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A Jurisdição administrativa

o papel do Tribunal Administrativo

1 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018


A jurisdição administrativa
Na República de Moçambique (artº 212 a 248 da CRM) vigora
o sistema de pluralidade de jurisdições, apoiado pelo
Ministério Público.

Importa distinguir as seguintes realidades:

a)- Jurisdição / Tribunais Comuns

b)- Jurisdição / Tribunais Especiais

c)- O Ministério Público


2 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
A Jurisdição Comum
Art. 29 e 5, ambos da Lei 24/007, de 20 de
Agosto – LOTJ:

Tribunal Supremo
Tribunais Superior de Recurso
Tribunais Judiciais Provinciais
Tribunais Judiciais Distritais
Tribunais Comunitários
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A Jurisdição Especial
O Conselho Constitucional – art.
241/8 CRM

A Jurisdição Administrativa – art.


228/33 CRM

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O Ministério Publico

O Ministerio Publico – art. 234/6 CRM

A PGR – art. 237/40 CRM

(Ver Lei nº 4/2017, de 18 de Janeiro – Lei


Orgânica do Ministério Público e
Estatuto dos Magistrados do Mº Pº.)
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A Jurisdição Administrativa
Constituição da República de Moçambique
(vide artigos 133, 212 - 215 e ss, al. b) do nº 1,
nº 2 e nº 3 do art.223, art. 228 – 233); e

Lei nº 24/2013, de 1 de Novembro, Lei Orgânica


da Jurisdição Administrativa, revista e
republicada pela Lei nº 7/2015, de 6 de
Outubro.
N. B: ver as Leis Orgânicas dos Tribunais Fiscais
6
e Aduaneiros 02-08-2018
A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo
O T.A. - Breve Historial
A menção de um "Tribunal
Administrativo" aparece pela, primeira
vez, na historia da justiça administrativa
de Moçambique, na Segunda Carta
Orgânica das Colónias Portuguesas
aprovada pelo Decreto de 1 de
Dezembro de 1869, reformando a
Administração Pública.
7 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
O T.A. - Breve Historial
Nessa altura chamava-se Conselho de
Província.

A 4 de Outubro de 1926 criou-se um


tribunal privativo de contencioso,
denominado Tribunal Administrativo,
Fiscal e de Contas.

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Breve Historial – cont.
Em 15 de Novembro de 1933, o Decreto-Lei nº
23.229, conhecido como Reforma Administrativa
Ultramarina (RAU), reconhece a existência de
Tribunais Administrativos a par do Conselho
Superior das Colónias.

A Reforma Administrativa Ultramarina (RAU)


consagra o principio da independência destes
tribunais face ao Poder Executivo.

9 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018


Breve Historial – cont.
No que se refere as competências, a RAU
distribui-as pelas Secções do:

a)- Contencioso Administrativo;


b)-Contencioso Fiscal e Aduaneiro;
c)- Contas e Consultas.

10 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018


Breve Historial – cont.
A Constituição de 25 de Junho de 1975, alterada
em 13 de Agosto de 1978, não menciona
formalmente a existência do Tribunal
Administrativo ou de uma jurisdição
administrativa.

11 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018


Breve Historial – cont.
No entanto, o Tribunal Administrativo, Fiscal e de
Contas, herdado da organização judiciaria
colonial, sempre existiu.

Este foi extinto formalmente ao abrigo do artigo


44 da Lei 5/ 92, de 6 de Maio ("É extinto o Tribunal
Administrativo, Fiscal e de Contas de
Moçambique"), o que supõe que ele funcionava,
pelo menos teoricamente.

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Breve Historial
 A Constituição de 30 de Novembro de 1990,
consagra a existência, na ordem jurídica
Moçambicana, do Tribunal Administrativo,
atribuindo a este, como competências, em
termos gerais, o controlo da legalidade dos actos
administrativo e a fiscalização da legalidade das
despesas públicas.

