Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Apresentação
Em 1976, movido pelos constantes pedidos de receitas da culinária alemã no Museu
Histórico Visconde de São Leopoldo, publiquei um livreto de 16 páginas com receitas – as mais
conhecidas. A edição esgotou-se em pouco tempo, sem perspectivas de uma reedição.
A mesma procura por receitas vinha sendo sentida pelo Consulado Geral da República
Federal da Alemanha em Porto Alegre. Ao ensejo dos festejos dos 175 anos da imigração alemã
(1824-1999), o Cônsul Geral Günter Jacob e o Cônsul Hans-Jürgen Fiebach houveram por bem
patrocinar a presente edição – ampliada – como uma de suas múltiplas formas de participação
direta nas comemorações de tão significativa data. A gastronomia alemã e a comunidade teuto-
brasileira, agradecidas, têm um motivo a mais para comemorar.
O autor - Telmo Lauro Müller
Considerações Gerais
O amor passa pelo estômago(Die Liebe geht durch den Magen.)
Tens um inimigo, dá-lhe de comer.(Hast du einen Feind, gib ihm zu essen.)
Um bom jantar prende o marido ao lar.(Ein gutes Abendessen hält den Mann im Haus.)
Comer e beber junta o corpo e a alma.(Essen und trinken hält Leib und Seele beieinander.)
Bastariam estes ditados sobre a comida para termos a medida da importância que ela e,
por extensão, a cozinha representam para o homem. Realmente, comer é um dos grandes
prazeres da vida. Para alguns, comer é tão importante que se diz que fulano “vive para comer”,
quando o certo seria “come para viver”. Na colônia alemã, é comum ouvir-se dizer, em dialeto
Hunsrück, “dea vefresst sai Vestand”, isto é, ele come tanto qua acaba comendo seu juízo,
aplicado a um comilão inveterado.
Cada povo, por várias influências – de clima, ambiente geográfico, modo de vida – acaba
criando uma cozinha própria. De certa forma, até o caráter de um povo transparece na cozinha.
A simplicidade do churrasco na campanha gaúcha mostra a simplicidade e a determinação do
gaúcho.
A cozinha francesa... a cozinha alemã... a massa italiana... a feijoada brasileira... Qual é a
melhor?
Os velhos romanos já diziam: “De gustibus non disputandum est”, isto é, gosto não se
discute.
Cada povo deixa algo na história, seja na cozinha, na casa, no modo de vida, no afinco ao
trabalho e em outros aspectos. Alguém já disse que o ideal seria juntar “a casa alemã, a cozinha
italiana e a vida brasileira”.
Aos 175 anos da imigração alemã, temos a marca da cozinha alemã: Sauerkraut –
chucrute; Apfelstrudel – torta de maçã, Schmier – chimia/geléia; e... Bier – cerveja. Os
imigrantes, por sua vez, assimilaram o chimarrão, o churrasco, a rosca e muito mais. No fundo,
em assunto de culinária, nunca se deveria dizer “não gosto” sem ter experimentado.
O objetivo deste livreto é levar aos interessados algumas receitas da culinária alemã. Não
são as únicas, é claro, e nem são exclusivas. Muito provavelmente apresentam, entre nós,
variações regionais, por conta da criatividade das pessoas.
E um dado especial: algumas receitas foram transcritas em alemão e traduzidas, para que
se possa fazer alguma comparação dos ingredientes ou ver as modificações que aqui ocorreram.
Assim, quando a receita alemã pede “vinho Burgunder”, pode-se tranqüilamente usar um vinho
gaúcho, que também é muito bom.
A Comida
“A função educadora do jantar é tão insubstituível quanto o poder modelador do ambiente
familiar sadio e normal. Para mim, um dos fatores negativos é a decadência nacional da refeição
doméstica, o abandono dos pratos tradicionais no cardápio de certos grupos sociais. Cada vez
menos refeição e cada vez mais comidas fáceis, encontráveis, vendidas nos botequins elegantes
ou nas cantinas
universitárias.”
“Um sabiá me disse que o pacotinho de alimentos cientificamente dosados que lhe ponho
na gaiola não vale uma minhoca viva ou uma goiaba madura”.
Luis da Câmara Cascudo, folclorista, Rio Grande do Norte.
