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Fevereiro. / 2011
Duração: 90 minutos
Atenção:
PARTE A
I. Depois de teres lido o texto com atenção, assinala com V (verdadeiro), F (falso) ou ? (não se sabe) as
afirmações que te são propostas como exercício.
II. Corrige, de acordo com o texto e de acordo com os conhecimentos que tens desta história, as
afirmações falsas e comenta as interrogadas.
PARTE B
A Dinamarca fica no Norte da Europa. Ali os Invernos são longos e rigorosos com noites muito
compridas e dias curtos, pálidos e gelados. A neve cobre a terra e os telhados, os rios gelam, os pássaros
emigram para os países do Sul à procura de sol, as árvores perdem as suas folhas. Só os pinheiros continuam
verdes no meio das florestas geladas e despidas. Só eles, com os seus ramos cobertos por finas agulhas duras
e brilhantes, parecem vivos no meio do grande silêncio imóvel e branco.
Há muitos anos, há dezenas de anos, havia em certo lugar da Dinamarca, no extremo Norte do país,
perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos. Nessa floresta morava com a sua
família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa clareira rodeada de bétulas. E em frente da porta
da casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da floresta. (...)
A noite de Natal era igual todos os anos. Sempre a mesma festa, sempre a mesma ceia, sempre as
grandes coroas de azevinho penduradas nas portas, sempre as mesmas histórias. Mas as coisas tantas vezes
repetidas e as histórias tantas vezes ouvidas pareciam cada ano mais belas e mais misteriosas.
Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava. Pois terminada a ceia
o Cavaleiro voltou-se para a sua família, para os seus amigos e para os seus criados, e disse:
- Temos sempre festejado e celebrado juntos a noite de Natal. E esta festa tem sido para nós cheia de
paz e alegria. Mas de hoje a um ano não estarei aqui.
- Porquê? – perguntaram os outros todos com grande espanto .
- Vou partir – respondeu ele. – Vou em peregrinação à Terra Santa e quero passar o próximo Natal na
gruta onde Cristo nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos. Também eu quero rezar ali.
Partirei na próxima Primavera. De hoje a um ano estarei em Belém. Mas passado o Natal regressarei aqui e,
de hoje a dois anos estaremos, se Deus quiser, reunidos de novo.
Naquele tempo as viagens eram longas, perigosas e difíceis, e ir da Dinamarca à Palestina era uma
grande aventura. Quem partia poucas notícias podia mandar e, muitas vezes, não voltava. Por isso a mulher
do cavaleiro ficou aflita e inquieta com a notícia. (...)
1. Indica o nome do autor e o título do conto de onde foi extraído este texto.
6. O cavaleiro anunciou a sua partida para a Palestina precisamente no dia de Natal. Por que motivo terá ele
escolhido esse dia para transmitir tal notícia à família.
6.1 Qual foi a reação da sua mulher perante tal decisão?
2. Partindo da lista de formas verbais apresentadas, completa as frases abaixo, seguindo o modelo.
Verbos Nomes
1. semear
2.transplantar
3.ceifar
4.colher
5.moer
ESCRITA
Tema A:
A viagem do cavaleiro foi longa, mas ao mesmo tempo, tornou-se num período inesquecível da sua
vida.
Também deves desejar visitar outros sítios/países. Imagina como seria a tua viagem a um desses locais
(Escreve entre 110 – 200 palavras).
Tema B:
Num texto bem estruturado, de 110 a 200 palavras, e tendo em conta a leitura que fizeste do conto de Sophia
de Mello Breyner Andresen, faz a descrição do Cavaleiro tal como o imaginaste.
A Professora,
Teresa Moura Pereira
PARTE A
I / II
1. V
2. V
3. V
4. ? - Era velho, mas não se sabia a idade que tinha.
5. F - Vanina penteava os seus cabelos à noite.
6. F – Guidobaldo chegara a Veneza, não era veneziano.
7. V
8. ? – Guidobaldo passeava sozinho de gôndola, mas nada no texto nos diz que o fazia sozinho.
9. V
10. ? O texto não refere se era Arrigo que estava a preparar o seu casamento com Vanina. Também se desconhece o grau
de parentesco entre Orso e Arrigo.
