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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Engenharia Elétrica

PROJETO PARA SISTEMAS DE CFTV


Apresentação, Dimensionamento e Estudo de Caso.

Luiz Henrique de Souza Dutra


Trabalho de Conclusão de Curso II

Belo Horizonte
2º Semestre - 2010
Luiz Henrique de Souza Dutra

PROJETO PARA SISTEMAS DE CFTV


Apresentação, Dimensionamento e Estudo de Caso.

Trabalho apresentado à disciplina


“Trabalho de Conclusão de Curso II” do
curso de Engenharia Elétrica da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito parcial para
obtenção do título de Graduação em
Trabalho de Conclusão de Curso I
Engenharia Elétrica.

Orientador: Professor Edgard Torres

Belo Horizonte
2º Semestre – 2010
Luiz Henrique de Souza Dutra

Projeto para Sistemas de CFTV


Apresentação, Dimensionamento e Estudo de Caso.

Trabalho apresentado à disciplina


“Trabalho de Conclusão de Curso II” do
curso de Engenharia Elétrica da
Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, como requisito parcial para
obtenção do título de Graduação em
Engenharia Elétrica.

_______________________________________________
Professor Edgard Torres (Orientador) – PUC Minas

_______________________________________________
Professor da Banca – PUC Minas

Belo Horizonte
2º Semestre – 2010
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo exploratório sobre o


sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV). Seu objetivo é apresentar e
conceituar seus diversos componentes com suas respectivas vantagens,
desvantagens e suas melhores utilizações, demonstrar os critérios para dimensionar
o sistema e de expor um estudo de caso contendo um projeto real.
ABSTRACT

This paper aims to present an exploratory study about the Closed Circuit
Television system (CCTV). Your goal is to present and conceptualize its various
components with their respective advantages, disadvantages and their best uses, to
demonstrate the criteria for sizing the system, and exposing a case study containing
an real project.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Diagrama de blocos CFTV. 13 1................................................................1


Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm. 21 1........................................1
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”. 23 1...................................................................1
Figura 4: Sistema Panoramizador. 26 1....................................................................1
Figura 5: Câmera PTZ. 27 1........................................................................................1
Figura 6: Câmera Speed Dome. 28 2.........................................................................1
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes. 28 2.........................................1
Figura 8: Centralização do Sistema de controle. 29 2.............................................1
Figura 9: Câmera Profissional. 30 2..........................................................................1
Figura 10: Câmera IP - WireLess. 33 2......................................................................1
Figura 11: Micro-Câmera. 34 2...................................................................................1
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole. 34 2...................................................................1
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico. 36 2...........................................................1
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC. 38 2.........................................................1
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC. 39 2............................................1
Figura xx: Distancia focal de uma Lente. 48 3.........................................................1
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina. 49 3...........................................1
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta. 49 3..................................1
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal. 50 3.....................................................1
Figura x: Campo de Visão. 50 3.................................................................................1
Figura xx: Campo de Visão “FOV”. 54 3...................................................................1
Figura 1: Diagrama de blocos CFTV. 13...................................................................1
Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm. 21...........................................2
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”. 23......................................................................2
Figura 4: Sistema Panoramizador. 26.......................................................................2
Figura 5: Câmera PTZ. 27...........................................................................................2
Figura 6: Câmera Speed Dome. 28............................................................................2
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes. 28............................................2
Figura 8: Centralização do Sistema de controle. 29................................................2
Figura 9: Câmera Profissional. 30.............................................................................3
Figura 10: Câmera IP - WireLess. 33.........................................................................3
Figura 11: Micro-Câmera. 34......................................................................................3
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole. 34......................................................................3
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico. 36..............................................................3
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC. 38............................................................3
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC. 39...............................................3
Figura xx: Distancia focal de uma Lente. 48............................................................4
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina. 49..............................................4
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta. 49.....................................4
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal. 50........................................................4
Figura x: Campo de Visão. 50....................................................................................4
Figura xx: Campo de Visão “FOV”. 54......................................................................4

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10
1.1 Conceito e Aplicação..........................................................................................10
1.2 Justificativa..........................................................................................................11
1.3 Objetivos..............................................................................................................11

2 OPÇÕES DE SISTEMA...........................................................................................13
Figura 1: Diagrama de blocos CFTV.......................................................................13
2.1 Sistema Digital.....................................................................................................14
2.1.1 Câmeras Digitais..............................................................................................15
2.1.2 Meio de Transmissão......................................................................................15
2.1.3 Processamento de Vídeo................................................................................15
2.1.4 Gravação...........................................................................................................16
2.1.5 Visualização e Controle..................................................................................16
2.1.6 Principais Vantagens do CFTV Digital..........................................................17
2.2 Sistemas Mistos..................................................................................................18

3 COMPONENTES DOS SISTEMAS.........................................................................19


3.1 Tipos de Lentes...................................................................................................19
3.1.1 Íris Fixa..............................................................................................................19
3.1.2 Íris Manual........................................................................................................19
3.1.3 Auto-íris............................................................................................................20
Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm...............................................21
3.1.4 Varifocais..........................................................................................................21
3.1.5 Lentes Zoom.....................................................................................................21
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
3.2 Câmeras...............................................................................................................22
3.2.1 Elemento Fotossensível “CCD”.....................................................................22
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”..........................................................................23
3.2.2 Principais Funções Integradas.......................................................................24
3.2.3 Tipos de Câmeras............................................................................................25
3.2.3.1 Câmeras Panorâmicas .................................................................................25
Figura 4: Sistema Panoramizador...........................................................................26
Figura 5: Câmera PTZ...............................................................................................27
Figura 6: Câmera Speed Dome................................................................................28
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes................................................28
Figura 8: Centralização do Sistema de controle....................................................29
3.2.3.2 Câmeras Fixas...............................................................................................29
Figura 9: Câmera Profissional.................................................................................30
3.2.3.3 Câmeras IP.....................................................................................................31
Figura 10: Câmera IP - WireLess.............................................................................33
3.2.3.4 Micro-Câmeras..............................................................................................33
Figura 11: Micro-Câmera..........................................................................................34
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole..........................................................................34
3.3 Monitores de Vídeo.............................................................................................34
3.3.1 Tipos de Monitores..........................................................................................35
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico..................................................................36
3.3.2 Resolução do Monitor.....................................................................................37
3.4 Fontes de Alimentação para Câmeras..............................................................37
3.4.1 Fontes de 12VDC.............................................................................................37
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC................................................................38
3.4.2 Fontes de 24VAC ............................................................................................38
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC...................................................39
3.5 No-Break de Alimentação Geral do Sistema....................................................39
3.6 Equipamentos de Processamento e Gravação de Imagens...........................39
3.6.1 Sistema Analógico...........................................................................................40
3.6.1.1 Multiplexador.................................................................................................40
3.6.1.1.1 Multiplexador Simplex..................................................................................40
3.6.1.1.2 Multiplexador Duplex....................................................................................41
3.6.1.1.3 Codificação das Imagens.............................................................................41
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
3.6.1.2 Time-Lapse....................................................................................................42
3.6.1.2.1 Fitas Recomendadas ..................................................................................43
3.6.1.2.2 Utilização das Fitas......................................................................................43
3.6.1.2.3 Cabeças de Vídeo .......................................................................................44
3.6.2 Sistema Digital.................................................................................................44
3.6.2.1 DVR (Digital Vídeo Recorder).......................................................................44
3.7 Rack de CFTV......................................................................................................44
3.8 Infraestrutura.......................................................................................................45
3.8.1 Meio Físico de Instalação...............................................................................45
3.8.2 Sistema de Aterramento.................................................................................45
3.8.3 Cabeamento Utilizado.....................................................................................45
3.8.3.1 Sistema Analógico........................................................................................45
3.8.3.2 Cabeamento Estruturado.............................................................................45

4 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ESCOLHA DOS COMPONENTES........................48


4.1 Escolha das Lentes.............................................................................................48
Figura xx: Distancia focal de uma Lente................................................................48
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina..................................................49
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta.........................................49
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal............................................................50
Figura x: Campo de Visão........................................................................................50
4.2 Escolha das Câmeras.........................................................................................52
4.2.1 Posicionamento das Câmeras........................................................................53
4.2.1.1 Campo de Visão “FOV”................................................................................53
Figura xx: Campo de Visão “FOV”..........................................................................54
4.2.2 Tamanho do “CCD”.........................................................................................55
4.3 Escolha do Monitor.............................................................................................55
4.4 Escolha do Tipo de Sistema..............................................................................56
4.4.1 Sistema Analógico...........................................................................................56
4.4.2 Sistema Digital.................................................................................................57

5 MIGRAÇÃO DO SISTEMA ANALÓGICO PARA O DIGITAL................................58

6 DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA DE UM PROJETO..................................................59


LISTA DE ILUSTRAÇÕES
7 ANALISE DOS RESULTADOS DO PROJETO......................................................60

8 CONCLUSÃO..........................................................................................................61

REFERÊNCIAS..........................................................................................................62

ANEXOS....................................................................................................................63
LISTA DE TABELAS

Figura 1: Diagrama de blocos CFTV. 13 1 1.............................................................1


Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm. 21 1 1.....................................1
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”. 23 1 1................................................................1
Figura 4: Sistema Panoramizador. 26 1 1.................................................................1
Figura 5: Câmera PTZ. 27 1 1.....................................................................................1
Figura 6: Câmera Speed Dome. 28 2 1......................................................................1
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes. 28 2 1......................................1
Figura 8: Centralização do Sistema de controle. 29 2 1..........................................1
Figura 9: Câmera Profissional. 30 2 1.......................................................................1
Figura 10: Câmera IP - WireLess. 33 2 1...................................................................1
Figura 11: Micro-Câmera. 34 2 1................................................................................1
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole. 34 2 1................................................................1
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico. 36 2 1........................................................1
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC. 38 2 1......................................................1
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC. 39 2 1.........................................1
Figura xx: Distancia focal de uma Lente. 48 3 1......................................................1
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina. 49 3 1........................................1
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta. 49 3 1..............................1
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal. 50 3 1..................................................1
Figura x: Campo de Visão. 50 3 1..............................................................................1
Figura xx: Campo de Visão “FOV”. 54 3 1................................................................1
Figura 1: Diagrama de blocos CFTV. 13 1................................................................1
Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm. 21 2........................................1
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”. 23 2...................................................................1
Figura 4: Sistema Panoramizador. 26 2....................................................................1
Figura 5: Câmera PTZ. 27 2........................................................................................1
Figura 6: Câmera Speed Dome. 28 2.........................................................................1
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes. 28 2.........................................1
Figura 8: Centralização do Sistema de controle. 29 2.............................................1
Figura 9: Câmera Profissional. 30 3..........................................................................1
Figura 10: Câmera IP - WireLess. 33 3......................................................................1
Figura 11: Micro-Câmera. 34 3...................................................................................1
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole. 34 3...................................................................1
LISTA DE TABELAS
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico. 36 3...........................................................2
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC. 38 3.........................................................2
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC. 39 3............................................2
Figura xx: Distancia focal de uma Lente. 48 4.........................................................2
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina. 49 4...........................................2
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta. 49 4..................................2
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal. 50 4.....................................................2
Figura x: Campo de Visão. 50 4.................................................................................2
Figura xx: Campo de Visão “FOV”. 54 4...................................................................2
Figura 1: Diagrama de blocos CFTV. 13...................................................................2
Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm. 21...........................................2
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”. 23......................................................................3
Figura 4: Sistema Panoramizador. 26.......................................................................3
Figura 5: Câmera PTZ. 27...........................................................................................3
Figura 6: Câmera Speed Dome. 28............................................................................3
Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes. 28............................................3
Figura 8: Centralização do Sistema de controle. 29................................................3
Figura 9: Câmera Profissional. 30.............................................................................3
Figura 10: Câmera IP - WireLess. 33.........................................................................3
Figura 11: Micro-Câmera. 34......................................................................................3
Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole. 34......................................................................3
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico. 36..............................................................3
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC. 38............................................................3
Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC. 39...............................................3
Figura xx: Distancia focal de uma Lente. 48............................................................4
Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina. 49..............................................4
Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta. 49.....................................4
Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal. 50........................................................4
Figura x: Campo de Visão. 50....................................................................................4
Figura xx: Campo de Visão “FOV”. 54......................................................................4

