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eram negros
Por: Mpenzi Rocha (tradução)
1- Evidência físico-antropológica
Baseado em sua revisão da literatura científica, Diop concluiu que a maioria dos
esqueletos e crânios dos antigos egípcios indica claramente que eles eram pessoas
negróides com características muito semelhantes às de modernos núbios negros e outras
pessoas do Nilo Superior e da África Oriental. Ele chamou a atenção para estudos que
incluíram exames de crânios do período pré-dinástico (6000 aC), que mostraram uma
maior percentagem de características negras do que qualquer outro tipo. A partir desta
informação, Diop argumentou que a raça negra existia no Egito naquela época e que não
migrou numa fase posterior, como algumas teorias anteriores haviam sugerido.
Diop inventou um método para determinar o nível de melanina na pele dos seres
humanos. A melanina é a substância química responsável pela pigmentação da pele e é
preservada por milhões de anos em peles de animais fósseis.
Segundo Diop, medições osteológicas (análise dos ossos) são talvez as menos
enganadoras dos critérios aceitos na antropologia física para a classificação das raças
humanas. Um primeiro estudo deste tipo foi completado por um arqueólogo alemão,
Karl Richard Lepsius, no final do século XIX. O cânone Lepsius, que distinguiu as
proporções corporais de vários grupos raciais, categorizou o "ideal egípcio" como
"curto e armado do tipo físico negróide ou negrito."
Diop descobriu que mesmo depois de centenas de anos de mistura com invasores
estrangeiros, o tipo sanguíneo dos egípcios modernos é o "mesmo grupo B, como as
populações da África Ocidental sobre a costa atlântica e não o grupo A2 característica
da raça branca antes de qualquer cruzamento.”
Diop observou que "os egípcios tinham apenas um termo para designar a si mesmos: ‘os
KMT que significa negros literalmente’. Este é o termo mais forte existente na língua
faraônica para indicar a negritude ".
Ele acrescentou: “Esse termo é um substantivo coletivo que assim descreveu toda a
população do Egito faraônico como povo preto.” Para mais provas, Diop se focou nos
monumentos e como os antigos egípcios se representavam em sua arte.
6- Unidade Cultural do Egito com o resto da África
Diop descobriu que no antigo Egito existiam “semelhanças culturais africanas” como o
matriarcado, o totemismo, o parentesco divino e cosmologia.”
Ele acrescentou: "O estilo egípcio de circuncisão (adolescente) era diferente de como a
circuncisão é praticada em outras partes do mundo, mas semelhante à forma como é
praticada em todo o continente Africano."
7- Epítetos divinos
Diop também demonstra que "preto ouegro" foi um epíteto divino invariavelmente
utilizado para designar os principais deuses benevolentes do Egito, enquanto os
espíritos maus eram retratados como vermelhos. Na cultura da Eurásia, bom é descrito
como branco e mal como preto.
8- Evidências bíblicas
Diopescreveu: "A Bíblia nos diz que ‘(...) os filhos de Cam [foram] Cush, Mesraim, Fut
e Canaã. E os filhos de Cush: Saba, Hévila, Sabata, Regma e Sabataca.” ¹ Diop afirmou
que "de um modo geral, toda a tradição semítica (judaica e árabe) classifica o antigo
Egito com os países dos negros."
Em um estudo detalhado das línguas, Diop ilustrou a força dos laços culturais entre o
Egito antigo e seus vizinhos africanos, comparando a língua egípcia com Wolof, uma
língua senegalesa falada na África Ocidental, perto do Oceano Atlântico.
Diop demonstra claramente que antigo egípcio, moderno copta do Egito e o Wolof estão
relacionados, os dois últimos com origem no anterior. “O parentesco entre o egípcio
antigo e as línguas da África", escreveu Diop na História Geral da África, "não é uma
hipótese, mas um fato demonstrável que é impossível para os estudiosos modernos a
empurrarem de lado."
