Sei sulla pagina 1di 11

ISSN 2237-8219

ANÁLISE INCREMENTAL DE CARGAS EM ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS


ALTOS

Rodrigo de Souza Nogueira 1

Nara Villanova Menon 2

RESUMO

Atualmente os edifícios estão cada vez mais altos, consequentemente as cargas horizontais
provenientes do vento se tornam preocupantes e sua consideração é extremamente importante no
dimensionamento das estruturas. A literatura atual mostra os equívocos provocados por uma análise
convencional que deixa de considerar as forças que atuam nas etapas da construção dos edifícios,
como por exemplo, esforços provenientes dos escoramentos, fôrmas, alvenarias e peso próprio da
estrutura, esse peso é proveniente do pavimento recém concretado que transfere essa solicitação
para o andar inferior, pois esse não possui idade suficiente para resistir a essa ação. Estudar os
esforços provocados por uma análise convencional a fim de avaliar as divergências entre o cálculo
clássico e o cálculo incremental foi o objetivo desse trabalho. Utilizou-se o programa SAP2000 V15
para realizar a modelagem e análise do modelo evolutivo e também do modelo convencional. Na
análise evolutiva considera-se a estrutura sendo solicitada gradativamente levando em consideração
as etapas de construção, carregamentos verticais e horizontais. Na análise convencional considera-
se todo o carregamento solicitando simultaneamente a estrutura depois de terminada. Através da
comparação das análises foi possível determinar a discrepância de resultados entre os dois métodos,
ficando nítida a importância do modelo incremental na elaboração de projetos para fins estruturais a
fim de garantir maior segurança nas estruturas de edifícios de concreto armado.

Palavras-chave: Ação do vento. Cálculo incremental. Cálculo convencional. Edifícios altos. Etapas
de edificação. Método dos elementos finitos.

1
Acadêmico do Curso de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Maringá-UEM, Departamento de
Engenharia Civil-DEC, rodrigosouzan@hotmail.com
2
Profª. Drª., Universidade Estadual de Maringá-UEM, Departamento de Engenharia Civil-DEC,
nvmenon@uem.br
1. INTRODUÇÃO

