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PORQUE É QUE A CATALUNHA QUER

A INDEPENDÊNCIA?

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PORQUE É QUE A CATALUNHA QUER A
INDEPENDÊNCIA?
INTRODUÇÃO
o Definição de conceitos1
Comunidade autónoma Espanhola é uma entidade territorial que, no ordenamento
constitucional de Espanha, é dotada de autonomia legislativa e competências
executivas, bem como da faculdade de se administrar mediante representantes
próprios
Els Segadors (em português "Os Ceifadores") é o hino nacional oficial da Catalunha,
nação e comunidade autónoma da Espanha. A sua origem data da Guerra dos
Segadores, que ocorreu no século XVII.
Generalitat de Catalunya a Generalidade da Catalunha (em castelhano:
Generalidad de Cataluña) é o sistema institucional em que se organiza politicamente
o autogoverno da Catalunha. Tem as suas raízes nas Deputações Permanentes, no
século XIV, sob a administração da Coroa de Aragão.
Espectro político é um sistema de classificar diferentes posições políticas sobre um
ou mais eixos geométricos para simbolizar independentes dimensões políticas,
dentro do conceito da existência de uma Esquerda e Direita (política).
O euroceticismo é uma doutrina política assente na desconfiança ou na descrença
acerca da União Europeia. Dentro dos partidos eurocéticos há uma vasta gama de
linhas de pensamento desde uma menor integração económica entre os países até
aos que não querem qualquer integração.
Ecossocialismo, socialismo verde ou ecologia socialista é uma ideologia em que se
fundem elementos do marxismo, do socialismo ou do socialismo libertário com a
política verde, a ecologia e alter-globalização.
Biotecnologia, estudo e desenvolvimento de organismos geneticamente modificados
e sua utilização para fins produtivos.
O liberalismo clássico, também referido como liberalismo tradicional, liberalismo
laissez-faire ou liberalismo de mercado, é uma filosofia política e uma doutrina
económica cuja principal característica é a defesa da liberdade individual, com
limitação do poder do Estado pelo império da lei, a igualdade de todos perante a lei, o
direito de propriedade.
Solidariedade Internacionalista não se limita a uma única nação, política de
cooperação entre as nações.
o Delimitação do tema

1
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

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Este tema irá geograficamente, abordar toda a região da Catalunha (32108 Km²) que
se encontra localizada na extremidade leste da Península Ibérica, mais propriamente
na Espanha que pertence ao Continente Europeu.
o Resumo dos capítulos
Este trabalho baseou-se, essencialmente, numa abordagem dedutiva, apoiando-se
na investigação bibliográfica de livros, revistas, manuais, monografias, artigos
especializados e sites da Internet.
Esta investigação foi articulada em cinco etapas:
I – Descrição da Situação Sociocultural da Catalunha;
II – Descrição da Situação Político-económica da Catalunha;
III – Descrição das Forças Armadas e Segurança da Catalunha;
IV – Possíveis ameaças
V - Conclusões

CAPÍTULO I
I.1 Área Geográfica2
A Catalunha é uma comunidade autónoma espanhola, com um estatuto oficial de
“nacionalidade”. O território está dividido em quatro províncias: Barcelona, Girona, Lérida
e Tarragona. Com uma área de 32.000 Km², faz fronteira com a França e Andorra a
norte, e com o Mar Mediterrâneo a este, a
oeste com a comunidade autónoma
espanhola de Aragão e a sul com a
comunidade autónoma de Valência, o
território tem também uma costa de 580
Km. A capital deste território é Barcelona
e é também a segunda maior cidade de
Espanha.
Hidrograficamente grande parte do
território da Catalunha pertence à bacia do
Figura 1-Peninsula Ibérica
Mediterrâneo, no entanto, há que ter em
conta duas bacias importantes, a do rio Ebro e a que compreende as bacias internas da
Catalunha (respetivamente 46,84% e 51,43% da região), todas elas fluem para o Mar
Mediterrâneo. Além destas bacias, há a do rio Garona que flui para o Oceano Atlântico
que cobre apenas 1,73% do território catalão.

