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TEMA 1
TEXTO 1
A grande quantidade de entulho jogada em um antigo depósito de recicláveis está gerando queixas de moradores do
Jardim Industrial, em São Carlos (SP), há mais de oito meses. Além da sujeira, do abandono e do mau cheiro, o espaço ainda
acumula água e pode virar criadouro para o Aedes aegypti.
A altura do amontoado de lixo ultrapassa um metro. Entre o entulho há isopor, plástico, sacos de lixo, roupas e outros
produtos que demoram a se decompor na natureza. “Cada dia que a gente chega tem um sofá, uma mesa, galhos de árvores. O
pessoal vê o lixo acumulado e se sente no direito de jogar também, complicando mais ainda a situação”, contou José Junior
Vieira, construtor que trabalha próximo ao terreno.
“A gente está com uma obra aqui do lado e os funcionários ficam com medo de trabalhar, uma vez que já tiveram dengue
e sabem da situação. Aqui está muito crítico. Por causa desse medo, eles
chegam aqui e viram todos os potes para tentar evitar a dengue”,
explicou.
Limpeza
Segundo Vieira, a Prefeitura foi informada, mas ninguém limpou o
espaço, que continua oferecendo riscos para a população. “Já reclamei
e protocolei em dezembro junto à Vigilância Epidemiológica, mas ate
agora não obtive êxito”.
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o terreno é
particular, portanto, o responsável pela limpeza é o próprio dono. Uma
equipe da Vigilância Epidemiológica será enviada ao local para verificar a situação e o proprietário será notificado.
FONTE: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2016/02/descarte-irregular-de-lixo-em-terreno-gera-reclamacoes-
em-sao-carlos-sp.html
TEXTO 2
O lixo é um problema ambiental e social, que esbarra na falta de educação. Se há despejos clandestinos é preciso
mobilização para denunciá-los, certamente. Porém, também é necessário que a seleção e a coleta adequada desses
resíduos partam de dentro das próprias residências, o que ainda não é feito com tanto empenho.
Limpeza pública é questão de saúde. Se o governo priorizasse gastos, poderia investir mais nessa área. Ao contrário,
prefere locar carros e imóveis. Nesse caso, só uma ação conjunta poderia fazer a diferença e, para isso, seria preciso que
Prefeituras fossem mais responsáveis ao recorrer aos cofres públicos. Também passou da hora da população colocar em
prática a cidadania.
FONTE: http://opopularmm.com.br/o-lixo-da-falta-de-consciencia-16310
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: O
ABANDONO IRREGULAR DE LIXO, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 2
Peço uns segundos de reflexão para o seguinte: o aparelho de telefone que você tem no bolso tem o poder
de processamento e a capacidade de armazenamento várias vezes maiores do que o computador gigante que você
usava pra entrar no ICQ em 2003. Aliás, o seu celular é mais poderoso do que o computador da NASA que levou o
Apollo 11 à Lua.
A velocidade com que a tecnologia avança é observada pela Lei de Moore, uma "profecia" de 1965 do então
presidente da Intel, Gordon Moore. A Lei de Moore diz que o número de transistores em um chip dobra a cada 18
meses, e esse padrão se mantém desde então. Em 2001, o inventor e futurista Ray Kurzweil ampliou a teoria de
Moore, dizendo que sempre que uma tecnologia encontra um tipo de barreira que interrompe ou desacelera seu
desenvolvimento, surge uma outra tecnologia que rompe com essa barreira. Kurzweil acredita que a humanidade
deve atingir a singularidade tecnológica em 2045 - asingularidade é o o nome que se dá ao momento em que a
civilização atingirá níveis tecnológicos tão rápidos, avançados e que mudarão tão profundamente os paradigmas da
sociedade como um todo, que a inteligência artificial vai superar a inteligência humana, e nossa mente limitada de
hoje é incapaz de prever exatamente o que isso significará.
A evolução tecnológica, então, não é linear, e não dá pra esperar que nos próximos 20 anos a gente avance
tanto quanto nos 20 anos que passaram. Na verdade, o mundo será completamente diferente: levando em conta a
projeção de Moore e as análises de Kurzweil, que é um dos mais respeitados futuristas do mundo, em 18 ou 20
anos a tecnologia será centenas de milhares de vezes mais avançadas do que é hoje (dá uma olhada nesse gráfico
pra entender a dimensão da coisa). Por isso, é muito difícil prever os paradigmas que serão rompidos nesse período.
Mas há quem esteja tentando - gente que, inclusive, já teve sucesso no passado em palpitar sobre onde estaríamos
tecnologicamente nos dias de hoje. O PEW, instituto de pesquisas sobre internet, conversou com especialistas sobre
as possibilidades para a internet nos próximos anos. O site Edge.org entrevistou Kevin Kelly, editor da revista Wired
e um dos mais respeitados analistas sobre o futuro da tecnologia. E nós vasculhamos o vasto material coletado
nessas entrevistas em busca da resposta: quão diferente nossa vida será daqui a 20 anos por causa da evolução
tecnológica?
Wearables Você já deve ter ouvido falar dessa categoria de gadgets - que carece de uma tradução
adequada em português. O termo se traduz literalmente como "vestíveis" e nele se encaixam aparelhos como o os
relógios da Samsung e da Apple, o Glass, do Google, e pulseiras que registram atividades físicas, como Fitbit. De
acordo com especialistas, é aí que vamos nos aproximar mais rapidamente dos filmes de ficção científica. Eles vão
baratear, se tornar populares e vão incorporar aplicativos de realidade aumentada capazes de mudar nosso
cotidiano e a maneira como os recursos tecnológicos se relacionam. Imagine ver a realidade com camadas de dados
- visualizar, pelo seus óculos, a distância de onde você está para onde quer ir, com coordenadas ao vivo? As
possibilidades para gadgets como esses são bastante amplas.
A escassez de atenção "Nós gastamos quatro, talvez cinco anos estudando e treinando para
aprender a ler e escrever, e esse processo de aprendizado afeta as conexões no nosso cérebro. (...) Pode ser que
para que aprendamos a gerenciar nossa atenção, a pensar de maneira crítica, (...) toda essa 'alfabetização
tecnológica', tenhamos que passar anos treinando e estudando. Talvez demande treinamento, estudo", diz Kevin
Kelly, editor da revista Wired. Outros especialistas concordam: atenção e a capacidade de focar-se em algo por um
período estendido serão commodities raras, e talvez ainda não saibamos, mas seja necessário estudar e dedicar
tempo a adaptar nosso cérebro a esse contexto de hyperlinks e referências cruzadas entre o conteúdo que
consumimos sem deixar que isso atrapalhe a concentração e a absorção da informação.
Internet das coisas A internet ainda é, para nós, uma coisa na qual estamos conectados ou não.
Ou seja, existem momentos em que estamos na rede e horas em que estamos completamente desconectados. Em
20 anos, a relação entre nós e a rede será parecida com a maneira como lidamos com a eletricidade: ela
simplesmente existe e permeia nosso cotidiano. Não falamos sobre, não analisamos seu impacto e assumimos que
ela simplesmente esteja ali o tempo. Só notamos que ela existe quando não a temos mais. Da mesma maneira que
a eletricidade, espera-se que a internet fique tão barata que se espalhe pelo mundo e chegue inclusive a regiões
carentes.
