e p ara se orientar p ara
negativa com o qu estionário ASQ (r = -,461 e p <0,05) no gru p o controle. Assim , com
o au m ento d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC) a pontu ação no ASQ
d im inu i. Já no gru p o d e casos a variável Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC)
au m ento d e Resp ostas d e Atenção Com p artilhad a (RAC) au m enta tam bém a
correlação com a variável Orientação p ara Objetos (Op O) (r =,644 e p <0,01). Esse
Diferentem ente no gru p o d e casos essa variável não ap resentou correlação com
questionário ASQ.
N o gru p o controle a variável d o qu estionário PICS não ap resentou nenhu m a
m enor o resu ltad o d o teste Leiter. N o gru po controle as correlações d o ASQ foram
descritas a cima.
conform e citad o acim a, no gru p o d e casos ocorreu correlação com Resp osta d e
Regressão Logística
Para verificar se as p rovas d o p rotocolo (PACSI) teriam valor p red itivo p ara o
su m ariza as razões d e chances (OR) e intervalo d e confiança 95% (IC 95%) p ara as
Orientação p ara Pessoas (Op P) , ASQ e PICS. Para a p rova d e Orientação p ara
Objetos (Op O) não foi obtid a significância estatística. Valores d e razões d e chances
m aiores qu e 1 ind icam m aior chance d e d iagnótico d e TID, qu and o são m enores qu e
Compartilhada (IAC), Resp osta d e Atenção Com p artilhad a ((RAC), Orientação p ara
Pessoas (Op P) e questionário PICS, ind icand o qu e a cad a au m ento na p ontu ação
d essas p rovas, a chance d e d iagnóstico d e TID d im inu i. Ao contrário com o esp erad o,
p ara o qu estionário ASQ, o valor d a razão d e chance foi su p erior a 1, assim , a cad a
analisad as conju ntam ente. N esta análise, som ente a variável Iniciação d e Atenção
encontrad o não tenha se d ad o d evid o à lim itação d o tam anho d a am ostra e à grand e
qu antid ad e d e variáveis testad as, foram cond u zid as tam bém análises bivariad as,
em todas as análises.
variáveis, d em onstra qu e esta variável está ind ep end entem ente associad a ao
d iagnóstico d e TID. Assim , na p resença d esta p rova (IAC), as ou tras variáveis (RAC,
OPP, OPO, ASQ e PICS) não são necessárias para determinar o diagnóstico de TID.
Tabela 6. Modelos de regressão logística apresentando Razões de Chances (RC) com intervalo de confiança
de 95% (IC 95%) das provas e questionários aplicados para o diagnóstico de TID (N=36).
RC IC 95% P
Análise univariada
Iniciação de Atenção Compartilhada (IAC) 0,636 0,430-0,941 0,024
Resposta de Atenção Compartilhada (RAC) 0,729 0,599-0,889 0,002
Orientação para pessoa (OpP) 0,841 0,755-0,937 0,002
Orientação para objetos (OpO) 0,585 0,222-1,545 0,280
ASQ 1,526 1,149-2,027 0,004
PICS 0,337 0,160-0,713 0,004
Análise multivariada
Iniciação de Atenção Compartilhada (IAC) 0,636 0,430-0,941 0,024
O m od elo d e regressão logística p od e ser rep resentad o p ela segu inte fórm u la
Log[P/(1-P)]= 5,348 – 0,452 IAC, ou aind a, P=e[5,348 – 0,452 IAC]/ 1+ e [5,348 – 0,452 IAC], send o
0,9
Probabilidade de TID
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Figura 7. Probabilid ad e d e d iagnóstico d e TID em fu nção d a p ontu ação no teste IAC (valores hipotéticos)
segu nd o o m od elo d e regressão logística P=e [5,348 – 0,452 IAC]/ 1+ e [5,348 – 0,452 IAC]. O encontro d as linhas ind ica a
probabilidade de 90% de TID, quando a criança apresenta 6 comportamentos de IAC.
Para confirm ar esse m od elo seria necessário testá-lo com u m a nova am ostra. É
Tabela 7 – demonstração dos diagnósticos detectados pelo modelo nos grupos caso e controle.
Essa d iscu ssão está organizad a em três tóp icos: o p rim eiro, d e acord o com o
d esenvolvim ento d as habilid ad es d a com u nicação social inicial, send o p rop osta a
segu inte seqü ência: com p ortam entos d e Orientação Social - Orientação p ara Pessoa
Atenção Com p artilhad a (IAC) e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (AC). O
p esqu isa. E p or fim , no terceiro tóp ico serão abord ad as as lim itações e as im p licações
do presente estudo.
