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A Astrologia Helenística de Vettius Valens e suas aplicações na Astrologia Contemporânea

Vettius Vallens foi um astrólogo nascido em Antiquoia (território onde hoje pertence à Turquia)
e foi contempoerâneo de Ptolomeu no século I e.C. Os materiais de Valens que temos acesso
ultimamente são realmente escassos, exceto por uma das mais notórias traduções feitas pela
astróloga Clelia Romano.

O pensamento astrológico de Valens ecoa e se reverbera na astrologia usada por muitos


astrólogos que o sucederam. Em sua antologia, contendo 9 livros, contém o mais aprofundado
estudo sobre a astrologia Helenística e é com base nesses estudos do autor que propomo-nos a
verificar sua aplicação – visto que a astrologia feita naquela época difere consideravelmente da
realidade em que vivemos hoje – na astrologia contemporânea.

O mapa de Vettius Valens


julho 27, 2007

Vettius Valens, chamado na Itália de Vettio Valente, foi um

astrólogo que viveu no que hoje corresponde ao território da

Turquia, na antiga cidade de Antioquia (chamada de Antakaya),

famosa para quem estuda a Bíblia pela passagem do apóstolo

Paulo por aquelas bandas. Abaixo nós publicamos seu mapa

natal descrito por ele mesmo, o que gera algumas controvérsias

do nosso interesse para este artigo:


A seguir, postamos o mapa natal que a maioria dos astrólogos

do ocidente fará com a data que Vettius deu em sua Antologia,

usando o zodíaco tropical:


O único planeta que difere nos dois mapas é mercúrio. Ao fazer

o mapa tomando como referencial o zodíaco tropical, mercúrio

está nos últimos graus de Capricórnio. Aplicando a maioria dos

zodíacos siderais (Raman, Fagan-Allen, Lahiri, etc.) para os

mesmos dados, mercúrio está no signo de Aquário. Será que

Vettius corrigia seus mapas respeitando a precessão

equinocial?

Nos textos antigos, é comum os astrólogos publicarem

mapas com dados errados, porém a diferença é em graus, e


geralmente eles permanecem no mesmo signo. Por exemplo,

um astrólogo medieval pode dizer em sua obra que vênus está

em 23 de gêmeos, quando na verdade estava a 21 graus do

mesmo signo. Enquanto nossas efemérides são baseadas em

cálculos e observações da NASA, muitos astrólogos dependiam

de instrumentos hoje rudimentares, como um Astrolábio. Aqui,

contudo, nós temos um erro que pode não ser aleatório, pois a

única diferença entre os mapas é mercúrio.

Erros de graus são razoavelmente tolerados para nós, desde

que sejam dentro do mesmo signo e casa, pois assim o planeta

mantém seu dispositor e suas representações. Nos tempos de

Valens, contudo, o erro por mudança de signo era muito mais

grave. Isso implicava na mudança daquilo que o planeta

representa, já que Vettius empregava o sistema de signos

inteiros, no qual uma casa corresponde a todo um signo, do

primeiro ao trigésimo grau. Em outras palavras, mercúrio em

capricórnio pertenceria ao quinto signo-casa; mercúrio em

aquário, ao sexto signo-casa. Mais grave ainda é perceber dois


estilos de vida completamente diferentes pela mudança dessa

posição, já que mercúrio é regente do ascendente de Valens.

O significado das casas na astrologia helenística manteve-se em

grande parte na subsequente astrologia medieval, com algumas

mudanças que serão apontadas. Para mostrar o quão grave

pode ser para a delineação esse hipotético erro de Valens,

vamos delinear esse mercúrio em ambos os mapas. O regente

do ascendente na casa cinco inclina o nativo à busca de

prazeres e ao gosto pelas missões diplomáticas (a casa cinco

rege embaixadores), além do amor às suas crianças. O regente

do ascendente na casa seis inclina o nativo a uma vida de

trabalhos penosos, sendo uma indicação clássica de escravidão.

Na astrologia grega, contudo, a casa seis ganha outra

representação: conflito. Nativos com essa posição se inclinam a

irritabildiade e a brigas constantes. É a casa dos inimigos, tópico

este que passou na era medieval a ser representado pelas casas

7 (para inimigos declarados) e 12 (para inimigos secretos).


Conclusão: Sendo um bom astrólogo, Valens não poderia errar

a posição do regente do mapa, pois ela é imprescindível para se

avaliar as circunstâncias do nativo e seu estado de espírito. No

sistema de signos inteiros, simples mudança de signo acarreta

na alteração da interpretação do mapa. Concluímos que ele

adotava em suas análises o zodíaco sideral, e por conta disso

continuamos investigando outros indícios que apareçam em

mapas antigos.

