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FICHAS

TÉCNICAS
ILUSTRADAS
ORGANISMOS IDENTIFICADOS
NAS OSTRAS CULTIVADAS
NO NORDESTE DO BRASIL

Especialista em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


FICHAS
TÉCNICAS
ILUSTRADAS
ORGANISMOS IDENTIFICADOS
NAS OSTRAS CULTIVADAS
NO NORDESTE DO BRASIL

1a edição - Brasília - 2015

Especialista em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


© 2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Projeto Estruturante AquiNordeste
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publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos Equipe Técnica
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Conselho Deliberativo Nacional
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Aquicultura e Estudos Ambientais (GIA)
Diretora-Técnica
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Diretor de Administração e Finanças Dr. Antonio Ostrensky, Dra. Gisela Geraldine Castilho-Westphal,
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho Msc. Thayzi de Oliveira Zeni, MSc. Aline Horodesky, Msc.
Marcus Vinícius Fier Girotto, Diogo Barbalho Hungria, Dra.
Débora Pestana da Silva
Unidade de Atendimento Setorial Agronegócios
Fotos
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Plankton Soluções em Meio Ambiente
Enio Queijada de Souza
GIA- Grupo Integrado de Aquicultura
Gerente Adjunto e Estudos Ambientais
Augusto Togni de Almeida Abreu
Projeto Gráfico, Edição e Diagramação
Leonardo Aguiar
Revisão
Marcelo Acácio Chammas
Plankton

Programa AquiNordeste. Projeto de Integração e Fortalecimen-


to da Cadeia Produtiva da Aquicultura da Região Nordeste do
Brasil. Sebrae. Brasília, 2015.

45 p. il. Color

Esta obra faz parte das ações do Projeto AQUINordeste.

ISBN 978-85-7333-705-1

Projeto AQUINordeste.
1. Projeto Estruturante AquiNordeste. Aquicultura no
Nordeste. Fichas técnicas - Organismos identificados
nas ostras cultivadas no Nordeste do Brasil.
SUMÁRIO ESPÉCIES CULTIVADAS 2

LEGENDAS 4

ALGAS VERDES 8

ALGAS VERMELHAS 10

CAMARÕES 12

CARACOL 14

CARAMUJO LISO 16

CARANGUEJOS 18

CRACA 20

ESPONJAS 22

MARIA-MIJONA 24

MARISCOS 26

MICROCRUSTÁCEOS 28

MUSGO MARINHO 30

OSTRAS 32

POLIQUETAS ERRANTES 34

POLIQUETAS PERFURANTES 36

POLIQUETAS TUBÍCOLAS 38
Este é um trabalho realizado pelo Sebrae, através do
Projeto AquiNordeste (Projeto de Integração e Fortale-
cimento da Cadeia Produtiva da Aquicultura da Região
Nordeste do Brasil).

As Fichas Técnicas foram pensadas e criadas para se- 1


rem usadas diretamente no campo, por produtores e
técnicos extensionistas. Elas apresentam os principais
organismos que podem ser vistos a olho nu (sem o uso
de lupa ou de microscópio), que podem prejudicar os
cultivos e que foram encontrados sobre ou dentro das
conchas de ostras cultivadas em quatro estados do
Nordeste (Sergipe, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do

APRESENTAÇÃO Norte) durante o ano de 2015.

As Fichas Técnicas foram estruturadas na forma de


temas como: Quem é aquele organismo encontrado
junto às ostras? Ele pode ser consumido ou comer-
cializado para algum outro fim? Quais os prejuízos ele
causa e qual é o grau de dificuldade para o seu contro-
le? Quais são as formas e como são os custos para se
evitá-lo e para combatê-lo? Qual é o grau de risco que
ele apresenta à saúde do consumidor de ostras?

É preciso lembrar que manejar envolve trabalho, ris-


cos e custos e, por isso mesmo, o manejo precisa ser
otimizado. Por outro lado, sem um manejo adequado,
as ostras infestadas por esses organismos, demorarão
mais tempo para crescer, perderão do valor de merca-
do e poderão até mesmo morrer.

Por isso, estas Fichas Técnicas são um importante


instrumento para auxiliar na orientação técnica e na
tomada de decisões mais corretas para que se consiga
produzir mais e melhor.
ESPÉCIES
CULTIVADAS

Ostra preta, também chamada de ostra da lama, ostra de


fundo ou ostra de mergulho.