Compete ainda ao Tribunal Administrativo o


exercício da jurisdição fiscal e aduaneira, em
instancia única ou em segunda instancia.
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Breve Historial
 A Lei fundamental de 16 de Novembro de 2004,
no seu artigo 223 reafirma a existência do Tribunal
Administrativo e suas competências no mapa
jurídico moçambicano, o que culminou com a
aprovação da Lei nº 25/2009, de 29 de
Setembro - Lei Orgânica da Jurisdição
Administrativa (LOJA).

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Breve Historial

 Lei nº 24/2013, de 1 de Novembro – veio a


revogar Lei Orgânica da Jurisdição
Administrativa (LOJA) de 2009.

 A Lei nº 7/2015, de 6 de Outubro – fez a


revisão e republicou a Lei Orgânica da
Jurisdição Administrativa (LOJA), re-
centralizando a fiscalização concomitante e
sucessiva ao TA Central.
15 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
Missão do Tribunal Administrativo
Órgão jurisdicional, de controlo
externo, que visa garantir:

a justiça administrativa ao
cidadão, bem como

a boa gestão e controlo dos


recursos públicos.
A Jurisdição Administrativa e o Papel do T.
16 Administrativo 02-08-2018
O Tribunal Administrativo
 Tem jurisdição em todo território nacional,
enquanto os Tribunais Administrativos tem
jurisdição definida por lei, coincidindo com a
província onde este é implantado.

 É o Órgão Superior de Hierarquia dos Tribunais


Administrativos provinciais e da Cidade de
Maputo, dos Tribunais Fiscais e dos Tribunais
Aduaneiros (nº 4 do artigo 1 da Lei nº 24/2013,
de 1 de Novembro, na versão revista e
republicada pela Lei nº 7/2015, de 6 de Outubro.)
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O Tribunal Administrativo
 É constituído por 3 secções:

 Contencioso Administrativo – 3 ;
 Contencioso Fiscal e Aduaneiro;
 Das Contas Públicas dividido em duas
subsecções: Fiscalização Prévia (Primeira
Subsecção) e Fiscalização Concomitante e
Sucessiva (Segunda Subsecção).
(ver artigos 16 e seguintes da Lei nº 24/2013, de 1 de
Novembro, na versão revista e republicada pela Lei nº 7/2015,
de 6 de Outubro)
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O “Tribunal Administrativo”
a)- Plenário – Todos Juizes Conselheiros (metade
mais 1);

b)- 1a. Secção – Contencioso Administrativo – 3


Juizes Conselheiros;

c)- 2a. Secção – Contencioso Aduaneiro e Fiscal – 3


Juizes Conselheiros;

d)- 3a. Secção – Contas Públicas (Contencioso


Financeiro) – 12 Juizes Conselheiros.

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O Tribunal Administrativo
A 3ª. Secção funciona como um autêntico Tribunal de Contas.

Cada Secção do Tribunal Administrativo funciona com 3 Juízes


Conselheiros, excepto a de Contas Públicas que é composta
por 12 (artº 37 da LOJA). Conhecem da matéria de facto e de
direito, excepto o Plenário que só conhece da matéria de
direito, salvo nos casos expressamente previstos na lei (artº 24
e 25 da LOJA).

As Secções do TA deliberam sobre matérias a eles sujeitos


quando se achem completos, com a excepção do Plenário que
pode funcionar com a presença de metade mais um dos
(dezóito)Juízes Conselheiros efectivos (artº 24, 27, 29, 31 e 37
da
20
LOJA).
A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
Âmbito de actuação dos TA´s
a)- Contencioso Administrativo;

b)- Contencioso financeiro (controlo da legalidade


dos actos e contratos administrativos e a
fiscalização da legalidade das despesas públicas):

- Fiscalização prévia (Visto);

- Fiscalização concomitante – só pelo TA Superior;

- Fiscalização sucessiva (auditorias e contas) – só


pelo TA Superior.
A Jurisdição Administrativa e o Papel do T.
21 Administrativo 02-08-2018
Papel do Tribunal Administrativo

 Controlo da legalidade dos actos


administrativos e da aplicação das normas
regulamentares emitidas pela
Administração Pública;

 Fiscalização da legalidade das despesas


públicas; e

 Efectivação da responsabilidade por


infracções financeiras (nº 2 do artº 228 CRM).