O êxodo rural fez com que grande fluxo da população migrasse do campo para a cidade, por
causa disso, gera-se um grande aumento da demanda por terrenos, que por sua vez, causa uma
valorização do preço dos lotes. Para abrigar esses novos habitantes é necessária a criação de
edificações cada vez mais altas. Diante dessas mudanças, os projetos estruturais passaram a ser cada
vez mais seguros, levando em consideração a análise dos esforços atuantes na estrutura que são
ações provenientes dos ventos e terremotos.
Segundo Silva (2006), a rápida evolução da tecnologia, principalmente na área
computacional, proporcionou a criação de vários tipos de softwares para cálculo estrutural com
diferentes tipos de modelos estruturais. Este fato causou a mudança do modelo de “laje, viga
contínua e pilar” para o modelo “laje, pórtico espacial com diafragma rígido” na verificação dos
esforços atuantes nas estruturas de concreto armado.
De acordo com Kimura (2007), atualmente a modelagem estrutural dos edifícios de concreto
armado nos programas computacionais utiliza-se os conceitos de pórticos espaciais, nos quais a
estrutura é formada por elementos de vigas e pilares, além das lajes serem representadas por
elementos finitos ou diafragma rígido.
As cargas que atuam nas lajes da edificação são transmitidas para as vigas, por sua vez os
pilares recebem as cargas provenientes das vigas e transmite para as fundações, por fim o papel
principal da fundação é distribuir toda a carga que solicita a estrutura para o solo. Ainda, no
dimensionamento dessas estruturas devem ser verificados os estados limites últimos e de serviços,
pois esses asseguram que os elementos estruturais suportem as cargas que atuam na edificação, a
fim de evitar danos que seriam causados durante a vida útil da estrutura e também economizar com
futuras recuperações que seriam necessárias. (GIONGO, 2007)
De acordo com ABNT NBR 8681:2003 no projeto para o dimensionamento das estruturas
em concreto armado deve-se levar em consideração as forças que atuam nas vigas, lajes, pilares e
fundação. Essas ações são responsáveis por gerar esforços ou deformações nos elementos
estruturais dos edifícios. Ainda, as ações atuantes em uma construção são dividas em três grupos:
ações permanentes, variáveis e as excepcionais. As ações permanentes são forças que agem na
estrutura sempre com a mesma intensidade, e atuam por toda a vida útil da edificação. As ações
variáveis não atuam constantemente nas edificações, ou seja, são cargas que em certo tempo está
solicitando a estrutura e outras vezes não, por exemplo, as cargas acidentais de vento são calculadas
para certa velocidade que não atinge a estrutura sempre, pois a intensidade do vento muda em
função do clima. Além disso, existem alguns tipos de obras que devem levar em considerações as
ações excepcionais, para garantir uma maior segurança contra as forças provocadas por enchentes,
explosões, terremotos, incêndios, essas cargas são extremamente raras de acontecer na vida útil das
estruturas.
Segundo Pereira e Ramalho (2007), as ações horizontais provenientes da força devida ao
vento nas estruturas devem ser consideradas nas análises dos esforços e deformações, pois para o
dimensionamento dos elementos estruturais essas são fundamentais para garantir a segurança da
estrutura. Ainda, as edificações estão cada vez mais altas proporcionando uma ação maior do vento.
A análise dos esforços e deformações em um pórtico espacial de edifício considera as cargas
atuantes agindo sobre a estrutura já finalizada. Esse modelo convencional não considera as ações
que ocorrem durante a etapa de construção do edifício, entretanto, para obter um resultado com
melhor precisão é necessário levar em consideração as forças atuantes desenvolvidas ao longo do
período da construção. Nota-se que a maioria dos carregamentos agem nas estruturas antes mesmo
delas estarem prontas. Quando esses esforços são considerados na análise das estruturas nomeia-se
como cálculo incremental, como ilustra a Figura 1, sendo o peso próprio representado por g e a
carga acidental por pa. Além disso, devido à discrepância entre os resultados dos dois modelos é

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 2


fundamental a utilização do cálculo sequencial para obter uma análise mais condizente com a
realidade. (KRIPKA, 1990)

Figura 1 – Representação do carregamento incremental

FONTE: Kripka (1990)