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10
1.1 Conceito e Aplicação..........................................................................................10
1.2 Justificativa..........................................................................................................11
LISTA DE TABELAS
1.3 Objetivos..............................................................................................................11

2 OPÇÕES DE SISTEMA...........................................................................................13
Figura 1: Diagrama de blocos CFTV.......................................................................13
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................13

2.1 Sistema Digital.....................................................................................................14


2.1.1 Câmeras Digitais..............................................................................................15
2.1.2 Meio de Transmissão......................................................................................15
2.1.3 Processamento de Vídeo................................................................................15
2.1.4 Gravação...........................................................................................................16
2.1.5 Visualização e Controle..................................................................................16
2.1.6 Principais Vantagens do CFTV Digital..........................................................17
2.2 Sistemas Mistos..................................................................................................18

3 COMPONENTES DOS SISTEMAS.........................................................................19


3.1 Tipos de Lentes...................................................................................................19
3.1.1 Íris Fixa..............................................................................................................19
3.1.2 Íris Manual........................................................................................................19
3.1.3 Auto-íris............................................................................................................20
Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm...............................................21
Fonte: Alarm Show, 2010..........................................21

3.1.4 Varifocais..........................................................................................................21
3.1.5 Lentes Zoom.....................................................................................................21
3.2 Câmeras...............................................................................................................22
3.2.1 Elemento Fotossensível “CCD”.....................................................................22
Figura 3: Elemento Sensor “CCD”..........................................................................23
Fonte: Wolf Vision, 2010...........................................23

3.2.2 Principais Funções Integradas.......................................................................24


3.2.3 Tipos de Câmeras............................................................................................25
3.2.3.1 Câmeras Panorâmicas .................................................................................25
Figura 4: Sistema Panoramizador...........................................................................26
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................26

Figura 5: Câmera PTZ...............................................................................................27


LISTA DE TABELAS
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................27

Figura 6: Câmera Speed Dome................................................................................28


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................28

Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes................................................28


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................28

Figura 8: Centralização do Sistema de controle....................................................29


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................29

3.2.3.2 Câmeras Fixas...............................................................................................29


Figura 9: Câmera Profissional.................................................................................30
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................30

3.2.3.3 Câmeras IP.....................................................................................................31


Figura 10: Câmera IP - WireLess.............................................................................33
Fonte: Digital Vision, 2010........................................33

3.2.3.4 Micro-Câmeras..............................................................................................33
Figura 11: Micro-Câmera..........................................................................................34
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................34

Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole..........................................................................34


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................34

3.3 Monitores de Vídeo.............................................................................................34


3.3.1 Tipos de Monitores..........................................................................................35
Figura 13: Exemplo Monitor Analógico..................................................................36
Fonte: Policom, 2010................................................36

3.3.2 Resolução do Monitor.....................................................................................37


3.4 Fontes de Alimentação para Câmeras..............................................................37
3.4.1 Fontes de 12VDC.............................................................................................37
Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC................................................................38
Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................38

3.4.2 Fontes de 24VAC ............................................................................................38


Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC...................................................39
Fonte: Eagle Vision, 2010.........................................39

3.5 No-Break de Alimentação Geral do Sistema....................................................39


3.6 Equipamentos de Processamento e Gravação de Imagens...........................39
LISTA DE TABELAS
3.6.1 Sistema Analógico...........................................................................................40
3.6.1.1 Multiplexador.................................................................................................40
3.6.1.1.1 Multiplexador Simplex..................................................................................40
3.6.1.1.2 Multiplexador Duplex....................................................................................41
3.6.1.1.3 Codificação das Imagens.............................................................................41
3.6.1.2 Time-Lapse....................................................................................................42
3.6.1.2.1 Fitas Recomendadas ..................................................................................43
3.6.1.2.2 Utilização das Fitas......................................................................................43
3.6.1.2.3 Cabeças de Vídeo .......................................................................................44
3.6.2 Sistema Digital.................................................................................................44
3.6.2.1 DVR (Digital Vídeo Recorder).......................................................................44
3.7 Rack de CFTV......................................................................................................44
3.8 Infraestrutura.......................................................................................................45
3.8.1 Meio Físico de Instalação...............................................................................45
3.8.2 Sistema de Aterramento.................................................................................45
3.8.3 Cabeamento Utilizado.....................................................................................45
3.8.3.1 Sistema Analógico........................................................................................45
3.8.3.2 Cabeamento Estruturado.............................................................................45

4 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ESCOLHA DOS COMPONENTES........................48


4.1 Escolha das Lentes.............................................................................................48
Figura xx: Distancia focal de uma Lente................................................................48
Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.....48

Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina..................................................49


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.....49

Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta.........................................49


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.....49

Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal............................................................50


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.....50

Figura x: Campo de Visão........................................................................................50


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................50

TABELA x: Lentes e Respectivos Campos de Visão............................................50


Fonte: Guia do CFTV, 2010.......................................51
LISTA DE TABELAS
4.2 Escolha das Câmeras.........................................................................................52
4.2.1 Posicionamento das Câmeras........................................................................53
4.2.1.1 Campo de Visão “FOV”................................................................................53
Figura xx: Campo de Visão “FOV”..........................................................................54
Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.....54

4.2.2 Tamanho do “CCD”.........................................................................................55


4.3 Escolha do Monitor.............................................................................................55
4.4 Escolha do Tipo de Sistema..............................................................................56
4.4.1 Sistema Analógico...........................................................................................56
4.4.2 Sistema Digital.................................................................................................57

5 MIGRAÇÃO DO SISTEMA ANALÓGICO PARA O DIGITAL................................58

6 DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA DE UM PROJETO..................................................59

7 ANALISE DOS RESULTADOS DO PROJETO......................................................60

8 CONCLUSÃO..........................................................................................................61

REFERÊNCIAS..........................................................................................................62

ANEXOS....................................................................................................................63
LISTA DE ABREVIATURAS
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10
1.1 Conceito e Aplicação..........................................................................................10
1.2 Justificativa..........................................................................................................11
1.3 Objetivos..............................................................................................................11

2 OPÇÕES DE SISTEMA...........................................................................................13
2.1 Sistema Digital.....................................................................................................14
2.1.1 Câmeras Digitais..............................................................................................15
2.1.2 Meio de Transmissão......................................................................................15
2.1.3 Processamento de Vídeo................................................................................15
2.1.4 Gravação...........................................................................................................16
2.1.5 Visualização e Controle..................................................................................16
2.1.6 Principais Vantagens do CFTV Digital..........................................................17
2.2 Sistemas Mistos..................................................................................................18

3 COMPONENTES DOS SISTEMAS.........................................................................19


3.1 Tipos de Lentes...................................................................................................19
3.1.1 Íris Fixa..............................................................................................................19
3.1.2 Íris Manual........................................................................................................19
3.1.3 Auto-íris............................................................................................................20
3.1.4 Varifocais..........................................................................................................21
3.1.5 Lentes Zoom.....................................................................................................21
3.2 Câmeras...............................................................................................................22
3.2.1 Elemento Fotossensível “CCD”.....................................................................22
3.2.2 Principais Funções Integradas.......................................................................24
3.2.3 Tipos de Câmeras............................................................................................25
3.3 Monitores de Vídeo.............................................................................................34
3.3.1 Tipos de Monitores..........................................................................................35
3.3.2 Resolução do Monitor.....................................................................................37
3.4 Fontes de Alimentação para Câmeras..............................................................37
3.4.1 Fontes de 12VDC.............................................................................................37
3.4.2 Fontes de 24VAC ............................................................................................38
3.5 No-Break de Alimentação Geral do Sistema....................................................39
SUMÁRIO
3.6 Equipamentos de Processamento e Gravação de Imagens...........................39
3.6.1 Sistema Analógico...........................................................................................40
3.6.2 Sistema Digital.................................................................................................44
3.7 Rack de CFTV......................................................................................................44
3.8 Infraestrutura.......................................................................................................45
3.8.1 Meio Físico de Instalação...............................................................................45
3.8.2 Sistema de Aterramento.................................................................................45
3.8.3 Cabeamento Utilizado.....................................................................................45

4 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ESCOLHA DOS COMPONENTES........................48


4.1 Escolha das Lentes.............................................................................................48
4.2 Escolha das Câmeras.........................................................................................52
4.2.1 Posicionamento das Câmeras........................................................................53
4.2.2 Tamanho do “CCD”.........................................................................................55
4.3 Escolha do Monitor.............................................................................................55
4.4 Escolha do Tipo de Sistema..............................................................................56
4.4.1 Sistema Analógico...........................................................................................56
4.4.2 Sistema Digital.................................................................................................57

5 MIGRAÇÃO DO SISTEMA ANALÓGICO PARA O DIGITAL................................58

6 DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA DE UM PROJETO..................................................59

7 ANALISE DOS RESULTADOS DO PROJETO......................................................60

8 CONCLUSÃO..........................................................................................................61

REFERÊNCIAS.....................................................................................................62

REFERÊNCIAS..........................................................................................................62

ANEXOS................................................................................................................63

ANEXOS....................................................................................................................63
10

1 INTRODUÇÃO

1.1 Conceito e Aplicação

CFTV é uma sigla para “Circuito Fechado de Televisão. Chamamos de


"Circuito Fechado" justamente porque as imagens geradas somente são distribuídas
para os elementos integrantes do sistema, impossibilitando assim que pessoas
alheias ao sistema vejam ou utilizem essas imagens para fins diversos.
CFTV, Circuito Fechado de Televisão, do termo Inglês Closed Circuit
TeleVision (CCTV), é um sistema de televisionamento que distribui sinais
provenientes de câmeras localizadas em um local especifico, para um ponto de
supervisão pré-determinado.
Os sistemas de CFTV normalmente utilizam câmeras de vídeo com elemento
sensor CCD produzindo o sinal de vídeo, cabos ou transmissores / receptores sem-
fio ou redes para transmitir o sinal, equipamentos para processamento e
armazenamento das imagens e monitores para visualizar a imagem de vídeo
captada.
O sistema de CFTV não é aplicado somente com propósitos de segurança e
vigilância também é utilizado em outros campos como, controle de processos,
laboratórios de pesquisa, em escolas ou empresas privadas, na área médica, assim
como nas linhas de produção de fábricas.
Com o aumento gradativo da aplicação dos sistemas de CFTV, a indústria de
segurança tem obtido avanços consideráveis produzindo uma linha completa de
equipamentos como Time-Lapses, multiplexadores, iluminadores infravermelhos,
entre outros.
Atualmente é um dos meios mais eficientes para prevenção e segurança
patrimonial e pessoal. O sistema de CFTV proporciona gravação de imagens de
locais situados em ambientes corporativos, residenciais e públicos, além de controle
de processos em linhas de produção de fábricas, tendo opção de visualização real-
time ou mesmo recuperação remota de imagens gravadas.
Os desenvolvimentos mais recentes incluem câmeras com servidor web que
utilizam a Internet para vigilância remota, e DVRs que são gravadores digitais que
permitem a gravação das imagens em Discos Rígidos.
11

O CFTV é hoje o ramo da segurança eletrônica que mais se destaca, uma vez
que é possível filmar e gravar todo o ocorrido, facilitando o esclarecimento de um
fato, conseqüentemente ajudando na busca dos envolvidos, havendo também a
possibilidade de interagir com um sistema de alarme.
O CFTV é formado por equipamentos específicos, instalados em pontos
estratégicos que garantem o monitoramento tanto em tempo real como por gravação
de todo e qualquer ambiente.

