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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Centro de Formação Profissional Antônio Urbano de Almeida – CFP AUA


Curso Técnico em Mecânica
Automação de Processos Industriais – Nota de Aula 04

Elementos Pneumáticos de trabalho

Os elementos pneumáticos de trabalho são os responsáveis pela


transformação da energia pneumática em movimentos nos circuitos pneumáticos. A
energia pneumática será transformada, por meio de cilindros pneumáticos, em
movimentos retilíneos. Nos motores pneumáticos, a energia pneumática será
transformada em movimentos rotativos.

Atuadores pneumáticos

Os atuadores pneumáticos podem ser divididos em atuadores pneumáticos de


simples ação, de dupla ação, rotativos e outros. A seguir, veremos suas principais
características. Atuadores pneumáticos de simples ação – Esses atuadores realizam
trabalho em uma direção, possuindo uma única conexão de ar, sendo que o retorno à
posição inicial pode se dar por ação de mola ou de outra força externa. Podem ser do
tipo haste avançada, quando ele “puxa” a carga, ou haste recuada, quando ele
“empurra” a carga. O consumo de ar é menor do que o de atuadores de dupla ação,
uma vez que o retorno se dá por ação de uma mola ou de uma força externa.
Devido à mola interna, a força deste atuador é menor do que a de um atuador
de dupla ação com mesmo diâmetro e tem um curso de trabalho limitado devido ao
tamanho da mola. As medidas externas para um mesmo curso de dupla ação são
maiores devido à mola de retorno. Atualmente, só se utilizam atuadores de ação
simples de tamanhos pequenos (Ø 2,5 a 25mm), com cursos de até 50mm. A figura
abaixo mostra este atuador de simples ação.

Atuadores pneumáticos de dupla ação

Com esse atuador, o trabalho se desenvolve nos dois sentidos do curso de


avanço e de retorno, uma vez que a pressão do ar comprimido atua nos dois lados do
êmbolo. Quando a pressão atua no lado da haste, a força resultante é menor, pois a
área de atuação é menor devido à área da haste do atuador. Essa consideração é
válida somente quando a mesma carga é transportada nos dois sentidos. Em
atuadores de haste passante, as forças resultantes são iguais. A figura abaixo mostra
esse tipo de atuador. Percebemos que o ar é colocado no orifício da direita, e do

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orifício da esquerda é retirado o ar do outro lado, realizando o recuo do atuador de


dupla ação. A cor vermelha significa que o ar está sendo colocado no atuador, e a cor
azul significa que o ar está saindo do atuador.

Simbologi

Vejamos como é internamente um cilindro de dupla ação na figura abaixo.

Atuadores pneumáticos rotativos

Em relação aos atuadores rotativos há os motores de giros controlados (até


certo grau de giro). Esses dois tipos são de dupla ação. A figura abaixo mostra um
atuador tipo motor e outro com giro controlado.

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Outros tipos de atuadores

Há outros tipos de atuadores que possuem construções especiais, como de (a)


haste passante, (b) tandem, (c) sem haste, (d) garra, (e) músculos e outros. A figura
abaixo mostra esses tipos de atuadores.

Elementos de comando

Os elementos de comando são os responsáveis pelo controle da direção dos e


movimentos dos elementos de trabalho. Esses elementos são chamados de válvulas
direcionais.
Válvulas direcionais

Válvulas direcionais são os elementos mais importantes porque orientam, com


lógica, o caminho do ar comprimido dentro do sistema. As mais comuns são as de
cinco vias e duas posições (5/2) e as de três vias e duas posições (3/2). Existem
também válvulas de duas vias e duas posições (2/2) e quatro vias e duas posições
(4/2). A figura abaixo mostra um exemplo de válvula direcional.

O funcionamento da válvula direcional, como a que está apresentada na figura


acima, é o seguinte: quando colocamos ar no orifício 14 (Z), liberamos a passagem de
ar do orifício 1 (P) para o orifício 4 (A). Quando colocamos ar no orifício 12 (Y),
liberamos a passagem de ar do orifício 1 (P) para o orifício 2 (B). O número de vias
significa o número de conexões de trabalho que a válvula possui. Consideram-se
como vias a conexão de entrada de pressão, conexões de utilização e as de escape.

