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DE CRÉDITOS EM
TEOLOGIA
ADMINISTRAÇÃO
ECLESIÁSTICA
INTRODUÇÃO
Administração eclesiástica pode ser definida como “o estudo dos diversos assuntos
ligados ao trabalho do pastor no que tange à sua função de líder ou administrador
principal da igreja a que serve”.
Administração não é algo que se faz de maneira aleatória. Ela exige que haja uma
estrutura formal e bem estabelecida com objetivos bem definidos, organização com
sequências lógicas, simples e precisas, planejamento que preveja todas as etapas do
processo e comando capaz de gerir a administração.
1. O QUE É ADMINISTRAR?
Administrar não é fazer " mil coisas". É a "ciência de gerar um organismo retirando-
o da inércia, levando-o a melhor funcionalização dos recursos que justificaram sua
criação, com o menor dispêndio (gasto) e sem lhe comprometer o futuro." O administrador
é um especialista na arte de trabalhar com pessoas.
Nenhuma igreja vive sem administração, assim como nenhuma empresa sobrevive
desorganizada.
Muitos exemplos bíblicos temos de homens que foram verdadeiros
administradores, quer na condução dos assuntos relacionados com a obra de Deus,
quanto na sobrevivência de seu povo: Jetro, José, no Egito, Daniel, etc.
Administrar é distribuir as responsabilidades e não "executar todas as
tarefas". É fazer com que todos participem do trabalho. Não se deve confundir isso com
exploração dos outros. O bom administrador leva as pessoas a realizar suas tarefas cada
vez melhor e a se realizarem no trabalho.
Jesus sempre procurou obter a ajuda de outras pessoas. Quando as talhas
estavam vazias. Ele disse: "Enchei as talhas" (Jo 2.7). Quando a pedra cobria o túmulo de
Lázaro, disse: "Tirai a pedra" (Lc 11.39). Quando alimentou as cinco mil pessoas, pediu
aos discípulos: "Recolhei os pedaços que sobejaram" (Jo 6.12).
A realidade do trabalho do administrador é ajudar as pessoas a crescer,
ajudá-las a fazer o trabalho, em vez de executá-lo ele mesmo. Muitas vezes pensamos
que o administrador trabalha muito, mas a sua missão principal é motivar outras pessoas
para o trabalho.
Administrar é a um só tempo:
1. Prever ou planejar - É preparar-se para o futuro, com a necessária
antecedência, através de programas de ação. É predeterminar um curso de ação. Jesus
ensinou que é melhor construir sobre uma rocha que sobre a areia (Mt 7.24-27).
Dentro do planejamento, temos as seguintes atividades: Previsão (Estimativa do
futuro); Estabelecimento de objetivos (Determinar, os resultados finais a serem
alcançados); Programação (Estabelecimento de sequência e prioridade dos passos a
seguir para atingir os objetivos); Cronograma (Determinar uma sequência de prazos para
os passos do programa); Orçamento (Distribuição dos recursos necessários para atingir
os objetivos); Determinação dos procedimentos (Desenvolver e aplicar métodos
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6. A MISSÃO DA IGREJA
A Bíblia ensina que a Igreja está no mundo para uma missão tríplice:
1. Adoração (glorificação ao nome de Deus - Jo 3.23,24; At 13.1-3).
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7. GOVERNO ECLESIÁSTICO
Uma igreja cristã é uma sociedade com vida coletiva, organizada de conformidade
com algum plano definido, adaptado a algum propósito definido, que ela se propõe
realizar. Por conseguinte, conta com seus oficiais e ordenanças, suas leis e
regulamentos, apropriados para a administração de seu governo e para cumprimento de
seus propósitos.
Existem três formas especiais e largamente diferentes de governo eclesiástico,
que têm obtido prevalência nas comunidades cristãs através dos séculos passados, e que
continuam sendo mantidas com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais
reivindicando ser a forma original e primitiva:
1. A Episcopal ou Prelática - forma em que o poder de governar descansa nas
mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas
romana, grega, anglicana, e na maior parte das igrejas orientais.
2. A Presbiteriana ou Oligárquica - forma em que o poder de governar reside nas
assembleias, sínodos, presbitérios e sessões; é o que sucede na igreja escocesa,
luterana, e nas várias igrejas presbiterianas.
