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CURSO DE DIREITO
TUTOR
Dr. JOSÉ CIPRIANO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3
Bilateralidade ............................................................................................................... 5
Generalidade................................................................................................................. 5
Abstratividade .............................................................................................................. 6
Imperatividade ............................................................................................................. 6
Coercibilidade ............................................................................................................... 6
Parece oportuna uma breve resenha de algumas dessas posições doutrinárias, de um lado,
para verificar o que têm de comum e, de outro, para apurar o valor prático de tais termos.
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NORMAS JURÍDICAS
Normas jurídicas são, essencialmente, regras sociais, isso significa que a função das normas
jurídicas é disciplinar o comportamento social dos homens. São um comando geral, abstrato
e coercível emanado por uma entidade superior.
Segundo Paulo Nader, tem-se como norma jurídica a “conduta exigida ou o modelo imposto
de organização social”. As normas jurídicas nascem do jus positum, baseado no positivismo
de Augusto Comte, onde o método empírico é adotado como meio para chegar-se ao
verdadeiro conhecimento. Ou seja, a construção da norma jurídica dá-se por meio da
observação de seguidas eventualidades, acabando por gerar, como trabalhado por Emile
Durkheim, um fato social. Daí então surge a figura do Estado, dispondo do Direito como
agente regulador, impondo sua norma jurídica positivada para reger a conduta individual e
social de um povo, garantindo seus valores.
HANS KELSEN, salienta ainda que a norma jurídica é uma dualidade de imposição e coação
(sanção). Assim, partindo do pressuposto que cada norma jurídica seja o ajuntamento de duas
normas, os atos de coação, a imposição da norma, a sanção em si, são classificados por
KELSEN como norma jurídica primária, posto que põe como devida a fixação de um
condicional ato de coação por parte de um órgão judicial para o caso de violação dessa norma,
enquanto a conduta estabelecida para cumprimento dos sujeitos de direito é denominada de
norma jurídica secundária.
As normas jurídicas não são concebidas abstratamente, mas são abstraídas da realidade
social, da experiência humana, em função dos fatos que se pretende disciplinar e dos valores
que se quer consagrar. Não são, pois, construções cerebrinas ou formas lógicas vazias.
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MECANISMO DE CRIAÇÃO DA NORMA
A norma jurídica, para ser criada, deve passar pelas seguintes etapas:
Bilateralidade
Essa característica tem relação com a própria estrutura da norma, pois, normalmente, a norma
é dirigida a duas partes, sendo que uma parte tem o dever jurídico, ou seja, deverá exercer
determinada conduta em favor de outra, enquanto, essa outra, tem o direito subjetivo, ou seja,
a norma concede a possibilidade de agir diante da outra parte. Uma parte, então, teria um
direito fixado pela norma e a outra uma obrigação, decorrente do direito que foi concedido.
Generalidade
É a característica relacionada ao fato da norma valer para qualquer um, sem distinção de
qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma
situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. Essa característica
consagra um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei.
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Abstratividade
A norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, mas para regular, de
forma abstrata, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, que,
normalmente, ocorrem de uma forma. A norma não pode disciplinar situações concretas, mas
tão-somente formular os modelos de situação, com as características fundamentais, sem
mencionar as particularidades de cada situação, pois é impossível ao legislador prevê todas
as possibilidades que podem ocorrer nas relações sociais.
Imperatividade
A norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos
destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma
não é conselho, mas ordem a ser seguida.
Coercibilidade
Pode ser explicada como a possibilidade do uso da força para combater aqueles que não
observam as normas. Essa força pode se dar mediante coação, que atua na esfera psicológica,
desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou por sanção (penalidade), que é o
resultado do efetivo descumprimento. Pode-se dizer que a Ordem Jurídica também estimula
o cumprimento da norma, que se dá pelas sanções premiais. Essas sanções seriam a concessão
de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada norma.
A visão moderna da estrutura lógica das normas jurídicas é baseada em conceitos trabalhados
pelo filósofo alemão Immanuel Kant: imperativo categórico e imperativo hipotético.
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A norma jurídica é um fenômeno comunicativo complexo. Em seu cometimento, há uma
relação de autoridade institucionalizada em seu grau máximo, protagonizada pelo Estado.