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SIMBOLOGIA PNEUMÁTICA

Neste item apresentaremos o resumo dos símbolos usuais empregados em


diagramas pneumáticos e hidráulicos. A Tabela 1 abaixo apresenta alguns símbolos
para os atuadores, conforme a norma ABNT NBR 8897, DIN 24300 e ISO 1219.

Para que haja praticidade e universalidade na elaboração e leitura de um


diagrama, normalizam-se os símbolos pneumáticos a serem empregados. As normas
usuais de simbologia são ABNT NBR 8896 e seguintes, DIN 24300 e ISO 1219.
Algumas premissas importantes definem essa simbologia:

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a) O símbolo não caracteriza a forma construtiva de um componente nem suas


dimensões, caracterizam apenas sua função.
b) As válvulas são simbolizadas por meio de quadrados.
c) O número de quadrados indica o número de posições que a válvula pode
assumir.
d) Dentro de cada quadrado as vias de passagem de uma válvula são
indicadas por linhas e setas. As setas, usualmente, indicam o sentido do fluxo.

VÁLVULAS DIRECIONAIS

Válvulas são elementos que comandam, regulam, direcionam e bloqueiam o


fluxo em um circuito. O entendimento de sua simbologia é a premissa básica para
análise de diagramas pneumáticos, hidráulicos, eletro-hidráulicos e eletropneumáticos.
São abrangidas em cinco grandes grupos, conforme sua função:
a) direcionais;
b) de pressão;
c) de vazão (fluxo);
d) de bloqueio;
e) combinadas.
Destes, o principal grupo é o das válvulas direcionais, isto é, válvulas que
interferem na trajetória do fluxo, desviando -o para onde for mais conveniente em um
determinado momento. Apresentaremos nos próximos itens, os símbolos usuais,
lembrando que a descrição de outros símbolos e definições adicionais devem ser
consultadas nas normas ABNT NBR 8896 e seguintes, DIN 24300 e ISO 1219.

IDENTIFICAÇÃO DAS CONEXÕES


Entende-se por "conexão" um ponto físico onde se conecta qualquer elemento
a uma válvula (por exemplo, uma mangueira, um silencioso, um regulador, escape). A
norma ISO 1219 prescreve a identificação das conexões mediante o emprego de
números, ao passo que a norma DIN 24300 prescreve o emprego de letras maiúsculas
do alfabeto latino.
Norma DIN 24300 Norma ISO 1219
Pressão P 1
Utilização A B C 2 4 6
Escape R S T 3 5 7
Piloto X Y Z 10 12 14
CONSTRUÇÃO DOS SÍMBOLOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS

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NOTA: No símbolo de uma válvula direcional, devem estar perfeitamente definidos:


· O número de vias da válvula;
· O número de posições de comando;
· A posição normal da válvula (quando for o caso);
· Forma de acionamento (tanto para comutação quanto para retorno à
posição normal).

ACIONAMENTOS DE VÁLVULAS DIRECIONAIS

A mudança entre as posições de uma válvula direcional depende de


acionamentos externos, cuja indicação é incorporada adjacente ao símbolo da válvula.
Costuma-se agrupar esses acionamentos quanto ao seu tipo em: ação muscular, ação
mecânica, pressão, elétrico ou combinação entre estes (Tabela abaixo).

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SÍMBOLOS ADICIONAIS

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Identificação das posições e conexões

Posição de repouso (posição normal) é aquela em que a válvula se encontra


quando não está acionada. Nesse caso, para as válvulas de 2 posições, a posição de
repouso é aquela que está situada à direita da válvula e para válvulas de 3 posições a
posição de repouso será a posição central.

Válvulas de controle de fluxo variável

As válvulas de controle de fluxo variável são as válvulas que controlam a


passagem de ar para os atuadores. Podem ser unidirecional ou bidirecional.
• Válvulas de controle de fluxo variável unidirecional – esse tipo de válvula
controla somente um dos lados de vazão, permitindo a livre passagem para o
outro lado. A figura abaixo mostra este tipo de válvula, bem como sua
simbologia.

Na figura acima, percebemos na simbologia que, quando o ar está indo de 2


para 1 na parte inferior tem uma esfera, e a pressão do ar injetado desloca a esfera,
permitindo a livre passagem de ar. Tendo nesse caminho a menor resistência, o ar
passará totalmente por ele. Quando passa do 1 para o 2, a esfera tranca o caminho da
parte inferior, sendo obrigatório o ar passar pela válvula reguladora, obtendo assim o
controle de fluxo.
• Válvulas de controle de fluxo variável bidirecional – esse tipo de válvula
controla a vazão nos dois lados. A figura abaixo mostra esse tipo de válvula,
bem como sua simbologia.