Existem duas espécies de ostras nativas que vêm sendo


cultivadas na região Nordeste: a ostra preta (também cha-
mada de ostra da lama, ostra de fundo ou de mergulho e
que tem o nome científico de Crassostrea gasar ou Cras-
sostrea brasiliana) e a ostra branca (também chamada de
ostra da pedra e cujo nome científico é Crassostrea rhi-
zophorae).

Na natureza, a ostra preta vive principalmente no fundo,


em contato com a areia ou com a lama e pode passar
de 20 cm de altura (depois de muitos anos de vida). Já
a ostra branca vive presa nas raízes de mangue e nunca
passa de 12 cm de altura. O maior crescimento em cultivo
da ostra preta faz com que ela seja muito mais vantajosa
para o o produtor. Ostra branca, também chamada de ostra da pedra.
Potencial de utilização econômica: O orga-
nismo tem algum valor de mercado? Ou, em
outras palavras, esse organismo vem sendo
atualmente comercializado em algum lugar do
país?

Comestível: O organismo pode ser consumido


pelas pessoas sem riscos à sua saúde?

Prejuízos zootécnicos e econômicos poten- 5


ciais: Potencial que o organismo apresenta para
causar prejuízos zootécnicos aos cultivos (como
deformidades das conchas, diminuição das ta-
xas de crescimento, desuniformidade dos lotes
produzidos ou até mesmo a morte dos animais
cultivados) e econômicos (como diminuição da
produção ou do valor de venda das ostras ou

LEGENDAS ainda aumento dos custos de produção);

Dificuldade de controle : Grau de dificuldade


que o produtor terá para controlar cada orga-
nismo e impedir que eles provoquem prejuízos
técnicos, econômicos;

Custos para combater: Custos (tempo e di-


nheiro) envolvidos no manejo e no controle do
organismo. Às vezes, os custos podem não es-
tar relacionados a uma técnica mais cara ou
mais difícil de ser aplicada, mas sim à quanti-
dade de vezes que as ostras deverão ser limpas
durante um cultivo;

Riscos para o consumidor: Grau de risco que


o organismo apresenta à saúde dos consumi-
dores de ostras;

Taxa ou velocidade de disseminação: Veloci-


dade com que o organismo consegue infestar
uma grande área ou um grande número de
ostras.
Retirada mecanizada por atrito: a retirada
COMO EVITAR E COMBATER? de organismos indesejados poderá ser fei-
ta com o uso de equipamentos construídos
Evitar estruturas de cultivo muito próximas especialmente para isso. Normalmente são
ao fundo: neste caso, mais que uma medida utilizados tambores rotativos contendo um
de combate, é uma forma de prevenir proble- “chuveiro” de água doce. As ostras giram
mas causados por uma série de organismos. nestes tambores, batendo umas contra as
outras, fazendo com que os organismos in-
Castigo por exposição ao Sol: consiste na desejados se soltem das conchas. A água 7
exposição das ostras ao Sol por algumas ho- então lava as conchas, eliminando os orga-
ras durante o dia. Porém, este procedimento nismos indesejados. Este processo é mais
deverá ser feito no início da manhã ou final rápido que a retirada manual e demanda
da tarde, quando o Sol não estiver muito menos funcionários, mas exige investimen-
forte para não prejudicar as ostras. Afinal, a tos em equipamentos.
intenção é matar os organismos indesejados,
não as ostras cultivadas. Retirada mecanizada por pressão: as ostras
são lavadas utilizando-se lavadoras de alta
Castigo por banho em água doce: Castigo pressão. De preferência, a lavagem nunca
por banho em água doce ou em água super deve ser feita diretamente no mesmo lugar
salgada: é realizado pela imersão das ostras onde as ostras são cultivadas, para que os
em água doce ou bastante salgada (hipersa- organismos retirados não voltem a se acu-
lina)por cerca de uma hora. Neste processo, mular na área de cultivo.
os organismos indesejáveis geralmente não
resistem e acabam morrendo, enquanto as Retirada das ostras doentes do cultivo:
ostras permanecem fechadas. É preciso lem- algumas doenças podem ser transmitidas
brar que esse tipo de estresse também pode de uma ostra para outra. Nesses casos, é
fazer com que as ostras desovem, ficando importante retirar as ostras doentes o mais
“magras” e perdendo valor de mercado. rápido possível e enterrá-las bem longe do
cultivo.
Retirada manual: este processo é mais tra-
balhoso e lento. Envolve a raspagem ou re- Limpeza das estruturas ao final do ciclo de
tirada manual dos organismos incrustantes cultivo: retirar e lavar as estruturas de culti-
(aqueles que ficam aderidos à concha das vo assim que terminar um ciclo de produção
ostras). Nesse caso, o trabalho deve ser feito para evitar que os organismos indesejáveis
ostra por ostra, utilizando uma faca ou um sejam automaticamente introduzidos no
utensílio similar. novo cultivo, principalmente no caso dos or-
ganismos incrustantes.
COMO EVITAR E COMBATER

