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Nos anos 1990, Medellín figurava nas primeiras posições dos índices de cidades
mais violentas do mundo. À época, os números elevados de homicídios a
colocavam no mesmo grupo de cidades em guerra civil. Eram em média quase sete
mil homicídios por ano em função de conflito armado, com guerrilhas, grupos
paramilitares e narcotráfico no país por cinquenta anos.
Medellín vem construindo uma cidade resiliente, onde a redução de riscos deve
constar do projeto urbano e de estratégias visando ao desenvolvimento
sustentável, melhorando progressivamente o direito de seus habitantes à
cidade. As políticas públicas são pautadas pela função social e ecológica da
propriedade; englobando habitação de interesse social, meio ambiente, espaço
público e mobilidade.
Estrato Socioeconômico e Desastres Naturais
Lucas Bueno
O projeto está sendo liderado pela EDU e em convênio com a AMVA. Consiste em
conjunto de parques que formarão um ecossistema linear, em extensão de 28,1
quilômetros, sendo 19,8 quilômetros no Setor Médio – correspondente ao
município de Medellín – 7,2 quilômetros no Setor Sul e 1,1 quilômetro no Setor
Norte. Estes dois últimos correspondendo a outros municípios da área
metropolitana. Principal estratégia do último POT de Medellín, aprovado em
2014, realizado com diferentes atores da sociedade, poder público,
empresários, organizações sociais, acadêmicas, ambientais e culturais, por
meio de diversos encontros, workshops e fóruns. Desta forma, busca-se realizar
um projeto que atenda a todos os extratos da sociedade e que possa trazer
qualidade de vida aos diferentes setores da cidade.
Por outro lado, há muitas pessoas que criticam o projeto pelo fato de sua
construção ter começado no Bairro Conquistadores, um dos mais arborizados e
com maior índice de espaço público por habitante. Porém, o Parque é
basicamente o término do eixo central da Área Administrativa e de Negócios
Internacionais, o que, de acordo com os apoiadores do projeto, trará ganhos
para todos.
Parque do Rio Medellín
Foto Denise Antonucci
O Instituto foi criado em 1993 e desde então administra 836 espaços esportivos
gratuitos na cidade, visando diferentes práticas, desde quadras e campos de
futebol, esporte mais difundido no país, até o recente programa Adrenalina,
que busca incentivar o desenvolvimento de novas tendências esportivas, como o
patins, o BMX e o Skate. Além dos principais centros esportivos da cidade,
como a Unidade Esportiva Atanásio Girardot e a Unidade Esportiva Belém, o
INDER inaugurou recentemente o Parque de Ruedas 4 Sur, somando-se aos outros
10 Parques destinado a práticas como o Skate e os Patins.
Parque de Ruedas 4 Sur, 2017
Foto Lucas Bueno
Foi feita análise criteriosa de áreas que estavam pouco atendidas no quesito
iluminação pública, cruzando com índices cartográficos de insegurança e com a
localização de suas infraestruturas, como os tanques de armazenamento de água.
Estes, cercados por muros ou abertos como vazio urbano, ao permanecerem
escuros, geravam espaços inseguros.
Considerações finais
Procurou-se aqui entender a estrutura das políticas e planos adotados nos
últimos 15 anos nas diferentes administrações municipais que contemplam o
período Fajardo (2004-2007), Salazar (2008-2011), Gavíria (2012-2015) e
Gutierrez (2016-2019) e, a partir dela, visualizar os projetos que foram, e
ainda seguem sendo, executados na cidade, utilizando-se do espaço público como
ferramenta de mudança da cidadania, de diminuição da violência e desigualdade
social.
São abordados também alguns aspectos importantes que marcam o modelo exitoso
adotado na Colômbia e, sobretudo em Medellín, para a renovação do seu caráter
cívico:
2
LOPERA PEREZ, Juan Diego; GONZALEZ AVENDANO, Diana Patrícia; SANCHEZ MAZO, Liliana
Maria. Entre luchas sociales y avances jurídicos para la garantía de derechos. In
ZUQUIM, Maria de Lourdes e SANCHEZ MAZO, Liliana Maria (Org.); MAUTNER, Yvonne
(Col.). Barrios populares Medellín/Favelas São Paulo. São Paulo, FAU USP, 2017, p.
22.
3
Idem, ibidem, p. 23.
4
Idem, ibidem, p. 24.
5
Idem, ibidem, p. 28.
6
Editorial Medellín: renovación de una Ciudad Latinoamericana
<http://arqa.com/editoriales/medellin-r>.
7
El Proyecto Urbano Integral – PUI Comuna 13 como modelo de Transformación Urbana,
Arenas Madrigal, Medellín, 2015.
8
GOUVERNEUR, David. Diseño de Nuevos Asentamientos Informales, Medellín, Universidad
EAFIT e Universidad La Salle, 2016.
9
LOPERA PEREZ, Juan Diego; GONZALEZ AVENDANO, Diana Patrícia; SANCHEZ MAZO, Liliana
Maria. Entre luchas sociales y avances jurídicos para la garantía de derechos. In
ZUQUIM, Maria de Lourdes; SANCHEZ MAZO, Liliana Maria (Org.); MAUTNER, Yvonne
(Col.). Barrios populares Medellín/Favelas São Paulo. São Paulo, FAUUSP, 2017, p.
31.
10
Empresa de Desarrollo Urbano <http://www.edu.gov.co>.
11
Empresas Públicas de Medellín <https://www.epm.com.co>.
12
Instituto de Deportes y Recreación <https://sim.inder.gov.co>.
13
Modelo de Transformación Urbana – Proyecto Urbano Integral PUI Nororiental - EDU.
14
ZUQUIM, Maria de Lourdes e SANCHEZ MAZO, Liliana Maria (Org.); MAUTNER, Yvonne
(Col.) Barrios populares Medellín/Favelas São Paulo. São Paulo, FAU USP, 2017, p.
11.
15
Elementos Claves de los PUIs - EDU.
16
El Cinturón Verde Metropolitano - Jardin Circunvalar de Medellín - EDU.
17
Parques Del Rio Medellín – Alcaldía de Medellín.
18
Secretaria do Meio Ambiente: Parques Lineales de Medellín.
19
Ortiz, Paola. Los parques lineales como estrategia de recuperación ambiental y
mejoramiento urbanístico de las quebradas en la ciudad de Medellín. Medellín,
Universidad Nacional de Colombia, 2014, p. 13-14.
20
Instituto de Deportes y Recreación <https://sim.inder.gov.co>.
21
Tradução livre da definição no site da instituição <https://sim.inder.gov.co>.
22
Carta LUCI de Alambrado Público <www.luciassociation.org>.
23
Plan Maestro Tanques de Acqueducto EPM.