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O presente trabalho apresenta uma opinião sobre textos argumentativos, conceito de argumentação, a
organização retórica e discursiva do texto, teses e argumentos e praticas discursivas.
A introdução
Objectivos
Metodologia
O desenvolvimento do trabalho
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1 Objectivos
Objectivo geral:
1.1 Metodologia
Para a elaboração do presente trabalho, recorreu-se numa primeira fase, ao método de pesquisa
bibliográfica, que consistiu nas consultas bibliográficas que versam sobre a temática em estudo,
e em seguida usou-se os métodos analítico e comparativo, que consistiu na análise e comparação
da informação obtida nas diversas obras e, por fim, seguiu-se à compilação da informação
seleccionada.
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Conceitos
Argumentação é o meio pelo qual duas ou mais pessoas passam a comungar de uma mesma
afirmação, para que se obtenha o consenso, é preciso que haja um locutor querendo discutir
(apresentar premissas) com alguém que pensa diferentemente em relação a um mesmo tópico e
um interlocutor interessado e disposto a prestar atenção no que lhe é dito e processar
conscientemente as novas informações. Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005)
Segundo Jules Verest, argumentar e estar a favor de uma tese, e apresentar as razões que nos
fazem tal posição, usando actos de fala para convencer o nosso destinatário a aderir as nossas
ideias.
Tese e uma ideia que o autor do texto pretende defender (provar ou refutar).
Discurso é toda situação que envolve a comunicação dentro de um determinado contexto e diz
respeito a quem fala , para quem se fala e sobre o que se fala. Dicionário oneline
Textos argumentativos
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As pesquisas linguísticas que se referem ao ensino de língua devem atentar para o texto
argumentativo, pois é nesse modo de organização do discurso que concentram os problemas mais
surpreendentes da produção e da leitura escolar.
O texto é concebido de forma a convencer ou a persuadir. A tese defendida deve ser claramente
identificada pelo destinatário. O texto deve usar um registo adequado ao destinatário e tema. .
Os argumentos utilizados devem ser diversificados: Proverbiais / Universais / Experiência
pessoal / Históricos / Exemplares / Científicos. A organização do texto deve ter em conta os
articuladores do discurso mais adequados:
O texto argumentativo deve começar por uma introdução, normalmente um parágrafo; segue-se o
desenvolvimento, em parágrafos, com os respectivos argumentos e contra-argumentos, seguidos
de exemplos; finalmente, uma conclusão, de parágrafo único, que retoma a afirmação inicial
provada ou contrariada. Os vários parágrafos devem estar encadeados uns nos outros pelos
articuladores do discurso ou conectores lógicos (de causa efeito consequência, hipótese solução,
etc.).
Quanto a forma como se apresenta aos interlocutores do argumentador, a argumentação pode ser
dialogica (argumentação interlocutiva), oratória (monológica) ou escrita. E sob essa ultima forma
que se apresenta a argumentação dos textos que serram lidos em nossos experimentos.
De acordo com Koch (2006, p.53), o género textual é a forma que um texto é disposto e da sua
respectiva forma de ser interpretado. É importante defini-lo e contrapô-lo a outros géneros
textuais mais próximos: o narrativo e o descritivo. Além de reflectir se eles não se misturam em
uma única produção.
A competência textual de um falante permite que ele observe que característica predomina mais
em um texto (narrativa, descritiva, ou argumentativa). Esse conhecimento é indutivo no sentido
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que se aprende a identificar o género de um texto através da exposição a diferentes géneros
textuais.
Porém, já que o objectivo desse género textual é a avaliação, pode-se considerar coerente uma
organização fixa que facilita a correcção ou a uniformidade de se colocar a argumentação, o que
é cómodo.
Os operadores argumentativos não linguísticos são transmitidos a partir do texto, mas estão mais
ligados aos processos cognitivos, como a reflexão. Charaudeau (1992 apud EMEDIATO, 2005)
aponta a estrutura essencial para que a argumentação que visa à persuasão aconteça: uma
afirmação sobre o mundo relevante e contestável, um quadro de problematização onde é
colocada a perspectiva argumentativa do sujeito, um sujeito produtor, e um sujeito interessado
pelo questionamento da verdade apontada. Dessa forma, é imprescindível que um sujeito
qualquer tenha uma reflexão sobre o mundo e queira discorrer sobre ele, também é necessário
outro sujeito no mínimo disposto a reflectir sobre a afirmação apresentada a fim de concordar ou
contestar, este sujeito seria o alvo da argumentação. Emediato (2005, 161-163) apresenta uma
formulação mais elaborada partindo da afirmação que a estrutura básica do discurso
argumentativo pressupõe posições contrárias.
Tal formulação apresenta uma afirmação, que tem seus termos essenciais explicados, na tentativa
de tornar a comunicação menos ambígua; um posicionamento, que pode ser totalmente de
totalmente ou parcialmente de acordo, ou completamente ou parcialmente em discordância; um
quadro de problematização, onde o sujeito insere sua perspectiva, que pode ser social, religiosa,
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moral etc.; a formulação dos argumentos; conclusão, que é a dedução ou inferência que se
objectiva.