ALGAS
VERDES
(Algas marinhas,
macroalgas, algae,
alface do mar)
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QUEM É? RESUMO COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


São organismos parecidos ATÉ O CULTIVO Ao contrário de algumas microalgas (cha-
com plantas, mas que não As algas produzem e li- madas também de fitoplâncton), esse tipo
possuem raiz, caule, folhas beram uma espécie de de alga não é tóxico e praticamente não
ou flores, apenas talos. semente (chamada de representa riscos ao consumidor. Mas, ela
As algas verdes crescem esporo) na água. Os aumenta o peso das estruturas de cultivo e
geralmente dentro d’água esporos se fixam nas dificulta o manejo; diminui a vida útil das
e muitas são até mesmo estruturas de cultivo estruturas; fornece abrigo para uma série
consumidas cruas em sala- ou mesmo na própria de outros organismos; reduz a circulação
das ou cozidas em sopas, concha da ostra. Após de água dentro das estruturas de cultivo;
sendo ricas em proteínas, a fixação eles “germi- dificulta a abertura e o fechamento da
fibras e uma variedade de nam”, dando origem a concha; pode ainda diminuir a qualidade
vitaminas e minerais, in- uma nova alga. da ostra e afetar o seu valor de mercado.
cluindo o ferro. Em casos extremos, pode causar a morte
das ostras cultivadas.
COMO EVITAR E COMBATER

ALGAS
VERMELHAS
(Algas marinhas,
macroalgas, algae,
sargasso, cisco ou limo)
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QUEM É? RESUMO COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


São organismos parecidos ATÉ O CULTIVO Ao contrário de algumas microalgas (cha-
com plantas, mas que não As algas produzem e madas também de fitoplâncton), esse tipo
possuem raiz, caule, folhas liberam uma espécie de alga não é tóxico e praticamente não
ou flores, apenas talos. As de semente (cha- representa riscos ao consumidor. Mas, ela
algas crescem geralmen- mada de esporo) na aumenta o peso das estruturas de cultivo
te dentro d’água e podem água. Os esporos se e dificulta o manejo; diminui a vida útil
apresentar tons variados. fixam nas estruturas das estruturas; fornece abrigo para uma
Geralmente não podem ser de cultivo ou mesmo série de outros organismos; reduz a cir-
consumidas pelas pessoas. na própria concha da culação de água dentro das estruturas
Apesar disso, esse tipo de ostra. Após a fixação de cultivo; dificulta a abertura e o fecha-
alga possui compostos cha- eles “germinam”, mento da concha; pode ainda diminuir a
mados ágar e carragenanas, dando origem a uma qualidade da ostra e afetar o seu valor de
que são usados na indústria nova alga. mercado. Em casos extremos, pode cau-
e têm alto valor comercial. sar a morte das ostras cultivadas.
COMO EVITAR E COMBATER

CAMARÕES

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


É um animal que pertence ATÉ O CULTIVO CAUSA?
ao grupo dos crustáceos, Os animais juvenis e adul- Eles buscam proteção e alimentos
assim como o caranguejo, tos podem nadar até as es- nos sistemas de cultivo. Raramen-
o siri e a craca. truturas de cultivo, encon- te causam problemas, mas podem,
trando abrigo nas próprias em alguns casos, competir por oxi-
ostras e alimentando-se dos gênio e alimento com as ostras e
mesmos alimentos ou das até prejudicar a qualidade do pro-
fezes das ostras. duto final.
COMO EVITAR E COMBATER

