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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO – SEPLAN

MANUAL DE ELABORAÇÃO DE INDICADORES - 2016

SECRETARIA ADJUNTA DE INFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS, GEOGRÁFICAS E DE INDICADORES


SUPERINTENDÊNCIA DE ESTATÍSTICA, INDICADORES E GESTÃO DA INFORMAÇÃO
(065) 3613.3204 / 3613.3232 / 3613.3281
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EQUIPE DA COORDENADORIA DE METODOS ESTATISTICOS, DE


PESQUISA E DE INDICADORES

Paulo Henrique Monteiro Guimarães

Coordenador de Métodos Estatísticos, de Pesquisa e de Indicadores

Anacléia Soares Pereira Dias

Analista Administrativo – Administradora

Júlia Satie Yokokura

Analista Administrativo – Administradora

Paula Luciana da Silva

Analista Administrativo – Economista

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APRESENTAÇÃO

Dentre os desafios apresentados ao acompanhamento das diversas ações que


realizamos todos os dias, sejam nosso planejamento pessoal, institucional ou mesmo dos
governos, os indicadores são instrumentos de extrema importância para o alcance de objetivos
e metas e para aperfeiçoar a capacidade de intervenção dos governos.
A Secretaria Adjunta de Informações Socioeconômicas, Geográficas e de Indicadores
(SI), da Secretaria de Planejamento (SEPLAN-MT) tem como missão a gestão do sistema
estadual de informação do Poder Executivo Estadual, a produção de indicadores e de estudos
socioeconômicos e geográficos, subsidiando o Sistema Estadual de Planejamento e
disponibilizando informações à sociedade, conforme Decreto nº 676, de 01 de setembro de
2016 (Regimento Interno da Seplan-MT).
Nesse sentido, o referido Decreto assegura que a Superintendência de Estatística,
Indicadores e Gestão da Informação (SEGI) tem como missão a gestão da informação do
Poder Executivo Estadual e a produção de indicadores, pesquisas e análises estatísticas,
subsidiando o Sistema Estadual de Planejamento e disponibilizando informações à sociedade.
Já a Coordenadoria de Métodos Estatísticos, de Pesquisa e de Indicadores (CEI) tem
como missão coordenar e executar a produção de indicadores, pesquisas e análises
estatísticas, subsidiando o Sistema Estadual de Planejamento e disponibilizando informações
à sociedade, sendo que dentre outras atribuições, compete a esta manter atualizada a base de
indicadores junto aos órgãos e entidades estaduais.
A CEI apresenta o MANUAL DE ELABORAÇÃO DE INDICADORES 2016 com o
objetivo de auxiliar as entidades do estado de Mato Grosso na produção de indicadores que
contribuam para a melhor formulação de políticas, planos, programas, projetos, ações e
decisões.

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Este documento apresenta uma revisão da literatura a respeito dos principais


conceitos, propriedades e características dos indicadores, além da metodologia adotada pela
CEI para elaboração, análise e validação de indicadores dos Órgãos e Entidades.
O principal objetivo deste Manual consiste em difundir, ampliar e homogeneizar o
conhecimento acerca do tema “Indicadores” à todos que pretendem utilizá-los. Todavia,
devido à amplitude, complexidade e transversalidade do tema, o presente Manual não
pretende esgotar ou limitar as discussões sobre o assunto, mas ser instrumento que possa
contribuir para o enriquecimento da discussãoreferente a este tema.

Paulo Cézar de Souza


Superintendente de Estatística, Indicadores e Gestão da Informação
SEPLAN-MT

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Sumário
INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................6
CAPITULO 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE INDICADORES ...........................8
1.1 O que são Indicadores .................................................................................................................8
1.2 Propriedades desejáveis de um indicador................................................................................. 10
1.3 Classificação quanto à Tipologia ............................................................................................. 12
1.3.1 Quanto à forma ..................................................................................................................... 12
1.3.2 Quanto à valoração ............................................................................................................... 13
1.3.3 Quanto à objetividade........................................................................................................... 13
1.3.4 Quanto à natureza das variáveis ........................................................................................... 13
1.3.5 Quanto à relação entre as variáveis ...................................................................................... 14
1.4 Indicadores de Gestão do Fluxo de Implementação de Políticas Públicas ............................... 14
1.5 Classificação de indicadores quanto à abordagem de avaliação de desempenho........................ 16
1.6 Como interpretar os resultados apurados .................................................................................... 17
CAPÍTILO 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS: CÁLCULO DE INDICADORES,
NOMENCLATURA, FÓRMULAS E OPERAÇÕES, FONTE E DADOS. ........................... 19
2.1 O Processo de geração de Informação ........................................................................................ 19
2.2 Definições conceituais: Dados, população, censo e amostra ...................................................... 21
2.3 Fontes de Dados .......................................................................................................................... 22
2.4 Metadados e Ficha de Metadados do Indicador .......................................................................... 23
2.5 Indicadores e a Matemática ......................................................................................................... 23
2.6 Número e média .......................................................................................................................... 24
2.6.1 Número ................................................................................................................................. 24
2.6.2 Média.................................................................................................................................... 24
2.7 Razão, Proporção e Taxa ............................................................................................................. 25
2.7.1 Razão .................................................................................................................................... 25
2.7.2 Proporção ............................................................................................................................. 26
2.7.3 Taxa ...................................................................................................................................... 26
2.8 Prevalência e Incidência .............................................................................................................. 27
2.8.1 Incidência ............................................................................................................................. 27
a) Incidência cumulativa ........................................................................................................... 28
2.8.2 Prevalência ........................................................................................................................... 29
CAPÍTILO 3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES ........... 30

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3.1 Elaboração de Indicadores .......................................................................................................... 31


3.2 Capacitações ................................................................................................................................ 34
3.3 Análise técnica do indicador ....................................................................................................... 35
3.4 Parecer Técnico - Validação dos indicadores.............................................................................. 36
CAPÍTULO 4. FICHA DE METADADOS DOS INDICADORES ........................................ 37
4.1 Importância ................................................................................................................................. 37
4.2 Preenchimento ............................................................................................................................. 37
4.3 Órgão / Setor ............................................................................................................................... 37
4.4 Atende ao: ................................................................................................................................... 37
4.5 Instituição responsável pelo alcance das metas ........................................................................... 38
4.6 Nome atual do indicador e proposto ........................................................................................... 38
4.7 Metodologia de Cálculo .............................................................................................................. 38
4.8 Definição/Descrição .................................................................................................................... 39
4.9 Interpretação e Uso/Objeto de Mensuração ................................................................................ 39
4.10 Unidade de Medida ou Escala ................................................................................................... 39
4.11 Fonte (s) e data da disponiblização da (s) variável (variáveis), pela fonte ................................ 39
4.12 Disponibilização de dado (s) da (s) variável (is) ....................................................................... 40
4.13 Periodicidade e Período de divulgação do indicador pelo Órgão/Setor .................................... 40
4.14 Desagregação Geográfica ou Espacialização ............................................................................ 40
4.15 Desagregação Categórica (se houver) ....................................................................................... 40
4.16 Pesquisa e/ou Base de dados ..................................................................................................... 40
4.17 Limitação, Recomendação e Informações Complementares................................................. 41
4.18 Metas, Série Histórica e Parâmetros.......................................................................................... 41
4.19 Demais Informações .................................................................................................................. 41
4.20 Equipe Técnica de Elaboração no Órgão/Instituição ................................................................ 42
4.21 Equipe Técnica da SEPLAN ..................................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 43
ANEXO 1 – FICHA DE METADADOS ................................................................................ 46
MATERIAL BIBLIOGRÁFICO PARA CONSULTA ........................................................... 57

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INTRODUÇÃO

O acesso à informação se apresenta como um grande desafio aos gestores públicos,


pois os indicadores evidenciam sua competência no alcance dos objetivos planejados,
enquanto que para a sociedade permitem acompanhar o alcance de seus desejos e planos.
Servem ainda, como parâmetro de comparação das condições de bem estar e riqueza entre os
diversos entes, sejam nações, empresase/ou indivíduos.
Admitindo-se que a utilização de indicadores, auxiliam na expressão das metas e
objetivos estabelecidos, é essencial sua escolha, formulação, acompanhamento e interpretação
correta para representar passo fundamental na formulação e aprimoramento da ação
governamental entre outras atividades.
Além disso, princípios importantes como desempenho, transparência e accountability1,
são essenciais para a consolidação de um Estado moderno, pois proporcionam elementos que
respaldam as decisões e podem impulsionar uma profunda reforma nos governos na direção
de uma maior efetividade das suas ações.
Nesse contexto, considerando que o Estado é responsável por um grande número de
ações, é preciso quantificar ou qualificar os parâmetros que permitam às equipes gerenciais,
dirigentes, políticos e cidadãos conhecer, opinar e decidir acerca dos múltiplos e complexos
arranjos governamentais. Esse é um dos motivos que faz dos indicadores, instrumentos
fundamentais para a gestão pública voltada para resultados.
Assim, este Manual é apresentado em 4 (quatro) partes e ainda acrescido de
referências e anexos. No primeiro capítulo serão apresentados conceitos, propriedades,
classificações e interpretações de indicadores. No capítulo dois são apresentados alguns
aspectos metodológicos importantes para a construção de indicadores e geração de
informação, tais como: dados, fontes de dados, ficha de metadados, fórmulas e operações para

1
Segundo definição da Wikipédia (2016), “é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o
português como responsabilidade com ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão
administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro
termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização. Também traduzida como prestação de
contas, significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que
anda a fazer, como faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto,
apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se
conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto
maior quanto a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho de cargos pagos pelo dinheiro dos
contribuintes.”
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cálculo de indicadores, entre outros. A forma como a CEI atua no auxílio às Instituições na
elaboração e seleção de seus indicadores é apresentada no terceiro capítulo. Por fim, é
apresentada a Ficha de Metadados para auxílio à seleção e formulação de indicadores, além de
uma relação de sites e bibliografia para consultas.