2
www.infoescola.com
http://geonamica.blogspot.com
https://pt.wikipedia.org
https://barcelona.costasur.com

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O nome dos principais rios que banham a Catalunha são: Rio Ebro e os seus afluentes
Noguera, Pallaresa, Noguera Ribagorçana, Segre e Valira; outros rios Llobregat, Ter.
Garona, Fluvià, Besòs e Tordera.
Morfologicamente a Catalunha compreende três unidades: a norte os Pirenéus, no litoral
este o sistema mediterrâneo catalão e a sudoeste a depressão central catalã que deriva
da erosão provocada pelo rio Ebro e seus afluentes.
A população da Catalunha é estimada em 7 milhões e meio de pessoas, com uma
densidade demográfica de 239 habitantes por Km², desde o século XX que a região
catalã é de imigração de outras zonas do território espanhol.
Relativamente ao clima da Catalunha mediterrânico, sem temperaturas extremas, com
Invernos frios, mas sem temperaturas excessivamente baixas, e com Verões quentes.
Relativamente a chuva, esta é abundante no Inverno e praticamente nula no Verão. No
verão, especialmente no mês de agosto que é o mês mais quente, as temperaturas
oscilam entre os 25ºC e os 35ºC, chegando por vezes inclusivamente aos 40ºC em
alguns momentos do dia fazendo com que se sinta uma sensação de falta de ar devido á
alta temperatura aliada á humidade relativa e à escassez de vento. A temperatura média
anual é de 15ºC e o índice pluviométrico anual é de 1000mm.
I.2 História3
Foi na segunda metade do século XVI, quando Fernando II de Aragão se desposou com
Isabel I de Castela, que a Catalunha passou a fazer parte de uma Espanha unificada. O
aumento de impostos e a presença de militares castelhanos na Catal0unha contribuem
para uma das muitas revoltas catalãs em proveito da sua independência. A revolta –
apoiada pelo reino francês – ficou conhecida como guerra dos Segadors4.
Foi com base na guerra dos Segadors que nasceu o hino catalão
Catalunha, triunfante,
voltará a ser rica e grande.
Atrás desta gente
tão ufana e tão soberba.
Bom golpe de foice!
Bom golpe de foice, defensores da terra!
Bom golpe de foice!
Agora é hora, ceifeiros.
Agora é hora de estar alerta.
Para quando venha um outro junho
Amolemos bem as ferramentas.

3
https://www.portalsaofrancisco.com.br
https://www.comunidadeculturaearte.com
4
Palavra de origem catalã que quer dizer ceifeiros.

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Figura 2-A Revolta dos Segadors
São os Segadors que dão início ao conflito, em 07 de junho de 1640. A revolta dos
Segadors dá origem a uma república catalã implantada em 1641 sob proteção francesa
mas de pouco tempo, porque em 1652, Barcelona pompeia novamente a bandeira
espanhola. Posteriormente, a Catalunha vira-se contra França e
contra Espanha e decide apoiar as pretensões austríacas ao
trono de Madrid, auxiliadas pelo Reino Unido, pelos Países
Baixos e por Portugal5. O resultado desta contenda não é
benéfico para os interesses catalães: os Borbon6 ficam com
Madrid em 1713.O cerco de Barcelona em 1714 aboliu a
soberania da região. O principado acaba por render-se perante
Espanha a 11 de setembro, depois de 14 meses de cerco à

5
Na Guerra da Sucessão (1701-1714).
6
É uma família nobre e importante da casa real europeia originária do centro da França.