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Os Tribunais Administrativos
Provinciais

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Os Tribunais Administrativos Provinciais
 O nº 4 do artº 1 e nº 3 do artº 2, ambos da Lei nº 24/2013, de 1 de
Novembro - LOJA, revista e republicada pela Lei nº 7/2015, de 6
de Outubro, estabelecem:

 O Tribunal Administrativo é o órgão superior da hierarquia dos


Tribunais Administrativos provinciais e da Cidade de Maputo, dos
Tribunais Fiscais e dos Aduaneiros e outros de jurisdição administrativa
definidos por lei;

 Os Tribunais Administrativos Provinciais acrescentam a


identificação da área territorial correspondente à sua designação
“Tribunal Administrativo Provincial”.

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Missão dos TAP´s

Órgão jurisdicional, de controlo


externo, que visa garantir:

a justiça administrativa ao
cidadão, bem como

a boa gestão e controlo dos


recursos públicos, ao nível local.
25 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
Constituição e funcionamento
 São compostos por 3 a 4 Juízes de Direito, sendo
um deles o Presidente.

 Conhecem da matéria de facto e de direito e


deliberam estando no mínimo 3 dos 4 Juízes, com
o voto de desempate do Juiz Presidente (ver
artigos 39, 43 e 46 da Lei nº 24/2013, de 1 de
Novembro - LOJA, revista e republicada pela Lei
nº 7/2015, de 6 de Outubro, estabelecem).

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Âmbito de actuação material dos TAP´s
(artº 50 da LOJA)
1. No Contencioso administrativo, compete-lhe julgar:
 Os recursos de actos administrativos ou em matéria administrativa
praticados por qualquer autoridade que não sejam órgãos de soberania
ou seus titulares, Primeiro-Ministro e Conselho de Ministros ou seu
titular;
 Os recursos de actos punitivos no âmbito das suas competências;
 Os recursos de actos administrativos dos órgãos dos serviços públicos
com personalidade jurídica e autonomia administrativa;
 Os recursos de actos administrativos das pessoas colectivas de utilidade
pública administrativa;
 Os recursos de actos administrativos dos concessionários;
 Os recursos de actos administrativos de associações públicas;
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Âmbito de actuação material
(artº 50 da LOJA) – cont.
1. No Contencioso administrativo, compete-lhe julgar:
 As acções para obter o reconhecimento de um direito ou interesse
legalmente protegido;
 As acções relativas à contratos administrativos e ainda quanto à
responsabilidade das partes pelo seu incumprimento;
 As acções sobre a responsabilidade civil do Estado, de quaisquer outras
entidades públicas e dos titulares dos seus órgãos e agentes, por prejuízo
derivado de actos de gestão pública, incluindo-se as acções de regresso;
 Os pedidos de suspensão de eficácia dos actos refereidos nas alíneas
anteriores;
 Os pedidos de execução das suas decisões e ainda dos acórdãos
proferidos pela secção e plenário, na parte aplicável;
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Âmbito de actuação material (artº 50 da LOJA) – cont.
1. No Contencioso administrativo, compete-lhe julgar:
 Os peidos relativos à produção antecipada de prova;
 Os pedidos de intimação à autoridade administrativa para facultar a
consulta de documentos ou processos e passar certidões, com a
finalidade de permitir aos requerentes o uso de meios administrativos
ou contenciosos;
 Os pedidos de intimação a particular ou a concessionário para adoptar
ou se abster de determinada conduta, com a finalidade de assegurar o
cumprimento de normas do Direito Administrativo;
 Exercer o controlo da legalidade da aplicação das normas, regulamentos
admitidos pela Administração Pública, que não sejam da competência
dos tribunais fiscais e dos tribunais aduaneiros;
 Outras competências nos termos da lei.
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Âmbito de actuação material
(artº 50 da LOJA) – cont.