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CAPITULO 1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE INDICADORES

1.1 O que são Indicadores

O trabalho de Santos (2004) assegura que a despeito de existirem diversas definições


do conceito de indicadores, desde as mais simples até as mais sofisticadas, o relevante é que
ele seja um instrumento que permita a percepção de dado fenômeno ou de uma condição de
modo simplificado, compreensível e comparável.
Para Ferreira (2006), os indicadores são elementos de informação que buscam
representar um elemento do mundo real por meio de um valor. Os indicadores têm como
princípio fundamental o seu poder de síntese e representação.
Segundo Machado (2004), os indicadores são instrumentos importantes para controle
da gestão não apenas na administração privada, mas especialmente na administração pública,
por aumentarem a transparência da gestão e facilitarem o diálogo entre os mais diversos
grupos sociais organizados.
A seguir são apresentados alguns conceitos de indicadores:
“Na gestão pública, os indicadores são instrumentos que contribuem
para identificar e medir aspectos relacionados a um determinado fenômeno
decorrente da ação ou da omissão do Estado.” (BRASIL, 2012:16).

“Em suma, indicadores são informações que permitem descrever,


classificar, ordenar, comparar ou quantificar de maneira sistemática
aspectos de uma realidade e que atendam às necessidades dos tomadores de
decisões.” (BRASIL, 2012:17).

“Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o


desempenho de um objeto (seja governo, política, programa, organização,
projeto etc.), com vistas ao controle, comunicação e melhoria.”(BRASIL,
2009:12-13).

“Os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de


monitoramento e avaliação das organizações, assim como seus projetos,
programas e políticas, pois permitem acompanhar o alcance das metas,
identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas,
necessidades de mudança, etc.” (BRASIL, 2009:13).

“Indicadores são variáveis definidas para medir um conceito abstrato,


relacionado a um significado social, econômico ou ambiental, com a
intenção de orientar decisões sobre determinado fenômeno de interesse.
Indicadores funcionam como um termômetro, permitindo balizar o
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entendimento e o andamento das ações e são fundamentais para avaliar os


objetivos, metas e resultados propostos, quantitativa e qualitativamente.”
(SESI-PR, 2010:11).

“Do ponto de vista de políticas públicas, os indicadores são instrumentos


que permitem identificar e medir aspectos relacionados a um determinado
conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma intervenção na
realidade. A principal finalidade de um indicador é traduzir, de forma
mensurável, determinado aspecto de uma realidade dada (situação social)
ou construída (ação de governo), de maneira a tornar operacional a sua
observação e avaliação.” (BRASIL, 2010:21).

Um ponto muito importante a ser esclarecido é que, um indicador pode ser composto
por diversas variáveis ou indicadores, neste caso é chamado de indicador complexo e é
utilizado, no setor público, para mensurar impactos e efetividade das políticas públicas, o que
normalmente são obtidos por ações que exigem uma maior amplitude de espaço e tempo para
surtirem efeitos. Um exemplo é o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, este é
composto de variáveis que expressam a longevidade, a renda e a educação de uma população
em nível de União, Estado ou Município.

“Índice (ou indicador sintético) é a combinação de diversas variáveis que


sintetizam um conceito abstrato complexo, em um único valor, para facilitar a
comparação entre localidades e grupos distintos, possibilitando a criação de
rankings e pontos de corte para apoiar a definição de, por exemplo, políticas,
investimentos e ações comuns.”(SESI-PR, 2010:11).

Ao elaborar indicadores sintéticos é preciso tomar certos cuidados para evitar que o
mesmo não perca o sentido no momento da apuração. Nesse sentido, apresenta-se o
posicionamento de um dos mais conceituados autoressobre esses indicadores sintéticos
(índices):

“[...] a aplicabilidade dos indicadores sintéticos como instrumentos de


avaliação da efetividade social das políticas públicas ou como instrumentos
de alocação prioritária do gasto social está sujeita a fortes questionamentos
(RYTEN, 2000). Ao partir da premissa de que é possível apreender o “social”
por meio da combinação de múltiplas medições dele, não se sabe – ao fim e
ao cabo – quais as mudanças específicas ocorridas e qual a contribuição ou o
efeito dos programas públicos específicos sobre sua transformação. Além
disso, há questionamento acerca do grau de “proximidade” entre a medida e
o conceito original e da usual subsunção do último pela primeira, em que o
indicador adquire o status de conceito, como no caso da proporção de
famílias com renda abaixo de determinado valor, que passou a designar a
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população indigente, que passa fome, etc. (ROCHA, 2002). Há


questionamentos acerca do grau de arbitrariedade com que se definem os
pesos com os quais os indicadores devem ser ponderados no cômputo da
medida final. Há ainda críticas com relação às distorções na seleção de
públicos-alvo a que o uso desses indicadores sintéticos podem levar,
sobretudo em casos de programas setoriais (GUIMARÃES; JANNUZZI,
2004). Por mais consistentes que sejam essas críticas, é preciso reconhecer
que os indicadores sintéticos acabaram por se legitimar em diversos
aspectos. A legitimidade social dessas propostas de indicadores tem-se
demonstrado pela visibilidade e frequência que os indicadores sintéticos têm
conferido às questões sociais na mídia – pelo formato apropriado para a
síntese jornalística – e à instrumentalização política do movimento social e
das ONGs no monitoramento dos programas sociais. O fato de que alguns
desses indicadores foram criados sob encomenda – e mesmo com a
participação – de gestores públicos e legisladores certamente lhes confere
legitimidade política.”JANNUZZI (2005:146-147).

Em síntese, Indicadores são métricas que representam uma dada realidade que se
pretende intervir, num instante de tempo (no caso discreto) ou o seu movimento (no caso
contínuo). No caso da administração pública, são formas de acompanhar os resultados das
ações governamentais ao longo do tempo.

1.2 Propriedades desejáveis de um indicador

Diversos autores conceituados definiram as propriedades que um indicador deve


possuir, bem como recomendam as mais relevantes para sua elaboração.
Segundo Tironi et al (1991) um indicador deve, preferencialmente, possuir as
seguintes características: a) ser de formulação simples; b) apresentar um grau satisfatório de
cobertura e de resultados gerados; c) ser calculado com dados confiáveis e facilmente obtidos;
d) deve referir-se, preferencialmente, as etapas dos processos no sentido de serem críticas aos
resultados, quanto serem interfaces de atendimento a necessidades dos usuários.
Os estudos de Royuela (2001), Segnestam (2002), Federation of Canadian
Municipalities (2002) e Magalhães (2004) sintetizam algumas características fundamentais
que um indicador deve possuir, entre elas: a) relevância à escala de análise, ou seja, devem ser
adequados do ponto de vista temporal e espacial; b) devem ser adequados aos seus usuários
(gestores); c) pertinentes, no sentido do atendimento dos objetivos do planejamento; d)

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facilidade de compreensão; e) factibilidade, viáveis; f) representatividade, consensuais ao


máximo.
Já para Machado (2004) as principais características que um indicador de desempenho
deve possuir são:a) representatividade; b) homogeneidade; c) praticidade; d) validade; e)
independência; f) confiabilidade; g) seletividade; h) simplicidade; i) cobertura; j)
economicidade; k) acessibilidade e l) estabilidade.
Os estudos de Santos (2004) e Barreto (1999) apresentam como características
desejáveis para a construção de indicadores: a) simplicidade e clareza – o indicador deve ser
de fácil obtenção e compreensão, possibilitando a transmissão da mensagem de modo claro e
preciso; b) acessibilidade – a facilidade de acesso é importante para manutenção adequada e
na pesquisa dos fatores que podem afetar o indicador; c) pontualidade – é necessária para
cumprir o seu papel na tomada de decisão no momento certo; d) baixo custo – para viabilizar
sua obtenção; e) abrangência e seletividade – Informações em excesso acabam virando
arquivo e elevando o custo. A facilidade de comparação entre o indicador e os referenciais
apropriados é fundamental e depende de sua representatividade.
Na visão de SESI-PR (2010:13) “Indicadores bem elaborados e confiáveis
fortalecerão a articulação e a mobilização das partes interessadas em torno das propostas
que se pretende implementar”.
E para Brasil (2010:17) “Diante da grande quantidade de medidas disponíveis, o
processo de seleção de indicadores deve buscar o maior grau possível de aderência a
algumas propriedades que caracterizam uma boa medida de desempenho”.
Na escolha dessas propriedades a CEI/SEPLAN adaptou os conceitos encontrados em
BRASIL (2012:18-20) e SESI-PR (2010:13), os quais seguem abaixo:

● Cobertura - Abrangência territorial ou populacional;


● Desagregabilidade - Capacidade de se referir às subdimensões territoriais ou grupos
categóricos, de forma a possibilitar a avaliação das ações nos diversos estratos sociais
ou localidades;
● Comparabilidade - Comparação a um parâmetro e/ou espaço geográfico, bem como
séries históricas de acontecimentos;

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● Historicidade - Existência de séries históricas estáveis que permitam monitoramentos


e comparações no tempo;
● Periodicidade na avaliação - Possibilidade de um acompanhamento periódico;
● Comunicabilidade - Aspectos práticos, claros e de fácil comunicação que
possibilitem, com facilidade, o entendimento do mesmo;
● Confiabilidade - Origem dos dados em fontes confiáveis ou que utilizem
metodologias reconhecidas e transparentes de coleta. Os dados devem ser rastreáveis;
● Replicabilidade - Reprodução sem diminuição da confiabilidade.
● Factibilidade - Facilidade de obtenção dos dados;
● Economicidade - Obtenção dos dados sem ou com baixo custo. A relação entre os
custos de obtenção e os benefícios advindos deve ser razoável;
● Especificidade - Reflete informações estritamente ligadas ao objeto em estudo;
● Sensibilidade - Capacidade de captar a maioria das variações sobre o fenômeno de
interesse, inclusive mudanças de comportamento durante a execução das atividades;
● Relevância Social - Grau de importância à sociedade.

1.3 Classificação quanto à Tipologia

Os indicadores podem ser classificados quanto à forma, à valoração, à objetividade, à


natureza das variáveis e suas relações.

1.3.1 Quanto à forma


Analítico (simples)
Permite avaliar aspectos diretos da realidade.
Ex.: População de 15 anos ou mais alfabetizada.

Sintético (complexo)
É constituído por indicadores analíticos ou por muitas variáveis, e permite verificar
comparabilidades pela construção de rankings.
Ex.: Índice de Condições de Qualidade de Vida - ICQV.

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1.3.2 Quanto à valoração


Descritivo
Apenas "descreve" características e aspectos da realidade empírica. Não é fortemente
dotado de significados valorativos.
Ex.: Taxa de evasão escolar. (Evasão escolar é um conceito simples e é um registro com
metodologia única para qualquer desagregação).

Normativo
Reflete critérios que obedecem a alguma norma em sua caracterização.
Ex.:Proporção de pessoas na linha da pobreza. (Indicador depende de uma série de decisões
metodológicas normativas em relação ao próprio conceito de pobreza)

1.3.3 Quanto à objetividade


Objetivo
Registros que informam ou caracterizam sobre algum dado ou valor.
Ex.: Taxa de desocupação.