Um dos especialistas disse, anonimamente: "a internet e a humanidade serão uma coisa só, pro bem ou pro mal. A
internet das coisas será a inovação mais útil, e a que mais pegará as pessoas de surpresa." Nos próximos 20 anos, a
internet será parte de praticamente todas as coisas que a gente tem e tudo vai se integrar online - da porta da sua
frente da sua casa a sua bicicleta, sua câmera fotográfica, sua geladeira, as lâmpadas e a mesa de jantar.
Esqueça a privacidade Se você acha que temos um problema com privacidade, saiba que a
maioria dos analistas diz que é um caminho sem volta. E em vez de nos preocuparmos em não sermos monitorados,
vamos desistir de brigar pelo impossível e tentar diminuir o impacto dessa nova realidade. Como? Exigindo mais
transparência(assim, tendo certeza quem está nos monitorando, quando e porquê) e negociando períodos cegos,
um espaço de tempo pra ficar livre da vigília constante.
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2014/07/evolucao-tecnologica-como-sera-nossa-
vida-daqui-20-anos.html
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: A
INFLUÊNCIA DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO, apresentando proposta de
conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 3
TEXTO 1
O alcoolismo na adolescência
Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil,
causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber
tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool
no futuro.
Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível
de ansiedade e algumas pessoas estão mais
propensas a desenvolver alcoolismo – a pressão do
grupo de amigos, o sentimento de onipotência
próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a
falta de controle na oferta e consumo dos produtos
que contêm álcool, a ausência de limites sociais
colaboram para que o primeiro contato com a
bebida ocorra cada vez mais cedo.
Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo
das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que
ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se
expõem os usuários.
Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação
com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro
ou fora de casa.
O alcoolismo na adolescência é um problema sério, mas que com as orientações corretas pode ser evitado.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: o
consumo de álcool na adolescência, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 4
Texto 01.
Na luta contra a balança, muitas vezes as pessoas recorrem a dietas que nem sempre são
adequadas. Para perder peso rápido, muita gente recorre a vários métodos. Porém, elas correm o
risco de adotarem dietas não saudáveis, que incentivam a ausência de alguma refeição, ou a
alimentação de comidas erradas.
Para uma dieta funcionar adequadamente não é preciso retirar os alimentos saborosos e
restringir tudo. Dra. Viviane Braz, conselheira técnica cientifica da Associação Paulista de Nutrição diz
que não adianta radicalizar: "O ideal é a educação alimentar. Não adianta comer uma barra de
chocolate e ficar sem almoçar, tem que equilibrar".
Uma dieta ruim pode causar problemas de pele, capilar, estomacais e até intestinais. "Reduzir
aos poucos" é o que diz a nutricionista sobre a vontade incessante de comer, não adianta comer e
continuar com vontade. Frutas, verduras, legumes compõe pratos coloridos e apetitosos, supre as
necessidades que o corpo precisa de carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e ajudam a perder
peso com saúde.
Fonte: http://www.maisequilibrio.com.br/saude/dietas-que-fazem-mal-a-saude-5-1-4-358.html
TEXTO 2
Ao virar as páginas de revistas de saúde e beleza é fácil listar uma série de dietas que surgem
da noite para o dia. São as dietas da moda, que geralmente muito restritivas e peculiares, podem
causar sérios danos à saúde.
Essas dietas são rapidamente disseminadas por pessoas famosas, rostos hollywoodianos
muito familiares, que lançam moda com suas atitudes e comportamentos. Posso listar várias que
estão impregnadas no vocabulário da população: dieta da lua, dieta da sopa, dieta da banana, dieta
do chá, dieta dos pontos, entre outras.
acabar.
- Risco de carências nutricionais, pois o corpo necessita de nutrientes o tempo todo para funcionar
normalmente.
- Modificação no metabolismo
- Queda de cabelo
- Enfraquecimento muscular.
- Irritabilidade.
É claro que não são todas as dietas que podem causar os
problemas citados acima. Mas se a dieta ocorrer
sem o acompanhamento de um especialista e for muito restritiva, sem
a diversidade de alimentos na composição, muito provavelmente os
riscos serão grandes. Dietas temporárias são perigosas, por isso, o
importante é manter hábitos saudáveis e reeducar os modos de se
alimentar.
Fonte: http://www.obesidadecontrolada.com.br/consequencias-das-dietas-da-moda/
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
dietas alimentares pouco saudáveis, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 5
Texto 01.
Psicóloga analisa as questões da escolha profissional
Por Karina Constancio
Escolher qual carreira seguir não é uma decisão fácil, principalmente quando ela tem que ser
feita ainda na adolescência.
A psicóloga Ana Claudia Paranzini, que tem experiência na área de orientação profissional,
revela que a maioria dos adolescentes estão perdidos quanto a qual caminho seguir. “Decidir a
respeito do futuro profissional é um processo sério e que pode sofrer influência de diversos fatores
externos. O jovem recebe cobranças da sociedade, da família, dos amigos e muitas vezes não está
preparado para esse momento”.
De acordo com Ana Claudia, essa decisão está ligada ao processo de escolha como um todo.
“A maneira que o jovem aprendeu a fazer escolhas desde criança irá influenciar na decisão do futuro
profissional. Se as atitudes envolvem a expectativa de agradar os pais, esse fator também será
relevante na hora da escolha da profissão”.
Além da dificuldade da idade, o adolescente sobre diversas pressões, como a de seguir a
mesma profissão dos pais ou a que dará maior estabilidade financeira. “O dinheiro não pode ser o
principal critério, outros fatores devem levados em consideração, como as habilidades e os interesses
do jovem. Quando se faz o que gosta, é mais fácil se dedicar e se envolver com o trabalho e,
consequentemente, a probabilidade de ser bem sucedido financeiramente é maior”, afirma a
psicóloga.
Há pais que forçam que o jovem siga determinado caminho, mas também existem aqueles que
não conversam com os filhos sobre carreira ou não demonstram interesse em saber o que eles estão
planejando para o futuro. “As duas características não são legais, os pais precisam buscar o equilíbrio.
É indicado que eles estabeleçam um diálogo aberto com os filhos e que façam questionamentos que
gerem a reflexão nos adolescentes”, destaca Ana Claudia.
O processo de escolha da profissão envolve um tripé: autoconhecimento, conhecimento da
realidade da profissão e tomada de decisão. Para contribuir com isso, a psicóloga ressalta que a
família e a escola devem promover situações que estimulem a reflexão. “Fazer com o que o
adolescente comece a pensar sobre o futuro profissional com antecedência também é um passo
importante. Rodadas de profissões e grupos de discussões podem ser feitas já no começo do ensino
médio”.