Apesar da investigação do zodíaco sideral ser um problema

moderno, podemos encontrar indícios em textos antigos, não

uma definição sobre qual zodíaco é o correto porqu,e como disse

anteriormente, a precessão na época de Valens era muito

pequena em relação aos dias atuais, sendo pouco considerada

portanto. De uma forma ou de outra, o mapa natal de Vettius

Valens pode ser um forte indício de que o zodíaco sideral era

aplicado.
O pensamento de Vettius
Valens
setembro 10, 2008

Para quem desconhece, Vettius Valens foi um Astrólogo

natural de Antioquia (território hoje pertencente à Turquia) e

contemporâneo de Ptolomeu, no século I d.C. Sua obra faz

parte dos tesouros mais bem guardados da Astrologia

atualmente, porque simplesmente a tradução da Antologia de

Valens do grego arcaico para o inglês não está disponível.

Felizmente, algumas boas almas nos ajudam a suprir essa

carência, disponibilizando material indireto que nos proporciona

algum entendimento sobre o modo como Valens pensava a

Astrologia. Uma dessas almas é a Astróloga Clelia Romano.

Seguindo esse link, você terá acesso ao material no qual me

baseei para escrever esse texto.

O pensamento de Valens "ecoa" em algumas obras de

períodos que se sucederam a ele. Pode-se reputá-lo como

autor dos ecos pois não há outro registro mais contundente e

completo de Astrologia Helenística além do autor em questão.


Os resquícios da obra permeiam registros subsequentes e são

um sinal claro da influência do autor.

Encontramos na Antologia de Vettius Valens o estudo mais

aprofundado que se tem notícia acerca dos significadores

essenciais. Além disso, impressiona-me a simplicidade como o

autor analisa certos temas dentro de uma natividade. Tal

simplicidade só será compreendida por nós se entendermos os

conceitos de "domificação" e de "determinação planetária"

como foram empregados por Valens, nomes empregados por

mim para sintetizar conceitos subjacentes na obra do autor

grego e que serão explicados a seguir.

Domificação

Conceituo como domificação as diversas maneiras de dividir o

céu em setores ou casas, estas a representar significados

particulares que alteram a interpretação de um planeta. Para

Valens, não existia apenas uma maneira de domificar. Na

Astrologia Contemporânea Ocidental, a construção de Casas a

partir do Ascendente é a principal (senão única) domificação,


seguida da derivação de Casas, que também pode ser

encontrada na Antologia.

Em se tratando da Antologia, havia outras formas de

domificação a depender do assunto analisado. No artigo de

Clelia Romano, encontramos algumas delas, dentro do tema

"Casamento":

 Domificação do mapa a partir do significador essencial de

Casamento, Vênus;

 Domificação do mapa a partir da Casa que representa o

Casamento, a Casa VII;

Estas formas podem ser encontradas em passagens como

esta:

Se Vênus estiver na Casa XII

com Saturno, o nativo se


casará com uma pessoa

doente.

A Casa XII representa doença as doenças do parceiro. Vênus,

portanto, é interpretada do ponto de vista da Casa VII,

constituindo uma derivação de Casas.

As derivações de Casas são comuns na Astrologia Árabe e até

hoje, porém costuma-se reservá-las apenas para leitura do

regente da Casa estudada. Por exemplo, se o regente da Casa

VII está na Casa X, a pessoa pode ser muito preocupada com

terras e com sua família porque a Casa X é a quarta Casa a

partir da sétima. O que Valens nos propõe é levemente

diferente, pois ele lê o significador essencial de Casamento -

Vênus - do ponto de vista da Casa do Casamento (VII), a

despeito de Vênus reger a Casa VII ou não.


Determinação Planetária por Aspecto ou

Regência

Este conceito não foi criado ou percebido por mim pela primeira

vez. Sua primeira citação advém de Morin de Villefranche, no

livro 21 da Astrologia Gallica.

Quando um planeta "A" aspecta um ponto que representa um

determinado assunto, "A" passa automaticamente a se

determinar àquele assunto. Nesse caso, então, o Astrólogo

seleciona um significado de "A" que tenha a ver com o tema em

questão. Por exemplo: se mercúrio aspecta a parte do

casamento, o nativo pode vir a gostar de mulheres cultas,

intelectuais.

O que é bastante claro na obra de Valens é que esse tipo de

determinação pode se estender à combinação entre planetas.

Veja o trecho abaixo:


Se o Indicador de Casamento

estiver em aspecto com

Saturno, o nativo ficará viúvo.