Controle de Velocidade de um Cilindro

• Controle de Velocidade pelo Ar de Entrada

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A entrada pode ser restringida através de uma válvula de controle de fluxo. A


pressão na câmara (1) aumentará até o valor necessário para vencer as resistências
impostas ao movimento e deslocar o pistão. Com o avanço, a câmara (1) aumenta de
volume e, como conseqüência, a pressão diminui, impedindo o avanço do pistão por
falta de força. Após um curto período de parada, a pressão atinge o valor requerido
para o movimento.

Observar a posição da
válvula no circuito

Num cilindro posicionado horizontalmente, que empurra uma carga, com o


controle na entrada, ao ser comandado, o pistão começa a se mover e inicia o avanço
com velocidade mais ou menos constante, determinada pela vazão do ar. Quando
aparece uma resistência extra, o pistão reduz a velocidade ou pára, até que a pressão
cresça o suficiente para vencê-la. Se a resistência for removida, o pistão acelerará ou
mesmo saltará subitamente para frente. Além do que, se uma carga possuir
movimento no mesmo sentido do pistão, provocará uma aceleração, impondo uma
velocidade acima da ajustada. Este modo de controle de velocidade determinará um
movimento irregular do pistão, geralmente prejudicial ao excelente funcionamento do
equipamento. O controle de entrada é empregado em casos excepcionais, como por
exemplo nos cilindros de S.A. ou ainda em um cilindro posicionado na vertical, onde as
condições são diferentes. A resistência resultará principalmente de um peso à força de
mola e não de fricção da carga. Neste caso, uma certa quantidade de contrapressão
será benéfica e melhores resultados serão obtidos se for utilizado o controle de
entrada.

• Controle de Velocidade pelo Ar de Saída

De tudo o que foi mencionado sobre o controle de velocidade pela entrada do


ar, viu-se que a tendência para uniformidade da velocidade de deslocamento depende,
principalmente, da variação da força resistente. É necessário encontrar o método para
fazer com que esta força seja a mais uniforme possível. São requeridos, no campo
industrial, valores na precisão de deslocamento cada vez mais constantes. Sem um
grau de precisão exato, pensou-se em utilizar o sistema de controle de velocidade,
influenciando-se assim o fluxo de saída do cilindro. Seu princípio consiste em efetuar o
controle de fluxo somente na saída do ar contido no cilindro, enquanto a câmara
oposta recebe fluxo livre. Controlando o ar na saída do cilindro, é possível eliminar o
movimento irregular do pistão. O ar comprimido entra na câmara (1) com toda a
intensidade de pressão, exercendo força sobre o êmbolo (2). O ar confinado na
câmara (3), escapará pela válvula de controle de fluxo, determinando, assim, um
avanço com velocidade mais uniforme que o método anterior.

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Observar a posição da
válvula no circuito

Isto é conseguido porque o êmbolo é mantido entre os dois volumes de ar


comprimido, o de entrada (câmara 1) e o que está saindo (câmara 3), formando uma
contrapressão e oferecendo uma resistência contínua ao movimento. Deve ser
lembrado ainda que a força oferecida pelo atrito estático é maior que a força oferecida
pelo atrito dinâmico (Fate>Fatd). Mais uma razão para se efetuar o controle da saída
do ar na câmara (3) para que, quando a pressão do ar vencer as forças resistentes, a
haste do cilindro não sofra um impulso repentino e se desloque normalmente.

Válvulas de bloqueio

Essas válvulas bloqueiam o sentido de circulação do ar comprimido dentro do


sistema, seguindo uma lógica de programação. São divididas em alternadoras, de
simultaneidade e de escape rápido.
• Válvulas alternadoras (elemento “OU”) – as válvulas alternadoras
possuem duas entradas P1 e P2 e uma saída A. Também podem ser
chamadas as entradas de P1 e P2 de 1, e a saída de A de 2. Entrando o ar
comprimido em P1, a esfera bloqueia a entrada P2, e o ar flui de P1 para A.
Quando o ar flui de P2 para A, a entrada P1 é bloqueada e o ar flui de P2 para
A. Por isso, é chamada de elemento “OU” (OU P1 OU P2).
Com pressões iguais e havendo coincidência de sinais em P1 e P2,
prevalecerá o sinal que chegar primeiro. Em caso de pressões diferentes, a pressão
maior fluirá para A. As válvulas alternadoras são empregadas quando existe a
necessidade de enviar sinais de lugares diferentes a um ponto comum de comando.

