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Texto 2
Pode parecer ironia festejar o fato de aprovado na semana passada uma lei obrigando os governantes a ter responsabilidade. Seria o mesmo que pedir a eles
para ser honestos, defender o contribuinte, lutar pelo bem-estar da população. De qualquer forma, como a legislação em vigor era frouxa nesse campo, a Lei da
Responsabilidade Fiscal é o primeiro instrumento eficiente capaz de punir os políticos que gastam mais do que arrecadam, iniciam obras sem ter dinheiro para concluí-las
e mantêm inchada a folha de funcionários. Antes dessa lei. votada pela Câmara e que agora aguarda apreciação de destaques para ser enviada ao Senado, nada
acontecia com quem praticasse abusos.
Observe-se, na prática como a coisa funciona. Neste ano, o prefeito paulistano Celso Pitta, tem dívidas vencendo no valor de 750 milhões de reais. O aparato
legal ainda em vigor permite ao prefeito empurrar a conta para 2001. Desobrigado de pagar o que deve. Sobra-Ihe algum dinheiro para gastar em obras no ano das
eleições. Mas o que acontece com o prefeito que vier a suceder a ele? Estará endividado e sua gestão comprometida. Com a nova lei, Pitta seria obrigado a liquidar a
fatura até o final de seu governo. Nada mais responsável do que isso.
Os políticos costumam ser rigorosos na aprovação de leis para o resto da sociedade, mas tendem a redigir textos mais compreensivos quando o que está na
mira são os próprios deslizes. Mais de uma vez o Congresso aprovou leis criando limites para os gastos públicos sem no entanto estabelecer punições.
A esperança. a partir de agora, é que a nova lei perdure. Também parece estranho dizer isso mas são freqüentes os casos em que as leis são descumpridas sem
que nada aconteça ou mesmo desfeitas caso incomodem demais. Quem sabe agora os políticos decidam punir os maus administradores em vez de punir toda a sociedade
com o subdesenvolvimento.
(Veja.02.02.200)
Os textos 1 e 2, embora pertençam a momentos históricos diferentes, aproximam-se quanto ao assunto, pois tratam de:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 1/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Texto 1
a) a fama da cidade decorre de poderes malignos do demônio, que faz as pessoas verem beleza onde não há.
b) só exalta a cidade quem não a conhece bem e é enganado pela sua fama.
c) a exaltação à fama da cidade é uma farsa pois esconde seus reais problemas.
d) os problemas da cidade são incapazes de diminuir a sua fama.
e) apesar dos problemas que há na cidade ela faz jus à fama.
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Pode parecer ironia festejar o fato de aprovado na semana passada uma lei obrigando os governantes a ter responsabilidade. Seria o mesmo que pedir a eles
para ser honestos, defender o contribuinte, lutar pelo bem-estar da população. De qualquer forma, como a legislação em vigor era frouxa nesse campo, a Lei da
Responsabilidade Fiscal é o primeiro instrumento eficiente capaz de punir os políticos que gastam mais do que arrecadam, iniciam obras sem ter dinheiro para concluí-las
e mantêm inchada a folha de funcionários. Antes dessa lei. votada pela Câmara e que agora aguarda apreciação de destaques para ser enviada ao Senado, nada
acontecia com quem praticasse abusos.
Observe-se, na prática como a coisa funciona. Neste ano, o prefeito paulistano Celso Pitta, tem dívidas vencendo no valor de 750 milhões de reais. O aparato
legal ainda em vigor permite ao prefeito empurrar a conta para 2001. Desobrigado de pagar o que deve. Sobra-Ihe algum dinheiro para gastar em obras no ano das
eleições. Mas o que acontece com o prefeito que vier a suceder a ele? Estará endividado e sua gestão comprometida. Com a nova lei, Pitta seria obrigado a liquidar a
fatura até o final de seu governo. Nada mais responsável do que isso.
Os políticos costumam ser rigorosos na aprovação de leis para o resto da sociedade, mas tendem a redigir textos mais compreensivos quando o que está na
mira são os próprios deslizes. Mais de uma vez o Congresso aprovou leis criando limites para os gastos públicos sem no entanto estabelecer punições.
A esperança. a partir de agora, é que a nova lei perdure. Também parece estranho dizer isso mas são freqüentes os casos em que as leis são descumpridas sem
que nada aconteça ou mesmo desfeitas caso incomodem demais. Quem sabe agora os políticos decidam punir os maus administradores em vez de punir toda a sociedade
com o subdesenvolvimento.
(Veja.02.02.200)
a) é preciso que as leis sejam cumpridas para que a democracia se firme no país.
b) o Congresso está preocupado com os gastos e quer evitar a criação de novos impostos.
c) não seria necessária a criação da Lei, se a causa pública fosse prioridade dos governantes.
d) ainda há muito o que melhorar para atender às necessidades do povo, embora os governantes gastem muito.
e) Os governantes, na intenção de melhorar a vida do povo, acabam excedendo se em suas contas.
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Pode parecer ironia festejar o fato de aprovado na semana passada uma lei obrigando os governantes a ter responsabilidade. Seria o mesmo que pedir a eles
para ser honestos, defender o contribuinte, lutar pelo bem-estar da população. De qualquer forma, como a legislação em vigor era frouxa nesse campo, a Lei da
Responsabilidade Fiscal é o primeiro instrumento eficiente capaz de punir os políticos que gastam mais do que arrecadam, iniciam obras sem ter dinheiro para concluí-las
e mantêm inchada a folha de funcionários. Antes dessa lei. votada pela Câmara e que agora aguarda apreciação de destaques para ser enviada ao Senado, nada
acontecia com quem praticasse abusos.
Observe-se, na prática como a coisa funciona. Neste ano, o prefeito paulistano Celso Pitta, tem dívidas vencendo no valor de 750 milhões de reais. O aparato
legal ainda em vigor permite ao prefeito empurrar a conta para 2001. Desobrigado de pagar o que deve. Sobra-Ihe algum dinheiro para gastar em obras no ano das
eleições. Mas o que acontece com o prefeito que vier a suceder a ele? Estará endividado e sua gestão comprometida. Com a nova lei, Pitta seria obrigado a liquidar a
fatura até o final de seu governo. Nada mais responsável do que isso.
Os políticos costumam ser rigorosos na aprovação de leis para o resto da sociedade, mas tendem a redigir textos mais compreensivos quando o que está na
mira são os próprios deslizes. Mais de uma vez o Congresso aprovou leis criando limites para os gastos públicos sem no entanto estabelecer punições.
A esperança. a partir de agora, é que a nova lei perdure. Também parece estranho dizer isso mas são freqüentes os casos em que as leis são descumpridas sem
que nada aconteça ou mesmo desfeitas caso incomodem demais. Quem sabe agora os políticos decidam punir os maus administradores em vez de punir toda a sociedade
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
com o subdesenvolvimento.