Retom and o as hip óteses d o estu d o em relação aos com p ortam entos d e
Orientação Social d u as p ossibilid ad es eram esp erad as. Prim eiram ente era esp erad o
qu e esses com p ortam entos se ap resentassem com p reju ízo significativo no gru p o d e
A segu nd a hip ótese em relação aos com p ortam entos d e Orientação Social era
qu e, d e acord o com a evolu ção norm al d a com u nicação social inicial, esses
com p ortam entos ap resentassem correlação p ositiva com os com p ortam entos d e
(Op P) e Orientação p ara Objetos (Op O). Consid erou-se as p rovas d e Orientação p ara
Assim, como era esperado na primeira hipótese, as crianças com Transtorno Invasivo
d o Desenvolvim ento ap resentaram p erform ance significativam ente p reju d icad a nos
com p ortam entos d e Orientação p ara Pessoas (Op O), com p arad as às crianças com
d esenvolvim ento típ ico. Ao contrário, os com p ortam entos d e Orientação p ara
grupo controle.
Esses resu ltad os estão d e acord o com as p esqu isas realizad as p or Daw son
com p ortam entos d e orientação social em relação aos com p ortam entos d e orientação
ap resenta d ificu ld ad es. Aind a sob essa p ersp ectiva p od e-se consid erar a correlação
com p ortam entos d e Orientação p ara Objetos (Op O) no gru p o d e crianças com
d esenvolvim ento típ ico. Esse d ad o p arece trad u zir a cap acid ad e d e orientação d as
crianças com d esenvolvim ento típ ico, tanto p ara os estím u los sociais, com o p ara os
Desenvolvim ento, essas crianças ap resentam u m p ad rão m atu racional d essa fu nção
p ara am bos os estím u los. É im p ortante ressaltar qu e nenhu m a resp osta a u m sinal
externo é ap enas reflexiva, e som ente cham ará a atenção se for im p ortante p ara o
su jeito (POSTN ER, 1980). Assim p ara as crianças com Trantorno Invasivo d o
d esenvolvim ento o estím u lo social p od e sim p lesm ente não ser im p ortante no
desenvolvim ento inicial e esta falta p od e colaborar p ara o d éficit no ap rend izad o d os
valores d e recom p ensa d as interações sociais d iád icas e p osteriorm ente nas
habilid ad es sociais triád icas d e natu reza esp ontânea p ara com p artilhar exp eriências
Sob u m a p ersp ectiva d esenvolvim entista, com o era esp erad o na segu nd a
hip ótese os com p ortam entos d e Orientação p ara Pessoas (Op P) ap resentaram
correlação p ositiva com os com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC)
cad a gru p o d a am ostra, caracterizand o relações d iferentes entre os com p ortam entos
d e Orientação p ara Pessoas (OpP) e os com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a
(AC). N o gru p o d as crianças com d esenvolvim ento típ ico a correlação ocorreu entre
Pessoas (Op P) e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC). Esses resu ltad os
inicial d iferente entre as crianças com d esenvolvim ento típ ico e as crianças com
Transtorno Invasivo d o Desenvolvim ento. N o gru p o controle a correlação d os
com p ortam entos d e Orientação p ara Pessoas (Op P) ocorre com o com p ortam ento d e
Orientação p ara Pessoas (OpP) ocorre com o com p ortam ento d e Atenção
gru p os, m as com com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC) d iferentes. As
d esem p enho m ais p reju d icad o nos com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção
Com p artilhad a (IAC) d o qu e nos com p ortam entos d e Resp osta d e Atenção
comportamentos.
com d esenvolvim ento típ ico ela ocorre através d e com p ortam entos sociais m ais
nas crianças com Transtorno Invasivo d o Desenvolvim ento. Esses resu ltad os
fu ncionam ento p arece se ap resentar m ais p reju d ica nas crianças com Transtorno
Invasivo d o Desenvolvim ento qu e está associad a ao com p ortam ento d e Iniciação d e
Atenção Com p artilhad a (IAC) d iferente d os com p ortam entos d e Resp osta d e
Atenção Com p artilhad a (RAC). O p rim eiro está relacionad o com d iferenças
Mu nd y, Card e Fox (2000) d enom inad o Mod elo d e Mú ltip los Processos su gere qu e o
vários p rocessos execu tivos “sociais” qu e contribu em p ara a aqu isição inicial d e
cap acid ad es p ara o com p artilhar social e su bseqü ente d esenvolvim ento social-
cognitivo. As várias com binações d e fu nção execu tiva envolvem regu lação d e
m onitoram ento p róp rio e d o ou tro e m otivação social. Essas com binações
com p ortam ento d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (AC) p od e envolver form as
relativam ente involu ntária d e com p ortam entos d e orientação social e im itação,
vid a (ROTH BART; POSN ER; ROSICKY, 1994). Por ou tro lad o, o com p ortam ento d e
regu lad o p ela ativação d e sistem as frontais qu e estão associad os com fu nções m ais
d esenvolve m ais tard e na infância (MUN DY et al. 2003). Essas d iferenças pod eriam
desenvolvim ento nos com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a
(IAC).