1.2 Justificativa

Hoje em dia temos vários fatores que nos levam a necessidade de instalar
novos sistemas de segurança como o circuito fechado de televisão, dentre eles
temos:
 Crescente demanda por mais segurança com mais eficiência,
 Necessidade de maior integração com outros sistemas de segurança, como o
sistema de alarme,
 Acesso a informação cada vez mais facilitado, inclusive para pessoas mal
intencionadas,
 Crescente evolução tecnológica,
Temos hoje criminosos cada vez mais bem informados, capacitados e com
isso os mesmos tem obtido maior grau de sucesso em suas ações e expandido seu
poder de ação.
Nos dias de hoje é preciso que mantenhamos nossos sistemas em constante
atualização, para que possamos garantir a segurança em nossas instalações.
O crescimento nos índices de violência urbana no Brasil gera a necessidade
de grandes investimentos na área de segurança patrimonial e cada vez mais a
população e as empresas investem em tecnologias para suportar soluções em
segurança para monitoramento de espaços físicos.
A evolução tecnológica frenética que ocorre nos tempos atuais e a facilidade
de acesso a informação combinados com pessoas mal intencionadas são fatores
que também levam a necessidade de estarmos sempre aprimorando nossos
sistemas de defesa contra as ameaças do mundo atual.

1.3 Objetivos
12

O sistema de Circuito Fechado de Televisão é um dos meios mais eficientes


para prevenção e controle da segurança patrimonial e pessoal. Através dele é
possível ver e gravar imagens de locais vulneráveis ou de risco, situados em
ambientes residenciais, corporativos e públicos.
Novas tecnologias tornam o CFTV cada vez mais completo e versátil,
contando com câmeras que possuem detectores especiais para gravar apenas se
houver movimento na cena, gravadores digitais responsáveis por abolir as
incômodas e frágeis fitas de gravação. Se tivermos o sistema acoplado a um
computador com um software apropriado podemos transmitir as imagens "ao vivo"
para outro computador remoto, via internet. Temos sistemas de alarme com a
possibilidade de serem conectados ao CFTV, de modo que a partir da ocorrência do
alarme, uma câmera inicie automaticamente a gravação do evento.
Assim temos um leque de utilizações cada vez mais amplo para o sistema de
CFTV.
Para que possamos elaborar um projeto eficiente é necessário ter um bom
conhecimento sobre a infra-estrutura, cada equipamento e suas utilizações.
Com isso, em primeiro lugar, conheceremos as principais opções de sistemas
existentes no mercado seguido de uma exposição sobre os objetivos e
características dos principais equipamentos e componentes do sistema, logo após
serão expostos os parâmetros básicos para escolha de suas principais
características. Teremos também a chance de avaliar um projeto real.
13

2 OPÇÕES DE SISTEMA

Os sistemas de CFTV são tipicamente divididos em alguns blocos básicos,


conforme podemos ver logo abaixo.

Figura 1: Diagrama de blocos CFTV.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

O bloco de captação é formado pelo conjunto lente e câmera, que converte a


luz refletida na cena em sinais elétricos que através dos meios de transmissão
(Cabos Coaxiais, Par Trançado, Fibra, RF, etc) são encaminhados ao bloco de
processamento de vídeo.
O bloco de processamento de vídeo pode ser um Quad, seqüencial,
multiplexador, placa de captura, DVR, entre outros.
Após o bloco de processamento de vídeo temos o bloco de gravação que
normalmente nos sistemas analógicos é uma unidade separada chamada Time-
lapse, já nos sistemas digitais quase sempre é parte integrante do processamento
de vídeo contido em um DVR (Digital vídeo recorder) ou em uma Placa Captura.
Por último, temos a interface de visualização e controle, ou seja, onde
teremos a exibição das imagens e o controle do sistema, compostos por um Monitor,
Teclado e Mouse.
Estes blocos básicos estão presentes em praticamente todos os sistemas de
CFTV, sejam analógicos ou digitais.
Porém, quando tratamos de sistemas analógicos começamos a encontrar
algumas limitações críticas, como baixa capacidade de processamento, menor
resolução, pouco tempo de gravação, impossibilidade de expansão, e principalmente
a ausência de acesso remoto.
14

Desta forma o sistema de CFTV fica órfão em termos de flexibilidade e


recursos.
A infra-estrutura da maioria dos sistemas de CFTV está centralizada num
Rack onde se encontram os equipamentos responsáveis pelo processameno,
gravação e alimentação do sistema.
Quando comparamos um projeto de um sistema analógico com um do
sistema digital vemos que os componentes citados abaixo são comuns a ambos:

• Rack padrão 19”,


• No-Break ,
• Câmeras e lentes,
• Fontes DC ou AC,
• Monitores.

O sistema de CFTV analógico se diferenciaria apenas pelos seguintes


componentes:

• Multiplexador,
• Time-Lapse,
• Cabeamento de força,
• Cabos coaxiais de vídeo.

No próximo capitulo teremos a descrição e avaliação de cada um dos itens


expostos neste capitulo.

2.1 Sistema Digital

Com o advento dos sistemas digitais, ocorreram várias transformações nos


sistemas de CFTV, agregando recursos, facilidades e inovações entre outras
vantagens. Dentre elas podemos destacar uma maior resolução, maior
sensibilidade, mais recursos, gravação inteligente por horários e por detecção de
movimento em vídeo, melhores técnicas de compactação, maior período de back-up
com imagens de melhor qualidade, entre diversas outras vantagens.
15

Porém dentre estes recursos, o mais marcante é a conexão e acesso remoto


via rede/internet. Aproveitando os recursos altamente desenvolvidos e eficientes
disponíveis para as redes o CFTV hoje em dia se tornou muito mais poderoso e
completo e juntamente com o desenvolvimento mundial tornou-se uma ferramenta
indispensável de controle, administração e segurança, acessível a uma parcela bem
interessante da população.
Mas quando adquirimos um sistema digital é interessante que saibamos o que
realmente é digital, se seria a câmera, ou somente o meio de transmissão e o
processamento.

2.1.1 Câmeras Digitais

Na realidade, este foi um dos primeiros equipamentos de CFTV digitalizado,


onde o sinal analógico convertido pelo sensor CCD é processado de forma digital,
ou seja, é convertido para digital, analisado, comparado, amplificado e novamente
convertido em um sinal de vídeo composto na forma analógica.
A limitação está no sinal de saída, pois por melhor que seja a câmera ela
ainda vai estar limitada pela largura de banda do sinal de vídeo.

2.1.2 Meio de Transmissão

Os meios de transmissão na sua maioria não são digitais, porém nos últimos
anos a utilização de conversores de par trançado que aproveitam cabeamento de
rede para a transmissão dos sinais de vídeo tem trazido novos limites de distâncias
e qualidade aos sistemas de CFTV.
Além disso, temos uma utilização em maior escala das fibras óticas com
amplos ganhos de distâncias e imunidade a interferências e surtos.
Na realidade os meios de transmissão básicos mantiveram-se na forma
analógica, porém uma nova topologia está disponível e tende a ser amplamente
utilizada conforme veremos mais adiante.

2.1.3 Processamento de Vídeo


16

Os sistemas básicos de CFTV tiveram suas mudanças mais marcantes no


processamento de vídeo. Mudanças estas, que foram iniciadas pelos
multiplexadores, que nos anos 90 foram uma revolução no CFTV iniciando a
aplicação dos sistemas digitais.
Porém, com o tempo, as necessidades de gravação e de maiores recursos
acabaram impulsionando a criação de Gravadores Digitais de Vídeo ou DVR’s
(Digital vídeo recorder) e placas de captura.
Estes sistemas acabaram incorporando as funções dos multiplexadores,
seqüenciais e dos Time-lapses, além de muitos outros recursos impossíveis nos
sistemas analógicos.
Outro fator extremamente importante dos sistemas digitais é a utilização de
componentes de informática, que baixaram muito os anteriormente quase proibitivos
custos de produção em menor escala de equipamentos completos de CFTV.

2.1.4 Gravação

As fitas VHS foram substituídas por Hd’s, a base da informática foi


aproveitada pelos seus recursos para trazer novas facilidades, maior capacidade
para o CFTV.
A gravação realmente útil por detecção de movimento, o back-up em CD ou
DVD, a regravação automática do HD, facilidade de operação, maior capacidade de
tempo de gravação, maior resolução, além do acesso remoto são apenas algumas
das transformações geradas pelo CFTV digital.

2.1.5 Visualização e Controle

Caracterizada nos sistemas analógicos por grandes monitores P&B e por uma
infinidade de botões com funções específicas, e muita dificuldade de operação e de
conhecimento completo dos recursos, foi gradativamente sendo substituída pela
integração dos sistemas digitais.
Esse fato forneceu melhores resoluções e qualidade de imagem, além de
uma operação relativamente mais simples, permitindo que um operador com
conhecimentos básicos de informática e com algumas horas de treinamento esteja
apto a operar o sistema.
17

Grande parte das funções que anteriormente eram de responsabilidade do


operador agora estão integradas e automatizadas nas funções básicas do sistema.
Atualmente os menus, comandos e funções são muito mais interativos e
amigáveis ao operador. No entanto, aqui permanece a questão da tecnologia digital
que processa as imagens e executa os comandos, mas no final converte as
informações em um sinal analógico para a visualização no monitor, seja de imagens
ao vivo ou gravadas.

2.1.6 Principais Vantagens do CFTV Digital

Os sistemas de CFTV digitais são simplesmente mais rápidos, flexíveis,


expansíveis e fáceis de administrar que qualquer sistema analógico.
Podem ser integrados com as instalações existentes de CTFV e ainda
oferecer acesso imediato as imagens ao vivo ou mesmo as gravadas.
O armazenamento é muito mais simples oferendo um tempo de autonomia
muito maior; a qualidade da imagem digital é incomparavelmente superior, além de
não sofrer degradações com armazenamento.
Os sistemas digitais podem alcançar um objetivo primordial de diminuir os
custos de operação resultando em um melhor custo e beneficio. Os benefícios de
sistemas digitais são saltam aos olhos, quando comparamos com as características
equivalentes de sistemas analógicos.
Cada vez mais os beneficios do CFTV Digital substituem a tecnologia
anteriormente dominante, por todas as suas vantagens, mas principalmente pela
possibilidade de conexão em rede, permitindo o acesso local ou remoto, redução de
infra-estrutura de instalação. Possui também recursos de informática, que permitem
um acesso a qualquer momento, gerenciamento de permissões de acessos,
gerenciamento de histórico de eventos, entre outras.
Assim temos a seguir alguns dos componentes que podem se apresentar
apenas neste tipo de sistema de CFTV digital:

• DVR (Digital vídeo recorder),


• Micro computadores,
• Placas de Capturas,
18

• Cabos UTP.

