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E m vista de seus planos pess oa is, Paulo
escreveu para ap resentar-se a uma igreja que nunca
tinha visitado. Ao mesm o tempo, ele ap resen to u uma
declaração c o m p le ta e ord en ad a dos princípios
fun da m e nt ai s do evange lho que pregava.
Paulo, ao e sc rever esta epístola, perto do fim
da sua terceira viagem missi oná ri a (cf. Rm 15.25,26;
At 20.2,3; I C o 16.5,6), estava em C ori nto com o
hó sp ede na casa de Gaio (Rm 16.23; I C o 1.14).
En qua nt o esc re vi a R om a no s através do seu au xiliar
Tércio (Rm 16.22), pla nej ava voltar a J er usa lé m para o
dia de Pe nt e co st e (At 20.16; p r o v a v e lm e n t e na
p rim av era de 57 ou 58 d.C.) e en tre gar p e ss oa lm en te
uma oferta de socorro das igrejas gentias aos crentes
pobres de J er usa lé m (Rm 15.25-27). Logo a seguir,
Paulo e sp e ra v a partir para a Espa nh a le van do-l he o
ev angelho, visitar de p ass ag em a igreja de R om a e
receb er ajuda dos crentes ali para p ro s se g u ir em sua
c am i n h ad a para o oeste (Rm 15.24,28).
N e n h u m livro da Bíblia tem tantos títulos
com o Ro m a nos: Ev a nge lh o Segundo Paulo, Ev a nge lh o
do Cristo Ress urr et o, Tr atado Teo ló gi co Paulino, Mais
Puro Eva ng el ho , Principal das E pí sto la s Paulinas, A
Catedral da D outr in a Cristã, etc.
Destinatários
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N ão sa be m os com cert eza com o e q u a ndo o
C ris tia ni sm o c h e g o u a Roma. Em Atos 18.2 fala-se
acerca de A q u i l a e Priscila que pe rt e n c ia m àqueles
ju d e u s que C l á u d io ex pu lsa ra de R om a , cerca de 49
d.C. No final do quarto d e c ê n i o 1 j á havia cris tão s em
Roma. A g os t in ho in fo rm a que o c r is tia nis m o c heg ou a
R om a dura nte o gove rno do im pe ra do r C al íg ula (37 -
41 d.C.).
Autor
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seria difícil que fosse de outro modo. O c ap ít ulo 16
com saud aç ões para tantas pessoas não é um a rg um e nto
válido para se rejeita r a E p ís to la co mo genuína.
C on vé m a cr es ce nt a r que os 300 m a nusc ri to s exist ent es
da carta aos Ro m a nos , todos os que não têm sido
danificados, co ntê m a E p í s to la c o m ple ta tal qual se
acha hoje no No vo Tes tam ent o.
Data e as Circunstâncias
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J erusa lé m pelo m e nos até o ano 49, o qual c o n c o r d o u
em ir para os ju d e u s , e que Paulo fosse para os ge ntios
(G1 2.7-9). É pro vá vel , ainda, em face de R o m a n o s
16.5,14,15, que os irmãos crentes que e s ta v a m em
Ro ma n ã o . e s ti v e s s e m organiz ado s em um a só igreja
ainda, quan do Pa ulo escreveu esta carta, ta lvez de vid o
ao fato de que n e n h u m apóstolo os tivesse visitado.
Pa ulo chegou a Corinto (At 20.2,3) de pois de
ter pa ssa do dois anos em Efeso d is cu ti ndo d ia ri a m e nte
na escola do mest re T i r a n o 1 (At 19.9,10). Não se
m e nc io na o n ú m e ro de horas que Paulo falava c ad a dia,
por ém é prová ve l que o apóstolo te rm in a s se o seu
minist ério em Éfes o com a sua teo logia o rg a n iz a d a em
sua mente. Ao m e sm o tempo en te n d e ri a m e l h o r as
ne ce ssi da de s e spi ri tua is dos gentios e o m o d o mais
claro e eficaz de ap resentar-lhes a verdade. Não é de
estranhar, então, que ele pensasse nas c o n d iç õ e s do
grande n ú m e ro de crentes que e st a v a m em R om a , e o
Espíri to Santo lhe fez ver a im p o r tâ n c ia de que todos
fos se m c o rr e ta m e n te ins truídos na doutr in a ve rd ad eir a
do E va nge lho . M e lh o r era lançar um fu n d a m e n to
sólido, o mais d e p re ss a possível, antes que as heresias
c he ga s se m a le van ta r suas cabeças entre os irmãos.
Propósito
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necessário regis tra r por escrito o e van ge lho que j á
pre gava há vinte e cinco anos.
2. Que ria co rrigir certos problem as da igreja,
causados por atitudes erradas dos jud e us para com os
gentios (Rm 2.1-29; 3.1,9), e dos gentios para c om os
ju d e u s (Rm 11.11-32).
Visão Panorâmica
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• É adotado c o m o filho de Deus, rec eb e ndo nova vida
segundo o Esp íri to, o que o c ond uz à g lo ri fic ação
(Rm 8.18-30).
• Deus está le va nd o a efeito o seu plano da rede nçã o,
a despeito da in c re d u li d a d e de Israel (Rm 9-11).
Fi n a lm e n te , Paulo declara que um a vida
tr a ns fo rm a da em Cristo resulta na prática da re tid ã o e
do am or em todos os aspectos da vida social, civil e
moral da pe sso a (Rm 12 -1 4). Paulo te rm in a R o m a n o s
e xpondo seus pla nos pe ssoa is (capítulo 15), uma longa
lista de saud aç ões pess oa is, uma últ im a a d m o e s ta ç ã o e
uma d o x o l o g i a 1 (ca pít ulo 16).
Romanos em Síntese
Divisões Principais
R o m a n o s é a alma da c o e r ê n c i a 2.
1 Começa
com c ond en a ç ão , e pro s se gu e através da salvação,
ju s tif ic a çã o, s an ti fic ação (e depois uma secção a
respeito da ve rdade dis pen sa cio na l, co n ci l ia n d o as
prome ssa s de Deus a Israel com as pro m e s sa s de Deus
à Igreja), te r m in a ndo com glorificação.
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Características Especiais
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Cristo Revelado
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Autor: O Ap ós to lo Paulo
Data: Cerca de 49 d.C.
Carta aos Tema: Salva ção Pela Gra ça M ed ia nte
Gálatas a
Palavra s- Cha ve : Graça, e vang el ho, fé,
ju stificado , prom essa , liberdade, lei
V ersí culo-chave: G1 5.1
Destinatários
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oriun dos do N or te da G a lá c ia e que, mais tarde, parte
deles emigrou para o Sul da Eur opa, de cujo te rr it óri o a
Fr an ç a de hoje faz parte. E muito mais prová ve l que
Paulo haja escrito esta e pís to la às igrejas do Sul da
p ro vín c ia da G a lá c ia (A nt io qui a da Pisídia, Icônio,
Listra, Derbe), onde ele e B ar nab é e v a n g e li z a r a m e
e sta be lec eram igrejas dura nte sua prim eir a via gem
m is si oná ri a (At 13,14).
Autor
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imagin ar-s e que outra pe sso a pudesse ter falsificado
tão faci lm en te e sem m otiv o aparente, em é poca
posterior, tal docu men to.
C om o disse Lightfoot: “ Cada sentença
gramatical reflete tão p e rfe ita me nte a vida e o car áter
do apóstolo aos gentios, que nin gué m tem duvid ad o de
que seja g e n u í n o ” .
A ma ioria das cartas de Paulo foi escrita por
seus a m a n u e n s e s 1 ou escribas. C om o a situação das
igrejas da Galác ia era crítica, estava em j o g o não só a
fé desses irmãos e n e m apenas a a uto rid ad e ap ostólica
de Paulo, mas pri nc ip a lm e nte o futuro do cristianismo.
Ele m esm o escreveu de seu próprio pun h o (G1 6.11),
pois não queria deix ar m arge m para os gálatas
du vi da re m da autent icida de da carta.
Data
1 Escrevente, copista.
2 De outro modo; do cont rári o; aliás. Mas sim; e sim; mas,
porém.
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Propósito
Características Especiais
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Cristo Revelado
I
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Q uestionário
2. É errado afirmar
a ) R | Paulo diz que Gá latas é a Reve la ção da J u s ti ç a
de Deus
b ) H D o u tr in a ri a m e nte , R o m a n o s é o ma ior livro j á
escrito
c ) fcl R oma nos é o co ra çã o e a alma da reve laç ão de
Deus ao povo desta é poca
dm A mais c o m p le ta hist óri a da neces sida de , do
remédio e dos re s ul ta do s da morte de Cristo,
e nc ont ra-s e em R o m a n o s
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Autor: O Apó st olo Paulo
Data: C erca de 62 d.C.
Carta aos Tema: Cristo e Sua Igreja
Efésios Pala vra s- Cha ve : Glória, corpo,
lugares celestes
V e rsí cu lo -c ha ve : Ef 1.3
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É cren ça geral que Pa ulo escreveu Ef ési os
ta m b é m para outras igrejas da região, e não ap ena s a
Efeso. P os s iv el m en te ele a escreveu com o carta
c irc ula r às igrejas de toda a p ro vín c ia da Ásia.
Autor
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afir ma m que é antes uma carta particular. A tradiç ão e
a ma ior ia dos ma nusc rit os diz em que foi a e n v ia d a a
Éfeso, mas o que im por ta é que foi e é insp irad a pelo
Espírito de Deu s, e é para nós hoje a p ró pr ia Pa la vra de
Deus.
Quan do Paulo escreveu a ep íst ola aos
Efésios, e sta va preso em Roma, de onde a en vio u
àquela igreja através de Tíqu ico, por quem, ta m bé m ,
enviou as cartas a F il e m o m e à igreja de Co lo sso s,
p ro va ve lm en te entre 60 e 62 d.C.
Data e Circunstâncias
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dura nte dois anos. Não é est ranho, então, que a igreja
de Éfeso pu de sse re ceb er e e n te n d e r uma car ta tão
esp ir itu a lm en te pro fu nda c o m o esta. Dura nte os anos
do minist ério pessoal do ap óstolo, os novos crentes
a pr ofu nd a ra m -s e em seus c o n h ec im e n to s bíblicos e do
E va nge lho ; es ta va m em c o ndi çõ e s de apre cia rem estes
en si na m e nt os , e Paulo bem o sabia.