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• Válvulas de simultaneidade (elemento “E”) – as válvulas de


simultaneidade possuem duas entradas P1 e P2 e uma saída A. Também
podem ser chamadas as entradas de P1 e P2 de 1, e a saída de A de 2.
Entrando o ar comprimido somente em P1, é empurrado um êmbolo, que fecha
essa entrada, não permitindo a passagem de ar comprimido. Se o ar entrar
somente em P2, ocorre a mesma coisa. Quando o ar flui por P1 E P2, o
êmbolo vai ficar com a mesma força, permitindo a passagem de ar para A. Por
isso, é chamada de elemento “E” (P1 E P2). Só ocorrerá essa passagem
quando as pressões P1 e P2 forem iguais. Se forem diferentes, não ocorrerá a
passagem do ar para a saída A.

• Válvulas de escape rápido – são usadas para a velocidade dos êmbolos


dos atuadores. Tempos de retorno elevados, especialmente em atuadores de
ação simples, podem utilizar essa válvula.

• Válvula de retenção – Ela pode ser simples ou com mola. Esta válvula
pode fechar completamente em uma direção, em direção contraria permite a
passagem do ar com a minima queda de pressão.
• Válvula de retenção simples

• Válvula de retenção com mola

Temporizadores

O temporizador permite que um sinal pneumático tenha um retardo de tempo


entre o sinal de entrada e o de saída do temporizador. O ajuste é feito pela rotação do
botão graduado. A faixa de ajuste é completada por uma revolução completa do botão.
O funcionamento é totalmente pneumático. Existem os temporizadores NF e os NA. A
figura abaixo mostra um temporizador e sua simbologia.

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O importante que você dever saber é que um contato NA significa que a válvula
inicialmente é aberta para a passagem de ar de P para S, enquanto NF significa que
inicialmente essa passagem é fechada.
Analisando a simbologia descrita na figura acima, vemos que o temporizador funciona
da seguinte maneira:
• o botão graduado é, na verdade, uma válvula reguladora de fluxo
unidirecional, que serve para regular a entrada de ar que ocorre em a;
• esse ar que entra em a vai entrar em uma espécie de armazenador
(representado pelo balão);
• nota-se que esse balão está ligado a uma válvula direcional, por meio de um
piloto. Quando a força do piloto da válvula direcional for maior do que a força
da mola, vai liberar o ar do P para S;
• quando a força de pressão do balão for menor do que a força da mola, a
válvula direcional volta ao normal, reiniciando o tempo.

Contadores

Os contadores são utilizados para controle de circuitos sequenciais, capazes


de mostrar o número de pulsos que foram dados para poder liberar uma próxima
sequência. O funcionamento consiste de um sistema de acionamento mecânico de
dígitos circular e uma chave-limite pneumática. Os pulsos de contagem para o
contador são pneumáticos (ar comprimido) que vêm de uma fonte de informações. A
figura abaixo mostra esse contador.

A conexão Z é usada como mecanismo alimentador de pulsos de ar


comprimido para o pistão do sistema de acionamento. Após a contagem de passos
demonstrará o número pré-ajustado, que pode representar um número de pulsos
ocorridos, e o mesmo emitirá um sinal pneumático de saída, que é usado para iniciar o
próximo seguimento do processo ou operação. O valor pré-ajustado pode ser
selecionado entre 1 e 99.999. O sinal de saída é enviado quando a pressão que está
aplicada na conexão P é interligada com a conexão A. Isso ocorre quando a contagem

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pré-ajustada é alcançada, e o reset não foi acionado. Pode ser feito o reset do
contador por meio do botão de reset manual (localizado na parte frontal do contador)
ou aplicando-se um sinal pneumático em Y.

