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Olá!
Fabiano Pereira
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2. Conceito .................................................................................. 04
9. Da competência ..................................................................... 18
2. Conceito
O saudoso professor Diógenes Gasparini apresenta um conceito bastante
completo sobre processo administrativo, ao defini-lo como o “conjunto de
medidas jurídicas e materiais praticadas com certa ordem e cronologia,
necessárias ao registro dos atos da Administração Pública, ao controle do
comportamento dos administrados e de seus servidores, a compatibilizar, no
exercício do poder de polícia, os interesses público e privado, a punir seus
servidores e terceiros, a resolver controvérsias administrativas e a outorgar
direitos a terceiros”.
5. Objeto
O processo administrativo será utilizado no âmbito da Administração
Pública para tratar sobre os mais diversos temas. O professor Diógenes
Gasparini, apresentando alguns exemplos, informa que podem versar sobre a
padronização de um bem, cuidar da investigação de um fato, visar a aplicação
de uma pena, objetivar uma decisão, encerrar uma denúncia, consubstanciar
6. Princípios expressos
O artigo 2º da Lei 9.784/99 apresenta um rol de princípios que devem ser
obrigatoriamente observados durante os processos administrativos federais, a
saber:
Princípio da legalidade
Princípio da finalidade;
Princípio da motivação;
Princípio da razoabilidade;
Princípio da proporcionalidade;
Princípio da moralidade;
Princípio da ampla defesa e do contraditório;
Princípio da segurança jurídica;
Princípio do interesse público; e
Princípio da eficiência.
Dentre todos os princípios acima relacionados, em nossa primeira aula
estudamos o da LEGALIDADE, FINALIDADE, MORALIDADE e EFICIÊNCIA.
Ademais, como no tópico anterior fiz referência aos princípios do
CONTRADITÓRIO e da AMPLA DEFESA, resta então tecer alguns breves
comentários sobre os princípios da MOTIVAÇÃO, RAZOABILIDADE,
PROPORCIONALIDADE, SEGURANÇA JURÍDICA E INTERESSE PÚBLICO.
Para fins de concursos públicos, entenda que o princípio do interesse
público impõe para a Administração a obrigatoriedade de sempre almejar a
satisfação do interesse público, o que lhe assegura uma supremacia jurídica em
relação aos particulares.
Como interesse público, podemos entender aquele que está previsto na
lei, o que nos remete ao princípio da legalidade. Isso porque o interesse público
deve estar presente tanto no momento da edição da lei quanto no momento de
sua execução em concreto pela Administração.
Em regra, todos os atos administrativos devem ser motivados, sejam eles vinculados
ou discricionários. Esse é o entendimento da doutrina majoritária.
8.2. Deveres
1º) expor os fatos conforme a verdade;
2º) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
3º) não agir de modo temerário;
4º) prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
9. Da competência
A competência pode ser definida como um conjunto de poderes que a
lei confere ao agente público para o exercício das funções inerentes ao cargo
público. Assim, para praticar um determinado ato, o agente público deve ser
competente para tal.
Se um ato administrativo é editado por agente público incompetente, em
regra, deverá ele ser anulado, exceto nas hipóteses em que seja cabível a
convalidação (correção).
Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados,
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,
econômica, jurídica ou territorial.
1. Considerações iniciais
O princípio da moralidade administrativa impõe aos agentes públicos a
obrigatoriedade de que pratiquem atos que estejam amparados pela lealdade e
boa-fé.
A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro afirma que, em matéria
administrativa, sempre que se verificar que o comportamento da
Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente,
embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras
de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, além da idéia
comum de honestidade, haverá ofensa ao princípio da moralidade
administrativa.
2. Previsão constitucional
A Constituição Federal de 1988 refere-se expressamente à improbidade
administrativa em seu texto, mais precisamente nos seguintes dispositivos:
a) art. 14, § 9º - “Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou indireta”.
b) art. 15, V – “É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de: [...] improbidade administrativa, nos
termos do art. 37, § 4º”.
c) art. 37, § 4º - “Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível.”