Essa relação de autoridade manifesta-se, no relato, por meio de funtores, quais sejam: é
permitido, é proibido ou é obrigatório. Além disso, o relato descreve ações, eventualmente
apresenta suas condições e descreve suas consequências.
A dogmática jurídica simplifica essa realidade complexa e foca sua análise no texto
normativo, tomando, por exemplo, a lei e seus artigos como objeto de estudo e como ponto
de partida para a produção de decisões. Esse texto apresenta três elementos essenciais:
1. O caráter vinculante;
2. A hipótese normativa;
3. A consequência jurídica.
1. caracter vinculante
2. A hipótese normativa
A hipótese normativa recebe inúmeras designações na ciência do direito: tipo legal, hipótese
de incidência, fato tipo, facti species. Basicamente, todas descrevem fatos ou atos jurídicos
hipotéticos, ou seja, que podem ocorrer. Podemos, sinteticamente, dizer que os fatos jurídicos
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são fenômenos que ocorrem sem a manifestação da vontade humana e que levam a
consequências previstas nas normas jurídicas (por exemplo, a queda de um raio que cause
um dano à rede elétrica e a consumidores de eletricidade). Já os atos jurídicos são
acontecimentos provocados pela vontade humana e que, se ocorrerem, devem levar a
consequências jurídicas (por exemplo, a celebração de um contrato válido tem por
consequência que suas cláusulas devem ser cumpridas pelas partes).
3. A consequência jurídica
É o resultado previsto pela norma jurídica para o ato ou fato descrito em sua hipótese. Como
a norma traz uma medida socialmente desejável de valor que deve ser realizado nos
comportamentos humanos, ela limita as possibilidades de determinados acontecimentos, para
concretizar tal valor. Assim, por exemplo, dado o valor propriedade privada, se uma pessoa
adquirir a propriedade de um bem, a consequência dessa aquisição será a obrigação imposta
a todas as demais pessoas de respeitarem essa propriedade.
Caso a consequência de uma norma jurídica não seja respeitada, surge uma nova norma,
chamada sanção. Será que a sanção é parte integrante da norma jurídica, ou será que existem
normas jurídicas sem sanção?
Tal debate revela posicionamentos quanto à natureza do próprio direito. Um jurista como
Kelsen, por exemplo, não admite que existam normas jurídicas desprovidas de sanção. Ao
contrário, afirma que a sanção é o elemento fundamental da norma jurídica, que estabelece
punições a comportamentos que não ocorrem. Algumas normas, porém, são interpretativas,
apenas determinando o sentido de outras. Elas, por não apresentarem sanções, deixam de ser
jurídicas?
Também aqui cabe uma objeção: haveria uma sanção implícita nas normas de competência.
Trata-se da pena de nulidade. Se um funcionário público age sem ter competência para fazer
algo, seu comportamento será considerado nulo. Outros pensadores, todavia, alegam que a
nulidade não é uma sanção, pois não pune o autor do ato, mas apenas desfaz o ato.
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Daí surgir outra reflexão: será que todas as normas jurídicas pretendem desencorajar
comportamentos, punindo aqueles que os pratiquem? As normas jurídicas não podem, ao
contrário, estimular determinadas condutas, que podem ou não ser realizadas, mas, caso
realizadas, geram benefícios a seus agentes?
Ora, isso leva a mais uma reflexão: considerar a sanção, sobretudo em seu sentido penal,
elemento essencial da norma jurídica revela uma concepção do direito enquanto fenômeno
coativo. Não haveria direito se a violência estatal não fosse exercida. Cada norma jurídica,
assim, preveria uma violência específica. Porém, o direito pode ser visto não como violência
concreta (coação), mas como sua ameaça (coerção). O essencial do direito não seria a punição
aplicada, mas a possibilidade de, eventualmente, fazê-lo. Mais importante do que existir uma
sanção para cada norma jurídica seria a existência de autoridade no cometimento da relação
comunicativa que cria tais normas.
Outra discussão que envolve a norma jurídica diz respeito a algumas de suas características:
será que toda norma jurídica deve ser bilateral, geral e abstrata?
Enquanto norma ética, não resta dúvidas de que a norma jurídica é socialmente bilateral. Só
podemos falar de normas éticas em situações sociais, que envolvem mais de uma pessoa,
nunca em situações unilaterais. Mesmo normas jurídicas que qualificam uma pessoa, por
exemplo, dizendo que se trata de alguém capaz, somente faz sentido se colocada em um
contexto no qual essa pessoa irá se relacionarem com outras.