De acordo com ABNT NBR 6118:2014, quando a verificação pelo método convencional
não garante a segurança da estrutura na etapa da construção, deve ser realizado o projeto
considerando as fases construtivas a fim de avaliar sua importância nos esforços finais. Além disso,
para fazer a análise da estrutura para cada etapa da construção considera-se uma parte da estrutura
acabada com os pesos próprios das estruturas provisórias.
Segundo Prado (1999), as etapas de montagem e retirada das escoras, fôrmas, reescoras e a
concretagem dos pavimentos, provocam solicitações nas estruturas do edifício já em sua construção.
Ainda, o processo de construção da estrutura ocorre de forma repetitiva em todos os andares
fazendo com que aquelas ações atuem durante toda a etapa de edificação.
Conforme Kripka (1990), nas construções de edifícios de concreto armado, utilizam-se
escoramentos e fôrmas para que o andar que foi concretado recentemente transfira sua carga para os
andares inferiores, pois o concreto lançado ainda não possui idade para suporta o seu próprio peso,
ou seja, os andares logo abaixo tem o papel de resistir a essa solicitação. Quando for realizada uma
análise estrutural é importante considerar as etapas de construção, pois certamente os pavimentos
terão que resistir às cargas maiores do que as estabelecidas pelo projeto quando se considera só a
análise convencional.
De acordo com Prado (1999), algumas cargas das etapas de construção são determinadas
com uma boa precisão do que acontece no canteiro de obras como é o caso do peso próprio do
concreto lançado, das escoras e fôrmas. Por outro lado, existem carregamentos de difícil estimativa,
pois esses dependem de vários fatores como: o número de trabalhadores que pode variar conforme a
dimensão da obra e também por conta das características físicas de cada funcionário, dos
equipamentos que serão utilizados no canteiro, dos entulhos gerados pela frente de trabalho sendo
que um mesmo número de funcionários pode produzir menos entulhos em relação à outra equipe e
dificilmente o mesmo número de funcionários irão produzir o mesmo peso de entulho do que na
obra anterior e etc.
Na construção de uma edificação alguns componentes da estrutura podem apresentar
deformações iniciais, esse fenômeno ocorre devido à falta de qualidade, de prumo e de precisão na
etapa de montagem das fôrmas e das ferragens fazendo com que vigas tenham seu comprimento
reduzido ou aumentado, além dos pilares apresentarem um arqueamento inicial. Essas situações
também podem ser consideradas no carregamento incremental, pois geram esforços nos elementos
estruturais durante a etapa de construção da edificação, porém essas ações ocorrem também durante
a vida útil da estrutura. (KRIPKA, 1990)
Este trabalho tem como finalidade comparar o sistema convencional, mais utilizado
atualmente para análise de estruturas de edifícios altos, com o método que considera a ação de
esforços que solicitam a estrutura nas etapas da construção, sendo esses esforços provenientes dos
escoramentos, fôrmas, alvenarias, equipamentos e operários. Para alcançar tais objetivos, utilizou-se

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 3


de um planejamento, no qual as principais etapas são: elaboração de uma ampla revisão
bibliográfica sobre o assunto da pesquisa, comparação dos resultados obtidos, determinação dos
esforços na estrutura carregada pelo modelo convencional, determinação dos esforços na estrutura
carregada pelo modelo evolutivo e mostrar as divergências entre o modelo convencional e o
carregamento sequencial.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

Para a realização da comparação do modelo convencional com o modelo do carregamento


incremental, utilizou-se o software SAP 2000 v.15 que reproduziu uma estrutura de pórtico espacial
de um edifício de 13 pavimentos com uma altura de 39 metros. O edifício possui pé direito de 3
metros e as fundações foram engastadas em todas as direções para impedir a rotação e translação da
estrutura. A planta utilizada para o estudo de caso é a mesma utilizada por Ramirez (1993), com
cada pavimento possuindo uma área de 70 m² como mostra a Figura 2 a seguir.

Figura 2 – Planta que será utilizada no estudo de caso

FONTE: Ramirez (1993)

Em seguida com o auxílio do programa lançaram-se os pilares, as vigas e as lajes. Devido à


necessidade de obter um modelo mais próximo da realidade, usam-se elementos de barra FRAME
para representar as vigas e os pilares e as lajes dos pavimentos do edifício foram divididas em uma
malha retangular utilizando elementos de casca SHELL. Na modelagem de cada pavimento foram
necessários 353 nós, 112 elementos FRAMES e 300 elementos SHELL. Com isso as tensões e
deformações nas vigas e nas lajes são as mesmas que ocorrem quando a estrutura está sendo
solicitada. A modelagem da estrutura inteira possui 4597 nós, 1560 elementos FRAMES e 3900
elementos SHELLS.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 4


A estrutura analisada foi composta por concreto armado e suas características estão
representadas abaixo:
 Coeficiente de dilatação térmica: ;
 Coeficiente de Poisson: 0,20;
 fck: 30 MPa;
 Módulo de elasticidade: 30672,46 MPa;
 Módulo de elasticidade transversal: 12780,19 MPa;
 Peso específico do concreto armado: 25 KN/m³.