Este certamente é o dispositivo constitucional mais cobrado em provas de
concurso, no que se refere aos atos de improbidade administrativa. É muito
comum a banca elaborar assertivas afirmando que os atos de improbidade
administrativa importarão a perda dos direitos políticos, contrariamente ao
texto da CF/88, que faz referência à suspensão. Fique atento!
3 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 24. ed., p.527; MELLO, Celso Antônio Bandeira de.
Curso de Direito Administrativo, 26. ed., p. 246-247.
4.2. Particulares
O art. 3º da Lei de Improbidade Administrativa é expresso ao afirmar que
o seu texto não se restringe aos agentes públicos, alcançando também aquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do
ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
4.2.1. Pessoas jurídicas
A Primeira Turma do STJ, no julgamento do recurso especial nº
1.038.762/RJ, ratificou o entendimento de que a pessoa jurídica pode praticar
ato de improbidade e, portanto, figurar como sujeito passivo na respectiva
ação de improbidade administrativa. Ademais, no julgamento do recurso
especial nº 970.393∕CE, que ocorreu em 21∕06∕2012, o STJ também decidiu que
“considerando que as pessoas jurídicas podem ser beneficiadas e condenadas
por atos ímprobos, é de se concluir que, de forma correlata, podem figurar no
polo passivo de uma demanda de improbidade, ainda que desacompanhada
de seus sócios”.
Para responder às questões de concursos públicos, lembre-se então de
que o particular sujeito às regras da Lei nº 8.429∕1992 pode ser pessoa física
ou jurídica (ainda que desacompanhada de seus sócios), não sendo possível
impor à pessoa jurídica, porém, as sanções de perda da função pública e
suspensão dos direitos políticos (por razões óbvias).
que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo
prazo de três anos.
Atos que importam Atos que causem prejuízos Atos que atentam contra
enriquecimento ilícito (art. ao erário (art. 10) os princípios da
9º) Administração Pública
(art. 11)
Perda dos bens ou valores acrescidos Quando houver Se concorrer esta Não há previsão legal
ilicitamente ao patrimônio circunstância
Ressarcimento integral do dano Quando houver o dano Sempre Se houver dano
Pagamento de multa civil Até três vezes o valor do Até duas vezes o valor do Até cem vezes o valor da
acréscimo patrimonial dano remuneração percebida
pelo agente
Proibição de contratar com o Poder Prazo de 10 anos Prazo de 5 anos Prazo de 3 anos
Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios
6 STJ, Recurso Especial 213.994/MG, Rel. Min. Garcia Vieira, Primeira Turma, DJe 27∕09∕1999.
A ação principal, que terá o rito ordinário (comum), será proposta pelo
Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da
efetivação da medida cautelar. Se não intervir no processo como parte, o
Ministério Público atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de
nulidade.
14. Da Prescrição
QUESTÕES COMENTADAS
GABARITO: LETRA E.
Comentários
a) De início, é importante destacar que o art. 23 da Lei 9.784/1999 impõe que
os atos do processo sejam realizados em dias úteis, no horário normal de
funcionamento da repartição. Ademais, os atos processuais não podem ser
praticados por quaisquer servidores, mas somente por aqueles que tenham
competência legal para tanto.
Analisando-se a conduta de João, é possível concluir que não está em
conformidade com o texto legal. O requerimento foi protocolado em um
domingo, dia em que não havia expediente administrativo no prédio da
Receita Federal. Ademais, não existe qualquer exceção legal que permita tal
conduta em dias não úteis, mesmo em caso de eventuais emergências. Por
último, ainda é possível apontar o fato de que, provavelmente, o segurança não
detinha competência legal para receber o requerimento.
b) Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido
quando houver dúvida sobre a autenticidade do documento. Como o texto da
assertiva não apresentou qualquer informação sobre o assunto, é possível
afirmar que a conduta do servidor está em desconformidade com o texto da Lei
9.784/1999.
c) O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo poderá
determinar a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação
de diligências. Todavia, a intimação deverá ser realizada com a antecedência
mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento, o que torna
incorreta a conduta administrativa.
d) O § 5º, do art. 26, da Lei 9.784/1999, dispõe que “as intimações serão nulas
quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento
do administrado supre sua falta ou irregularidade”.