2. Na fiscalização prévia, compete-lhe verificar, através do


Visto, a conformidade com as leis em vigor dos:

a)- actos (administrativos) praticados por qualquer autoridade


que não sejam órgãos de soberania ou seus titulares, Primeiro-
Ministro e Conselho de Ministros ou seu titular; e

b)- contratos (administrativos), de qualquer natureza,


celebrados por entidades sujeitas à jurisdição do Tribunal;

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Âmbito de actuação material
(artº 50 da LOJA) – cont.

2. c)- as minutas dos contratos nos termos da legislação


relativa à fiscalização prévia;

d)- as minutas dos contratos de qualquer valor que venham a


celebrar-se poe escritura pública e cujos encargos tenham de
ser satisfeitos no acto da sua celebração; os diplomas e
despachos relativos à admissão de pessoal não vinculado à
função pública, assim como todas as admissões em categorias
de ingresso na administração pública.

31 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018


Âmbito de actuação material
(artº 50 da LOJA) – cont.

2. Na fiscalização prévia, compete-lhe verificar, através do


Visto, a conformidade com as leis em vigor dos:

a)- actos (administrativos) praticados por qualquer autoridade


que não sejam órgãos de soberania ou seus titulares, Primeiro-
Ministro e Conselho de Ministros ou seu titular; e

b)- contratos (administrativos), de qualquer natureza,


celebrados por entidades sujeitas à jurisdição do Tribunal; as
minutas dos contratos nos termos da legislação relativa à
fiscalização prévia; as minutas dos contratos de qualquer valor
que venham a celebrar-se poe escritura pública e cujos
encargos tenham de ser satisfeitos no acto da sua celebração;
os diplomas e despachos relativos à admissão de pessoal não
vinculado à função pública, assim como todas as admissões
em categorias de ingresso na administração pública.
32 A Jurisdição Administrativa e o Papel do T. Administrativo 02-08-2018
Âmbito de actuação material
(artº 50 da LOJA) – cont.

No contexto da Lei nº 24/2013, de 1 d Novembro,


na versão revista e republicada pela Lei nº 7/2015,
de 6 de Outubro, os TAP´s não têm competência
em matérias ligadas aos processos de prestação
de contas das entidades sob sua jurisdição.

Todavia, no contexto da fiscalização prévia, podem


realizar visitas de inspecção judicial, conforme os
artºs 58, 60 e 89, todos da Lei nº 14/2014, de 14 de
Agosto, na versão revista e republicada pela Lei nº
8/2015, de 6 de Outubro.

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Âmbito de subjectivo
(artº 50 da LOJA) – cont.

O âmbito subjectivo do TA consta do artº 36 da Lei


nº 24/2013, de 1 d Novembro, na versão revista e
republicada pela Lei nº 7/2015, de 6 de Outubro,

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SÍNTESE
O TA tem o papel constitucional e legal de fiscalizador da
legalidade dos actos e contratos administrativos, bem como
da aplicação das normas regulamentares emitidas pela
Administração Pública; fiscalização das receitas e despesas
públicas e efectivação da responsabilidade por infracções
financeiras;

No âmbito material, ao TA local só cabem acções de


fiscalização prévia e do contencioso administrativo, sendo a
fiscalização e ao TA central adiciona-se a fiscalização
concomitante e sucessiva;

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SÍNTESE
No âmbito subjectivo estão abrangidas todas entidades da
Administração directa e indirecta do Estado, incluindo as
Autarquias locais, conforme o artº 36 da LOJA (Lei nº
24/2013, de 1 de Novembro, na versão revista e republicada
pela Lei nº 7/2015, de 6 de Outubro).

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