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Por outro lado, a norma jurídica também é axiologicamente bilateral. Os valores impostos
pelas normas jurídicas às relações sociais não trazem o bem para apenas um dos sujeitos, mas
perseguem, sempre, o bem de ambos e, acima disso, o bem comum. Ainda que uma norma
imponha deveres a uma das partes e dê poderes à outra, fará isso porque é o melhor não para
a pessoa que recebeu os poderes, mas para a sociedade toda.
Já a generalidade da norma jurídica é questionável. Uma norma jurídica será geral caso refira-
se a uma quantidade indeterminada de destinatários. As leis são exemplos de normas jurídicas
rotineiramente gerais, pois costumam referir-se a todas as pessoas. Porém, há outras normas
jurídicas que se referem, em regra, a pessoas determinadas, sendo, portanto, individuais. É o
caso das sentenças, normas jurídicas que se referem às partes do processo, ou dos contratos,
normas jurídicas que se referem aos contratantes.
Quanto à abstração, também não parece ser um requisito da norma jurídica. As normas
jurídicas abstratas, novamente como costumam ser as leis, referem-se a fenômenos sociais
em sua universalidade. As normas de direito do consumidor, por exemplo, referem-se a todas
as relações entre consumidores e fornecedores. Outras normas jurídicas, como as sentenças
e os contratos, referem-se, usualmente, a fenômenos sociais concretos, como uma relação
social específica ou um conflito específico.
Se devemos considerar, portanto, que as normas jurídicas são bilaterais, quer social, quer
axiologicamente, não podemos afirmar que sejam apenas gerais e apenas abstratas. Vimos
que podem ser individuais e concretas.
Miguel Reale afirma que existem dois tipos básicos de normas jurídicas, cada uma
estruturada de modo próprio: normas de organização e normas de conduta.
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Sua estrutura lógica revela a existência de um juízo categórico, ou seja, a norma constata que
algo existe e estabelece uma consequência que deve ser respeitada. Pode ser representada
pela fórmula: A dever ser B. Note que o fato A não é hipotético, mas concreto.
A norma de conduta, por seu turno, disciplina o comportamento dos indivíduos e dos grupos
sociais. Sua estrutura lógica revela um juízo hipotético, prevendo uma situação que pode
ocorrer ou não e estabelecendo uma consequência que deve suceder à primeira situação. Pode
ser representada pela fórmula: Se A, deve ser B.
Um exemplo de norma de conduta é o artigo 73 do Código Civil. Seu texto prevê que, se uma
pessoa não possuir residência habitual (hipótese normativa), deve ser considerado seu
domicílio o lugar em que for encontrada (consequência jurídica).
A endonorma prevê, como hipótese normativa, um fato ou ato da vida social, e atribui a ele
uma consequência que deve ser respeitada. Assim, caso o ato previsto ocorra, surge um novo
comportamento como permitido, proibido ou obrigatório. Podemos representá-la com a
fórmula já utilizada: Se A, deve ser B (sendo A a hipótese e B a consequência)
Caso a perinorma estabeleça uma sanção penal, sua hipótese corresponde à conduta oposta
daquela prevista na consequência da endonorma e sua consequência, que deve ser aplicada,
é uma punição. Pode ser representada assim: Se não B, deve ser SPe.
Caso a perinorma estabeleça uma sanção premial, sua hipótese corresponde à conduta similar
à prevista na consequência da endonorma e sua consequência, que deve ser aplicada, é um
benefício. Pode ser representada assim: Se B, deve ser SPr.
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As normas jurídicas, assim, sobretudo aquelas de conduta, correspondem à soma da
endonorma e da perinorma. Podem existir normas que trazem uma perinorma negativa e uma
perinorma positiva, ao mesmo tempo.
CONCEPÇÃO DE KELSEN
De acordo com o pensamento do jus filósofo Hans Kelsen, a estrutura lógica da norma
jurídica dá-se por: “em determinadas circunstâncias, um determinado sujeito deve observar
tal ou qual conduta; se não observa, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar a sanção”.