CARACOL
(Caramujo, búzio,
neritina, zebra)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


É um molusco de concha ATÉ O CULTIVO Esse tipo de caracol não causa grandes
marrom-amarelada, marcada Rastejando. Apesar de problemas para as ostras ou para os os-
por listras pretas. As cores serem animais lentos, treicultores. Apenas se estiver em gran-
e a forma das listras variam os caracóis conseguem des quantidades, pode competir com as
de espécie para espécie e se deslocar em pratica- ostras por oxigênio. Mas, podem servir
também de região para re- mente qualquer tipo de como hospedeiros para alguns parasitos
gião. Esses animais supor- superfície. que causam doenças aos seres huma-
tam grandes variações de nos. Por isso, o ideal é retirá-los do siste-
salinidade, sobrevivem até ma de cultivo sempre que possível.
mesmo fora da água por al-
gum tempo e alimentam-se
de algas e de detritos que se
formam sobre as estruturas
de cultivo e até mesmo so-
bre as ostras, mas não cau-
sam nenhum mal a elas.
COMO EVITAR E COMBATER

CARAMUJO
LISO
(Thais, buzo ou
caramujo marinho)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


Esse caramujo vive em pe- ATÉ O CULTIVO É um animal predador. Ataca a ostra, per-
dras ou no mangue e pode Desloca-se livremen- fura ou simplesmente abre a sua concha
ser encontrado tanto em te pelo ambiente, para chegar até a parte carnosa e comê-
água salgada quanto em chegando ao cultivo, -la. Mesmo nos casos em que a ostra não
água salobra. Ele pode até onde encontra sua morre, o caramujo pode abrir buracos na
ser consumido pelas pes- presa, a ostra. concha e afetar o valor de mercado dessa
soas sem riscos à saúde, ostra. Se a infestação for muito alta, o ca-
mas atualmente não tem ramujo pode causar grandes mortandades
nenhum valor de mercado. e prejuízos econômicos aos produtores.
COMO EVITAR E COMBATER

CARANGUEJOS

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


É um animal que pertence ATÉ O CULTIVO Na maioria das vezes, ficam em cima
ao grupo dos crustáceos, Podem caminhar até ou então perto das ostras, causando
mesmo grupo do camarão, as estruturas de cul- poucos problemas. Mas, também po-
do siri e da craca. Várias tivo, onde encontram dem entrar na concha e se alimentar
espécies de pequeno tama- abrigo e alimentos. das sobras de alimento e até mesmo
nho podem ser encontradas afetar o crescimento das ostras.
vivendo nos cultivos, junto
com as ostras e até mesmo
dentro das conchas.
COMO EVITAR E COMBATER

CRACA
(Aristim, pirrixiu,
bolota-do-mar
ou craca-das-pedras)

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QUEM É? RESUMO COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


É um crustáceo, um ani- ATÉ O CULTIVO CAUSA?
mal do mesmo grupo dos Quando se reproduzem, as cra- Compete diretamente por
caranguejos, siris e cama- cas geram larvas. As larvas são oxigênio e por alimento
rões. Vive em água salgada levadas e trazidas pelas correntes com as ostras. Dificulta a
ou salobra, preso a rochas, e pelas marés, até que chega um abertura e o fechamento
conchas, corais, madeiras momento em que elas passam a se da concha. Pode até cau-
ou qualquer outro objeto, fixar sobre qualquer estrutura dura, sar diminuição do cresci-
incluindo as estruturas de onde crescem e passam todo o res- mento, diminuir o seu valor
cultivo e as próprias ostras. tante da sua vida. Ou seja, uma de mercado e até mesmo a
vez fixada, ela não se solta mais e morte das ostras.
só sairá dali se for retirada a força.
COMO EVITAR E COMBATER

ESPONJAS
(Poríferos)
( +
(
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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