d iferenças significantes entre os gru p os d a am ostra. Esse resu ltad o era esp erad o,
u m a vez qu e a habilid ad e p ara se orientar p ara estím u los não sociais se encontra
instru m entos avaliam com p ortam entos d a com u nicação social. N o entanto, p arece
com p ortam entos d e Iniciação e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a, ocorre nos
com p ortam entos d e orientação social. Assim , no gru p o d e casos a cap acid ad e
gru p o controle o com p ortam ento Orientação p ara Objetos (Op O) não ap resentou
Retom and o a hip ótese d o estu d o em relação aos com p ortam entos d e Atenção
Com p artilhad a (AC) era esp erad o qu e esses com p ortam entos se ap resentassem com
p reju ízo significativo nas crianças com Transtorno Invasivo d o Desenvolvim ento
com p arad as às crianças com d esenvolvim ento típ ico. Os com p ortam entos d e
Atenção Com p artilhad a (AC) avaliad os p elo p rotocolo foram Iniciação d e Atenção
Entre tod os os com p ortam entos d a com u nicação social inicial, avaliad os p elo
p rotocolo, os com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC), foram
Com o foi citad o acim a, esse com p ortam ento, p ela su a característica fu ncional, tem se
Com p artilhad a (IAC) som ente ap resentaram correlação no gru p o controle com os
com p ortam entos se ap resentaram com d éficit significativo no gru p o d e crianças com
associad as aos com p ortam entos d e solicitação, aju d a e resp osta, as fu nções
p rotod eclarativas estão associad as com o com p artilhar esp ontâneo d e exp eriências e
Desenvolvim ento (MUN DY; SIGMAN ; KASARI, 1994; MUN DY et al., 1986). Em
com p ortam entos d e Atenção Com p artilhad a (AC) em bebês entre 9 e 18 m eses com
d esenvolvim ento típ ico. Mais esp ecificam ente entre os contatos d e olhar p ara
Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC) e a resp osta p ara gestos e olhar nas
primeira infância.
d e Atenção Com p artilhad a (IAC) obtiveram valor p red itivo p ara o d iagnóstico d e
Desenvolvim ento, send o a su a análise, su ficiente p ara d eterm iná-lo. Assim , u m total
d e 6 com portam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC) rep resenta u m a
com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC) obtid os em 94% d as
crianças com au tism o em com p aração com crianças com d esenvolvim ento típ ico no
Nos com portam entos d e Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC) tam bém
ocorreu d iferença significante entre as m éd ias, no entanto esses com p ortam entos se
resp ond er ao p arceiro social estão m ais p reservad as, e com o foi citad o acim a esse
com p ortam ento d eve se estabelecer p or d iferentes integrações d e p rocessos sociais.
m enos severo em com p ortam entos com características m ais instru m entais, com o
usam o contato de olhar para com p artilhar atenção em relação a u m objeto ou evento
Resp osta d e Atenção Com p artilhad a (RAC) com a Id ad e Mental e o teste Leiter
controle.
Atenção Com p artilhad a (RAC) com o teste ASQ no gru p o controle. Esse resu ltad o
esp ecíficos (no caso os com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a), o
especificidade.
7.2.3 Instrumentos PICS, ASQ e Leiter
gru p o controle e d o gru p o d e caso. Esse resu ltad o era esp erad o u m a vez qu e esse
com d esenvolvim ento típ ico ap resentam m elhor d esem p enho d essas habilid ad es d o
qu e conform e a criança m elhora seu d esem p enho nas habilid ad es sociais vai se
p elo instru m ento ASQ. Tam bém foi observad a correlação p ositiva com a Id ad e
Mental e o teste Leiter sugerindo que um melhor desempenho nas habilidades sociais
detectadas pelo PICS nas crianças com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento está
social inicial através d e com p ortam entos m ais instru m entais e qu e estão m ais
cu rso d o d esenvolvim ento, estaria relacionad a com a conqu ista d e novas habilid ad es
Teste Leiter
crianças com Transtorno Invasivo d o Desenvolvim ento estão m ais ap tas p ara
Devem-se d estacar algu m as lim itações d o estu d o tais com o a faixa etária d a
gru p o controle, a faixa etária foi d eterm inad a p elo instru m ento d e avaliação
social inicial nas crianças com d esenvolvim ento típ ico logo no p rim eiro ano d e vid a.
Ap esar d o tam anho am ostral, ter sid o calcu lad o com bases nas p robabilid ad es
d os com p ortam entos d e orientação social d eve-se consid erar u m a am ostra maior
Invasivo do Desenvolvimento.
O p resente estu d o ap resentou im p licações teóricas e clínicas. Ele p od e
contribu ir p ara a com p reensão d a natu reza d os d éficits sociais nas crianças com
d o Desenvolvim ento p od e ser feita na fase p ré-verbal. Além d isso, o estu d o d estacou
como um possível marcador para o déficit dos comportamentos sociais com potencial
d esenvolvim ento d e com p ortam entos sociais básicos d a com u nicação social inicial
CONCLUSÃO
O p resente estu d o teve com o objetivo geral avaliar as habilid ad es d a
com u nicação social inicial através d os com p ortam entos d e Orientação Social (OS) e
Assim , com base no estu d o d as avaliações m ais u tilizad as na literatu ra, foi
com p ortam entos em crianças com d esenvolvim ento típ ico e em crianças com
com p ortam entos d a com u nicação social inicial. Assim , foi p ossível d escrever u m
crianças com d esenvolvim ento típ ico e as crianças com Transtorno Invasivo d o
Desenvolvimento.
social inicial teve p otencial p ara d iscrim inar crianças com Transtorno Invasivo d o
com p ortam entos d e Iniciação d e Atenção Com p artilhad a (IAC) ap resentaram valor
Desenvolvimento.