Subjetivo
Registros baseados na interpretação pessoal, na qualificação sobre algo.
Ex.: Felicidade Interna Bruta- FIB.

1.3.4 Quanto à natureza das variáveis


Quantitativas
Numericamente mensurável, ou seja, seus possíveis valores advêm de uma medição ou
de uma contagem.
Ex.: Número de leitos hospitalares.

Qualitativas
Se baseiam em qualidades. Uma variável é qualitativa quando seus possíveis valores
são categorias ou características.

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Ex.: Grau de instrução da mãe.

1.3.5 Quanto à relação entre as variáveis


Absoluta
O Indicador que tem uma relação de tipo ABSOLUTA entre as variáveis se utiliza
apenas uma variável na construção do indicador.
Ex.: Número de hospitais credenciados.

Relativa
O Indicador do tipo RELATIVO utiliza mais de uma variável na sua construção.
Ex.: Proporção de hospitais credenciados. (Nesse caso, há uma relação entre o número de
hospitais credenciados e o total de hospitais)

1.4 Indicadores de Gestão do Fluxo de Implementação de Políticas Públicas

Conforme Brasil (2012:21), que trouxe uma visão adaptada de Bonnefoy (2005) e
Jannuzzi (2005), essa classificação permite separar os indicadores de acordo com a sua
aplicação nas diferentes fases do ciclo de gestão de uma política pública, quais sejam: antes,
durante ou depois de sua implementação. Assim, nessa visão, os indicadores podem ser de:

• Insumo (antes): são indicadores que têm relação direta com os recursos a serem alocados,
ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos, materiais, financeiros e outros a serem
utilizados pelas ações de governo. São exemplos médicos/mil habitantes e gasto per capita
com educação;

• Processo (durante): são medidas que traduzem o esforço empreendido na obtenção dos
resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos insumos alocados como, por exemplo, o
percentual de atendimento de um público alvo e o percentual de liberação dos recursos
financeiros;

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• Produto (depois): medem o alcance das metas físicas. São medidas que expressam as
entregas de produtos ou serviços ao público-alvo. São exemplos, o percentual de quilômetros
de estrada entregues, de armazéns construídos e de crianças vacinadas em relação às metas
estabelecidas;

• Resultado (depois): essas medidas expressam, direta ou indiretamente, os benefícios no


público-alvo decorrentes das ações empreendidas no contexto de uma dada política e têm
particular importância no contexto de gestão pública orientada a resultados. São exemplos as
taxas de morbidade (doenças), taxa de reprovação escolar e de homicídios.

Os Indicadores de Resultado, que permitem realizar avaliações de eficácia ou do grau


de alcance dos objetivos dos Programas, materializam o conceito de Indicadores de
Desempenho de Programas

• Impacto (depois): possuem natureza abrangente e multidimensional, têm relação com a


sociedade como um todo e medem os efeitos das estratégias governamentais de médio e longo
prazo. Na maioria dos casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo. São
exemplos o Índice Gini de distribuição de renda e o PIB per capita.

“A distinção entre essas dimensões operacionais – insumo, processo, resultado,


impacto – pode não ser muito clara em algumas situações, especialmente quando os
programas são muito específicos ou no caso contrário, quando os objetivos dos
programas são muito gerais. Mas é sempre possível identificar indicadores mais
vinculados aos esforços de políticas e programas e aqueles referentes aos efeitos (ou
não-efeitos) desses programas.” JANNUZZI(2005:154).

Essa hierarquização gerencial do processo de formulação e implementação das


políticas públicas tem grande relevância, pois permite separar os indicadores de acordo com a
sua aplicação nas diferentes fases do ciclo de gestão (planejamento, execução, avaliação, etc.).

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1.5 Classificação de indicadores quanto à abordagem de avaliação de


desempenho

A classificação abaixo é uma adaptação de BRASIL (2012:22) e TCU (2000:15) e


possui foco maior na avaliação dos recursos alocados e dos resultados alcançados.

• Economicidade: medem os gastos envolvidos na obtenção dos insumos (materiais,


humanos, financeiros, etc.) necessários às ações que produzirão os resultados planejados. Visa
minimizar custos sem comprometer os padrões de qualidade estabelecidos e requer um
sistema que estabeleça referenciais de comparação e negociação;

• Eficiência: essa medida possui estreita relação com produtividade, ou seja, o quanto se
consegue produzir com os meios disponibilizados. Assim, a partir de um padrão ou
referencial, a eficiência de um processo será tanto maior quanto mais produtos forem
entregues com a mesma quantidade de insumos, ou os mesmos produtos e/ou serviços sejam
obtidos com menor quantidade de recursos;

• Eficácia: aponta o grau com que um Programa atinge as metas e objetivos planejados, ou
seja, uma vez estabelecido o referencial (linha de base) e as metas a serem alcançadas, utiliza-
se indicadores de resultado para avaliar se estas foram atingidas ou superadas;

• Efetividade: mede os efeitos positivos ou negativos na realidade que sofreu a intervenção,


ou seja, aponta se houve mudanças socioeconômicas, ambientais ou institucionais decorrentes
dos resultados obtidos pela política, plano ou programa. É o que realmente importa para
efeitos de transformação social.
Para entender melhor os Indicadores de Gestão do Fluxo de Implementação de
Políticas Públicas e a Classificação de indicadores quanto à abordagem de avaliação de
desempenho, foi feita uma adaptação de BRASIL (2010:33), conforme figura abaixo:

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Figura 1- Correlação entre tipos de indicadores e o fluxo de implementação


de Programas

Fonte: BRASIL (2010:33). Adaptações efetuadas pelos autores.

1.6 Como interpretar os resultados apurados

Para uma interpretação correta é necessário que o indicador tenha uma periodicidade
de apuração que possibilite análise de sua série histórica a fim de comparar seus resultados
com as metas que foram propostas. O mesmo indicador deve permanecer enquanto o seu
monitoramento for interessante aos gestores. Para uma melhor interpretação da situação
estudada alguns itens devem ser verificados:
➢ A série histórica do indicador nos últimos anos;
➢ As inter-relações com outros indicadores;

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➢ Os parâmetros de comparação com outras localidades e ações (benchmarking) ou


recomendações de organismos internacionais (especificações ou melhores práticas),
caso exista, podem auxiliar na interpretação.

Após a interpretação é necessário verificar se existe um plano de ação para investigar e


corrigir o impacto dessas mudanças no indicador, assim como divulgar o indicador proposto
às partes interessadas.

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CAPÍTILO 2. ASPECTOS METODOLÓGICOS: CÁLCULO DE INDICADORES,


NOMENCLATURA, FÓRMULAS E OPERAÇÕES, FONTE E DADOS.

2.1 O Processo de geração de Informação

Segundo Segnestam (2002), os dados são as fontes primárias ou os elementos mais


básicos do processo de geração de informação. Tanto os indicadores quanto os índices são
derivados dos dados. Todavia, os indicadores são as ferramentas mais básicas para avaliar
mudanças em um cenário. Já os índices são ferramentas mais concisas, possuindo um nível de
agregação de representatividade mais alto e são elaboradoras a partir dos indicadores. A
informação é o produto final, ou seja, é a interpretação dada ao conjunto de indicadores e
índices. A informação é utilizada como base para a tomada de decisão.

Figura 2 – Processo de geração de informação

Dados Indicadores Informação

Índices

Fonte: Segnestam (2002) adaptado

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A Pirâmide teórica e prática da organização informacional é apresentada por


Segnestam (2002). Teoricamente, o desejável ou ideal é que tivéssemos uma ampla base de
dados e a partir desses fossem filtrados alguns dados mais relevantes, se constituindo uma
segunda base da pirâmide. Os indicadores seriam gerados com base nos dados analisados e,
posteriormente, os índices mais sintéticos e com agregação de informação seriam elaborados
com base nos indicadores.
No entanto, na prática, essa lógica se inverte. Geralmente, tem-se uma pequena base
de dados, que são custosas de elaboração e, muitas vezes, de baixa qualidade e atualidade. Por
conta disso, os indicadores e índices ainda necessários no processo decisório acabam por se
multiplicar sobre uma pequena base de dados.

Figura 3 – Pirâmide Informacional

Índice

Índice
Agregação

Agregação

Indicadores

Indicadores Análise dos dados

Análise dos dados Dados


Dados

A. Teoria B. Realidade
Fonte: Segnestam (2002)

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2.2 Definições conceituais: Dados, população, censo e amostra

Para Triola (2005:03), os dados2 são observações que tenham sido coletadas, são
características que podem ser observadas ou medidas de alguma maneira e que serão
utilizados no cálculo do indicador. Pode-se atribuir significado a determinado dado,
transformando-o em um indicador.
Os dados podem ser classificados quanto à forma de coleta, em dois grupos:
a) Dados primários: são dados coletados diretamente do informante.
b) Dados secundários: são dados coletados e disponibilizados por outras instituições. É
importante considerar a credibilidade da instituição fornecedora e conhecer a metodologia de
coleta, para compreender suas limitações e restrições de uso.
Segundo Triola (2005:03), os dados podem ser classificados quanto a sua natureza,
em dois tipos:
a) Dados quantitativos: consistem em números que representam contagens ou medidas. Os
dados quantitativos podem se subdividir em discretos e contínuos.
Dados discretos surgem quando o número de valores possíveis é um número finito ou
uma quantidade “enumerável” e, representam contagem. (Isto é, o número de valores
possíveis é 0, ou 1, ou 2, ou assim por diante.)
Ex.: Número de filhos; Número de ovos que galinhas botam; Número de processos.
Já os dados contínuos resultam de infinitos valores possíveis que correspondem a
alguma escala contínua que cobre um intervalo de valores sem vazios, interrupções ou saltos.
São dados extraídos a partir de um instrumento de medição, como a balança (Kg) e a régua
(cm); são expressos em unidades de medida, tais como metros (m), quilômetros (Km),
hectares (ha), e podem assumir qualquer valor dentro de uma faixa especificada.
Ex.: Peso; Altura, pressão arterial; Salário, etc.

2
A definição de dados de Triola (2005) é a mesma que alguns livros de Estatística aplicam ao conceito de
variável, a exemplo Bussab e Morettin (2013). Algumas variáveis ou dados, como sexo, educação, estado civil,
apresentam como possíveis realizações uma qualidade (ou atributo) do indivíduo ou unidade elementar de
pesquisa, ao passo que outras, como número de filhos, salário, idade, se apresentam como possíveis realizações
resultantes de uma contagem ou mensuração.