Ele acreditava que o parentesco seja genealógico, e ele deu exemplos: "Feh" significa
"ir embora", em egípcio antigo, em Wolof significa "apressar-se". Para demonstrar
ainda mais semelhança entre as duas línguas, Diop também analisou as formas verbais,
demonstrativos e fonemas. Os resultados, que ele encontrou, mostrou pouca diferença
entre os dois.
10- Depoimento de historiadores gregos e romanos clássicos
De acordo com a maioria das traduções, Heródoto escreveu que um oráculo grego era
conhecida por ser do Egitopor ser "negra", que os nativos da região do Nilo são "pretos
pelo calor", e que os egípcios tinham "pele preta e cabelolanoso". Diodoro da Sicília
escreveu que os etíopes consideravam os egípcios seus emigrantes.
Luciano de Samósata observou um menino egípcio e percebe que ele não é apenas
preto, mas tem lábios grossos. Apolodoro chamava o Egito como a Terra dos pés pretos.
Gaston Maspero afirma que "pelo testemunho quase unânime dos antigos historiadores
[gregos], eles [os antigos egípcios] pertenciam à raça africana, que se estabeleceu na
Etiópia"
¹ 1 Gênesis 10:7
Egito Antigo: Verdades e mentiras sobre a
civilização multimilenar
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Túlio Vilela, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
(Atualizada em 26/02/2016, às 14h31)
31/07/200508h00
A história do Egito antigo é enorme: começa por volta de 4500 a.C., quando
surgem as primeiras comunidades agrícolas (e olhe que pode ter sido até
antes: alguns livros falam em 5000 a.C.), e termina em 641 d.C., quando os
árabes conquistaram a região e converteram seus habitantes à religião
muçulmana. São mais de cinco milênios, e seria pretensão demais querer
contar "tudo sobre o Egito antigo". Por isso, vamos destacar apenas certos
aspectos dessa civilização, dando respostas para algumas das perguntas mais
comuns.
A Esfinge foi restaurada por um príncipe da 18ª dinastia, o qual teria sonhado
que a Esfinge lhe disse que ele se tornaria faraó quando fizesse isso. A areia
que a cobria foi retirada, e uma estela (coluna ou placa de pedra com
inscrições) foi colocada entre suas patas, para comemorar o sonho e a
restauração. Hoje, por causa da erosão, a Esfinge de Gizé está sendo
restaurada de novo.
1) Osíris, herói de muitas lendas, considerado o juiz dos mortos. Foi assassinado
por Seth, o deus do mal, mas conseguiu ressuscitar graças à irmã e esposa, Ísis,
que tinha pedido ajuda a Anúbis, deus da mumificação e protetor das tumbas. Para
alguns estudiosos, a história da morte e ressurreição de Osíris representa o
"renascimento" da natureza: no Egito, havia os períodos de seca e de cheia do Nilo
(quando as águas invadiam as casas, destruindo quase tudo), mas depois vinham
as colheitas.
2) Hórus, filho de Osíris e Ísis. Enquanto Osíris reina sobre os mortos, Hórus reina
sobre os vivos. Era representado com corpo de homem e cabeça de falcão.
3) Anúbis, já citado. Tinha corpo de homem e cabeça de chacal, o que é bastante
curioso: os chacais são carniceiros, e isso não parece adequado a uma divindade
protetora das tumbas.
4) Rá ou Aton: o deus-sol. Em sua homenagem, Amenófis IV (que viveu no século
XIV a.C.) adotou o nome Akhenaton ("aquele que serve Aton"). Esse faraó também
decretou que Aton fosse o único deus cultuado. Assim, durante seu reinado, a
religião passou do politeísmo ao monoteísmo (culto a um único deus). A intenção de
Amenófis IV deve ter sido aumentar seu poder pessoal e diminuir o dos sacerdotes,
que eram funcionários do Estado. Após a morte desse faraó, o politeísmo foi
restabelecido.
É verdade que os gatos eram sagrados no Egito?
Sim. Os gatos estavam associados à deusa Bastet, representada com corpo de
mulher e cabeça de gato. Era a protetora das grávidas. Também se acreditava
que a deusa garantisse as pessoas contra doenças e demônios.