PARTE B
5. Este texto foi extraído do conto O Cavaleiro da Dinamarca cuja autora é Sophia de Mello Breyner Andersen.
6. Pelo facto da Dinamarca ficar no norte da Europa os invernos são “longos e rigorosos” com dias muito pequenos “pálidos e
gelados” e com noites muito longas. Toda a terra fica coberta de neve, “as árvores perdem as folhas”, “os rios gelam” e “os
pássaros emigram” para países mais quentes.
3. Sensações visuais: “… dias pálidos…”, “A neve cobre a terra…”, “Só os pinheiros continuam verdes…”;
Sensações auditivas: “…grande silêncio…”
Sensações de movimento: “…os pássaros emigram para os países do Sul…”, “ … parecem vivos…”
(Há toda uma possibilidade de outros exemplos que podem ser referidos).
4. O tempo verbal predominante no 2º parágrafo é o pretérito imperfeito do indicativo.
4.1 Este tempo verbal é usado na descrição.
5. “ A noite de Natal era igual todos os anos.”
5.1 Eu penso que o narrador não considera esta noite de Natal monótona, na medida em que, depois de referir o que
acontecia todos os anos, e repare-se na repetição anafórica do advérbio de tempo “sempre”, surge a conjunção adversativa “mas” que
vem desconstruir a ideia que possa ter sido feita inicialmente pelo leitor, no que respeita a existência de algum aborrecimento ou
monotonia.
6. O cavaleiro anunciou a sua partida para a Palestina na noite de Natal porque a família e os amigos estavam todos reunidos à mesa da
ceia de Natal, num ambiente de paz e amor. Assim, talvez todos compreendessem a sua necessidade interior de fazer essa viagem,
também ela impregnada de santidade e elevação moral.
6.1 A sua mulher “ficou aflita e inquieta”, mas não o impediu de partir, porque ninguém deve impedir aquele que quer fazer
uma peregrinação à Terra Santa.
7. Momento narrativo: “ Até que certo Natal aconteceu naquela casa …. para os seus criados e disse”.
Momento de diálogo: “- Temos sempre festejado …. reunidos de novo.”
8. A narração é um momento de avanço na narrativa, porque nos são dados novos acontecimentos que fazem com que a narrativa
evolua.
GRUPO II (20 pontos)
2. Partindo da lista de formas verbais apresentadas, completa as frases abaixo, seguindo o modelo.
a) Agora fala-se muito de problemas ecológicos.
b)Participa-se sempre com alegria neste torneio.
c)“Hábito” escreve-se com h.
d) Faria um mau negócio se vendesse o carro novo.
e) Contei-lhe uma anedota para que ele risse a valer.
f) Depois da aula, arruma-se o material.
g) Nós damos presentes às crianças necessitadas.
h)Vende-se um bom pão na padaria.
i) Insisti com o João para que arrumasse os brinquedos na caixa.
j) Lê-se um bom livro com agrado.
l) Gostava que o meu pai me escrevesse uma carta.
m) Ele ri-se às bandeiras despregadas com os filmes do Jerry.
n) Se ele participasse com mais afinco no torneio, ganhá-lo-ia facilmente.
o) Mostra-se sempre uma imagem negativa da educação.
p) Se ele mostrasse muito interesse no assunto, falaria com o professor.
q) Se ele lesse O Cavaleiro da Dinamarca ficaria a conhecer melhor Veneza.
r) Gostava que o Rui falasse mais comigo.
3.
Verbos Nomes
1. semente
2.transplantar transplante
3.ceifar ceifa
4.colher colheita
5.moer moagem
(Há possibilidade de outros nomes)
4. Repara na frase “ O Cavaleiro e a família viviam numa clareira rodeada de bétulas.”
4.1 O verbo encontra-se no pretérito Imperfeito (do indicativo)
4.2 a) “…. viveram ….”
b) “….viverão…..”
c) “…. tinham vivido….”
5. Refere as funções sintáticas dos grupos sublinhados nas frases:
5.1 " A noite de Natal era igual todos os anos.” – predicativo do sujeito
5.2 O Cavaleiro (sujeito) comunicou à família (complemento indireto) a sua partida (complemento direto).
5.3 Meus filhos, vou partir. - vocativo
5.3.1 Na frase da questão 5.3, o sujeito é nulo subentendido.
6. Vanina sacudiu os cabelos e disse-lhe que naquele dia não se podia pentear porque não tinha pente e Guidobaldo respondeu-lhe
que ela tinha aquele que ele lhe trazia e que mesmo feito de oiro brilhava menos do que o seu cabelo.