2.2 Sistemas Mistos

Podemos ter também sistemas que mesclam componentes analógicos e


digitais.
Um exemplo que encontramos com freqüência seria o de quando instalamos
câmeras com saída analógica, ou seja, saída para um cabo coaxial e as ligamos
num “DVR” (Digital Vídeo Recorder).
Neste caso temos uma transmissão analógica com uma gravação digital.
Esse tipo de configuração torna-se atrativa até mesmo em projetos de
migração de um sistema para o outro, uma vez que é possível reaproveitar as
câmeras e a infra-estrutura existentes, fazendo apenas a troca do equipamento de
gravação.
O maior problema que também se apresenta na prática seria o caso de
termos um sistema novo sendo instalado com cabeamento estruturado, ou seja,
cabos UTP’s, com câmeras com saída para cabos coaxiais. Assim teríamos a saída
da câmera apropriada para um impedância de 75Ohms, como a impedância do cabo
UTP é de 100Ohms, teríamos que fazer uso de apitadores para fazer o casamento
dessas impedâncias.
19

3 COMPONENTES DOS SISTEMAS

3.1 Tipos de Lentes

Tem a finalidade de captar e direcionar os raios de luz que são refletidos


pelos objetos no elemento fotossensível CCD (Charging Coupled Device),
responsável pela conversão da imagem em sinal elétrico. Esta importante função é
geralmente pouco avaliada, causando problemas após a instalação do sistema de
CFTV.
O CCD está localizado logo atrás da Lente, em seu ponto focal, sendo
sensibilizado envia sinal para o circuito eletrônico da Câmera, que o amplifica e
transmite para o sistema de gravação, onde a imagem será gravada e ou
reproduzida.
A lente tem um papel fundamental na geração de imagem, pois influi
diretamente no campo de visão, na adequação a quantidade de luz e no foco da
imagem.

3.1.1 Íris Fixa

Íris é a abertura que regula a quantidade de luz que passa pela lente e
penetra no interior da câmera. Íris fixa significa que essas lentes não possuem
opção de ajuste para essa quantidade de luz.
São recomendadas para ambientes com pequenas variações luminosas,
como ambientes internos onde se faz o uso de luz artificial e com iluminação branca
constante.
Para a utilização dessas lentes é necessário que as câmeras tenham um
recurso chamado Eletronic shutter (ES) ou íris eletrônica, onde todo esse controle de
luminosidade é feito pela câmera.
É o tipo mais simples de lente, tendo um orifício para a entrada da luz,
predefinido pelo fabricante, podendo possuir apenas o ajuste do foco.

3.1.2 Íris Manual


20

A lente com íris manual permite que a lente seja ajustada de forma a ter sua
íris direcionando a quantidade ideal de iluminação para o sensor CCD.
Indicada para locais com iluminação especifica (muito intensa ou pouco
intensa) é também recomendado o seu uso junto com a função ES.

3.1.3 Auto-íris

Lentes que são ajustadas automaticamente de acordo com o nível de


iluminação do local.
Elas possuem motores e sistemas de verificação que definem quando a íris
deve ser aberta ou fechada.
Elas funcionam como o olho humano alterando o diâmetro da lente, ajustando
assim a imagem pra a falta ou excesso de luz em um determinado ambiente através
da abertura ou fechamento da íris.
Há dois tipos de lentes Auto Íris, a lente DC e a lente Vídeo.
A lente tipo Vídeo é aquela em que quem comanda a abertura e o fechamento
da íris é um circuito da própria lente, a câmera apenas alimenta e fornece a lente
uma amostra do sinal de vídeo. A lente analisa o sinal e faz as correções
necessárias na íris.
As Vantagens e Desvantagens são as seguintes:

• Uso Interno ou Externo.


• Custo Mais Alto.
• Melhor Alcance com a Variação Luminosa.
• Circuito de Controle Instalado na Lente.

A lente do tipo DC deixa o comando de abertura e fechamento da íris a cargo


da própria câmera que envia o sinal para os motores da lente.
As Vantagens e Desvantagens são as seguintes:

• Custo Mais Baixo que a do Tipo Vídeo.


• Circuito de Controle Instalado na Câmera.
• Montagem fácil (PIug and Play).
21

Figura 2: Lente Auto-Iris Varifocal 6,0mm a 60mm.


Fonte: Alarm Show, 2010.

3.1.4 Varifocais

As lentes varifocais são lentes com distância focal ajustável, também


conhecida como lente com zoom manual, pois podem efetuar o zoom através de
ajuste no próprio corpo da lente.
É uma lente com íris manual ou automática que possui um zoom manual de
algumas vezes integrado. Permite projeto e instalação de CFTV sem risco de erros.
Possuem uma pequena variação no seu campo de visão. É possível através
de um pequeno ajuste manual ampliar ou estreitar o seu ângulo de abertura.
São ideais para os locais de que não sabemos as dimensões ou à distância
da câmera ao objeto.
Possuem a vantagem de poderem ser usadas em outro local sem troca de
lente. A desvantagem é que custam um pouco mais que as lentes de foco fixo.

3.1.5 Lentes Zoom

Lentes Zoom geralmente possuem funções zoom/foco/Iris motorizados ou


zoom/foco motorizado com auto-iris incorporado.
Todas as funções motorizadas são efetuadas pelo controlador da lente.
Muitas lentes zoom são disponibilizadas com pré-posições. Estas lentes
utilizam um resistor variável (potenciômetro) para indicar a posição do zoom/foco
para o controlador, em conjunto com um movimentador esta função permite ao
operador visualizar grandes áreas, com a possibilidade de visualização de detalhes
muito pequenos.
22

Assim são mais utilizadas em câmeras controladas, porém há algumas que


podem ser ajustadas manualmente. Sendo ideais para instalação em locais onde o
tamanho do objeto ou sua distância em relação à câmera varie constantemente.
O importante do Zoom é que a distância focal varia (tracking) sem perder o
foco, obtendo assim imagens perfeitas.

3.2 Câmeras

As câmeras são equipamentos destinados a converter níveis de iluminação e


cor em sinais elétricos, seguindo certos padrões. Todas as câmeras possuem
elementos (sensores) os quais são atingidos pela luz.
Todo o sistema de visualização tem como ponto de início a câmera.
A câmera cria a imagem através dos níveis de iluminação capturados do
ambiente através da lente e do sensor de imagem CCD, essa imagem capturada é
então processada e transmitida para o sistema de controle, como um multiplexador
ou DVR.
Atualmente existem diversos tipos de câmeras projetadas para aplicações e
ambientes específicos. Existem micro-câmeras para aplicações simples, câmeras
profissionais para aplicações de maior segurança ou exigência, câmeras speed
domes para aplicações de grande porte e grande versatilidade, entre outras.
A Resolução de uma câmera é medida em número de linhas horizontais de
TV e corresponde à qualidade de imagem gerada. É a característica que irá definir a
qualidade da imagem de uma câmera. Quanto maior o número de linhas melhor a
qualidade da imagem gerada. Normalmente está entre 300 e 500 linhas para
câmeras coloridas e entre 350 a 600 linhas para câmeras do sistema preto e branco.

3.2.1 Elemento Fotossensível “CCD”

O Sensor de Imagem é o dispositivo de captação da imagem da câmera


normalmente CCD, porém existem algumas variações conforme o fabricante. Tem
se tornado comum a utilização de sensores de imagem tipo CMOS em câmeras de
baixo custo.
Existem no mundo poucos fabricantes de sensores CCD, pois a sua técnica
de fabricação é bastante complexa. Existe uma relação bem distinta entre os
23

sensores de primeira linha (Sony, JVC), os de segunda linha (Sharp). Sendo estes
distribuídos aos fabricantes das câmeras, como SONY, JVC, EVERFOCUS,
TOSHIBA, etc.
O CCD (Charged Coupled Device) é o dispositivo responsável pela conversão
das imagens visuais em sinais elétricos.
Ele é composto por milhares de elementos sensíveis à luz. Desta forma, a
imagem formada sobre o CCD é dividida em vários elementos de imagem,
chamados de “Pixels”.
Cada pixel contém as informações correspondentes a aquela área da
imagem. Assim, o CCD funciona como um filme de uma máquina fotográfica,
capturando imagem, com a diferença de poder ser lido, apagado e usado
novamente.
Este ciclo de leitura, sendo repetido rapidamente (60 vezes por segundo) faz
com que o sistema atue como um filme. O CCD recebe a luz através da lente e a
transporta para a câmera para que ela possa processar a imagem para a
visualização e gravação.
O Formato do CCD é na maioria das câmeras o tamanho de ⅓” . Existem
algumas câmeras mais modernas com CCD´s de ¼”, utilizados principalmente em
speed-domes ou câmeras IP.
Existem ainda vários outros formatos utilizados em áreas específicas e de
pesquisa, mas com o custo bem mais elevado, pois podem fornecer uma qualidade
e resolução de imagem muito maior.
Os elementos de imagem do CCD estão dispostos numa área cuja proporção
entre altura e largura é de 3 para 4. A medida desta área corresponde ao formato do
CCD e é tomada na diagonal, em frações de polegada, podendo ser de ½, ⅓”, ¼”,
entre outros.

Figura 3: Elemento Sensor “CCD”.


Fonte: Wolf Vision, 2010.
24

3.2.2 Principais Funções Integradas

• AGC – Controle Automático de Ganho:


É uma função efetuada pelo circuito da câmera que atua sobre o sinal de
vídeo para mantê-lo em níveis constantes independente das variações ambientais.
Este controle permite um ajuste automático do sinal de vídeo entregue pela
câmera, em relação à variação de luminosidade da cena captada.

• Electronic Shutter:
Também conhecido como íris eletrônica, shutter-speed, EI, ES, AEI é a
velocidade de leitura dos pixeis (pontos de imagem do sensor CCD).
Em muitas câmeras pode ser ajustado de forma a compensar uma variação
na iluminação da cena.
Também chamada íris eletrônica, melhora a imagem em câmeras com lentes
com íris fixa ou ajustável.
Não deve ser habilitada com lentes auto-íris. O controle de velocidade do
obturador (Shutter control) permite à câmera captar cenas com movimentos rápidos.
Na prática, este recurso atua como uma íris eletrônica, melhorando a
definição da imagem de cenas muito iluminadas.
Sob condições de baixa iluminação, o CCD irá efetuar a varredura do sinal
com uma velocidade de 60 quadros por segundo.
Sob condições de iluminação forte, o processamento de vídeo
automaticamente responde aumentando a velocidade na leitura do CCD e
compensando imediatamente o excesso de iluminação, resultando em um controle
preciso do nível do sinal de vídeo.

• BLC - Back Light Compensation (compensação de luz de fundo):


É uma função importante nas câmeras, pois proporciona uma compensação
para situações onde uma iluminação intensa no plano de fundo pode obscurecer um
objeto ou local que esteja sendo monitorado.
Pode ser analógico ou digital, dependendo da câmera, sendo que o último
tem uma performance bem mais apurada.
25

Devemos sempre dar preferência a câmeras com esta função. O recurso de


compensação de luz de fundo permite a atenuação desta fonte de luz, melhorando a
iluminação do objeto a sua frente e portanto, a definição da imagem captada.

• ATW - Balanço automático do nível de branco:


Ajusta automaticamente os pontos de imagem em relação aos diferentes
pontos de branco da imagem, evitando o brilho excessivo ou reflexão demasiada
nos pontos claros da imagem.
Este recurso, existente em algumas câmeras coloridas e permite que as cores
mostradas na tela do aparelho receptor correspondam exatamente às cores originais
da cena que está sendo captada.

3.2.3 Tipos de Câmeras

Existem vários tipos de câmera disponíveis, porém é muito importante saber


identificar a utilização mais adequada para cada tipo.