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Behaviour and Development, n. 15, p. 256-259, 1992.
APÊNDICES
APÊNDICE A
Ao
Club Athlético Paulistano
a/c do Dr. Vicente Amato Filho – 1º Diretor Cultural
c/c para Maria Cristina Jorge – Diretora do Recanto Infantil
Prezados senhores,
Venho por meio desta, informar que sou mestranda do Curso de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP, e estou desenvolvendo um trabalho que possui
como principal finalidade, estudar e avaliar o processo de construção da Comunicação Social Inicial, através das
habilidades de Orientação Social e Atenção Compartilhada na criança normal e autista. O presente trabalho
poderá ser viabilizado como método preditivo de diagnóstico precoce do autismo. Para tanto será utilizado os
seguintes instrumentos: ASQ – Questionário de Avaliação do Autismo, Protocolo de Avaliação de Orientação
Social e Atenção Compartilhada, avaliação cognitiva pré-verbal Leiter-R (Leiter International Perfromance Scale-
Revised) e PICS-Pictorial Infant Comunication Scale. Ressalta-se a importância deste estudo para a elaboração
de métodos que possam diagnosticar os Distúrbios Invasivos do Desenvolvimento o mais precocemente possível
viabilizando intervenções mais eficazes .
Para tal solicitamos a autorização da Escola Recanto Infantil do Clube Athletico Paulistano para a
triagem de colaboradores e para a aplicação e filmagem de nossos instrumentos de coletas de dados para
posterior análise e utilização exclusivamente acadêmica, preservando a identificação do colaborador e do local.
O material e o contato interpessoal não oferecerão riscos de qualquer ordem aos colaboradores e à instituição.
Os indivíduos não serão obrigados a participar da pesquisa, podendo desistir a qualquer momento. Qualquer
dúvida que possa existir agora ou no decorrer do processo, poderá ser livremente esclarecida, bastando entrar
em contato através do telefone (011) 21148707. De acordo com os termos, favor assinar abaixo. Obrigado.
, de de
Assinatura do representante da Instituição
APÊNDICE C
São Paulo, 25 de Agosto de 2006.
Aos
Senhores Pais
a/c Maria Cristina Jorge – Diretora do Recanto Infantil
Prezados senhores,
E u , Ma r ga r et h Neves Mon t en egr o, ven h o r es p eit os a m en te, r equ er er a os
senhores pais sua colaboração para realização de pesquisa sobre Ha b ilid a d es S ocia is n a Com u n ica çã o S ocia l In icia l,
junto aos alunos da Escola Recanto Infantil.
A pesquisa se realizará com crianças entre 2 e 3 anos de idade, e tem como objetivo avaliar
a s h a b ilid a d es d a Com u n ica çã o S ocia l In icia l. Pa r a t a n t o s e u t iliza r á os s egu in t es in s t r u m en t os : Um p r ot ocolo d e
a va lia çã o qu e com p r een d e a t ivid a d es lú d ica s com a cr ia n ça e p os t er ior cod ifica çã o d e s eu s com p or t a m en t os
através de suas atividades com os brinquedos apresentados. É um protocolo com duração máxima de 25 minutos e
a cr ia n ça s e en con t r a r á em com p a n h ia d os p a is . Um qu es t ion á r io com qu es t ões s ob r e r ot in a s e com p or t a m en t os
d a cr ia n ça , qu e d ever á s er p r een ch id o p elos p a is e p os t er ior m en te en t r egu e. E u m a a va lia çã o d o d es em p en h o
cognitivo da criança, também através de atividades lúdicas e posterior codificação de seus comportamentos frente a
es s a s a t ivid a d es , com d u r a çã o a p r oxim a d a d e 2 0 m in u t os . Per fa zen d o u m t ot a l d e a p r oxim a d a m en te 5 0 m in u t os a
a va lia çã o s e r ea liza r á n a p r óp r ia es cola Reca n t o In fa n t il em s a la es t r u t u r a d a p a r a a s es s ã o, s egu in d o u m
a gen d a m en t o p r évio d e a cor d o com a d is p on ib ilid a d e d e h or á r io d os p a is . E s cla r eço a in d a qu e a a va lia çã o s e fa r á
s em n en h u m cu s t o p a r a os p a is , qu e p od er ã o ob t er a o fin a l d o p r oces s o d e a va lia çã o in for m a ções s ob r e o
desempenho dos comportamentos de comunicação social de seu filho.