Fonte: http://www.cbnfoz.com.br/bem-estar/editorial/na-sala-de-estar/24082013-37586-psicologa-analisa-as-questoes-
da-escolha-profissional
TEXTO 2
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: a
adequada escolha profissional, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 6
Texto I
O ser humano é essencialmente cultural. Ele nasce, vive e morre imerso em uma determinada cultura, com seus
modos de vida, língua, rituais, instituições, conhecimento e valores próprios. Por isso, ele vê o mundo a partir de
sua própria cultura. Dentro desse tecido cultural em que vivemos e nos desenvolvemos, podemos fazer um recorte
específico da cultura, igualmente importante para que nos tornemos seres humanos completos: as artes.
Independentemente de serem artes populares, como o cordel, a música popular, o repente, a dança de salão, a
escultura na areia ou artes eruditas como a música clássica, as artes visuais, a literatura, o teatro, o cinema, vídeo-
arte.
As artes, por não se dirigirem à razão, mas à sensibilidade, comportam várias interpretações, agregando
significados à medida em que são desvendadas por olhares diferentes. As artes organizam a experiência vivida a
partir do sentimento e da imaginação e, por isso mesmo, abrem as portas das possibilidades. Não têm por função
retratar o mundo como ele é, mas indicar como ele pode ser para o artista e para cada um de nós. De qualquer
forma, as artes são uma forma de conhecimento do mundo, conhecimento sensível da estrutura, da organização
do mundo humano. Mobilização do sentimento, do poder de imaginar outros mundos além do mundo real que
habitamos, compreensão da nossa relação com o mundo e a natureza, prazer estético: esses são os benefícios da
cultura e da arte dos quais todos nós temos o direito de usufruir. Desse direito deriva a preocupação com a
democratização cultural, considerada em seu sentido restrito. Mas o que vem a ser a democratização cultural e
como ela pode ser feita?
Um dos sentidos de democratizar a cultura é ampliar o acesso aos bens culturais universais, já existentes,
permitindo que as pessoas construam o seu modo próprio de ser e de participar na comunidade e na sociedade
como um todo. Ampliar a distribuição e a compreensão da produção cultural, em vez de adaptá-la ou facilitá-la,
enfraquecendo-a, permite que nós nos apropriemos de instrumentos de expressão e possamos construir uma
consciência crítica diante do mundo em que vivemos. O acesso à cultura envolve vários aspectos: o acesso físico
implica em melhor distribuição geográfica dos equipamentos culturais e o transporte fácil e seguro para que todos,
da periferia, do centro, dos subúrbios, possam chegar facilmente e com segurança aos locais onde os eventos
culturais acontecem; o acesso econômico diz respeito aos custos de participar da vida cultural da cidade ou de
uma comunidade, custos esses que precisam ser subvencionados tanto para que a criação quanto o consumo sejam
possíveis para todos os membros da população; e o acesso intelectual, ou seja, a compreensão das linguagens da
arte, da história e do contexto social em que a cultura é criada. O acesso intelectual propicia uma compreensão
mais profunda de um produto cultural e pressupõe dois trabalhos: o de formação de público e o de formação de
agentes culturais.
Texto II
Enquanto se discute como enfrentar o desafio da inclusão digital, muitas cidades brasileiras não passaram sequer
pelo processo de inclusão cultural. Milhões de cidadãos estão distantes não só dos computadores, mas também
dos livros, discos e filmes. São os habitantes dos 1.185 municípios que não possuem bibliotecas públicas, ou dos
5.141 que não têm sequer uma sala de cinema. Os dados foram tirados do "Perfil dos Municípios Brasileiros",
traçado pelo IBGE, que mostra o quanto ainda há por fazer para evitar que a televisão seja a única fonte de
informação a atingir cem por cento do território nacional.
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEMA 7
Texto 01.
O Editorial da Folha de São Paulo e a Homofobia
Autor: Felipe Bertoni
O Brasil é um país homofóbico. Em todas as classes sociais, em todas as regiões do país e em todas as
instituições da sociedade, o homossexual sofre preconceito. Estima-se que, no Brasil, um homossexual é morto
a cada 36 horas por sua orientação. Isso sem contar os espancamentos, as ameaças, a perseguição. Mesmo quando
o preconceito não se mostra através da violência física, ele aparece com nuances mais envergonhadas,
subliminares. Existe um tipo de preconceito contra o homossexual que a sociedade brasileira não somente aceita,
mas concorda.
Tome-se, por exemplo, o caso do Michael, jogador do Vôlei Futuro. Até aquele momento, não existia
nada mais natural no esporte do que xingar o adversário de "viado". Natural e legítimo, diga-se de passagem.
Você xinga de "viado" para "desestabilizar o adversário", não tem nada contra os homossexuais. Ora bolas, isso
acontece desde que eu me entendo por gente! Se o cara não for "viado", não vai se ofender. Se for, ora, ninguém
está dizendo uma inverdade. E por aí vai. E caso alguém argumente que se você xingar um negro de "macaco"
está sendo obviamente preconceituoso, o Brasil rebaterá, num uníssono: Não faz sentido essa comparação,
porque ninguém escolhe ser negro!
O exemplo esportivo ilustra bem o quão arraigada está a homofobia na nossa sociedade. Seja por pura
ignorância ou através de falácias absurdas, o brasileiro busca encontrar um sentido moral para o seu preconceito
contra homossexuais. E nada mais conveniente do que a Igreja aparecer com uma excelente desculpa para que a
homofobia continue intacta em nosso país: Deus é contra!
E não é a Religião a maior culpada pela homofobia no Brasil e, quiçá, no mundo? Basta verificar o mapa
anual produzido pela ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e
Transgêneros) sobre proteção ou punição a homossexuais no mundo. Como era de esperar, os países mais
profundamente religiosos são também aqueles que mais perseguem os homossexuais. Felizmente e apesar da
Igreja, o Brasil conseguiu recentemente adquirir o status de "proteção" a homossexuais com a decisão do STF de
reconhecer a união estável entre pessoas de mesmo sexo. Vale lembrar que segmentos da Igreja foram os mais
fervorosamente contrários à decisão, e continuam sendo os únicos grupos que a sociedade civil ainda dá ouvidos
a defender que os homossexuais não podem se unir civilmente (juntamente com partidos e grupos conservadores
que se baseiam na religião para dizer o mesmo). Está absolutamente clara que a maior luta dos homossexuais,
para o fim da homofobia no Brasil, é contra a Igreja.
Nesse contexto, é de se perguntar de que lado Marta Suplicy está, já que a mesma"propôs como única
modificação ao texto da Câmara que seja aberta exceção para 'a manifestação pacífica de pensamento decorrente
de atos de fé'". Impressiona sua atuação legislativa, esvaziando completamente o próprio sentido da PL. Os
maiores inimigos dos direitos dos homossexuais continuarão, legitimamente, com o direito de propagar a
homofobia pelo país. Num Brasil que mata homossexuais, defende-se o direito da Igreja de promover o
preconceito. Só tenho a lamentar a péssima atitude da Relatora, que parece ter sucumbido ao poderoso lobby do
sacrossanto.