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Figura 3 - General Franco


capital catalã. A data ainda é hoje o dia nacional da Catalunha: se há quem veja a
derrota, a Catalunha presta homenagem à resistência. A Catalunha foi forçada a adotar a
língua e os costumes de Castela. Quando a Espanha se tornou uma República, em
1931, a região voltou a conquistar a autonomia, a Generalitat - liderada pela Esquerda
Republicana da Catalunha. Mas perdeu-a novamente com a ditadura franquista. A morte
do general Franco restaurou a democracia, e permitiu à Catalunha ter o seu próprio
parlamento, força policial e sistema de educação. A autonomia conquistada não
acalmou a ambição dos catalães, descontentes com o governo central.
I.3 Culturas dominantes
O catalão é a língua oficial da Catalunha juntamente com o castelhano língua oficial do
Reino de Espanha.
O idioma catalão é uma das maiores vaidades do povo da Catalunha e uma das
primeiras vias de acesso à cultura catalã. Caracteriza-se como sendo um idioma
romântico, falado por quase dez milhões de pessoas em todo o mundo. Além da
Catalunha, o idioma também é falado nas ilhas baleares, Valência, Andorra, e cidade de
Alghero7. Conforme estabelecido pelo Estatuto de Autonomia e pela Constituição
Espanhola, o governo central da Catalunha costuma promover o uso social do catalão. O
catalão passou então do círculo familiar, ao qual havia permanecido restrito, a âmbitos
públicos como a Justiça, a economia, a ciência e o cinema. É mais que evidente que
esta evolução linguística teve um papel preponderante na construção da nação catalã.
Contudo, convém não esquecer que a cultura catalã tem sofrido ao longo dos anos uma
forte repressão por parte de Madrid, o que obriga a cultura catalã a renascer das cinzas.
Com o ressuscitar do nacionalismo, durante o século XIX, a cultura nesta região vai se
autonomizando e crescendo.
Como sinal desta evolução, surgiu um hino catalão8, símbolo oficial do governo
autonómico e uma das músicas entoadas nas manifestações independentistas que se
multiplicaram e engrandeceram nos últimos anos.

CAPÍTULO II
II.1 Estruturas governamentais
Administrativamente a Catalunha está dividida em quatro províncias:
 Província de Barcelona9, cuja capital é Barcelona

 Província de Girona10, cuja capital é Girona (Gerona em espanhol, Girona em


catalão)

7
É uma ilha da Sardenha, Itália.
8
Os Segadors permanecem na inspiração deste hino.
9
População de 5,543 milhões (2016) Instituto Nacional de Estatística
10
População de 753 576 (2016) Instituto Nacional de Estatística

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 Província de Lérida11, cuja capital é Lérida (Lleida em catalão)

 Província de Tarragona12, cuja capital é Tarragona


A configuração atual do poder político na Catalunha define-se, basicamente, no seu
Estatuto Autonómico de 1979 e nas instituições políticas da Generalitat de Catalunya.
Diferente das outras instituições autónomas do Estado espanhol, a Generalitat de
Catalunya não foi criada após a nova Constituição espanhola de 1978, mas sim, foi
restabelecida no ano de 1977, antes da promulgação da Constituição.
Foi restabelecida porque a Generalitat de Catalunya não somente já existia na Espanha
democrática da época da Segunda República (1931-1939), como também era assim
denominado há aproximadamente 700 anos atrás, o organismo executivo criado pelas
Cortes gerais da Confederação da coroa catalano-aragonesa (sec. XIV-XV).
As raízes da Catalunha como povo, com uma unidade territorial e governamental, vem
desde o início dos séculos da Idade Média.
A nação catalã teve, ao longo dos séculos, as instituições políticas e as formas de
governo próprias de cada época, com um grau de soberania bem diversificado. Estas
instituições funcionaram, em determinados períodos da sua história, com características
próprias de um estado soberano, bem como, em épocas mais recentes, com a
expressão de um poder compartilhado com o poder central do estado espanhol.
Desde o século XIV, que o organismo político-administrativo originário das Cortes Reais,
a Generalitat, viria a ser uma instituição de governo. Esta instituição, com seus altos e
baixos ao longo da história, é um precedente das atuais instituições políticas catalãs.
É verdade que o exercício do poder na época medieval pouco tem a ver com a
separação dos poderes dos estados modernos de direito democrático. Porém é
sintomático que a única instituição de autogoverno que ao longo dos séculos expressou
o poder político na Catalunha e que continua até hoje é a Generalitat.
Quando na Espanha contemporânea se recuperou a democracia, com um certo direito
de reconhecimento do direito das comunidades, a Generalitat ressurgiu imediatamente,
logo após a mudança de regime e antes que se inicia-se o período constituinte. Assim foi
no ano 1931 e também no ano 1977.
Na Catalunha existem os seguintes partidos com expressão politica:
- Juntos pela Catalunha - É um movimento político historicamente derivado do
nacionalismo catalão, que procura a independência da Catalunha da Espanha. Partido
liderado e criado recentemente, por Carles Puigdemont 13 inclui nomes do seu anterior

11
População de 434 041 (2016) Instituto Nacional de Estatística
12
População de 792 299 (2016) Instituto Nacional de Estatística
13
Carles Puigdemont (Amer, Girona, 1962), Praticamente desconhecido pela maioria dos catalães, sendo mais
conhecido em Girona, nasceu no pequeno povo de Amer e é desde a sua infância reconhecido como um
independentista de raiz.