Margareth N. Montenegro
CRP – 06/57590-5
CON CORDO EM PA RT I CI PA R DA PESQU I SA
SIM NÃO
DI A DA SEM A N A DE PREFERÊN CI A (t a r d e )
5ª FEIRA OU 6ª FEIRA
NOME DO ALUNO:
NOME DA MÃE:
NOME DA PROFESSORA :
TELEFONE P/ CONTATO :
APÊNDICE D
Aos
Senhores Pais
Prezados senhores,
E s t a p es qu is a é m u it o im p or t a n t e p ois a ju d a r á a cr ia r u m t es te qu e
p od e a va lia r os p r im eir os s in a is d e d is tú r b io d o d es en volvim en t o em cr ia n ça s b em joven s . As s im ela s
poderão ser tratadas mais cedo e ter uma melhora significativa em seu comportamento.
Por es s a s r a zões , t or n a -s e m u it o im p or t a n t e a s u a cola b or a çã o e a
sua autorização para que eu possa aplicar os testes em seu filho(a). Sua resposta deve ser colocada no
papel que está junto com essa carta, até o dia 25/04. Caso tenha alguma dúvida vocês poderão entrar
em contato comigo pelo telefone celular – 99455655. Atenciosamente,
Margareth N. Montenegro
CRP – 06/57590-5
CON CORDO EM PA RT I CI PA R DA PESQU I SA
SIM NÃO
NOME DO ALUNO:
NOME DA MÃE :
NOME DO PAI :
NOME DA PROFESSORA :
TELEFONE P/ CONTATO :
APÊNDICE E
Prezados senhores,
E u , Ma r ga r et h Neves Mon t en egr o, ven h o r es p eit os a m en te, r equ er er a os
senhores pais sua colaboração para realização de pesquisa sobre Ha b ilid a d es S ocia is n a Com u n ica çã o S ocia l In icia l,
junto aos pacientes da Gradual.
In for m o, p a r a t a n t o, s er p s icóloga gr a d u a d a p ela Un iver s id a d e Pr es b iter ia n a
Ma ck en zie, com es p ecia liza çã o n a S a ú d e Fís ica e Ps icológica d a p r im eir a in fâ n cia p ela Pon t ifícia Un iver s id a d e
Católica – PUC São Paulo.
Margareth N. Montenegro
CRP – 06/57590-5
APÊNDICE F
Venho por meio desta, informar que sou mestranda do Curso de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP, e estou desenvolvendo um trabalho que possui
como principal finalidade, estudar e avaliar a Comunicação Social Inicial nas habilidades de Orientação Social e
Atenção Compartilhada na criança normal e autista, como método preditivo de diagnóstico precoce do autismo.
Para tanto será utilizado os seguintes instrumentos: ASQ – Questionário de Avaliação do Autismo, Protocolo de
Avaliação de Orientação Social e Atenção Compartilhada, avaliação cognitiva pré-verbal Leiter-R (Leiter
International Perfromance Scale-Revised) e PICS-Pictorial Infant Comunication Scale.
Os instrumentos de avaliação serão aplicados pela pesquisadora responsável. Os dados deste
estudo serão colhidos através de filmagem e posteriormente analisados e codificados, e as imagens serão
utilizada apenas para fins acadêmicos, sendo preservado e resguardado o nome dos sujeitos avaliados, bem
como o nome da Instituição. Aos participantes cabe o direito de retirar-se do estudo a qualquer momento, sem
prejuízo algum.
Os dados coletados serão utilizados na dissertação de Mestrado da pesquisadora Margareth
Neves Montenegro, aluna do Programa de Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Agradecemos a colaboração.
, de de
Ass. do sujeito ou seu representante legal
APÊNDICE G
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
Venho por meio desta, informar que sou mestranda do Curso de Pós-Graduação em Distúrbios do
Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP, e estou desenvolvendo um trabalho que possui
como principal finalidade, estudar e avaliar a Comunicação Social Inicial nas habilidades de Orientação Social e
Atenção Compartilhada na criança normal e autista, como método preditivo de diagnóstico precoce do autismo.
Para tanto será utilizado os seguintes instrumentos: ASQ – Questionário de Avaliação do Autismo, Protocolo de
Avaliação de Orientação Social e Atenção Compartilhada, avaliação cognitiva pré-verbal Leiter-R (Leiter
International Perfromance Scale-Revised) e PICS-Pictorial Infant Comunication Scale.
Os instrumentos de avaliação serão aplicados pela pesquisadora responsável. Os dados deste
estudo serão colhidos através de filmagem e posteriormente analisados e codificados, e as imagens serão
utilizada apenas para este fim, sendo preservado e resguardado o nome dos sujeitos avaliados, bem como o
nome da Instituição. Aos participantes cabe o direito de retirar-se do estudo a qualquer momento, sem prejuízo
algum.
Os dados coletados serão utilizados na dissertação de Mestrado da pesquisadora Margareth
Neves Montenegro, aluna do Programa de Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Agradecemos a colaboração.
, de de
Ass. do sujeito ou seu representante legal
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA
COMUNICAÇÃO SOCIAL INICIAL
(PACSI)
2006
APLICAÇÃO
1) INICIAÇÃO DE ATENÇÃO COMPARTILHADA
BRINQUEDO DE CORDA
(GALINHA OU CACHORRO)
POSTER
Direita à frente
DIGA:
É UM MACACO!