Não há na carta referências a pro ble m a s
especiais co mo os m e n c i o n a d o s nas cartas aos
Co ríntios e aos Gálatas. Por que, então, foi esc rit a?
Não há quase dúvid a de que ex ist iu um p ro ble m a sério
em Co lossos, e Paulo, p re pa ra ndo a viagem de Tí q u ic o
para que levasse a E p ís to la aos C olo ss e ns e s , e
en vi an do a O n é si m o de volta para Fi le mo m c om sua
carta de r e c om en da ç ão , quis e sc re ver esta carta aos
efésios (ou c ar ta -c ir cu la r para todas as igrejas da Ásia,
se ass im o de sej armo s) . E pos sív el que Paulo tivesse
tido novas revel açõ es durante as suas prisões, e o
Espí ri to Santo de sej av a que Paulo deix ass e por escrito
estas verdades. U m a m e nte com o a de Paulo,
m e di ta nd o longas horas, mês após mês, no sign ificado
da morte, ressu rr eiç ão e e n tr o n iz aç ã o do Senhor Jesus
Cristo, sem dúv ida seria guia da pelo Es pírito a novos
passos e c o n h ec im e n to s de ve rdades espirituais, com o
de duç õe s lógicas do que j á conhecia. A e x p e r iê n c ia da
m at ur id ad e e a apl ic ação no estudo mais ass ídu o do
Velho T e s ta m en to (2Tm 4.13) tam bé m c o n tr ib u ír a m
para que Paulo tivesse verdad es novas para tra ns m it ir
aos efésios, e aprouve a Deus que as deix ass e em fo rm a
pe rm a ne nte para que nós, as gerações vindouras, nos
ap ro ve itá s s em os ta m b é m delas. Não obstante, livremo-
nos da idéia de que esta Ep ís to la cria uma nova
disp ens açã o, de modo que só ela e as Epíst ola s escritas
depois por Paulo, sejam para nós, at ualmente, em vez
de todo o No vo T e s ta m en to . Graças ao Pai Celestial,
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que por Seu Es píri to Santo impeliu o grande apóstolo
aos gentios a e sc rever esta Epístola.
Não só devia pre veni-los co ntra o erro que
entrou em Co lossos, e o outro que tra nst orn ou os
gálatas, mas ta m b é m os fez me re ce r a a d m oe s ta çã o do
Se n h o r Jesus em A po cal ip se 2.4,5.
É c o n si d e ra d a u m a das “cartas da p r i s ã o ”
po rqu e as escreveu e n qua nt o estava preso em Roma. Na
pr im av e ra de 63 d.C., p r ova ve lm en te , foi liberto.
Propósito
Visão Panorâmica
34
B íb lia (Ef 1.3-14). Esse gra nd io s o hino sobre re de nçã o
t r i b u t a 1 louvores ao Pai pela eleição, p r e de st in a ç ão e
ad oçã o que Ele nos p r opi c io u (Ef 1.3-6), por n os sa
re de nçã o m ed ia nt e o sangue do Filho (E f 1.7-12) e pelo
Espírito, com o selo e gara ntia da nos sa he rança (Ef
1.13,14).
N esses capít ulo s, Paulo ressalta que na
re de nçã o pela graça m e di a nte a fé, D eu s nos re c o n ci li a
co nsi go mesm o (E f 2.1-10) e com outros que estão
sendo salvos (Ef 2.11-15), e, em Cristo, nos une em um
só corpo, a igreja (Ef 2.16-22). O alvo da re de nçã o é
“torna r a c on gre ga r em Cristo todas as coisas... tan to as
que estão nos céus co mo as que estão na te r r a ” (Ef
1 . 10 ).
Os cap ít ulo s 4-6 c ons is te m mais de
ins truções práticas para a igreja no tocante aos
requis itos que a re den ção em Cristo de m a n d a de n os sa
vida individual e coletiva. Entre as 35 diretrizes dadas
em Efésios, sobre co mo os redim ido s de vem viver,
d e sta cam -s e três catego ria s gerais.
1. Os crentes são ch am a dos a uma nova vida de p ure z a
e separação do mundo. São ch am a dos a serem
“ santos e ir r epr een sí vei s diante d e l e ” (Ef 1.4), a
cre scer “para te mp lo santo no S e n h o r ” (Ef 2.21), a
an dar “c omo é d ig no da vocação com que fostes
c h a m a d o s ” (Ef 4.1), a “ varão p e rf e it o ” (E f 4.13), a
viver “em verdad eir a j u s t i ç a e s a n ti d a d e ” (Ef 4.24),
a andar “em a m o r ” (Ef 5.2; cf. 3.17-19) e a serem
santos “pela P a l a v r a ” (Ef 5.26), a fim de que Cristo
tenha uma “ igreja gloriosa, sem m á c u l a 2, 1 nem ruga...
santa e i rr e p r e e n s í v e l” (Ef 5.27).
2. O crente é c ha m a do a um novo mo do de viver nos
rela ci on a m e nto s familiares e vocaci onai s (Ef 5.22-
35
6.9). Esses re la c io n a m e n to s devem ser regidos por
pri ncípios de c ondut a que dis tin ga m o cre nte da
so ciedade descrente à sua volta.
3. F in a lm e nt e , o crente é c ha m a do a m a nte r-s e firme
co ntra as a s t u t a s 1 ci la das do diabo e as terríveis
“ hostes esp irituais da maldade, nos lugares
c e le s ti a is ” (Ef 6.10-20).
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Cristo Revelado
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Questionário
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Lição 2____________________
Cartas de Paulo: IC oríntios e
2C oríntios
Autor: O Ap ós to lo Paulo
Data: 55/56 d.C.
Primeira Tema: P r ob le m as da Igreja e Suas
Carta aos Soluçõ es
Pa la vra s- Ch a ve : A cruz, peca dos
Coríntios
sexuais, dons esp iritua is, amor, a
ressur reiçã o
V e rs íc ulo s- ch ave : I C o 13.1; 14.33a
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missi oná ri a (At 18.1-17). A igreja era c o m p o s t a de
alguns ju d e u s , sendo sua ma ioria c onst it uíd a de gentios
conv ertido s do pa gan is mo . Dep ois da pa rtida de Paulo
de Corinto, surg iram vários prob le ma s na j o v e m igreja,
que re que rer am sua a uto rid ad e e doutr in a apost ól ica ,
por carta e visitas pessoais.
Autor
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autên tica e sc ri ta por Paulo, o ap ósto lo aos gentios.
A pre se nt a e sta car ta mais ev id ên c ia e m seu favor do
que a m a io ri a dos escritos antigos, sem e x is t ir
co n tr o v é rs ia q u a n t o a este assunto.
Data e as Circunstâncias
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de D eus, não o fiz com os ten ta ção de linguagem, ou de
sabedoria, po rq ue decidi nad a saber entre vós, senão a
Jesus Cristo, e Este crucificado. E foi em fraqueza,
te mo r e gra nde trem or que eu estive entre vós. A m inh a
palav ra e a minha pregação não co nsi s tir am em
lin gua ge m persu asi va de sabedoria, mas em
de m o n st ra ç ã o do Espíri to e do poder, para que a vossa
fé não se ap oiasse em sab ed ori a humana; e, sim, no
pode r de D e u s ” ( I C o 2.1-5).
Pa ulo tam bé m vivia do tra balho de suas
próprias mã os, fabric a nd o tendas de c am p a n h a ou
barracas, e aos sábados dis cu ti a co m os que
fr eq ü e n ta v am as sinagogas. Só qua ndo c heg a ra m Silas
e T i m ót eo de M ace dônia , sem dúvida tra z en do-l he uma
oferta (Fp 4.15) é que Paulo ab an dono u o traba lho
manual que e sta va fa zen do para de dicar-se
in te gr a lm e nt e ao seu ministério. N a tu ra lm en te houve
um co nt ra st e entre a hum ild a de e abnegaç ão de Pa ul o e
a el o q ü ên c ia de Apoio. Os dois pregadores não
d e sej aram que isso acontec ess e, ne m p r e te ndia m causar
divisões entre os irmãos, nem hou ve ci úme ou inveja
entre eles ( I C o 16.12). A fo rm açã o dos dois partidos
entre os coríntios foi si m p le sm e n te uma m a ni fest ação
de sua carnalid ad e, e assim foi que Paulo co nsid e ro u o
fato ( I C o 3.3,4).
En qu a nt o Paulo estava em Efeso, de regresso
de Je ru sa lé m e no co m eç o de sua terceira viagem
mis sion ária, ouvia falar destas divis õe s entre crentes de
Corinto, e também de certas imor alid ad es ali
praticadas. E sc reve u- lh es acerca do dever de se
separare m dos que es ta va m em pe cad o e recebeu uma
resposta por escrito na qual lhe faziam certas
perguntas. Talvez Estéfanas, Fo rt unat o e Acaio
tr oux e s se m o recado e dessem mais notícias
ve rb a lm en te ( I C o 16.17). A lé m da m e n c i o n a d a carta da
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Igreja de Corin to, veio a Éfes o a fam íli a do irm ão Cl oe
e os m e m b ro s de st a famíl ia c o n ta r am a Pa ul o
de ta l h a d a m e n te a c on diç ã o esp iritual dessa igreja. O
apóstolo en vio u T i m ó te o para lá im e d ia ta m e n te , sem
es pe ra r para e sc re ver -lh e s. Já vimos, então, co mo foi
que ele sentiu a n e ce s si d a d e de es c re ve r esta carta, a
fim de a pl ic ar a c a d a pro b le m a da igreja de C o ri n to a
solução dita da pelo Espíri to Santo. C o m o f u n d a d o r da
m e n c i o n a d a igreja e com o apóst ol o dos gentios por
d e te r m in a çã o de D e us , a r e s pon sa bil id a de pe sa va sobre
ele (2Co 11.28). A inspira ção divina na c o m p o s i ç ã o da
e pís to la nota -s e no fato de que Pa ulo ex plic a as
verdad es f u n d a m e n ta i s que fo rm am os p r in c íp io s ou
regras para as d eci sõ es ou p ro c e d im e n t o s que c ab e m
em cada caso. A ss im sendo, a carta é de grande
im p o r tâ n c ia e u til id a de para a ins tit uiç ão de igrejas na
atual idad e, e da m os graças a Deus que no-la te m
conse rva do.