Tecnologia do vácuo

As aplicações do vácuo na indústria são limitadas apenas pela criatividade


ou pelo custo. As mais comuns envolvem o levantamento e deslocamento de cargas
como:
• movimentação de cargas;
• manipulação de peças frágeis;
• manipulação de peças com temperatura elevada, usando ventosas de
silicone;
• operações que requerem condições de higiene;
• movimentação de peças muito pequenas;
• movimentação de materiais com superfícies lisas.
A palavra vácuo, originária do Latim vacuus, significa vazio. Entretanto,
podemos definir tecnicamente que um sistema encontra-se em vácuo quando o
mesmo está submetido a uma pressão inferior à pressão atmosférica. No exemplo
mostrado na figura abaixo, é efetuada a retirada de uma tampa móvel. Com a retirada
da tampa, vai ser criada uma pressão negativa (menor do que a pressão atmosférica),
que é o vácuo.

Esse princípio é utilizado pela maioria das bombas de vácuo encontradas no


mercado. Por meio do movimento de peças mecânicas especialmente construídas
para essa finalidade, procura-se retirar o ar atmosférico presente em um reservatório
ou tubulação, criando uma pressão negativa ou o vácuo.

Efeito Venturi

Para aplicações industriais, há outras formas mais simples e baratas de se


obter vácuo. Uma delas é a utilização do efeito Venturi. A técnica consiste em fazer
fluir ar comprimido por um tubo que possui uma redução do diâmetro interno,
provocando um estrangulamento à passagem do ar. O ar que flui pelo tubo, ao
encontrar a redução, tem seu fluxo aumentado devido à passagem estreita. O
aumento do fluxo do ar comprimido, no estrangulamento, provoca uma sensível queda
de pressão na região.

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Um orifício externo, construído estrategicamente na região reduzida do tubo,


sofrerá então uma depressão provocada pela passagem do ar comprimido pelo
estrangulamento. Isso significa que surgirá um vácuo parcial dentro do orifício que,
ligado à atmosfera, permitirá que o ar atmosférico, cuja pressão é maior, penetre no
orifício em direção à grande massa de ar que flui pela redução do tubo.
A figura abaixo ilustra como é gerado um vácuo pelo princípio de Venturi, e
umas ventosas que são utilizadas no ramo industrial. O vácuo servirá para pegar
alguns tipos de materiais por meio da ventosa.

A figura abaixo mostra as simbologias utilizadas em ventosas, conforme as


normas NBR 8897, DIN 24300 e ISO 1219, de acordo com a sua aplicação para pegar
materiais.

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Identificação dos Componentes Norma DIN ISO

Atuadores: Número seqüencial + letra A – (1A ..., 2A ...)


Bombas e compressores: Número seqüencial + letra P – (1P ..., 2P ...)
Válvulas: Número do atuador + letra V + número seqüencial – (1V1 ..., 2V1 ...)
Botões: Letra S + número seqüencial – (S1 ..., S2 ..., S3...)
Fins de curso: Número do atuador + letra S ou B + 1 p/ recuado e 2 p/ avançado
(1S1..., 1S2...,2B1..., 2B2...)
Nota: S  com contato físico – B  sem contato físico
Solenóide: Número do atuador + letra Y + 1 p/ avanço e 2 p/ retorno (1Y1 ..., 1Y2 ...)
Relés: Letra K + número seqüencial
Nota: KT  relé temporizador – KC  relé contador
Outros: Número do atuador + letra Z + número seqüencial
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mpl
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Cadeia de Comando
1A 1S2