São animais que possuem ATÉ O CULTIVO CAUSA?
minúsculos poros por todo o Esponjas se reproduzem tan- Compete pelo alimento com as
corpo, por isso são chama- to gerando uma larva, que é ostras. Além disso, causa mui-
dos de poríferos. Eles são capaz de nadar e se fixar em tas perfurações nas conchas,
macios, flexíveis e têm uma materiais duros, como tam- podendo reduzir o crescimento
aparência esponjosa (daí o bém por brotamento, como e até causar a morte das ostras.
seu nome). As esponjas são se fosse a muda de uma Os buracos formados na concha
animais que não têm uma planta. Esse broto também dão uma aparência ruim à con-
forma definida e nem con- se fixa e começa a crescer, cha, podendo diminuir seu valor
seguem se mexer, mas são formando uma nova esponja. de mercado.
capazes de filtrar a água em
sua volta. Crescem sempre
aderidas a materiais duros,
como madeira, poitas, ro-
chas, conchas, etc.
COMO EVITAR E COMBATER

MARIA-MIJONA
(Ascídia ou seringa-do-mar)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


É um animal que vive na ATÉ O CULTIVO CAUSA?
água salgada ou salobra. Quando jovem, a maria-mijona é Compete com as ostras
Pode ser encontrado em uma larva com cauda semelhante por oxigênio e alimento.
águas rasas, fixados às à de um girino e com a capacidade Também podem dificultar
rochas, fundos de navios, de nadar. A “cabeça” dessa larva a abertura e o fechamento
areia ou conchas, como as tem uma espécie de cola, que per- da concha. Podem dimi-
das ostras. mite que a larva se fixe na concha nuir o valor de mercado
da ostra. Depois de fixada, a larva das ostras ou mesmo cau-
cresce e forma brotos, que vão dar sar sua morte.
origem a novas marias-mijonas.
COMO EVITAR E COMBATER

MARISCOS
(Sururu, bacucu
ou mexilhão)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


Animal pertencente ao ATÉ O CULTIVO CAUSA?
mesmo grupo das ostras, Assim como as ostras, os Ao se fixarem na concha das ostras,
ou seja, são moluscos bi- mariscos se reproduzem dificultam seu crescimento, ali-
valves (aqueles que pos- na água, onde liberaram mentação, respiração, eliminação
suem uma concha dividida seus ovos. Dos ovos nas- de fezes e a reprodução. Também
em duas partes ou valvas). cem larvas, que passam a dificultam a abertura e o fecha-
Nas ostras da região Nor- procurar um local para se mento da concha, prejudicando ou
deste há várias espécies de fixar e crescer. Durante seu impedindo que a ostra realize uma
mariscos, facilmente dife- ciclo de vida, os mariscos série de funções importantes para
renciados pela cor (branca podem se fixar tanto nas seu crescimento e sobrevivência.
ou marrom) e aspecto da ostras como nas estruturas Também compete com as ostras
concha (lisa ou ondulada). de cultivo. por oxigênio e alimentos.
COMO EVITAR E COMBATER

MICROCRUSTÁCEOS
(Pulga-d’água, camarão fantasma
ou camarão invisível)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


São animais que pertencem ATÉ O CULTIVO CAUSA?
ao grupo dos crustáceos, Os adultos liberam ovos, de onde Praticamente não causam
assim como o camarão, o saem pequenas larvas, que se problemas. Em alguns ra-
siri o caranguejo e a craca, transformam em juvenis e depois ros casos podem competir
porém, são muito pequenos em adultos. Tanto os juvenis e adul- por oxigênio e alimento
e de difícil identificação a tos podem nadar até as estruturas com as ostras.
olho nu. de cultivo, encontrando abrigo nas
ostras e nas estruturas de cultivo.
COMO EVITAR E COMBATER

MUSGO
MARINHO
(Animal-musgo
ou briozoário)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


Animal pequeno (0,5 mm), ATÉ O CULTIVO CAUSA?
que vive em colônias (em Os briozoários têm uma fase Compete com as ostras por
grandes grupos), que se inicial de vida que é uma larva, alimento, uma vez que os
alimenta dos mesmos ali- que é levada pelas correntes e briozoários são animais fil-
mentos das ostras e que é pela maré. Essa larva se fixa em tradores, assim como ostras,
bastante comum no mar. substratos duros, como a con- ou por espaço, muitas vezes
cha de uma ostra, por exemplo, recobrindo as conchas e di-
desenvolve-se e depois começa ficultando a filtração, ocasio-
a gerar brotos, que vão dar ori- nando perda na produtivida-
gem a mais briozoários, forman- de do cultivo.
do uma nova colônia.
COMO EVITAR E COMBATER