Pelas razõ es acima ex po sta s c o n s id e ra m o s
que esta E p í s to la foi escrita lá pelo fim dos três anos
do m in is té rio de Pa ulo em Éfeso, entre 55 ou 56 da era
cristã.
Propósito
43
Visão Panorâm ica
44
6 ,1 2, 16 -1 9, 26 ) , e reitera que todas as m a n if e st aç õ es
púb lic as dos dons de ve m brota r do a m or ( I C o 13) e
e xi st ire m pa ra a ed ifi c aç ã o de todos os crentes ( I C o
12.7; 14.4-6,26).
Características Especiais
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Correções na Conduta Cristã ( I C o 1-11)
E sp íri to de partidos.
Pa ulo fala das divisões e grupos na igreja.
N ada destrói mais o coração e a vida de uma igreja, do
que a p o lí ti c a de partidos. C ri s ti a n is m o é amor. Só
Jesus Cris to pode curar o mal das divis õe s ( I C o 1.13).
T o d o olhar, todo coração e todo esp írito deve voltar-se
para um objetivo: Jesus Cristo, nos so Sa lv a dor pessoal.
A Cruz.
1. A cruz era “escân dalo para os j u d e u s ” .
Algo com que não po d ia m co nfo rm ar-s e
( I C o 1.23). Não era possível c o m p r e e n d e r com o tal
d e m o n s t r a ç ã o de fraque za podia ser fonte de poder.
Para eles, um home m mo rr en do na cruz não parecia o
S a lv a d o r do mundo. A cruz si gni fic av a fracasso para
eles. 2
46
Mas Deus nunc a de sp r e z o u as coisas
hu m ild e s. Ele usou a f u n d a 1 de Davi para d e rr u b a r
Go lias, o pior ini m ig o de Israel. U s o u a m e r e n d a 2 de
um m e n in o para a li m e n ta r uma mu lti dã o. Ou a cruz é
“ o po d e r de D e u s ” ou é “ l o u c u r a ” . N e n h u m a p e ss oa
j a m a i s de ix a a cruz na m e sm a c o n d iç ã o em que a ela
veio. T erá de aceitá -la ou de rejeitá-la. Se a aceita,
torna- se filho de Deus (Jo 1.12); se a repudia, é réu,
c o n d e n a d o (Jo 3.36). Paulo não pr eg ou um Cris to
c o n q u i s t a d o r ou filósofo, porém, C ris to c ru c if ic ad o e
hu m ild e ( I C o 2.2). Pa ulo diz: “ N e m eu tão pouc o j u l g o
a m im m e s m o ” ( I C o 4.3).
Não sabeis?
Esta é uma e x p re ss ã o u s a d a por Paulo. Sua
fé se b a se a v a em fatos. Ele que ri a saber das coisas.
Su b li n h e os “não s a b e i s ? ” do c ap ít ulo 6. Que nos
c o m p e t e saber? “Ou não sabeis p orq ue o nosso corpo é
o te m p lo do Espíri to Santo, que ha bita em vós,
p r o v e n ie n te de Deus, e que não sois de vós m e s m o s ?
Po rq ue fostes c om pra dos por b o m preço; glorificai,
pois, a De us no vosso corpo e no vosso espírito, os
quais p e rt e n c e m a D e u s ” ( I C o 6.19,20). Se o nosso
corpo foi re di m id o pelo Se n h o r J esu s Cristo, ent ão não
nos p e rt e nc e mais, e sim A que le que nos co m p ro u co m
o seu p re c io so sangue. “ Po rq ue fostes c om pra do s por
p r e ç o ” . A E s c rit ura não e st a be le c e regrinhas de
c on dut a n e m diz que coisas de ve m ou não fazer, antes,
esta be le c e princ ípios pelos quais o cristão deve
ori e nt a r suas ações. A lg u é m disse que a liberdade
cristã não que r dizer o direito que temos de faz er o que
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que remos, e sim o que dev emo s. Paulo diz: “Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coi sas con vêm ;
todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
do mi na r por n e n h u m a ” ( I C o 6.12).
Casamento.
De us apre sen ta co m clar eza os princ ípios do
casamento. Q u a n d o duas pe ssoas se casam , faz em- no
por toda a vida. L e ia m o que disse Jesus acerca do
divórcio (Mt 5.31,32; 19.3-11; Mc 10.2-12). São
de clarações claras. A n o te m IC o rí n t io s 7.9,13 na
Bíblia. M e d it e m nesses versículos.
A Ceia do Senhor
Sua im po rt ân c ia no passado.
É um me mo ria l (gr. a n a m n e sis ; I C o 11.24-
26; Lc 22.19) da mo rt e de Cristo no Cal vário , para
re dim ir os crentes do pe cad o e da co nden aç ão . Através
da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós
a morte salvífica de Cristo e seu s ign ifi ca do rede ntor
para nossa vida. A morte de Cristo é n os sa moti va ção
maior para não cair mos em pecado e para nos
ab stermos de toda a ap arênc ia do mal ( l T s 5.22). É um
ato de ação de graças (gr. e u c h a ristiá ) pelas bênçãos e
salvação da parte de Deus, prove nie ntes do sacrifício
de Jesus Cristo na cruz por nós ( I C o 11.24; Mt
26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19).
48
Sua im p o r tâ n c ia no presente.
A Ceia do Se n h o r é um ato de c o m u n h ã o (gr.
' k o in o n iá ) c om Cris to e de p a rt ic ip a ç ã o nos be nef íc io s
da sua morte sacrificial e, ao m e s m o tempo, c o m u n h ã o
c om os dem ai s m e m b ro s do co rp o de Cristo ( I C o
10.16,17). Ness a ceia co m o S e n h o r ressurreto, Ele,
co m o o anfitrião, faz-se pre s en te de m odo especial (cf.
Mt 18.20; Lc 24.35). É o r e c o n h e c im e n to e a
p r o c la m a ç ã o da N ov a A li a n ça (gr. kaine d ia th e k e )
m e d ia n te a qual os crentes r e a f i r m a m o senhorio de
Cris to e nosso c o m p ro m is s o de fa z e r a sua vontade, de
p e r m a n e c e r leais, de re si sti r o pe c a d o e de ide nti fic ar-
nos co m a mis são de Cristo ( I C o 11.25; Mt 26.28; Mc
14.24; Lc 22.20).
Sua i m p o r tâ n c ia no futuro.
A Ceia do Se n h o r é um a nte gozo do reino
futur o de Deus e do b a n q u e te me ss iâ nic o futuro,
quan do en tão, todos os cren tes estar ão presentes co m o
Se n h o r (Mt 8.11; 22.1-1 4; Mc 14.25; Lc 13.29;
22 .1 7, 18 ,3 0) . An tevê a volta im in e n te de Cristo para
b u s c a r o seu povo ( I C o 11.26) e e ncen a a oração:
“ V e nha o teu R e i n o ” (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia
do Se nho r, toda essa im p o r tâ n c ia a cim a me nci ona da , só
pass a a ter si gnificado se c h e g a rm o s diante do Se n h o r
co m fé genuína, oração s in cer a e ob e d iê n c ia à Pa la vra
de Deus e à sua vontade.
49
Autor: O A p ós to lo Paulo
Segunda Data: 55/5 6 d.C.
Carta aos Tema: G ló ri a Através do S of ri m e nt o
Coríntios P a la v ra s ~Chave: Con sol aç ão, so fri me nto ,
mi nis té rio , glória, poder, f r aq u e za
V e rs íc ulo s -c hav e : 2Co 4.5; 5.20-21
i
Cheio de afã; trabal hoso, laborioso.
Autor
Tema e Propósito
53
• Es crev eu, ta m bé m , para re pre end er a m in or ia na
igreja in fl u en c ia d a por seus op one ntes e que não
acat av am a sua au toridade e correção. Paulo
r e a fi rm ou sua integri da de e sua aut ori da de
a po st ól ic a em relação a eles, es c la re ce u os seus
moti vos e os advertiu co ntra novas rebeliões.
2C orí nti os visou a pre pa rar a igreja co mo um todo,
para sua visita i m i n e n t e 1.
A Data e as Circunstâncias
54
notí ci as da rec ep ç ão da pri m e ir a Epí sto la , talvez uns
seis me ses após aquela, cer ca do ano 55 depois de
Cristo.
* Q ua ndo Tito co nt ou a Pa ulo que a igreja de
C o ri n to tinha di s ci plin ad o o c ulp a d o de acordo c om as
suas in s tru ç õe s ( I C o 5), e que a dita disci plina tinha
tido o efeito deseja do pelo fato de o h o m e m estar m u ito
triste e d e sej arem pe rdo á-lo (2C o 2.5-8), o ap ósto lo
n a t u ra lm e n te sentiu a sua re s p o n s a b il id a d e de escrever -
lhes im e d ia ta m e n te c om as in s tru ç ões sobre o caso.
C o m mais de talhes de Tito a re sp ei to do car áte r da
o p os iç ã o ao apóstolo e a te n d ê n c ia de alguns em
p re s ta r- lh e s atenção qua nto à im p o r tâ n c ia da lei
m os ai ca, Paulo quis de ix ar claro ta m b é m esse ponto,
tanto para de fe nde r seu pró pr io apo sto la do, co mo
ta m b é m para dar au to rid ad e aos seus e nsin am en to s.
Esta s co ns id e ra ç õe s, j u n t a m e n t e c om os assu nto s
ma te ria is, c om a sua visita e a c ol et a para os santos em
J er u sa lé m , fiz eram -no sentir o im puls o de escrever.
Deus us av a as c ir c un st â nc ia s para fazê-lo c u m p ri r a
vont a de di vin a e ass im temos este precioso livro no
câno n do No vo T es tam ent o.
55
através de Tito, do arrepe nd im en to de mui tos na igreja
de Corin to, que antes de sa c at a va m a sua autoridade
ap o st ó l ic a (2Co 7).
2. Nos capít ulos 8 e 9, Pa ulo ex orta os
c orí nti os a de m on st ra r a m e sm a g e ner osi da de cristã e
since ra dos mace dôn ios , ao c ont ri buír em na c am pan ha
por ele dirigida, a favor dos crentes pobres de
Jer usa lém.