3.2.3.1 Câmeras Panorâmicas

• Sistema Panoramizador:
É o dispositivo mais simples de movimentação para implantação do recurso
de filmagem panorâmica, com funções Pan ou Scanner, que consiste em um motor
e uma pequena caixa de redução, utilizados para movimentação de câmeras de
CFTV na horizontal.
Possui um controlador bem simples com funções de movimento para a direita,
esquerda, parado e o automático, onde a unidade irá girar até um ponto de final de
curso que pode ser definido por grampos de fixação, e chegando neste ponto
começa a girar no sentido oposto. A detecção do final de curso é feita por chaves
que são pressionadas quando o limite é atingido.
O uso de panoramizadores é bastante restrito e suas limitações também
muito óbvias, mas ele teve seu papel na evolução do CFTV e hoje em dia ainda é
aplicado em algumas situações.
26

Suas limitações incluem a baixa velocidade, dificuldade de controle, limitação


de ângulo de giro com capacidade para no máximo 350 graus e fácil identificação da
área que está sendo visualizada.

Figura 4: Sistema Panoramizador.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

• Sistema PTZ (Pan-Tilt e Zoom):


PTZ é a abreviatura de Pan-Tilt e Zoom que são movimentadores para
câmeras que permitem a movimentação horizontal e vertical da câmera utilizados
em conjunto com uma câmera com lente zoom.
Possuem uma mesa de controle com funções básicas de movimento para a
esquerda, direita, para cima e para baixo, além do movimento de panoramizador
automático, exatamente igual ao do panoramizador.
Foram muito utilizadas, mas hoje em dia tem suas aplicações cada vez mais
restritas, suas limitações caem praticamente nos mesmos problemas e limitações do
panoramizador mas tornam-se criticas também a questão relativa a distância de
cabos com alimentação direta do controlador e da quantidade de cabos envolvidos
no projeto.
Para exemplificar, uma PTZ típica possui um cabo para controlar o movimento
de cada direção (esquerda, direita, para cima e para baixo), mais o comum e o
automático, totalizando seis cabos. Se acoplarmos uma lente tipo Zoom, então a
quantidade de cabos irá aumentar ainda mais pois precisaremos de 2 cabos para o
Zoom, 2 cabos para o foco, 2 cabos para o controle de íris, entre outras conexões
dependendo da lente utilizada, ou seja teríamos que ter um total de 12 cabos no
mínimo, fora o cabo para o sinal de vídeo. Essa quantidade de cabos é para uma
27

câmera. Se utilizarmos mais câmeras, basta multiplicar a quantidade de câmeras


pelo número de cabos em cada uma, que obviamente resultará em um número
absurdo de cabos.
Agregamos a isso ainda a fácil identificação da direção do PTZ, que pelo seu
design e forma são inconfundíveis, assim como sua direção de posicionamento. Sua
baixa velocidade de movimentação, ausência de funções mais avançadas, como
posições memorizadas, percursos programados, etc.

Figura 5: Câmera PTZ.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

• Speed Domes:
São Câmeras avançadas com mecanismo de Lente Zoom de grande
capacidade, movimentação em 360 graus horizontal e 90 graus na vertical
integrados.
Além disso se trata de um sistema de comunicação para longas distâncias em
barramento, ou seja, diversas câmeras endereçadas utilizando a comunicação pelo
mesmo cabeamento através de protocolos de comunicação tipo RS-485 ou RS-422,
permitindo a instalação de várias câmeras na mesma conexão.
28

Figura 6: Câmera Speed Dome.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

Possuem ainda, dependendo do modelo e do fabricante, grande velocidade


de resposta em cada um dos comandos, em média de 100 a 400 graus por segundo,
com uma grande quantidade de posicionamentos pré definidos (presets) havendo
entre 16 a 256 possibilidade de seqüências de posicionamentos (Tours), ajuste de
velocidade (em graus por segundo), Zoom Digital entre 2 a 16 Vezes, foco
automático, íris automática ou manual, outro detalhe importante é que o conjunto
fica completamente inserido em um dome ou domo que é uma cúpula de material
acrílico transparente ou fumê que dificulta e dependendo da altura, impossibilita a
verificação visual da direção para a qual a câmera está posicionada.

Figura 7: Teclado de Controle para Speed Domes.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.
Outra função recente e muito interessante é o Night & Day, que muitas speed
domes possuem, onde a câmera tem um sistema de detecção de intensidade de
iluminação da imagem, seja pela análise do sinal de vídeo, ou seja pela utilização de
29

sensores, e um servo-mecanismo que, em algumas câmeras troca o elemento


sensor utilizado (CCD), e em outras modifica o filtro de imagem em frente ao sensor
da câmera.
As câmeras tipo speed dome são sem dúvida superiores as câmeras fixas, e
a outros sistemas panorâmicos, pois possuem recursos de zoom, pan-tilt, presets,
ajuste de íris e foco, entre outros inúmeros recursos não disponíveis em câmeras
fixas e que se tornam inviáveis nas mesmas.
A utilização de Speed Domes a cada dia torna-se uma melhor opção, em
relação aos sistemas de PTZ. Uma vez que já possuem integrados internamente
sistemas completos de movimentação, Zoom e controle, além de terem uma
instalação muito mais simples, manutenção mais facilitada, controle e funções
avançadas, Presets, ligação de diversas câmeras em rede, programações especiais
e uma série de recursos mais avançados que os sistemas convencionais.
A relação custo x benefício é muito boa, tendo em vista o máximo
aproveitamento dos recursos e facilidade de instalação. Porém, estes sistemas
exigem uma melhor qualificação dos profissionais envolvidos.

Figura 8: Centralização do Sistema de controle.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

3.2.3.2 Câmeras Fixas

Largamente utilizadas nas mais diversas aplicações, as câmeras fixas


fornecem um ângulo de visão fixo e pré-definido permitindo a visualização de áreas
ou objetos específicos.
30

De acordo com a aplicação será definido o tipo de câmera, lente, funções, etc.
Temos no mercado os mais diversos tipos e modelos de câmeras e
acessórios disponíveis que permitem uma aplicação de acordo com a necessidade
do local e do cliente, indo desde sistemas P&B, Color, internos, externos,
automáticos, fixos, digitais, analógicos, alta e baixa resolução, até as micro-câmeras.
Os pontos principais na definição de uma câmera são o tipo, o sistema de cor,
a lente utilizada (que irá determinar a área coberta), e as funções disponíveis.
Em sua maioria além de possuírem uma boa resolução, podem aceitar os
principais tipos de lentes, possuem normalmente várias funções de melhoria e
compensação da imagem, e recursos de ajuste. Além disso, as câmeras fixas
possuem um circuito e montagem bem mais robustos e resistentes a interferências e
pequenas descargas.
Normalmente as câmeras fixas têm um custo mais alto que micro-câmeras,
por exemplo, mas muito mais baixo que as speed-domes, tendo um bom
desempenho na maioria das aplicações, desde que tenham sido dimensionadas
corretamente.
A definição da área de visualização da câmera se dará pela distância focal da
lente utilizada.
Uma boa solução para manter um bom nível de segurança e um bom custo-
benefício com o sistema de câmeras fixas seria incluir a versatilidade e agilidade de
um sistema de speed domes utilizando os dois sistema em conjunto, pois desta
forma teremos a supervisão constante das áreas de risco através das câmeras fixas
e a capacidade de acompanhar movimentos, fazer o reconhecimento, confirmar
ações suspeitas, visualizar placas de veículos, utilizando speed domes, enfim todas
as funções de aproximação. Mas logicamente isto só se aplica a instalações de
grande porte e com capacidade de investimento compatível.

Figura 9: Câmera Profissional.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.
31

3.2.3.3 Câmeras IP

Uma Camera IP, também conhecida como câmera de rede é um dispositivo


eletrônico que permite ao usuário visualização ao vivo das imagens, através de uma
rede local ou remotamente via internet, com funções de visualização, controle,
monitoramento e gravação.
Consiste basicamente de um sensor de imagem, circuito de análise e
processamento de vídeo, servidor de vídeo web e interface de rede, integrados no
mesmo equipamento com funções e programação otimizados para uma operação
em conjunto com sistemas de rede.
É formada internamente por uma complexa estrutura de processos,
controladas por um sistema operacional próprio, integrando todas as funções
necessárias para a sua operação e gerenciamento, incluindo a transmissão remota,
processos de captura e compactação de imagens, configuração remota, controle de
periféricos, atualização de aplicação, entre outras.
Diferentemente das câmeras de CFTV analógicas, as câmeras IP possuem
uma comunicação através de redes ethernet, utilizando protocolos de transmissão
de dados, baseados principalmente em TCP/IP.
Uma câmera IP combina uma câmera de CFTV com características de um
servidor de vídeo web, incluindo a digitalização e compactação de vídeo, assim
como a conectividade de rede.
A partir da rede, o vídeo é transportado através de uma rede IP, através de
hubs, switches e roteadores, e gravado em ou um PC com o Software de
Gerenciamento e Controle de Vídeo (NVR), ou ainda em um NVR de hardware
dedicado.
Representa uma atualização dos sistemas de CFTV para uma estrutura digital
de transmissão de imagens em rede, sendo também um sistema de vídeo
plenamente baseado em rede, onde nenhum componente analógico intermediário
está sendo utilizado.
Um sistema de vídeo em rede utiliza o processamento nas câmeras IP como
forma de reduzir a utilização da banda, permitir a utilização da infra-estrutura de rede
existente, ampliar as capacidades e conectividades do sistema de CFTV.
Proporciona ainda uma resolução superior (megapixel), qualidade de imagem
consistente, possibilidade de POE (Power Over Ethernet - Alimentação sobre Rede),
32

utilização de dispositivos de rede Wireless (Wi-Fi), possibilidade de Pan/Tilt/Zoom


Integrados, áudio, entradas e saídas digitais, acionamento de dispositivos, maior
flexibilidade e capacidade de integração.
Algumas das vantagens das câmeras IP incluem:

• Utilização de infra-estrutura de rede e cabeamento estruturado, reduzindo os


custos de implantação e manutenção de redes distintas.
• Permite a utilização de soluções abertas ou híbridas para gravação e
gerenciamento.
• Maior confiabilidade e segurança na transmissão de imagens;
• Possibilidade de alimentação via POE (Power over Ethernet), ou seja
alimentação através do cabo de rede, que faz a transmissão de dados e
alimentação.
• Possibilidade de atualização de aplicação (Firmware) e configuração remota
via rede ou internet.
• Suporte a múltiplos padrões de vídeo e resoluções inclusive megapixel.
• Transmissão de comandos PTZ (pan, tilt e zoom) para câmeras móveis e
speed-domes através do mesmo cabo.
• Possibilidade de transmissão de áudio, áudio bi-direcional, interface de
entrada e saída de alarme, etc.
• Envios de alertas automáticos por e-mail e armazenamento de imagens por
FTP.
• Suporte a diferentes codecs e formatos de compactação de vídeo, assim
como diferentes protocolos de acordo com a aplicação.
• Suporte a funções de vídeo inteligente, incluindo detecção de movimento,
reconhecimento de faces, análise de movimentação, reconhecimento de
objetos estranhos, reconhecimento de falta de objetos ou mudança de cena,
entre outras.
• Possibilidade de integração com sistemas avançados de controle, incluindo
funções de vídeo, supervisão, controle de acesso, alarme, automação,
controle de tráfego, etc.
• Equipamentos prontos para crescerem de acordo com as necessidades da
aplicação e desenvolvimento dos sistemas, permitindo uma vida útil maior
sobre esta expansão.
33

Vemos que se trata de um tipo de câmera muito completo porem com um


considerável consumo de banda de rede e um custo ainda alto, pela densidade de
funções muitas vezes excedendo a necessidade real da instalação.