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Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) e independentes, o espectro politico
desta força politica centro-direita.
- Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) – É um partido político que nasceu em
1931, na cidade de Barcelona. O seu atual líder é Oriol Junqueras 14. De ideologia
independentismo catalão e de social-democracia, embora originariamente federalista,
apoia a independência da República Catalã e dos territórios de língua catalã, os Países
Catalães, partido de espectro político de esquerda.
- Cidadãos – Partido da Cidadania (C’s) – Partido fundado em 2006 por Albert Rivera, e
em 2015 o partido deixou de ser um partido regionalista para ser uma potência nacional,
passando a ser um fiel da balança nos apoios governamentais, tanto à esquerda como à
direita. Esta situação fez com que Albert Rivera deixa-se a Catalunha e ruma-se a
Madrid. Foi então que o testemunho de líder e porta – voz do Ciudadanos no parlamento
regional passou para as mãos de Inés Arrimadas15.
O C’s é um movimento constitucionalista que tem grande apoio popular para parar a
independência.
A ideologia deste movimento baseia-se num liberalismo social, económico e defende a
integração europeia, é um movimento com espectro político do centro-direita.
- Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC) – O líder do partido socialista catalão,
Miquel Iceta16, aponta a sua ideologia social-democrata, defendendo um modelo federal
e, apoiando o direito à autodeterminação da Catalunha.
No entanto, o PSC de espectro político centro esquerda, está dividido em duas fações:
uma catalanista, que defende a independência da Catalunha, e, outra regionalista, que
defende a unidade entre Catalunha e Espanha.
Ao nível estatal, o PSC está afiliado ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE),
apesar de ser um partido independente deste.
- Catalunya en Comú-Podem – É uma aliança eleitoral de esquerda e de autogoverno na
Catalunha, formada pelo Catalunya en Comú e o Podemos para contestar as eleições
regionais catalãs de 2017.

14
Oriol Junqueras i Vies (Barcelona,1969), É um historiador, professor universitário e político catalão, atual
Vice-presidente da Governação da Generalidade da Catalunha e titular do Departamento de Economia e Finanças
do governo catalão. Foi presidente da câmara (prefeito) de Sant Vicenç dels Horts (2011-2015), é deputado no
Parlamento da Catalunha, desde 2012, e presidente da Esquerda Republicana da Catalunha, desde 2011. Foi
deputado europeu e posteriormente chefe da oposição no Parlamento da Catalunha entre 2013 e 2016.
15
Inés Arrimadas García (Jerez de la Frontera, 1981), é uma advogada e política espanhola, deputada do
Parlamento da Catalunha pelo grupo Cidadãos - Partido da Cidadania (desde 2011) e líder da oposição durante a
XI Legislatura.
16
Miquel Iceta Llorens (Barcelona, 1960), iniciou a carreira de Ciências Químicas, e abandonou os estudos para
entrar na Juventude Socialista da Catalunha e dedicar-se em pleno à vida politica.

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Esta aliança é liderada por Xavier Domènech17, que ideologicamente defende o direito à
autodeterminação catalã, um socialismo democrático, um populismo de esquerda e uma
anti globalização.
- Partido Popular da Catalunha (PPC) – Fundado em 1989 é um dos partidos mais
conservadores de Espanha, é uma força politica virada para o centro reformista.
O seu líder é Xavier García Albiol 18, um dos mais fevrosos opositores dos
independentistas.
Este partido caracteriza-se ideologicamente como sendo conservador, democrata cristão
e defende o liberalismo clássico e económico.
- Candidatura de Unidade Popular (CUP) – Força política de extrema-esquerda liderada
por Carles Riera19. Fundado em 1986 é um partido organizado inicialmente em
assembleias locais autónomas ao nível de localidade ou de bairro, onde as decisões são
tomadas pelos seus militantes. Essas assembleias podem ter algumas diferenças
ideológicas entre si, mas os seus princípios comuns são a independência para a
Catalunha.
As orientações ideológicas visam o independentismo catalão, anti capitalismo,
euroceticismo e ecossocialismo.