Se Júpiter aspectar a Saturno,

porém, o nativo se unirá a um

nobre, rico ou alguém

importante. Se ao invés de

Júpiter, Saturno se relacionar

com Mercúrio e Marte, o


parceiro será estéril ou

mutilado.

Ora, o Indicador de Casamento é um Lote criado por Valens

para analisar como será o parceiro do nativo. Ter esse Lote

aspectado por Saturno faz com que o grande maléfico se

determine ao Casamento, representando coisas tristes no

matrimônio. Até aí, não há nada de novo ou surpreendente:

trata-se do mesmo tipo de determinação que Morin enfatiza no

seu texto. Na segunda frase da citação, porém, vemos que a

determinação de um planeta é alterada se ele aspecta outro

planeta: ao ser aspectado por Júpiter, significador de riqueza,

Saturno altera seus significados. Nesse caso, Saturno se

manifestará em sua melhor forma (que se pode ser encontrada

em qualquer livro básico de Astrologia), a saber, terras,

propriedades e tradição.
Ainda estudando a mesma citação, perceba que o prognóstico

muda completamente se Saturno é aspectado por Marte e

Mercúrio: sem o aspecto de Júpiter, Saturno volta a representar

tristezas ou limitações. Somado a Marte ao mesmo tempo,

essas limtações são encontradas na mutilação do parceiro

(Marte). Com a presença de Mercúrio, a mutilação diz respeito

ao sexo do nativo - isto porque mercúrio é um planeta

assexuado!

Perceba no parágrafo anterior que cada planeta acaba por

determinar o significado do outro e que a única domificação

empregada é o Indicador de Casamento. Valens não deixava

sua interpretação ser "cristalizada" pela domificação do

Ascendente, como ocorre atualmente. Caso fosse assim,

apenas pessoas com a Casa XII aflita teriam parceiros com

problemas de saúde porque essa Casa é a sexta (doença) a

partir da VII. Na Antologia, porém, ter a Casa XII aflita é apenas

uma das maneiras de se representar algum problema de saúde

com o parceiro. Outras formas consistiam simplesmente na

análise de um ponto como o Lote do Casamento e os planetas


que aspectassem o Lote.

Apesar do tema se referir apenas à Casamento, as

conclusões desse texto podem ser generalizadas a

qualquer área analisável mediante a leitura do mapa natal.

Um exemplo de Determinação Planetária por Regência pode

ser encontrado neste trecho:

"Se Vênus reger a Lote da

Fortuna, Mercúrio reger a

Casa VII e Saturno aspectar a


ambos, a nativa será uma

prostituta ou promíscua"

A despeito do conteúdo polêmico do aforismo acima, ele traz

subentendido um raciocínio importante e que pode ser

generalizado para outros temas. Perceba que não é necessário

haver relação de aspecto entre mercúrio e Vênus: Basta que

ambos tenham regência sobre dois pontos representantes de

Casamento (sim, o Lote da Fortuna para mulheres é importante

na análise matrimonial) e que sejam aspectados por Saturno

para representar prostituição. Por quê? Ora, o Lote da Fortuna

representa o Casamento e o sustento da nativa; ter Vênus

regente da Fortuna indica que há alguma relação do sustento

da nativa com sexo; Saturno é significador de miséria; mercúrio

representa polêmicas, comércio e servidão. A regência ou

relação desses planetas em conjunto sobre o casamento da

nativa sugere que ela vende ou menoscaba do seu corpo.


O exemplo acima consiste numa determinação de planetas por

Regência, um modo de se saber o que um planeta representa

dentro de um tema, baseado no contexto em que ele se insere

perante outros significadores do mesmo assunto. Esse tipo de

interpretação permite uma síntese interessante sobre todos os

pontos que possuam relação com um tema. Talvez a idéia

possa ser estendida a outros temas dentro do mapa natal,

como profissão, irmãos, família, etc.

Alguns critérios de
interpretação segundo
Valens.
janeiro 27, 2009

O tema mais revelador da obra de Valens é o das mortes

violentas. Neste tópico, Valens versa sobre as inúmeras

configurações que representam uma morte violenta. Não sendo

suficiente, Valens da´detalhes sórdidos como esses:


"Como uma ilustração, seja o

Sol, Marte, Vênus em Câncer;

Saturno e Mercúrio em Leão;

Júpiter em Aquário; a Lua em

Peixes; o Ascendente em

Escorpião, o Lote da Fortuna

em Leão, o local mortífero

[oitavo signo a partir do Lote

da Fortuna] em Peixes.
Naquele local [isto é, o local

mortífero] está a Lua, e

Saturno está sobre o Lote. O

Sol, Regente do Lote, está com

Marte em Câncer, num signo

úmido. Ele morreu, então,

numa banheira, afogado.

