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1) Utilizamos como fonte de pesquisa os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, através dos sistemas SIA/SUS e SIH/SUS.
2) Selecionamos uma amostra dos procedimentos médicos de maior relavância qualitativa e quantitativa, ou seja, os eventos com maior
número de casos de atendimentos e os eventos com o maior custo pago pelo SUS. Limitamos a pesquisa a 31 procedimentos médicos
para adequar a nossa impossibilidade de tempo gasto com a pesquisa.
3) A abrangência da pesquisa se limita ao Estado do Rio de Janeiro que escolhemos como amostra para a realidade nacional.
4) Pela informação da ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, o SUS atende apenas ¾ da população brasileira, uma vez que ¼
possui plano ou seguro saúde privado e a Lei 9.656/98 obriga o ressarcimento ao SUS das despesas. Logo os recursos efetivamente
pagos pelo SUS, e utilizados em nossa pesquisa, são aplicados para uma população 25% menor que a totalidade das pessoas
residentes no Estado. Mesmo assim, conservadoramente, utilizamos o total da população do Estado do Rio de Janeiro informada pelo
IBGE de 14.724.479 habitantes, chegando assim a um custo per capita para o SUS menor em 25%.
5) A tabela do SUS é muito defasada em relação à tabela da AMB, Associação Médica Brasileira, utilizada pelas operadoras de saúde.
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados emitiu um relatório propondo um reajuste em 90% que,
segundo os Conselhos Regionais de Medicina do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, são necessários em caráter emergencial
para a saúde pública. Essa discrepância é considerada nas conclusões deste trabalho. Adiantamos aqui um exemplo: a tabela do SUS
paga por uma consulta médica apenas R$ 2,50, enquanto as operadoras pagam R$ 25,00 no mínimo.
6) O período considerado na pesquisa compreende todos os pagamentos feitos pelo SUS entre Setembro / 2001 e Agosto / 2002.
Portanto, 1 ano de atendimento médico do SUS, no Estado do Rio.
7) Levantamos todos os pagamentos referentes aos procedimentos médicos estudados, dentro do período e local de pesquisa, e
dividimos pela população total do Estado do Rio de Janeiro. Chegando, portanto, a um custo per capita ano conforme a tabela do
SUS. Em seguida trabalhamos a defasagem deste custo em relação à iniciativa privada, a diferença do que se paga pelo SUS e
daquilo que as operadoras de saúde pagam. O próximo passo é tornar este custo mensal (dividindo por 12 meses). O objetivo final é
avaliar qual o preço mínimo necessário para os planos e seguros saúde cobrirem o custo mensal dos atendimentos médicos, ou seja,
sua viabilidade economica.
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DAS OPERADORAS DE SAÚDE PRIVADAS (OUTUBRO 2002) PROF. GUSTAVO CUNHA MELLO
Obs.: Não foram considerados no estudo outros tipos de transplantes, hanseníase, cirurgias de tórax, doenças e tratamentos do aparelho digestivo, pediatria, problemas
com neo-natal, pré natal, exames de ultrasonografia, cirurgia videolaparoscopica, entre muitos outros procedimentos.
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DAS OPERADORAS DE SAÚDE PRIVADAS (OUTUBRO 2002) PROF. GUSTAVO CUNHA MELLO
doenças crônicas e
infecciosas 12%
internações hospitalares
(AIDS, Câncer, CTI,
exames complexos 14% medicamentos) 53%
CONCLUSÃO:
Pressupostos:
1) Os custos de tratamentos médicos são 10 (dez) vezes maiores na iniciativa privada do que o pago pelo SUS (Fonte: Cremerj,
Cremesp);
2) O SUS atende toda a população do Estado do Rio de Janeiro, 14.724.479 de habitantes, independentemente daqueles que possuem
planos particulares (Isso reduz o custo per capita, na medida que divide por uma população maior os gastos efetuados pelo SUS);
3) A amostra escolhida de procedimentos médicos é representativa da totalidade dos procedimentos médicos praticados, exceto aqueles
não cobertos pelos planos e seguros saúde (exemplo: excluímos transplantes de fígado);
4) R$ 79,38 é o custo anual per capita do SUS por habitante no Estado do Rio de Janeiro (Fonte: nossa pesquisa);
5) Não consideramos aqui custos administrativos e comerciais das operadoras de saúde, o que elevaria o custo mínimo.
Desenvolvimento:
Formulação de Hipótese:
Nossa conclusão é de que nenhuma operadora de saúde pode trabalhar com um custo inferior a R$ 66,15 per capita, ou como preço médio de
sua carteira de clientes. Outra hipótese é de que aquelas que operavam com custos abaixo desse limite, conseguiam sobreviver graças a uma
série de limites e exclusões nos contratos praticados antes de 1998. Para se ter uma idéia haviam contratos que não cobriam cirurgias
cardíacas. Após a obrigatoriedade (Lei 9.656/98) de oferecer amplo atendimento médico, essas operadoras passaram a enfrentar o problema
de elevar custos e perder clientes. Isso confirma o que se depreende dos jornais com o fechamento de uma série de operadoras de saúde.
Fato, que acreditamos se intensificar nos próximos anos.