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ASSISTÊNCIA E

CONTROLE DAS
DOENÇAS
DIARRÉICAS

Profª. Renata Fontes

Saúde da Criança e do Adolescente


Diarreia:

Conceito

É uma alteração da função intestinal que resulta em um


aumento súbito do volume e da frequência das evacuações
e diminuição da consistência das fezes.
Classificação das diarreias
quanto ao tempo:

• Diarreia Aguda

• Diarreia Crônica
Diarreia Aguda

É mais frequentemente causada por um processo inflamatório


de origem infecciosa, mas também pode resultar de uma
reação tóxica (por exemplo: antibioticoterapia ou uso de
laxativos), a ingestão de veneno, exageros dietéticos ou
infecção fora do trato intestinal. – Dura até 14 dias.
Diarreia Crônica

Está mais associada a distúrbios de má-absorção, defeitos anatômicos,


motilidade intestinal anormal, intolerância a lactose, reação de
hipersensibilidade (alergia alimentar). – Dura mais de 2 semanas.

Obs.: Uma diarreia aguda mal curada pode desencadear em uma diarreia
crônica.
Diarreia crônica inespecífica

Também conhecida como cólon irritável da infância. As


crianças apresentam evacuações líquidas, muitas vezes com
partículas alimentares não digeridas, com diarreia de duração
maior que duas semanas. Essas crianças crescem
normalmente não apresentando evidências de desnutrição,
sem sangue nas fezes e sem infecção entérica. Está
associada à abusos dietéticos.
Diarreia intratável da infância

É uma síndrome que ocorre nos primeiros meses de vida,


persistindo por mais de duas semanas, sem patógenos
reconhecidos e refratária ao tratamento.
Disenteria

É uma inflamação intestinal que afeta especialmente o


cólon, é acompanhada de cólica abdominal e fezes
aquosas contendo muco e sangue.
Detecção de sangue nas
fezes (melena):

• O cheiro é característico (odor fétido – podre).

• Colocar água oxigenada nas fezes (catalase) = em


reação com o ferro vai sofrer processo de oxidação e
irá borbulhar. Este método é utilizado quando não se
visualiza o sangue nas fezes.
Classificação das diarreias
quanto a característica:

• Infecciosa (30% das diarreias):


• Bacteriana (E. coli, Shigella, Salmonela, Enterobacter);
• Viral (rotavírus)
• Parasitária (Ameba, Giardia)

• Não-infecciosa (70% das diarreias):


• Erros alimentares;
• Alterações funcionais e anatômicas no intestino;
• Deficiência enzimática congênita.
O manejo adequado das crianças com diarreia
aguda é a principal estratégia para reduzir a
mortalidade por doenças diarreicas agudas.
Principais componentes:

• Prevenção da desidratação  ajustar uma dieta equilibrada e


repor líquidos e eletrólitos.

• Tratamento da desidratação.

• Manutenção da alimentação da criança durante e após o


episódio diarreico.

• Uso racional de medicamentos  tratar a sintomatologia,


como por exemplo: febre.
Princípios Gerais:

• A diarreia aguda de qualquer etiologia e em qualquer idade é na


maioria das vezes, um processo autolimitado.

• As complicações e causas de morte mais importantes são a


desidratação e a desnutrição.

• Os casos graves de diarreia necessitam de tratamento de


emergência, pois pode ocorrer choque hipovolêmico e a criança ir
a óbito.
Princípios Gerais:

• A absorção de sais e glicose se mantém durante a diarreia.

• A manutenção da alimentação na diarreia aguda é benéfica,


pois impede a deterioração dos sistemas.

• A maior oferta de alimentos após a diarreia é importante na


recuperação da criança.
Diagnóstico:
• Avaliar sinais e sintomas.

• História alimentar e uso de medicamentos.

• Verificar a existência de outras doenças.

• Pesar a criança.

• Realizar o exame físico completo.

• Avaliar o estado de hidratação.


Como avaliar o estado de hidratação da criança:

Observar:
Condição Bem alerta Irritado, inquieto Comatoso, hipotônico

Olhos Normais Fundos Muito fundos


Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca e Língua Úmidas Secas Muito secas
Sede Bebe normalmente Sedento, bebe rápido e Bebe mal ou não é capaz de
avidamente. beber.

Explorar:

Sinal de prega Desaparece rapidamente Desaparece lentamente Muito lentamente.

Pulso Cheio Rápido, débil Muito débil ou ausente.

Enchimento capilar Normal (até 3 segundos) Prejudicado (3 – 5 Muito prejudicado (mais de


segundos) 5 segundos)

Decidir Não tem sinais de Se apresentar dois ou mais Se apresenta dois ou mais
desidratação. sinais acima de sinais incluindo –
desidratação. desidratação grave.

Tratamento: Uso PLANO A Uso PLANO B Uso PLANO C


Tratamento:

• PLANO A: criança com diarreia sem sinais de desidratação.

• PLANO B: a criança com diarreia e sinais de desidratação.

• PLANO C: criança com diarreia e desidratação grave.


Tratamento: PLANO A

• Conceito = criança com diarreia sem sinais de desidratação.

• Orientar a família sobre a evolução natural da doença, riscos de


complicações e a conduta a ser utilizada no domicílio.