Marte estava em oposição à

Lua Cheia; e Saturno, o


Regente [da Lua Cheia],

estava em aversão [ou seja,

não aspectava o signo da Lua

Cheia]."

Chocante e nas raias do patético, não? Eu não tenho

problemas éticos em estudar um assunto como esse. Na

verdade, qualquer oportunidade de ler um registro de

interpretação de um mapa do período helênico já me deixa

feliz. Como o capítulo sobre a morte está repleto de exemplos

de interpretação, estamos diante de uma excelente

oportunidade de entender como um Astrólogo helenístico

analisava uma natividade. Tendo pudores, quem perde sou eu.

Eu não tenho nenhuma "tara" em ficar fuxicando a morte das

pessoas. Depois de ler o trecho de Valens, é claro que me deu


curiosidade. Pelo menos deu para descobrir que não será o

meu caso, mas se releio esse capítulo é porque os frutos

dessa leitura ultrapassam a mera previsão de morte e

podem ser aplicados em outros tipos de análise natal. Por

isso que estudo a morte com a maior paz desse mundo. Eu

quero entender a técnica por trás disso tudo e aplicar o que

pode ser aplicado em qualquer outro tema da natividade. Ao

longo desse capítulo pouca ênfase será dada à morte e muito

mais à técnica que está por trás da sua previsão.

Algumas pessoas podem dizer que as regras usadas para

entender as mortes violentas não se adequam às outras regras

de delineação das outras áreas da vida. Pode parecer opinião

de maluco mas, existe uma coerência no texto de Valens que

está presente em todos os tipos de análises: casamento, filhos,

etc. É essa coerência que vamos dissecar um pouco agora. O

tema da morte é interessante porque é um dos primeiros

registros nos quais há vários pontos a serem analisados

simultaneamente. Abaixo, eu listo os principais:

1. Parte da Fortuna
2. Regente da Parte da Fortuna

3. Oitavo Signo da Parte da Fortuna (que

Valens chama de "local mortifero")

4. Lunação Anterior ao nascimento (cheia ou

nova)

5. Regente da Lunação Anterior ao

Nascimento

Se você estuda Astrologia Medieval ou já leu esse blog antes,

já reparou que esse padrão é familiar nos livros de Astrologia

Árabo-Medieval. Quando Bonatti ou Abu Ali Al Khayyatt

queriam estudar um tema específico no mapa, eles recorriam a

vários pontos que tivessem relação com o assunto. Se queriam

analisar casamento, olhavam para Vênus, a Casa VII, a Parte

do Casamento, etc. O tema das mortes violentas de Valens é

importante porque ele é o primeiro da Astrologia Grega no qual

há vários pontos a serem analisados e o Astrólogo ao final tem

de sintetizar o assunto, havendo com isso exemplos. Na obra

de Valens, há temas de complexidade similar, mas não com

tantos exemplos assim. Eis a maior razão pela primazia no

estudo da morte na sua obra!


Com tantos planetas e locais a serem analisados, surge pela

primeira vez o dilema que prosseguirá em toda a era árabo-

medieval da Astrologia: afinal de contas, qual planeta é mais

importante para descrever o assunto em questão? Vamos

tentar entender como Valens respondia a essa pergunta.

Na previsão de morte, há sempre a hipótese do Astrólogo

validada por uma interpretação do mapa natal. Os exemplos de

Valens mostram planetas que corroboram com uma hipótese e

um planeta que descreve a hipótese. Mortes violentas eram

dadas pelo aspecto tenso ou conjunção de maléficos a todos

aqueles pontos acima. Se todos os pontos acima estivessem

aflitos, a morte violenta seria certeira, mas um deles teria a

maior autoridade em descrever o modo como o nativo morreu.

Estamos procurando por esse porque Valens não dá uma regra

clara de achá-lo. Temos de ler mapa-a-mapa dos exemplos da

Antologia para chegar a uma conclusão, por vezes nos

indagando se Valens fez apenas um exercício de interpretar

após o fato como muitos Astrólogos fazem hoje em dia... Se


isso for verdade, mesmo assim vale a pena estudar pois

Valens mostra um padrão de interpretação coerente.

Lendo todos os exemplos de Valens, o planeta que

descreve a morte seria aquele que estivesse aspectando a

maioria dos pontos acima, sendo preferido aquele que

tivesse alguma autoridade sobre esses pontos. Em alguns

trechos, Valens ignora o fato do significador da morte estar

cadente ou até mesmo em combustão! Há razões para se

entender isso, que serão explicitadas abaixo.