(Veja.02.02.200)
Pode parecer ironia festejar o fato de aprovado na semana passada uma lei obrigando os governantes a ter responsabilidade. Seria o mesmo que pedir a eles
para ser honestos, defender o contribuinte, lutar pelo bem-estar da população. De qualquer forma, como a legislação em vigor era frouxa nesse campo, a Lei da
Responsabilidade Fiscal é o primeiro instrumento eficiente capaz de punir os políticos que gastam mais do que arrecadam, iniciam obras sem ter dinheiro para concluí-las
e mantêm inchada a folha de funcionários. Antes dessa lei votada pela Câmara e que agora aguarda apreciação de destaques para ser enviada ao Senado, nada
acontecia com quem praticasse abusos.
Observe-se, na prática como a coisa funciona. Neste ano, o prefeito paulistano Celso Pitta, tem dívidas vencendo no valor de 750 milhões de reais. O aparato
legal ainda em vigor permite ao prefeito empurrar a conta para 2001. Desobrigado de pagar o que deve. Sobra-Ihe algum dinheiro para gastar em obras no ano das
eleições. Mas o que acontece com o prefeito que vier a suceder a ele? Estará endividado e sua gestão comprometida. Com a nova lei, Pitta seria obrigado a liquidar a
fatura até o final de seu governo. Nada mais responsável do que isso.
Os políticos costumam ser rigorosos na aprovação de leis para o resto da sociedade, mas tendem a redigir textos mais compreensivos quando o que está na
mira são os próprios deslizes. Mais de uma vez o Congresso aprovou leis criando limites para os gastos públicos sem no entanto estabelecer punições.
A esperança a partir de agora, é que a nova lei perdure. Também parece estranho dizer isso mas são freqüentes os casos em que as leis são descumpridas sem
que nada aconteça ou mesmo desfeitas caso incomodem demais. Quem sabe agora os políticos decidam punir os maus administradores em vez de punir toda a sociedade
com o subdesenvolvimento.
(Veja.02.02.200)
De acordo com o Texto 2, a frouxidão da lei antes da Lei de Responsabilidade Fiscal permitia que os governantes:
a) gastassem à vontade, inclusive em ano eleitoral, criando barreiras financeiras para seus sucessores.
b) desfizessem leis que pudessem atrapalhar suas administrações, criando graves problemas sociais.
c) cumprissem apenas parte das leis, por haver necessidades sociais que pediam soluções urgentes.
d) aprovassem leis rigorosas para o resto da sociedade para salvar as contas dos municípios e estados.
e) atuassem como fiscalizadores de seus próprios atos.
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Pode parecer ironia festejar o fato de aprovado na semana passada uma lei obrigando os governantes a ter responsabilidade. Seria o mesmo que pedir a eles
para ser honestos, defender o contribuinte, lutar pelo bem-estar da população. De qualquer forma, como a legislação em vigor era frouxa nesse campo, a Lei da
Responsabilidade Fiscal é o primeiro instrumento eficiente capaz de punir os políticos que gastam mais do que arrecadam, iniciam obras sem ter dinheiro para concluí-las
e mantêm inchada a folha de funcionários. Antes dessa lei votada pela Câmara e que agora aguarda apreciação de destaques para ser enviada ao Senado, nada
acontecia com quem praticasse abusos.
Observe-se, na prática como a coisa funciona. Neste ano, o prefeito paulistano Celso Pitta, tem dívidas vencendo no valor de 750 milhões de reais. O aparato
legal ainda em vigor permite ao prefeito empurrar a conta para 2001. Desobrigado de pagar o que deve. Sobra-Ihe algum dinheiro para gastar em obras no ano das
eleições. Mas o que acontece com o prefeito que vier a suceder a ele? Estará endividado e sua gestão comprometida. Com a nova lei, Pitta seria obrigado a liquidar a
fatura até o final de seu governo. Nada mais responsável do que isso.
Os políticos costumam ser rigorosos na aprovação de leis para o resto da sociedade, mas tendem a redigir textos mais compreensivos quando o que está na
mira são os próprios deslizes. Mais de uma vez o Congresso aprovou leis criando limites para os gastos públicos sem no entanto estabelecer punições.
A esperança a partir de agora, é que a nova lei perdure. Também parece estranho dizer isso mas são freqüentes os casos em que as leis são descumpridas sem
que nada aconteça ou mesmo desfeitas caso incomodem demais. Quem sabe agora os políticos decidam punir os maus administradores em vez de punir toda a sociedade
com o subdesenvolvimento.
(Veja.02.02.200)
a) amparados pela impunidade, os políticos agem da forma que lhes for mais conveniente.
b) se as leis incomodam porque não são capazes de proporcionar melhorias sociais.
c) as leis estão ultrapassadas, razão pela qual são descumpridas ou desfeitas.
d) os políticos têm poderes para alterar as leis, desde que não seja para proveito próprio.
e) quando a lei é prejudicial à população, os políticos preferem descumpri-las.
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Mas fui para casa com um grande desconforto. Essas pessoas estavam traindo os deveres essenciais do intelectual: 1) dizer o que precisa ser dito de acordo com
o julgamento próprio e não dizer o que traz aplauso; 2) mostrar o caminho percorrido e não a resposta pronta; 3) não falar sobre o que não entende, pois desvaloriza a
própria atividade intelectual. Meus colegas de mesa haviam pecado.
I. As afirmações do primeiro e segundo parágrafos apresentam uma oposição, podendo-se afirmar que o primeiro revela uma posição irônica do articulista.
II. Embora haja uma oposição entre as afirmações dos dois parágrafos, o articulista concorda com seus colegas de mesa.
III. O articulista, por estar entre intelectuais e grandes figuras das letras, sentiu-se muito à vontade para externar suas idéias.
IV .O articulista julga que seus colegas deveriam falar apenas do que entendessem e expor seus julgamentos com clareza e independência.
a) I, II e IV
b) I e IV
c) II, III
d) I e II
e) I, III e IV
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A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash
considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor
carregando US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no
Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se
aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda
consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a
inconfidência do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park
durante a Segunda Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu o êxito dos soviéticos
na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente,
nos anos 70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu
em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash
considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor
carregando US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no
Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se
aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda
consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a
inconfidência do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park
durante a Segunda Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu o êxito dos soviéticos
na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente,
nos anos 70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu
em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
a) deslealdade.
b) afeição.
c) honestidade.
d) bondade.
e) fanatismo.
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A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash
considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor
carregando US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no
Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se
aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda
consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a
inconfidência do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park
durante a Segunda Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu o êxito dos soviéticos
na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente,
nos anos 70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu
em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que o historiador e jornalista Timothy Garton Ash
considerou "sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente Karzai chegasse a Washington com um assessor
carregando US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no
Quirguistão incomodou a embaixadora americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido nas mãos de governos e governantes instáveis. Se
aos 68 anos o líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa" ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material nuclear que ele guarda
consigo. Os telegramas relacionados com o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a
inconfidência do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de 10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do século, que trabalharam em Bletchley Park
durante a Segunda Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu o êxito dos soviéticos
na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente,
nos anos 70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu
em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque, matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de sua
homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse é o símbolo da Apple.)
