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Considerações finais PARÁBOLAS DE JESUS

As duas propostas (1) Deus não manda pessoas para o inferno e (2) inferno é A PARÁBOLA DA REDE
mais próximo de aniquilação do que de sofrimento sem fim, não são as mais
Mateus 13.47-50
conservadoras em relação à tradição evangélica. Em sua maioria, os teólogos
afirmam que Deus manda para o inferno aqueles que não aceitaram Jesus
Cristo como Salvador, sendo inferno um estado perene de sofrimento. Introdução
Mas devemos levar em conta que o castigo não é um fim em si mesmo,
mas visa a restauração do castigado. Uma vez que não há restauração possível A palavra “inferno” aparece 14 vezes na Bíblia, metade delas nos ensinos de
no inferno, não há porque submeter o castigado ao castigo sem fim – isso Jesus. A palavra usada por Jesus foi Geena, a transliteração comum para o
seria sadismo, e Deus não é um sádico que tem prazer no sofrimento inútil. Ao português de um termo de origem grega: "géenna", que por sua vez tem
contrário, Deus é aquele que deseja que todos se deixem salvar. origem no termo hebraico Geh Hinnóm que significa "Vale de Hinom", e que
veio a tornar-se um depósito ao sul de Jerusalém, onde o lixo era incinerado.
Na história de Israel o Vale de Hinom sempre esteve associado a morte e
Para discussão em grupo
destruição (Jeremias 7.31; 32.35), e depois de se transformar numa espécie de
lixão da cidade, passou a ser conhecido como “o lugar onde o fogo jamais se
1 - Você acha verdadeira a afirmação de que “é possível tirar a alma do inferno apaga” (Marcos 9.43,48).
sem tirar o inferno da alma”?
Desta palavra Geena, surge o conceito bíblico–teológico de inferno: fogo do
2 - O que você acha pior, sofrer para todo o sempre ou deixar de existir? inferno (Mateus 5.22) ou fogo eterno (Mateus 18.8; 25.41), um lugar onde há
3 - De que maneira o Cristianismo propõe a vitória sobre a morte? De que choro e ranger de dentes (Mateus 8.12; 13.42,52; 22.13; 24.51; 25.30; Lucas
maneira o Cristianismo propõe a vitória sobre a segunda morte? 13.28).
As parábolas a respeito do reino dos céus ou reino de Deus em Mateus 13
© 2007 Ed René Kivitz deixam claro que há uma separação entre justos e injustos, entre os que
herdarão e ou participarão do reino de Deus e os que ficarão de fora (Mateus
13.40-42, 49,50).
Mas será mesmo que “Deus manda pessoas para o inferno”? Em que consiste
esta condenação, isto é, o que significa “ir para o inferno”? Considerando o
contexto histórico, social e cultural da origem do termo, e interpretando as
palavras de Jesus à luz de outros textos bíblicos, podemos extrair desta
“parábola da rede” pelo menos duas afirmações a respeito do inferno.

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1 - Assim como o Geena é o destino natural do lixo, o inferno é o destino 2 - Assim como o lixo é incinerado no Geena e deixa de existir, as pessoas que
natural de uma vida degenerada e não redimida. vão para o inferno são aniquiladas.

A noção de que Deus vai mandar pessoas para o inferno contra a vontade Levando a figura do Geena às suas conseqüências lógicas, é mais
delas, ou que o único critério para que alguém seja mandado por Deus para o apropriado considerar o significado de ir para o inferno como aniquilação ou
inferno é a “não aceitação de Jesus como Salvador” não encontra deixar de existir. O lixo não fica queimando para sempre, também não é
fundamentação nas palavras de Jesus. razoável admitir que pessoas sejam condenadas a um castigo sem fim.
Assim como o Geena é o lugar próprio para o lixo, o inferno é o lugar próprio A noção de que inferno implica o sofrimento consciente sem fim exige
de gente desumanizada, pessoas que se tornaram menos do que humanas, ou a crença na imortalidade da alma, que viverá para sempre em estado de
que não chegaram a ser humanas na medida de Jesus. O propósito de Deus sofrimento. Mas o conceito de imortalidade da alma não é cristão. A promessa
sempre foi fazer com que as pessoas se tornassem semelhantes ao seu Filho do evangelho não é a imortalidade, e sim a ressurreição. Nesse caso, parece
(Romanos 8.28-30; 2Coríntios 3.18; Gálatas 4.19; Efésios 4.12,13; Colossenses razoável a afirmação de que após a morte física, cada pessoa tenha apenas
1.28,29). duas opções: a ressurreição (1Coríntios 15; 1Tessalonicenses 4.13-18) ou a
Assim como o filho pródigo foi parar no chiqueiro com seus próprios pés “segunda morte”, isto é, a aniquilação (Apocalipse 2.11; 20.6,14; 21.8).
(Lucas 15.14-16), as pessoas chegam no inferno como resultado natural de suas As expressões “fogo eterno” e “morte eterna” não significam “pena
escolhas, ou no caso, da rejeição voluntária ao apelo e convocação para que se com duração eterna”, mas “pena com efeito eterno”. A pessoa que vai para o
submetam ao reino me Deus e seu Rei, Jesus. Em outras palavras, é mais inferno não arderá em chamas para todo o sempre, mas deixará de existir para
adequado falar que as pessoas vão para o inferno do que falar que Deus todo o sempre, isto é, será como se nunca tivesse existido, sendo este o
manda pessoas para o inferno. O inferno é a condição própria de um tipo de significado de “morrer eternamente” (João 11.25,26).
gente: gente que se recusou a ser como Jesus, que se recusou a se deixar O Cristianismo é uma resposta a grande angústia humana, a saber, a finitude,
transformar pelo Espírito de Deus, e seguiu o curso natural de sua que em último caso equivale à morte e à não–existência ou segunda morte. A
degeneração, conseqüência de sua rebelião contra Deus e sua opção pelo seu simbologia bíblica diz que o homem seria imortal apenas se comesse da árvore
próprio ego. O que existe contra Deus não encontra a vida, pois Deus é a fonte da vida, quando então teria acesso à vida eterna. A vida eterna está em Cristo
da vida. O que existe contra Deus encontra a morte, ou inferno, isto é, a Jesus, e somente os que participarem do reino de Deus comerão da árvore da
destruição. vida (Apocalipse 2.7; 22.14). Aqueles que não comerem da árvore da vida não
terão vida eterna, e, portanto, não vencerão a morte, isto é, serão aniquilados
ou deixarão de existir. A proposta cristã para a vitória sobre a morte é a
ressurreição. E para a vitória sobre a segunda morte, o Cristianismo propõe o
acesso à vida eterna, simbolizada pela árvore da vida, que em sentido último
aponta para Jesus Cristo (João 5.24; 10.10,27-29; 11.25,26; 14.6; 20.30,31).

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