F=0
ELEMENTOS DE
TRABALHO
1V3
1V2 2

50%
1

3
ELEMENTOS AUXILIARES

1V1 4 2
ELEMENTOS DE COMANDO
5 3
1
1V4 2 1V5 2 ELEMENTOS DE
1 1 1 1
PROCESSAMENTO DE
SINAIS
S1 2 S2 2 S3 2 2

1S2 ELEMENTOS DE SINAIS


1 3 1 3 1 3 1 3

0V1 2
ELEMENTOS DE
TRATAMENTO E
0 Z1
DISTRIBUIÇÃO
1 3

1P

CIRCUITOS SEQUENCIAIS

Quando a montagem de um circuito pneumático ou hidráulico é complexa, o


técnico deve dispor de certos esquemas de comando e sequências, segundo o
desenvolvimento das máquinas. Deve representar as sequências dos movimentos de
trabalho e de comando, de forma que se possa se identificado facilmente.
Desse modo, caso haja um problema mais complexo, os movimentos serão
reconhecidos de forma mais rápida e segura, pois foi escolhida uma forma mais
apropriada para a representação dos movimentos. Além disso, uma representação
clara possibilita uma compreensão bem melhor. Vamos apresentar as possibilidades
de representação mais utilizadas.
Por exemplo, considere somente os cilindros A e B. Nesse exemplo, os pacotes
que chegam por uma esteira transportadora de rolos são levantados e empurrados
pela haste de cilindros pneumáticos para outra esteira transportadora. Devido a
condições de projeto, a haste do segundo cilindro só poderá retornar após a haste do
primeiro ter retornado. A figura abaixo mostra esse processo.

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Formas de representação

Os movimentos podem ser representados de diversas formas, sempre


de maneira clara e segura de modo a permitir sua identificação.

a) Sequência cronológica:

• a haste do cilindro A avança e eleva o pacote;


• a haste do cilindro B avança e empurra o pacote para a esteira II;
• a haste do cilindro A retorna à sua posição inicial;
• a haste do cilindro B retorna à sua posição inicial.

b) Anotação em forma de quadro: o quadro abaixo mostra essa anotação.

c) Indicação vetorial
Avanço -> Retorno
<-
Cilindro A ->
Cilindro B ->
Cilindro A <-
Cilindro B <-

d) Indicação algébrica
Avanço +
Retorno –

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Cilindro A+
Cilindro B+
Cilindro A –
Cilindro B –

Diagramas de movimentos

• Diagrama trajeto-passo – é representada a sequência de movimentos de um


elemento de trabalho, por meio de duas coordenadas, uma representando o trajeto do
elemento e outra o passo do elemento (diagrama trajeto-passo). As figuras abaixo
exemplificam esse diagrama.

• Diagrama trajeto-tempo – nesse diagrama, o trajeto de uma unidade construtiva é


desenhado em função do tempo, contrariamente ao diagrama trajeto-passo. A figura
abaixo mostra esse diagrama.

Método intuitivo de construção de circuitos pneumáticos

Produtos que chegam por uma esteira transportadora de rolos são levantados
e empurrados pela haste de cilindros pneumáticos para outra esteira transportadora,
como, por exemplo, o transporte de produtos. Devido a condições de projeto, a haste
do segundo cilindro só poderá retornar após a haste do primeiro ter retornado. A figura
abaixo mostra esse processo.

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Procedimento para realização do projeto


Para fazer o projeto, recomenda-se o cumprimento das seguintes etapas.

1 - determinar a sequência de trabalho;


2 - elaborar o diagrama de trajeto-passo;
3 - colocar no diagrama trajeto-passo os elementos fins de curso a serem
utilizados;
4 - desenhar os elementos de trabalho;
5 - desenhar os elementos de comando correspondentes;
6 - desenhar os elementos de sinais;
7 - desenhar os elementos de abastecimento de energia;
8 - traçar as linhas dos condutores de sinais de comando e de trabalho;
9 - identificar os elementos;
10 - colocar no esquema a posição correta dos fins de curso, conforme
o diagrama de trajeto e passo;
11 - verificar se é necessária alguma anulação de sinais permanentes
(contrapressão) em função do diagrama de trajeto-passo;
12 - introduzir as condições marginais.
Resolução do circuito
Uma sequência para resolver esse circuito é o seguinte:
A+ B+ A- B
Formas de fazer o circuito
O circuito pode ser feito de duas maneiras:
1) Fazer a sequência de funcionamento por meio do método
intuitivo: a) aciona o botão;
b) avança o cilindro A;
c) aciona o fim de curso do cilindro A avançado;
d) avança o cilindro B;
e) aciona o fim de curso do cilindro B
avançado; f ) recua o cilindro A;
g) aciona o fim de curso do cilindro A recuado;
h) recua o cilindro B;
i) aciona o fim de curso do cilindro B recuado.
2) Fazer a sequência de funcionamento por meio do método
intuitivo, utilizando setas:

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1S2

2S2

1S1

Em que:
1S2 representa o acionamento do fim de curso A avançado.
1S1 representa o acionamento do fim de curso A recuado.
2S2 representa o acionamento do fim de curso B avançado.
2S1 representa o acionamento do fim de curso B recuado.
O circuito ficaria como está exposto na figura abaixo.

1S1
2S2
1S2

42

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