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) a menina é avessa à liberdade de imprensa por esta permitir a publicação de receitas que ela considera deliciosas.
b) a liberdade de imprensa prejudica o direito das crianças no que diz respeito à alimentação saudável.
c) a receita é recortada do jornal como forma de censura e protesto.
d) a mãe apoia a supressão da liberdade de imprensa por concordar com a filha.
e) a liberdade de imprensa nem sempre agrada a todos.
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Segundo especialistas, a taxa de reciclagem poderia chegar a 30%. Mas, como resultado dessa discrepância, aterros sanitários comuns estão recebendo diariamente
toneladas de material que poderia ser reutilizado e que nem chega a ser triado nas insuficientes estações que preparam o material destinado à reciclagem. Estudo da
ONG Instituto Pólis mostra que, infelizmente, sem o tratamento e a destinação corretos, 35% do lixo reciclável separado em casas e condomínios é despejado em aterros.
A situação insustentável do lixo da capital chegou à Justiça. No início do ano, uma decisão de primeira instância determinou que a Prefeitura de São Paulo implante, no
prazo máximo de um ano, coleta seletiva para toda a cidade. Além disso, também exige que a administração pública fomente a formação de cooperativas de catadores.
A prefeitura resolveu contra-atacar recorrendo da decisão e afirmando que a implantação se dará até 2012. As concessionárias que fazem a coleta pedem prazo até 2015
para ampliar o serviço.
Segundo a prefeitura, 103 toneladas de lixo reciclável são coletadas diariamente. Há hoje 16 centrais de triagem em São Paulo, mas seriam precisos 31 centros para
cobrir toda a cidade.
a) Na cidade de São Paulo, apenas 1% do lixo é reciclado, enquanto o restante é encaminhado para cooperativas de catadores que ficam em municípios vizinhos.
b) A taxa de reciclagem do lixo doméstico vai chegar a 30% em um ano.
c) Uma considerável parte do lixo reciclável separado em casas e condomínios acaba tendo como destino os aterros.
d) A prefeitura de São Paulo tem prazo da Justiça para implantar 31 centrais de triagem até 2015.
e) Como não há aterros sanitários na cidade de São Paulo, todo o lixo produzido na capital é exportado para cidades vizinhas.
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Segundo especialistas, a taxa de reciclagem poderia chegar a 30%. Mas, como resultado dessa discrepância, aterros sanitários comuns estão recebendo diariamente
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toneladas de material que poderia ser reutilizado e que nem chega a ser triado nas insuficientes estações que preparam o material destinado à reciclagem. Estudo da
ONG Instituto Pólis mostra que, infelizmente, sem o tratamento e a destinação corretos, 35% do lixo reciclável separado em casas e condomínios é despejado em aterros.
A situação insustentável do lixo da capital chegou à Justiça. No início do ano, uma decisão de primeira instância determinou que a Prefeitura de São Paulo implante, no
prazo máximo de um ano, coleta seletiva para toda a cidade. Além disso, também exige que a administração pública fomente a formação de cooperativas de catadores.
A prefeitura resolveu contra-atacar recorrendo da decisão e afirmando que a implantação se dará até 2012. As concessionárias que fazem a coleta pedem prazo até 2015
para ampliar o serviço.
Segundo a prefeitura, 103 toneladas de lixo reciclável são coletadas diariamente. Há hoje 16 centrais de triagem em São Paulo, mas seriam precisos 31 centros para
cobrir toda a cidade.
I. A questão do lixo é um problema que envolve tanto a prefeitura de São Paulo quanto as concessionárias responsáveis pela coleta e cooperativas de catadores.
II. A prefeitura de São Paulo recorreu da decisão da Justiça por não ser capaz de realizar a coleta seletiva de lixo sem o apoio da própria Justiça.
III. O Instituto Pólis é responsável pela triagem nas estações que preparam o material destinado à reciclagem e informou que 35% do lixo reciclado é despejado
em aterros.
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
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Na situação de comunicação apresentada, o aumentativo em "palhação" faz com que a palavra assuma um valor
a) de espanto.
b) de tamanho.
c) afetivo.
d) de admiração.
e) pejorativo.
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Relacionando a charge com o texto anterior, entende-se que o diminutivo no nome do símbolo da cidade de São Paulo denota
a) ironia.
b) afetividade.
c) pequenez.
d) alegria.
e) agressividade.
(Veja, 28.12.2005)
O emprego do grau aumentativo atribui ao adjetivo espertalhão a idéia de
a) tamanho.
b) ironia.
c) intensidade.
d) imoralidade.
e) descaso.
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Com a criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, em 1947, instituiu-se a recomendação de que os centros de saúde contassem com um "Serviço de Higiene
Bucodentária". Desde então, sucessivos arranjos institucionais marcaram a organização da assistência odontológica pública, tanto em São Paulo como em outras unidades
federativas.
Embora os profissionais buscassem desenvolver ações educativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam os dentistas nos consultórios particulares.
A abordagem era individual e não se lograva realizar um diagnóstico de situação em termos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquer tecnologia de
programação resultante de processos de planejamento que considerassem a saúde bucal da população como um todo.
Tal cenário mudou radicalmente quando, em 1952, o SESP – Serviço Especial de Saúde Pública – implementou os primeiros programas de odontologia sanitária,
inicialmente em Aimorés, MG, e em seguida em vários municípios do Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. O alvo principal desses programas era a população em idade
escolar, tida como epidemiologicamente mais vulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúde pública. Assim, métodos e técnicas de
planejamento e programação em saúde passaram a fazer parte do cotidiano de dezenas de profissionais de odontologia em várias regiões do País.
A odontologia de mercado seguia absolutamente majoritária, mas deixou de ser a única modalidade assistencial neste segmento do setor saúde.
(NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006. Disponível em:
www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)
De acordo com o texto, a organização da assistência odontológica pública, antes da implantação dos primeiros programas de odontologia sanitária, estava caracterizada
pela atuação dos profissionais de forma
a) distinta do que havia em relação aos consultórios particulares, nos quais se dava menos atenção ao planejamento da saúde bucal.
b) bastante engajada aos preceitos das ações educativas, tal como era comum nos consultórios particulares.
c) articulada com os propósitos de diagnóstico de situação em termos populacionais, com mais prevenção do que atendimento.
d) análoga ao que se vivenciava nos consultórios particulares, com ações que privilegiavam a abordagem individual.
e) alternativa ao tipo de atendimento dos consultórios particulares, privilegiando abordagens preventivas e coletivas.
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Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
Com a criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, em 1947, instituiu-se a recomendação de que os centros de saúde contassem com um "Serviço de Higiene
Bucodentária". Desde então, sucessivos arranjos institucionais marcaram a organização da assistência odontológica pública, tanto em São Paulo como em outras unidades
federativas.
Embora os profissionais buscassem desenvolver ações educativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam os dentistas nos consultórios particulares.
A abordagem era individual e não se lograva realizar um diagnóstico de situação em termos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquer tecnologia de
programação resultante de processos de planejamento que considerassem a saúde bucal da população como um todo.