3. A Congregacional ou Independente - forma em que a entidade pratica o
autogoverno, pois cada igreja individual e local administra seu próprio governo mediante a
voz da maioria de seus membros; é o que acontece entre os batistas, os congregacionais,
os independentes, e alguns outros grupos evangélicos.
8. CORPO ECLESIAL
Constitui-se biblicamente de dois ofícios:
1º - Ministro, Pastor, Ancião, Presbítero, Bispo - No Novo Testamento estes
vocábulos são empregados para designar oficiais eclesiásticos.
Todos, entretanto, designam o mesmo ofício, por isso significam oficialmente o
mesmo; de fato, são frequentemente aplicados à mesma pessoa. O bispo, também
chamado presbítero ou ancião, era o pastor ou superintendente do rebanho espiritual, que
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cuidava, vigiava, guiava e alimentava o rebanho, tal como os pastores- de ovelhas fazem
com seus rebanhos (At 20.18,28; 1 Tm 3.1; Tt 1.5-7).
2º - Diácono - Os diáconos eram escolhidos para atender aos interesses temporais
da igreja, conforme fica evidente pela escolha dos sete, registrada no capítulo sexto do
livro de Atos. Isso foi feito a fim de que os apóstolos pudessem estar livres dos cuidados
temporais, e, assim, dedicar sua atenção mais exclusivamente ao bem-estar espiritual do
povo. A palavra diácono significa ministro ou servo.
Algumas vezes é aplicada aos apóstolos, e até ao próprio Cristo, no sentido geral
de um que "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos". Alguns dos primeiros diáconos foram também eficientes pregadores do
Evangelho, porém, sua obra, como diáconos, pertencia a outros serviços nas igrejas. Por
outro lado, apesar de ser o diácono um oficial eclesiástico, seu ofício não constitui uma
ordem ministerial de forma alguma, pois suas funções específicas pertencem aos
interesses temporais, e não ao serviço espiritual. O serviço usualmente realizado por
secretários, e outros semelhantes, segundo podemos supor, tanto quanto era necessário
na administração das primeiras igrejas, recaía sobre os diáconos.
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II – LIDERANÇA
A palavra liderança define o processo da influência que se tem sobre as outras
pessoas, incentivando-as de modo a trabalharem com entusiasmo por um objetivo
comum. A personalidade de quem dirige interfere em muito, na maneira de liderar.
O comportamento de liderar envolve múltiplas funções, tais como: planificar,
informar, avaliar, controlar, motivar, recuperar, punir, etc. Contudo, liderar é
essencialmente, orientar o grupo, as pessoas em direção a determinados objetivos ou
metas.
Sendo a liderança um processo de influência, é necessário que o líder modifique
intencionalmente o comportamento de outras pessoas, o que é possível através do modo
como usa o seu poder ou autoridade.
da própria ação. Os administradores são seguidos por que são bons chefes e os lideres
são seguidos por que acreditamos nele.
A LIDERANÇA DEVE SER SITUACIONAL - Baseia-se no fato de que cada
situação requer um tipo de liderança diferente, para se alcançar o melhor dos liderados.
Um líder situacional deve ser versátil e flexível, sabendo adequar seus estilo, de acordo
com a pessoa com quem trabalha e coma situação. Este líder utiliza o que há de melhor
nas lideranças AUTOCRÁTICA, LIBERAL e DEMOCRÁTICA e aplica, dependendo do
grupo que tem à mão e da circunstância
White e Lippitt (1939) estudaram a liderança em termos de estilo de
comportamento do líder, na relação com o subordinado. O estilo de comportamento do
líder refere-se ao que ele faz e como o faz. Estes autores consideram que existem três
estilos de liderança: Autoritária, Democrática e Liberal.
O estudo foi feito com crianças de 10 anos que foram distribuídas em 4 grupos e
que, de 6 em 6 semanas, eram submetidas a um estilo - um destes três estilos tem
características próprias e provoca reações diferentes no seio de um grupo.
CONSEQUÊNCIAS NO GRUPO:
A produtividade do grupo não é satisfatória apesar dos membros terem uma
atividade intensa;
As tarefas desenvolvem-se ao acaso com oscilações e ocorrem muitas
discussões pessoais que resultam numa perda de tempo. Abordam mais os problemas
pessoais do que os assuntos relativos ao trabalho;
Verifica-se um certo individualismo e pouco respeito pelo líder.
ENFASE
Estilo autocrático – líder – subordinado – ênfase no líder
Estilo democrático – líder – subordinado – ênfase no líder e no subordinado
Estilo liberal – líder – subordinado – ênfase no subordinado
A liderança numa organização tem sido foco de atenção desde há longos anos.