É perceptível quanto ao que foi dito, que Kelsen esquematizava a norma em duas partes,
sendo elas: “norma secundária” e “norma primária”. Paulo Nader reduziu a fórmulas práticas
para melhor entendimento:
a) Norma Secundária. “Dado ñP, deve ser S” – Dada a não prestação, deve ser aplicada a
sanção. Exemplo: o pai que não prestou assistência moral ou material ao filho menor deve
ser submetido a uma penalidade.
b) Norma Primária. “Dado Ft, deve ser P” – Dado um fato temporal deve ser feito a prestação.
Exemplo: o pai que possui filho menor, deve prestar-lhe assistência moral e material.Na
norma primária, o pai deve obedecer ao dever jurídico de prestar assistência moral e material
ao filho, não havendo a aplicação da sanção. Em caso de descumprimento desse dever
previsto na norma secundária, é aplicada a sanção.
SANÇÃO JURÍDICA
Sanção jurídica é a meio competente estabelecido pelas normas jurídicas para forçar seus
violadores (violadores possíveis ou violadores prováveis) a cumprir o que elas mandam, ou
a reparar o mal causado pela violação, ou a se submeter às penas legais.
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DIFERENTES CONCEITUAÇÕES DO TERMO SANÇÃO JURÍDICA
Segundo Hans Kelsen as sanções são estabelecidas pela ordem jurídica com o fim de
ocasionar certa conduta humana que o legislador considera desejável na forma de um prêmio
ou pena.
Norberto Bobbio, por sua vez define sanção jurídica como um novo critério para identificar
normas jurídicas. Ela se distancia das demais formas de sanção (moral e social) por ser
externa e institucionalizada.
Gofredo da Silva Teles Júnior apresenta uma definição de sanção jurídica que estabelece
sua relação com a norma jurídica. Segundo o autor sanção jurídica seria aquilo que o lesado
está legalmente autorizado a exigir e a impor como consequência da violação de uma norma
jurídica. Para o autor toda norma jurídica, pelo fato de ser autorizante, está ligada
necessariamente a suas sanções jurídicas. Usadas ou não, as sanções jurídicas estão sempre
prescritas pelas normas jurídicas exercendo a função de garantia de seu cumprimento.
Do acordo com alguns doutrinadores a sanção jurídica pode ser tipificada de acordo com
ramos do Direito:
Direito civil: sanção civil, sanção compensatória, sanção de anulação, sanção de nulidade,
sanção direta, sanção patrimonial, sanção reparadora, sanção repressiva, sanção restitutiva.
Direito Constitucional: sanção expressa, sanção negativa, sanção parcial, sanção positiva,
sanção presidencial, sanção tácita, sanção total
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Direito Penal: sanção patrimonial, sanção penal, sanção penal tributária, sanção pessoal,
sanção preventiva, sanção repressiva.
Teoria Geral do Direito: sanção desfavorável, sanção externa, sanção premial, sanção
social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O direito e a moral são considerados pelos ensinamentos tradicionais como dois círculos
concêntricos, em que a moral é mais extensa, abarcando o Direito.
O Direito não é uma ciência exata, o direito é constituído de norma, fato e valor. Segundo
KELSEN, o direito é antes de tudo uma norma. O direito se alcança através do juízo de valor,
que é sentença, o qual utiliza a premissa menor e a conclusão para se chegar ao direito.
A sanção, como forma de punição, é apenas uma das características eventuais, podemos
assim dizer, da norma jurídica. Ela não é fundamental, essencial para a existência da norma.
Dito isso, é claro e evidente a presença da norma jurídica no meio social. É ela a responsável
por manter o convívio entre membros de pensamentos distintos. Essa, dispõe de elementos
imperativos e coercitivos para garantir sua eficácia. A construção da norma por meio do
positivismo jurídico, possui dispositivos metódicos, o que dá legitimidade e eficácia ao seu
campo de atuação, tornando o Direito como regulador da conduta social e mantedor das
relações humanas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://vanessascarnavini.jusbrasil.com.br/artigos/145193902/normas-juridicas>;
Acesso em 13 de abril de 2017.
https://jus.com.br/artigos/44659/a-norma-em-kelsen
http://introducaoaodireito.info/wp/?p=429
https://viniciuslimadir.jusbrasil.com.br/artigos/491619818/norma-juridica-conceito-e-
estrutura-da-norma.
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sanção_jurídica&oldid=50740630".
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