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b) Dados qualitativos (ou categóricos ou de atributos): podem ser separados em diferentes


categorias que se distinguem por alguma característica não-numérica, podendo se subdividir
em nominais ou ordinais.
Os nominais são os que para os quais não existe nenhuma ordenação nas possíveis
realizações. Ex.: estado civil; sexo; cor dos olhos; fumante/não fumante, etc.
Os ordinais são os dados para os quais existe uma ordenação de seus resultados. Ex.:
grau de instrução; classe social, estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), etc.
Para Triola (2005), população é uma coleção completa de todos os elementos a serem
estudados, ou seja, é o conjunto de todos os elementos relativos a um determinado fenômeno
que possuem pelo menos uma característica em comum.
Censo, segundo o mesmo autor, é o conjunto de dados obtidos de todos os membros
da população. Também pode ser definido como a atividade de inspecionar (observar) todos os
elementos de uma população, objetivando conhecer, com certeza suas características.
A amostra é um subconjunto da população e deverá ser considerada finita, a amostra
deve ser selecionada seguindo certas regras e deve ser representativa, de modo que ela
represente todas as características da população.

2.3 Fontes de Dados

Mesmo tendo escolhido um bom indicador, é necessário saber se existem fontes


disponíveis contendo dados e informações para alimentá-lo. Fonte é a origem do registro ou
da produção das informações necessárias para a apuração do Indicador.
As fontes podem ser:
a) Administrativa: O setor público é o maior produtor de fontes administrativas. Contêm
dados registrados sistematicamente por meio de processos administrativos e organizados para
se tornarem públicos. Por exemplo: Registro de nascimentos - Sistema de Informações de
Nascidos Vivos – SINASC, do Ministério da Saúde, hospitais e cartórios.
b) Pesquisa: As informações das fontes de pesquisa são coletadas de duas formas: por
pesquisa amostral ou censo, em um período de referência específico, normalmente na forma
de questionários.

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b.1) Pesquisa amostral: é um subconjunto de dados extraído de determinada população. É a


forma mais prática e usual de obter informações precisas, uma vez que fazer censos, pelo alto
custo e tempo de coleta o torna quase sempre inviável.
Exemplo: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) realizada anualmente pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
b.2) Censo: é o conjunto de todos os dados (todo o universo de pessoas, objetos, situações)
que descrevem algum fenômeno de interesse.
Obs.: Censos populacionais a cada dez anos.

2.4 Metadados e Ficha de Metadados do Indicador

Metadados em uma linguagem simplória são dados que descrevem outros dados. Uma
definição mais formal, é dada pelo IBGE (2016):
“Metadados podem ser basicamente definidos como "dados que descrevem os
dados", ou seja, são informações úteis para identificar, localizar,
compreender e gerenciar os dados. Quando documentamos os metadados e os
disponibilizamos, estamos enriquecendo a semântica do dado produzido,
agregando seu significado real, e dando suporte à atividade de
Administração de Dados executada pelo produtor desse dado.”

Os atributos dos indicadores tais como: definição, interpretação, restrições de uso,


fórmulas de cálculo, unidades de medida, fonte, periodicidade, desagregação, subgrupo, entre
outras informações relevantes, devem ser incluídas em uma Ficha de Metadados do Indicador.
Para melhor entendimento vide Ficha de Metadados do Indicador, no Anexo 1.

2.5 Indicadores e a Matemática

Em sua maioria, os indicadores possuem baixa complexidade de cálculo, utilizando


princípios básicos da divisão e multiplicação, assim, pessoas sem familiaridade com o
linguajar matemático, podem compreender facilmente sua construção.

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A expressão que define o indicador de dados contínuos inicia, normalmente, com o


tipo de medida e sua unidade.
Exemplos:
Área do município em hectares;
Extensão da malha rodoviária do estado em quilômetros;
Volume de CO2 despejado na atmosfera em toneladas.
A descrição de indicadores com dados discretos será iniciada, normalmente, por
expressões como número, percentual, razão, taxa, proporção, incidência, prevalência, média.
Exemplos:
Percentual de desmatamento;
Proporção de aprovados no ensino médio;
Taxa de Natalidade.

2.6 Número e média

2.6.1 Número
Indicador cuja definição é iniciada por um número ou população. É o resultado de uma
contagem ou estimativa em valor absoluto. Dado comum que, por ter sido dotado de um
significado ou conceito, passa a ser considerado indicador.
Exemplos:
● População residente no município em julho de 2009;
● Número de vagas em creches públicas em 2010.

2.6.2 Média
É o valor médio de um conjunto de dados. Existem alguns tipos de médias, sendo que
a mais usual é a média aritmética.
Para Bussab e Morettin (2013), a média aritmética é a soma das observações, dividida
pelo número delas.
Ex.: A média aritmética de 3, 4, 7, 8 e 8 é (3+4+7+8+8) / 5= 7,5.
Exemplo:
- Esperança média de vida ao nascer em 2007.

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- Média da idade dos alunos do ensino médio:

2.7 Razão, Proporção e Taxa

2.7.1 Razão
Segundo Crespo (1999), a razão nada mais é do que o quociente entre duas medidas,
sendo que o denominador não inclui o numerador, ou seja, são duas medidas que podem ser
consideradas separadas e excludentes, e inclusive podem ser de grandezas diferentes.

a0
R0 =
b0

Exemplo 1: Se o objetivo é conhecer a razão entre mulheres e homens eleitos para a


Câmara de Vereadores de determinado município, considerando que esse município tem 12
vereadores, dos quais 9 são homens e 3 são mulheres, a razão será a seguinte:

N° de Mulheres Vereadoras 3 1
In = = =
N° de Homens Veradores 9 3

Lê-se 1 (uma) mulher para cada 3 (três) homens.


No numerador, sempre será colocado o elemento que se pretende destacar. Como no
exemplo dado, as vereadoras foram enfatizadas; assim, no numerador foi colocado o número
de mulheres eleitas.

Exemplo 2: Qual a Densidade Demográfica da Cidade X, sendo que esta possui


185.000 de habitantes e sua área é de 8.547 Km²?
Ciente que a densidade demográfica é a razão entre a população absoluta de
determinada localidade dividida pelo território que essa localidade possui, temos aqui um
exemplo de duas grandezas diferentes.
População Absoluta 185.000hab
In = = = 21,64 hab/Km²
Área 8.547Km²

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2.7.2 Proporção
Proporção é a divisão entre duas medidas, sendo o numerador o número de casos
específicos e o denominador o número de casos possíveis na população, ou seja, o evento que
se pretende evidenciar faz parte do todo, do numerador. Pode ser usada ainda para estimar a
probabilidade ou as frequências de um evento.
a0
Pro0 =
a 0 + b0
Exemplo 1:
Vamos nos reportar ao mesmo exemplo da Câmara dos Vereadores. Se o objetivo é
conhecer a quociente de mulheres eleitas para a Câmara de Vereadores de determinado
município, considerando que esse município tem 12 vereadores, dos quais 9 são homens e 3
são mulheres, deve-se calcular da seguinte forma:
N° de Mulheres Vereadoras 3 1
Pro0 = = = = 0,25
N° de Mulheres Vereadoras + N° de Homens Vereadores 12 4
Ou seja, 1 a cada 4 vereadores é do sexo feminino, ou ainda 0,25 e ainda se tratando
de proporção, alguns ainda preferem apresentar esse valor em percentual e para isso
simplesmente faz-se a multiplicação do valor observado por 100%.
Pro0 = 0,25 ∗ 100% = 25%
Dessa forma se lê que 25% dos vereadores eleitos nesse município são mulheres.

2.7.3 Taxa
É uma proporção utilizada especialmente para acompanhar a variação de determinado
fenômeno em determinado tempo, estando associada com a velocidade e a direção (padrões)
de mudança em processos dinâmicos. Normalmente, é um indicador acompanhado em
períodos bem definidos de tempo, e pode ser expresso da seguinte forma:
a0
Tx1 =
a1

A taxa é regularmente referida a 100 unidades (o valor/100), mas pode ser referida a 1
mil, 10 mil, 100 mil ou 1 milhão.

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Exemplo: Taxa de mortalidade infantil (a cada 1 mil nascidos vivos) no Estado em


2007.
É muito usada em economia e finanças, como a taxa de juros e a taxa de inflação. Por
exemplo: se você paga R$ 1,00 ao mês a cada R$ 100,00 que toma emprestado, diz-se que
contraiu um empréstimo à taxa de juros de 1/100 ou 1% ao mês.

A taxa é também usada para indicar variações temporais (acréscimos ou decréscimos)


de uma determinada grandeza, como população, doenças, PIB, etc. Diz-se, por exemplo, que a
população de uma determinada região vem crescendo (ou decrescendo) “à taxa anual de X%”.
Nesse caso, basta dividir a população existente em um determinado ano pela população
existente no ano anterior. Se o resultado for 1,02 significa que a população local aumentou
2,0%; se o resultado for 1,20 significa que a população local aumentou 20%.
Em suma, tem-se que a proporção indica a fração da população afetada por uma
doença e a taxa sugere quando ela ocorre com maior intensidade.

2.8 Prevalência e Incidência

De acordo com Wagner (1998), entre as medidas de frequência de doenças mais


comumente utilizadas, em epidemiologia enquadram-se em duas grandes categorias:
prevalência e incidência, mesmo que analogamente podem ser utilizadas em outras temáticas,
nessa oportunidade utilizaremos esses exemplos como referência.

2.8.1 Incidência
Incidência de acordo com Costa e Kale (2000), é a frequência de casos novos de uma
determinada doença, ou problema de saúde, oriundos de uma população sob risco de
adoecimento, ao longo de um determinado período de tempo, ou seja, o número ou proporção
de novos casos ou ocorrências surgidas numa determinada população e num determinado
intervalo de tempo. Pode avaliar, por exemplo, o ritmo de avanço de determinadas doenças ou
epidemias. Existem duas formas de se medir incidência: a) incidência cumulativa e b) taxa de
incidência ou densidade de incidência.