E enfim chegamos ao editorial da Folha de S. Paulo, que afirma ser um absurdo o projeto de lei que
criminaliza a homofobia nos mesmos termos do racismo, no Brasil. Diz o editorial que, dessa forma, se "ergueria
uma espada sobre qualquer discurso ou escrito que condene a homossexualidade". Qualquer um "poderia ser
acusado de 'induzir' a discriminação e, em tese, levar à pena de reclusão por um a três anos, mais multa". Isso
porque a legislação foi bastante ampla no que pode ser definido como racismo, de modo a não deixar que o
discurso preconceituoso passe impune por falta de lei. O editorial fala da Constituição, que a censura é proibida,
que essa alteração legislativa está em "flagrante contradição com garantias fundamentais". Ora, mas essa proteção
existe há muito tempo, com os negros, por exemplo. O que quer dizer o editorial da Folha quando afirma que a
PL está em contradição com garantias fundamentais? Será que o editorial quer dizer que o combate ao racismo é
censura? Que o combate ao racismo é ilegal, inconstitucional? Ou será que o editorial usa um peso e duas medidas
quando compara os direitos dos negros e dos homossexuais? Incrivelmente, o mesmo argumento utilizado por
torcedores em um estádio de futebol foi implicitamente tomado emprestado pelo editorial ao dizer que o combate
à homofobia não pode cercear a liberdade de expressão.
Em nenhuma hipótese, em nossa sociedade, um jornal se permitiria dizer que o racismo pode ser
amplamente divulgado, e que o combate ao mesmo não pode ser feito por se tratar de "censura". Não dar o mesmo
tratamento aos homossexuais é dizer que algo os diferencia no que tange aos seus direitos. Gostaria de saber da
Folha de São Paulo o que torna os homossexuais menos dignos de proteção em relação a qualquer outra minoria
vítima de preconceito no país.
O editorial da FSP é, sem sombra de dúvidas, homofóbico. Tão homofóbico quanto seus leitores. Tão homofóbico
quanto o Brasil.
Fonte: http://advivo.com.br/blog/bendidle/o-editorial-da-folha-de-sao-paulo-e-a-homofobia
TEXTO 2
Sem exceções contra a homofobia
EDITORIAL – O GLOBO
A cultura legiferante nacional produz constituições detalhistas, um cipoal de leis emendadas ao infinito e, como
decorrência, cria dificuldades para o Poder Judiciário aplicar todo este aparato legal. Muitas vezes, a preocupação
de prever nas leis todas as opções possíveis para seu uso faz com que o legislador perca o sentido do todo no
objeto em questão.
Tramita, no momento, no Senado, uma entre várias emendas à lei 7.716 – aprovada em 1989 para penalizar
discriminações – exemplar desse tipo de distorção. Um dos objetivos das emendas é a criminalização da
homofobia, assunto em destaque depois de recente decisão unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal
a favor da união civil entre homossexuais. O passo seguinte, independentemente da formalização legal do crime
de homofobia, é adequar a legislação ao veredicto do Supremo. Pois há bizarrices como leis e normas continuarem
em vigor mesmo contra o espírito de decisões do STF.
No caso da lei 7.716, feita para punir a discriminação e o preconceito por questões de raça, cor, etnia, religião e
procedência nacional, acrescentam-se, agora, dispositivos de criminalização de atos discriminatórios e
preconceituosos movidos por razões de “gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero”.
A polêmica está em uma emenda de autoria da relatora do projeto no Senado, Marta Suplicy (PT-SP), redigida
para retirar do alcance da lei “(…) manifestação pacífica de pensamento decorrente de atos de fé, fundada na
liberdade de consciência e de crença (…)”. Quer dizer, grupos religiosos – entre os quais se incluem alguns dos
mais radicais críticos ao homossexualismo -, desde que de forma “pacífica”, estarão imunes à lei. Abre-se um
perigoso precedente.
A senadora se baseou no princípio constitucional do direito à liberdade – de prática religiosa, de expressão etc. –
para incluir a ressalva no artigo 20 da lei revista. O raciocínio, porém, é equivocado, pois criminalizar algo não
significa, a priori, ferir o direito constitucional à liberdade.
O entendimento do que será uma “manifestação pacífica” de religiosos, por sua vez, leva a questão para um plano
de excessiva e indesejada subjetividade. Discursos inflamados, agressivos e desrespeitosos serão considerados
“pacíficos” ou não?
A própria repercussão da emenda da senadora junto a grupos envolvidos neste debate comprova que a emenda
entrou em terreno minado. No Congresso, parlamentares ligados a igrejas entendem que a liberdade para
manifestações “pacíficas” contra o homossexualismo não pode ficar restrita aos espaços de culto. Já representante
da Frente Parlamentar da Família acha que a emenda atenta contra a liberdade de expressão, ao limitar as
manifestações a religiosos.
Ainda bem que a senadora Marta concluiu que o tema precisa ser mais discutido no Congresso. Ela, inclusive,
passou a admitir retirar a emenda. É a melhor alternativa. A criminalização da homofobia, por óbvio, não cassa
o direito à liberdade de expressão. Tudo dependerá, como em qualquer assunto, da forma como as críticas são
feitas. Por isso, não faz sentido o legislador criar exceções ao criminalizar a homofobia ou qualquer outro
comportamento supostamente antissocial que a sociedade decida punir.
Fonte: http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2011/05/20/editorial-de-o-globo-combate-homofobia-vai-combate-la-tambem-na-
sua-programacao-e-outros-preconceitos/
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: a
homofobia no Brasil, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEMA 8
TEXTO 1
“Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter
opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.”
Declaração Universal de Direitos Humanos, artigo 19.
A liberdade de expressão é um direito fundamental e alicerce para o desenvolvimento dos sistemas democráticos.
Trata-se de um direito tanto individual quanto coletivo, que tem um valor em si e facilita a exigência e a realização de
outros direitos. Mas como é que fica essa liberdade em tempos de mídias sociais??
Todas as mídias ajudam a apresentar os nossos interesses e a mostrar as pessoas quem somos. Ao contrário do que
acontece no mundo real, onde a etiqueta social e os costumes nos limitam, por vezes, nas mídias sociais as pessoas sentem
que têm um maior sentimento de liberdade de expressão. E é claro, o conteúdo é controlado e pode ser removido, mas
com milhões de usuários em sites como Facebook, Twitter e Youtube, nem tudo pode ser controlado, e por isso nos
sentimos mais livres para nos expressar e mostrar como realmente somos.
O limite entre liberdade e prática de crime é bem sutil. E faz toda a diferença a escolha do texto, qual palavra será
publicada para expor no mundo, em tempo real, um pensamento. Temos que preparar o cidadão da era digital. Acredito
que a grande maioria das pessoas não reflete muito sobre o que está comentando, publicando, ou melhor,
documentando, nas redes sociais. E, infelizmente, é difícil exercer arrependimento, pois o conteúdo se espalha
rapidamente e se perpetua!
TEXTO 2
Nunca é tarde para (re)discutir a liberdade de expressão, cujo exercício aciona tensões e negociações contínuas
regidas por uma espécie de pacto social. Três décadas de democracia ensinaram muito, mas ainda é preciso avançar.