O “Alltagsessen”, a comida diária, sem ser variada, era, no entanto, farta. Feijão, arroz,
carne, batata, aipim, salada, couve, eram elementos que sempre estavam presentes.
“Sonntagsessen”, a comida de domingo ou de festa, merece citação especial.
Os “Schwatzebohne”, feijão preto, era o prato infalível, diário, porque o trabalho duro, de
sol a sol, exigia resistência que o feijão era capaz de dar. Ele era cozido no “Bohnetippe”, uma
panela própria, que ia ao fogo logo de manhã. Depois da primeira fervura era preciso “die Bohne
abschite”, mudar de água do feijão; juntava-se nova água e ele voltava ao fogo para continuar a
fervura. Para evitar que “die Bohne aanbrenne”, o feijão pegasse no fundo, juntava-se sempre
mais um pouco d’água. Mas o importante era manter o fogo forte, daí porque, durante toda
manhã, a cozinheira tinha esse cuidado. Para cozinhar feijão usava-se “gud Holz”, lenha boa, de
preferência “camboin”, cambuí; “cetacavalle”, açoita-cavalo; “anschik”, “ode sonst gud
Brennholz”, ou outra madeira de lei. Nos fogões de pedra, que têm uma parte grande onde a
lenha fica apoiada, usavam-se pedaços de madeira com quase um metro de comprimento. Era
comum que minha avó materna, a “Gustevovo”, vovó Augusta, dissesse para quem estivesse
mais próximo dela, quando ela estava ocupada com algum afazer, “Schubmol das Holz...”,
empurre a lenha, isto é, levar o pedaço grande mais para dentro do fogão, mais para perto da
panela.
Com o tempo, apareceram outras qualidades de feijão, cabendo destaque ao “mulatinje”,
mulatinho, um feijão avermelhado. Esse feijão era muito do gosto das crianças, porque os grãos
cresciam durante o cozimento e era bom comê-los inteiros. Explica-se. O feijão, depois de uma
ou duas fervuras fortes, era socado com um socador de madeira de uns 30 centímetros de
comprimento, uns 4 centímetros de diâmetro no cabo e um cabeçote na outra extremidade. Era o
“Bohnestambe”. Essa prática ajudava a amolecer o feijão e tornava-o mais cremoso. Conforme a
preferência ou gosto das pessoas, juntava-se ao feijão tempero verde, cebola, toucinho, ou
cozinhava-se nele uma costelinha de porco, o que lhe conferia um gosto espetacular. Quando
esse era o caso, pela satisfação, a gente até anunciava isso: “heit gibst Bohne mit
Schweineripche”, hoje teremos feijão com costelinha de porco.
O feijão também entrou para uma expressão folclórica. Quando alguém vinha de surpresa
ou se anunciava como visita, tanto essa pessoa como alguém da casa diziam “schiteme noch
Wassa an die Bohne”, vamos pôr mais água no feijão.
O que hoje me intriga nessa “feijoada” toda é saber por que se mudava a água do feijão
durante o cozimento.
Ora, é sabido, que essa água contém todos os elementos nutritivos do feijão. Por que,
então, os colonos a punham fora? Não sabiam de seu valor? Há uma lenda atrás disso, como o
caso do primeiro chimarrão que é cuspido fora?
Será que algum espírito andou “complicando” o feijão de algum caboclo, lá não se sabe
quando?
Que o feijão é “prato de resistência”, ouvi, um dia, no interior de Dois Irmãos, quando uma
colona disse “Bohne stope un halle widde”, feijão enche e garante, ou, em linguagem melhor,
feijão satisfaz e sustenta.
O colono também aprendeu em pouco tempo o uso da farinha de mandioca, que, juntada
ao feijão, fazia um prato novo: “ahngebridebohne”, feijão mexido. A sobra do feijão mexido era
frita, geralmente à noite, em pequenas porções, os “Bohnekichelche”, bolinhos de feijão.
“Das alde Bohnelied”, a velha história, era uma expressão popular para se referir a um
assunto já tratado várias vezes, ou quando alguém voltava a se queixar de alguma coisa, depois
de tantas e tantas vezes já tê-lo feito.
“Sonntagsessen”, a comida de domingos. E de dias festivos, especialmente Kerb;
Schitzefest, Festa dos Atiradores; Weihnachte, Natal; Ostere, Páscoa; Konfirmation,
Confirmação, ou outro evento social marcante. O que caracteriza esse “Essen”, comida, é o
grande número de pratos e repetição de seu valor nutritivo, coisa absolutamente não cogitada.
