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MISLLENE SILVA SANTOS

ABORTO: O DILEMA DOS


SÉCULOS:

UNIP – SÃO PAULO

2015
ABORTO O DILEMA DOS SÉCULOS

Misllene Silva Santos

UNIVERSIDADE PAULISTA- SP

RESUMO: No que diz respeito ao aborto, nos deparamos com um significado um tanto
quanto “forte”, pois o mesmo se baseia na “expulsão de um embrião”. Tal forma de
significado nos causa grande impacto, e muitas vezes o mesmo é desconhecido, pois os
demais se baseiam apenas numa forma de “se livrar”, quando na verdade, nos referimos a algo
um tanto mais sério, que merece muito mais que nossa compreensão, merece nossa total
atenção. De uma forma objetiva, porém satisfatória, faremos uma análise sobre o mesmo,
mostrando os riscos que as mulheres se sujeitam, dando ênfase a essa decisão rápida, mas que
gera consequências e às vezes, danos irreversíveis. Não somente ocasionados ao corpo em
questão, mas a mente, nossa principal fonte de armazenamento de emoções. O objetivo real é
mostrar que tal prática não leva a um lugar seguro, mas sim a um final perigoso,
compartilhando da culpa. Chegando a conclusão que o mesmo não deve ser algo colocado
como legal, quando este interfere naquele direito que todos devemos desfrutar.

Palavras-chaves: Direito; Aborto; Vida.

1. INTRODUÇÃO

Um desafio constante durante os últimos anos é a questão da legalização do aborto, esse


tem afrontado a todos, e várias especulações são feitas quando o mesmo é abordado. De um
lado a gravidez indesejada, o sentimento de dúvida em relação ao que deve ser feito, e
obviamente a resposta de que uma interrupção seria o caminho mais viável. Mas até que
ponto este deve ser avaliado? Será mesmo que uma vida merece ser interrompida? Essas e
outras perguntas vêm tomando espaço em redes sociais, programas, jornais e sempre fica a
mesma questão sem ter uma resposta definida. A questão não é trazer uma solução, mas trazer
a consciência das possíveis consequências que uma decisão precipitada pode trazer. Não é a
solução de um “erro”, é cobrir uma atitude com uma prática que talvez não seja tão viável
assim, ou que não supra as expectativas necessárias.

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1. Acadêmica do quinto semestre do Curso de Direito – Turma DR5R39 -2015/6 – UNIVERSIDADE PAULISTA-SP
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2. O ABORTO E O DIREITO A VIDA

É de conhecimento geral que em nossa Constituição, tem um artigo muito conhecido, o


mesmo que defende a ideia de que “todos tem direito à vida” (artigo V da Constituição
Federal de 1998). Com esse artigo podemos basear então a ideia de que não deveria ser
discutida uma lei que defenda a ideia da legalização do aborto. “Todos tem direito a vida”,
aqui não há uma exceção, não dá algumas hipóteses, ou uma abertura para modificações, a lei
é clara, óbvia e deve ser respeitada. É uma “frase” muito citada, que tem perdurado por anos
em nosso mundo, e criando a possibilidade da “expulsão de um feto” estaremos por infringir
aquilo que se fez presente em muitos anos. Ele é pequeno, mal chegou a habitar o mundo,
nem a dividir com aqueles que aqui estão momentos únicos, mas ali dentro tem todos os
sentidos vitais, tem vida, há pulsação, há o crescimento, e não importa se estamos falando de
uma gestação de 6 meses ou de 3 semanas, todos tem o direito da vida, de ir e vir, de gozar de
sua capacidade e isso não pode ser tomado. E como se não bastasse uma lei que nos dá a
capacidade de desfrutar da vida em sua totalidade, também nos deparamos com o artigo 124
do Código Penal que diz “Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lhe
provoque: pena – detenção, de um a três anos”. Esse artigo resume todas as teorias, se alguém
ainda tinha dúvidas sobre tal prática, chegamos à resposta: É crime! Quem o pratica está
“matando” seu filho, e apesar de ser um tanto quanto “triste” essa subjeção, é algo que precisa
ser falado. Não há um motivo que explique a ideia de recorrer a esse método, de todas as
formas, tanto em na nossa adorável Constituição Federal quanto ao nosso Código Penal,
ambos deixam claro e explicam com exatidão a ideia errada que muitos absorvem por falta de
conhecimento. E porque criar então uma lei que o deixa a possibilidade de decisão da mãe?
Embora exista a emenda, não seria viável tomar uma decisão drástica com a vasta noção de
que o direito de escolha da mãe seja o melhor. É VIDA, e todos devem ter o direito sobre ela.
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3.1 A MEDICINA E O ABORTO

Os riscos do mesmo são altos, em questão do uso de ervas, certas drogas ou inserção de
objetos cirúrgicos no útero, conduzem a um elevado risco de infecção e à morte.
Normalmente há certo grau de sangramento e surge à possibilidade de hemorragia, é na
tentativa de conter o mesmo sem sucesso que pode trazer altos riscos para a paciente,
precisando até mesmo de uma transfusão de sangue. Outras complicações também podem ser
citadas, a gravidade de haver um aborto incompleto e ruptura uterina. Em alguns desses casos
a mulher fica impossibilitada de ter filhos futuramente, certamente é um alto risco, uma
simples decisão que pode comprometer toda uma trajetória de vida.