3. O estilo da ep ísto la m u d a nos capítulos
10-13. Agora, Paulo defende o seu apostolado,
dis co rr e nd o sobre a sua c ham ad a, qual ifi ca çõe s e
so fri m e nt os co mo um verdadeiro apóstolo. Com isso,
Pa ulo esp e ra que os coríntios r e c o n h e ç a m os falsos
a pó sto lo s entre eles, o que os p o u p a rá de futura
dis ci pl in a qua ndo ele lá chegar. Paulo termina
2C orí nti os com a única bênção trini tár ia no Novo
T e s ta m e n to (2Co 13.13).
Características Especiais
56
4. T e r m o s - c h a v e , tais com o fraqu eza , aflição, lágrimas,
perigos, tri bulação, so fri me nto , co nso la ção ,
ja ct â n c ia , verdade, m ini st ério e glória, d e st a c am o
c o n te ú d o i nc om pa rá ve l de sta carta.
Comentário
57
Paul o tinha co nsc iê nci a da sua sin ce rid a de e
fidelidade qu a n d o traba lhou entre os coríntios.
Ex pl ic ou -l he s que tinha ma ndad o sua p ri m ei r a carta em
vez de vir p e s s o a lm e n t e , a fim de poder, qua ndo viesse,
louvá-los e não re preend ê-los (2Co 1.23-2.4). Ele
invoc a o te s t e m u n h o de Deus para a sua declaração.
Os doutores da lei, dos dias de Paulo, semp re
le vavam co ns ig o cartas de apresentação. P r o c u r a v a m
c om ba te r Pa ulo por todos os meios. P e rgu nta va m:
“Que m é esse Pa ulo ? Que carta de r e c o m en d a ç ão traz
de J e r u s a l é m ? ” C om o era tola a pergunta! Acas o Paulo
precisaria de carta de rec om en da ç ão para uma igreja
que ele pr ópr io fu nd ara? “Por q u e ” ? “ Vós sois a nos sa
carta, escrita em n os so s corações, c onhec id a e lida por
todos os h o m e n s ” (2Co 3.2).
As vidas dos verdadeiros cristãos em Co rinto
eram cartas, que s ervia m para re c o m e n d a r tanto a
Paulo, o servo, co mo a Cristo, o Senhor.
Paul o teve um mi nistério triun fante , mas
cheio de aflições. A vitória tem um preço! Pa ul o con ta
muita coisa a resp eito das suas tri bulações (capítulos
4,6 e 11). Na sua glor io sa conversão, o Se nhor disse:
“Pois eu lhe mos trarei quanto lhe impo rta sofrer pelo
meu N o m e ” (At 9.16).
As pro va ç ões pa recem ter c o m e ç a d o logo
depois e o a c o m p a n h a ra m durante trinta anos. Paulo,
porém, m os tr a va- se semp re otimista, pois sabia que as
aflições pr esentes torn a va m ma ior a glória v i n d o u r a 1
(2Co 4.17,18).
Em todas as suas aflições Paulo encon tra
co nforto na ressurr eição. Vivia sob a ins pir açã o de que,
um dia, seu corpo seria tra ns for ma do e glorificado
(2Co 5.10).
58
O alvo do m in is té rio de Paulo é levar os
h om e ns a se re c on ci li ar e m c om D eu s (2Co 5.20). O
s u p re m o interesse de D eu s está no homem. C o m o
e m b a i x a d o r de Cristo o apóst ol o apela aos home ns do
mun do.
Segue-se o seu apelo para uma vida de
s an ti da de (2Co 6.11-7.16). S a nt id a de de vida q ue r
di z er “ t u d o ” para Deus. Pa ulo roga aos seus
c o o pe r ad or e s que não r e c eb a m em vão a b e ni gn id a de
de D e us , porém, abram seus co ra çõ e s a Ele.
Liberdade no Ar (2Co 8 e 9)
59
fr aternidade entre os cristãos ju de us e gentios. “Graças
a Deus pelo seu dom i n e f á v e l 1“ (2Co 9.15).
60
huma na, j a m a is po d e ri a descrever a glór ia delas. Seria
o m esm o que ten tar de sc re ve r um pô r de sol para um
cego de na scença. Pa ulo não tinha c om que c o m p a r a -
las para pode r fa z er-n os c om pre end ê-la s.
Parec e que por causas dessas visões
celestiais, Deus p e rm it iu que Pa ulo sofresse um
im p e d im e n to físico. O Senho r co nhe c e o perigo do
orgulho do co ração hum a n o depois de uma e x p e r iê n c ia
assim e, por isso, co ns e ntiu n u m “ m e n sa g e ir o de
Satanás para e s b o f e t e a r ” o seu servo. O Pr ó p ri o
ap óstolo c ha m ou a essa aflição “espin ho na c a r n e ”
(2Co 12.7).
61
Questionário
62
Lição 3
Cartas de Paulo: Aos Filipenses,
Colossenses, 1 e 2Tessalonicenses, 1 e
2Tim óteo, Tito e Filem om
Autor: O A p ós to lo Paulo
Carta aos Data: C erca Üe 62/63 d.C.
Tema: Alegria de Viver por Cristo
Filip enses
P a la vra s- Ch av e: Alegria, r e g o z i j a r 1
V e rsí eu lo -c ha ve: Fp 4.4
63
Propósito
Visão Panorâmica
64
Autor: O Ap óstolo Paulo
Data: C erca de 62 d.C.
Carta aos Tema: A S u p r e m a c ia de Cristo
Pa la vr a s- C ha ve : P le nitu de , sabedoria,
Colossenses
c on h e c im e n to , mis té rio
V e rs íc ulo s -c hav e : Cl 1.18-29; 2.10
65
No entanto, pelas r e f u t a ç õ e s 1 de Paulo ao
falso ensino, ded uz- se que era uma m is tu ra e st r an h a de
ensinos cristãos, tradições ju dai cas ex tr a b íb li c as e
filosofias pagãs (se m el ha nt e ao s in c r e ti s m o 21 religio so
das seitas falsas de hoje). Tal en sino s u b v e r t i a 3 e
substituía a c en tr a li d a d e de Jesus.
Esta carta foi escrita de Ro ma , Cerca de 62
d.C. Co lo ss e nse s é uma dííT“epístolas da p r i s ã o ” .
Propósito
Visão Panorâmica
66
do Deus invisível (Cl 1.15), a p le n it u d e da de idade em
fo r m a c or pó re a (Cl 2.9), o c ri a d o r de todas as coisas
(Cl 1.16,17), o cab e ç a da igreja (Cl 1.18) e a fonte
to da -s ufic ie nt e da nos sa s al v a ç ão (1. 14,20-22).
E n q u a n to Cristo é tod o-s ufic ie nte , a heresia c o lo ss e nse
é to ta lm e n te in su fic ie nte - vazia, e n g a n o s a e hu m a n is ta
(Cl 2.8); de e s p ir itu a lid ad e s uper fic ial e arrog an te (Cl
2.18) e sem po de r c ontra os ap etites pe ca m in os os do
corpo (Cl 2.23).
Nas suas e xo rt a çõ e s prátic as, Paulo faz um
apelo em favor de uma vida a li c er ç a d a na s ufi ci ênc ia
c o m p l e t a de Cristo, co mo o únic o m e io de pro gresso no
viver cristão. A re al id ad e da ha b it a ç ã o de Cristo neles
(Cl 1.27) deve e v id en c ia r- s e na c o n d u ta cristã (Cl 3.1-
17), no r e la ci on a m e nto d o m é s t ic o (Cl 3.18-4.1) e na
d is ci pl in a espiritual (Cl 4.2-6).
67
Autor: O Apó st olo Paulo
Primeira Carta Data: C erca de 51 d.C.
aos Tema: A Volta de Cristo
rp i ■
1 essalom censes Pala vra s- Cha ve : A gra
& d e c im e n to ,
vinda, fe, e sp e ra nça e
caridade1
Versícu los -chav e: lT s 1.9-10
1 Amor.
2 Contrário, adverso, inimigo. Agressivo; provocant e.
68
Tema
Propósito
Visão Panorâmica
69
à igreja a purez a dos seus motiv os ( l T s 2.1-6), a
sin ce rid a de da sua afeição e s o l i c i t u d e 1 pelo rebanho
( l T s 2.7, 8,1 7-2 0; 3.1-10) e a int eg rid ad e da sua
c on d u ta entre eles ( l T s 2.9-12). Paulo destac a a
n e ce s si d a d e e im por tân ci a da s an ti dad e e do poder na
vida cristã. O crente precisa ser santo ( l T s 3.13; 4.1-8;
5.23,24), e o ev angelho, a co m p a n h a d o pelo po de r e
m a nif e st a ç ã o do Espírito Santo ( l T s 1.5). Paulo
a d m o e s ta os te ssa lon ic ens es à não ex ti n g u ir e m o
Espírito, a não de sp re z ar as suas m a nif est açõ es,
e s p e c ia lm e n te a profecia ( l T s 5.19,20).
U m tema de destaque é a volta de Cristo para
livrar seu povo da ira de Deus sobre a terra ( l T s 1.10;
4.1 3-1 8; 5.1-11). Parece que alguns crentes haviam
mo rr id o em Tes sal ôni ca, m otiv a nd o pre oc up aç ão sobre
a sua salvaç ão final. Por isso, Paulo e xplic a o plano de
D eu s pa ra os santos que j á ti ve rem parti do qua ndo
Cris to voltar para buscar a sua igreja ( l T s 4.13-18), e
e xo rt a os vivos sobre a im p o r tâ n c ia de estarem
p re pa ra dos qua ndo Ele vier ( l T s 5.1-11). Paulo termin a
a carta com uma oração pela sant if ic ação e preserv aç ão
esp iritual dos tessa lon ic ens es ( l T s 5.23,24).
70
Autor: O A p ós to lo Paulo
Segunda Carta Data: Cerca de 51 ou 52 d.C.
O fA O
Tema: A Volta de Cristo
. Pala vra s- Cha ve : D ia do Se nhor,
Tessalonicenses hom em do pe cado, tradição
V e rs íc ulo -cha ve: 2Ts 2.15
Propósito
71
Visão Panorâmic a
72
Questionário
• A ss in a le c o m “ X ” as alternativas correta s
73
Autor: O Apó st olo Paulo
Primeira Data: C erca de 65 d.C.