Na análise levando em consideração o carregamento convencional foi modelado somente


um pórtico espacial contendo 13 pavimentos, os andares foram carregados com a sobrecarga
acidental, peso próprio, ação devido à alvenaria e as forças horizontais devido ao vento só foram
considerados na maior fachada que possui 10 metros e concentram-se essas ações nos pilares. Nessa
análise as cargas verticais que foram adotadas a fim de se obter as tensões nos elementos estruturais
estão representadas abaixo:
 Sobrecarga (edifícios residenciais): 2,0 KN/m²;
 Carga devido à alvenaria de vedação paredes externas: 3,10 KN/m;
 Carga devido à alvenaria de vedação paredes internas: 1,98 KN/m;
 Carga permanente devido ao peso próprio da estrutura.

Por outro lado, na análise do carregamento sequencial foram modelados 17 pórticos


espaciais de concreto armado para representar cada etapa da construção do edifício em estudo.
Nessa análise os andares foram carregados com as seguintes cargas verticais:
 Carga acidental de montagem: 4,79 KN/m² (composto pelo peso próprio do andar
superior, fôrmas, escoras);
 Carga devido à alvenaria de vedação paredes externas: 3,10 KN/m;
 Carga devido à alvenaria de vedação paredes internas: 1,98 KN/m;
 Carga permanente devido ao peso próprio da estrutura;
 Sobrecarga (edifícios residenciais): 2,0 KN/m².

Para melhor compreensão do modelo incremental, o Quadro 1 a seguir mostra os


carregamentos que atuam na estrutura conforme a sua execução e também os pórticos espaciais que
recebem essas ações. As cargas horizontais provenientes do vento foram consideradas atuando
sozinhas em um pórtico espacial com todos os pavimentos construídos.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 5


Quadro 1 – Ações atuantes nos pórticos durante a etapa de edificação
Carga Retirada da
Carga da
pavimentos Acidental de Peso Próprio Carga Sobrecarga
pórtico alvenaria
construídos Montagem atuando no: acidental atuando no:
atuando no:
atuando no: que atua no:
1⁰ não atua não atua não atua
1
pavimento 1⁰ pavimento 1⁰ pavimento nessa análise nessa análise nessa análise
1⁰ ao 2⁰ não atua não atua
2
pavimento 2⁰ pavimento 2⁰ pavimento nessa análise 1⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 3⁰ não atua não atua
3
pavimento 3⁰ pavimento 3⁰ pavimento nessa análise 2⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 4⁰ não atua
4
pavimento 4⁰ pavimento 4⁰ pavimento 1⁰ pavimento 3⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 5⁰ não atua
5
pavimento 5⁰ pavimento 5⁰ pavimento 2⁰ pavimento 4⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 6⁰ não atua
6
pavimento 6⁰ pavimento 6⁰ pavimento 3⁰ pavimento 5⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 7⁰ não atua
7
pavimento 7⁰ pavimento 7⁰ pavimento 4⁰ pavimento 6⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 8⁰ não atua
8
pavimento 8⁰ pavimento 8⁰ pavimento 5⁰ pavimento 7⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 9⁰ não atua
9
pavimento 9⁰ pavimento 9⁰ pavimento 6⁰ pavimento 8⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 10⁰ 10⁰ 10⁰ não atua
10
pavimento pavimento pavimento 7⁰ pavimento 9⁰ pavimento nessa análise
1⁰ ao 11⁰ 11⁰ 11⁰ 10⁰ não atua
11
pavimento pavimento pavimento 8⁰ pavimento pavimento nessa análise
1⁰ ao 12⁰ 12⁰ 12⁰ 11⁰ não atua
12
pavimento pavimento pavimento 9⁰ pavimento pavimento nessa análise
1⁰ ao 13⁰ não atua 13⁰ 10⁰ 12⁰ não atua
13
pavimento nessa análise pavimento pavimento pavimento nessa análise
1⁰ ao 13⁰ não atua não atua 11⁰ não atua não atua
14
pavimento nessa análise nessa análise pavimento nessa análise nessa análise
1⁰ ao 13⁰ não atua não atua 12⁰ não atua não atua
15
pavimento nessa análise nessa análise pavimento nessa análise nessa análise
1⁰ ao 13⁰ não atua não atua não atua não atua 1⁰ ao 13⁰
16
pavimento nessa análise nessa análise nessa análise nessa análise pavimento