Tal cenário mudou radicalmente quando, em 1952, o SESP – Serviço Especial de Saúde Pública – implementou os primeiros programas de odontologia sanitária,
inicialmente em Aimorés, MG, e em seguida em vários municípios do Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. O alvo principal desses programas era a população em idade
escolar, tida como epidemiologicamente mais vulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúde pública. Assim, métodos e técnicas de
planejamento e programação em saúde passaram a fazer parte do cotidiano de dezenas de profissionais de odontologia em várias regiões do País.
A odontologia de mercado seguia absolutamente majoritária, mas deixou de ser a única modalidade assistencial neste segmento do setor saúde.
(NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006. Disponível em:
www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)
As ações educativas, no período relativo ao contexto da criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, eram
Com a criação da Secretaria Estadual de Saúde paulista, em 1947, instituiu-se a recomendação de que os centros de saúde contassem com um "Serviço de Higiene
Bucodentária". Desde então, sucessivos arranjos institucionais marcaram a organização da assistência odontológica pública, tanto em São Paulo como em outras unidades
federativas.
Embora os profissionais buscassem desenvolver ações educativas, sua prática clínica reproduzia, essencialmente, o que faziam os dentistas nos consultórios particulares.
A abordagem era individual e não se lograva realizar um diagnóstico de situação em termos populacionais e, menos ainda, se utilizava qualquer tecnologia de
programação resultante de processos de planejamento que considerassem a saúde bucal da população como um todo.
Tal cenário mudou radicalmente quando, em 1952, o SESP – Serviço Especial de Saúde Pública – implementou os primeiros programas de odontologia sanitária,
inicialmente em Aimorés, MG, e em seguida em vários municípios do Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. O alvo principal desses programas era a população em idade
escolar, tida como epidemiologicamente mais vulnerável e, ao mesmo tempo, a mais sensível às intervenções de saúde pública. Assim, métodos e técnicas de
planejamento e programação em saúde passaram a fazer parte do cotidiano de dezenas de profissionais de odontologia em várias regiões do País.
A odontologia de mercado seguia absolutamente majoritária, mas deixou de ser a única modalidade assistencial neste segmento do setor saúde.
(NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006. Disponível em:
www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)
Segundo o texto, o que justificava a escolha da população em idade escolar como alvo das ações dos programas de odontologia sanitária era
a) a impossibilidade dos indivíduos de entenderem essas ações, o que decorria da ausência de problemas de saúde bucal.
b) a falta de acesso a esse tipo de ação, o que tornava os indivíduos menos propensos aos problemas de saúde bucal.
c) a tendência natural dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, concomitantemente, a recusa por ações preventivas.
d) a fragilidade dos indivíduos, vítimas de problemas bucais, e, ao mesmo tempo, a tradição das ações sanitárias.
e) a suscetibilidade dos indivíduos aos problemas de saúde bucal e, simultaneamente, a forma como reagiam a essas ações.
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A odontologia de mercado jamais perdeu a hegemonia no sistema de saúde brasileiro. Em linhas gerais, sua concepção de prática centrada na assistência odontológica ao
indivíduo doente, realizada com exclusividade por um sujeito individual no restrito ambiente clínico-cirúrgico, não apenas predomina no setor privado, como segue
exercendo poderosa influência sobre os serviços públicos. A essência da odontologia de mercado está na base biológica e individual sobre a qual constrói seu fazer clínico
e em sua organicidade ao modo de produção capitalista, com a transformação dos cuidados de saúde em mercadorias, solapando a saúde como bem comum sem valor
de troca, e impondo-lhes as deformações mercantilistas e éticas sobejamente conhecidas.
Neste início do século XXI, a maioria dos serviços públicos odontológicos brasileiros reproduz, mecânica e acriticamente, os elementos nucleares do modelo de prática
odontológica do setor privado de prestação de serviços.
(NARVAI, P.C. "Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade". Com adaptações. Revista de Saúde Pública, v. 40, São Paulo, ago. 2006. Disponível em:
www.scielosp.org/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf)
Conforme as informações apresentadas no texto, entende-se que
a) há uma crítica ao sistema de saúde brasileiro, que ignora a odontologia de mercado e deixa a população sem o devido atendimento.
b) a lógica da odontologia de mercado, com a transformação da saúde em mercadoria, impõe-se no serviço público de forma inovadora e crítica.
c) há explicitamente uma crítica à odontologia de mercado, pois esta compromete a qualidade da saúde da população brasileira.
d) se faz apologia à essência da odontologia de mercado, que minimiza as práticas que reproduzem o mecanicismo e a acriticidade.
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e) a odontologia dos serviços públicos do início do século XXI apresenta encaminhamentos diversos do que se postula no sistema capitalista.
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a) se mostra a tecnologia estendida a todos os grupos da sociedade, que a utilizam bem, já que os usuários não subestimam seu potencial.
b) se define o avanço tecnológico do país levando em consideração, principalmente, a política pública para o acesso a esse tipo de bem.
c) se estabelece uma relação paradoxal entre os avanços obtidos na área tecnológica e as condições de vida a que está sujeita expressiva parcela da população.
d) se pode entender como positiva a nova relação do homem com as máquinas, já que elas tiram expressiva parcela da população de condições aviltantes de vida.
e) se veem a criticidade e o bom senso de grande parte da população menos favorecida para o uso adequado das novas tecnologias no cotidiano.
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Levando-se em consideração a situação em que as personagens se encontram, é correto afirmar que a fala proferida por uma delas se marca pelo(a)
a) entusiasmo.
b) displicência.
c) mau humor.
d) ironia.
e) redundância.
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A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a "revisão" dos
mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que
inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de
expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas "mais focadas". Na visão do órgão, a exclusão é decorrente
da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia.
A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a "revisão" dos
mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que
inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de
expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas "mais focadas". Na visão do órgão, a exclusão é decorrente
da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia.
a) se mostram arrojados.
b) devem ser ampliados.
c) não precisarão de melhorias.
d) extinguiram as desigualdades.
e) combatem eficazmente a pobreza.
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SÃO PAULO – Os programas adotados no governo federal ainda não são suficientes para lidar com problemas de desigualdade, reforma agrária, moradia, educação e
trabalho escravo, informou ontem a Organização das Nações Unidas (ONU). Comitê da entidade pelos direitos econômicos e sociais pede uma revisão do Bolsa-Família,
uma maior eficiência do programa e sua "universalização". Por fim, constata: a cultura da violência e da impunidade reina no País.
A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a "revisão" dos
mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que
inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de
expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas "mais focadas". Na visão do órgão, a exclusão é decorrente
da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia.
A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a "revisão" dos
mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que
inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de
expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas "mais focadas". Na visão do órgão, a exclusão é decorrente
da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia.
A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a "revisão" dos
mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída.
Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que
inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs).
Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de
expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas "mais focadas". Na visão do órgão, a exclusão é decorrente
da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia.
