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Universidade Federal da Bahia – Instituto de Psicologia

Disciplina: Pesquisa III


Docente: Denise Coutinho
Discente: Rodrigo Caldas Pereira

Duas coisas que me ocorreram assim que li o texto indicado e assisti à entrevista:
a situação dos novos alunos da universidade brasileira que são provenientes das
classes categorizadas como “ralé” por Jessé, o segundo tema que pensei foi o discurso
que ouvi logo que entrei na universidade acerca de uma “contrapartida” que a própria
universidade deveria oferecer à comunidade onde está inserida. Ao longo de minha
trajetória acadêmica, tive oportunidade de participar de alguns projetos de pesquisa
como bolsista, um destes tinha como objeto o curso de graduação de psicologia da
UFBA. Apesar de o projeto ainda não ter sido concluído, tive acesso a algumas
informações interessantes sobre o desenvolvimento do ensino superior no Brasil. Penso,
por exemplo, no impacto que foi gerado pela dissociação entre pesquisa e ensino que
ocorreu através de medidas dos poderes executivo e legislativo durante o governo FHC;
neste período houve um crescimento dos chamados “centros de ensino” privados, onde
esta desvinculação se evidenciava. Podemos ver ainda hoje um fortalecimento destas
instituições que são bastante vulneráveis ás demandas mercadológicas. Creio que o
fortalecimento destas instituições em detrimento da universidade que vincula ensino-
pesquisa-extensão preocupe as pessoas que tiveram a oportunidade de participarem
ativamente de uma vida universitária. Lembro-me de um professor que comentou ter lido
num texto de Milton Santos sobre a importância de habitar os corredores e pátios da
universidade, pois estes ambientes seriam muito fecundos de vida e conhecimento que
são fundamentais para a formação, as atividades acadêmicas além-sala (ensino).
Apesar de reconhecer a importância da universidade, bem sei que ela se distancia, pelo
menos pela minha experiência, do que pensavam Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro ou o
próprio Milton. Nossa universidade é sustentada pelo trabalhador brasileiro que não tem
condição material de para passar no vestibular da própria instituição que provê. Como
disse Jessé, a ralé brasileira é 70% do povo brasileiro. Nos últimos 15, através de
políticas como a de Cotas, esta “ralé” vem, paulatinamente, galgando algumas cadeiras
na universidade e forçando alguma mudança na estrutura da universidade e nas
discussões que pulsam dentro de seus muros. A presença desta pessoas tem feito
bastante diferença, mas estamos muito distantes de fazer o nosso melhor para garantir
um bom investimento à população que sustenta a universidade.

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