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a) Incidência cumulativa
A Incidência cumulativa segundo Costa e Kale (2000), fornece uma estimativa da
probabilidade de um indivíduo desenvolver a doença durante um período específico de tempo
e, por isso, é também chamada simplesmente de risco. Essa medida assume que todos os
indivíduos identificados no início do seguimento foram acompanhados por todo o período em
questão. O tempo de observação ou seguimento é variável, mas deve sempre ser claramente
indicado. A fórmula proposta para incidência cumulativa (Ic) é:
Nº de novos casos registrados no ano
Ic =
População no ano em risco

Por exemplo, considerando uma população de 10.000 habitantes (que corresponde a


indivíduos expostos a uma dada doença, e sem a doença no início da avaliação) e, sabendo
que o número de novos casos de pessoas atingidas por uma dada doença foi de 200, durante o
ano de 2008, podemos determinar a incidência cumulativa, nesse ano, como sendo de 2% (2
casos por 100 habitantes). Assumindo que no ano anterior, e para a mesma população, se
registraram 100 novos casos, a incidência cumulativa nos dois anos seria de 3%. No cálculo
da incidência cumulativa, os fatores mais importantes a ter em atenção são o tempo a que nos
referimos e a população inicial.
Esta abordagem, ainda que simples coloca alguns problemas. Será que a população
inicial não varia ao longo do período considerado? Em se tratando de um período pequeno,
como uma semana ou um mês, a variação pode ser desprezível, porém em 2 anos, ou mesmo
num ano, pode-se ter em consideração as variações da população exposta, considerando, por
exemplo, a mortalidade, natalidade e migrações. Dessa forma, é ainda mais importante
conhecer a fonte e o período de apuração dos dados que se quer analisar.

b) Taxa de incidência ou densidade de incidência.


A taxa de incidência corresponde ao número de novo casos por unidade pessoa-tempo,
em risco. O conceito pessoa-tempo pressupõe a multiplicação do número de pessoas pelo
tempo que cada uma esteve exposta (ou seja, em risco de poder ter a doença). O tempo é,
usualmente, medido em anos. Assim, podemos considerar que é equivalente observar 500
pessoas durante 1 ano ou 250 pessoas, durante 2 anos.

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2.8.2 Prevalência
A prevalência de uma dada patologia corresponde ao número total de casos, numa
dada população, num determinado tempo. Assim, podemos determinar diferentes tipos de
prevalência, de acordo com o horizonte temporal estabelecido.
Prevalência pontual - número total de casos a dividir pelo número de indivíduos em
risco, num determinado momento.
Prevalência a 1 ano - número total de casos, nesse ano, a dividir pelo número de
indivíduos em risco, durante o ano.
Prevalência a 5 anos - número total de casos, durante os 5 anos, a dividir pelo número
de indivíduos em risco, durante esses 5 anos.
Por exemplo, considerando uma população de 10.000 habitantes (que corresponde aos
indivíduos em risco para uma dada doença) e, sabendo que o número de pessoas que tem a
doença é de 500, a prevalência pontual é de 5%. Se considerarmos que, durante 5 anos, a
população em risco se mantém estável nos 10.000 e que o número de casos nesses 5 anos é de
1.000, então a prevalência a 5 anos é de 10%.
A Prevalência no Período indica que há uma correlação importante entre Incidência e
Prevalência. Mais especificamente, a Prevalência é uma função da Incidência, mediada
pela duração da doença.
𝑃 = I x Tempo de Duração da Doença

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CAPÍTILO 3. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE INDICADORES

A Coordenadoria de Métodos Estatísticos, de Pesquisa e de Indicadores - CEI, conta


com uma Equipe de Analistas de Indicadores que oferece suporte às instituições do Estado
para elaboração de seus indicadores. O trabalho é desenvolvido por meio de reuniões na
SEPLAN-MT ou nas instituições demandantes.
O processo de orientação para elaboração de indicadores inicia-se pela apresentação da
metodologia utilizada pela CEI, para construção de indicadores e a Ficha de Metadados que
serve como diretriz para elaboração, avaliação e validação dos indicadores. Posteriormente, é
verificada a compatibilidade dos objetivos propostos nos Planos, Programas e/ou Ações e o
que se pretende medir, ou seja, a adequação do indicador aos objetivos a serem alcançados.
São esclarecidas as dúvidas existentes a respeito da ficha de metadados, onde são
apresentadas as orientações para o seu preenchimento.
A orientação do processo pode ser conduzida de duas formas:

● Quando da criação de um novo indicador - utiliza-se a técnica de brainstorming,


onde a equipe irá conduzir uma discussão entre os membros do grupo que é
responsável por desenvolver as ações propostas, ou seja, os donos do negócio. As
contribuições, por parte de todos os participantes, irão culminar na identificação de
um indicador. Logo em seguida, inicia-se o preenchimento da ficha de metadados do
indicador onde o mesmo será detalhado. Na Instituição, o indicador criado deve ser
validado pelo nível estratégico e em seguida encaminhado para a
SEPLAN/SI/SEGI/CEI.

● Quando o indicador já existe – O trabalho da equipe será com foco na análise do


indicador já devidamente descrito na Ficha de Metadados. Para isso, é necessário que
a Ficha de Metadados do Indicador (Anexo 1) seja preenchida pela instituição
responsável, validada pelo seu nível estratégico e, somente após, encaminhada para
ser analisada pela Equipe de Analistas de Indicadores da SEPLAN.

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3.1 Elaboração de Indicadores

Os procedimentos descritos abaixo objetivam auxiliar na elaboração de indicadores.


Alguns exemplos práticos serão apresentados a cada passo para melhor “fixação” da
metodologia aplicada. A partir do campo “nome do indicador”, os exemplos utilizados foram
extraídos da ficha técnica de metadados do material ORBIS - SESI/PR – 2010.
O sistema de indicadores é formado por informações organizadas a partir de um tema,
com fontes oficiais ou informações internas, que atendam à um objetivo específico.
Tema: Saúde Infantil
O processo de elaboração de indicadores se inicia com o conhecimento do problema
que se deseja “enfrentar” ou “modificar” e o resultado que se pretende alcançar. Problema é
uma dificuldade no alcance de um determinado objetivo, uma demanda não satisfeita, uma
carência e não pode ser uma situação de “achismo”, por isso é preciso identificar os indícios
que comprovem a existência do problema. É por esse motivo que a metodologia de
planejamento é importantíssima no início da atividade, pois se bem feita resultará numa boa
identificação do problema proposto e de seus descritores e, consequentemente, na melhor
forma de medir as ações que se pretende realizar para atingir os objetivos definidos.
Problema: Mortalidade Infantil.
Descritor do Problema: Alta taxa de mortalidade infantil.
Na etapa seguinte verifica-se então o objetivo, ou seja, o que se pretende alcançar ou
modificar, a partir das propostas, para um melhor direcionamento das ações, recursos ou
tomada de decisões. Assim, tem-se que o objetivo deve ser muito bem definido pois o
indicador mantém uma relação direta com este.
Objetivo: Diminuir a mortalidade infantil.
Com esse conhecimento inicia-se efetivamente o processo de elaboração do indicador.
Para isso, é necessário encontrar a melhor forma de identificar o alcance do objetivo de modo
a garantir que as informações que se pretende utilizar atendam a certos critérios que confiram
a credibilidade e confiança dos resultados apurados.O primeiro passo então é a definição do
que se pretende medir e acompanhar, para verificação dos resultados das ações. Então define-
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se o nome do indicador, sua metodologia de cálculo, que é a forma mais técnica, exata e
lógica de expressar o que o indicador mensura.
Exemplo:
Nome do indicador: Taxa de mortalidade infantil, a cada mil nascidos vivos.
Metodologia de Cálculo: (Número de óbitos de menores de 1 ano de idade por local de
residência durante um certo período de tempo, geralmente um ano / Número de
nascidos vivos de mães por local de residência durante um certo período de tempo,
geralmente 01 ano) x 1.000.

Nesta etapa verifica-se, ainda, a base de dados necessária para cálculo e a definição do
indicador, a fonte da informação e a unidade de medida ou escala para avaliar o alcance dos
objetivos e metas estabelecidos. O período de atualização/divulgação também deve estar
claro, pois juntamente com os dados da fonte de pesquisa tem-se uma base histórica para
apoiar as análises e o monitoramento de indicadores. Esses dados é que determinam onde,
como e quando buscar informações sobre as variáveis que compõem o indicador.
Fonte Dados: Ministério da Saúde - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM),
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Unidade de Medida: óbitos a cada mil nascidos vivos.
Periodicidade: Anual 1979-2015 (com restrições).
Uma etapa importantíssima é o estabelecimento das metas, onde se quantificam
valores e prazos a serem cumpridos para que o objetivo seja alcançado, a partir dos dados
apurados, conforme metodologia de cálculo do indicador, ou seja, sua série histórica.
Meta: Reduzir em 2/3, até 2017, a taxa de mortalidade infantil.
Quando se define uma meta global para um lapso de tempo, a mesma deverá ser
anualizada para o acompanhamento periódico da realidade que se pretende intervir.
Os itens definição/descrição, interpretação e uso do indicador, facilitam o
entendimento do que está se medindo, pois descrevem o que é, o que faz e para que serve o
indicador, e por isso deve ser informado na elaboração do indicador.
Definição: Número de óbitos de menores de 1 ano de idade, a cada mil nascidos vivos,
por local de residência da mãe.

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Interpretação e uso: Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro
ano de vida. Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos
níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico. As taxas reduzidas podem ser
resultado de subnotificações nos registros de óbitos. Por outro lado, taxas exageradas
podem indicar a incidência de um surto epidemiológico. Este indicador pode ser
utilizado para verificar se as políticas de saúde infantil estão na direção correta, bem
como para elaboração de novas políticas públicas para a área.

As informações referentes às suas limitações, recomendações ou quaisquer


informações complementares, irão contribuir para facilitar a interpretação e análise do
indicador, desta forma é importante descrever todas as informações existentes, pois são
importantes.

Limitações: O cálculo direto da taxa, a partir de dados obtidos de sistemas de registro


contínuo, pode exigir correções da subenumeração de óbitos infantis e de nascidos
vivos, especialmente nas regiões menos desenvolvidas e áreas rurais. Existe também a
possibilidade de nascidos vivos que morrem logo após o nascimento serem declarados
como natimortos, subnumerando o total de nascidos vivos. Neste caso, há uma série de
ferramentas demográficas e estatísticas que podem promover a apuração do indicador.
Parâmetros e Recomendações: OMS Altas = 50 por mil ou mais; Médias = 20-49;
Baixas = menos de 20 por mil.
Informações Complementares: Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, avaliar
qual a categoria que mais impacta os óbitos (neonatal precoce, neonatal ou pós-
neonatal) pode indicar as principais causas dos óbitos, como por exemplo doenças
diarréicas, cuja incidência sugere baixos índices de desenvolvimento humano. Nesse
caso, pode-se avaliar também e em conjunto o impacto de indicadores de saneamento,
escolaridade, renda e desnutrição.