Os dois personagens
(Veja, 24.06.2009)
De acordo com o texto, a imagem, a constatação e a estatística
(Veja, 24.06.2009)
Na frase –E, no mesmo ano em que o PIB da Argentina cresceu incríveis 8,7%, o mais básico dos indicadores sociais só piorou na principal província do país. – a relação
entre o crescimento do PIB e o mais básico dos indicadores sociais revela
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a) uma perspectiva otimista para a economia e a vida social do país.
b) a possibilidade de a população progredir mesmo com a economia estagnada.
c) um caos social que vem sendo combatido sem ônus à população carente.
d) uma contradição flagrante entre a economia e as condições de vida no país.
e) o apoio do povo à economia do país, sem abrir mão das regalias sociais.
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(Veja, 24.06.2009)
De acordo com o ponto de vista do autor,
(Veja, 24.06.2009)
No contexto, o termo tango, no título do texto, deve ser entendido como
a) a política praticada por Cristina Kirchner.
b) a preocupação excessiva do país com a música.
c) a estabilização dos indicadores sociais argentinos.
d) a campanha para as eleições legislativas.
e) a política almejada pelo povo argentino.
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Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu
apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e
lhe dou inteira razão
. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao
repouso noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003 . Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando o 1003 se agita; pois como
não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são
comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao
sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier
à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar
o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerada, quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
Mas
... que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi
música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
descobrimos que a vida é curta e a lua é bela."
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E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da
brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
a) ocorre em clima ameno com a conscientização de que deve haver concessões mútuas entre eles.
b) demonstra que deve prevalecer sempre a vontade do mais forte, ainda que o mais forte não seja o mais justo.
c) aponta para o cumprimento de um acordo tácito, previamente elaborado, com plena satisfação de todos.
d) sinaliza uma intransigência unilateral quanto ao acatamento de condutas da boa convivência.
e) baseia-se no reconhecimento de um código de natureza social a ser cumprido por todos indistintamente.
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Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu
apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e
lhe dou inteira razão
. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao
repouso noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003 . Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando o 1003 se agita; pois como
não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são
comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao
sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier
à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar
o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerada, quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
Mas
... que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi
música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
descobrimos que a vida é curta e a lua é bela."
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da
brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
a) O 903 não deve exigir do 1003 o cumprimento da lei porque ele também está em desacordo com ela.
b) O 1003 revela postura submissa ao regulamento e aceita sem contestação segui-lo integralmente.
c) O 1003 pode ficar em desacordo com o regulamento, mas procura ser fiel aos valores que norteiam um estilo ideal de vida.
d) Depois de ouvir as razões do 1003, o 903 concorda em relativizar as condições do regulamento do prédio.
e) Ao procurar o 1003 em sua própria casa, o 903 revela comportamento conciliador e flexível.
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Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu
apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e
lhe dou inteira razão
. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao
repouso noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003 . Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando o 1003 se agita; pois como
não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são
comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao
sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier
à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar
o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerada, quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
Mas
... que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi
música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
descobrimos que a vida é curta e a lua é bela."
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da
brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
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c) acrescenta novas idéias, compatíveis com a argumentação anterior do 1003, quanto aos direitos dos que vivem em comunidade.
d) enfatiza posicionamento do 1003 quanto à projeção de uma vida mais compartilhada e menos intolerante.
e) reafirma estratégia argumentativa adotada nos parágrafos anteriores quanto à defesa dos direitos individuais.
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TEXTO I
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu
apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e
lhe dou inteira razão
. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao
repouso noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003 . Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando o 1003 se agita; pois como
não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são
comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao
sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier
à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar
o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerada, quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
Mas
... que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi
música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
descobrimos que a vida é curta e a lua é bela."
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da
brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
TEXTO II
Duas grandes metas estabelecidas no programa de incentivo à indústria, denominado Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), dificilmente serão alcançadas até
2010. Uma é ampliar os investimentos de 17,6% para 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e a outra, expandir a participação do Brasil nas exportações mundiais de
1,18% para 1,25%. É o que indica estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, a combinação da carga tributária elevada, juros em
alta e câmbio "derretendo" tendem a inviabilizar as metas definidas pelo governo. “Nossas projeções mostram que a taxa de investimento não deverá passar de 19%".
(...) "Os juros altos aumentam o custo de capital, enquanto a carga tributária representa transferência de renda do setor privado para o governo, o que diminui os
recursos para investimento" afirma o executivo. Para completar, o dólar fraco reduz as exportações e as vendas no mercado interno, já que tira competitividade e
favorece as importações.
a) Projeção da Fiesp indica avanço das exportações brasileiras./ Taxa de investimento ficará em torno de 19%.
b) Juro alto e impostos impedem expansão./ Fiesp aponta dificuldade no plano de incentivo à indústria.
c) Perspectivas promissoras para a indústria./Carga tributária moderada compensa alta de juros.
d) Condições favoráveis para transferência de renda do setor privado para o governo./ O dólar fortalecido tende a aumentar as exportações.
e) Importações em baixa favorecem a competitividade do produto brasileiro./ Plano de incentivo à indústria com expectativa favorável.
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TEXTO I
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu
apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e
lhe dou inteira razão
. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao
repouso noturno e é impossível repousar no 903, quando há vozes, passos e música no 1003 . Ou melhor: é impossível ao 903 dormir, quando o 1003 se agita; pois como
não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Eu, o 1003, me limito, a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses números são
comportados e silenciosos; apenas eu e o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas nos agitamos e bramimos ao
sabor da maré, dos ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier
à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar
o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerada, quando um
número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
Mas
... que me seja permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em que um homem batesse à porta do outro e dissesse: "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi
música em tua casa. Aqui estou." E o outro respondesse: "Entra, vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
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descobrimos que a vida é curta e a lua é bela."
E o homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre os amigos e amigas do vizinho entoando canções para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o murmúrio da
brisa nas árvores, e o dom da vida e a amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
TEXTO II
Duas grandes metas estabelecidas no programa de incentivo à indústria, denominado Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), dificilmente serão alcançadas até
2010. Uma é ampliar os investimentos de 17,6% para 21% do Produto Interno Bruto (PIB) e a outra, expandir a participação do Brasil nas exportações mundiais de
1,18% para 1,25%. É o que indica estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, a combinação da carga tributária elevada, juros em
alta e câmbio "derretendo" tendem a inviabilizar as metas definidas pelo governo. “Nossas projeções mostram que a taxa de investimento não deverá passar de 19%".
(...) "Os juros altos aumentam o custo de capital, enquanto a carga tributária representa transferência de renda do setor privado para o governo, o que diminui os
recursos para investimento" afirma o executivo. Para completar, o dólar fraco reduz as exportações e as vendas no mercado interno, já que tira competitividade e
favorece as importações.
Eu, o 1003, me limito, a Leste pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e embaixo pelo 903 – que é o senhor.
(...) Quem vier à minha casa (perdão: ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o
783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser
tolerada, quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos.
a) Pode-se afirmar que no trecho os números são criações metafóricas a serviço da argumentação do autor e no texto II indicam dados concretos.
b) No texto II, tal como no trecho, os números são projeções subjetivas dos respectivos autores.
c) As referências numéricas de ambos os textos expressam a representação figurativa dos dados concretos.
d) Os números no texto II são inadequados para a configuração de fatos concretos e no trecho indicam mensuração exata da realidade.
e) A caracterização dos fatos por meio de números impossibilita, tanto no trecho como no texto II, a representação fiel da realidade.