II.2 Relações Internacionais


A Catalunha não possui acordos políticos com as principais potências europeias.

II.3 Economia
A Catalunha é a região mais rica de Espanha. Representa 20% do PIB nacional. Dados
referentes a 2016, colocam a Catalunha entre as 15 principais economias da União
Europeia. Os cortes orçamentais durante a crise financeira de 2008 e o aumento de
impostos contribuíram para agravar o descontentamento e aumentar a força do
movimento separatista.
Tem uma estrutura económica diversificada, onde sobressaem a eletrónica, máquinas e
bens de equipamento, agroalimentar, biotecnologia e tecnologia da informação e um
sector terciário e de serviços em expansão graças à saúde e ao turismo. A sua taxa de
desemprego era de 13,2% contra os 17,4% de Espanha e, em 2016, o seu crescimento
económico foi de 3,5%, acima da média nacional (3,3%).
A Catalunha é, de longe, a principal região exportadora da Espanha, com cerca de 25%
das vendas do país ao estrangeiro em 2016 e no primeiro trimestre de 2017.
17
Xavier Domènech (Sabadell, 1974) Doutorado em Historia pela Universidade Autónoma de Barcelona. Autor
de várias obras literárias relacionadas com a História.
18
Xavier García Albiol (Badalona, 1967), Formado em Direito, foi Senador e Deputado do parlamento Catalão e
Alcaide de Badalona (2011-2015).
19
Carles Riera i Albert (Barcelona, 1960), Sociólogo, psicoterapeuta e ativista politico, foi membro da
solidariedade em defensa da língua, cultura e nacionalidade catalã, assumiu o atual cargo em outubro de 2016.

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A região atraiu em 2015 cerca de 14% dos investimentos estrangeiros na Espanha,
ficando na segunda posição, muito atrás de Madrid (64%), mas à frente de todas as
demais regiões, segundo dados do Ministério de Economia.
Barcelona reúne, além disso, grandes empresas: o grupo têxtil Mango, o terceiro maior
banco do país, CaixaBank, o grupo energético Gás Natural, a administradora de estradas
Abertis, a empresa de moda e perfumes Puig – proprietária das marcas Nina Ricci, Paco
Rabanne e Jean-Paul Gaultier, entre outras.
O setor agroalimentar é o maior setor industrial da Catalunha em termos de emprego e
volume de negócios graças à indústria da carne e, em particular, ao segmento de suínos.
A Catalunha concentra por outro lado metade de toda a produção química da Espanha,
com um grande polo em Tarragona. Esta atividade é superior à de certos países
europeus, tais como a Áustria, segundo dados da federação regional do setor.
A região era em 2016 a segunda na Espanha em número de veículos fabricados, com
19% da produção nacional. Nissan e Volkswagen (com sua marca Seat) possuem várias
fábricas na área – a Espanha é o segundo maior fabricante europeu de carros na União
Europeia (UE), atrás da Alemanha.
Além disso, a Catalunha possui um importante polo logístico.
A Catalunha aposta muito nos investimentos, em especial, na área de biociências
(genética, neurociências, biologia celular, etc), um setor que representa 7% do PIB.
Também conta com hospitais de ponta, centros de pesquisa e até um acelerador de
partículas, apresentando-se como a primeira região da Europa em número de empresas
farmacêuticas por habitante.
As novas tecnologias também estão muito presentes em Barcelona.
As universidades figuram entre as melhores da Espanha. Das cinco principais do país,
segundo ranking internacional, três são catalãs. Também abriga duas importantes escolas
de comércio e Barcelona conta com importantes editoras em língua espanhola, como
Planeta e Anagrama.
Barcelona e as praias da sua Costa Brava, é a região espanhola que atrai mais turistas
estrangeiros.
Esta tendência tem-se acentuado nos últimos anos. Mais de 18 milhões de pessoas
visitaram a Catalunha em 2016, representando praticamente 25% do total de estrangeiros
recebidos pelo país.
O aeroporto é o segundo mais movimentado da Espanha, depois de Madrid. Recebeu em
2016 mais de 44 milhões de passageiros e é muito utilizado por empresas aéreas de
baixo custo, que querem criar ali uma plataforma europeia para voos de larga escala com
destino ao continente americano.