OSTRAS
(Sementes de ostras)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


A semente nada mais é ATÉ O CULTIVO CAUSA?
que uma ostra jovem, na As ostras se reproduzem Quando várias sementes se fi-
maioria das vezes, da mes- na água, onde liberam seus xam em uma ostra que está sen-
ma espécie que está sendo ovos. Dos ovos nascem lar- do cultivada, essa ostra pode ter
cultivada pelo produtor. vas, que crescem e procuram dificuldade para se alimentar,
um local para se fixar e cres- respirar, eliminar suas fezes e
cer. A concha de uma ostra se reproduzir. As sementes tam-
jovem ou mesmo adulta é um bém podem competir por espa-
local perfeito para a larva se ço e por oxigênio com as ostras
assentar e se transformar em cultivadas. Por isso, devem ser
uma nova ostra. retiradas durante o manejo.
COMO EVITAR E COMBATER

POLIQUETAS
ERRANTES
(Poliqueta, nereis, verme)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS


Poliquetas são um grupo de ATÉ O CULTIVO CAUSA?
vermes aquáticos, parentes Os poliquetas estão na- O maior problema costuma apare-
das minhocas, mas que turalmente presentes cer no momento da comercialização.
possuem estruturas pare- nos manguezais, onde Como é um animal grande, ele é fa-
cidas com patas, que eles as ostras são cultivadas. cilmente avistado pelo consumidor,
usam para caminhar sobre Eles chegar na forma de que não vai gostar de consumir uma
as ostras em busca de seu larvas ou mesmo cami- ostra com vermes. Por isso, as ostras
alimento, composto por de- nhar até as estruturas de precisam ser bem limpas antes da
tritos, pequenos animais e cultivo, que são sempre comercialização. Por outro lado, não
até microalgas. um lugar muito rico em causa maiores problemas durante o
Podem atingir até 20 cm e, alimentos para eles. cultivo.
de tão grande, em alguns
lugares são usados como
isca para a pesca esportiva.
COMO EVITAR E COMBATER

POLIQUETAS
PERFURANTES
(Poliqueta, polidora
ou verme-da-lama)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


Os poliquetas perfurantes ATÉ O CULTIVO Perfuram a concha das ostras para for-
pertencem a um grupo de Os poliquetas estão na- mar túneis. Podem causar ferimentos
vermes aquáticos parentes turalmente presentes às ostras ou facilitar a sua contamina-
das minhocas, mas que nos ambientes onde as ção por fungos, vírus e bactérias. As
possui estruturas pareci- ostras são cultivadas. ostras com conchas infestadas por po-
das com patas, que permi- Eles conseguem tanto liquetas têm dificuldade para crescer,
tem aos animais caminhar. nadar quanto cami- podem ter sua aparência prejudicada
Esse tipo de poliqueta per- nhar até as ostras. e apresentar um cheiro bastante ruim,
fura a concha das ostras desvalorizando o produto para a co-
para formar túneis, onde mercialização.
passam a viver.
COMO EVITAR E COMBATER

POLIQUETAS
TUBÍCOLAS
(Poliquetas tubícolas,
túneis de poliquetas)

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QUEM É? COMO CHEGA QUE PROBLEMAS CAUSA?


É um grupo de vermes ATÉ O CULTIVO Podem formar tuneis na concha das os-
aquáticos parentes das Os poliquetas estão tras. Estes túneis podem ser duros ou
minhocas, mas que possui naturalmente presen- moles e são construídos na parte de fora
estruturas parecidas com tes nos ambientes da concha. Podem dificultar a abertura e
patas, que permitem aos onde as ostras são cul- fechamento das conchas, prejudicando a
animais caminhar. Só no tivadas. Os poliquetas alimentação, a reprodução, a respiração
Brasil já foram registradas conseguem tanto na- e a defecação (eliminação das fezes). As
cerca de 750 espécies de dar quanto caminhar ostras com conchas infestadas por polique-
poliquetas. Os poliquetas até as ostras. tas têm dificuldade para crescer, podem ter
tubícolas constroem tubos sua aparência muito prejudicada desvalo-
sobre as conchas, sem rizando o produto para a comercialização.
chegar a perfurá-las.
Diretor-Técnico
AGRADECIMENTOS Lauro Alberto Chaves Ramos