Tema: A Sã D ou tri na e a Pi e da de
Carta a
Pa la vra s- Ch a ve : Cuid ado , vigilância,
Timóteo força, c o m p ro m is s o
Ver sí cul os -chav e: l T m 3.15; 4.12
74
A utor
1 e 2 T i m ó te o e Tito - c o m u m e n t e 1 c h a m a d a s
“ e pí st ol as p a s to r a is ” - são cartas escritas por Pa ul o
( l T m 1.1; 2Tm 1.1; Tt 1.1) a T i m ó te o (em Éf es o) e
Ti to (em Creta) c o n c e r n e n t e 21 ao c u id a d o pastoral das
igrejas. Alguns críti co s q u e s t i o n a m a autoria destas
cartas po r Paulo, mas a igreja p r im it iv a c o r r o b o r a v a 3
sua a uto ria paulina. E m b o r a haja dif eren ças de esti lo e
de vo c ab ul á rio nas epíst olas p ast orais ao co m p ar á- la s
com as outras cartas de Paulo, estas dif eren ças p o d e m
de c o r re r da av an ç a da idade de Pa ulo e sua so lic itu de
pess oa l co m os m in is té rio s de T i m ó te o e Tito.
Paulo esc re veu I T i m ó t e o depois dos e ven to s
re la tad os no fim de Atos, a p ri m e ir a pris ão de Pa ul o em
R o m a te rm in ou (At 28), s eg undo parece, com a sua
li be rta ção (2Tm 4.16,17 ). P o s te ri o rm e n te , s eg undo
C le m e n te de R o m a (cerca de 96 d.C.) e o C â n o n
M u ra to ri a n o (cerca de 190 d.C.), Paulo via jou de
R om a , diri gin do- se para o oeste, até a E s p a n h a, e
m in is tr ou a Pala vra de Deus ali, c o m o era seu dese jo há
longo tempo (cf. R m 15.23,24,28).
C on fo rm e re la ta m as E pí sto la s P as tor ai s,
Paul o a seguir, voltou à região do m a r E ge u
(es pe c ia lm en te Creta, M a c e d ô n ia e Grécia) e aí
c o n ti n u o u seu ministério. D ura nte esse pe río do (cerca
de 64,65 d.C.), Paulo c o m is si o n o u Ti m ó te o co mo seu
r e pre se nt a nt e apo stó li co para m in is tr a r em Éfeso, e
Tito para fazer o m e sm o em Creta. Da M ac e d ô n ia ,
Paulo escreveu sua prim eir a carta a T im óte o, e, pouc o
mais tarde, esc reveu a Tito. P o s te ri or m en te , Paulo foi
preso de novo em R om a , qua nd o então esc re veu uma
1 Em geral, ordinariamente.
2 Que concerne; relativo, atinente, referente.
3 Dar força a; fortificar, fortalecer, confirmar, comprovar.
75
segunda car ta a Ti m ót eo pouco antes do seu martírio,
em 67/68 (ver 2T m 4.6-8; ver tam bé m int ro duç ã o a
2Ti móteo).
Propósito
76
Autor: O A póstolo Paulo
Segunda Data: Cerca de 67 d.C.
Carta a Tem a: P e rs e v er a n ç a Inabalável na Pé
Pa la vra s- C ha ve : Batalha, in s tr uç ão ,
Timóteo
re s p o n sa b il id a d e
V e rs íc ulo s -c ha ve : 2Tm 3.14-17; 4.1-5
77
A utor
Características Especiais
78
C o n t é m um a das de cla ra ç ões mais claras, na
Bíblia, a re s pe ito da ins pir açã o d iv in a das E s c ri tu ra s e
do seu pr o p ó s it o ( 2 T m 3.16,17); Pa ulo re a fi rm a que as
E s c ri tu ra s de v e m ser in te rpr et ad as c om e x a ti d ã o pelos
m in is tro s da P a l a v r a (2Tm 2.15) e ins iste que a P a la v ra
de De us seja c o n f ia d a a home ns fiéis que, po r sua vez,
p o s sa m e n si n a r a ou tro s (2Tm 2.2).
Do c o m e ç o ao fim da carta a p a r e c e m
e x or ta çõ e s sucin ta s, por e xem pl o, “de sp e rte s o do m de
D e u s ” (2 T m 1.6), “ não te e n v e r g o n h e s ” (2 T m 1.8),
sofre pelo e v a n g e lh o (2Tm 1.8), “c o n s e rv a o m o d e lo
das sãs p a l a v r a s ” (2 T m 1.13), “ guarda a v e r d a d e ” (2 T m
1.14), “ forti fic a-te na g ra ç a ” (2Tm 2.1), “pa ssa ad ia nte
a m e n s a g e m ” (2 T m 2.2), “ sofre as a fl iç õ e s ” (2 T m 2.3),
“ sê dilige nte na P a l a v r a ” (2Tm 2.15), “ ev ita os
falatórios p r o f a n o s ” (2 T m 2.16), “ foge dos de se jo s da
m o c id a d e e segue a j u s t i ç a ” (2Tm 2.22), “ a ca ut e la - te
da a po sta si a que há de v ir ” (2Tm 3.1-9), “p e r m a n e c e na
v e r d a d e ” (2 T m 3.14), “pregues a P a l a v r a ” (2 T m 4.2),
“faze a obr a de um e v a n g e l i s t a ” (2 T m 4.5) e “c u m p r e o
teu m i n i s t é r i o ” (2 T m 4.5).
Os temas i t e r a t i v o s 1 destas muita s e x o rt a ç õ e s
são: m a nt e r fir me a fé (em Jesus Cristo e no e v a n g e lh o
apo stó li co orig ina l), guardá -la da d is to rç ão e da
c or rup ção , op or- se aos falsos mest res e pre ga r o
ev an ge lh o c om pe rs e v e ra n ç a inabalável.
O te s t e m u n h o de desp ed ida de P a u lo é um
e xe m plo c o m o v e d o r de c ora ge m e e sp e ra nç a dia nte do
martírio sen te nc ia do (2Tm 4.6-8).
79
Autor: O Ap ós to lo Paulo
Data: Cerca de 65/66 d.C.
Tema: A Sã D o u tr in a e as Boas Obras
Carta a
P a la vra s- Ch av e: D i l i g ê n c i a 1,
Tito co m p ro m is s o , resp o n sa b il id a d e
V ersí culos-chave: Tt 2.11-14
80
I T im ót e o) . Paul o de ix ou Tito em Cre ta c u id an do da
igreja ali (Tt 1.5), e n q u a n to ele (Paul o) seguia ad iante
para a M a c e d ô n ia ( l T m 1.3). A lg u m te mp o depois,
Paulo esc reveu e sta carta a Tito, i n c u m b in d o -o de
c o m p le ta r a tare fa em Creta que os dois ha v ia m
c om e ç a d o ju n to s . E pro vá vel que Paulo tives se
m a n d a d o a carta pelas mãos de Zena s e Apoio, que
pa ss a ram por Creta, e m via g em (Tt 3.13).
N e sta carta, Paulo in fo rm a sobre seus planos
para en vi ar Á rt e m a s ou Tí quic o para su bs tit ui r Tito
dentro em breve. E ne ss a oc asião Tito de via en con tr ar-
se com Paul o em N ic ó p o li s (Grécia), onde o ap ósto lo
pla ne ja va pa ss a r o in v e rn o (Tt 3.12). Sa b e m o s que isto
aconteceu, j á que na oc asi ão posterior, Paulo de si g n a ra
Tito para a D a lm á c ia , no litoral oriental do mar
Adriá tic o (na e x-I u g o s lá v ia ) , em cuja região ficava
Nicó pol is , na G ré ci a (Tt 3.12).
Propósito
Visão Panorâmica
R1
1. Ens ina Tito a respeito do caráter e das qua lif ic a çõ e s
esp irituais nece ssárias a todos os que são sepa rados
para o mi nistério na igreja. Os pre sbíteros de v e m ser
home ns piedosos, de car áte r cristão c o m p ro v a d o , e
be m su cedidos na direção da sua fa mí lia (Tt 1.5-9);
2. Paulo man da Tito e nsi na r a sã doutrina, re p re e n d e r e
si lenciar falsos m est res (Tt 1.10-2.1). No de cur so da
carta, Paulo apre sen ta dois breves resu mos da sã
doutri na (Tt 2.11-14; 3.4-7);
3. Paulo descreve para Tito ( l T m 5.1-6.2) o devido
papel dos anciãos (Tt 2.1,2), das mulh eres idosas (Tt
2.3,4), das mulheres jo v e n s (Tt 2.4,5), dos ho m e ns
jo v e n s (Tt 2.6-8) e dos servos (Tt 2.9,10);
4. Fin al me nte , Paulo en fatiza que as boas obras e um a
vida de retidão são o devido fruto da fé gen uín a (Tt
1.16; 2.7,14; 3.1,8,14; Tg 2.14-26).
Características Especiais
82
Autor: 0 A postolo Paulo
Carta a Data: Cerca de 62 d.C.
F ilem om Tem a: R ec onc ili a çã o
P al av ra-C hav e: Irmão
V e rsí cul os -chav e: Em 17-19
Propósito
1 P r e oc u pa do , receoso, cismático.
83
gr a c io sa m e nt e receba O né si m o de volta, co mo um
irmão crente e com o c o m p a n h e ir o de Paulo, c om o
mesm o amor c om que a co lh eria o próprio Paulo.
Visão Panorâmica
Características Especiais
84
de i n s t i g a r 1 rebelião armada, Paulo e xpôs prin cí pio s
cris tão s que e li m in a v a m a sev e rid a de da e scr av idã o
r o m a n a e que fin al me nte le va ra m à sua ab olição
total no me io da Cristan dad e;
3. O ferece um v i s l u m b r e 21 i nc om pa rá ve l da n at ur eza
ínt im a de Paulo, pois este se id en tif ic ou tanto co m
um e sc ravo que o ch am ou de “ meu c o ra ç ã o ” (Fm
12 ).
85
Questionário
86
Lição 4
Cartas Gerais: Hebreus e Tiago
Autor: D e s c o n h e c id o
Carta aos Data: Gerca de 67-69 d.G.