Reis, arroz; Nudele, massa; Catofele, batata inglesa; Prodefleisch, assado de rês;
Schweineprode, assado de porco; Sauerkraut, chucrute; gefilde Hingele, galinha recheada;
Fleischkuche, “pão de carne”; Salat, salada de alface; Catofelsalat, salada de batata; Retische,
rabanetes; Cumere, pepinos, formavam o cardápio que hoje é conhecido por “Comida Colonial”,
tão ao gosto do homem da cidade, acostumado ou farto dos artificialismos culinários tipo
lancheria, onde molhos, maioneses e mostardas se parecem com subprodutos do petróleo...
As carnes tinham a seu favor o fato de serem assados no “Backofe”, forno de pão, que,
sabidamente, produz um assado uniforme em todas as direções, valorizando a carne. E
referência especial deve ser feita às “gefildene Hingele”, galinhas recheadas. O gosto pelo bom
preparo do recheio onde o tempero verde abundava, derivava, também, do fato de as galinhas
serem criadas soltas. Galinhas que apanhavam muito sol, comiam muito verde, ervas e capim o
dia todo. Elas, sem dúvida, tinham melhor sabor do que os produtos de aviários, hoje. E o molho
de galinha ou de outros assados, na forma, era uma tentação: “Prodtunge”, molhar o pão no
molho e comê-lo! Céus! que gostosura! E lembro Casemiro de Abreu: Oh! que saudades que eu
tenho da infância da minha vida...
Quando se fala em comida, não se deve esquecer o pão e a schmier (chimia). E para
passar por cima da Schmier nada melhor do que a “Keeschmia”, requeijão ou Quark.
Essa gostosura, a “Keeschmia” se faz assim:
Deixar azedar o leite. Depois de azedo, o que na colônia se chama “dickmilch”, leite
“grosso”, ele torna-se consistente e cria uma água amarelada, o soro. Derramar tudo dentro de
um saquinho de pano, e pendurar para escorrer o soro. Depois retirar a massa, colocar em
vasilha, misturar um pouco de sal e mexer bem até ficar cremoso.
Na verdade, há muito tempo desejo saber o que ainda hoje nós “comemos aqui, da
Alemanha”? Provavelmente, muitas senhoras já se fizeram essa mesma pergunta. Ou, pelo
menos, perguntaram aos seus botões: quem inventou a “Riwwelesupp”, sopa de “massa ralada”;
de quem vem a “Eierschmier”, Schmier de ovos; ou “Klees”, bolos de farinha cozida?
Resolvi recorrer ao Hunsrück donde vieram os nossos antepassados na maioria.
A sra. Ursel Keller, viúva do historiador do Hunsrück, Hansheinz Keller, atendeu o meu
pedido e enviou-me “Das Kochbuch von der Mosel” (Von Trier bis Koblenz) de Gisela Allkemper,
O livro da cozinha do Mosela (de Trier até Koblenz) de Gisela Allkemper; “Das Kochbuch aus
dem Saarland”, da mesma autora, O livro da cozinha do Sarre; “Das Kochbuch aus der Eifel”de
Trude Stein, O livro da cozinha do Eifel, de Trude Stein, todos do Verlag Wolfgang Hölker, de
Münster, República Federal da Alemanha. A própria Editora enviou-me, em seguida, “Das
Kochbuch aus der Pfalz”, “o Livro da Cozinha do Palatinado” de Marie Louise Weiss.
Jamais esquecerei a hora em que abri os livros e comecei a ler: “Eierschmier”,
“Riebelesuppe”, “Klees”, “Grumbeeresupp”, “Schneeballen” e tantos outros nomes conhecidos
entre nós. Em outras palavras: ainda hoje comemos aqui o que na Alemanha também se come
há dezenas e talvez centenas de anos!
