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Acervo e Memória – preparação para os estudos genéticos.

V Mostra de
Pesquisa da Pós-
Graduação

Joseane Camargo, Profª. Drª. Marie-Hélène Paret Passos (orientadora)

Programa de Pós-Graduação em Letras, PUCRS

Resumo

Introdução

A construção de um dossiê genético pressupõe o contato do pesquisador com o acervo


de um autor de seu interesse. No entanto, um acervo se constrói, pois cabe aos pesquisadores
responsáveis a organização desses documentos que costumam ficar guardados, muitas vezes
sem qualquer tipo de cuidado de conservação. Dessa maneira, o recebimento do material do
escritor Caio Fernando Abreu, no Delfos, precisou e, ainda precisa, passar por uma série de
etapas fundamentais para constituição do acervo do autor; para torná-lo acessível, legível,
facilitando a identificação dos documentos disponíveis para pesquisas futuras.. Assim,
diversos procedimentos devem ser efetuados, e é dessa parte inicial do trabalho do geneticista
que trataremos neste primeiro momento de nossa pesquisa.

Metodologia

O acervo de autores consagrados pelo cânone torna-se, por conseguinte, um


patrimônio cultural. Logo, quando os pesquisadores recebem esse material precisam ter uma
série de cuidados no seu manuseio e procedimentos específicos para uma acomodação
adequada. Por conta disso, os diversos documentos constituintes do acervo do autor Caio
Fernando Abreu nos foram entregues apenas em caixas, e cabe ao geneticista organizá-lo e
torná-lo acessível para a comunidade acadêmica através da:
1) Higienização: limpar cada documento para evitar o desgaste e otimizar a conservação;

V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010


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2) Tombo: atribuição de um número a cada documento presente no acervo para


repertoriar de forma exaustiva todo material acolhido. Além disso, possibilita a fácil
localização de um documento a partir do seu registro no livro tombo.
3) Catalogação: organização e classificação de todos os tipos de documentos
acompanhada de uma descrição completa de conteúdo que permitirá ao pesquisador
ter uma primeira informação do que ele pode encontrar no acervo do autor que ele
pesquisa.

Resultados (ou Resultados e Discussão)

Através desse trabalho exaustivo, o geneticista poderá ter acesso e conhecimento


profundo do material presente no acervo de que se ocupa. Assim, a partir desse
reconhecimento, poderá também, delimitar e escolher um corpus, e analisar as diversas
camadas presentes ao longo de seu processo de criação. Por outro lado, esse trabalho de
organização e constituição de um acervo beneficia os pesquisadores de todas as áreas que
podem trabalhar com dados novos que não estavam disponíveis antes do trabalho
classificatório do geneticista.
Dessa maneira, a pesquisa em crítica genética inicia através do contato do pesquisador
com um material bruto que convém organizar para torná-lo apto a ser pesquisado. Estamos
nessa primeira etapa de nosso trabalho: recebemos o material no Delfos, higienizamos,
tombamos e estamos catalogando para, finalmente, conhecermos nosso objeto de estudo;
afinal “os geneticistas sempre serão marginais, pois, trabalhamos com rascunhos, esboços,
manuscritos, “restos literários” para os críticos tradicionais” (Willemart, 2005).

Referências

GRÉSILLON, Almuth. Elementos de Crítica Genética: ler os manuscritos modernos. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2007.

HAY, Louis. A Literatura dos Escritores. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007.

SALES, Cecília Almeida. Crítica genética: fundamentos dos estudos genéticos sobre o processo de criação
artística. 3. ed. São Paulo: Educ, 2008.

SILVA, Márcia Ivana de Lima e. A gênese em Incidente em Antares. 1. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2000.

WILLEMART, Philippe. Crítica Genética e Psicanálise. São Paulo: Perspectivas, 2005.

____________. Universo da Criação Literária: crítica genética? crítica pós-moderna. São Paulo: Edusp, 1993.

____________. Bastidores da Criação Literária. São Paulo: Iluminuras, 1999.

V Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2010

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