Na elaboração, ainda é importante informar as possíveis desagregações do indicador,


pois são essas informações que possibilitam sua estratificação, caso seja de interesse ou
necessário.

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Alguns exemplos de desagregação categórica: idade, raça, cor, gênero, renda, local
de domicílio, órgão de lotação, profissão, atividade econômica, etc. Desagregação
Geográfica ou Espacialização: nacional, estadual, municipal, regiões geográficas, regiões de
planejamento, etc.
Desagregação Geográfica ou Espacialização:Municípios, Estados e Regiões.
Desagregação Categórica: Neonatal precoce (0 a 6 dias), neonatal (7 a 28 dias) ou
pós-neonatal (de 1 mês a menor de 1 ano).
Assim, todos esses descritores auxiliarão a melhor avaliação do indicador,
evidenciando a capacidade deste em agregar a maior quantidade e qualidade de informações
que garantiram a confiança e o comprometimento do agente formulador das ações e metas
elaboradas. Com o intuito de apoiar nesse processo de identificação de indicadores a CEI
elaborou uma Ficha de Metadados que têm como objetivos principais: 1- auxiliar na escolha
dos melhores indicadores na medida que apresenta de forma didática os descritores e sua
importância, e 2- Mantém o banco de dados do Sistema de Indicadores do Estado de Mato
Grosso atualizado e composto por indicadores confiáveis e disponíveis a entidades e a
sociedade.

3.2 Capacitações

A CEI oferece às secretarias e entidades do governo estadual um calendário anual de


oferta de cursos presenciais de elaboração de indicadores, e ainda oferta a capacitações sob
demanda e de acordo com a necessidade do demandante. Os cursos e oficinas serão
ministrados pela equipe de indicadores da Coordenadoria de Métodos Estatísticos, de
Pesquisa e de Indicadores.
As oficinas serão direcionadas à prática de elaboração dos indicadores, onde em um
primeiro momento serão apresentados os principais conceitos sobre indicadores e a Ficha
Técnica de Metadados do Indicador, com apresentação de exemplos.
Caso as Instituições sentirem a necessidade de um acompanhamento para elaboração
de seus indicadores, as mesmas deverão solicitar, formalmente, o suporte da Equipe de
Analistas de Indicadores.

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3.3 Análise técnica do indicador

Após a elaboração dos indicadores realizada pelas Instituições com o preenchimento


da Ficha Técnica de Metadados do Indicador e a validação do seu nível estratégico, as
Fichas deverão ser encaminhadas, oficialmente, à SEPLAN, para análise e validação. O
correto preenchimento da Ficha possibilita a verificação da viabilidade do indicador ou se
existe outra forma mais precisa de medir o conceito desejado.
Dando início à avaliação e validação, é verificado se todos os itens da Ficha Técnica
foram preenchidos, assim como a relevância dos dados e atendimento aos requisitos mínimos
necessários para atendimento da metodologia e instrumento ao qual está inserido.
Procedimentos para Análise:
● Verificação da pertinência do indicador ao instrumento ao qual está vinculado
e se o que ele pretende mensurar tem ligação com o objetivo proposto.
● Análise do nome do indicador e a metodologia de cálculo, para identificar se
estão adequados ao que se pretende mensurar, conforme a definição/descrição,
interpretação e uso do indicador. Nesse momento, faz-se necessário também,
identificar a instituição responsável, a unidade de medida, a fonte, período de
disponibilização dos dados, periodicidade, espacialização, desagregação, pesquisa e/ou
base de dados, limitações, recomendações, informações complementares e série
histórica se houver.
● A definição/descrição deverá ser bem elaborada, informando o que ele é, bem
como sua interpretação e uso deverão dizer o que ele faz e para que serve.
● Após esses procedimentos prévios, inicia-se o processo de verificação das
propriedades, tipologia, classificação quanto à abordagem de avaliação de desempenho
do indicador, para proceder com a validação ou não do indicador. O modelo de Ficha
Técnica de Metadados, anexo, possui as especificações de cada campo a ser
preenchido.

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3.4 Parecer Técnico - Validação dos indicadores

A avaliação de indicadores será acompanhada de um parecer técnico, que exporá as


seguintes ponderações:
O indicador será validado, quando após a análise for verificado que:
● É adequado para medir o objetivo proposto no instrumento;
● Atende a requisitos fundamentais conforme metodologia de indicadores. Os
requisitos fundamentais são aqueles que possibilitam a interpretação, a análise ou a
mensuração do indicador.
O indicador não será validado quando:
● Não é adequado a medir o objetivo proposto no instrumento;
● Não possui metas ou outros requisitos fundamentais exigidos na metodologia de
indicadores.

Os indicadores validados serão inclusos no banco de dados do Sistema de Indicadores,


e serão atualizados conforme o mês e ano previsto nos metadados. Os indicadores não
analisados ou não validados, não serão inclusos no banco de dados. A atualização será
realizada logo após a coleta de dados, no mês de referência informado pela instituição
responsável.

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CAPÍTULO 4. FICHA DE METADADOS DOS INDICADORES

4.1 Importância

A Ficha de Metadados é o instrumento informacional que a CEI utiliza para a auxílio


aos órgãos e entidades na elaboração de seus indicadores. Esta reúne e registra as informações
imprescindíveis para a criação, análise e validação dos indicadores e, essencialmente, para a
construção de uma memória, é uma espécie de “Certidão de Nascimento” do indicador. Sua
função é a de reunir todos esses dados em um único documento, facilitando seu
acompanhamento.
Com esse documento, mesmo que a equipe de elaboração dos indicadores seja alterada
com o passar do tempo, tem-se aí um documento com o qual novos servidores poderão dar
continuidade à apuração e aferição do mesmo.

4.2 Preenchimento

A Instituição deverá obrigatoriamente preencher todos os campos que estão marcados


com asterisco (*)

4.3 Órgão / Setor

Informar o nome da Instituição e Setor responsável pela criação do indicador.

4.4 Atende ao:

Nesse campo deve-se informar a qual instrumento governamental, parcerias ou outras


iniciativas o indicador atende, pode ser mais de um instrumento, como por exemplo:
-PPA: Nome do Programa e seu Objetivo;
-Mapa da Estratégia: Objetivo Estratégico;
-PLP:Macro-Objetivo, Objetivo Específico e Meta,
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-PAGE - MT - Parceria para Ação pela Economia Verde em Mato Grosso: Resultado
Geral e Específico; etc.

4.5 Instituição responsável pelo alcance das metas

Órgão ou entidade que se responsabilizará pelo cumprimento das metas e que tenha
governabilidade sobre as mudanças necessárias para atingir os objetivos mensurados pelo
indicador.

4.6 Nome atual do indicador e proposto

Nome atual: é o nome pelo qual a instituição criadora apresentará o indicador à


sociedade. Deverá ser sucinto, comunicável, de fácil compreensão e que ao lê-lo, se possa dar
uma visão clara do que o mesmo pretende mensurar.
Ex:Taxa de acidentes com morte.
Nome proposto: caso haja um nome mais adequado e que caracterize melhor o
indicador, a equipe técnica da SEPLAN/MT poderá fazer uma proposta.
Ex: Taxa de acidentes fatais no trânsito.

4.7 Metodologia de Cálculo

Detalhar como deve ser calculado o indicador (fórmula de cálculo), possibilitando


clareza com as dimensões a serem avaliadas. A fórmula deve permitir que o indicador seja:
inteligível; interpretado uniformemente; compatibilizado com o processo de coleta de dados;
específico quanto à interpretação dos resultados e apto em fornecer subsídios para o processo
de tomada de decisão.
Deve-se evitar fórmulas de alta complexidade ou que não respondam às questões
necessárias, devendo ser de fácil compreensão e não envolver dificuldades de cálculo ou de
uso.

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Ex: (Número de acidentes fatais no trânsito, no ano / Número total de veículos no ano)
X 10.000.

4.8 Definição/Descrição

Nesse campo deverá ser informado o que o indicador quer dizer, descrevendo a
fórmula de cálculo.
Ex: O indicador mede o número de acidentes fatais no trânsito em relação ao número
de veículos no ano.

4.9 Interpretação e Uso/Objeto de Mensuração

Informar que realidade pretende mostrar e como pode ser utilizado.


Ex: Mostra a taxa de acidentes de trânsito que resultaram em morte, tendo em vista a
quantidade de veículos. É utilizado para análise da situação do trânsito, elaboração de
políticas de prevenção a acidentes, etc.

4.10 Unidade de Medida ou Escala

Padrão utilizado para mensuração da relação adotada como indicador.


Ex.: %, unidade, acidentes fatais por 100.000 habitantes, Índice: 0-1, 0-10, etc.

4.11 Fonte (s) e data da disponiblização da (s) variável (variáveis), pela fonte

Qual a instituição e/ou setor responsável pelo registro ou produção das informações
necessárias para a apuração do indicador e qual a data prevista para sua disponibilização.
Ex.:Numerador: IBGE (março)
Denominador: IBGE (janeiro)

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4.12 Disponibilização de dado (s) da (s) variável (is)

Forma como o (s) dado (s), referente (s) ao indicador, é (são) disponibilizado (s) pela
fonte.
Exemplo: relatório de sistema utilizado, link de site consultado, CD recebido, etc.

4.13 Periodicidade e Período de divulgação do indicador pelo Órgão/Setor

Informar a periodicidade e o período de divulgação do indicador.


Ex: 1)Periodicidade: Anual; Período: Setembro
2)Periodicidade: Mensal; Período: Até dia 05

4.14 Desagregação Geográfica ou Espacialização

Informar se o indicador se utiliza de informações Nacionais, Estaduais, Municipais,


Regionais ou Outras.

4.15 Desagregação Categórica (se houver)

Informar se o indicador pode, facilmente, ser calculado com desmembramento em


alguma categoria.
Ex.:idade, raça, cor, gênero, renda, local de domicílio, órgão de lotação, profissão,
atividade econômica, etc.