Tema: U m M e l h o r Co ncerto
Hebreus
P a la vr a -C hav e : M e lh o r
V e rsí cu lo -c ha ve : Hb 4.14
87
U m a coisa é certa, o es c ri to r e scr ev eu na
plen itude do Espíri to e com e nte n d i m e n to , revelação e
au toridade apostólica.
O Se nhor Jesus Cristo é o m e lh o r M ed ia d o r
do m e lh o r Pacto baseado sobre m el ho res pro me ssa s
(Hb 8.6). É o Fil ho de Deus, o re s p le n d o r de Sua glória
e a e xp re ss ão exata do Seu Ser. E o Criador,
S u s te nta do r e He rdeiro do universo. E m a io r que os
anjos, m a io r que Moisé s, Arão e Josué. E o A utor e
C o n s u m a d o r de nossa fé, em Q u e m de vem os fitar
fi rm em en te nos so olhar (Hb 12.2). Ele é o mesm o
ontem, hoje e o será para sempre (Hb 13.8). Con vém -
nos sair a Ele, fora do arraial, le van do Seu v i t u p é r i o 1
(Hb 13.13). T e rm i n a o argume nto do livro com a
bênção ou co nc lu s ã o mais sub lim e de todas as
Epístolas.
Autor
88
A nti go Test am ent o, seu m é to do de a rg um e nta r e
e nsi na r, a estru tur a da ar g u m e n ta ç ã o e a om is sã o da
sua identifica ção pess oa l são carac terís ticas m u ito
di ferente s das de Paulo. A lé m disso, enqu anto Pa ulo
sem pr e apela à sua rev e la ç ã o rec eb id a di reta me nte de
Cris to (G1 1.11,12), esse e sc rit or de m o n st ra ser um dos
cristãos da seg unda ge ração aos quais o e vang el ho fora
c o n fi rm a d o por te st em u n h a s ocular es do m ini st ério de
J esu s (Hb 2.3). E nt re os ho m e ns m e n c i o n a d o s
no m in a lm e n te no N o v o T e s ta m en to , a de scrição que
Lucas oferece de Apoio, em Atos 18.24-28, a jus ta -s e
m e lh o r ao perfil do e sc ri to r de Hebreus.
Ap esa r de que c o s tu m a m o s dar a este livro o
título: A Epí sto la do A p ós to lo São Paulo aos H eb reu s,
desd e os primeiros séculos do C ri s ti a n is m o vem sendo
dis cu ti do o p ro bl e m a a resp eito de que m seja o au tor
de sta carta. O próprio tex to não revela a id en tid ad e do
autor. Há os que alegam que 2Pedro 3.15 se refere a
u m a Ep ís to la escrita pelo a póst ol o Paulo e sp e c ia lm en te
para os ju de us , e n qu an to que 3.16 fala das dem ai s
E pí st ol a s que ele escreveu. D iz e m que esta é a quel a
carta m e n ci on ad a no versí cul o 15. Se Paulo foi o autor,
por que não o disse em 2T e s sa lo ni c en s e s 3.17?
C le m e n te de A le xa nd r ia disse que Paulo não pôs o seu
pró pr io nome na carta para que os ju d e u s não
le va nt as se m a rgu me nto s preju dic ia is contra ele. Isto é
possí ve l, mas não de aco rd o com o que s abe mo s do
c ar át e r franco de Paulo. N e m o estilo, n e m o
vocab ulá rio, têm qu a lq u e r se m e lh a n ç a com os do
apóstolo.
Não há provas c o n c l u d e n t e s 1 internas, ne m
exter nas , nem a favor, n e m c ontra a que Paulo seja o
autor.
89
Se há, porém, dúvidas de q u e m seja o autor,
não há dú vi das de que tenha aut ori da de apostólica. É
um livro do te mp o dos apóstolos. Sua dou tr i n a está de
acordo c om tud o o mais que há na B íb lia e preenche
uma pa ten te la cun a no dese n v o lv im e n to da doutr in a no
Novo T e s ta m en to . C le me nte de Ro ma , no ano 96, fez
tantas c it açõ es deste livro que se j u l g a que seria
ne ces sár io que tivesse diante de si o te xto de Hebr eus
en qu an to escrevia. Policarpo, Justi no Már tir , Dionís io,
Teófilo, C le m e n te de Alexandria, O ríg en es e Eu sé bio
cita m-no . Orígene s (185-254) faz muita s referências ao
livro co mo sendo de Paulo, porém diz: “H om e ns de
outr or a le ga r am - nos este livro como s end o Paulo, mas
quem e sc re ve u a Ep ístola, só Deus o sabe c om c e r te z a ”
(His tór ia E c le si ás ti c a por Eu sébio, VI, 25). Te m sido
atri buí da a Lucas, a Barnabé, a C le m en te de R o m a e a
outros e alguns crêem que Lucas escreveu todo o livro
em he br a ic o e que Paulo após a co n cl u s ã o , ou que
Paulo esc re veu todo o livro em he bra ico e que Lucas,
ou C le m e n te de Roma, o traduziu para o grego. Estas
são c o n j e t u r a s 1 apenas. Vários autores, co m eç a n d o por
Lutero, a le ga m que Apoio é mais pro v a v e lm e n t e o
autor. De que seja de au toridade ap o st ó l ic a não há
mo tiv o para duvidar-se.
A Data e as Circunstâncias
90
qu a n d o foi para so correr a Paulo (2Tm 4.9). Se as s im é,
talvez Hebreus tenha sido escrito cerca do ano 68 ou,
talvez 69.
N a tu ralm en te , não sabemos nada das
c ir cu ns tâ nci as do escritor, por é m dos dest in atá rio s,
sim. Er am hebreus segun do todo o teor do livro. Seu
título mais antigo foi si mp le sm en te : Os H e breus ;
depois: A Ep ís to la aos Hebr eus ; e finalmente: A
E p í s to la do Apó st olo São Paulo aos H ebreus. Não há
q u a is q u e r referências aos gentios, nem se refere aos
seus probl em as no texto, porém, re fere-s e
d e ta lh ad a m e nt e ao A nti go Pa ct o e a Abraão, M ois és ,
Josué, etc., sem e xp lic aç ões de sne ces sár ia s para os
ju d e u s , coisa que seria ne ce s sá rio para os gentios que
não c on he c ia m o Antigo T e st am ent o.
Estes hebreus e s ta v a m em um grande perigo
- o de ne gar em a sua fé e vo lta re m para o ju d a ís m o . A
carta ex orta-os a c o n fi a re m no Senho r Jesus Cristo,
M e d i a d o r de um m e lh o r pa cto base ad o sobre m el hores
p ro me ssa s. O livro p ro v a que o N ovo P a c to
(T est am en to ) é a rea lid ad e de que o Antigo Pacto é a
so mb ra (Hb 8.5,6).
Tema
Propósito
91
e s m o r e c i m e n t o 1. O escritor p ro c ura fortale cê- los na fé
em Cristo, de m ons tr an do c u id a d o s a m e n t e a
s u p e r io ri d a d e e finalidade da revelação e re den ção da
parte de D e us em Jesus Cristo. D e m o n s tr a que as
dis po si ç õe s divinas para a re den ção vistas no Antigo
C on ce rt o c um p ri ra m -s e e to rn aram -s e o b s o l e t a s 21 pela
vi nda de J esu s e pelo e s ta be le c im e nto de um N ovo
C on ce rto , med ia nte a sua morte v ic á r ia 3. O escritor
an ima seus leitores:
• A m a n te r e m firme sua co nfissão de Cristo até o fim;
• A pr o s s e g u ir e m para a m at urid ad e espiritual;
• Não vo lv erem ao estado de co n d en a ç ão caso
a b a n d o n e m a fé em Jesus Cristo.
Visão Panorâmica
92
10.18), são perfeitos e eternos. Há uma solen e
adver tên ci a para quem p e rm a ne c e r e sp ir it u a lm e n t e
imaturo ou m esm o “ c ai r” depois de se to rn a r
pa rti c ip a nt e de Cristo (Hb 5.11-6.12);
A divisão final (Hb 10.19-13.17) a d m o e s ta
e nf a ti ca m e nt e os crentes a p e rs ev e ra re m na salva ção ,
na fé, no s of rim en to e na santidade.
Características Especiais
93
a do ração no Antigo T es tam ent o, m orm en te no ca m po
da tip ologia;
8. Ad ve rte , mais do que q u a lq uer outro escrito do No vo
T e s ta m e n to contra os perigos da ap ostasia espiritual.
94
Jesus Cristo. Ele é de clarado co mo Fi l h o pelo próp rio
Deus, é o M es si as , C ri a do r e está à dire ita do Pai.
O escritor, ainda demonstrando a
s u pe r io ri da de de Jesus sobre os anjos, le mb ra aos
leitores que, se o que foi dito pelos anjos foi válido a
ponto de toda d e so be di ê nci a às pal avr as angelicais
re ceb er punição, m a io r pena re c eb e rá aqueles que
de sp r ez ar em , em Jes us, “ tão grande s a l v a ç ã o ” . A pe nas
Ele, co mo ve rd a dei ro Sumo Sa c er do te , pode se
c o m p a d e c e r dos que são tentados e salvá-los.
95
O sacro e sc rit or rele mb ra a seus leitores que
o povo de Israel pe re grin a ra no deserto por mui tos
anos, por não ter ouvi do a voz de Deus através de
Moisé s, e roga-os que não ajam da me sm a forma,
e n dur e ce ndo seus cora çõe s às ordens divinas.
96
a pr e se n ta r as carac terís ticas e atrib uiç õe s do sumo
sace rdo te , de m o n st ra n d o que as me sm as são
pe rf e it a m e n t e satisfeitas em Cristo.
O texto m os tra a s upe r io ri da de de Cristo
sobre os demais sumo sacerdotes, de st a c an do que Ele
não apenas satisfez as ex igências do sist em a levítico
pa ra a vo caç ão sacerdotal, mas d is tin gui u-s e pelo fato
de, sem pe cado, entre gar -se a si m e s m o por nossos
pecados.
97
Questionário
98
Cristo, Sacerdote Eterno e Perfeito (Hb 7.26)
99
to rn ou -s e ministro do verdad eiro tabernáculo, tendo
ent rado em nosso lugar não em algum santuário
terreno, mas na própria pres enç a de Deus, efetuou
eterna redenção.