Desse modo, apesar de a intimação não ter respeitado o prazo legal de
antecedência, a autoridade não agiu corretamente ao anulá-la, pois, se João
compareceu ao local na data e hora marcados, a diligência poderia ter sido
realizada, suprindo-se, assim, a irregularidade.
e) O servidor agiu corretamente ao autenticar as cópias apresentadas por João,
pois o § 3º, do art. 22, da Lei 9.784/1999, dispõe que “a autenticação de
documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo”.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
1º Item – Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, o
princípio do informalismo significa que, “no silêncio da lei ou de atos
regulamentares, não há para o administrador a obrigação de adotar excessivo
rigor na tramitação dos processos administrativos, tal como ocorre, por
exemplo, nos processos judiciais. Ao administrador caberá seguir um
procedimento que seja adequado ao objeto específico a que se destinar o
processo. Se um administrado, por exemplo, formula algum requerimento à
Administração, e não havendo lei disciplinadora do processo, deve o
administrador impulsionar o feito, devidamente formalizado, pelos demais
órgãos que tenham competência relacionada ao requerimento, e ainda, se for o
caso, comunicar ao requerente a necessidade de fornecer outros elementos, ou
de trazer novos documentos, e até mesmo o resultado do processo”. Assertiva
correta.
2º Item – O texto da assertiva está correto, pois, caso o administrado
apresente uma cópia do documento, juntamente com o original, o próprio
servidor poderá providenciar a autenticação.
3º Item – Segundo dispõe o art. 23 da Lei 9.784/1999, os atos do processo
devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da
repartição na qual tramitar o processo. Serão concluídos depois do horário
normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do
procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. Assertiva
incorreta.
4º Item – A regra é a de que a intimação seja efetuada por ciência no
processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro
meio que assegure a certeza da ciência do interessado. Todavia, no caso de
interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a
intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial, o que torna correta
a assertiva.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
a) Ao contrário do que consta no texto da assertiva, a edição de atos
normativos não pode ser objeto de delegação, tornando o seu conteúdo
incorreto.
b) O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os
limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o
recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
Ademais, o ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade
delegante, o que torna a assertiva incorreta.
c) O art. 15 da Lei 9.784/1999 dispõe que “será permitida, em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior”.
Assertiva incorreta.
d) O art. 13 da Lei de Processo Administrativo Federal afirma que não podem
ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo, a decisão de
recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade. Assertiva correta.
e) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a
que foi atribuída como própria. O ato de delegação não caracteriza uma
renúncia de competência, já que se trata de ato temporário, revogável a
qualquer tempo, e que possui autorização legal. Assertiva incorreta.
GABARITO: LETRA D.
outro, a Administração que, quando decide, não age como terceiro, estranho à
controvérsia, mas como parte que atua no próprio interesse e nos limites que
lhes são impostos por lei”. Assertiva correta.
Comentários
a) Quando o interessado interpõe recurso administrativo, a decisão proferida
continua produzindo os seus efeitos jurídicos normalmente, pois, em regra, não
há efeito suspensivo. Todavia, havendo justo receio de prejuízo de difícil ou
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo
ao recurso. Assertiva correta.
b) Não é necessário apresentar caução (depósito ou disponibilização de
dinheiro) para a propositura de recurso administrativo, pois tal exigência viola o
texto da súmula vinculante 21, editada pelo Supremo Tribunal Federal e
publicada no Diário Oficial em 10 de novembro de 2009, que assim declara: É
inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou
bens para admissibilidade de recurso administrativo. Assertiva incorreta.
c) Para responder às questões de prova, lembre-se de que existe a
possibilidade de recurso administrativo tramite por mais de três instâncias
administrativas, desde que lei estabeleça expressamente essa hipótese.
