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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE TECNOLOGIAS E RECURSOS NATURAIS – CTRN

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL – UAEC

PROFESSOR: JOHN KENNEDY

DISCIPLINA: PAVIMENTAÇÃO

VISCOSIDADE ROTACIONAL
(BROOKFIELD)

Amona Rodrigues Veríssimo


Eriberto Fernandes da Silva Júnior
Mateus Araújo de Souza Celestino
Raissa Gomes Presideu
Sonaly Mendes Arruda

Campina Grande, Junho de 2018.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 2

2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 3

3 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 3

4 RESULTADOS ............................................................................................................. 6

5 CONCLUSÕES ............................................................................................................. 7

6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 8

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1 INTRODUÇÃO

O asfalto é defino, de acordo com a NBR 7208/90, como material sólido ou semissólido,
com viscosidade variável em função da temperatura. A temperatura ambiente, o CAP encontra-
se em estado semissólido, e para atingir a viscosidade adequada a preparação da mistura precisa
ser aquecido a temperaturas superiores a 100 °C. Entretanto, essa temperatura escolhida deve
ser tão baixa quanto possível, para evitar o envelhecimento do CAP, que é um fenômeno que
possui influência negativa no desempenho da mistura.

No Brasil, as especificações utilizadas para determinar como adequado o uso de um


ligante asfáltico para pavimentação baseiam-se em ensaios empíricos, que, a princípio, tentam
avaliar indiretamente o desempenho futuro do ligante nas obras de pavimentação. Atualmente,
em países como EUA e Canadá, os ensaios empíricos deram lugar a ensaios que permitem uma
avaliação reológica. A utilização da reologia para análise dos ligantes asfálticos tem se
mostrado uma ferramenta poderosa, pois associa o seu comportamento sob os efeitos de
variações de temperatura e aplicação de tensões sob frequências distintas a sua contribuição no
comportamento da mistura asfáltica final. Dentre os principais equipamentos que fazem parte
da metodologia SUPERPAVE para medição de propriedades reológicas, podemos citar o
viscosímetro rotacional.

O ensaio de viscosidade rotacional permite medir as propriedades de consistência


relacionadas ao bombeamento e à estocagem. Permite ainda obter o gráfico de temperatura –
viscosidade para projeto de misturas asfálticas, por meio de medida do comportamento do
fluido a diferentes taxas de cisalhamento e a diferentes tensões de cisalhamento, obtidas por
rotação de cilindros coaxiais que ficam mergulhados na amostra em teste. É medida da
viscosidade dinâmica expressa em centipoise (cP).

De forma direta, o aparelho gira um cilindro ou um disco (haste) em velocidade


constante e uniforme, mergulhado no ligante à temperatura, resistência à penetração e ponto de
amolecimento já definidos. A rotação obtida determina uma força necessária para vencer a
resistência que a viscosidade do material fluido oferece ao movimento rotacional.

É característica do envelhecimento do ligante asfáltico, devido à ação do calor e do ar,


a perda dos seus componentes mais leves – e, portanto, mais voláteis-, restando na mistura
envelhecida os hidrocarbonetos de maior peso molecular. O asfalto envelhecido apresenta-se,

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desta forma, como uma mistura betuminosa, rígida, mais leve, adensada e com tendência à
exposição dos agregados.

2 OBJETIVOS
Determinar, de maneira direta, a viscosidade de ligantes asfálticos novos e envelhecidos,
por meio de medida do comportamento do fluido a diferentes taxas de cisalhamento e a
diferentes tensões de cisalhamento, obtidas por rotação de cilindros coaxiais que ficam
mergulhados na amostra em teste.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Para o ensaio, foram necessários:


• Viscosímetro rotacional – Equipamento capaz de determinar o torque necessário para girar
a haste a uma velocidade constante, enquanto está imerso na amostra à temperatura de
ensaio e depois converte a medida do torque em unidades de viscosidade (Figura 1)
• Haste de Medição (Spindle) – Aparelho capaz de medir as viscosidades das misturas
asfálticas.
• Controlador de temperatura do recipiente térmico – Aparelho utilizado para manter a
temperatura da amostra constante.
• Recipiente Térmico
• Controlador de Temperatura – Aparelho usado para controlar a temperatura de amostrar no
intervalo entre 38 a 260 graus Celsius.
• Balança – Com precisão de 0,1g para medir a massa da amostra;
• Equipamento de envelhecimento de ligante asfáltico a curto prazo – RTFO (rolling thin-
film oven) (Figura 2);
• Recipientes de vidro padronizado para uso no RTFO;
• Varetas metálicas para agitação do ligante asfáltico no recipiente padronizado do RTFO.

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Figura 1 - Equipamento de viscosidade rotacional montado

Figura 2 - Equipamento RTFO

Utilizou-se para o ensaio duas amostras de cimento asfáltico de petróleo CAP


modificadas com óleo de soja novo: uma envelhecida através, e outra não-envelhecida.