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Em apenas 17 anos, a Inglaterra viu nascer três das mais importantes obras de sua cultura pelo significado que tiveram para a religião, a literatura e a medicina: a
tradução autorizada da Bíblia pelo rei James I (1611), a edição das peças de William Shakespeare (1623) e o tratado médico Exercitatio anatomica de motu cordis et
sanguinis in animalibus(1628). Este último livro, escrito por William Harvey (1578-1657), é tido como o modelo fundador e o protótipo do método científico da pesquisa
médica atual. Conhecido como De motu cordis, o tratado foi lançado em março pela editora Unifesp com o nome de Estudo anatômico do movimento do coração e do
sangue nos animais , em edição trilíngue (latim, francês e português).
O estudo de Harvey foi publicado em Frankfurt, na Alemanha, por precaução. Na época, ainda imperavam os ensinamentos do médico grego Galeno de Pérgamo (132-
200 d.C.), estudioso e praticante da medicina hipocrática na Roma imperial. Galeno descreveu corretamente a anatomia do coração e percebeu que ele funcionava como
uma bomba, porém acreditava que o sangue era fabricado no fígado, de onde era distribuído aos outros órgãos e aos diversos tecidos. Também achava que havia um
"espírito vital", criado no coração, que percorria as artérias e as veias junto com o sangue.
Essas impressões de Galeno perduraram por 14 séculos, até o início do século XVII. Nesse período, foram ligeiramente modificadas por outros médicos, como os italianos
Realdo Colombo (1516-1559) e Andrea Cesalpino (1519-1603), sendo definitivamente contestadas no De motu cordis
. No livro, Harvey refere-se à oposição que esperava
receber de anatomistas que se empenhavam em demolir a nova doutrina, em caluniá-la. Ele sabia que poderia ser perigoso contrariar as centenárias doutrinas de Galeno,
daí a escolha de Frankfurt para publicar seu tratado. (...)
a) a tradução da Bíblia do grego para o inglês foi realizada pelo rei James I.
b) publicaram-se livros importantes na Inglaterra, no século XVII.
De motu cordis
c) o livro foi traduzido em março de 1628.
d) De motu cordis tinha, originalmente, versão em latim e inglês.
e) aos 17 anos, William Harvey fundou a pesquisa moderna em medicina.
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Em apenas 17 anos, a Inglaterra viu nascer três das mais importantes obras de sua cultura pelo significado que tiveram para a religião, a literatura e a medicina: a
tradução autorizada da Bíblia pelo rei James I (1611), a edição das peças de William Shakespeare (1623) e o tratado médico Exercitatio anatomica de motu cordis et
sanguinis in animalibus(1628). Este último livro, escrito por William Harvey (1578-1657), é tido como o modelo fundador e o protótipo do método científico da pesquisa
médica atual. Conhecido como De motu cordis, o tratado foi lançado em março pela editora Unifesp com o nome de Estudo anatômico do movimento do coração e do
sangue nos animais , em edição trilíngue (latim, francês e português).
O estudo de Harvey foi publicado em Frankfurt, na Alemanha, por precaução. Na época, ainda imperavam os ensinamentos do médico grego Galeno de Pérgamo (132-
200 d.C.), estudioso e praticante da medicina hipocrática na Roma imperial. Galeno descreveu corretamente a anatomia do coração e percebeu que ele funcionava como
uma bomba, porém acreditava que o sangue era fabricado no fígado, de onde era distribuído aos outros órgãos e aos diversos tecidos. Também achava que havia um
"espírito vital", criado no coração, que percorria as artérias e as veias junto com o sangue.
Essas impressões de Galeno perduraram por 14 séculos, até o início do século XVII. Nesse período, foram ligeiramente modificadas por outros médicos, como os italianos
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Realdo Colombo (1516-1559) e Andrea Cesalpino (1519-1603), sendo definitivamente contestadas no De motu cordis
. No livro, Harvey refere-se à oposição que esperava
receber de anatomistas que se empenhavam em demolir a nova doutrina, em caluniá-la. Ele sabia que poderia ser perigoso contrariar as centenárias doutrinas de Galeno,
daí a escolha de Frankfurt para publicar seu tratado. (...)
Entre os sinais que marcam um país como subdesenvolvido, ninguém mais discute, há muito tempo, que o baixo nível da educação está na linha de frente. Não dá para
disfarçar; é uma ferida bem no meio da testa. Há muitas outras marcas desse tipo, claro, todas visíveis quando se presta um mínimo de atenção à paisagem pública, e
nenhuma delas está em falta no Brasil que se pode ver à nossa volta. São coisas muito simples. Todo país subdesenvolvido, por exemplo, tem mosca; não há exceções.
Os aeroportos, em vez de terem à sua volta hotéis operados pelas grandes cadeias internacionais, são cercados por favelas. Homicidas confessos podem começar o
cumprimento de suas penas onze anos após o crime que cometeram, quando não são "cidadãos comuns". É uma estrada que vai longe. A cada realidade dessas, é como
se uma placa de sinalização avisasse: "Atenção: você está num país subdesenvolvido". Não adianta, aí, ter um PIB que passa dos 2 trilhões de dólares, assistir ao
lançamento de imóveis com preços de Manhattan ou anotar o que diz a máquina de propaganda do governo. O atraso continua do mesmo tamanho, indiferente a tudo
isso - e não vai mudar, por mais que se avance aqui ou ali, enquanto esses sinais estiverem presentes. Não vai mudar, para começo de conversa, enquanto a educação
pública no Brasil for o que é hoje.
a) intolerância, pois incita o leitor a manifestar-se enfaticamente junto aos responsáveis pelo subdesenvolvimento.
b) condescendência com o poder público, diante dos dados de progresso que contradizem o pessimismo da maioria.
c) conformismo, especialmente diante da constatação de que a situação não é privilégio no Brasil.
d) censura, à vista da indicação de dados sociais negativos sem perspectiva de mudanças para melhor.
e) reprovação aos governos que insistem em camuflar os dados de subdesenvolvimento e às ações da população.
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Entre os sinais que marcam um país como subdesenvolvido, ninguém mais discute, há muito tempo, que o baixo nível da educação está na linha de frente. Não dá para
disfarçar; é uma ferida bem no meio da testa. Há muitas outras marcas desse tipo, claro, todas visíveis quando se presta um mínimo de atenção à paisagem pública, e
nenhuma delas está em falta no Brasil que se pode ver à nossa volta. São coisas muito simples. Todo país subdesenvolvido, por exemplo, tem mosca; não há exceções.