4.16 Pesquisa e/ou Base de dados

Forma de coleta de dados. Caso não haja uma pesquisa para obtenção da informação,
considera-se como registro administrativo, ou seja, quando os dados são referentes às
informações da própria instituição.
Ex.: PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.
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4.17 Limitação, Recomendação e Informações Complementares

-Limitação: Descrição de aspectos ligados à composição e aplicação do indicador e


que possam restringi‐lo de alguma forma.
-Recomendação: Apontamento de fatores como: possíveis falhas, erros de
interpretação.
- Informações Complementares: outros aspectos que sejam considerados importantes
na análise do indicador.

4.18 Metas, Série Histórica e Parâmetros

No caso das Metas é obrigatória a informação dos valores a serem alcançados no


decorrer do tempo. O objetivo das metas é o de verificar se os Programas/Ações/Estratégias a
serem implementados promoveram melhorias. Elas deverão ser alcançáveis, desafiadoras e
diretas.
Quando existirem dados históricos do indicador, apurar os valores e informar.
O campo parâmetro foi inserido para que possibilitar efetuar comparações com valores
supostamente “ideias” ou “referenciais”.
(Preencher os campos com os valores apurados e valores previstos – metas, conforme
fórmula de cálculo do indicador e informar o valor ideal para o indicador).

4.19 Demais Informações

Os itens abaixo deverão ser respondidos de acordo com as suas definições, que
constam nas páginas do manual, indicadas:
·Propriedades do indicador (p.51);
·Tipologia do indicador (p.52);
·Classificação do indicador (p.53);
·Quanto à abordagem de avaliação de desempenho (p.54).

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4.20 Equipe Técnica de Elaboração no Órgão/Instituição

Informar nesse campo a data de finalização da elaboração do indicador, os nomes dos


servidores que participaram da elaboração, bem como seus cargos e setor de trabalho.

4.21 Equipe Técnica da SEPLAN

Nesse campo, a SEPLAN informará a data de finalização da análise do indicador e os


nomes dos analistas de indicadores.

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REFERÊNCIAS

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Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento
Federal. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. GUIA REFERENCIAL
PARA MEDIÇÃO DE DESEMPENHO E MANUAL PARA CONSTRUÇÃO DE
INDICADORES – Brasília: MP, 2009. Disponível em:
http://www.gespublica.gov.br/content/guia-referencial-para-medi%C3%A7%C3%A3o-de-
desempenho-e-manual-para-constru%C3%A7%C3%A3o-de-indicadores.Acesso em: 25 de
jun. 2016.
_____. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e
Investimentos Estratégicos - SPI. Indicadores de programas: Guia Metodológico / Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Planejamento e Investimentos
Estratégicos - Brasília: MP, 2010. 128 p.: il. color.) Disponível
em:http://www.planejamento.gov.br. Acesso em: 01 jan.2016.
______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal.
Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. Indicadores - Orientações Básicas
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em:http://www.planejamento.gov.br. Acesso em: 01 nov.2016.
BONNEFOY, C.; ARMIJO, M. Indicadores de desempeñoenel sector público. Santiago do
Chile: ILPES, 2005.
BUSSAB, W.O. e MORETTIN, P.A. Estatística Básica. 8ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2013.
COSTA, Vermelho LL; KALE, JL. PL Indicadores de Saúde – Capítulo 3. In: MEDRONHO
RA, editor. Epidemiologia. 1st Ed Rio de Janeiro: Atheneu; 2000.
CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1999
MATO GROSSO. Decreto nº 676, de 01 de setembro de 2016, que aprova o Regimento
Interno da Secretaria de Estado de Planejamento – SEPLAN. Disponível
em:http://www.auditoria.mt.gov.br/age_legislacao.php?id=1717. Acesso em: 01 dez. 2016.

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FERREIRA, Ednardo de Oliveira. Desenvolvimento de Sistema de Indicadores de Avaliação


de Infraestrutura Rodoviária no Contexto do Desenvolvimento Regional. Dissertação
(mestrado em transportes) – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia –
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília, 2006. 175f.
IBGE. METABD: Banco de Metadados. 2016. Disponível
em:http://www.metadados.ibge.gov.br/consulta/default.aspx .Acessoem: 25.Nov.2016.
InfraGuide, 2002. Developing Indicators and Benchmarks, Federation of Canadian
Municipalities and National Research Council.
JANNUZZI, P. M. Indicadores para diagnóstico, monitoramento e avaliação de programas
sociais no Brasil. Revista do Serviço Público Brasília 56 (2): 137-160 Abr/Jun 2005.
Disponível em:
http://camara.fecam.org.br/uploads/28/arquivos/4054_JANUZZI_P_Construcao_Indicadores_
Sociais.pdf. Acesso em: 02 dez.2016.
MACHADO, Sérgio Braga. Utilização de Indicadores de Desempenho na Avaliação da
Gestão realizada pelo TCU. Monografia (Especialização em Controle Externo) –Instituto
Serzadello do Tribunal de Contas da União, Brasília, 2004. 81f.
ROYUELA, M.A. Los Sistemas de Indicadores Ambientales y su Papel em laInformación e
Integracióndel Médio Ambiente. Anais do I Congresso de Engenharia Civil, Território e Meio
Ambiente, p.1231-1256. Espanha, Madrid. 2001.
SANTOS, Roberto Jefferson da Silva. Seleção de Indicadores da Qualidade do Transporte
Público Urbano de Passageiros por Ônibus. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Transportes) – Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, 2004.
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA. Departamento Regional do Estado do Paraná.
Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade. Construção e Análise de
Indicadores. / Serviço Social da Indústria. Departamento Regional do Estado do Paraná.
Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade. – Curitiba: [s.n.], 2010.

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SEGNESTAM, L. Indicators of Environmental and Sustainable Development. Word Bank


and Oxford University Press, Oxforf. 2002.
TIRONI, Luís Fernando; SILVA, Luiz Carlos Eichemberg; VIANNA, Solon Magalhães;
MÉDICI, André Cézar. Critérios para a Geração de Indicadores de Qualidade e Produtividade
no Serviço Público. Texto de Discussão - IPEA nº 238,1991.
TRIOLA, Mario F. Introdução à Estatística. Rio de Janeiro: LTC, 2005.
TCU - Tribunal de Contas da União. Técnicas de Auditoria: Indicadores de Desempenho e
Mapa de Produtos - Brasília : TCU, Coordenadoria de Fiscalização e Controle, 2000. 32 p.
WAGNER, Mário B. Medindo a ocorrência da doença: prevalência ou incidência? Jornal de
Pediatria 1998; 74: 157-162.
WIKIPÉDIA. A Enciclopédia Livre. 2016. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Accountability. Acesso em: 02 dez.2016.

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ANEXO 1 – FICHA DE METADADOS


FICHA DE METADADOS DO
INDICADOR
Órgão / Setor*:
Código Sistema de
Indicadores:
Código Fiplan:
Status: ( )
ANALISADO
( ) EM ANÁLISE
* Preenchimento obrigatório ( ) NÃO ANALISADO
Atende ao*

Indicar o Instrumento e Objetivo /


Programa.
Instituição responsável pelo
desempenho*
Órgão ou entidade que se
responsabilizará pelo cumprimento das metas e
que tenha governabilidade sobre as mudanças
necessárias para atingir os objetivos mensurados
pelo indicador.
Nome atual do indicador*
Denominação do indicador que será
apresentado à sociedade. Deve ser sucinto,
comunicável e escrito de forma que, ao lê-lo, se
possa ter uma visão clara do que o indicador
pretende mensurar.
Ex.: Taxa de acidentes com morte.
Nome proposto
Deverá ser preenchido caso haja a
proposta de um novo nome ao indicador, desde
que respeite os padrões de nomenclatura.
Ex.: Taxa de acidentes fatais no trânsito.

Metodologia de Cálculo*
Forma de como calcular o indicador.
Ex.: (Número de acidentes fatais no
ano/Número total de veículos no ano)x10.000.

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Unidade de Medida ou Escala*


Padrão utilizado para mensuração da
relação adotada como indicador.
Ex.: %, unidade, acidentes fatais por
100.000 habitantes, Índice: 0-1, 0-10.

Fonte (s)*
Órgão(s) responsável(is) pelo registro ou
produção das informações necessárias para a
apuração do Indicador e por sua divulgação
periódica.
Ex.: IBGE.
Periodicidade e período de divulgação Mensal
do indicador pelo Órgão/Setor* Anual Período de divulgação:
Indicar a periodicidade e o período de
Bianual
divulgação do indicador pelo Órgão/Setor.
Ex.:
1) Periodicidade: Anual; Período:
Setembro Outros:
2) Periodicidade: Mensal; Período: Até dia
05

Espacialização* Nacional Municipal


Outros:
Estadual Regional
Desagregação Categórica ou
Geográfica
Ex.:Categórica: idade, raça, cor, gênero,
renda, local de domicílio, órgão de lotação,
profissão, atividade econômica.
Geográfica: nacional, municipal,
estadual, regiões geográficas, regiões de
planejamento.
Pesquisa e/ou Base de dados*
Forma de coleta de dados. Caso não haja
uma pesquisa para obtenção da informação,
considera-se como registro administrativo.
Ex.: PNAD – Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio.
Disponibilização de dados*
Forma como o dado, referente ao
indicador, é disponibilizado pela fonte, por
exemplo: relatório de sistema utilizado, link de
site consultado, CD recebido, etc.
Ex.:http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tab
ela/listabl.asp?

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c=1825&z=t&o=3

Data de disponibilização dos dados pela


fonte*
Data prevista pela fonte para
disponibilização dos dados e/ou variáveis para
cálculo do indicador.

SÉRIE HISTÓRICA E METAS


(Preencher os campos com os valores apurados e valores previstos – metas, conforme fórmula de
cálculo do indicador e informar o valor ideal para o indicador)
Valor 2017* 2018* 2019*
Ano 2012 2013 2014 2015 2016*
Ideal

Previsto/
Meta

Parâmetro

Valor
apurado

Definição/Descrição*
Responde: "O que ele é?" Refere-se
a descrição da fórmula de cálculo.
Ex.: O indicador mede o número de
acidentes fatais no trânsito em relação ao
número de veículos no ano.
Interpretação e Uso/Objeto de
Mensuração*
Responde: "O que ele faz e para
que serve?".
Ex.: O indicador mostra o
percentual de acidentes de trânsito que
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resultaram em morte. É utilizado para:


analisar a situação do trânsito, elaborar
políticas de prevenção a acidentes, etc.
Limitação e/ou Recomendação
Limitação: Descrição de aspectos
ligados à composição e aplicação do
indicador e que possam restringi-lo de
alguma forma.
Recomendação: Apontamento de
fatores como: possíveis falhas, erros de
interpretação e outros aspectos que sejam
considerados importantes na análise do
indicador.
Parâmetro e/ou Comparação
Valor de referência que se encontra
em outro local e que é tomado para
estipular as metas a serem alcançadas.
Informações Complementares
Descrição de normas ou definições.