As confissões de alguns obstetras são realmente surpreendentes, os relatos sempre se ligam


com uma paciente e outra. “Elas nunca querem abortar”, esse foi um relato em anônimo que
trouxe várias perguntas a um site, afinal, se elas não querem, porque o fazem? Desespero,
medo, carente de orientação, sem apoio, essas e outras respostas são ouvidas em cada
procedimento relatado pelo anônimo. O caminho mais fácil, em vista da humanidade, sempre
é o mais difícil, e são surpreendentes os índices altíssimos de aborto feitos anualmente no
Brasil, é realmente constrangedor saber que em um país onde o mesmo é colocado como
“ilegal” se torna tão “comum” diariamente em nosso meio. A este exato momento, pode uma
mãe estar tomando a decisão, esta fazendo tal pratica, se sujeitando a um procedimento de alto
risco, que gerará complicações, e que por uma sorte poderá se manter viva.
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3.2 POSSÍVEIS IDEIAS PARA COMBATER O NÚMERO DE ABORTO

Alguns citam a possibilidade de legalização para que assim o procedimento fosse feito de um
modo seguro, de tal modo que não viesse complicar a vítima. Mas se pararmos para
analisarmos, se isso fixasse como legal com certeza o número de menores grávidas
aumentaria, já que a correção desse “erro” seria feito de um modo visto como normal perante
a sociedade. Seriam dados vários espaços para que outras pessoas aproveitassem, não apenas
para casos de violência, esse apenas seria uma das possibilidades dentre outras que se
formariam. A possível ideia que podíamos acatar seria:

 Inspecionar rigorosamente os controles das clínicas onde se realizam os abortos para


evitar a violação da lei.

 Comissões em comunidades que tendem a manter informados sobre os riscos que o


mesmo possa trazer, e fornecer assim o devido apoio.

 Centro de ajuda social para mulher, especialmente para aquelas em caso de gravidez
indesejada.
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3. CONCLUSÃO

Somos confrontados com diversas especulações sobre o assunto, algumas pessoas ainda se
atrevem a dizer que acha errado, que nunca faria mas que não tem o direito de colocar seus
sentimentos em outras pessoas, isso tem até uma certa valia, mas imaginemos pois que os
abolicionistas da época pensassem que a escravidão era errado, mas que não podiam colocar
essa ideia aos outros, e por isso se quisessem ter, poderiam. Imaginem em que mundo
estaríamos hoje? A realidade é que alguns têm suas ideias fixas, mas não ligam para o que
acontecem a sua volta, não se importam com os demais, ligam apenas com suas decisões e
pronto. Acham que já é o bastante. Mas temos que ter em mente que essas questões são
importantes para a nossa geração, não podemos apenas ficar em nossas casas, colocar a
cabeça em nossos travesseiros e viver como se nada estivesse acontecendo, porque na verdade
alguém, que mal teve a oportunidade de nascer queria que fosse feito alguma coisa. Gravidez
indesejada é a resposta para todas as atitudes, mas o porquê que elas ocorrem? São divulgados
em todos os lugares todos os métodos contraceptivos, mas mesmo assim acontecem, não só
erro e falta nas divulgações, é serem informados da responsabilidade. Não me atenho a teoria
de que a vida desses tenham que ser interrompidas, se a mãe de Einstein tivesse interrompido
sua gravidez, o mundo jamais teria conhecido a física como ela realmente é. Se Bill Gates
tivesse sido impedido de “possuir” a vida, não teríamos nos deparado com uma formatação de
tecnologia tão avançada e que tanto nos ajuda diariamente. E porque não falar de Santos
Dumont? Ele que tem sido a causa de toda a saudade quebrada em todos os finais de anos, que
deixou a distância se tornarem horas com a ideia de que poderia voar. Todos esses homens (e
mais tantos outros que não foram citados, mas que conhecemos sua valia para este mundo)
fizeram sua parte, vieram ao mundo, gozaram da vida e revolucionaram fazendo este lugar ser
o mais habitável possível. Mas, e se suas mães acreditassem que aquela não era a hora de ter
aquela gravidez? E se elas se mostrassem indecisas e tomassem a decisão de que a interrupção
seria a solução? A ideia não é ganhar pelo convencimento, não é emocionar, é apenas mostrar
que todos que vem ao mundo podem revolucionar, criar algo de grande importância ou não. A
próxima pessoa a nascer pode ser aquela que trará a cura ao câncer, ao Alzheimer, que fará
alguma dor humana ter fim, não podemos então desejar seu fim. Partindo do princípio que
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TODOS têm direito à vida, devemos estar seguros que esse direito não seja violado, tem vida
naquelas poucas semanas de gravidez, tem pulsação, e ele merece vir ao mundo. Temos que
estar atentos a nossa volta, aos abortos feitos de maneira indevida, aquelas que infligem a Lei
e que praticam crimes por falta de conhecimento. Tal especulação deve ser levada ao mundo,
para que todos fiquem informados dos erros e punições que estarão sujeitos. Não nos
esquecendo da quantidade exorbitante de abortos feitos anualmente, a quantidade de crimes
sendo praticada, a lei sendo anualmente “quebrada”. Não dá para nos fazermos “cegos” a tal
situação, e lei sendo infligida, é vida sendo interrompida, é alguém que pode nascer para
salvar vidas. Não sejamos o “não” de alguém.

REFERÊNCIAS

1. ARANTES, Artur Cristiano - Fundamentos de Medicina Legal: Para Acadêmicos


de Direito. 1.ed. Lemos E Cruz, 2007.

2. OLIVEIRA, James Eduardo- Constituição Federal, Anotada e Comentada. 1. ed.


Forense, 2013.

3. ABORTO.COM. Disponível em: < http://www.aborto.com/aborto.html>.


Acesso em: 25 março 2015.

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