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Esta concepedio do intérprete como mediador conjugada a partir dessa nogdo predicativa da interpretagio induz a uma grande confusdo em termos de seus sentidos mais profundos ¢ abrangentes. Por isso é necessatio distinguiro intéxprete daquilo que corriqueiramente se entende ‘como ““tradutor-intérprete’. Est, sim, dada a natureza de seu trabalho, ‘tua como intermedirio entre partes que falam idiomas diferentes. Nesse sentido, o tradutor-intérprete sera to melhor quanto mais desaparecer hha medida em que desempenha seu papel mediador. Diferentemente do intérprete no dmbito da mésica e também nas demais artes, a precisiio da interpretago nesse caso é fundamental. Entenda-se precisio aqui ‘como a determinagio prévia de um fazer que ndo pode ser abandonada tem hipétese alguma. A precisio da interpretagio possui um compromisso Com a exatidio na medida em que efetua a correspondéncia entre o que dizem os interlocutores. Esse & 0 mesmo princfpio que rege um artefato eletro-eletrénico qualquer, como, por exemplo, um interruptor. Ligar e desligar a corrente elétrica conforme a posigao em que é pressionado consiste na efetuagdo de um proceso absolutamente preciso de interpretagao. Nesse sentido, a efetividade do artefato jamais ocorre ‘em virtude de uma autonomia interpretativa, mas definitivamente ‘mediante a correspondéncia exata entre o que ele realiza e 0 que the fot prescrito como possibilidades de realizagao._ ‘A principio, da mesma maneira otradutor-intéprete no pode, ou pelo ‘menos nio deveria interferirno significado do que originalmente se diz. Sua de técnicas € recursos de ‘considera um bom desempenho| por exemplo, numa conferéncia de paz, © Significado do que originalmentesediz. ‘Na miisica, 0 intérprete, a0 (© conceito se fidelidade nas artes, sobretud stamente inécuo, um resquicio moral apenas, Senqo nn nested & aed ptican scene mec eee Seelam tx sis pores ceca Sancne haw Medan saci unc Som Sn aposiorsma ocscoumee anisms meen Peete tonnes maven 8 ming, mas um acontecimento dos mais comnantan ‘a vida fatica dos seres humanos como tais, Vida fat ae oeteetrinicren oan prs ns sci oe ae ee eaten pesvtsste nis ho coemrsa cree Se tere essa ass interpretacao reine o sentido do ser, considera- ee eee eee ‘aqui quer dizer sentido do ser, Sentido no é AO Ser, mas é com o ser. Nao quer isto dizer, no. jo na medida em que um ente é E que assumir a considerar no apenas um, mas sim os trés , Estes caminhos podem se distinguir, mas nio “Nilo se consegue a sabedoriase apenas se persepve - Sabio é quem sedispie numaexperiénciaconjuta -o aparecer”. O ser, desse modo, nunca ¢ totalmente nao significa que nio produza sentido. Porém, 0 entendimento de significado justapostose of operagbes Idgicas de correspondéncia & artculada pelo constane interpreta sui de modo algum compromisso com a exatida0 ui dicionério justapde termos e definigdes. A ‘eente infere a ambiglidade dojogo de paténcia de muitas faces que, como tal, contém aparéncias og em que no somente o ser se re-vela, mas também do-se e dissimulando-se. A vida fitca nio se apresenta pois, diferente da propria reatidade na qual se insereve € Se Propaga, mas, ela mesma sendo a abertura para o sentido do real, nutre-se de seu caréter dindmico e propulsivo, Ora, quem tem sua propria vida sob ‘controle total? Quem sera capaz. de esmiugar eada meando de sua cexisténcia em grau matemitico de precisio? ‘Ao dizerem que “navegar € preciso, viver nao é preciso”, 08 ‘Argonautas ja afirmavam a dindmica inescrutével da vida fética frente ‘aos mais diversos afazeres e ocupages. vida nao esta premida pela exatidlo, pela precis contrario, viver € algo por demais com-plexo para o qual niio se dispoe de biissola ou astrolabio suficientemente eficaz. Por isso, "ser que pode ser compreendido¢ linguagem”,O que Gadamer nos fala ern sua célebre frase trata justamente da indissociabilidade entre palavra e coisa, isto, entre ser e sentido. O ser manifesta sentido © © sentido manifesta 0 se. Nao hd um sem 0 outro. Por isso mesmo a pr6pria obra de arte jamais rem o seu sentido representa algo de outra esfera, nem a ela se alder {gue Ihe sejaestranho, O sentido da obra de arte sed nea, com else ela. E, no entanto e ao mesmo tempo, articula no somente tespagos e temporalidades, mas diferentes pessoas € Compositores, intpretes e ouvintes. A obra de ate refine a m do real num Idgos postico. ‘A compreensio dessa articulagio de ser acontecimento origindrio da interpretagao que oc hhumanos, sejam eles compositores, executantes 0 ‘ou criangas. Todos sio intérpretes € 0 sio cada u ugar, jamais so 0s substantivos v fPetiletioeaticamantacte, sto, mas case en ea wine paces oa que se possa entender ou mesmo pronunciar uma palavta nec ee, rere Poe ent ep int tne weceincar crests En estuda-se muitotodotipo defundamentolgico-acional nico. Betis ie Sconccmene, mescoponiog ese gerd mais profundamente 0 que € 0 fazer musica/antstico. ‘mais ne6fito que seja na academia das artes, sabe jhertz. Esta é a frequéncia de vibragao da onda sonora & nota La3 da escala geral das alturas. Esse tipo de ‘uma abstracdo fora do comum em termos do-que propria realidade. Seno, vejamos: na Sinfonia n®.7 de ‘obras mais famosas, ninguém escuta realmente os -vibragdo do som. Para fazé-lo € necessirio ouvir 0s computadores 0s diversosartefatos daindéstia silo capazes de fazer numa fragio de miésimo de seres humanos, 0! atengio: 6 até mesmo muitissimo duvidoso que rade Beethoven seja capaz de oir até mesmo ‘0s miisicos so extenuantemente treinados a a nota L43 6 necessério um esforgo gigantesco 1L43 em sua designaco ou mesmo em sua notagao i representagio a que os misicos latinos se . E em que pese 0 fato de aqui e acolé © estatuto da parttura, de sua autonomia “até mesmo sua idemtificagio como a prépria ‘ou qualquer outro Lit da escala geral em mente em se tratando de uma sinfonia no 0 miisico com ouvido absoluto no ‘mas sim a reunido de sentido que a © que escutamos na obra é sempre A obra articula um 1dgos poético porque e toda diferenga entre os sons, entre mente nada tem a ver com ouvir o que a n, nunca ouvimos este ou aquele som ¢ suas “mas ouvimos concretamente obra. Nesta produz e poetiza o sentido. No mais, odo ouvir de um afastamento da realidade. iro, 171: 89/100, out.-dez.,2007

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