Os aeroportos, em vez de terem à sua volta hotéis operados pelas grandes cadeias internacionais, são cercados por favelas. Homicidas confessos podem começar o
cumprimento de suas penas onze anos após o crime que cometeram, quando não são "cidadãos comuns". É uma estrada que vai longe. A cada realidade dessas, é como
se uma placa de sinalização avisasse: "Atenção: você está num país subdesenvolvido". Não adianta, aí, ter um PIB que passa dos 2 trilhões de dólares, assistir ao
lançamento de imóveis com preços de Manhattan ou anotar o que diz a máquina de propaganda do governo. O atraso continua do mesmo tamanho, indiferente a tudo
isso - e não vai mudar, por mais que se avance aqui ou ali, enquanto esses sinais estiverem presentes. Não vai mudar, para começo de conversa, enquanto a educação
pública no Brasil for o que é hoje.
Homicidas confessos podem começar o cumprimento de suas penas onze anos após o crime que cometeram, quando não são "cidadãos comuns".
a) A frase final do trecho indica uma condição, de natureza restritiva: somente se o homicida for um "cidadão comum" é que ele poderá começar a cumprir sua pena
nas condições aí expostas.
b) O trecho contém a informação implícita de que os "cidadãos comuns" não gozam do privilégio de começar a cumprir pena por homicídio onze anos após terem
cometido o crime.
c) O trecho expressa uma generalização de caráter pejorativo, que está explícita na expressão posta entre aspas ("cidadãos comuns"), pois sugere que se trata de
pessoas de má reputação.
d) Ao distinguir duas categorias de homicidas, o trecho comete uma impropriedade, pois afirma algo que não encontra base nem no texto nem nos fatos nele
relatados.
e) A rigor, o trecho explicita um ponto de vista preconceituoso do autor, pois, no contexto, o que ele afirma nesse trecho é sua adesão à tese de que alguns
homicidas - os confessos - merecem tratamento especial da justiça.
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Entre os sinais que marcam um país como subdesenvolvido, ninguém mais discute, há muito tempo, que o baixo nível da educação está na linha de frente. Não dá para
disfarçar; é uma ferida bem no meio da testa. Há muitas outras marcas desse tipo, claro, todas visíveis quando se presta um mínimo de atenção à paisagem pública, e
nenhuma delas está em falta no Brasil que se pode ver à nossa volta. São coisas muito simples. Todo país subdesenvolvido, por exemplo, tem mosca; não há exceções.
Os aeroportos, em vez de terem à sua volta hotéis operados pelas grandes cadeias internacionais, são cercados por favelas. Homicidas confessos podem começar o
cumprimento de suas penas onze anos após o crime que cometeram, quando não são "cidadãos comuns". É uma estrada que vai longe. A cada realidade dessas, é como
se uma placa de sinalização avisasse: "Atenção: você está num país subdesenvolvido". Não adianta, aí, ter um PIB que passa dos 2 trilhões de dólares, assistir ao
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lançamento de imóveis com preços de Manhattan ou anotar o que diz a máquina de propaganda do governo. O atraso continua do mesmo tamanho, indiferente a tudo
isso - e não vai mudar, por mais que se avance aqui ou ali, enquanto esses sinais estiverem presentes. Não vai mudar, para começo de conversa, enquanto a educação
pública no Brasil for o que é hoje.
I. Há associação temática entre os dois, visto que em ambos se encontram referências a fatores do subdesenvolvimento.
II. A referência, na tira, a habitação, alimentação e saúde não encontra paralelo no texto, nem mesmo implicitamente, o que exclui a possibilidade de um diálogo
entre os dois.
III. Há uma diferença fundamental entre os textos: a tira trata reflexiva e criticamente o assunto, enquanto o texto de Guzzo procura isentar-se de emitir opinião.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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A escravidão levou consigo oficios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo oficio. Um deles
era o ferro ao pescoço, outro, o ferro ao pé; havia também a máscara de folha-de- flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a
boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque
geralmente era dos vinténs do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal
máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.
a) fixo e adequadas.
b) qualquer e precisas.
c) algum e regulares.
d) determinado e garantidas.
e) correto e evidentes.
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( ... )
As leis de Israel, segundo uma boa parte dos seus juízes, dizem que a inseminação não poderá ser efetuada. Não há qualquer documento que o morto tenha deixado
escrito dizendo que gostaria de ter um filho após sua morte e com uma mulher escolhida pelos pais. Mas os pais argumentam que, se o filho era um doador de órgãos,
por qual razão o que é expelido por um órgão do seu corpo também não poderia ser utilizado em favor da vida?
Com efeito, nem todos os juízes pendem para o mesmo lado. Assim, eis que os magistrados não poderão ficar somente com o código nas mãos. ( ... )
O que os magistrados enfrentarão será um problema típico de filosofia prática, ou seja, de ética. Eles estarão enredados na decisão sobre se o ethos* do povo, os
costumes e hábitos, pedem ou não para que a lei mude.
* ethos: conjunto dos costumes e hábitos fundamentais, no âmbito do comportamento (instituições, afazeres etc.) e da cultura (valores, ideias ou crenças), característicos de uma determinada
coletividade, época ou região.
a) será permitida em função de sua declaração escrita, mas, mesmo assim, a decisão dos magistrados enfrentará um problema ético e, por isso, alterará
radicalmente a lei.
b) encontra barreira na lei para acontecer, por isso os magistrados não apenas se restringirão a ela para decidir, mas também se fundamentarão nos costumes e
hábitos do povo.
c) é fato incapaz de gerar polêmica entre os magistrados, pois estes certamente desconsiderarão a vontade do próprio morto e a dos seus pais.
d) ocorrerá se os pais do moço a quiserem realmente, sem que a decisão dos magistrados implique a possibilidade de que haja alterações na legislação de Israel.
e) seria impossível mesmo com um documento do rapaz, pois é certo que a decisão dos magistrados jamais convalidaria valores contrários à filosofia prática.
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pouquíssimas testemunhas e apresenta risco baixíssimo. Já o resultado é altamente compensador, segundo os que já participaram dela. E eles nunca foram tantos. No
mundo inteiro, a cirurgia de implante capilar cresceu 50% entre 2004 e 2008.
(Veja, 25.05.2011)
Considerando o texto, é correto afirmar que o termo cabeluda, no título, sinaliza que os políticos têm
Ismael odiava beijos em público. Era uma coisa que o deixava perturbado desde a infância na casa dos seus pais. Mas vibrava de alegria ao ficar sabendo de eventual
repressão a algum beijoqueiro. A notícia que ouviu pelo rádio, na casa de um vizinho, sobre o jogador de vôlei que havia sido repreendido por um membro da
organização do Mundial de Clubes de Vôlei por beijar em público sua mulher, após a conquista de um título, deixou-o simplesmente eufórico.
Os amigos ficavam espantados diante dessa insólita situação, mesmo porque, aos 17 anos, poderia facilmente arrumar uma namorada - e beijá-la à vontade, se fosse o
caso.