A esta altura, devo dizer que o assunto “comida” já esteve na mira várias vezes, mormente
para saber se alguns pratos de nossa colônia eram “alemães” ou eram “nossos”. Ora, como
explicar a “Riwwelesupp”, sopa de massa ralada, em toda a zona dos Hunsrücker, dos
provenientes dessa região alemã? Poderia uma receita “nossa”, invenção de alguma cozinheira
criativa da “Haatzpikad”, Picada Hartz; da “Achtunvätzig”, da Picada 48; da “Fictori”, da Feitoria
Velha, ter tido tamanha aceitação a ponto de ser encontrada, ontem como hoje, em todos os
municípios da antiga “Colônia Alemã de São Leopoldo”? Mais: era comum que as cozinheiras, ao
terem elogiado um prato seu, dissessem “das hat die Vovo schun so gemacht”, a minha avó já
fazia assim esse prato. Donde se depreende que o tal prato já era conhecido, pelo menos, há
mais de 50 anos, pois se trata de três gerações: a cozinheira, sua mãe e sua avó. Dito isso lá
pela década de trinta ou quarenta, voltamos, tranqüilamente, ao século passado. E como as
comunicações, à época, eram mínimas, fica a pergunta: como a tal receita acabou por espalhar-
se por toda a Colônia?
Agora com os livros citados, a pergunta encontra sua resposta: ela era comum na
Alemanha, já no século passado, sendo trasladada com os imigrantes. Como todos os livros
trazem a anotação “Gesammelt und aufgeschrieben”, recolhidas, colecionadas e anotadas,
depreende-se que as autoras, fizeram uma “pesquisa de campo”, percorrendo as vilas,
consultando os “Bauern”, colonos, até chegarem ao farto material que produziu os livros com
mais de 125 páginas cada um.
Mas o que fazer com as receitas se os livros trazem claramente “Alle Rechte vorbehalten”,
todos os direitos reservados? Só havia um caminho: escrever ao Verlag Wolfgang Hölker, Editora
Wolfgang Hölker, em Münster, a quem eu disse das razões do livro em vista dos 160 anos de
imigração, em 1984.
Em 13 de janeiro, a resposta dizia “... wir haben uns über Ihren Brief aus dem fernen
Brasilien sehr gefreut. Es ist schon ein besonders schöner Gedanke, dass wir mit unserem
Kochbuchprogramm wirklich “in der weiten Welt”vertreten sind. Die Reaktionen vieler Deutscher
im Ausland zeigen es uns.
“Gern erteilen wir Ihnen die Erlaubnis zur Übernahme einzelner Rezepte aus unseren
Büchern in Ihre Publikation. So dürfen wir einen kleinen Beitrag dazu leisten, dass Sie alle ein
kleines Stückchen Ihrer Heimat darin wiederfinden”. Tradução: ...nós nos alegramos muito com
sua carta do longínquo Brasil. É algo muito bonito que nós, através de nossa programação de
livros de receitas, estejamos presentes pelo mundo a fora. As reações de muitos alemães nos
provam isso.
De muito bom grado lhe damos a licença para transcrever algumas receitas de nossos
livros na publicação que o senhor fará. Assim nós podemos dar pequena contribuição para que
todos vocês reencontrem um pedacinho da pátria”. Logicamente, pensa a Editora, pátria de onde
provieram os imigrantes de cuja culinária se fala.
Resta, pois, penetrar nos livros e apostar no sucesso das receitas.
Do “Das Kochbuch aus der Pfalz” logo aprendemos que comer é um dos grandes prazeres
da vida, pois lá se diz “Wann nur mei Buckel aach noch Bauch wär”, que bom se minhas costas
também fossem barriga, ante uma mesa farta. Da mesma forma eles reconhecem o direito a
uma boa mesa a todos que trabalham duro, como era o caso dos colonos locais. Assim, “Wer
Schaffe dut, soll aach esse un drinke”, quem trabalha também deve comer e beber. Outra
afirmação sobre os moradores de Pfalz, Palatinado, é que eles têm “ein siesser Schnawwel”,
uma boca doce, isto é, apreciam os doces, pela quantidade de pratos com tal característica.
Sauerkraut, bäuerliche Art - Chucrute à moda colonial
Das Sauerkraut wurde früher in jedem Haushalt selber eingeschnitten und für den Winter in
grossen Steinzeugkrügen aufbewahrt.