Começando pela ideia de que a liberdade de expressão não funciona como um guarda-chuva que abriga discriminação e
intolerância. Pelo contrário. Os vários tipos de discriminação minam a conquista da liberdade ao representarem uma visão
de mundo reducionista e excludente.
Fonte: Luciana Andrade (Jornalista e doutoranda em História na Pontifícia Universidade Católica-SP)
TEXTO 3
Fonte: https://llibertee.wordpress.com
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: a liberdade de expressão no
século XXI, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 9
TEXTO 1
O valor do voto
Voto nulo não anula eleição, como equivocadamente ainda imaginam algumas pessoas. Mesmo nos
municípios com apenas um candidato a prefeito, se todos os eleitores anularem seus votos num protesto
coletivo, mas o próprio pretendente à prefeitura votar em si mesmo, ele estará eleito. E com 100% dos votos
válidos, como prevê a legislação.
Cabe, portanto, uma profunda reflexão antes da tomada de decisão sobre o voto. É compreensível que,
principalmente em decorrência da Operação Lava-Jato, parte expressiva da população esteja indignada com os
políticos. São tantas e tão frequentes as notícias sobre falcatruas praticadas por governantes e homens públicos,
que todos temos a tentação de generalizar. Mas os políticos não nasceram políticos. Saíram da sociedade. Têm,
portanto, as mesmas virtudes e defeitos das pessoas que a compõem.
TEXTO 2
Assusta ver o descaso com que grande parte da população tem para com a indicação de pessoas despreparadas
para assumirem cargos públicos. Não se importa quem será seu deputado, seu vereador, ou, como já vimos, quem será
seu prefeito. Nem mesmo se importa em saber dos candidatos, ou mesmo quem são eles. É a desgraça política para
aqueles que, como nós, lutam para que bons administradores públicos cheguem ao poder.
Ainda existem os piores, são os que votam conscientes nesses despreparados quer vendendo seu voto, ou então,
por interesses escusos futuros.
TEXTO 3
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: o
voto obrigatório, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEMA 10
Texto 1
A sociedade tem a mania de julgar os outros “Se ela fosse mais magra, seria bonita”, “Até que o rosto é
bonitinho, se tivesse mais corpo, seria bonita”, “Se o cabelo dela fosse liso, iria valorizar muito mais”. Todos
esses “se” parecem não acabar nunca. E com isso, essas pessoas, influenciadas pela mídia, acabam diminuindo
a autoestima das pessoas, a troco de nada.
A internet, a televisão e as revistas de moda sempre mostram aquele padrão de beleza impostos por
elas mesmas que nós já conhecemos de cor. E muitas pessoas se sacrificam por esse estereótipo de beleza ideal.
E eu não estou falando daquela dieta de comer docinhos que sempre marcamos de começar na segunda, ou
das promessas de freqüentar mais a academia. Estou falando de ficar dias sem comer praticamente nada, ingerir
remédios sem nenhum acompanhamento médico, cirurgias estéticas sem controle, entre muitos outros
artifícios usados para tentar alcançar a “beleza ideal”. E nessa busca, mulheres sofrem, ficam doentes e até
mesmo acabam morrendo.
E essa aflição em sempre querer parecer mais bonita tem atingido as pessoas cada vez mais cedo. De
acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de cirurgias plásticas
realizadas em adolescentes entre 14 e 18 anos subiu de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012,
ou seja, mais que dobrou em quatro anos.
O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, sendo a lipoaspiração e a colocação de
próteses mamárias os procedimentos campeões nas clínicas de estética (leia mais aqui) Isso te diz alguma coisa?
Porque isso me diz alguma coisa. Isso me diz que a mídia e a sociedade impõem a todas elas serem mulheres
“perfeitas” e elas se sentem forçadas a realizar isso. Mas deixa eu dizer uma coisa, isso não existe. Cada mulher
é de um jeito, tem o seu tipo de corpo, cabelo, rosto, unha e cada uma é linda do jeito que é. Ninguém tem
obrigação de se sentir mal do jeito que é. Se quiser emagrecer, alisar o cabelo, fazer plástica, tudo bem; é uma
opção e ela pode fazer isso se for pra se sentir bem consigo mesma. O que não pode é fazer isso por se sentir
mal por não ser igual a modelo da revista.
Muito magra, muito gorda, muito baixa, muito alta. Nada é o suficiente pras pessoas. Mas quer saber?
Não tem que ser mesmo. Ninguém tem nada haver com a vida de ninguém. Se eu me sinto bem do jeito que eu
sou, é a única coisa que importa.
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
Padrões de beleza na sociedade contemporânea, apresentando proposta de conscientização social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.
TEMA 11
Texto 01.
Para discutirmos sobre o racismo e o preconceito é necessário, primeiramente, nos atentarmos para as
definições dos dois termos. Segundo o dicionário da língua portuguesa "Priberam", racismo é "[...] 2. Atitude hostil ou
discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, notadamente etnia, religião, cultura,
etc". Enquanto que preconceito é a "[...] ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou
imparcial. 2. Opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos".
Nesse contexto, ao refletir acerca do racismo no Brasil, Ana Luisa Carneiro (2003) afirmou que "o racismo pode atingir
diferentes graus de intensidade: vai de um simples pensamento até os casos mais extremos, de agressão física, por
exemplo [...]". Assim, o preconceito contra os negros e seus descendentes gera antipatia, chegando ao extremo de haver
violência, como apontado pela estudiosa. Diariamente, pode-se aferir essa intolerância a partir das notícias veiculadas
nos jornais e outras mídias brasileiras, que comprovam o racismo entre os brasileiros.
(...)
Muitos afirmam, embasados no conceito da democracia racial, que o preconceito contra os negros e seus
descendentes não existe no Brasil: o que se presencia são apenas brincadeiras, ou seja, não se caracterizam como racismo.
Diante disso, percebe-se que as brincadeiras e chacotas direcionadas aos negros resultam em vários tipos de violência,
entre elas, física e psicológica. Ao relatar sobre as brincadeiras e as piadas feitas sobre os negros, pela sociedade brasileira,
Valente (1987) caracterizou que "elas traduzem que os negros na sociedade brasileira não são respeitados. São
considerados ignorantes, raça inferior, sujos e perigosos". Diante disto, apreende-se que as brincadeiras, na verdade,
estão carregadas de preconceito.
Pode-se apontar, ainda, que o racismo é um dos fatores que gera agressões aos negros e seus descendentes.
Essa violência pode ser uma abordagem truculenta da polícia ou mesmo o assassinato de um jovem inocente,
principalmente pela sua origem social e cor. Corroborando com essa situação, recentemente um estudo realizado pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresentou dados críticos sobre a situação dos negros na sociedade
brasileira. Segundo os números levantados, as chances de um negro ser assassinado no Brasil é muito maior do que as de
uma pessoa que não é negra: "A maioria dos homicídios que ocorrem no Brasil atinge pessoas jovens: do total de vítimas
em 2010, cerca de 50% tinham entre 15 e 29 anos. Desses, 75% são negros" Outro estudo, "Vidas Perdidas e Racismo no
Brasil", apontou que, além da situação socioeconômica e do acesso desigual às políticas públicas, também o racismo da
sociedade brasileira tem influência direta nos elevados índices de mortes violentas de negros.