Pode ter várias definições, mas em todas elas há ênfase no influenciar o outro, em
conseguir levar o outro a fazer algo de forma empenhada e satisfatória.
Deus pode escolher a quem Ele quiser para ocupar a posição de líder, pois é uma
pessoa que está consciente do seu papel na liderança, sabe que está no comando e que
este comando foi-lhe outorgado por Deus.
“Para que um homem seja líder ele tem de ter seguidores. e para que tenha
seguidores ele tem de ter a confiança deles. Assim sendo, a primeira qualidade do líder
tem de ser integridade inquestionável. Sem ela, não é possível o verdadeiro sucesso, não
importam se estejam trabalhando em turma de fábrica, campo de futebol, no exército ou
num escritório. Se os colegas de um homem descobrem nele falsidade, se percebem que
nele falta integridade direta, este homem fracassará. Seus ensinos e seus atos devem ser
congruentes. Assim, a maior necessidade é integridade e propósito elevado”.
O líder não é um ditador. Ele deve procurar incutir nas mentes das pessoas que
elas devem participar na elaboração dos projetos, dos planos, etc. O líder deve ter a
consciência que deve sempre estabelecer metas, bem como os meios necessários para
atingi-las. Para isso, uma boa comunicação é fundamental.
Motivação é chave para atingir os planos. Ele deve estar sempre motivando os
demais, bem como motivando a si mesmo. Quando o trabalho é bem executado, ele deve
saber dar crédito às pessoas por isso, deve elogiar o trabalho bem feito.
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parábola. Igrejas que crescem, quer cientes ou não, fazem uso do processo automático
de crescimento.
Modelos de crescimento
1. Paradigma tecnocrático - O significado de instituições, programas, métodos,
etc é superestimado. Crentes Tecnocratas, via de regra, têm necessidade de um "guru"
(que pode se apresentar na forma do "sacerdote" clássico ou também como o "gerente de
crescimento da igreja").
Quem trabalha de acordo com o modelo tecnocrático tem a tendência de ordenar
quais os ministérios que cada cristão deveria assumir para depois sair à procura dos
"voluntários" para a realização das tarefas. Se não se acham os voluntários, usa-se de
pressão para consegui-los. As tarefas a serem realizadas estão fixadas e as pessoas
devem adaptar-se a elas.
O maior problema do modelo tecnocrático é que não se sabe nada sobre os
processos automáticos de crescimento. Nenhuma máquina, mesmo o robô mais
avançado, pode se reproduzir.
Amor verdadeiro dá à igreja um brilho, produzido por Deus, muito mais eficaz do
que programas evangelísticos que dependem exclusivamente de comunicação verbal. As
pessoas sem Deus não precisam nos ouvir falar sobre amor; elas querem experimentar o
amor cristão na prática do dia a dia.
Quanto mais tecnocrática uma igreja for, maior dificuldade ela terá em transformar
em prática o mandamento do amor cristão, já que no modelo tecnocrático a fé cristã é
entendida em primeiro lugar como o cumprimento de certos padrões dogmáticos e morais,
aí já surge um déficit em relação à capacidade de amar e de se relacionar dos cristãos.
Nessas igrejas os esforços para amar tornam-se algo artificial.
REFERENCIAS
BARBER, Cyril J. Neemias e a Dinâmica da Liderança Eficaz. São Paulo, SP.:
Editora Vida, 1999.
BRINER, Bob. Os Métodos de Administração de Jesus: com 12 executivos, Ele
criou a maior “empresa” do mundo. São Paulo, SP.: Nexo Editorial, 1999.
FARIA, Cleverson de Abreu. Princípios para uma boa liderança. Ed. Letras
Santas.
FINZEL, Hans. Dez Erros que um Líder Não Pode Cometer. São Paulo: Edições
Vida Nova, 1999.
KESSLER, Nemuel e CAMARA, Samuel. Administração Eclesiástica. Rio de
Janeiro: CPAD, 1987
SANDERS, J. Oswald. Liderança Espiritual: Os atributos que Deus valoriza na
vida de homens e mulheres para exercerem liderança. São Paulo, SP.: Editora Mundo
Cristão, 1997.
SCHAWARZ, Christian A. O desenvolvimento natural da Igreja. Curitiba: Ed.
Evangélica Esperança, 1996.