O sujeito que argumenta pode estar interessado tanto em manter o rigor lógico para alcançar uma
afirmação verosímil como em simplesmente ganhar influência sobre outras pessoas ao fazê-las
compartilhar de uma mesma ideia, que pode até mesmo ser eticamente corrupta. Nesse sentido,
EMEDIATO formula dois eixos fundamentais para definir o discurso de argumentação: a
demonstrativa e a retórica. A argumentação demonstrativa usa da lógica de forma explícita para
convencer alguém da qualidade verosímil de certa afirmação. Ela tenta apontar uma verdade da
conclusão pela verdade das premissas (EMEDIATO, 2005,).
A retórica é uma arte no sentido em que consiste num conjunto de técnicas, que implicam
conhecimentos teóricos e práticas, para atingir um objectivo preciso. Aqueles que estudam
retórica dominam técnicas que permitem persuadir ou convencer através do discurso e persuadir
através do discurso é convencer alguém unicamente através do uso da palavra e do discurso.
Segundo Heinrich Lausberg, a retórica distingue cinco fases para a elaboração de um discurso:.
Disposição organização e distribuição das ideias e argumentos. Esta fase esta dividida em três
partes que são:
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Parte final, a peroração, que é a conclusão;
Elocução onde se procura encontrar a forma mais eficaz para construir e/ou redigir o discurso,
através da selecção de palavras, frases ou recursos expressivos;
Desenvolver um texto argumentativo, e depois expressá-lo oralmente, é uma tarefa que exige o
cumprimento de alguns requisitos fundamentais. Qualquer discurso argumentativo possui uma
estrutura própria. Para Aristóteles, a ordem para a organização das partes de um discurso
argumentativo, e que deveriam ser seguidas de um modo rígido, são as seguintes:
Afirmação seguida de uma análise que se contrapõe a uma outra posição sobre o
fenómeno.
Posicionamento: posição que pode demonstrar uma concordância, parcial ou total, com
uma tese já existente, ou uma discordância, parcial ou total com a mesma.
Posicionamento com base numa avaliação a partir de cinco domínios: Verdade
(verdadeiro ou falso) Ética (bem ou mal) Pragmática ( útil ou inútil) Estética(belo ou
feio) Hedônico (prazer agradável/desagradável)
Quadro de problematização: estratégia de perspectivação que depende do auditório ao
qual a argumentação (económica, social, política, ideológica, religiosa, científica,
moral...) é dirigida.
Formulação de argumentos: relativo aos tipos de provas, à lógica nos raciocínios e
princípios de explicação e justificação que fundamentam a tese ou afirmação.
Conclusão: dedução ou inferência
Tese e Argumento
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A tese constitui a ideia principal para a qual um texto pretende a adesão do leitor ou ouvinte: é o
objectivo de convencimento do leitor ou ouvinte.
A tese representa o ponto de vista a ser defendido, com base em todas as informações (fatos)
disponíveis sobre o caso concreto e nos limites permitidos pela norma.
Para conseguir sustentar a tese, torna-se necessário extrair do caso concreto todas as informações
que, explícita ou implicitamente, concorrem para comprová-la. Compreender o caso concreto,
interpretar todas as suas subtilezas, valorá-las, apreender os diversos sentidos que um mesmo
fato, prova ou indício promovem é fundamental para a produção de um texto argumentativo
consistente. É essa selecção de fatos que representa a contextualização do real.
Os argumentos são os motivos, as razões utilizadas para convencer o leitor da validade da tese.
Argumentos por raciocínio lógico resultam de relações lógicas. Os mais comuns são os de causa
e consequência e os de condição. Se este argumento não estiver bem estruturado logicamente,
qualquer evidência de sua inadequação faz sua argumentação cair em terra. Os textos
publicitários são argumentativos por excelência porque visam, pela própria função, agir sobre a
vontade, as crenças e os comportamentos do leitor. Considerando então as diferentes formas que
os argumentos podem assumir para comprovar uma tese, sem distinguir entre o ato de convencer
(razão) e o ato de persuadir (emoção). ( Fernando Pessoa. 2006)
Praticas discursivas
Segundo DAVIES & HARRÉ, entende-se por práticas discursivas as diferentes maneiras em que
as pessoas, através dos discursos, activamente produzem realidades psicológicas e sociais. O
discurso, neste enquadre, é por sua vez entendido como o "uso institucionalizado da linguagem e
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de sistemas de sinais de tipo linguístico" sendo que a institucionalização pode ocorrer tanto no
nível mais macro dos sistemas políticos e disciplinares, quanto no nível mais restrito dos grupos
sociais.
As práticas discursivas que nos permitem a cessar a produção de sentido situam-se obviamente
na escala das relações pessoa a pessoa. Entretanto, a apreensão das diferentes narrativas implica
em ter familiaridade com a diversidade própria ao imaginário social sobre os objectos que são
foco dos processos de significação.
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Bibliografia
ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar – gerenciando razão e emoção. 4.ed. São Paulo:
Ateliê Editorial, 2002.
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