PROPRIEDADES DO INDICADOR*
Cobertura Abrangência territorial ou populacional;
Capacidade de referir à subdimensões territoriais ou
Desagregabilidade
grupos categóricos.
Comparação à um parâmetro e/ou espaço
Comparabilidade
geográfico, bem como séries histórica de acontecimentos.
Estabelecimento de séries históricas estáveis que
Historicidade
permitam monitoramentos e comparações.
Periodicidade na
Capacidade de um acompanhamento periódico.
avaliação
Comunicabilidade Aspectos práticos, claros e de fácil comunicação.
Origem em fontes confiáveis ou que utilizem
Confiabilidade
metodologias reconhecidas e transparentes de coleta.
Replicabilidade de
Reprodução sem perca de confiabilidade.
sua construção
Factibilidade para
Facilidade de obtenção dos dados.
obtenção
Obtenção dos dados sem ou com baixo custo. A
Economicidade relação entre os custos de obtenção e os benefícios
advindos deve ser favoráveis.

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Alta Especificidade
Reflete informações estritamente ligadas ao objeto
Média em estudo.
Baixa

Alta Sensibilidade
Capacidade de captar a maioria das variações sobre
Média o fenômeno de interesse, inclusive mudanças de
comportamento durante a execução das atividades.
Baixa

Alta Relevância social


Grau de importância à sociedade.
Baixa

TIPOLOGIA DO INDICADOR*

Quanto à forma
Analítico Indicador de tipo ANALÍTICO, também chamado de
simples, permite avaliar aspectos diretos da realidade.
Sintético Ex.: População de 15 anos ou mais alfabetizada.

Indicador de tipo SINTÉTICO, também chamado de


complexo, é constituído por indicadores analíticos ou por
muitas variáveis, e permite verificar comparabilidades pela
construção de rankings.
Ex.: Índice de Condições de Qualidade de Vida -
ICQV.

Quanto à valoração
Descritivo Indicador de tipo DESCRITIVO não é fortemente dotado de
significados valorativos, pois apenas "descreve" características e aspectos da
Normativo realidade empírica.
Ex.: Taxa de evasão escolar.(Evasão escolar é um conceito simples e é
um registro com metodologia única para qualquer desagregação).

Indicador de tipo NORMATIVO reflete critérios que obedecem a


alguma norma em sua caracterização.
Ex.:Proporção de pessoas na linha da pobreza. (Indicador depende de
uma série de decisões metodológicas normativas em relação ao próprio
conceito de pobreza)
Quanto à objetividade
Objetivo Indicador de tipo OBJETIVO diz respeito a registros que informam ou
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Subjetivo caracterizam sobre algum dado ou valor.


Ex.: Taxa de desocupação.

Indicador de tipo SUBJETIVO dize respeito a registros baseados na


interpretação pessoal, na qualificação sobre algo.
Ex.: Felicidade Interna Bruta- FIB.
Quanto à natureza das variáveis
Quantitativo Indicador que contém variáveis de natureza QUANTITATIVA é
numericamente mensurável, ou seja, seus possíveis valores advêm de uma
Qualitativo
medição ou de uma contagem.
Ex.: Número de leitos hospitalares.

Indicador que contém variáveis de natureza QUALITATIVA se baseia


em qualidades. Uma variável é qualitativa quando seus possíveis valores são
categorias ou características.
Ex.: Grau de instrução da mãe.

Quanto à relação entre asvariáveis


Absoluto O Indicador que tem uma relação de tipo ABSOLUTA entre as
Relativo variáveis se utiliza apenas uma variável na construção do indicador.
Ex.:Número de hospitais credenciados.

O Indicador que tem uma relação de tipo RELATIVA entre as


variáveis se utiliza de mais de uma variável na construção do indicador.
Ex.:Proporção de hospitais credenciados. (Nesse caso, há uma relação
entre o n.º de hospitais credenciados e o total de hospitais)

CLASSIFICAÇÃO DO INDICADOR*

Quanto à natureza processual


Insumo: são indicadores que têm relação direta com os recursos a
Insumo/Recurso serem alocados, ou seja, com a disponibilidade dos recursos humanos,
Processo/Fluxo materiais, financeiros e outros a serem utilizados pelas ações de governo.
Ex.: Médicos por mil habitantes e gasto per capita com
Produto educação.
Resultado
Processo: são medidas que traduzem o esforço empreendido na
Impacto/Efeito obtenção dos resultados, ou seja, medem o nível de utilização dos
insumos alocados.
Ex.:Percentual de atendimento de um público alvo e o
Percentual de liberação dos recursos financeiros.

Produto: medem o alcance das metas físicas. São medidas que


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expressam as entregas de produtos ou serviços ao público-alvo.


Ex.: Percentual de quilômetros de estrada entregues, Percentual
de armazéns construídos e o Percentual de crianças vacinadas em
relação às metas estabelecidas.

Resultado: essas medidas expressam, direta ou indiretamente, os


benefícios no público-alvo decorrentes das ações empreendidas no
contexto de uma dada política e têm particular importância no contexto
de gestão pública orientada a resultados.
Ex.:Taxas de morbidade (doenças), Taxa de reprovação escolar
e Taxa de homicídios.

Impacto: possuem natureza abrangente e multidimensional, têm


relação com a sociedade como um todo e medem os efeitos das
estratégias governamentais de médio e longo prazos. Na maioria dos
casos estão associados aos objetivos setoriais e de governo.
Ex.:Índice Gini de distribuição de renda e o PIB per capita.
Quanto à abordagem de avaliação de desempenho
Eficiência Eficiência: essa medida possui estreita relação com produtividade, ou
Eficácia seja, o quanto se consegue produzir com os meios disponibilizados. Assim, a
partir de um padrão ou referencial, a eficiência de um processo será tanto maior
quanto mais produtos forem entregues com a mesma quantidade de insumos, ou
os mesmos produtos e/ou serviços sejam obtidos com menor quantidade de
recursos. São exemplos os indicadores de insumo, processo e produto.

Eficácia: aponta o grau com que um Programa atinge as metas e


objetivos planejados, ou seja, uma vez estabelecido o referencial (linha de base)
Efetividade e as metas a serem alcançadas, utiliza-se indicadores de resultado para avaliar
se estas foram atingidas ou superadas. São exemplos os indicadores de
Resultado.

Efetividade: mede os efeitos positivos ou negativos na realidade que


sofreu a intervenção, ou seja, aponta se houve mudanças socioeconômicas,
ambientais ou institucionais decorrentes dos resultados obtidos pela política,
plano ou programa. É o que realmente importa para efeitos de transformação
social. São exemploesos indicadores de Impacto.

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PARECER TÉCNICO DO INDICADOR

( ) NÃO VALIDADO
( )VALIDADO Este indicador NÃO foi VALIDADO, pelo(s)
seguinte(s) motivo(s):
Este indicador é adequado para ( ) não é adequado para medir o objetivo
medir o objetivo proposto e possui as proposto;
propriedades mínimas exigidas. ( )não possui as propriedades mínimas
exigidas para um indicador

DATA:

EQUIPE DE ANALISTAS DE INDICADORES:

Anacléia Soares Pereira Dias ________________________________________


Júlia SatieYokokura ______________________________________________
Paula Luciana da Silva_______________________________________

Paulo Henrique M. Guimarães


Coordenador de Métodos Estatísticos, de Pesquisa e de Indicadores
Superintendência de Estatística e Gestão da Informação
Secretaria Adjunta de Informações Socioeconônimcas, Geográficas e de Indicadores
Equipe Técnica de elaboração no órgão

Funcionário/ Órgão/Setor:
Funcionário/ Órgão/Setor:

ANEXO
DEFINIÇÕES EXEMPLOS

NÚMERO - População residente no município;


É o resultado de uma contagem ou estimativa em - Número de vagas em creches
valor absoluto ou em uma medida direta. Dado comum públicas;
que, por ter sido dotado de um significado ou conceito, - Extensão da rede rodoviária.
passa a ser considerado indicador.

MÉDIA
- Esperança de vida ao nascer.
É o valor médio de um conjunto de dados. Se for
- Média da idade dos alunos do ensino
média aritmética, esta é definida pela soma dos valores
fundamental.
de um determinado conjunto dividido pela quantidade
dos valores que foram somados.

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RAZÃO
- Razão entre o número de leitos
A razão entre dois números é a divisão entre duas
ocupados e não ocupados nas unidades de
medidas de interesse, sendo que o denominador não
emergência.
inclui o numerador, ou seja, são duas medidas separadas
- Razão entre a quantidade de homens
e excludentes.
e de mulheres no serviço público.

PROPORÇÃO
É a divisão entre duas medidas, sendo o - Percentual de leitos ocupados nas
numerador o número de casos específicos e o unidades de emergência.
denominador o número total do conjunto. Pode ser usada -Proporção de mulheres no serviço
para estimar a probabilidade de um evento. público.

TAXA
É uma proporção utilizada especialmente para
acompanhar a variação de determinado fenômeno em - Taxa de mortalidade infantil (a cada 1
determinado tempo, estando associada com a velocidade mil nascidosvivos).
e a direção (padrões) de mudança em processos - Taxa de crescimento de vítimas fatais
dinâmicos. O termo taxa também é empregado quando no trânsito (%).
no cálculo do indicador são utilizadas duas variáveis de
fenômenos distintos. A taxa pode ser referida a 100
unidades (%), ou a 1 mil, 10mil, 100 mil, 1 milhão, etc.

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RELAÇÃO DE FONTES DE PESQUISAS (SITES, BIBLIOGRAFIA)


SITES
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http://portal.inep.gov.br/basica-levantamentos-microdados
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http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/SERIESTEMPORAIS
http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/series_temporais/principal.aspx?subtema=10#ancora_co
nsulta
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http://portal.siscomex.gov.br/servicos/estatisticas
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bndes/

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http://www.anp.gov.br/wwwanp/noticias/3138-anp-divulga-anuario-estatistico-2016
http://www.mme.gov.br/web/guest/publicacoes-e-indicadores
http://www2.camara.leg.br/transparencia/dados-abertos/dados-abertos-legislativo
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http://www.saude.mt.gov.br/informacao-em-saude
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SEBRAE, A Competitividade nos Setores de Comércio, de Serviços e do Turismo no Brasil:


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