- 600 gr fertig eingelegtes Sauerkraut
- 3 El Schweineschmalz (El = Esslöffel)
- 1 Kartoffel
- 1 Zwiebel
- 6 Wacholderbeeren
- ¼ Teelöfel Kümmel
Das Sauerkraut wie gewohnt weichkochen. Inzwischen die Kartoffel schälen und fein
reiben. Die Zwiebel schälen, und würfeln. Das Schmalz zerlassen, die Zwiebelwürfel darin
hellgelb anbraten, dann das Kartoffelmus dazugeben. Zu dem weichgekochten Sauerkraut die
grob zerdrückten Wacholderbeeren und den Kümmel geben, 15 Minuten kochen lassen. Dann
das Sauerkraut auf ein Sieb geben, abtropfen lassen, zurück in den Topf schütten. Das Schmalz
mit den Zwiebeln und der Kartoffel darüber weitere 10 Minuten bei geringer Hitzezufuhr garen.
O chucrute, antigamente, era preparado em cada família e guardado em potes de barro,
para o inverno.
- 600 g de chucrute
- 3 colheres de sopa de banha
- 1 batata inglesa
- 1 cebola
- 6 Wacholder, zimbros
- ¼ colher de chá de cominho
Cozinhar o chucrute até amolecer. Descascar a batata e ralá-la. Descascar a cebola e picá-
la. Derreter a banha e refogar a cebola, juntando a batata ralada. Ao chucrute juntar os
Wacholder amassados e o Kümmel, cozinhando por 15 minutos. Colocar o chucrute numa
peneira fina e deixar escorrer; colocar novamente na panela. Juntar a banha com a cebola e a
batata e deixar cozinhar por mais 10 minutos.
Howwel-Spän - Aparas de plaina
“Wo gehowwelt wird, do falle Spän, und die Späne sind sogar süss, wie die Pfälzer Küche
es liebt.”
- 200 gr Mehl
- 100 gr Zucker
- 100 gr Butter
- 2 Eier
- 1 Prise Salz
- Zum Ausbacken: 1 Liter Speiseöl
- Zum Bestreuen: 5 El Zucker
- 2 El Zimtpulver
Die Eier mit der weichen Butter und dem Zucker schaumig rühren, das Mehl dazugeben
und alles gut durchkneten, bis ein ausrollfähiger Teig enstanden ist. Den Teig auf einem
bemehlten Brett dünn ausrollen und mit einem Backrädchen in 2 cm breite und 5cm lange
Streifchen schneiden. Das Öl erhitzen und die Howwel-Spän darin in kleineren Portionen
goldbraun ausbacken. Die heissen Howwel-Spän mit Zucker und Zimtpulver bestreuen.
Früher gab es die Howwel-Spän in der Silvesternacht zum Punsch.
“Onde se aplaina, caem aparas, e as aparas são até doces como é do gosto da cozinha do
Palatinado.”
- 200 g farinha de trigo
- 100 g de açúcar
- 100 g manteiga
- 2 ovos
- 1 pitada de sal
- para fritar: óleo comestível
- para cobrir: 5 colheres de sopa de açúcar
- 2 colheres de sopa de canela em pó
Bater os ovos com a manteiga e o açúcar até ficar espumoso, juntar a farinha e amassar
bem até que a massa esteja no ponto de ser aberta. Abrir a massa, bem fina, em cima de uma
mesa coberta com farinha. Com a rodinha de corte fazer pedacinhos de 2 por 5 cm. Esquentar o
azeite, colocar dentro os pedacinhos, deixando que fiquem dourados. Ao retirar, polvilhar os
pedacinhos com açúcar e canela.
Antigamente era hábito servir este doce na noite de Ano Novo, junto ao ponche.
Pfeffernüss - Biscoitos
Das Gebäck gehört zu den ältesten Rezepten, die aufgeschrieben wurden, und es wird fast
in jeder Gegend Deutschlands gebacken. Probieren Sie doch einmal die Pfälzer Version,
natürlich mit Wein zubereitet.
- 500 gr Mehl
- 300 gr Zucker
- 1 TL (Teelöffel) Backpulver
- 4 Eier
- 1 TL gemahlener Zimt
- 1 gehäufte Messerspitze schwarzer Pfeffer
- 1 Messerspitze gemahlener Nelken
- 3 EL weisser Burgunder
- Zum Befeuchten: 1 kleines Glas weisser Burgunder
Die Eier mit dem Zucker schaumig rühren, das Mehl mit dem Backpulver vermischen, und
löffelweise unterrühren. Dann alle Gewürze und den weissen Burgunder dazugeben. Den Teig
gründlich durchkneten und halbfingerdick ausrollen. Mit einer kleinen runden Ausstechform
Küchlein ausstechen und diese auf einem bemehlten Brett über Nacht im Zimmer stehen lassen.
