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Conforme discutimos anteriormente, quando um fluido encontra uma placa cuja superfície está
a uma temperatura uniforme, ocorre a formação das camadas limite hidrodinâmica e térmica,
indicadas na Figura a seguir:
Tabela 1 – Correlações para escoamento paralelo a uma placa plana com temperatura de
superfície constante.
ℎ= "#$%$"&
ℎ , ! + ℎ ,()!*) + (, - (2)
"#$%$"&
Em que xcrítico é a posição na placa em que o número de Reynolds assume seu valor crítico.
Mediante integração, o valor médio para o coeficiente de convecção em uma placa sujeita aos
regimes laminar e turbulento é dado pela equação:
. ,
= = 00,037 − 8715 /
(3)
/
Uma placa plana com comprimento inicial não aquecido está representada na Figura 2 a seguir:
Neste caso, embora o fluido escoe a partir do bordo de ataque, a formação da camada limite
térmica ocorre apenas a partir do comprimento aquecido, ou seja, a partir de ≥ 7 . Então, as
correlações para Nusselt local e para o coeficiente de transferência de calor médio estão
resumidas na Tabela 2.
Tabela 2 – Correlações para Nusselt local e para o coeficiente médio de transferência de calor
em placa plana com comprimento inicial não aquecido.
E@
7
5 >1 − ? @ A C
ℎ= ℎ
7 <
4 ?1 − @DA
Se, ao invés de uma temperatura uniforme, a placa estiver submetida a um fluxo de calor
uniforme em toda a sua superfície, as correlações de Nusselt sofrem uma modificação, conforme
a Tabela 3.
O escoamento cruzado sobre cilindros e esferas deve ser modelado numericamente, já que a
separação das camadas de fluido ao redor destes objetos dificulta qualquer solução analítica das
equações da conservação da massa, da energia e da quantidade de movimento. A Figura 3
mostra o escoamento de ar sobre um cilindro nos regimes laminar e turbulento.
Figura 3 – Escoamento de ar sobre um cilindro nos regimes laminar e turbulento.
Jacob)
Fluido Re C M
0,4-4 0,989 0,330
4-40 0,911 0,385
Gás ou líquido 40-4000 0,683 0,466
4000-40000 0,193 0,618
40000-400000 0,027 0,805
Gás 5000-100000 0,102 0,675
Para o trocador de calor, a esta altura você já deve ter encontrado as propriedades dos fluidos
do tubo e do casco, além da condutividade térmica do próprio tubo. Já podemos calcular então
o coeficiente de convecção externo, bem como a resistência térmica associada à condução,
conforme o esquema abaixo.
A Eq. abaixo permite calcular o número de Nusselt para tubos dispostos em paralelo de acordo
com a correlação de Zukauskas, cujos parâmetros estão relacionados na Tabela 7.
/B
H = ^W H L P
O
Re A m
1 - 100 0,9 0,4
100 - 1000 0,52 0,5
1000 – 2e5 0,27 0,63
> 2e5 0,033 0,8
Já os valores de n seguem a regra:
• Se Re < 2e5, n = 0,36;
• Se Re > 2e5, n = 0,4
Para bancos de tubos em arranjo quincôncio, Zukauskas propôs a equação abaixo, cujos
parâmetros estão listados na Tabela 8:
/B
H = ^W H
, _
L P `
O
Re A m
1 - 500 1,04 0,4
500 - 1000 0,71 0,5
1000 – 2e5 0,35 0,6
> 2e5 0,031 0,8
Já os valores de b seguem a regra:
• Se Re < 1000, b = 1
a ,
• Se Re > 1000, ` = ?a% A
b
Para saber mais:
ÇENGEL, Y.; GHAJAR, A. Transferência de Calor e massa: uma abordagem prática. 4ª.
Ed. Mc Graw-Hill, 2012
EXERCÍCIOS
1. Mercúrio líquido a 250oC está escoando em paralelo ao longo de uma placa plana
na velocidade de 0,3 m/s. A temperatura da superfície da placa de 0,1m de
comprimento é constante a 50oC. Determine o coeficiente local de transferência de
calor a 5cm do bordo de ataque e o coeficiente médio de transferência de calor
sobre a placa inteira. (R: 6959 W/m2.K; 9841 W/m2.K)
2. Óleo de motor a 60oC escoa ao longo da superfície superior de uma placa plana de
5m de comprimento cuja temperatura é 20oC, com velocidade de 2 m/s. Determine
a taxa de transferência de calor por unidade de largura da placa. (R: 11 kW).
3. Um longo tubo de vapor de 10cm de diâmetro, cuja temperatura da superfície
externa é 110oC, está localizado em uma área aberta sem proteção contra vento.
Determine a taxa de perda de calor do tubo quando o ar está a 1 atm de pressão e
10oC e o vento está soprando sobre o tubo com velocidade de 8 m/s. (R: 1093 W).
4. Uma bola de aço inoxidável de 25cm (8055 kg/m3; 480 J/kg.K; 15,1 W/m.K) de
diâmetro é retirada do forno a uma temperatura uniforme de 300oC. A bola é então
resfriada por ar a 1 atm de pressão e 25oC com velocidade de 3 m/s. A temperatura
da superfície da bola finalmente cai para 200oC. Determine o coeficiente de
transferência de calor por convecção e estime o tempo de resfriamento admitindo
que a taxa de resfriamento não varia com o tempo (R: 13,8 W/m2.K; 1h26min) Você
poderia resolver este problema transiente pelo método da capacitância global? O
que seria necessário neste caso?
5. Imagine que ar está escoando em bancos de tubos, com geometria de acordo com
as placas disponibilizadas pelo professor. A superfície dos tubos se encontra a 100oC
e o ar entra no banco a 10 m/s a 25oC. Faça uma tabela com as propriedades
geométricas dos tubos, os números de Nusselt e de Reynolds corrigido.