Outra pesquisa, realizada em 2013, destacou:
O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. "Tais
discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros vis-à-vis o resto da população".
O relator da Organização das Nações Unidas (ONU), Doudou Diène, ao ser questionado sobre o racismo no Brasil, fez a
seguinte afirmação: O racismo é uma construção que tem uma extensão intelectual muito intensa, que impregnou a
mentalidade das pessoas. Portanto, tiro duas conclusões preliminares sobre a pergunta. Uma é que o racismo certamente
existe no Brasil e a outra é que ele tem uma dimensão histórica considerável.
Depreende-se que a questão do preconceito de cor continua latente na sociedade brasileira. Carneiro (2003)
afirmou que: "o Brasil sempre procurou sustentar a imagem de um país cordial, caracterizado pela presença de um povo
pacífico, sem preconceito de raça e religião [...]". E a autora completou que "Sempre interessou ao homem branco a
preservação do mito de que o Brasil é um paraíso racial, como forma de absorver as tensões sociais e mascarar os
mecanismos de exploração e de subordinação do outro, do diferente [...]" (CARNEIRO, 2003).
A ideologia da inferioridade dos negros, que foi forjada durante séculos pelos europeus e as elites brasileiras
através das teorias de cunho teológico e/ou "científico", levou-o a viver sempre a mercê da sociedade, porém eles foram
Professora Patrícia Curri
21
TEXTO 2
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: o
racismo latente na sociedade brasileira, apresentando proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEMA 12
Texto 1
Em Brasília, que comemorou recentemente 50 anos, as seis vias de rolamento em cada lado do eixo monumental
ficam congestionadas em determinadas horas do dia. A cidade foi projetada para o automóvel, com largas avenidas e com
viadutos e passagens de nível para evitar cruzamentos e semáforos, e depende basicamente do transporte individual.
Dentro do Plano Piloto, as avenidas não possuem calçadas e os espaços para o pedestre se restringem nas superquadras
e nas áreas destinadas ao comércio. O aumento da população no Distrito Federal maximizou seus problemas de
mobilidade.
O exemplo de Brasília faz refletir que mesmo um bom plano de cidade não resolve questões de mobilidade
urbana. Ao mesmo tempo em que cresce o poder aquisitivo da população, diminui o preço dos automóveis e aumenta a
frota de veículos. A equação fluxo de automóveis versus pistas de rolamento é quase insolúvel.
O fenômeno do êxodo rural e a consequente concentração urbana em grandes áreas metropolitanas acontece em
qualquer país que passa por um processo acelerado de crescimento econômico. No início dos anos 1990, Curitiba se
consagrou como exemplo de urbanismo, e talvez aquele equilíbrio de equações urbanas leve algum tempo para se repetir.
A cidade se consolidou como metrópole, com o aumento na disponibilidade de locais de moradia e na qualidade da
prestação de serviços, de equipamentos de cultura e de entretenimento.
(...)Muito pode ser feito para minimizar problemas de mobilidade: melhora no transporte coletivo, uso de veículos
alternativos menores, educação no trânsito, organização de equipes de caronas para pessoas que utilizam mesmo
percurso e outras atitudes criativas. Não adianta culpar a indústria automotiva, nem as iniciativas dos planejadores
urbanos, nem ainda a atitude egoísta do usuário de transporte individual. Trata-se de um processo contínuo de atitudes
da comunidade aliadas com propostas do poder público.
Salvador Gnoato, arquiteto, é professor na PUCPR. http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/mobilidade-urbana-
problema-de-qualquer-metropole-5dknqeb2iy37kgif2s57h3gi6
Texto 2
Crise de mobilidade urbana
Nos últimos anos o aumento no número de veículos automotores no Brasil foi 10 vezes maior do que o aumento da sua população:
enquanto a população aumentou em 12,2% numa década, o aumento do número de veículos motorizados foi de 138,6%. Segundo
dados disponibilizados pelo Denatran o país terminou o ano de 2012 com mais de 50,2 milhões de automóveis e 19,9 milhões de
motos. Esse aumento da frota de veículos é resultado do modelo rodoviarista que caracteriza historicamente a política de mobilidade
no Brasil. A partir desses dados e no contexto do Dia Mundial Sem Carro (22/09), o Observatório questiona: podemos construir um
país em que o transporte público coletivo seja prioridade em detrimento do transporte individual?
A cada ano, mais pessoas e entidades aderem ao Dia Mundia Sem Carro (DMSC), iniciativa que começou na França em 1997. Trata-
se de uma ação que tem como ideia principal sensibilizar e mobilizar a população em torno das diversas questões relacionadas à
mobilidade urbana. No caso brasileiro, chamar a atenção para as enormes dificuldades que as pessoas enfrentam para se deslocar
nas grandes e médias cidades é urgente e, nesse sentido, o DMSC cumpre o seu papel.
Juciano Martin Rodrigues - Doutor em Urbanismo, Pesquisador do Observatório das Metrópoles, Bolsista de Pós-Doutorado no IPPUR/UFRJ
através do Programa Bolsa Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ. Publicado em:
http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view=article&id=1772%3Acrise-de-mobilidade-urbana-brasil-atinge-
marca-de-50-milhoes-de-automoveis&catid=34%3Aartigos&Itemid=124&lang=pt
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: a
mobilidade urbana no Brasil do século XXI, apresentando proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEMA 13
Texto 1
http://novaescola.org.br/formacao/cyberbullying-violencia-virtual-bullying-agressao-humilhacao-567858.shtml
Texto 2
Os insultos podem assumir a forma de calúnias, ofensas, perseguições, boatos maldosos e imagens forjadas sobre a vítima.
Além disso, é possível alguém espalhar emails fazendo-se passar por outra pessoa, insultando e disseminando intrigas e
fofocas. A preocupação de professores e famílias reside no fato de que os insultos virtuais podem se espalhar
rapidamente, contaminando todas as pessoas que conhecem a vítima. E além das ofensas direcionadas a outros colegas,
também podem haver comunidades criadas nas redes sociais, manifestando um certo repúdio às autoridades da escola e
professores, utilizando palavras de baixo calão e xingamentos.
https://jornaldigital2006.wordpress.com/2012/10/30/artigo-de-opiniao-cyberbullying-a-intimidacao-no-meio-virtual/
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: o
cyberbullying entre os jovens brasileiros, apresentando proposta de conscientização social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa
de seu ponto de vista.
TEMA 14
Você sabia que o Brasil, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe),
terá apenas 60% do seu lixo destinado corretamente em 2014?
Consciência ambiental é saber que, em última análise, não existe distinção entre o ser e o meio.