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Por outro lado, o porto de Barcelona é o terceiro mais usado da Espanha em volume de
mercadorias, atrás de Algeciras e Valência, mas é um dos mais relevantes da Europa em
termos de cruzeiros de viagem.
O peso da dívida pública é um dos pontos fracos da Catalunha, já que representa 35,2%
de seu PIB, o que faz da região a terceira mais endividada da Espanha em termos
relativos no primeiro trimestre de 2017.
Em valor absoluto, a Catalunha é a região mais endividada, com € 75,4 bilhões em
empréstimos a serem pagos, segundo dados de março.
A dívida catalã, rebaixada pelas agências de risco para a categoria especulativa, impede
que o governo regional se financie diretamente nos mercados, dependendo de
empréstimos do governo central.

CAPÍTULO III
III.1 Nossas Forças (NF)
Apesar de Espanha e Portugal partilharem uma posição geográfica comum na Península
Ibérica, raramente articularam políticas similares de defesa e segurança.
Numa Europa mais unificada, procurando um consenso na construção de uma Política
Externa e de Segurança Comum (PESC), Espanha e Portugal não podem continuar de
costas voltadas um para o outro em assuntos de defesa e segurança.
Simultaneamente, Portugal e Espanha têm relações intra-Ibéricas mais consentâneas
devido pressão de uma União Europeia (EU) mais integrada. Assim, os dois Estados
terão que adotar novas relações bilaterais na área da defesa, uma vez que ambos são
membros da NATO e da UEO. Pela primeira vez na história, Portugal e Espanha são
membros das mesmas alianças.
Os portugueses são, no entanto, obrigados a reconhecer a realidade militar de que não
se podem igualar a Espanha, atualmente o maior contribuinte em forças militares para os
exercícios da NATO na área da responsabilidade do Iberian Atlantic Command /
Comando Ibérico do Atlântico (IBERLANT)20. Os portugueses têm consciência de que as
forças militares espanholas estão mais preparadas, são maiores e melhor equipadas.
Salienta-se a facto de existirem militares de ambos os países a trabalhar em conjunto em
diversos quartéis-generais multinacionais, mas, quanto a operações reais nas missões
expedicionárias, Portugal nunca aceitou colocar unidades nacionais sobre comando
direto.

III.2 Forças Aliadas

20
Em 22 de Fevereiro de 1967 o Comando da Área Ibero-Atlântica da NATO (IBERLANT) instala-se em
Portugal. O Comando teria as suas competências e áreas de responsabilidade alargadas ao longo das décadas,
atingindo o estatuto de Comando regional e Comando Conjunto Aliado.

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Catalunha sendo uma província de Espanha tem como
aliados os mesmos que esta nação.
Assim, as forças aliadas são aquelas que pertencem à
NATO que é uma aliança militar com sede em Bruxelas,
Bélgica e constituída por 29 países membros.
Esta aliança militar carateriza-se como uma força de paz
credível, que garanta segurança e bem-estar aos seus
cidadãos.