Com os pórticos devidamente carregados, obtiveram-se os valores dos momentos fletores,


das forças cortantes e das forças normais para cada modelo. Com a posse desses dados realizou-se a
comparação dos resultados para análise e conclusão.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 6


3. RESULTADOS

3.1. Cargas devido o vento

As cargas provenientes do vento consideradas na análise da estrutura foram calculadas de


acordo com a norma NBR 6123:1998. Considera-se que a velocidade básica do vento na região de
Maringá-PR sendo igual a 44 m/s. Como a cidade possui um revelo plano a fracamente ondulado o
fator topográfico equivale a 1,0. Além disso, pelo fato da edificação ser utilizada para moradia a
norma em questão considera que o fator estatístico seja 1,0.
Na determinação do fator de rugosidade considerou a categoria IV e classe B, e foi calculado
para diferentes alturas do edifício. Na região onde escolheu para a análise da estrutura o vento é de
baixa turbulência, portanto, o coeficiente de arrasto equivale a 1,43 para maior fachada.
Na análise da edificação só considerou o vento atuando na maior fachada, logo a Tabela 1
apresenta os valores das velocidades características, da pressão dinâmica do vento e da força
relativa do vento atuando na direção y da planta.

Tabela 1 – Ações do vento atuando na estrutura


Carga Carga
Carga
Horizontal Horizontal
Vk q Horizontal
z (m) S2 (KN) (KN)
(m/s) (N/m²) (KN) maior
atuando no atuando no
fachada
pilar P6 e P8 pilar P7
3 0,72 31,53 609,45 26,15 6,54 13,07
6 0,78 34,38 724,76 31,09 7,77 15,55
9 0,82 36,17 802,08 34,41 8,60 17,20
12 0,85 37,50 861,89 36,98 9,24 18,49
15 0,88 38,56 911,34 39,10 9,77 19,55
18 0,90 39,45 953,84 40,92 10,23 20,46
21 0,91 40,21 991,31 42,53 10,63 21,26
24 0,93 40,89 1024,96 43,97 10,99 21,99
27 0,94 41,50 1055,59 45,28 11,32 22,64
30 0,96 42,05 1083,77 46,49 11,62 23,25
33 0,97 42,55 1109,90 47,61 11,90 23,81
36 0,98 43,02 1134,31 48,66 12,17 24,33
39 0,99 43,45 1157,24 49,65 6,21 12,41

3.2. Comparações entre o modelo incremental e modelo convencional

Neste item será feita a comparação dos resultados obtidos através do programa SAP 2000
v15 dos modelos incremental e convencional. Analisaram-se os seguintes esforços:
 Momentos fletores das vigas V3 junto ao seu pilar central P7;
 Momentos fletores das vigas V4 junto ao seu pilar de extremidade P6;
 Forças axiais no pilar P6;
 Forças axiais no pilar P7;

A convenção de sinais adotada na análise dos momentos fletores é positiva quando ocorre
tração as fibras inferiores e negativas quando ocorre tração nas fibras superiores.
Para obter a comparação entre os dois modelos utiliza-se a Equação 1 abaixo que mostra a
variação percentual entre os modelos analisados:

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 7


(1)

Sendo:
: representa a variação percentual entre os dois modelos;
: representa o valor do modelo convencional;
: representa o valor do modelo incremental.

Os valores dos momentos fletores das vigas V3 junto ao seu pilar central P7 estão dispostos
na Tabela 2.