A principal razão para se ignorar a força de um planeta como

determinante é muito simples. Imagine que você tem Júpiter

forte na Casa X do seu mapa e todos os outros planetas são

medíocres na carta. Se escolhêssemos sempre o planeta mais

poderoso para um assunto, rapidamente Júpiter tomaria a

frente de vários temas do mapa natal. Se você usar todas as

dignidades menores e partes árabes que conhece, aposto que

você conseguiria "enfiar" esse Júpiter em qualquer assunto da

sua vida! Júpiter seria você, sua mulher, seus filhos, seu
cachorro, sua Casa, seu carro e até onde você passaria as

férias. Antes de você virar Júpitermaníaco, leia o recadinho de

Valens:

Agora, como é possível para

uma estrela, mesmo sendo a

Regente, dar boa sorte à

natividade em todos os

aspectos, ou em oposição dar

má sorte (em tudo)? É mais

comum, em geral, o Regente


do suporte original de

nascimentos notáveis,

mediocres ou desprezíveis ser

encontrado de modos

diferentes. Ou, de outra forma,

ele supriria poder para os

suportes restantes mas seria

diferente dos regentes

restantes. E nós encontramos


alguns que são afortunados na

sua vida e reputação e que são

honrados com toda a pompa

quando o Regente parece estar

configurado congenialmente,

mas desafortunado com suas

crianças e mulheres, bem

como se tornando licensiosos e

vergonhosos e sujando suas


vidas, sendo falados como

indignos de tal suporte (de

fama), e que mais tarde são

reduzidos (na sua glória) ou

têm uma morte violenta. O

nativo, então, não se tornou

afortunado, ou seja lá

qualquer coisa consistente com

o Regente, em todas as coisas,


mas uma Regência diferente,

por estar aflita, diminuiu a

reputação pela introdução de

muitas acusações.

Nós também compreendemos

outros que foram de uma

fortuna deprimida e sem

reputação a um suporte
inigualável e inesperado; e

alguns que foram afortunados

com suas crianças e mulheres,

mas necessitados nos seus

meios; e outros que são felizes

na área de propriedade, mas

sem reputação e até mesmo

doentes; e outros que tem

longevidade, mas mutilados e


cheios de labores e alguns que

têm muitas propriedades mas

vivem pouco ou são

consumidos, não estando aptos

a partilhar do presente.

[Nesses casos], o doador da

vida, então, era um planeta, e

o Regente da Existência e da

Morte outros.
Valens disserta sobre a diversidade do destino para cada

pessoa. Não existem pessoas completamente azaradas ou

completamente sortudas. O menino que mora numa cobertura

no Leblon pode ter problemas familiares e morrer cedo num

acidente por ter dirigido bêbado a sua BMW; o morador do

Vidigal pode trabalhar duro a vida inteira mas ter filhos

saudáveis, estudiosos e famosos. O homem que foi

discriminado a vida inteira por ser negro e louco pode um dia

achar 500 reais na praia (isso aconteceu!). Valens dá uma

palavra de ordem de que essas contradições entre diferentes

áreas da vida têm de ser representadas pela Astrologia e

portanto o tema não é simples, sendo necessário vários

planetas em condições diferentes num mesmo mapa para

descrever essas discrepâncias; caso contrário, vamos contar

uma fábula ao consulente só porque ele tem Júpiter na 10!

Eis a razão para entender porque o seu Júpiter de Casa X não

pode te garantir uma vida maravilhosa em todas as áreas. Ele

será excelente para os assuntos do qual testemunhar; para os

assuntos restantes, não. Valens não se diferencia dos


Astrólogos Medievais nesse ponto. Ao contrário, ele têm o

raciocínio embrionário que se desenvolverá nos séculos

seguintes!

Os astrólogos árabes e medievais que sucederam Valens

davam grande importância à força de um planeta no

testemunho de um assunto, mas esse planeta deveria ter

simultaneamente uma grande relação com o tema através de

aspectos ou de regência. De nada adianta Júpiter estar angular

na Casa 10 se eu o quero tendo alguma relação com meus

irmãos. Se júpiter não reger a Casa III ou a Parte dos Irmãos, e

não aspectá-las, o testemunho dele é pequeno para o tema e

meus irmãos estão excluídos do "clube de vantagens" de

Júpiter!

O mapa todo em função de uma coisa só:

esquecendo um pouco a tal "determinação

local".
Aqui, uma contradição à teoria bonitiha de Morin de

Villefranche, que virou um vício de quem (acha) que está

usando regras muito antigas e corretíssimas: ao contrário de

Morin, se você começar a ler Valens, perceberá um outro ponto

de vista: nem sempre um planeta que está na Casa descreverá

os assuntos dela!

