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Introdução

Antes de entrar no assunto principal dessa seção, é importante definir o que é a inflação
e definir também alguns termos que serão usados mais adiante. Sendo assim, de acordo
com Paulo Sandroni (1999, p. 301), a inflação é o “aumento persistente dos preços em
geral, de que resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda.”. Ainda com base
em Sandroni, autor do Novíssimo dicionário de economia, a inflação pode ser causada
por fatores estruturais, monetários ou uma combinação de vários fatores. Quando causada
por fatores estruturais, chama-se inflação de custos, e sua causa é devido a elevação dos
custos de produção, como taxa de juros, taxa de câmbio, salários e outros. Quando
causada por fatores monetários, denomina-se inflação de demanda, e é causada pela
expansão excessiva dos meios de pagamentos, ou, nas exatas palavras de Sandroni (1999,
p. 302.) “Ocorre que os meios de pagamento crescem além da capacidade de expansão da
economia, ou antes que a produção esteja em plena capacidade, o que impede que a maior
demanda decorrente da expansão dos rendimentos seja atendida.”. A espiral inflacionária
ocasiona-se quando o processo inflacionário adquire “autonomia suficiente para se auto-
alimentar por meio de reações em cadeias”1, ou seja, o aumento de um preço faz com que
vários outros preços aumentem. O último termo que é importante se definir aqui é a
inflação inercial, também conhecida como memória inflacionária, que é o processo
inflacionário gerado pelo reajuste total de preços, de acordo com a inflação observada no
período anterior. Agora que já definimos alguns termos que serão usados mais adiante,
entramos, agora, no principal assunto dessa seção. Primeiro, se apresentará os índices de
inflação, depois suas causas e consequências para as políticas econômicas que foram
tomadas no período.

Desde o pós-guerra até meados de 1990, a inflação sempre se apresentou como


um grande problema para a economia brasileira. Apesar de vários momentos de
crescimento econômico, por este ser um crescimento financiado por dívida
externa e em momentos de alta inflação, a maior parte da população não se
beneficiava deste momento da economia. Muitos economistas enxergavam essa
inflação do período como uma inflação inercial (memória inflacionária),
decorrente dos mecanismos de indexação. Tal visão esteve presente nos

1
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia
primeiros planos que visavam estabilizar o nível de inflação, como o Plano
Cruzado, Bresser e outros da década de 1980, apesar do sucesso inicial na
redução dos níveis de inflação de todos os planos, principalmente o Cruzado,
todos falharam em seu objetivo de estabilização da inflação. Já no início da
década de 1990, os economistas que formularam o Plano Real viam o desajuste
das finanças públicas como principal causa da inflação, mas também
consideravam importante acabar com a memória inflacionária. Para tanto,
organizaram o plano em três fases: ajuste fiscal, desindexação e âncora cambial.
Após esta última fase vigorar por um curto período de tempo, devido ao
esgotamento das reservas, instaura-se em 1999 o Regime de Metas de Inflação,
ou seja, altera-se a âncora de cambial para monetária, tornando possível o
sustento dos níveis estabilizados de inflação. (Villela, et al., 2005)

Objetivamos, com tudo já mencionado, mostrar o caminho da inflação brasileira


até a adoção do regime de metas de inflação e a influência do planejamento de
longo prazo da inflação. Em função disso, além desta introdução, o presente
artigo apresenta mais quatro sessões: a primeira busca contextualizar o histórico
da inflação nacional, desde 1947 até sua estabilização. A segunda sessão
introduz o conceito de metas de inflação externa e interna. A terceira sessão
mostra a influência que o regime de metas de inflação teve para o cenário
econômico no Brasil. E, por fim, na quarta sessão, buscaremos evidenciar a
importância da inflação e sua extensão social e econômica.

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