Infelizmente, desde a revolução industrial, o homem desenvolveu uma noção equivocada de que ele pode
controlar o meio. Mas estamos, enfim, descobrindo a realidade de que vivemos em um sistema fechado, finito. E existem
consequências para as nossas ações: o lixo acumulado polui a água e atrai vetores de doenças, o esgoto despejado nos
rios mata peixes e inviabiliza a captação para uso humano, o ar poluído pelos nossos carros afeta o desenvolvimento das
crianças, entre outras. A lista das consequências é infinita e, em geral, maléfica à própria existência do homem.
Por outro lado, existe um caminho intermediário onde as coisas boas do desenvolvimento econômico (produtos
que proporcionam bem estar, fábricas que geram empregos, meios de transporte que nos possibilitam conhecer o
mundo) podem coexistir perfeitamente sem lixo, com rios e mares limpos, e ar puro.
Mas este caminho não é óbvio e tem diversas bifurcações em sua extensão, que são as escolhas que fazemos no
dia a dia. A mãe de família pode escolher reciclar o lixo da sua casa. O gerente da fábrica pode escolher tratar o efluente ao
invés de lançá-lo bruto no córrego. O governante pode escolher criar meios para que a aplicação das leis ambientais seja
melhor fiscalizada.
http://www.teraambiental.com.br/consciencia-ambiental
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: a
consciência ambiental brasileira, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 15
TEXTO 1
O ano que se inicia marca o lançamento oficial da ousada e transformadora Agenda 2030 para o
Desenvolvimento Sustentável, adotada por líderes mundiais no mês de Setembro de 2015, nas Nações Unidas.
A nova Agenda convoca os países a iniciarem os esforços para alcançar o cumprimento dos 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos próximos 15 anos.
“Os dezessete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são a nossa visão compartilhada da
humanidade e um contrato social entre os líderes mundiais e as pessoas”, disse o
Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. “São uma lista de tarefas às
pessoas e ao planeta, e um plano ao êxito”.
Os ODS, adotados por unanimidade pelos 193 Países-membros em uma
Cúpula histórica em setembro de 2015, respondem às necessidades das pessoas,
tanto dos países desenvolvidos quanto dos países em desenvolvimento,
enfatizando que ninguém deve ficar para trás. Vasta e ambiciosa, a Agenda aborda
as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a social, a econômica e a
ambiental, assim como aspectos importantes relacionados a paz, justiça e
instituições eficazes.
A mobilização dos meios de implementação, incluindo recursos financeiros, desenvolvimento de
capacidades e transferência de tecnologias, bem como o papel das parcerias, são também reconhecidos como
essenciais.
A Conferência de Paris sobre mudança do clima é vista por muitos como o primeiro ato político para
implementar a Agenda. “O Acordo de Paris é um triunfo às pessoas, ao planeta e ao multilateralismo. Pela
primeira vez, todos os países do mundo se empenharam em reduzir suas emissões, fortalecendo a resiliência,
e agir internacional e nacionalmente para alterar a mudança do clima. Combatendo a mudança do clima nós
estamos avançando na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse o Secretário-Geral da ONU.
Transformar essa visão em realidade é, primeiramente, responsabilidade dos países, mas também irá
requerer novas parcerias e solidariedade internacional. Todos têm que participar e todos têm contribuições a
fazer. Revisões do progresso serão necessárias regularmente em cada país, envolvendo a sociedade civil,
empresas e representantes de vários grupos de interesse. No âmbito regional, os países compartilharão
experiências e enfrentarão objetivos comuns, enquanto anualmente, nas Nações Unidas, o Fórum Político de
Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável fará um balanço dos progressos em nível mundial, identificando
lacunas e questões emergentes, e recomendando ações corretivas. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e as 169 metas da nova Agenda serão monitorados e revistos por meio de indicadores globais. Essas
informações serão reunidas em um relatório anual do progresso dos ODS.
FONTE: http://folhanobre.com.br/2016/02/25/desenvolvimento-sustentavel-uma-expressao-em-busca-de-
revelacao/22369
TEXTO 2
Ambos presidiram a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), criada em 1971, e tiveram
papel fundamental no despertar ecológico da sociedade. Por exemplo, chegaram a ser ridicularizados, em um
primeiro momento, quando combateram o uso indiscriminado de agroquímicos, isso há mais de quatro
décadas.
Pouco a pouco, foram avançando até conseguir aprovar a Lei dos Agrotóxicos na Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Sul, nos anos 1980, a primeira legislação em todo o Brasil. Hoje, o tema é visto com naturalidade,
basta ver a proliferação de feiras agroecológicas, não apenas em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul, como em
todo o País.
Essa evolução também acontece sob o ponto de vista empresarial, como se pode ver todos os dias nas gôndolas
dos supermercados, onde, apesar de terem um preço mais elevado, os hortifrutigranjeiros orgânicos ganham
cada vez mais espaço, o que, obviamente, se dá pelo aumento da demanda dos consumidores por esse tipo de
alimento.
De fato, a sustentabilidade ambiental, sob seus diversos aspectos, passou a ser um ativo de extrema
importância no mundo dos negócios. E a tendência é que, no futuro, isso seja não uma vantagem, mas, sim, um
pré-requisito de quem almeja se tornar um player, em qualquer setor, no cenário global.
Além da consolidação de um arcabouço legal e de órgãos ambientais em todas as esferas de governo, a ecologia
também entrou de forma definitiva no mercado financeiro. Um exemplo disso é a Bolsa de Valores de São Paulo.
Cada vez mais disputado, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa tem sido buscado por
mais companhias e trabalha para dar transparência às informações. Ou seja, não basta marketing ambiental, é
preciso ter ações ecologicamente corretas para atrair investidores, que estão muito bem-informados hoje em
dia.
E claro, quando há um desastre ambiental como o rompimento da barragem em Mariana (MG), empresas
envolvidas - Samarco, Vale, BHP Billiton - têm não apenas o prejuízo operacional, como também um arranhão
irreversível na imagem, além de perdas no valor de suas ações.
O fator sustentabilidade também influencia de forma decisiva a competitividade dos países, estados e
municípios. Investimentos podem ser atraídos em função de um ambiente limpo e saudável, ou perdidos por
causa da poluição.
Isso sem falar em como esse aspecto influencia a escolha de profissionais destacados por viver em um lugar.
Quem não pensaria duas vezes antes de viver na poluidíssima Pequim (China), ainda que tivesse uma proposta
de trabalho interessante sob o ponto de vista profissional e financeiro?
A questão ambiental entrou na pauta de todos nós de forma irreversível, e deve ser levada a sério, com cada
um fazendo a sua parte - o cidadão, por exemplo, pode optar, quando puder, por um transporte alternativo,
separar o lixo em sua casa e, por que não, dar preferência a produtos de empresas ecologicamente corretas.
FONTE: http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2016/01/476333-editorial.html
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 16
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:
OS MAUS TRATOS AOS ANIMAIS, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
TEMA 17
TEXTO 1
Não bastasse a onda de assaltos, roubos, arrombamentos e furtos em Teresina, o número de mortes por violência
urbana nos finais de semana e feriados é assutador. Apesar de todo um trabalho preventivo da Polícia Militar do Piauí,
diariamente são registrados nos Distritos Policiais da capital casos de assassinatos, sem falar dos assaltos e roubos
seguidos de latrocínio. Em cada final de semana, essas estatísticas aumentam.