• Recomendar o aumento da ingestão de líquidos preparados com


ingredientes disponíveis no domicílio: soro caseiro, chás, cozimentos de
cereais (arroz, milho), sopas e sucos.
Tratamento: PLANO A

• Oferecer após cada evacuação:


• Crianças até 12 meses = 50 a 100 ml de água ou soro caseiro.
• Crianças acima 12 meses = 100 a 200 ml de água ou soro caseiro.

• Manter a alimentação habitual, leite materno, aumentando a frequência


de mamadas.

• Ensinar a família a reconhecer os sinais de desidratação (olhos fundos,


boca seca, pouca urina, muita sede), recomendar nesses casos que se
administre soro caseiro e leve a criança ao serviço de saúde.
Tratamento: PLANO B

• Conceito = a criança com diarreia e sinais de desidratação.

• Reidratação oral com frequência.

• Os refrigerantes podem piorar a diarreia.

• A quantidade a ser ingerida dependerá da sede da criança, deve-se


atender o mínimo de 50 a 100 ml / kg no período de 4 a 6 horas.

• Os lactentes amamentados ao seio devem continuar recebendo leite


materno junto com o SRO (soro de reidratação oral).
Tratamento: PLANO B
• Se a criança vomitar o volume a ser administrado deverá ser reduzido e a
frequência aumentada.

• Caso ocorra febre evitar uso de antitérmicos, a febre diminui a medida que
a criança for reidratada.

• Após o desaparecimento dos sinais de desidratação deve-se alimentar a


criança e administrar SRO após cada evacuação.
Sais para reidratação oral (SRO) bases e composição:

Componentes Grama / envelope

Cloreto de sódio 3,5

Citrato trissódico dihidratado 2,9

Cloreto de potássio 1,5

Glicose 20,0

Componentes Milímoles / litro de água


Sódio 90
Cloro 80
Citrato 10
Potássio 20
Glicose 111
Preparo da Solução de Sais
de Reidratação Oral (SRO):

• Dissolver um pacote de SRO em um litro de água.

• Usar água potável, em temperatura ambiente.

• A solução depois de preparada deve permanecer em


temperatura ambiente até 24h.

• Após este período deve ser descartada e preparada


novamente (nova solução).

Administração de Hidratação
Venosa:

• Nos casos de diarreia com desidratação e choque hipovolêmico


recomenda-se a terapia endovenosa imediatamente.

• Criança não ganha ou perde peso após as primeiras duas horas


de hidratação por sonda.

• Vômitos persistentes (4 ou mais vezes ao período de 1h) após a


instalação da sonda.

• Crise convulsiva com alteração do estado de consciência.


• Distensão abdominal e ausência de ruídos hidroaéreos.
Tratamento: PLANO C

• Conceito = criança com diarreia e desidratação grave.

• Iniciar a SRO ou a terapia de hidratação venosa o mais rápido


possível.
Fase de Expansão (rápida):

• Administrar 50ml/kg/peso de soro glicosado 5% e a mesma


parte de S.F. 0,9% em 2h.

• Se após essa etapa a criança continuar desidratada deve-se


administrar de 25 a 50ml/kg/peso de 2 a 4 horas por via
venosa.

• Esta fase termina quando há melhora clínica da criança,


desaparecendo os sinais de desidratação.
Fase de Manutenção e
Reposição:

• Fase de manutenção = compensar perdas normais.

• Fase de reposição = compensar perdas anormais (eletrólitos e


parte líquida).
Fase de manutenção nas 24h:

Peso até 10 kg 100 ml / kg

Peso de 10 a 20 kg 1000ml + 50 ml/kg para cada kg de peso acima de 10kg

Peso acima 20 kg 1500ml + 20ml para cada kg de peso acima de 20kg


Fase de Reposição:

Administrar 50ml/kg/dia sendo S.G.5% e S.F.0,9% em partes


iguais.
Alimentação na diarreia:

• O aleitamento materno deve ser mantido e estimulado durante a


reidratação.

• As crianças com aleitamento artificial devem continuar recebendo a


dieta habitual.

• Os alimentos, inclusive leite de vaca, não devem ser diluídos para


não reduzir o aporte calórico.

• Aumentar um ou mais refeições ao dia, usando alimentos habituais.


Não há qualquer restrição alimentar à gordura (óleo vegetal,
manteiga) não devendo ser retirado da dieta, devido ao seu alto teor
calórico e porque não piora a evolução da diarreia.
Uso de medicamentos:

• Uso de medicamentos deve ser exceção nos casos de


diarreia aguda.

• Os antimicrobianos ficam reservados aos casos de diarreia


que apresentam sangue nas fezes e que após a reidratação
mantém comprometimento no estado geral.
Medicamentos contra-indicados na diarreia aguda:

provocar manifestação extrapiramidal e são depressores do SNC. Podem impedir ou dificultar a criança
ANTIEMÉTICOS de tomar soro, podendo também causar a distensão abdominal.

ANTIESPAMÓDICOS Inibem o peristaltismo intestinal, facilitando a proliferação dos germes e por conseguinte, o
prolongamento do quadro diarreico. Podem levar a falsa impressão de melhora.

ANTIPIRÉTICOS Podem produzir sedação prejudicando a tomada do soro oral.

LACTOBACILOS Não há evidência de sua eficácia, apenas onera o tratamento.


Cuidados de Enfermagem:

• Colher histórica (tempo; quantos episódios, frequência,


características).

• Realizar catalase para saber se há presença de sangue oculto.

• Avaliar: perda de peso, fontanelas, turgor da pele.


Renata Fontes
Prof.renata.fontes@celsolisboa.edu.
br

2016

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