(aguarde por 6 segundos e repita)
2
3) OS - ORIENTAÇÃO P/ PESSOAS
NOME
(atrás)
4) ORIENTAÇÃO P/ OBJETOS
BRINQUEDO CELULAR
(frente)
RETIRE O BRINQUEDO
4
5) INICIAÇÃO DE ATENÇÃO COMPARTILHADA
BRINQUEDO DE CORDA
(PALHAÇO C/ URSO OU NA MOTO)
POSTER
ATRÁS À ESQUERDA
DIGA:
É UM SOL !
(aguarde por 6 segundos e repita)
6
7) INICIAÇÃO DE ATENÇÃO COMPARTILHADA
BRINQUEDO DE CORDA
(LUTADOR OU MONSTRO VERMELHO)
8) OS – ORIENTAÇÃOP/ PESSOAS
BATER PALMAS
(atrás)
8
9) ORIENTAÇÃO P/ OBJETOS
BRINQUE DO MÚSICA
(frente)
POSTER
FRENTE À ESQUERDA
DIGA:
É UM PORQUINHO !
(aguarde por 6 segundos e repita)
11
11) ORIENTAÇÃO P/ OBJETOS
BRINQUEDO CELULAR
(atrás)
RETIRE O BRINQUEDO
11
BATER PALMAS
(frente)
13
13) INICIAÇÃO DE ATENÇÃO COMPARTILHADA
BRINQUEDO DE CORDA
(PALHAÇO C/ FLOR OU C/ BOLAS)
13
POSTER
ATRÁS À DIREITA
DIGA:
É UM PALHAÇO OU FLOR !
(aguarde por 6 segundos e repita)
14
15) ORIENTAÇÃO P/ OBJETOS
BRINQUEDO MÚSICA
(atrás)
RETIRE O BRINQUEDO
15
NOME
(frente)
16
APÊNDICE I
#VF 28/05
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA
COMUNICAÇÃO SOCIAL INICIAL – (PACSI)
CODIFICAÇÃO
Nome da criança: Nº
Data de Nascimento:___________ ____Data da Aplicação:
Aplicado por:
Criança acompanhada por:
Idade da criança na aplicação do protocolo:
Codificação: Por:
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s
Olhar
Olhou ou girou a cabeça em direção ao estímulo.
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s ____
5 . Brinquedo de Corda – IAC
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s ____
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s ____
Resposta /
Bateu palmas junto com o experimentador
Olhar
Olhou ou girou a cabeça em direção ao estímulo.
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s ____
10. Apontar p/ o Pôster - RAC (frente à esquerda)
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador
Após 35s ____
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador.
Após 35s ____
Apontar
Aponta p/ o brinquedo fazendo ou não contato de olhar com o experimentador.
Após 35s ____
Mostrar
Mostra o brinquedo para o experimentador
Resposta /
Bateu palmas junto com o experimentador.
PONTUAÇÃO
1º Nível – Alternar..............
2º Nível – Apontar..............Mostrar ..............
ORIENTAÇÃO PESSOAS
ORIENTAÇÃO OBJETOS
Tabela - descrição dos resultados dos instrumentos aplicados nos grupos controle(1) e casos (2)
Sujeitos Grupos Idade (meses) Idade Mental IAC RAC OpP OpO PICS 1 ASQ Leiter DSM-IV
1 1 33 39 8 6 11 4 5,7 7 120 .
2 1 31 37 11 16 20 6 6,8 7 120 .
3 1 33 39 11 14 10 4 7,6 13 120 .
4 1 33 33 16 11 20 6 4,5 11 100 .
5 1 34 49 19 16 24 6 7,4 4 127 .
6 1 39 49 19 15 11 6 5,2 5 126 .
7 1 46 50 19 12 22 6 7 7 110 .
8 1 31 34 27 15 20 6 7,8 11 110 .
9 1 33 27 24 15 28 6 6,4 5 84 .
10 1 41 46 28 16 27 6 5,3 5 114 .
11 1 34 40 28 15 24 6 6,3 8 120 .
12 1 31 29 28 8 23 6 5,1 14 94 .
13 1 31 33 27 11 23 6 6,7 10 108 .
14 1 37 41 28 14 28 6 6,8 2 112 .
15 1 47 47 30 16 30 6 7,5 2 100 .
16 1 35 44 30 12 29 6 8 9 126 .
17 1 35 40 35 14 37 6 6,6 2 116 .
18 1 42 47 37 15 29 6 6,6 4 114 .
19 1 43 44 40 14 28 6 8 11 104 .