100
O au tor da ep íst ol a em estudo não ap ena s
a pr ese nt a Cris to c o m o o último Su mo Sacer dote, mas
co mo o sac rifício perfe ito diante de D eus; sacrif ício
que tira d e f in it iv a m e n te os pecados.
101
pe sso as “ dos quais o mu ndo não era d ig n o ” , ex em pl os
de fé a serem seguidos por todos nós.
102
leitores se ti nha m mo s tra do ativos no pass ad o, em
s im pat ia e b o n d a d e para com seus irm ãos na fé (Hb
6.10). Po r e sta razão, exorta-os aqui sobre a
im p o r tâ n c ia de m a nte r tal am or prá tic o entre os
m e m bro s da frat e rn id a de cristã: eles de v e r ia m lembrar-
se p a rt ic u la rm e n te dos encarc erado s, dos que
es ti ves se m s of rendo e nfe rm id a des ou ma us tratos, pois
os crentes de v e r ia m c om pa r til ha r das mútuas
provações.
103
Autor: Tiago
Data: 45-49 d.C.
Carta d e Tema: A Fé M an if es ta -s e pelas Obras
Tiago P a la vra s- Ch av e: Fé, riquezas, língua,
org ulho, oração
Versícul os -chav e: Tg 1.27; 2.20
104
Autor
Data e as Circunstâncias
105
A falta de uma me nção de diá con os ou de bispos
pode não ter si gnificado algum, mas todo o espírito da
carta é de uma s i n g e l e z a 1 e lib erda de ge nuínas no
culto. Ao m e sm o tempo tra nscor rera te mp o suficiente
para que se e st a b e le c e ss e m co ngregaç ões no exter ior da
Judéia, e ainda dá a e nte nde r que tinham abusado da
doutri na da ju s tif ic a çã o pela fé em Cristo, levada a um
e xt re m o incorreto. Não se m e nc i on am nela a destruição
da ci dade de Jer usa lém, nem m esm o a quest ão de os
gentios se re m participantes, com os ju d e u s, das
pro m e s sa s do Ev angelho. Portanto, temos a certeza de
que a carta é anterior ao ano 70, qua ndo J erusa lé m foi
de struída , ou muito depois, qua ndo esse fato j á não era
lem bra do, o que é impossível. É m uit o provável
ta m b é m que fosse escrita antes do C onc íl io em
J er us a lé m (At 15), perto do ano 49. Assim, pois,
a dm iti mo s que a data da carta seja entre 45 e 49.
Há várias referências a f e nôm e no s naturais que
nos levam a pe nsar na Pale st ina co mo o lugar de
origem para a Epístola: o mar (Tg 1.6; 3.4); figos e
azeito nas (Tg 3.12); fontes de água doce ou amarga (Tg
3.11,12); vento abra sad or (Tg 1.11); as prim eiras e as
últimas chuv as (Tg 5.7). Foi dirigida às doze tribos da
dis persão, o que indica ta m bé m que é de origem
pa le s tin ia na ou de Jerusalém. Tiago quis ajudar os
ju d e u s cristãos dispersos a m an te r um bom te st em unho
moral e ético. Se os crentes da sua c ongregaç ão em
J er us a lé m tivesse m dificuldades em suas vidas, e
muitos deles foram dispersos entre as nações
gentílicas, era natural que Tiago sentisse o impulso do
Espí ri to Santo para escrever-lhes uma carta com o fim
de ex ortá-lo s e adm oestá -los na vida espiritual.
106
Propósito
Tiago escreveu:
• Para e n co r aj a r os crentes ju d e u s que e n fr e n ta v a m
várias pro va çõ es, que punh a m sua fé à prova;
• Para c or rig ir crenças errôneas a resp eito da n a tu re za
da fé salvífica;
• Para e xor ta r e ins tru ir aos leitores c onc e rn e nt e s ao
res ult ado prático da sua fé na vida de retidão e nas
boas obras.
Visão Panorâmica
107
26), m a n té m a língua sob rígido co ntrole (Tg 3.1-12),
bu s ca a sab e dor ia de Deus (Tg 3.13-18), s u bme te -s e a
Deus com o ju s t o ju i z (Tg 4.1-12), c onfia em Deus para
0 viver de ca da dia (Tg 4.13-17), não é egocêntrica,
nem l i b e r t i n a 1 (Tg 5.1-6), é pacien te no s ofri me nto (Tg
5.7-12) e d il ig e n te 21 na oração (Tg 5.13-20).
Características Especiais
108
7. Tiag o, às vezes, é ch ama do o A m ó s do Novo
T e s ta m en to po r tratar com fi rm eza a in jus tiç a e as
de si gu a ld a de s sociais.
109
Questionário
110
Lição 5
Cartas Gerais: 1 e 2Pedro; l,2,3João e
Judas
111
O a u le ia , depois da ressurreição ( I r e z.2 3; o.2a; Jo
21.15-23). A lé m disso, muitas s em e lh a nça s ocorrem
entre esta carta e os sermões de Pedro regis tra dos em
Atos.
Pe dro dirige esta carta aos “estran ge iros
d is p e r s o s ” nas pr oví nc ia s romana s da Ásia M e n o r ( I P e
1.1). Alguns destes, talvez hajam se c o nve r tid o no dia
de P en te cos te , ao ouvire m a m e n sa g e m de Pedro, e
r e to rn a ra m às suas resp ectiv as cidades le van do a fé que
a ca ba va m de c on hec e r (At 2.9,10). Estes crentes são
c ha ma dos “ pe regrinos e fo r as te ir os ” ( I P e 2.11),
r e le m bra nd o-l he s, assim, que a pereg rin açã o cristã
ocorre nu m mund o hostil a Jesus Cristo, m un d o este do
qual só p o d e m e spe rar pe rseguição. É prová ve l que
Pedro e sc re ve u esta carta em res posta a inf or me s dos
crentes da Ásia M e n o r sobre a cresc ent e oposi ção a
eles ( I P e 4.12- 16) , ainda sem c o n se n ti m e n to do
gov erno ( I P e 2.12-17).
Pe dro escreveu de “B a b i l ô n i a ” ( I P e 5.13).
Isto pode referir-se liter al me nte à ci dade de Bab ilônia,
na M es o p o tâ m ia , ou pode ser uma e xp re ss ão figurada
referente a Ro ma , o centro principal de opos içã o a
Deus, no século primeiro. E m b o r a Pedro possa ter
visitado al gu ma vez a grande c olôn ia de jud e us
or tod oxo s em B abi lônia, é mais c o n s e n t â n e o 1 entender,
. ,.1, : , -se nç a de Pedro, Cilas ( I P e 5.12) e Marcos
( I P e 5.13), ju n to s em R o m a (Cl 4.10).
Propósito
112
práti ca aos cristãos que se en co n tr av a m sob o fogo do
s ofri me nto entre os pagãos. O cuidad o de Pedro visav a
ev ita r que os crentes não p e rt ur ba s se m sem ne ce s si da de
o governo, e sim que seg ui s s em o e x em p l o de Jesus no
so frimen to, sendo ino cen te , mas p o rt a ndo -s e c om
retidão e dignidade.
IP ed r o c o m e ç a le m br a nd o os leitores:
• De que têm uma voc açã o glori osa e uma h e ra n ça
celestial em Jesus Cristo ( I P e 1.2-5);
• De que sua fé e a m o r nesta vida estar ão sujeitos as
provas e pu rif ic a ç ões e que isso res ult ará em
louvor, glória e ho n ra na vinda do Se n h o r ( I P e 1.6-
9);
• De que essa gra nde salvação foi pr ed ita pe los
profetas do A nti go T e s ta m en to ( I P e 1.10-12);
• De que o crente deve viver uma vida santa, bem
dif erente do m u n d o ím pio ao seu redor ( I P e 1.13-
21). Os crentes, es c o lh id o s e san tificados ( I P e 1.2),
são crianças em c re sc im e n to que pre c is a m do puro
leite da Pa la vr a ( I P e 2.1-3), são pedras vivas em
que estão sendo e difi cad as com o casa espir itu al
( I P e 2.4-10) e pe regri nos, ca m i n h an d o em terra
e st ranha ( I P e 2.11,12 ); de vem viver de m od o
honroso e hu m ild e no seu trato com todas as
pessoas durante a sua pereg rin açã o aqui ( I P e 2.13-
3.12).
A m e n sa g e m p r e e m i n e n t e 1 de I P e d r o diz
respeito à s ubm iss ão e a sofrer, p e r s ev e ra nd o na
retidão, por amor a Cristo, de co n fo rm id a d e c om o
próp ri o e xe m pl o dEle ( I P e 2.18-24; 3.9-5.11). Pe dro
113
ass eg ura aos fieis que eles obte rão o favor e a
r e c o m p e n s a de Deus ao sof rerem por causa da jus tiça.
No co n te x t o desse en sino do s ofri me nto por Cristo,
Pe dro ressa lta os temas c o n e x o s 1 da salvação, da
e spe rança , do amor, da fé, da san tidade, da humildade,
do te m or a Deus, da obe diê nc ia e da submissão.
C aracterísticas E speciais
114
Autor: O A pó st olo Pedro
Data: Gerca de 66-68 d.G.
Tema: A V erdade de D eu s e o Falso
Segunda
E n s in o dos Homen s
C arta de Pa la vra s- Ch a ve : Saber, c on h e c im e n to ,
Pedro p ro m e s sa
Versí culo -cha ve: 2Pe 2.1
115
ser e s c m a e s ta s e g u n u a e p is io ia . raive/,, r e u i u icnna
em prega do seu próprio grego galileu singelo, ou
serviu-se de um escri ba menos hábil do que Silvano.
O Se n h o r Jes us Cristo é nosso Deus e Salvador,
que nos resg ato u e nos deu todas as coisas pe rte nce nte s
à vida e à piedade. Em Sua prim eir a vinda manif est ou
outrora a Sua ma jestade, a qual foi vista pelo autor
desta E p í s to la e outras test emu nhas . Ago ra é o
Sobe rano Se nho r que sabe livrar da te nta ção os
piedosos, e a Q ue m somos exortados a c o n h ec e r mais e
mais, para não fica rmos ociosos e inf rutíferos na vida
espiritual. Ele há de vir outra vez, mas de morará, para
que mais pe ssoas sejam salvas po r meio do
ar re p en d i m en to e da fé nEle.