Tabela 2 – Momentos fletores das V3 junto ao seu pilar central P7


Momentos Fletores das Vigas V3 (KN.m)
Modelo Modelo
Pavimento Convencional Incremental ∆X%
(KN.m) (KN.m)
1 -35,82 -38,47 -7,40
2 -33,87 -38,93 -14,94
3 -32,19 -38,45 -19,45
4 -30,32 -37,62 -24,08
5 -28,34 -36,41 -28,48
6 -26,32 -31,11 -18,20
7 -24,33 -33,68 -38,43
8 -22,43 -32,25 -43,78
9 -20,68 -30,85 -49,18
10 -19,15 -31,74 -65,74
11 -17,91 -30,23 -68,79
12 -16,73 -32,48 -94,14
13 -11,06 -28,01 -153,25

Analisando a Tabela 2, percebe-se que os valores dos momentos fletores nas vigas V3 junto
ao pilar central P7 são maiores no modelo incremental. A maior variação percentual ocorreu no
pavimento 13, no qual o valor foi de -153,25 % em relação ao modelo convencional, por outro lado
a menor variação percentual ocorreu no pavimento 1, no qual o valor foi de -7,40 %.
Os valores da análise dos momentos fletores das vigas V4 junto ao seu pilar de extremidade
P6 são mostrados através da Tabela 3 a seguir.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 8


Tabela 3 – Momentos fletores das V4 junto ao seu pilar de extremidade P6
Momentos Fletores das Vigas V4 (KN.m)
Modelo Modelo
Pavimento Convencional Incremental ∆X%
(KN.m) (KN.m)
1 -165,71 -162,12 2,17
2 -186,82 -179,58 3,88
3 -182,3 -174,9 4,06
4 -172,27 -164,72 4,38
5 -160,51 -152,84 4,78
6 -147,87 -140,1 5,25
7 -134,51 -126,65 5,84
8 -120,46 -112,55 6,57
9 -105,72 -97,81 7,48
10 -90,3 -82,15 9,03
11 -74,17 -65,08 12,26
12 -58,96 -48,85 17,15
13 -34,8 -30,54 12,24

Analisando a Tabela 3, percebe-se que os valores dos momentos fletores das vigas V4 junto
ao seu pilar de extremidade P6 são maiores no modelo convencional. A maior variação percentual
ocorreu no pavimento 12, no qual o valor foi de 17,15 % em relação ao modelo incremental, por
outro lado a menor variação percentual ocorreu no pavimento 1, no qual o valor obtido foi de
2,17%.
Os valores da análise das forças axiais dos pilares P6 são apresentados através da Tabela 4 a
seguir.

Tabela 4 – Forças axiais no pilar P6


Forças axiais dos pilares P6 (KN)
Modelo Modelo
Pavimento Convencional Incremental ∆X%
(KN) (KN)
1 -596,73 -548,96 8,01
2 -566,13 -520,59 8,04
3 -532,28 -498,47 6,35
4 -514,36 -474,27 7,79
5 -483,45 -446,16 7,71
6 -448,02 -413,77 7,64
7 -407,84 -375,6 7,91
8 -362,7 -332,91 8,21
9 -312,43 -285,6 8,59
10 -256,86 -233,6 9,06
11 -195,82 -176,95 9,64
12 -129,2 -116,71 9,67
13 -57,03 -52,13 8,59

Analisando a Tabela 4, percebe-se que os valores das forças axiais dos pilares P6 são
maiores no modelo convencional. A maior variação percentual ocorreu no pavimento 12, no qual o

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 9


valor foi de 9,67 % em relação ao modelo incremental, por outro lado a menor variação percentual
ocorreu no pavimento 3, no qual o valor obtido foi de 6,35%.
Os valores da análise das forças axiais dos pilares P7 são apresentados através da Tabela 5 a
seguir.