20 2 81 51 12 14 24 6 6,8 23 63 6
21 2 51 49 2 15 10 6 6,9 9 98 10
22 2 62 42 3 1 4 6 4,7 17 69 7
23 2 85 56 1 11 23 6 7 19 67 8
24 2 52 46 12 6 0 6 4,4 11 62 9
25 2 60 47 3 0 7 5 4,6 22 79 11
26 2 68 52 0 3 5 6 5,5 11 77 9
27 2 57 49 3 12 7 5 3,3 25 86 7
28 2 87 45 0 1 22 5 4,4 20 52 6
29 2 61 34 0 1 10 2 1,8 29 56 8
30 2 58 41 9 2 14 5 5,1 21 71 9
31 2 41 34 1 1 8 6 6,1 18 84 6
32 2 76 53 11 15 23 6 5,8 25 71 9
33 2 43 27 0 2 12 6 4,8 17 65 8
34 2 43 40 7 12 25 6 6,3 8 94 8
35 2 67 34 11 0 10 5 1,5 28 52 10
36 2 86 41 3 0 3 6 3,8 27 48 11
ANEXO B
#VF 12/04
ASQ Questionário de Comportamento e Comunicação Social1
Para citação: Paula, CS; Santos AV; Mercadante MCP; Aguiar CC; D’Antino MEB; Schwartzman JS; Brunoni D; Mercadante MT
Por favor, responda cada questão e assinale o quadrado com a resposta. Se você não estiver seguro, escolha a melhor resposta. [Os pronomes
ele/o estão sendo usados aqui, apenas para facilitar o questionário].
Sim Não
1 Ele é capaz de conversar usando frases curtas ou sentenças?
2 Ele fala com você só para ser simpático (mais do que para obter algo)?
3 Você pode ter um diálogo (por exemplo, ter uma conversa com ele que envolva alternância, isto é, um de cada vez) a
partir do que você disse?
4 Ele usa frases estranhas ou diz algumas coisas repetidamente da mesma maneira? Isto é, ele copia ou repete qualquer
frase que ele ouve outra pessoa dizer, ou ainda, ele constrói frases estranhas?
5 Ele costuma usar socialmente perguntas inapropriadas ou declarações? Por exemplo, ele costuma fazer perguntas
pessoais ou comentários em momentos inadequados?
6 Ele costuma usar os pronomes de forma invertida, dizendo você ou ele quando deveria usar eu?
7 Ele costuma usar palavras que parece ter inventado ou criado sozinho, ou usa maneiras estranhas, indiretas, ou
metafóricas para dizer coisas? Por exemplo, diz “chuva quente” ao invés de vapor.
8 Ele costuma dizer a mesma coisa repetidamente, exatamente da mesma maneira, ou insiste para você dizer as mesmas
coisas muitas vezes?
9 Existem coisas que são feitas por ele de maneira muito particular ou em determinada ordem, ou seguindo rituais que ele
te obriga fazer?
10 Até onde você percebe, a expressão facial dele geralmente parece apropriada à situação particular?
11 Ele alguma vez usou a tua mão como uma ferramenta, ou como se fosse parte do próprio corpo dele (por exemplo,
apontando com seu dedo, pondo a sua mão numa maçaneta para abrir a porta)?
Sim Não
12 Ele costuma ter interesses especiais que parecem esquisitos a outras pessoas (e.g., semáforos, ralos de pia, ou itinerários
de ônibus)?
13 Ele costuma se interessar mais por partes de um objeto ou brinquedo (e.g., girar as rodas de um carro), mais do que usá-
lo com sua função original?
14 Ele costuma ter interesses específicos, apropriados para sua idade e para seu grupo de colegas, porém estranhos pela
intensidade do interesse (por exemplo, conhecer todos os tipos de trens, conhecer muitos detalhes sobre dinossauros)?
15 Ele costuma de maneira estranha olhar, sentir/examinar, escutar, provar ou cheirar coisas ou pessoas?
16 Ele costuma ter maneirismos ou jeitos estranhos de mover suas mãos ou dedos, tal como “um bater de asas” (flapping),
ou mover seus dedos na frente dos seus olhos?
17 Ele costuma fazer movimentos complexos (e esquisitos) com o corpo inteiro, tal como girar, pular ou balançar
repetidamente para frente e para trás?
18 Ele costuma machucar-se de propósito, por exemplo, mordendo o braço ou batendo a cabeça?
19 Ele tem algum objeto (que não um brinquedo macio ou cobertor) que ele carrega por toda parte?
1
Instrumento em fase de validação. USO RESTRITO EM PESQUISA.
** Tradução para o português Cristiane Silvestre Paula, Amanda Viviam dos Santos, Maria Clara Pacifico
Mercadante, Clizeide da Costa Aguiar, Maria Eloisa B. D’Antino, José S. Schwartzman, Decio Brunoni, Marcos
Tomanik Mercadante
20 Ele tem algum amigo em particular ou um melhor amigo?
21 Quando ele tinha 4-5 anos ele repetia ou imitava espontaneamente o que você fazia (ou a outras pessoas) (tal como
passar o aspirador no chão, cuidar da casa, lavar pratos, jardinagem, consertar coisas)?
22 Quando ele tinha 4-5 anos ele apontava as coisas ao redor espontaneamente apenas para mostrar coisas a você (e não
porque ele as desejava)?
23 Quando ele tinha 4-5 anos ele costumava usar gestos para mostrar o que ele queria (não considere se ele usava tua mão
para apontar o que queria)?
24 Quando ele tinha 4-5 anos usava a cabeça pra dizer sim?
25 Quando ele tinha 4-5 anos sacudia a sua cabeça para dizer ‘não’?
26 Quando ele tinha 4-5 anos ele habitualmente olhava você diretamente no rosto quando fazia coisas com você ou
conversava com você?