Figura 10: Câmera IP - WireLess.


Fonte: Digital Vision, 2010.

3.2.3.4 Micro-Câmeras

São câmeras de pequeno porte que se caracterizam por ter um custo muito
baixo, mas uma qualidade bastante limitada.
São amplamente utilizadas no mercado nacional devido ao seu custo
extremamente baixo e sua facilidade de instalação.
Na prática, muitas vezes sua qualidade e desempenho deixam muito a
desejar onde o nível de complexidade das imagens ou ambiente é um pouco maior.
Existem modelos coloridos ou Preto e Branco, possuem poucas funções
integradas e suas especificações sendo câmeras muito simples, suplantadas em
termos de qualidade e funcionalidade por qualquer outro tipo de câmera.
Possuem lentes fixas entre 2,5, 3,6 e 4mm e normalmente não tem facilidade
de troca. Alguns modelos possuem ainda leds infravermelho acoplados para
captação de imagens no escuro a pequenas distâncias.
São utilizadas principalmente em residências, lojas, farmácias, consultórios,
escritórios, etc.
34

Figura 11: Micro-Câmera.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

Existem ainda as Micro-Câmeras chamadas Pin Hole. São micro-câmeras


com a característica de possuírem uma lente com tamanho extremamente reduzido,
sem ter qualquer tipo de prejuízo a captação da imagem.
São geralmente utilizadas em locais ocultos, embutidas ou em aplicações
onde o tamanho deva ser o menor possível. É possível captar imagens mesmo com
orifícios de cerca de 1,5mm.
Sua utilização principal é semelhante a das micro-câmeras convencionais.

Figura 12: Micro-Câmera Pin-Hole.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.

3.3 Monitores de Vídeo

Depois que o sinal de vídeo enviado pela câmera chega ao local onde será
monitorado, ele deve ser convertido pra sinal luminoso, essa conversão é feita
através do monitor.
Trata-se de um equipamento similar a uma televisão, mas não tem como
objetivo sintonizar canais, pois não tem seleção de emissoras.
A escolha do monitor deve ser feita de acordo com cada projeto, levando em
consideração seu tamanho ideal, a quantidade adotada e a localização. Afinal é este
35

o equipamento que irá nos mostrar o resultado de todos os componentes do


sistema.
Estes monitores aceitam várias formas de entradas de vídeo de uma câmera,
matriz ou dispositivo de gravação, e convertem o sinal em uma figura visível na tela.
A capacidade do monitor de prover uma imagem precisa e clara ao olho
humano é o elemento-chave para qualquer sistema de CFTV, de nada adiantaria a
utilização de câmeras de alta resolução, cabos de alta qualidade, lentes de ires
automático se o monitor for de baixa qualidade.
Os principais tipos de monitores são o Monocromático e o Colorido.
Cada categoria de monitor é especialmente apropriada para uma ou mais
aplicações.
As aplicações típicas de vigilância utilizam monitores monocromáticos ou
coloridos. O tamanho do monitor não necessariamente indica a qualidade da
imagem.
A principal consideração na seleção do monitor é assegurar-se de que ele
possui resolução igual ou superior à saída da câmera ou do link de transmissão.

3.3.1 Tipos de Monitores

• Monitor P&B ou Monitor Colorido


Anteriormente a utilização de televisores comerciais como monitores de
CFTV era quase um padrão no mercado brasileiro. Porém aos poucos a melhor
qualificação dos instaladores e a necessidade de melhor qualidade por parte dos
usuários têm levado o mercado a utilizar com mais freqüência soluções profissionais
para CFTV incluindo monitores especializados. Era comum também a utilização de
monitores P&B de 9 a 12 polegadas (diagonal) que eram amplamente utilizados na
área de segurança.
Nos dias de hoje, dependendo da aplicação, são utilizados monitores
coloridos de 14 polegadas ou ainda monitores de 17, 19 polegadas para aplicações
mais complexas. Como os monitores coloridos precisam de 3 diferentes pontos de
cores para produzir um ponto de informação no monitor, com isso temos uma menor
resolução nesses monitores do que teríamos nos monitores P&B.
A utilização de Televisores, apesar de ser possível, não é recomendada
dadas as suas características de resolução, tratamento de fósforo, construção e
36

proteção não terem sido desenvolvidas para trabalhar longos períodos com imagens
estáticas. Dessa forma, normalmente uma TV tem uma vida útil pequena em
aplicações de CFTV. Além disso, uma TV permite a troca de canal e com isso a
parada no monitoramento das câmeras.

• Monitor Único, Monitor Quad e Monitor de 4 Canais


Um monitor Quad possui internamente um circuito de um Quad e
normalmente possui 4 entradas DIN para os sinais de vídeo de até 4 câmeras.
Os monitores de 4 canais possuem internamente um seqüencial de vídeo
para até 4 câmeras, que utilizam normalmente conectores DIN para as entradas de
vídeo.
Os monitores Quad ou de 4 Canais normalmente são vendidos em kits de
observação compostos por equipamentos simples, pré-montados para uma
instalação mais simplificada e uma aplicação de menor segurança.
Normalmente não são compatíveis com equipamentos de outros fabricantes.

• Monitores VGA
Em sistemas digitais tais como DVRs e PCs com placa de captura a utilização
de monitores XVGA é altamente recomendada, uma vez que sua resolução é muito
superior a monitores de vídeo composto, que antigamente eram o padrão para
sistemas de CFTV.
Além de uma ótima resolução, também possuem um custo muito atrativo e
uma manutenção e substituição muito fácil dada a sua ampla disponibilidade no
mercado.

Figura 13: Exemplo Monitor Analógico.


Fonte: Policom, 2010.
37

• Monitores LCD
Os monitores LCD são a melhor tecnologia disponível atualmente, em relação
ao custo x beneficio, para sistemas de CFTV.
Além de possuírem uma ótima resolução de imagem, trabalhando com os
padrões XVGA, possuem normalmente uma grande vida útil, e um consumo muito
inferior ao consumo de monitores com tubo de raios catódicos, o que compensa o
investimento um pouco mais alto.

3.3.2 Resolução do Monitor

Os monitores no sistema NTSC possuem 525 linhas de varredura vertical


independente de seu tamanho.
Uma resolução horizontal de 700 linhas para monitores P&B representa um
valor médio e um monitor com mais de 900 linhas representa um monitor de alta
resolução em um sistema EIA.
A resolução horizontal de monitores coloridos de média qualidade está por
volta de 300 linhas e monitores com mais de 450 linhas são definidos como de alta
resolução.

3.4 Fontes de Alimentação para Câmeras

Existem dois tipos básicos utilizados para alimentação de câmeras para


CFTV, o primeiro se trata de uma fonte de 12VDC e o segundo de uma fonte
24VAC.

3.4.1 Fontes de 12VDC

A maioria das micro-câmeras, mini-câmeras, além de alguns modelos de


câmeras profissionais trabalham com 12VDC.
Possuem um consumo entre 100mA e 300mA para câmeras P&B e 150mA a
300mA para as coloridas.
38

A alimentação DC ou CC é um tipo de alimentação contínua como a fornecida


por pilhas ou baterias, onde a polaridade é fixa.
Estas câmeras normalmente possuem conectores para fontes de alimentação
DC. É importante ter em mente que neste sistema de alimentação as conexões são
polarizadas, por isso certifique-se de que as conexões sejam feitas de forma correta,
ou seja, positivo da fonte no terminal positivo da câmera e negativo da fonte
conectado ao terminal negativo da câmera.
A alimentação de 12VDC pode ser fornecida por fontes de alimentação
conectadas a rede elétrica ou baterias. Essa alimentação não deve ser passada por
grandes distâncias pois pode ocorrer uma grande perda no cabo, gerando
aquecimento e alimentação inadequada para a câmera.

Figura 14: Fonte de Alimentação 12VDC.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.
3.4.2 Fontes de 24VAC

Grande parte das câmeras profissionais trabalham com alimentação 24VAC,


tendo um consumo médio entre 3 e 10 Watts com uma corrente normalmente entre
200 e 500mA.
As câmeras possuem a conexão da alimentação normalmente por bornes
parafusados, não sendo necessário verificar a polaridade dos terminais.
Não se trata exatamente de uma fonte, mas sim de um transformador
abaixador da tensão da rede de 127V/220V para 24V.
Dependendo do fabricante pode possuir um sistema de proteção simples.
Esta alimentação é conectada a rede elétrica, sendo que o cabo de força não deve
acompanhar o cabo de vídeo por grandes distâncias, assim é torna-se necessária
uma infra-estrutura separada para levar esse cabo até a câmera.
39

Diferentemente da alimentação de 12VDC, a alimentação AC de 24V pode


ser transmitida a distâncias superiores a 200 metros, dependendo do cabo utilizado,
podendo alimentar normalmente câmeras externas, ou câmeras que não possuem
nenhum ponto de alimentação próximo, sem grandes perdas no cabeamento.
Para sistemas que utilizam seqüenciais ou matrizes é importante utilizar
câmeras profissionais com alimentação 24VAC e configurar o sincronismo para Line-
Lock, ou seja, todas as câmeras serão sincronizadas utilizando como base de
referência a rede elétrica (60Hz no Brasil), para evitar o "pulo" da imagem na troca
de uma câmera para outra no monitor.
Existem ainda câmeras que aceitam os dois tipos de alimentação 12VDC ou
24VAC, estas câmeras normalmente são de melhor qualidade não necessitam
polaridade específica da fonte DC.

Figura 15: Fonte de Alimentação 12VDC/24VAC.


Fonte: Eagle Vision, 2010.

3.5 No-Break de Alimentação Geral do Sistema

De acordo com o nível de segurança torna-se necessário um sistema que


possa garantir um suprimento de energia ininterrupto e estabilizado para o circuito
de câmeras.
Se perdermos todo o sistema de segurança em caso de falta de energia
termos uma instalação totalmente vulnerável.
Assim entram em cena os No-Break’s, também conhecidos como sistemas
ininterruptos de energia e pela sigla em inglês “UPS” (Uninterrupted Power System).

3.6 Equipamentos de Processamento e Gravação de Imagens


40

3.6.1 Sistema Analógico

3.6.1.1 Multiplexador

O Multiplexador de imagem surgiu pra que pudéssemos gravar múltiplas


câmeras em um só gravador. Além desse papel primário ele possui outros recursos,
como o de divisor de imagem, podendo no caso, de um equipamento para 16
câmeras, dividir a tela em 4, 9 ou 16 quadros, quer dizer, podemos ter até 16
câmeras simultaneamente apresentadas em um único monitor.
Durante muitos anos os multiplexadores foram a melhor e mais avançada
alternativa de gerenciamento de sistemas de CFTV, permitindo que várias câmeras,
usualmente em conjuntos de 4, 10 ou 16 canais fossem gravadas simultaneamente
em um mesmo time-lapse.
Graças a seu princípio de funcionamento, o multiplexador tem uma operação
bastante interessante, pois além de gravar imagens de todas as câmeras em
intervalos menores, possuem ainda a capacidade de mostrar as imagens em multi-
screen, ou seja várias câmeras ao mesmo tempo no monitor, permitindo ao operador
um controle de um número maior de câmeras.
Além disso, as imagens são enviadas para a gravação em quadro completo,
significando uma menor quantidade de informações perdidas nas imagens.
A saída do multiplexador possui uma forma seqüencial em alta velocidade,
que é sincronizada e controlada na gravação e também na reprodução.