O que o tio Morin ensina? Marte na 8 representa morte

violenta. Ponto. A mesma coisa de Marte regendo a oito e

aspectado por Saturno - e mais ainda se o regente do

Ascendente estiver presente na configuração.

Morin confia muito nas Casas, mas neste artigo falamos de um

tipo de Astrologia que ele desprezou e simplificou. Morin quase

não usava Lotes no seu trabalho (que ele chamava de "Partes

Árabes" e considerava uma "loucura dos árabes"). O problema

disso reside no fato desses Lotes serem tão importantes

quanto as casas dos mesmos assuntos que eles representam.

A própria Parte da Fortuna era um ponto análogo ao

Ascendente do nascido! Em outras palavras, estudar o signo


Ascendente e desprezar a Fortuna era fazer metade do

serviço!

Segundo o approach de morin, o marte da figura descrita acima

não está na Casa VIII, tampouco na Casa 8 a partir do Lote da

Fortuna. Ele também não tege esses locais. Se fôssemos

descrever a morte do rapaz, começaríamos pelos planetas

regentes da VIII ou seus ocupantes. Por esse viés, seria mais

difícil chegar a marte. Se escolhêssemos o planeta mais forte,

com certeza ele não seria Marte, porque ele está numa Casa

Cadente (a IX) e muito próximo do Sol. como então marte

poderia estar determinado à morte? A questão toda é que

marte rege alguns pontos importantes do tema de morte e

aspecta outros Regentes importantes do mesmo tema. Em

outras palavras, Marte "está em todas". Um planeta assim com

certeza descreve melhor os temas do que outros porque ele

testemunha a todos.

Se você estudar melhor o mapa acima, perceberá que estou

simplificando um pouco. Na verdade, marte está em conjunção


com Vênus em signo aquoso. Marte e Vênus juntos explicam

bem a morte do nativo - uma morte violenta (marte) num local

onde ele se limpava e se perfumava (Vênus)...

Retorno Solar e
Profecções (por Valens)
maio 20, 2008

A grosso modo, a Revolução Solar é um mapa anual usado

para atualizar e detalhar as coisas representadas pelo mapa

natal. Entre os astrólogos clássicos, essa técnica era também

chamada de ingresso. O termo "revolução" se tornou mais

popular a partir dos árabes.

Igualmente popular a partir dos árabes foi a maneira de se

calcular o retorno solar como conhecemos hoje: Calcula-se o

ingresso para o exato momento em que o Sol retorna a sua

posição natal. No período helenístico da Astrologia, porém,

desconhecia-se uma técnica capaz de encontrar a posição do

Sol natal. O ingresso ensinado pelos Astrólogos daquela época


se baseava num procedimento diferente e mais simples para

eles, que será mostrado abaixo:

1. Espere o Sol retornar ao seu signo natal;

2. Espere a Lua retornar ao seu signo e

grau natais;

3. A Revolução Solar deve ser calculada no

momento em que a Lua chega ao início

do grau natal. Por exemplo, se a sua Lua

natal está em 03' 56' de Virgem, calcule o

instante em que ela estará a 0300'' de

Virgem.

Para você comparar as diferenças, olhe a minha revolução

Solar de 2007, calculada pelo método "tradicional"...


... e compare com a Revolução calculada pelo método de

Valens. Observação: minha lua natal está em 02 graus e 32

minutos de Touro:

Não creio que seja necessário somente calcular de um modo

diferente. Talvez a maneira de se interpretar essa segunda


revolução seja diferente em alguns aspectos. Mesmo assim,

considero o que temos disponível da Astrologia helênica ou

helenística muito pouco e incompleto, gerando a necessidade

de se misturar conceitos gregos com medievais. Essa mistura,

segundo alguns autores, é autentica e não seria um

anacronismo pois o principal autor árabe, Abu Mashar, era

seguidor estrito de Vettius Valens. Desse modo, respondendo a

essa questão, eu começaria a interpretar essa Revolução de

um modo semelhante a técnica interpretativa do ingresso

convencional.

Profecções (como descritas por Valens e

Dorotheus)

Algumas Profecções dos gregos também são

calculadas de um modo diferente daquelas

encontradas nos registros do período medieval.


Adicionando a minha experiencia pessoal com

profecções, tenho percebido que as profecções

mensais e diárias como ensinadas pelos árabes

não são muito efetivas em descrever a

realidade. Sendo assim, descobrir como os

gregos faziam profecções pode ser útil e

finalmente responder a nossos anseios.

A Profecção anual dos gregos é exatamente a

mesma ensinada por Abu Mashar. A cada ano, o

Ascendente pula para o signo seguinte. Os

planetas que estiverem no signo da profecção

serão importantes neste ano, bem como o

regente domiciliar do signo e seu Al-mubtazz (o

planeta que possuir as maiores dignidades no

signo em questão). Devemos analisar estes


planetas na Revolução Solar, pois suas posições

neste mapa complementam as interpretações do

mapa natal.