III.3 Forças militares e de segurança locais


As Forças Armadas da Catalunha são as mesmas que as de Espanha. Além das Forças
Armadas Espanholas a Catalunha tem uma cooperação policial autónoma denominada
Mossos d’Esquadra.
Oficialmente e na forma como são conhecidos, nasceram em 1983. No entanto, em 1980,
o Ministério do Interior de Espanha transferiu as competências da secção dos Mossos
d’Esquadra, para a Generalitat. Este foi o primeiro passo
Figura 4 - Mossos D'Esquadra
que a Catalunha teve para ter a sua própria força policial.
Após dois anos, esta força policial foi transferida para a Generalitat e, em 1983,
finalmente foi assinada uma lei no Parlamento para a criação da Policia Catalã, que
absorve o corpo dos Mossos e adota esse nome.
No entanto, a sua origem vai muito mais longe. No século XVIII, uma série de
“esquadrões de civis” foram organizados com a intenção de manterem a ordem e garantir
a segurança nas estradas e nas aldeias enquanto o exército regular era mobilizado para
outros lugares. Perante um ambiente instável, onde não estavam definidas as tarefas
atribuídas, nem de quem dependiam e qual a entidade responsável pelo pagamento dos
seus salários, levou a que em meados desse século esses “esquadrões” ficassem
limitados aos poderes do município da capital.
Até ao final da Guerra Civil Espanhola, em abril de 1939, os Mossos mantêm a sua
lealdade à República.
Com o fim deste conflito, chega a ditadura de Francisco Franco e o fim da Policia Catalã.
No entanto, anos mais tarde, em pleno governo de Franco, Barcelona reativa esta
instituição policial, embora com poderes muito limitados, apenas para a segurança do
Palácio da Generalitat e algumas dependências do conselho do condado.
Até 1985, existe apenas uma promoção de “musgos”, cuja função é focada,
principalmente, na proteção de edifícios e personalidades ligadas à Generalitat, mas
também em alguns aspetos civis, como jogos de azar ou património. Foi ainda em 1985,

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que a Escola de Policia, em Mollet del Vallès 21 é criada, embora a implantação territorial e
a adoção de novas competências da força policial não ocorreram antes de 1994. A partir
de 1994, o modelo de substituição das Forças de Segurança é formalizado pelo Estado
da Catalunha e assim surgem os “Mossos”, que substituem as forças do estado – Policia
Nacional e Guarda Civil. Em 2008, a implantação territorial dos Mossos está completa e
apta a operar em todo o solo catalão.

CAPÍTULO IV
IV.1 Grupos em presença – Movimento Arran
IV.1.1 Cadeia de comando
o Organização, efectivos e composição do grupo
ARRAN nasceu em julho de 2012, da união de Maulets, o CAJEI e
vários grupos locais com o firme desejo de organizar e mobilizar toda a
juventude independente e revolucionária numa única organização juvenil
da esquerda independente. Nasce, assim, com a convicção de se tornar
uma ferramenta útil para jovens de toda a zona catalã, na luta pela
libertação nacional, social e de gênero do povo catalão.
O ARRAN é composto por centenas de militantes organizados em torno
de 60 núcleos locais espalhados por 36 condados de todo o país, o que
o torna na maior e mais forte organização de jovens independentes do
território catalão.
o Motivação
O ARRAN trabalha para construir um futuro digno para os jovens
catalães. Para atingirem esse objetivo, organizam-se em torno de três
eixos principais que os permitirão construir uma sociedade livre de toda
a opressão e de exploração:
- A independência do território catalão para os defender dos ataques dos
Estados espanhóis e franceses, que há mais de trezentos anos tentaram
apagar a identidade do seu povo. Trabalham pela sua emancipação
nacional e para construir um país ao serviço do povo trabalhador
catalão.
- Reivindicam a necessidade de acabar com o sistema capitalista e sua
injustiça global; Afirmam que estão comprometidos com a construção do
socialismo, que os deverá levar a uma sociedade sem classes ou
opressão de qualquer tipo.
- A luta feminista contra a opressão pessoal e coletiva que supõe para

21
Mollet del Vallès é um município da Espanha na província de Barcelona, comunidade autónoma da Catalunha,
de área 10.8 km² com população de 52.242 habitantes e densidade populacional de 4837,22 hab/km².