Am nächsten Tag die Küchlein wenden und die Unterseite mit weissem Burgunder bestreichen.
Danach werden die Pfeffernüsse sofort im vorgeheizten Ofen etwa 20 Minuten gebacken.
Esta receita pertence às mais antigas que foram anotadas e é comum em toda a
Alemanha. Experimente a versão do Palatinado, naturalmente preparada com vinho.
- 500 g farinha de trigo
- 300 g açúcar
- 1 colher de chá de fermento
- 4 ovos
- 1 colher de chá de canela moída
- 1 pitada (forte) de pimenta preta
- 1 pitada de cravo moído
- 3 colheres de sopa de vinho branco (Borgonha)
- Para umedecer: 1 copinho de vinho branco (Borgonha)
Bater os ovos com o açúcar até ficar espumoso. Misturar a farinha com o fermento e juntar
por colheradas, misturando bem. Juntar todas as especiarias e o vinho. Amassar bem e abrir a
massa na grossura de um meio dedo. Com uma forminha, recortar a massa e deixar os
pedacinhos numa tábua coberta com farinha, por uma noite. No dia seguinte, virar os
pedacinhos, umedecendo a parte de baixo com vinho. Em seguida levar ao forno quente e assar
por cerca de 20 minutos.
Grossmutters Lebkuchen von 1850
Pão de mel da vovó desde 1850
Das Rezept ist schon 125 Jahre alt und schmeckt heute noch so gut wie damals.
- 600 gr Mehl
- 250 gr gemahlene süsse Mandeln
- 375 gr Bienenhonig
- 375 gr Zucker
- 100 gr Zitronat
- 20 gr gemahlene Gewürznelken
- 5 gr gemahlener Zimt
- 10 gr Pottasche (aus der Apotheke)
- ½ Tasse Rosenwasser (aus der Apotheke)
Den Honig bis zum Kochen erhitzen. Den Zucker dazugeben, und so lange rühren, bis er
sich ganz aufgelöst hat. Dann den Topf vom Herd nehmen, und das Gemisch in eine Schüssel
giessen. Das Mehl löffelweise unterrühren, bzw. kneten, und dabei nach und nach die Pottasche,
alle Gewürze und das Rosenwasser mit einarbeiten. Wenn der Teig geschmeidig geworden ist
und gut zusammenhält, wird er zu einer grossen Kugel geformt, mit wenig Mehl bestäubt, und,
mit einem reinen Tuch bedeckt, 4 Tage an einen kühlen Platz gestellt. Am 5. Tag den Teig auf
einem bemehlten Brett in Portionen halbfingerdick ausrollen, und in mundgerechte Vierecke
schneiden. Die Lebkuchen auf ein eingefettetes Blech legen. Im vorgeheitzten Ofen etwa 25-30
Minuten backen.
Esta receita tem mais de 125 anos e o resultado ainda é tão gostoso como outrora.
- 600 g farinha de trigo
- 250 g de amêndoas moídas
- 375 g de mel
- 375 g de açúcar
-100 g de suco de limão gigante (cidrão)
- 20 g de cravo moído
- 5 g de canela em pó
- 10 g de potassa (da farmácia)
- ½ xícara de água-de-rosa (da farmácia)
Levar o mel ao fogo até ferver. Juntar o açúcar e mexer até a completa dissolução. Tirar do
fogo e colocar numa bacia. Juntar a farinha de trigo, às colheradas, misturando bem. Juntar, aos
poucos, a potassa, as especiarias e a água-de-rosas. Quando a massa estiver consistente, fazer
dela uma bola, cobrir com um pouco de farinha, cobrir com uma toalha de pratos e deixá-la, por
4 dias, num lugar fresco. No quinto dia, abrir a massa na grossura de um meio dedo, em cima de
uma mesa coberta com farinha, cortando-a em pequenos quadrados. Colocar os pedaços numa
forma untada e levar ao forno por 25-30 minutos.
O leitor que domina o alemão deve ter notado uma série de palavras com “cor local”,
identificando a região da qual se está falando.