A Profecção mensal e diária difere daquela

ensinada pelos autores medievais. O

procedimento é simples:

1. Conte quantos signos há entre o sol natal

e a lua natal

2. Conte o mesmo número de signos obtido

em 1, mas a partir do Ascendente da

Revolução Solar como ensinada pelos

gregos. A profecção mensal começará no

signo onde cair o cálculo.

Exemplo: No meu mapa natal, contando os signos entre o sol e

a lua (e dando o número 1 ao signo solar), há um total de 2

signos. Como o ascendente da Revolução Solar helenística


para 2007 caiu no signo de Peixes, contando 2 signos a partir

deste faz com que a profecção mensal comece meu ano

pessoal no signo de áries.

Quando o sol completar 30 graus a partir da data do meu

aniversário (27 de março), a profecção mensal entrará em

outro signo, e assim sucessivamente com os outros meses.

A Profecção diária dos gregos obedece o mesmo esquema

encontrado nas profecções mensais, apenas invertendo a

ordem que se conta o Sol e a Lua.

1. Conte quantos signos há entre a Lua natal

e o sol natal.

2. Conte o mesmo número de signos obtidos

em 1, mas a partir do ingresso grego.

Exemplo: no meu mapa natal, contando os signos a partir da

lua natal até o sol (contando o signo lunar como o primeiro) há

um total de 12 signos, pois o sol está no signo anterior a Lua.

Como o Ascendente do ingresso é Peixes, a profecção diária


começa em Aquário décimo segundo signo.

Quando a Lua completar 30 graus a partir do seu grau natal, a

profecção diária muda de signo. Como a lua está no terceiro

grau de Touro, a profecção mudará de signo quando estiver no

terceiro grau de Gemeos, e assim sucessivamente.

Interessante notar que essas profecções se baseiam

unicamente em movimentos celestes e não obedecem a

contagem de dias humana para definir os ciclos.

Trânsitos sobre as profecções.

Ao contrário do que vemos nos registros medievais, era

importante entre os gregos a combinação dos trânsitos com as

Profecções, mas essa mistura obedecia a algumas regras

lógicas.

Saturno demora cerca de dois anos e meio para percorrer


apenas um signo. Assim sendo, é óbvio que ele ficará o ano

inteiro afetando o mesmo dia do mês lunar da profecção diária.

Devido a isso, Valens recomenda que se considerem apenas o

transito de planetas rápidos na profecção diária. As Profecções

mensais a anuais são mais tolerantes e consideram quaisquer

planetas.

No próximo artigo, vamos estudar um caso no qual testaremos

essas técnicas.

Zodiacal Releasing: uma


análise resumida.
junho 22, 2012

Vettius Valens é a referência em Astrologia Helênica, dada a

sua produção autoral de nove livros, extensa se comparada

aos seus contemporâneos e outros que floresceram até o

século VII d.C. que poderiam ser chamados de Astrólogos

Helênicos como ele o foi. Na sua obra, temos contato com uma

técnica preditiva chamada por ele de "Liberação" ou

"Lançamento Zodiacal" (do inglês, Zodiacal Releasing, e em


grego, Aphesis). Ainda está pra nascer uma tradução melhor

do termo para o português.

Trata-se de uma das técnicas preditivas mais simples com a

qual já me deparei. Basicamente, consiste nos seguintes

passos:

1. Encontra-se o signo do Lote da Fortuna (Asc + Lua - Sol,

em mapas diurnos, ou Asc + Sol - Lua, em noturnos).

2. Seguindo a ordem dos signos, atribui-se uma quantidade

de anos para cada um, conforme os anos menores dos

planetas. A exceção fica para Capricórnio: os anos

menores de Saturno (seu Regente) são 30, mas ele

recebe 27. Aquário fica com 30. Veja abaixo como isto se

processa:

 Câncer (Lua): 25 anos.

 Leão (Sol): 19 anos

 Virgem e Gêmeos (Mercúrio): 20 anos cada.

 Áries e Escorpião (Marte): 15 anos cada.

 Libra e Touro (Vênus): 8 anos cada.


 Sagitário e Peixes (Júpiter): 12 anos cada.

 Capricórnio e Aquário (Saturno): 27 e 30 anos,

respectivamente.

A análise da técnica é mais simples ainda. Os períodos de

signos que estiverem angulares em relação ao Lote da

Fortuna são ditos por Valens como mais "energéticos". Em

outras palavras, são períodos nos quais se esperam mudanças

intensas em algum campo da vida, ou a área da vida

relacionada possui mais atividade.