Sua vinda trará uma grande tr a ns fo rm a ç ão a todo
o mun do, po rqu e haverá uma c o n f l a g r a ç ã o 1 em que os
elem ent os se de sfarão e haver á novos céus e uma nova
terra.
D ata e as C ircunstâncias
116
autor faz referênci a à sua ve lhice e à morte próxima.
Por essa razão, crem os que esta carta foi escrita lá pelo
ano 67.
A p rim eir a carta foi escrit a c om o propó si to de
c o n fo rt a r os cristãos no meio de suas perseguições.
Esta tem co mo obje tivo aj udá-los na sua vida cristã,
a d m o e s ta n d o -o s a que c o n ti n u e m fiéis, a despeito dos
falsos mestres. O erro, porém, não estava tão
de se n v o lv id o para que o autor o m e n c i o n a s s e por nome
nem e xpl ic as se ponto por pon to suas divergê ncia s da
verdade. Pelo que pod e m os de d u zi r da carta, foi escrita
às igrejas que es ta va m nas m e sm as c ondiç õe s em que
se e n c o n tr a v a m as da Ásia M e n o r no te mp o do martírio
tradiciona l de Paulo e de Pedro. D a parte dos ju d e u s e
dos gentios, mestres do g n o s tic is m o qu e ria m enganá-
los; da parte do governo, c o m e ç o u a pe rseguição,
p orq ua nt o não ad ora vam o imperador.
Propósito
Pedro escreveu:
• Para ex o rt a r os crentes a b u s c a r e m c om d i l i g ê n c i a 1 a
s an ti dad e de vida e o ve rd a de ir o c o nhec im e nt o de
Cristo;
• Para de sm a s ca ra r e re pud ia r a ativida de traiçoeira
dos falsos profetas e mest res que agiam nas igrejas
da Á si a M enor, perverte nd o a verda de bíblica.
• Pedro resu me o pro pó si to do livro, em 2Pedro
3.17,18, onde ex orta os cren tes verdadeiros: a
esta rem alerta para não serem e ngana dos por
ho m e ns perversos (2Pe 3.17); a cre sc er em “na graça
e c on h e c im e n to de nosso Se n h o r e- Sa lv a dor Jesus
C r i s t o ” (2Pe 3.18).
117
Visão Panorâm ica
118
através de um grande dilúvio, esses outros z o m b a d o r e s
estão ig ua lm en te cegos qua nto às pro me ssa s da volta
de Cristo. Mas, com a m e sm a cert eza m a n if e s t a no
ju l g a m e n t o pelo dilúvio (2Pe 3.5,6), Cristo volta rá e
de sin te gra rá a pres ente terra, no fogo (2Pe 3.7-12), e
criará uma no va ordem sob a j u s t i ç a (2Pe 3.13). Te ndo
em vista esse fato, os crentes devem viver vidas santas
e pie dosas na presen te era (2Pe 3.11,14).
C aracterísticas E speciais
119
Q uestionário
• A ss in a le c o m “X ” as alternativas corretas
120
Autor: O A póstolo João
Prim eira Data: 85-95 d.C.
Tema: V erdad e e Justiça
Carta de
Pa la vr a s- Ch a ve : Amor, con hec er,
João vida, luz, co mu nhã o
Ve rsí cu lo s- c hav e : 1Jo 5.11-12
121
carne ( l J o 4.2,3). Na área moral, e ns in a va m que não
era ne ce s sá rio à fé salví fica ( l J o 1.6; 5.4,5), a
ob e d iê n c ia aos ma nd am en to s de Jesus ( l J o 2.3-4; 5.3)
e uma vida santa, separada do peca do ( l J o 3.7-12) e do
mu nd o ( l J o 2.15-17).
O A utor
122
A única re fe rê n c ia que faz ex ce ç ão na tradição,
de que João, o apó sto lo , seja o autor de sta Epí sto la , é a
idéia aprese nta da, sem q ua lq uer fu n d a m e n to , de que
algu m ancião de sc o n h e c id o , tam bé m c h a m a d o João, a
tenha escrito. T odo s os esc ritores antigos, desde
Pol ic arpo em diante, a tr ib ue m -n a a João , o A póstolo.
Papias co nh ece u p e s s o a lm e n t e João, e E u s é b io diz que
Papias fazia citaçõ es desta Ep ístola, c h a m a n d o - a “ A
Epí sto la anter ior de J o ã o ” . A ch ava-se no Mu ratori e no
antigo Siríaco. Irineu, C le me nte de A le xa ndr ia ,
T ertul ian o e muit os outros fa zem c it açõ es do livro
com o apo stólico e inspirado.
Propósito
123
c om v e e m ê n c i a 1 os falsos m est res ( l J o 2.18,19,22,23,
26; 4.1,3 ,5) co m suas crenças e co n d u ta destruidoras.
Do ponto de vista posi tiv o, U o ã o expõ e as
c ar ac te rís tic as da ve rdadeira c o m u n h ã o com Deus ( l J o
1.3-2.2) e revela cinco e vid ên ci as específicas pelas
quais o crente poderá “ s a b e r ” , c om c onfi an ça e certeza,
que tem a vida eterna:
1. A e vid ên c ia da ve rdade a post ól ica a respeito de
Cristo ( l J o 1.1-3; 2.21-23; 4.2,3,15; 5.1,5,10,20);
2. A ev id ên c ia de uma fé ob e die nt e que guarda os
m a n d a m e n to s de Cristo ( l J o 2.3-11; 5.3,4);
3. A ev id ên c ia de um viver santo, isto é, afastar-se do
pe cad o, para co mu nhã o com D eu s ( l J o 1.6-9; 2.3-
6,15- 17, 29; 3.1-10; 5.2,3);
4. A e vid ên c ia do amor a Deus e aos irmãos na fé ( l J o
2.9-11; 3.10,1 1,14 ,16-18 ; 4.7-1 2,1 8-2 1) ;
5. A e vi d ê n c ia do te s t e m u n h o do Espírito Santo no
crente ( U o 2.20,27; 4.13). Jo ão afirma, por fim, que
a pe sso a pode saber c om c er te z a que tem a vida
eterna ( l J o 5.13) qua ndo estas cinco ev idências são
m a ni fe st as na sua vida.
C aracterísticas Especiais
124
2. É im p o r ta n te r e s s a l t a r 1 que este é o único escrito do
N ovo T e s ta m e n to que fala de Jes us c o m o nos so
“A dv o g a d o (gr. p a r a k le to s ) para c om o P a i ” , qua n d o
o cre nte fiel pe ca ( l J o 2.1,2; cf. Jo 14.16,17,26;
15.26; 16.7,8).
3. A m e n s a g e m de U o ã o fu n d a m e n ta - se qu a se que
in te ir a m e nt e no en sin o ap ostólico, e não na
reve laç ão an ter io r do Antigo Te s ta m e n to ; não há
c la r am e nt e na car ta referências às E s c ri tu ra s do
Antigo Te s ta m en to .
4. Visto tratar da cris tol ogi a, e ao m e s m o te m po re fut ar
de te r m in a d a heresia, a carta foca liza a e n ca rn a çã o e
o sangue (i.e., a cruz) de Jesus, sem m e n c i o n a r
e sp e c if ic a m e n te a sua ressurreição.
5. Seu estilo é si mples e r e it e ra ti v o 2, 1 à m e d id a que João
a pr ese nt a certos termos principais, co m o “ l u z ” ,
“ v e rd a d e ” , “c r e r ” , “permanecer” , “c o n h e c e r ” ,
“ a m o r ” , “j u s t i ç a ” , “ te s t e m u n h o ” , “ na sci do de D e u s ”
e “ vida e te r n a ” .
125
Autor: O A p ós to lo João
Data: 85-95 d.C.
Segunda Tema: A n d a ndo na Verdade
C arta de J o ã o P a la v r as -Chave: Amor, Verdade
V e rs íc ulo s- ch ave : 2Jo 9-10
A utor
Data
r
Com o as outras epíst olas de João, 2João
pro v a v e lm en t e foi escrita de Éfeso, em fins da década
de 80 ou no co meço da década de 90 d.C.
126
Propósito
127
São tr ê s as c a r a c t e r í s t i c a s principais desta
epístola.
1. É o m e n o r livro do No vo Tes tame nto;
2. T e m sem el ha nça s surpreen de nte s com 1 e 3João,
quanto à sua me nsa ge m, vocab ulá rio e estilo simples
de escrita;
3. Con sti tui -s e nu m im po rt an te c o m p le m e n to à
m e n sa g e m de 3João, co mo preven ção quan to a
re ceb er e ajud ar obreiros estranhos, de sco nheci dos.
Co ncl ui, insistindo na n e ces sid ad e de cu id ad os o
di sce rni m ent o, à luz dos ensinos de Cristo e dos
apóstolos, antes de alguém apoiar esses falsos
obreiros.
128
Autor: O Ap ós to lo João
T erceira Data: 85-95 d.C.
Tema: Pr oce de nd o com F id el ida de
C arta de
P a la vra s- Ch av e: Amor, ve rdade
João Versí culo -cha ve: 3Jo 11
P ropósito
129
visão ra n o ra m ic a
C aracterísticas Especiais
130
Autor: Ju das
Cartas de D a t a - 70-80 d .ü .
Tema: B at al ha r pela Fé
Judas
Pa la vra s- Ch a ve : Luta, a fé, ma nter
Versí culo -cha ve: J d 3
A utor
131
do seu irm ão, sendo dirigente da igreja de Jer usa lé m
serviria para e sc la re ce r sua própr ia ide ntid a de e
posição.
Propósito
132
temor, no toc ante àqueles que estão vacilando na fé (Jd
20-23). Judas termina c om palavr as de lou vor a Deus,
de grande ins piração, ao i m p e t r a r 1 a sua bênção (Jd
24,25).
C aracterísticas Especiais
133
Q uestionário
134
Epístolas Paulinas e Gerais
R eferências B ibliográficas
BO YE R , O rlando; P e q u e n a E n c ic lo p é d ia Bíblica',
IBAD; Pi n d a m o n h a n g a b a .
135
SH E D D , Russel P.; O N ovo C o m en tá rio da Bíblia', 3a
Ed. Ed iç õe s Vida Nova; São Paulo, 2001.
136
&
IBADEP
ptu
O L O G '* 1
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