O envelhecimento a curto prazo das amostras foi realizado através do equipamento


RTFO. Para isso, o CAP foi aquecido em estufa e depositado em frascos de vidro com uma
haste metálica dentro. Estes frascos voltam à estufa até estabilização da temperatura em 163˚C
e após este procedimento, vão ao RTFO.
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O equipamento efetua a rotação das finas películas de asfalto contidas nos frascos por
85 minutos contínuos, com uma injeção de ar a cada 3 ou 4 segundos, simulando a oxidação
natural de curto prazo. A amostra envelhecida então segue para o ensaio de viscosidade
Brookfield, tal qual a não-envelhecida.

No ensaio de viscosidade, coloca-se o Spindle imerso dentro da amostra contida no


frasco do viscosímetro e espera-se cinco minutos para o início do procedimento. Este tempo é
necessário para que a amostra atinja a temperatura de uso (do Spindle), já que a temperaturas
de ambiente, o CAP possuirá um alto valor de viscosidade e, portanto, poderá romper ou
deformar o Spindle. Este irá girar a uma velocidade constante de 20 rpm para medir a resistência
ao movimento do ligante.

No ensaio foi utilizado um software chamado RHEACALC (Figura 3). Neste programa,
zerou-se os dados de outros ensaios e informou-se as temperaturas de ensaio para as amostras.
Esperou-se que a amostra adquirisse inicialmente a temperatura de 130̊ C para imergir o Spindle
na amostra. No momento em que as amostras atingissem a temperatura informada, o Splindle
adquiria a rotação desejada para o ensaio. Foram feitas medições com três temperaturas
diferentes: 135̊ C, 150̊ C e 177˚C. Para cada temperatura, o Spindle rotacionava por dois
minutos.

Figura 3 - Software RHEACALC para obtenção dos dados de viscosidade

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4 RESULTADOS

De posse das leituras realizadas pelo software, obtivemos os seguintes resultados para as
duas amostras.

VISCOSIDADE X TEMPERATURA - CAP MODIFICADO


NÃO-ENVELHECIDO
350

300 310

250
VISCOSIDADE - cP

200

150 159

100

50 60,5

0
135°C 150°C 177°C
TEMPERATURA

Gráfico 1 - Relação viscosidade x temperatura para CAP modificado com óleo de soja novo não-
envelhecido

VISCOSIDADE X TEMPERATURA - CAP MODIFICADO


ENVELHECIDO
600

500 485
VISCOSIDADE - cP

400

300
235
200

100
80

0
135°C 150°C 177°C
TEMPERATURA

Gráfico 2 - - Relação viscosidade x temperatura para CAP modificado com óleo de soja novo
envelhecido

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5 CONCLUSÕES

Os resultados obtidos demonstram o aumento da viscosidade, em todas as temperaturas


de teste, para o ligante em questão. O Gráfico 3 exibe a comparação dos resultados obtidos,
demonstrando a redução na diferença entre as viscosidades observadas com o aumento da
temperatura.

ANÁLISE COMPARATIVA DE VISCOSIDADE PRÉ E PÓS


RTFO
600

500
VISCOSIDADE (cP)

400

300

200

100

0
135˚C 150˚C 177˚C
TEMPERATURA

Não-envelhecido Envelhecido

Gráfico 3 – Comparação dos valores de viscosidade obtidos

A uma temperatura de 135˚C, o aumento da viscosidade foi de 56,45%; a 150 ˚C, houve
um acréscimo de viscosidade de 47,80% e, a 177˚C, o aumento representa 32,23%. Esses
percentuais indicam grande influência do envelhecimento a curto prazo do material no
parâmetro de viscosidade, o que representa uma deficiência da mistura do ligante asfáltico com
óleo de soja novo na atual proporção.

NASCIMENTO (2015) destaca que o RTFO não leva em consideração a radiação


ultravioleta (UV) a que o revestimento asfáltico está diariamente exposto durante o período de
projeto de rodovias, desta forma, fica evidente que o emprego desta mistura após o

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envelhecimento de curto prazo (aquele que acontece entre a usinagem e aplicação do
revestimento) não seria adequado.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNUCCI, Liedi Bariani, DA MOTTA, Laura Maria Goretti, et al. Pavimentação asfáltica –
Formação básica para engenheiros, 3ª reimpressão – Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Asfalto – Rio de janeiro – 2010.

DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de


Pavimentação. 2 ed. Rio de Janeiro, 2006.

NASCIMENTO, Thalita Cristina Brito. Efeito do envelhecimento termo-oxidativo e foto-


oxidativo sobre propriedades reológicas de ligantes asfálticos modificados. Dissertação de
Mestrado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos – EESC – USP, 2015.

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