Assertiva correta.
d) São legitimados como interessados no processo administrativo: I - pessoas
físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses
individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem
terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados
pela decisão a ser adotada; III - as organizações e associações representativas,
no tocante a direitos e interesses coletivos; e as pessoas ou as associações
Comentários
GABARITO: LETRA D.
Comentários
a) Ao contrário do que consta no texto da assertiva, os órgãos e entidades
administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para
assuntos que importem pretensões equivalentes, pois isso faz com o trâmite
processual se torne mais célere, além de prestigiar o princípio da economia
processual.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que “há que se ter sempre
presente a ideia de que o processo é instrumento para aplicação da lei, de
modo que as exigências a ele pertinentes devem ser adequadas e proporcionais
ao fim que se pretende atingir. Por isso mesmo, devem ser evitados os
formalismos excessivos, não essenciais à legalidade do procedimento que só
possam onerar inutilmente a Administração Pública, emperrando a máquina
administrativa”. Assertiva incorreta.
b) Na esfera federal, é a Lei 8.112/1990 que disciplinará o processo
administrativo disciplinar instaurado em face de servidor público integrante dos
quadros da União, autarquias e fundações públicas de direito público. A Lei
9.784/1999, conforme corretamente afirmado na assertiva, somente será
aplicada supletivamente.
c) O texto da assertiva encontra fundamento no princípio do informalismo,
também referenciado no inc. IX, do art. 2º, da Lei 9.784/1999, o torna correta
a assertiva.
A professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro declara que “informalismo não
significa, nesse caso, ausência de forma; o processo administrativo é formal no
sentido de que deve ser reduzido a escrito e conter documentado tudo o que
ocorre no seu desenvolvimento; é informal no sentido de que não está sujeito
a formas rígidas”.
Comentários
a) Não somente o servidor público (ocupante de cargo público) pode ser sujeito
ativo do ato de improbidade administrativa, mas qualquer agente público. O
art. 2º da Lei 8.429∕1992 reputa agente público todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nos órgãos e entidades da Administração Pública. Assertiva
incorreta.
b) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou
culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Assertiva incorreta.
c) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro
beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra b.
37. Não sendo a ação de improbidade proposta pelo MP, terá ele a
opção de atuar, ou não, no processo, a critério de seu representante.
Se a ação de improbidade administrativa não tiver sido proposta pelo
Ministério Público, este deverá atuar obrigatoriamente como fiscal da lei, sob
pena de nulidade. Assertiva incorreta.
Nesses termos, caso o servidor público deixe de cumprir o dever legal, estará
configurado ato de improbidade administrativa, tipificado no art. 11, II, da Lei
nº 8.429∕1992, que assim dispõe:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e
notadamente:
(...) II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
Analisando-se os dispositivos legais apresentados, não restam dúvidas de que a
assertiva está incorreta.
multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente; e
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. Assertiva
correta.
O art. 23 da Lei nº 8.429∕1992, por exemplo, dispõe que a.s ações destinadas a
levar a efeitos as sanções previstas em seu texto podem ser propostas: até
cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou
de função de confiança ou dentro do prazo prescricional previsto em lei
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço
público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. Assertiva incorreta
A Lei 8.429/1992, em seu art. 11, II, prevê como ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
“retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício”.
Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou
cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
1ª - ressarcimento integral do dano, se houver;
2ª - perda da função pública;
3ª - suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos;
4ª - pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração
percebida pelo agente;
5ª - proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de
três anos.
Analisando-se as informações apresentadas, não restam dúvidas de que o
enunciado da questão está incorreto.
Comentários
a) O ato de improbidade administrativa, por si só, não constitui crime, mas
ilícito de natureza civil. Todavia, nada impede que a conduta também seja
tipificada como crime, se existir previsão na lei. Assertiva incorreta.
b) Perceba que a banca não utilizou a nomenclatura correta para se referir
àqueles que possuem vínculo empregatício com o Poder Público. Devem ser
denominados empregados públicos e não servidores públicos. Assertiva
incorreta.
Gabarito: Letra d.
GABARITO