Tabela 5 – Forças axiais no pilar P7


Forças axiais dos pilares P7 (KN)
Modelo Modelo
Pavimento Convencional Incremental ∆X%
(KN) (KN)
1 -609,18 -634,54 -4,16
2 -599,91 -624,39 -4,08
3 -596,86 -620,09 -3,89
4 -587 -608,91 -3,73
5 -568,55 -589,3 -3,65
6 -541,08 -560,59 -3,61
7 -504,37 -521,93 -3,48
8 -458,26 -472,91 -3,20
9 -402,57 -414,49 -2,96
10 -337,1 -346,08 -2,66
11 -261,66 -267,57 -2,26
12 -176,12 -182,33 -3,53
13 -80,5 -84,96 -5,54

Analisando a Tabela 5, percebe-se que os valores das forças axiais dos pilares P7 são
maiores no modelo incremental. A maior variação percentual ocorreu no pavimento 13, no qual o
valor foi de -5,54 % em relação ao modelo convencional, por outro lado a menor variação
percentual ocorreu no pavimento 11, no qual o valor obtido foi de -2,26%.

4. CONCLUSÃO

Após a análise dos resultados e comparações do modelo incremental com o modelo


convencional pode-se afirma que, é necessário à consideração do modelo evolutivo no
dimensionamento das estruturas de concreto armado, pois nas análises deste trabalho percebe-se a
discrepância entre os dois modelos. Além disso, nas análises os valores dos esforços considerando o
modelo evolutivo superam em algumas ocasiões a análise clássica, portanto, a estrutura
dimensionada poderá entrar em colapso se essas ações não forem consideradas no projeto estrutural.
A diferença entre os valores dos momentos fletores das vigas V3 junto ao pilar central P7
justificam a importância da consideração do modelo evolutivo, pois nessa análise ocorreu uma
diferença significativa de -153,25% no pavimento 13 entre os dois modelos. Além disso, na
consideração das forças axiais dos pilares a discrepância foi pequena, porém percebe-se a influência
das etapas de construção nos pilares P7 que possuem forças axiais maiores do que no cálculo
clássico.
Os objetivos desse trabalho foram alcançados e sugere-se, que sejam realizados estudos mais
avançados que consideram outras cargas que solicitam a estrutura, como é o caso das ações
provenientes dos depósitos de materiais, do lançamento do concreto, dos pesos dos operários,
máquinas e equipamentos.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 10


REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8681: Ações e segurança nas
estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.

______. ABNT NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

______. ABNT NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações - Procedimento. Rio de
Janeiro, 1980.

______. ABNT NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações - Procedimento. Rio de Janeiro, 1988.

GIONGO, J. S. Concreto armado: Projeto estrutural de edifícios. 2007. São Carlos: Escola de Engenharia
de São Carlos – USP; Departamento de Engenharia de Estruturas, 2007.

KIMURA, A. Informática Aplicada em Estruturas de Concreto Armado: cálculos de edifícios com o uso
de sistemas computacionais. 1.ed. São Paulo: Pini, 2007.

KRIPKA, M. Análise incremental construtiva de edificações. 1990. 129f. Tese (Mestrado em Engenharia
de Estruturas) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1990.

PEREIRA, G. S.; RAMALHO, M. A. Contribuições à análise de estruturas de contraventamento de edifícios


em concreto armado. Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, v. 9, n. 36, p. 19-47, 2007.

PRADO, J. F. M. A. Estruturas de edifícios em concreto armado submetidas a ações de construção.


1999. 184 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos - USP,
São Paulo, 1999.

RAMIREZ, R. G. Ações Devidas ao Vento em Edifícios de Andares Múltiplos. Monografia (Trabalho de


Conclusão de Curso) 1993. 50 f. Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 1993.

SILVA, F. J. B. Análise comparativa pelo método dos elementos finitos de modelos tridimensionais de
um edifício alto em concreto armado com sistema estrutural tubular e núcleo central. 2006. 307f.
Dissertação (Mestrado em Engenharia de Estruturas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2006.

IV Seminário de Engenharia Civil da UEM 11

Potrebbero piacerti anche