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todas as pessoas o sistema patriarcal baseado no domínio do homem
sobre as mulheres e valores preconcebidos como masculinos acima de
todos os outros, bem como a discriminação por opção sexual ou modelo
de vida.
Consideram também a luta ecológica por moradia e trabalho digno, a
luta antifascista, a educação popular e pública, o antirracismo e a
solidariedade internacionalista.
o Objetivos de curto e longo prazo
A cerca de duas semanas, no dia 8 de março, o Dia da Mulher, várias
mulheres do Arran foram até a sede dos Cidadãos (C’s) para destacá-
las e para dar o apoio ao chamado Feminist General Strike. O líder
deste partido há algumas semanas disse que não apoiaria a greve
porque algumas das demandas vão contra o sistema capitalista. O Arran
diz que essas afirmações não vão contra o sistema, mas o próprio
feminismo é contra. Feminismo e capitalismo são incompatíveis. Porque
o sistema capitalista é sustentado tratando as mulheres como mão-de-
obra barata, aproveitando o trabalho livre em casa, mercantilizando os
seus corpos e as suas vidas. A diferença salarial, a privatização dos
serviços públicos que existem entre as mulheres e os homens.
o Orientação política
A orientação política do grupo Arran é próxima da esquerda radical
catalã, sendo até considerada como uma filial da CUP, embora os seus
membros insistam em afirmar que são um grupo independente.
o Métodos e alvos de recrutamento
O principal alvo de recrutamento é entre os jovens anti-sistema, de
grande tendência feminista, socialista e seguidores da independência.
o Líderes
São seis os jovens que lideram o grupo Arran, de acordo com a revista
Crónica Global:
Mar Ampurdanès Gutiérrez (porta voz); Josep Muñoz Busquets
(ligação de Arran com a CUP); Roger Santacana Hervada (dirigente de
Manresa; Albert Artigas Ruf (ex porta voz); Marc Garcés Casas (ex
porta voz) y Cèlia Appel Puente (porta voz).
o Fontes de apoio para apoio e obtenção de recursos
De acordo com algumas notícias recolhidas o grupo obtém recursos
através da venda de algum do património. No entanto, e segundo

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algumas fontes jornalísticas as forças de segurança do Estado devem
investigar a proveniência das verbas para a sobrevivência deste grupo.

CAPÍTULO V
A Catalunha é uma das 17 comunidades autónomas de Espanha. Esta A região vive
muito à custa do turismo e a sua capital, Barcelona, é uma das mais visitadas no Mundo,
gerando cerca de um quinto da economia espanhola. É considerada ainda uma região
populosa com cerca de 7,5 milhões de habitantes e gera um quinto da economia
espanhola.
O povo da Catalunha é livre de pedir a sua independência, se essa for a sua vontade.
No entanto, e pelos últimos indícios, registados nas consultas feitas recentemente, sinto
algumas reservas se essa será mesmo a sua vontade. Esta minha dúvida prende-se com
o facto de apesar de na votação ter ganho de uma forma esclarecedora o sim pela
independência, houve muita abstenção.
Uma das questões que motiva este movimento tem que ver com a área financeira, uma
vez que segundo a Catalunha, esta região sustenta outras regiões com menos posses de
Espanha, este parece-me que seria uma das vitórias de Catalunha, se a luta pela
independência ganhasse.
Se a Catalunha se tornar independente uma coisa será certa vai ter muitas dificuldades
em se inserir na Europa. Porque todo o processo de formação de Estado iria levar muito
tempo a consolidar e demoraria muito a criar tratados que pudessem ser negociados com
os países da União Europeia.
Relativamente a toda esta instabilidade na região fará com que muitas das maiores
empresas da Catalunha transfiram as suas sedes para fora da região.
Quanto à posição do governo Espanhol não quer perder a região porque assim perderia
cerca de 16% e como já foi dito cerca de um quinto da sua produção económica. A
Espanha garante que não é indivisível na sua constituição.

Livros:
ORWELL, George, Homenagem à Catalunha, Antígona, Abril 2007
ROMÃO, Filipe Vasconcelos, Espanha e Catalunha, Bookbuilders, Dezembro 2017

Páginas da Internet para investigação


https://www.infoescola.com/espanha/catalunha/

https://www.suapesquisa.com/paises/espanha/catalunha.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Catalunha

https://www.publico.pt/2017/10/04/video/

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http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/a-economia-catala-261096

https://arran.cat/

https://cronicaglobal.elespanol.com/politica/arran-cataluna-portavoces-violencia-

ataques_116828_102.html

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/02/internacional/1501697974_820761.html

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