3.6.1.1.1 Multiplexador Simplex

Permite a visualização das imagens de uma câmera em Tempo Real e ao


mesmo tempo envia as imagens de todas as câmeras para gravação em um Time
Lapse.
Permite ainda a reprodução de qualquer câmera ou de todas as câmeras para
uma análise mais detalhada.
Porém as imagens só podem ser exibidas em formatos multi-tela, enquanto a
gravação estiver desabilitada.
É um equipamento Ideal para locais sem operador ou visualização.
41

Assim vemos que este equipamento irá apenas gravar ou reproduzir, ou seja,
se ontem ocorreu um evento e hoje nós vamos assistir a fita dessa ocorrência,
durante o período de reprodução o multiplexador não irá enviar a imagem das
câmeras para o gravador.
Isto significa que quando o Multiplexador está no modo de gravação, ele não
consegue dividir a tela no formato Quad, 9 ou 16 imagens, e somente apresenta tela
cheia ou seqüencial e quando ele está no modo de reprodução, ele não consegue
enviar as imagens que estão sendo captadas pelas câmeras para gravação.

3.6.1.1.2 Multiplexador Duplex

Permite a gravação das imagens multiplexadas em um Time-Lapse ao


mesmo tempo em que processa e reproduz imagens previamente gravadas a partir
de um segundo Time-Lapse.
Permite ainda a reprodução de qualquer câmera ou de todas as câmeras para
uma análise mais detalhada.
As imagens podem ser exibidas em uma variedade de formatos de multi-tela
mesmo durante a gravação. Possui um custo superior ao Multiplexador Simplex.
Atualmente os gravadores digitais já suplantam todas as características dos
multiplexadores, até porque são dispositivos desenvolvidos sobre a tecnologia base
dos multiplexadores, porém, aos poucos a utilização dos multiplexadores vai sendo
reduzida com a entrada cada vez maior dos gravadores digitais no mercado.

3.6.1.1.3 Codificação das Imagens

O multiplexador é um equipamento que consegue gravar até 16 câmeras em


um só gravador utilizando o seguinte recurso, quando ele vai gravar um quadro,
envia a imagem de uma câmera "x" e atribui a essa câmera um número
correspondente, no próximo quadro a ser gravado, pelo Time Lapse, o multiplexador
envia o quadro da próxima câmera "X + 1" e atribui a ela um outro número
correspondente.
Quando o Multiplexador vai reproduzir a câmera selecionada, ele busca no
gravador o número correspondente a aquela câmera e vai exibindo na tela essas
imagens, de maneira a reproduzir somente uma câmera selecionada.
42

Assim ele busca no gravador o número correspondente a câmera e vai


exibindo na tela essas imagens. A reprodução das câmeras também pode ser feita
nos modos quad, 9 ou 16 câmeras, bastando a seleção dessas opções na hora de
reproduzir a fita.

3.6.1.2 Time-Lapse

Os Time-Lapses são equipamentos de gravação de imagens em fitas de


vídeo convencionais. Permitem a gravação entre 24 e 960 horas em uma fita VHS
normal de 120 minutos.
Isto é conseguido através da modificação dos intervalos entre as gravações
das imagens, o que normalmente é feito em um intervalo de 30 quadros por segundo
em um vídeo cassete, nos time-lapses é feito em um intervalo de15, 10, 5, 1 ou
menos quadros por segundo.
A gravação em fita VHS em um Time-lapse pode ser comparada com uma
gravação de uma seqüência de fotos com intervalos mais lentos que, por exemplo,
se for programado para gravar uma imagem a cada 0,4 segundos o gravador irá
gravar por 48 horas em uma fita VHS T-120. Este modo de gravação irá reproduzir 2
imagens a cada segundo.
Alguns Time-lapses permitem a gravação de áudio para modos de até 24
horas com uma fita VHS T-120.
É possível também fazer programações para gravações agendadas
diariamente ou semanalmente.
Normalmente é disponibilizada a função de auto repetição da gravação,
quando a fita termina é automaticamente retrocedida até o inicio e a gravação é
reiniciada.
Estes dispositivos muitas vezes também disponibilizam entradas e saídas
para interfaces e funções especiais, como conexão de detectores de movimento,
alarmes, conexão de gravadores em cascata, aviso de final de fita e sincronismo
controlado por multiplexadores.
Quando um detector de movimento está conectado ao gravador, a gravação
será ativada por um período de tempo pré-determinado a partir do acionamento do
detector.
43

A utilização de Videocassetes domésticos não é recomendada, pois não


foram projetados para uma gravação durante um longo período, assim como não
são resistentes o bastante para operar continuamente em aplicações de segurança.
Sua utilização está também praticamente obsoleta, devido às suas grandes
limitações de perda de imagens, lentidão de resposta, limitação física, necessidade
de fitas, desgaste mecânico, entre outras. Contudo ainda são amplamente
encontrados em diversos locais, inclusive em agências bancárias.

3.6.1.2.1 Fitas Recomendadas

Algumas marcas ou tipos de fitas de vídeo podem prejudicar as cabeças de


vídeo, podendo ocasionar um desgaste prematuro das cabeças de vídeo.
Fitas tipo "NORMAL", "PADRÃO" ou "PADRÃO ALTO" são normalmente
preferidas às fitas tipo "ALTO GRAU".
A determinação do tipo de fita correto pode ser confusa.
Se a dúvida ocorrer, escolha a fita de menor preço de alguma marca ou
fabricante de qualidade reconhecida.
Fitas de Alto Grau podem não ser aplicáveis para aplicações no modo Time-
lapse devido a capa de óxido na fita ser muito leve. Uma vez que este revestimento
leve quebrar, as partes internas da fita (mais abrasivas) entram em contato com as
cabeças de vídeo, causando um desgaste mais rápido e a obstrução das cabeças.
Se uma determinada marca de fitas for utilizada com sucesso por um longo
período de tempo, não é necessária a troca para outra marca de fitas.
De qualquer forma, com a proliferação das marcas de fitas, deve ser tomado
cuidado na utilização de fitas de marcas desconhecidas.

3.6.1.2.2 Utilização das Fitas

O número de passagens da fita é importante. Quando a fita é gravada uma


vez do inicio ao fim, uma passagem ocorreu.
Trinta passagens é o número de utilizações recomendadas para velocidades
de gravação entre duas e quarenta e oito horas.
De dez a vinte passagens é o número recomendado para velocidades de
gravação acima de quarenta e oito horas.
44

Se a gravação for feita no Modo Pause então o número de passagens


recomendado passa a ser dois.
Um agendamento periódico de manutenção, pode prolongar a qualidade e
desempenho dos equipamentos.

3.6.1.2.3 Cabeças de Vídeo

O desempenho contínuo das cabeças de vídeo pode ser afetado por:

 Marca ou tipo de fita utilizada,


 Número de passagens de cada fita,
 Poeira do ambiente e acumulada na área de operação do VCR,
 A integridade mecânica do transporte (Manutenção Periódica: Inspeção e
manutenção do VCR).

Para obtermos uma maior confiabilidade, a incorporação de um Programa de


Manutenção Preventiva torna-se necessária para manter o gravador em sua melhor
condição de operação.
A maioria dos sistemas envolve aplicações que utilizam gravadores 24 horas
por dia, sete dias por semana.
Com o uso constante, a escolha da fita e a freqüência do uso de cada fita
tornam-se altamente importantes.
Uma inspeção do VCR a cada 4.000 horas e uma agenda Manutenção
Periódica profissional a cada 8.000 ou 10.000 horas deve ser feita para assegurar a
integridade do seu sistema de segurança e de suas gravações.

3.6.2 Sistema Digital

3.6.2.1 DVR (Digital Vídeo Recorder)

3.7 Rack de CFTV


45

3.8 Infraestrutura

Falar da instalação, que normas são aplicáveis (NBR-5410),

3.8.1 Meio Físico de Instalação

Falar do material utilizado (eletrocalhas lisas e ou perfuradas)

3.8.2 Sistema de Aterramento

Falar do esquema de aterramento mais interessante (TN-S) e explicar o


porquê da escolha sob o ponto de vista de proteção de sistemas eletronicos, incluir
uma explanação sobre descargas laterais.

3.8.3 Cabeamento Utilizado

3.8.3.1 Sistema Analógico

Cabos Coaxiais e de Força

3.8.3.2 Cabeamento Estruturado

O “CE”, Cabeamento Estruturado é uma infra-estrutura única de cabeamento


metálico ou óptico não proprietária, capaz de atender a diversas aplicações,
proporcionando flexibilidade de layout, facilidade de gerenciamento, de
administração e de manutenção.
O Cabeamento Estruturado suporta aplicações de data centers, dados, voz,
imagem, controles prediais, residenciais e industriais através de um meio físico
padronizado.
Os profissionais de tecnologia da informação, engenharia, arquitetura e
automação utilizam esta infra-estrutura pelas vantagens que ela apresenta em
46

relação aos cabeamentos tradicionais, em que as aplicações são atendidas por


diferentes tipos de cabos para cada aplicação (exemplo: um tipo de cabo para dados
e outro para voz).
Atualmente, as aplicações tornam-se cada vez mais convergentes. Um
exemplo disso é o aplicativo VoIP (Voz sobre IP) e as câmeras IP (Vídeo sobre IP).
Além disso, as empresas estão utilizando aplicações emergentes que
necessitam de largura de banda, como, por exemplo, vídeo conferência, e-learning,
e-business, câmeras IP, entre outras.
O Cabeamento Estruturado atende a todas as exigências atuais e futuras de
comunicações, não apenas nos ambientes corporativos e residenciais, mas também
nos ambientes de data centers e fabris.
Para melhor compreensão do assunto, pode-se fazer analogia com um
sistema elétrico de um edifício ou residência, no qual o cabeamento instalado
proporciona ao usuário a possibilidade de utilizar diversos tipos de aparelhos como
TV, som, DVD, fax, etc.; bastando para tanto que o cabo de alimentação destes
equipamentos seja “plugada” na tomada que se encontra na parede ou no piso do
local.
Da mesma maneira, o Cabeamento Estruturado proporciona ao usuário, de
maneira simples e organizada, a utilização de um PC, um telefone, uma câmera de
vídeo, um leitor de cartão, um sensor de presença, entre outros equipamentos.
Além de padronizar a infra-estrutura de comunicação de maneira a atender às
diversas aplicações (independentemente do fabricante ou do tipo de equipamento),
o conceito do Cabeamento Estruturado agrega outros benefícios importantes para
os usuários.
Além disso, o investimento em Cabeamento Estruturado representa, em geral,
menos de 5% do custo total da rede local e registra vida útil em torno de 10 anos.
Em vista do que foi mencionado anteriormente, percebe-se que a
implementação do Cabeamento Estruturado é uma decisão muito importante, pois
influenciará na performance de toda a rede, assim como em sua confiabilidade.

Falar da aplicação ao CFTV e das características (impedância) do Cabo utp


categoria 5E e 6E, explicar e ilustrar a padronização de utilização dos pares,
interface com as câmeras, casamentos de impedância que podem ser
necessários.........
47
48

4 CRITÉRIOS BÁSICOS PARA ESCOLHA DOS COMPONENTES

4.1 Escolha das Lentes

A escolha da Distância Focal da Lente (em mm) define o "campo de visão" e


também o tamanho em que as pessoas aparecerão na tela do monitor para uma
determinada distância do objeto até a câmera.

• Comprimento Focal

É a medida entre o centro da lente e o ponto de convergência dos raios de


luz. Quanto menor essa distancia maior o ângulo de visão, da mesma forma quanto
maior a distancia focal menor será o ângulo de visão.