Até o fechamento dessa edição de O DIA, no Instituto de Medicina Legal, seis corpos de pessoas mortas davam
entrada em menos de 24 horas. A causa: afogamento, assassinato e acidentes de trânsito. Um final de semana tido como
violento por conta do número de mortes.
Uma das vítimas, por exemplo, um trabalhador da construção civil, de apenas 23 anos, foi assassinado na Vila
Coronel Carlos Falcão, na zona Sudeste de Teresina, ao ser alvejado com disparos de arma de fogo, tiro que perfurou o
seu coração e pulmão. O registro do óbito exemplifica como anda a violência urbana em Teresina. Já outro, um lavrador,
morreu vítima de acidente de trânsito, assim como mais duas pessoas que deram entrada, também, no Instituto de
Medicina Legal tiveram a mesma causa.
E sobre trânsito, as estatísticas de acidentes com vítimas fatais aumentam consideravelmente a cada final de
semana e feriados prolongados, e neste período de férias os acidentes têm ocorrido com mais intensidade, registro feito
por O DIA em editorial da edição de domingo no qual mostrou estatística estarrecedora de mortes no trânsito neste
período de férias nas rodovias federais que cortam o nosso Estado.
A questão da violência urbana esbarra em vários indicadores como causas. Uma delas, segundo os especialistas no
assunto, é o próprio espaço urbano, pois nas periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a
presença do Poder Público é fraca, o crime consegue instalar-se mais facilmente. São os chamados espaços segregados,
áreas urbanas em que a infraestrutura é precária ou insuficiente, e não há oferta de postos de trabalho.
Em Teresina, isso é fácil de ser comprovado nas vilas e favelas da cidade. Infelizmente, num país em que a
desigualdade social é uma das maiores do mundo - no qual milhões de brasileiros são vítimas da fome e apenas milhares
de famílias de ricaços ostentam o luxo, a violência urbana encontra o seu caldo de cultura.
O resultado de tudo isso são finais de semanas violentos, com mortes de todo o tipo, como os óbitos ocorridos ontem.
Fonte: Jornal O Dia
Edição: Portal O Dia
Por: Portal O Dia
TEXTO 2
A violência ignorada
Assaltos e furtos são inibidores da convivência urbana. É preciso coibi-los não só pelo que representam, mas pelo mal que
causam ao grande espaço de trocas chamado cidade
Deu na Gazeta do Povo. O número de assaltos em Curitiba cresceu mais de 50% no primeiro trimestre deste ano em
comparação com o primeiro trimestre de 2014. Ainda que os índices tenham diminuído em algumas localidades – como
o Parolin e o Prado Velho –, houve crescimento considerável em áreas como o Bacacheri, São Lourenço, Abranches e
Jardim Social. Em locais como o Centro Cívico, por exemplo, o crescimento foi de 62,5%. Ao todo, em janeiro, fevereiro e
março houve 7.419 roubos, algo como 81 casos por dia.
A esses dados se some a constatação de que roubos e furtos cada vez mais escapam não apenas ao controle, mas ao
interesse das forças de segurança pública. Os esforços da polícia são no sentido de coibir o tráfico de drogas e os
homicídios, “jogando para a geral” os casos de casas arrombadas, por exemplo. Resta à população recorrer à segurança
privada, aos muros altos e às câmeras. Basta reparar em quantas das 6 mil moradias do chamado Parolin de Cima estão
abastecidas das cercas alugadas – um senhor filão de economia. E de inibição comunitária.
A questão é menos instantânea do que parece. Reações ligadas ao encastelamento da população são tão ou piores que o
próprio roubo, pois afetam o oxigênio de uma cidade – o uso da rua e a consequente relação de vizinhança e o abandono
de determinados segmentos do comércio. São aspectos que não podem escapar ao poder público, às forças de segurança
e à sociedade organizada: os efeitos do medo da violência corroem a economia e as relações humanas, colocando em
risco a vida democrática.
Cidades inseguras passam a sensação de que erramos, de que mergulhamos numa corrosão endêmica
Faz mal às políticas de segurança pública ignorar determinadas camadas de violência, por tomá-las como desimportantes.
O medo não se constrói apenas em torno de grandes eventos. Desenha-se, igualmente, nas situações hodiernas. Há uma
década e meia o projeto de gestão pública conhecido como “Tolerância Zero”, desenvolvido nos EUA, chamou atenção
para o “sistema” de insegurança. Ele não é isolado: funciona como um organismo, afeta todas as relações sociais. Altera,
para pior, o urbano.
Por mais reservas que possa haver à política de “Tolerância Zero” assinada pelo ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani
em meados da década de 90, é inegável que a parede pichada, o patrimônio destruído, o desacato às regras de civilidade
corroem as relações urbanas e minam as energias da população, uma energia da qual ela precisa para reagir a formas
mais sofisticadas de violência. Fazer pouco caso do furto, do assalto, deixando desguarnecido o cidadão – convidando-o
a “se virar” –, não é em definitivo uma boa política.
Não se quer dizer com isso que devamos ser tutelados o tempo todo, de forma paternalista. A “ciência da violência”
comprovou que a população alerta – justo a população que contribui para o êxito de programas como o “Tolerância Zero”
– alcança mais sucesso que o armamentismo. A praça ocupada, o mutirão, a reivindicação popular por iluminação e
controle do trânsito, entre outras tantas ações, colaboram para diluir a sociedade do medo que essa tensão gera. A
Professora Patrícia Curri
32
parceria entre poder público e população, contudo, continua sendo a melhor medida, de modo a garantir o cuidado como
medida de todas as coisas. Não se trata de um conselho clerical – a ideia do cuidar está no âmago da obra de Jane Jacobs,
autora do seminal Morte e vida das grandes cidades, um clássico que entendeu as mudanças das cidades a partir da
década de 1960.
Vale lembrar o que escreveu o historiador Tony Judt, morto em 2010, ao analisar o que ele chamava de sensação de
fracasso coletivo, um dos males da contemporaneidade. Cidades inseguras passam a sensação de que erramos, de que
mergulhamos numa corrosão endêmica, da qual não sairemos tão cedo. Ficamos com a impressão de que não sabemos
fazer – e a impotência é o pior dos conselheiros. Uma política tecnocrática tende a não levar em conta esse sentimento
de impossibilidade, cujos efeitos sobre a vida comum são nefastos. Estresses coletivos não colaboram para o espírito de
construção e de pertença. Ao acreditar que “perdemos o mundo”, que o bem está no passado, tendemos a desistir do
presente – instalando o caos.
“A falta de confiança é inimiga de uma sociedade bem governada”, escreveu Judt, quase que num testamento. E essa
confiança se alcança, segundo ele, com cooperação e homogeneidade, numa sociedade que respeite a escala humana.
Cidades desmedidas são candidatas à perda de controle. Já são horas de pensar qual o nosso tamanho, até onde queremos
ir e o que temos em comum. Eis o princípio.
FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-violencia-ignorada-4ebq5b7e9xr6lux4qklf3za0a