27 Quando ele tinha 4-5 anos sorria de volta se alguém sorrisse para ele?
28 Quando ele tinha 4-5 anos ele costumava mostrar coisas de seu interesse para chamar a sua atenção?
Sim Não
29 Quando ele tinha 4-5 anos ele costumava dividir coisas com você, além de alimentos?
30 Quando ele tinha 4-5 anos ele costumava querer que você participasse de algo que o estava divertindo?
31 Quando ele tinha 4-5 anos ele costumava tentar confortá-lo se você ficasse triste ou magoado?
32 Entre as idades de 4 a 5 anos, quando queria algo ou alguma ajuda, costumava olhar para você e fazia uso de sons ou
palavras para receber sua atenção?
33 Entre as idades de 4 a 5 anos tinha expressões faciais normais, isto é, demonstrava suas emoções por expressões faciais?
34 Quando ele estava com 4 ou 5 anos ele costumava participar espontaneamente e/ou tentava imitar ações em jogos
sociais – tais como “Polícia e Ladrão” ou “Pega-Pega”?
35 Quando ele estava com 4 ou 5 anos jogava jogos imaginários ou brincava de “faz de conta”?
36 Quando ele estava com 4 ou 5 anos parecia interessado em outras crianças da mesma idade que ele não conhecia?
37 Quando ele estava com 4 ou 5 anos reagia positivamente quando outra criança aproximava-se dele?
38 Quando ele estava com 4 ou 5 anos, se você entrasse no quarto e iniciasse uma conversa com ele sem chamar seu nome,
ele habitualmente te olhava e prestava atenção em você?
39 Quando ele estava com 4 ou 5 anos ele costumava brincar de “faz de conta” com outra criança, de forma que você
percebia que eles estavam entendendo ser uma brincadeira?
40 Quando ele estava com 4 ou 5 anos ele brincava cooperativamente em jogos de grupo, tal como esconde-esconde e
jogos com bola?
# 14 in order to make sense in Portuguese we decide to explain using more detailed examples.
# 21 in order to make clear we include Brazilian habits
# 33 in order to make clear we include a more detailed example.
ANEXO C #VF 3/09
Nome da criança:
Data de Nascimento:_______________Data do Preenchimento:
Preenchido por:
Relações de Parentesco com a Criança:
Idade da criança na aplicação do protocolo:
2
Tradução para o português – Margareth N. Montenegro e Marcos Tomanik Mercadante.
Uso restrito em pesquisa
2. Se você aponta para um objeto localizado atrás da criança que está
interessada em vê-lo, com que freqüência a criança vira a cabeça e olha para
trás?
3. Com que freqüência a criança te avisa que ela quer um objeto, olhando para
você e estendendo a mão, tentando alcançar o objeto ao mesmo tempo?
5. Com que freqüência a criança dá um objeto para você para que você a ajude
a fazê-lo funcionar ou abri-lo?
7. Quando você aponta e olha para alguma coisa, com que freqüência a criança
olha para o mesmo objeto ou evento?
9. Com que freqüência a criança mostra para você um objeto mas não permite
que você o pegue dela?
11. Quando você olha e aponta para um brinquedo, com que freqüência a
criança se vira e olha para o mesmo brinquedo?
13. Com que freqüência a criança entrega (ou empurra) um objeto para você com a
intenção de dá-lo?
15. Com que freqüência a criança aponta para te avisar que ela quer algo mais?
17. Quando você bate palmas, com que freqüência ela olha para o seu gesto ou
para você ?
18. Quando você chama a criança pelo nome, com que freqüência ela olha para
você atendendo ao seu chamado ?
1. Qual das seguintes afirmativas descrevem melhor sua impressão sobre as questões?
3. Quais dos comentários a seguir melhor descrevem sua impressão sobre as fotos?
4. Qual das figuras, se houver alguma, não foi útil para ajudar a completar o questionário?
5. Qual a segurança que você tem de que suas respostas representam com exatidão a freqüência com que a
criança demonstra os comportamentos descritos?
a. muita segurança
b. um pouco de segurança
c. insegurança
6. Por favor escreva qualquer comentário adicional que você tenha sobre este questionário.
ANEXO D
Nome da criança: Nº
Data de Nascimento:_______________Data do Preenchimento:
Preenchido por:
Relações de Parentesco com a Criança:
Idade da criança na aplicação do critério:
A. Um total de seis (ou mais) itens de (1), (2) e (3), com pelo menos dois de (1), um de (2) e um
de (3):
(1) comprometimento qualitativo da interação social, manifestado por pelo menos dois
dos seguintes aspectos:
B. Atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas, com início antes
dos 3 anos de idade: (1) interação social, (2) linguagem para fins de comunicação social ou (3)
jogos imaginativos ou simbólicos.
C. A p ertu rbação não é m elhor exp licad a p or Transtorno d e Rett ou Transtorno Desintegrativo d a
Infância
Pontuação
(1) - .....................................................
(2) - .....................................................
(3) - .....................................................
B - .....................................................
C - .............................................
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