Figura xx: Distancia focal de uma Lente.


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.

Quanto maior a curvatura e a espessura da lente, mais próximo de seu centro


o ponto de convergência dos raios estará. Portanto, menor será a distância focal e
maior o ângulo de visão.
Quanto menor a curvatura e a espessura da lente, mais distante o ponto de
convergência estará, dessa maneira teremos uma distância focal maior e um ângulo
de visão menor.
49

Figura xx: Distancia Focal Lente Espessa e Fina.


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.

Devemos escolher entre um ângulo de visão largo, porém com poucos


detalhes ou um ângulo estreito, porém com muitos detalhes.
Geralmente lentes de 3,6mm devem ser usadas quando o objetivo da
monitoração for obter o maior ângulo possível de visualização, sem que o detalhe da
cena seja um ponto importante. Exemplos: Ambientes externos, Hall de entrada ou
saída, etc.
As lentes de 12 mm devem ser usadas quando algum detalhe na localidade
de monitoração é um fator importante neste processo. Exemplos: Identificação de
pessoas em portas de entrada, corredores longos, etc.

Figura xx: Exemplo Distancia Focal – Vista em Planta.


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.

Quando não conhecermos as variáveis do ambiente podemos contar com as


lentes com ajuste de foco variável, dessa forma o melhor ajuste seria verificado no
momento da instalação.
50

A figura ilustra o modelo clássico para lentes finas com e sem abertura do
obturador. Este modelo é bastante utilizado para escolha de lentes.
Para a maioria das situações este modelo é satisfatório e nos permite
determinar o tipo de lente.

Ampliação da Imagem

Altura da Imagem

Altura do objeto

Distância da imagem

Distância do objeto

Distância focal

Extensão da lente

Figura xx: Modelo Calculo Distancia Focal.


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.

Contudo, como nem sempre há tempo para se fazer todas os cálculos,


normalmente, contamos com a ajuda de uma tabela, como ferramenta prática para
se definir as lentes que serão utilizadas.

Figura x: Campo de Visão.


Fonte: Guia do CFTV, 2010.
TABELA x: Lentes e Respectivos Campos de Visão.
51

Fonte: Guia do CFTV, 2010.

Esta ferramenta disponibilizada permite que você determine a lente correta


para a sua aplicação mesmo em campo, junto ao cliente durante a especificação do
sistema, durante a instalação, etc.
Imprima e use como referencia prática também para definir as áreas de
atuação das lentes e câmeras instaladas.

Utilize a tabela da seguinte forma:


1- Defina a distância da Cena a ser captada pela Câmera
2- Se já possui a lente então verifique a Largura e Altura cobertas pela
mesma
3- Se não possui a lente então a defina, verificando a Largura (H) e Altura
(Vertical) a serem captadas pela câmera
4- Se tiver dificuldade para esta determinação utilize uma régua para indicar
a coluna ou linha escolhida

Observações:
 Foram consideradas lentes e câmeras de 1/3",
 Pode haver aproximadamente + 10% de diferença entre a área definida,
 Dimensões definidas em termos de H x V (Tamanho Horizontal por Vertical),
 As lentes indicadas na tabela são as lentes mais comuns do mercado,
podendo haver variações de acordo com o fabricante.
52

• Montagem em C ou CS
A montagem pode ser em C ou CS, basicamente este parametro está
relacionado a distância da lente ao CCD.
A montagem CS é conectada diretamente a câmera enquanto que a C
necessita de um anel adaptador de 5 mm.

• Formato
Chamamos de formato o tamanho do CCD, ou seja, a área que vai captar a
Imagem. Portanto, o formato da lente deve ser maior que o CCD, para evitar o efeito
tubo, onde visualizamos as bordas da lente e perderemos parte da imagem.

4.2 Escolha das Câmeras

Após verificar os dados apresentados temos como excelentes opções as


câmeras fixas e as Speed-Domes, em vista de suas diversas vantagens.
Podemos ver que a utilização exclusiva de Speed-Domes em sistemas de
CFTV muitas vezes se torna falha, assim como a utilização somente de câmeras
fixas torna o sistema pouco flexível e limitado.
Uma aplicação ideal do CFTV, em locais de grandes extensões ou grande
porte, seria a utilização sistemas mistos, fazendo uso de câmeras fixas e speed-
domes, proporcionado uma cobertura fixa das áreas de maior risco e a possibilidade
de verificação de maiores detalhes e melhor identificação através das speed-domes.
Para sistemas de pequeno e médio porte, a utilização de câmeras fixas
normalmente é suficiente e proporciona um nível intermediário de segurança, sendo
a opção mais viável em termos de custo-benefício.
Levando em conta o objetivo primário de uma câmera de CFTV, que é a
segurança, podemos afirmar que para algumas aplicações pode ser mais seguro
utilizar várias câmeras fixas ao invés de utilizar uma Panorâmica.
Por exemplo, se tivermos uma grande área perimetral para proteger, como
uma fabrica ou um presídio, e utilizando uma speed-dome estivermos visualizando
um movimento, ou veículo suspeito próximo, então, podemos aproximar o zoom
para obter detalhes para uma possível identificação. Mas se neste momento
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tivermos outras áreas sendo invadidas, ou seja, enquanto observamos um suspeito,


a área poderia estar sendo invadida em outros pontos vulneráveis, sem que sequer
ficássemos sabendo, e uma situação destas não é aceitável para nenhum sistema
de segurança ou CFTV.
Outro ponto muito importante na escolha de um determinado tipo de câmera é
o preço, e nesse aspecto a diferença entre câmeras fixas e speed dome é realmente
muito grande.
Podemos assim montar um projeto com várias câmeras fixas, com lentes
auto-íris e caixas de proteção externas, as quais bem posicionadas proporcionarão
uma cobertura completa e simultânea da área a ser monitorada com um custo
bastante reduzido.
Desta forma teremos uma cobertura mais efetiva e segura, porém, essa
configuração não irá permitir visualizar maiores detalhes da imagem para
reconhecimento, verificação de atividades, acompanhamento de movimentação,
zoom para reconhecimento de face ou de numero de placa.
Normalmente a mais cara das câmeras fixas tem um custo bem inferior a
mais barata das speed-domes.

4.2.1 Posicionamento das Câmeras

O Posicionamento de câmeras requer o conhecimento de diversos aspectos.


Dentre eles os principais seriam:
• O local onde os objetos de interesse estão dispostos,
• Quais objetos podem confundir o sistema de visão,
• A Localização e orientação incluindo variações dos objetos de interesse na
cena.
Se o objeto de interesse não pode ser mantido fixo, é necessário determinar
um conjunto de vistas que garantam que este estará sempre na cena.
Em geral, é melhor ser capaz de restringir parte do objeto e assegurar que as
características necessárias são filmadas com um número mínimo de câmeras.

4.2.1.1 Campo de Visão “FOV”


54

O campo de visão ou “FOV”, do termo em inglês “Field of View”, em uma


direção pode ser descrito como:

Onde:
• Dp é o maior tamanho do objeto na direção do ângulo de visão, em
centímetros,
• Lv é a variação máxima da localização e orientação do objeto, em
centímetros,
• Pa é a fração que definirá o campo de visão incluindo a margem de erro, em
por cento.

Figura xx: Campo de Visão “FOV”.


Fonte: CBPF - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, 2010.

Assim basta aplicar a formula para obter o campo de visão na horizontal e na


vertical.
O resultado obtido nos dá a dimensão para a qual devemos escolher a
câmera.
Por exemplo, podemos ter que monitorar um objeto retangular de tamanho
3cm x 6cm e sabemos que a translação máxima é de 0,5 cm em todas as direções
(sem rotação) e que nossa margem de erro é de 10%. Assim teremos o seguinte:
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D p ( horiz ) = 6cm
D p ( vert ) = 3cm
Lv = (2 ⋅ 0.5cm) = 1cm
Pa = 10%
FOV( horiz ) = (6cm + 1cm) ⋅ (1 + 10%) = 7.7cm
FOV( vert ) = (3cm + 1cm) ⋅ (1 + 10%) = 4.4cm

Por tanto o FOV calculado tem uma relação de aspecto de 7:4. A câmera
escolhida terá, provavelmente, 4:3. Assim O FOV final poderá ser um pouco maior
em uma direção.

4.2.2 Tamanho do “CCD”

4.3 Escolha do Monitor

Alguns fatores que devem ser levados em consideração na decisão da


escolha da tecnologia do monitor são:
• Ambiente de operação,
• Custos de manutenção,
• Tamanho da tela,
• Saturação de cor,
• Nitidez de imagem,
• Brilho,
• Qualidade da imagem (ex: resolução),
• Tamanho e peso do monitor.

Durante o processo de escolha dos monitores do sistema, os seguintes


elementos devem ser considerados:

• Tipo e quantidade de monitores,


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• Integração com outros sistemas,


• Arranjo físico dos monitores,
• Capacidade para visualizar em múltiplos locais,
• Matriz ou multiplexador.

O projetista deverá considerar a quantidade de locais onde as câmeras serão


instaladas e decidir se será necessário um monitor por câmera ou utilizará telas com
divisões, ou telas com visualização seqüencial.
Outras considerações incluem os tipos de monitores e seu desempenho, o
volume de atividades a serem monitoradas, o histórico de ocorrências ou da
atividade indesejável e a probabilidade de futuros incidentes.
Estes fatores também influenciarão a escolha do tamanho e do projeto do
monitor.
Um monitor seqüencial colocado a 1,80 m da estação de monitoramento,
visualizando 8 câmeras por minuto, pode não fornecer o tempo adequado e a
qualidade de imagem para detectar um crime ou outros eventos indesejados.
Os seguintes fatores devem ser levados em consideração no projeto de
acomodação dos monitores com o objetivo de melhorar o trabalho do operador:
• Posicionamento dos monitores,
• Distância entre o monitor e o operador conforme o tamanho do monitor,
• Altura do monitor em relação ao piso.
Se o fator humano for considerado no projeto de layout dos monitores, a taxa
de detecção visual sempre será mais elevada.

4.4 Escolha do Tipo de Sistema

A escolha depende também do custo.


O tipo de sistema irá definir os equipamentos e infra estrutura a serem
utilizados.

4.4.1 Sistema Analógico


57

4.4.2 Sistema Digital


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5 MIGRAÇÃO DO SISTEMA ANALÓGICO PARA O DIGITAL

Para verificarmos com se daria uma migração de um sistema analógico para


um sistema digital teríamos de avaliar em primeiro lugar as principais diferenças
entre os referidos sistemas.
De acordo com o que vimos anteriormente temos a seguir algumas das
principais diferenças do sistema analógico para o digital:
• Equipamentos de recepção, gravação e exibição de vídeo;
• Eliminação da necessidade de uma infra-estrutura separada para alimentação
das câmeras.
• Mudança na quantidade de cabeamento utilizado;
• Diferença na impedância do Cabeamento;
• Possibilidade de integração com outros sistemas como o de alarme;
Assim é possível verificar que o principal reaproveitamento se dará com as
câmeras e lentes.
Porem a saída dessas câmeras é coaxial com impedância de 75 Ohms, dessa
forma, como o cabo UTP utilizado tem uma impedância de 100 Ohms, será
necessário acrescentar no projeto um adaptador casador de impedâncias.
Teremos também um provável reaproveitamento do Rack de CFTV, das
fontes e do No-Break.
Em nível de infra-estrutura poderemos reutilizar as eletrocalhas do sistema
existente, por se tratar de uma instalação existente.
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6 DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA DE UM PROJETO


60

7 ANALISE DOS RESULTADOS DO PROJETO


61

8 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS

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