SEBRAE ALAGOAS Diretor de Atendimento


Conselho Deliberativo Estadual Franklin Santana Santos

Presidente Coordenação do Projeto


Kennedy Davidson Pinaud Calheiros Estruturante AquiNordeste
Célia Márcia Fernandes
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Gestora Estadual
Marcos Antonio da Rocha Vieira Nancy Nascimento Santos

Diretor-Técnico
Ronaldo de Moraes e Silva
SEBRAE CEARÁ
Diretor de Administração e Finanças Conselho Deliberativo Estadual
José Roberval Cabral da Silva Gomes
Presidente
Coordenação do Projeto Flávio Viriato de Saboya Neto
Estruturante AquiNordeste
Vânia Brandão de Britto Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
Gestor Estadual Joaquim Cartaxo Filho
Manoel Affonso Mello Ramalho de Azevedo
Diretor-Técnico
Alci Porto Gurgel Junior

SEBRAE BAHIA Diretor de Administração e Finanças


Conselho Deliberativo Estadual Airton Gonçalves Junior

Presidente Coordenação do Projeto


Antonio Ricardo Alvarez Alban Estruturante AquiNordeste
Paulo Jorge Mendes Leitão
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Gestor Estadual
Adhvan Novais Furtado Francisco Carlos de Almeida Paulino
SEBRAE MARANHÃO Diretor de Administração e Finanças
Conselho Deliberativo Estadual João Monteiro da Franca Neto

Presidente Coordenação do Projeto


Edilson Baldez das Neves Estruturante AquiNordeste
Franco Fred Cordeiro Tavares
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Gestor Estadual
João Batista Martins Jucieux de Lucena Palmeira

Diretor Técnico
José de Ribamar da Silva Morais
SEBRAE PERNAMBUCO
Diretor Administrativo-Financeiro Conselho Deliberativo Estadual
Rachel Miranda Jordão da Silva
Presidente
Coordenação do Projeto Josias Albuquerque
Estruturante AquiNordeste
Walter Pereira Monteiro Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
José Oswaldo de Barros Lima Ramos

SEBRAE PARAÍBA Diretora Técnica


Conselho Deliberativo Estadual Ana Cláudia Dias Rocha

Presidente Diretora Administrativa-Financeira


Francisco Benevides de Gadelha Adriana Tavares Côrte Real Kruppa

Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
SEBRAE PIAUÍ
Walter Aguiar
Conselho Deliberativo Estadual

Diretor-Técnico Presidente
Luiz Alberto Gonçalves de Amorim Carlos Augusto Melo Carneiro da Cunha
Diretoria Executiva Coordenador do Projeto
Diretor Superintendente Estruturante AquiNordeste
Mário José Lacerda de Melo José Ronil Rodrigues Fonseca

Diretor-Técnico Gestores Estaduais


Delano Rodrigues Rocha Marcelo de Oliveira Medeiros
Renato Augusto Gouveia de Carvalho
Diretor de Administrativo e Financeiro
Ulysses Gonçalves Nunes Moraes
SEBRAE SERGIPE
Coordenação do Projeto
Conselho Deliberativo Estadual
Estruturante AquiNordeste
Geórgia Alcântara Costa de Pádua Presidente
Gilson Silveira Figueiredo
Gestor Estadual
João Pinheiro Junior Diretoria Executiva
Diretor Superintendente
Emanoel Silveira Sobral
SEBRAE RIO GRANDE DO NORTE
Conselho Deliberativo Estadual Diretor Técnico
Marcelo Farias Barreto
Presidente
José Álvares Vieira Diretor Administrativo Financeiro
Eduardo Prado de Oliveira Junior
Diretoria Executiva
Diretor Superintendente Coordenação do Projeto
José Ferreira de Melo Neto Estruturante AquiNordeste
Angela Maria de Souza
Diretor-Técnico
João Hélio Costa da Cunha Cavalcanti Júnior Gestora Estadual
Maria Lúcia Alves
Diretor de Operações
José Eduardo Ribeiro Viana
0800 570 0800 / sebrae.com.br

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