O mais interessante, porém, é que essa técnica não se

restringe ao Lote da Fortuna. Podemos usá-la também com

qualquer Lote de um assunto que se deseja analisar. Toda vez

que a Liberação de um Lote estiver num signo angular em

relação à Fortuna, as coisas ligadas a ele serão mais

"energéticas".
Para tanto, é fundamental entender profundamente o

significado do Lote analisado, com a razão de se entender o

que está procurando. Será muito comum, pela ignorância do

estudante, atribuir atividades erradas a um lote. Tomemos por

exemplo o Lote do Casamento (Asc + Vênus - Saturno, para os

homens, Asc + Saturno - Vênus para as mulheres). Por ser um

lote envolvendo na sua equação Saturno, um planeta que

representa nossa resistência em não abandonar atividades, e

cujo sexo é neutro (ou seja, nem homem, nem mulher), o Lote

do Casamento está muito mais ligado à manutenção da vida

conjugal - algo que pode ser muito difícil e, por diversas vezes,

chato. Esse lote, portanto, não estaria ligado a atividade

sexual.

Se o leitor realizar o lançamento zodiacal do Lote do

Casamento pensando que encontrará os períodos de maior

atividade sexual do nativo, pode se decepcionar. O período

zodiacal do lote que estiver angular pode, na verdade, revelar

outra coisa: os períodos de maior energia voltada para a


manutenção do compromisso conjugal ou do namoro.

Ao invés do Lote do Casamento, devemos efetuar o

Lançamento de Eros, o lote relacionado a Vênus, para

sabermos os períodos de maior atividade sexual ou paixão na

vida da pessoa (nem sempre essas duas coisas vêm juntas).

Tenho percebido que, quando o Signo do Lançamento de Eros

for angular em relação ao Lote da Fortuna (ou seja, no signo da

Fortuna ou no 1º, 4º, 7º ou 10º signos a partir dele), a depender

da época em que isso ocorrer, a pessoa finalmente sai do seu

período de celibato ou então ela entra numa atividade sexual

intensa, realizando experiências sexuais que nunca fizera

antes. Ou então ela se apaixona perdidamente por alguém, ou

entra numa época na qual as paixões serão intensas.

Evidentemente, por se tratar de uma técnica genérica, seus

resultados também o serão, e o astrólogo deve ser sábio para

adaptar isso às circunstâncias do indivíduo. Pessoas que

possuem grande resistência a relacionamentos terão nos

períodos mais energéticos apenas uma paixão platônica por


alguém.

Como você pode ver, os períodos dos planetas em questão

podem ser muito grandes, dando margem ao argumento cético

de que muita coisa pode acontecer em 20 anos. Eu também

concordo com esse argumento, mas podemos dividir os

períodos maiores em subperíodos, como se faz na Firdaria, e

assim podemos especificar as épocas com maior acurácia.

Como tudo dentro da astrologia, essa técnica pode ter seus

resultados refinados pelo regente do signo do Lançamento

atual, através da sua condição zodiacal e dos aspectos que

tanto o signo quanto ele recebem, mas muita coisa pode ser

descoberta apenas dando uma olhada nos signos angulares

em relação ao Lote da Fortuna.

Dentro dessa técnica, existe um conceito interessante

chamado "a perda da ligação" (do inglês the loosing of the

bond) que pode definir qual seria a época mais dramática

dentro do período que se analisa. Mas isso é conversa para um


outro artigo. Meu intento é quebrar esse artigo em outros do

mesmo tema e oferecer as referências para se aprofundar na

técnica.

Como calcular seus períodos? O software gratuito Zodiacal Aphesis

Felizmente, existe um programa gratuito que calcula todos os

períodos de aphesis para você. Ele se chama Zodiacal

Aphesis, criado por Curtis Manwaring, autor do Delphic Oracle,

o primeiro software a explorar técnicas helênicas de astrologia.

Ele pode ser encontrado nesse link:

http://archive.org/details/tucows_285560_Zodiacal_Aphesis

Caso se interesse na técnica, tente aprender sozinho a mexer

no programa, que é relativamente simples se comparado aos

outros softwares de astrologia. Ele não calcula o mapa natal da

pessoa, mas pede a data e hora de nascimento apenas para

fazer o cálculo da liberação a partir de qualquer signo que a

pessoa escolher. Por exemplo, se você quiser efetuar a


liberação do lote do espírito em Peixes (como é meu caso),

deve-se escolher o início da liberação a partir desse signo.

Sabendo onde ficam os Lotes do seu mapa, você pode "lançar

no zodíaco" qualquer um.

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