À página 140 e seguintes, o livro traz um pequeno dicionário justamente para facilitar o
entendimento dos leitores. Dessa relação seguem algumas palavras:
Pfalz em alemão em português
Abschmelzen mit zerlassenem cobrir com manteiga
Fett übergiessen torrada
Appel Apfel maçã
Borzele herunterfallen cair
Broode Braten assado de carne
Deiwel Teufel diabo
Dibbe Topf panela
Dorscht Durst sede
Geleriewe Möhren cenoura
Gemies Gemüse verdura
Hinkel Huhn galinha
Iwwerich übrig de sobra
Kerb Kirmes, Kirchweih Kerb
Kraut Kohl couve
Krenk Krankheit doença
Kiechelcher Kügelchen, Küchlein bolinhos
Lewwer Leber fígado
Mangiere etwas essen comer
Pann Pfanne frigideira
Pannekuche Pfannkuchen panquecas
Rappen auf einer Reibe ralar
zerkleinern
Schniss Mund boca
Stambes etwas Zerstampftes,
Breiartiges purê
Weck Brötchen pãozinho doce
Worscht Wurst lingüiça
Zwiwwel Zwiebel cebola
Do Livro “Das Kochbuch von der Mosel”
Eierschmier - Schmier de Ovos
Eierschmier ist immer noch so beliebt wie zu Grossmutters Zeiten.
- 6 – 8 Eier
- Salz
- 100 g Mehl
- ¼ l Milch
- 1 El (Esslöffel) Butter oder Speckfett
Die Eier verquirlen und mit dem Mehl und der Milch zu einem dicken Pfannkuchenteig rühren.
Salzen und den Teig quellen lassen. In einer grossen Pfanne das Fett erhitzen, den Teig auf
einmal hineingeben und stocken lassen. Eierschmier wird kalt auf Brot gegessen.
Schmier de ovos ainda é tão apreciada como nos tempos da vovó.
- 6 – 8 ovos
- sal
- 100 gr. farinha de trigo
- ¼ L leite
- colher de sopa de manteiga ou banha
Bater os ovos, juntar a farinha e o leite misturar até formar uma massa tipo panqueca.
Juntar uma pitada de sal e deixar a massa descansar. Esquentar a gordura numa frigideira e
colocar nela toda a massa de uma só vez até que fique consistente. Esta schmier come-se fria
sobre o pão. (Nota: nós a preferíamos quente).
Riebelesuppe - Sopa de massa ralada
Diese Suppe gibt es abends vor dem Butterbrot.
- 1 L Milch
- 40 g Zucker
- Nudelteig: 5 El Mehl, 1 Ei, 1 Prise Salz
Die Milch mit dem Zucker leicht aufkochen. Den aus Mehl, Ei und Salz gefertigten Nudelteig in
die kochende Milch riebeln, d.h. entweder auf der Kartoffelreibe abreiben oder zwischen den
Händen zerreiben. 5 Minuten leicht köcheln lassen. Mit Zimt und Zucker oder mit Backobst
servieren. Man reibt die Riebele auch in Fleischbrühe, sozusagen als Einlage.
Esta sopa é servida, à noite, antes do pão com manteiga. (Aí está configurado um aspecto
alimentar)
- 1 L de leite
- 40 g. de açúcar
- Ingredientes para a massa: 5 colheres de sopa de farinha de trigo
1 ovo
1 pitada de sal
Ferver o leite com o açúcar até levantar fervura. Esfarelar a massa, feita de farinha, ovo e sal
para dentro do leite, quer dizer, ou passar a massa pelo ralador de batatas ou esfarelá-la entre
os dedos. Deixar ferver por 5 minutos. Servir com canela e açúcar ou passas. Também se
esfarela a massa em caldo de carne.
chnittlauchpfannkuchen – Panqueca com cebolinha verde
- 250 g Mehl
- 1 Tl Salz (Teelöffel)
- ½ l Milch
- 2 Eier
- 1 – 2 Bund Schnittlauch
- Ausbackfett
Aus Eiern, Mehl, Milch und Salz einen guten Pfannkuchenteig schlagen. Etwa ½ Stunde quellen
lassen. Inzwischen den Schnittlauch waschen, trockentupfen und in kleine Röllchen schneiden.
Mit dem Teig vermischen. Etwas Fett in einer Pfanne erhitzen, eine Suppenkelle Teig einlaufen
lassen und diesen von beiden Seiten goldgelb backen. Dazu isst man Bohnensalat und
gedämpfte Kartoffel.
- 250 g. farinha de trigo