Não era o caso, ele achava o beijo em público uma conduta afrontosa. Jurava para si próprio que jamais casal algum se beijaria perto dele. Mas como evitar que isso
acontecesse? Não poderia, claro, recorrer à violência, conforme conselho recebido de alguns professores que elogiavam essa sua ideia sobre o beijo. Eles evitavam atos
de violência. Teria de recorrer a algum meio eficiente, mas não agressivo para expressar a sua repulsa. E aí lhe ocorreu: a tosse! Uma forma fácil de advertir pessoas
inconvenientes. Naquele mesmo dia fez a primeira experiência. Avistou, na escola, um jovem casal se beijando. Colocou-se atrás dos jovens e começou a tossir
escandalosamente - até que eles pararam.
O rapaz, depois de uma breve reclamação, levantou-se e saiu resmungando. Mas a moça, que, aliás, já conhecia, Sofia, moradora da sua rua, olhou-o até com simpatia.
Ele estranhou. Deu as costas e foi embora.
À noite, estava sozinho em casa, quando alguém bateu à porta. Abriu, era Sofia. Sorrindo, ela lhe estendeu um frasco: era xarope contra a tosse. Num impulso, ele
puxou-a para si e deu-lhe um doce e apaixonado beijo. O primeiro e decisivo beijo de sua vida.
Estão namorando (e beijando muito). Quanto ao xarope, deu-o a um amigo. Descobriu o que é bom para a tosse, ao menos para a tosse que nasce da neurose: é o
beijo. Grande, grande remédio!
III. Ninguém estava de acordo com o posicionamento de Ismael sobre o beijo em público.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
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Ismael odiava beijos em público. Era uma coisa que o deixava perturbado desde a infância na casa dos seus pais. Mas vibrava de alegria ao ficar sabendo de eventual
repressão a algum beijoqueiro. A notícia que ouviu pelo rádio, na casa de um vizinho, sobre o jogador de vôlei que havia sido repreendido por um membro da
organização do Mundial de Clubes de Vôlei por beijar em público sua mulher, após a conquista de um título, deixou-o simplesmente eufórico.
Os amigos ficavam espantados diante dessa insólita situação, mesmo porque, aos 17 anos, poderia facilmente arrumar uma namorada - e beijá-la à vontade, se fosse o
caso.
Não era o caso, ele achava o beijo em público uma conduta afrontosa. Jurava para si próprio que jamais casal algum se beijaria perto dele. Mas como evitar que isso
acontecesse? Não poderia, claro, recorrer à violência, conforme conselho recebido de alguns professores que elogiavam essa sua ideia sobre o beijo. Eles evitavam atos
de violência. Teria de recorrer a algum meio eficiente, mas não agressivo para expressar a sua repulsa. E aí lhe ocorreu: a tosse! Uma forma fácil de advertir pessoas
inconvenientes. Naquele mesmo dia fez a primeira experiência. Avistou, na escola, um jovem casal se beijando. Colocou-se atrás dos jovens e começou a tossir
escandalosamente - até que eles pararam.
O rapaz, depois de uma breve reclamação, levantou-se e saiu resmungando. Mas a moça, que, aliás, já conhecia, Sofia, moradora da sua rua, olhou-o até com simpatia.
Ele estranhou. Deu as costas e foi embora.
À noite, estava sozinho em casa, quando alguém bateu à porta. Abriu, era Sofia. Sorrindo, ela lhe estendeu um frasco: era xarope contra a tosse. Num impulso, ele
puxou-a para si e deu-lhe um doce e apaixonado beijo. O primeiro e decisivo beijo de sua vida.
Estão namorando (e beijando muito). Quanto ao xarope, deu-o a um amigo. Descobriu o que é bom para a tosse, ao menos para a tosse que nasce da neurose: é o
beijo. Grande, grande remédio!
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a) leitura de um jornal.
b) uma notícia de rádio.
c) uma conversa com o vizinho.
d) um programa de TV.
e) comentários de amigos.
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a) hesitação.
b) indiferença.
c) contradição.
d) raiva.
e) exaltação.
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Saber é trabalhar
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As
empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vigente
no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade
(Sistema Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões
metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010.
A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o
oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento
médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados.
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em
março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das
empresas admitiram ter dificuldades para contratar a mão de obra de que necessitam.
Saber é trabalhar
Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As
empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vigente
no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade
(Sistema Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões
metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010.
A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento
médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados.
A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em
março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das
empresas admitiram ter dificuldades para contratar a mão de obra de que necessitam.
SÃO PAULO – Se você leu Cândido, de Voltaire, e achou o dr. Pangloss um sujeito muito otimista, é porque não abriu Abundance, de Peter Diamandis e Steven Kotler.
Os autores, um milionário com formação em engenharia espacial, genética e medicina e um jornalista científico, dizem com todas as letras que a humanidade está para
entrar numa era de superabundância, na qual tecnologias tornarão itens essenciais tão baratos que todos os habitantes da Terra terão acesso a bens e serviços até há
pouco ao alcance apenas dos muito ricos. E tudo isso no horizonte de uma geração.
Os autores têm até explicação para o fato de não acreditarmos muito nessas promessas. Como fomos programados para ver o mundo como um lugar ameaçador,
nutrimos um inescapável pessimismo global, que não nos deixa perceber as revoluções silenciosas de que participamos.
Talvez sim, talvez não. Abundance é definitivamente um livro ousado, e mesmo que lhe apliquemos um deságio cético de, vá lá, 80%, ainda sobram ou há coisas
surpreendentes.
SÃO PAULO – Se você leu Cândido, de Voltaire, e achou o dr. Pangloss um sujeito muito otimista, é porque não abriu Abundance, de Peter Diamandis e Steven Kotler.
Os autores, um milionário com formação em engenharia espacial, genética e medicina e um jornalista científico, dizem com todas as letras que a humanidade está para
entrar numa era de superabundância, na qual tecnologias tornarão itens essenciais tão baratos que todos os habitantes da Terra terão acesso a bens e serviços até há
pouco ao alcance apenas dos muito ricos. E tudo isso no horizonte de uma geração.
Os autores têm até explicação para o fato de não acreditarmos muito nessas promessas. Como fomos programados para ver o mundo como um lugar ameaçador,
nutrimos um inescapável pessimismo global, que não nos deixa perceber as revoluções silenciosas de que participamos.
Talvez sim, talvez não. Abundance é definitivamente um livro ousado, e mesmo que lhe apliquemos um deságio cético de, vá lá, 80%, ainda sobram ou há coisas
surpreendentes.
Ainda vamos ver sites como o Google com a mesma nostalgia que hoje dedicamos a máquinas de escrever e discos de vinil. Os atuais mecanismos de busca na rede já
estão ultrapassados por projetos inovadores, que deixam esta tarefa mais fácil e precisa. Como você ainda não foi informado? Ainda são iniciativas experimentais. Falta
mais dedicação dos pesquisadores e investidores dispostos a deixá-las acessíveis ao grande público.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Um dos efeitos de humor da charge reside no fato de as personagens entenderem "ROÇONA" e "ROCINHA" como
Vigilantes não deveriam estar armados em ambientes como bancos e supermercados, simplesmente porque seu preparo de 160 horas e de poucas dezenas de tiros não
os habilita a situações de estresse, sejam elas assaltos ou conflitos com clientes.
Mesmo policiais, que recebem um treinamento mais intenso e com supervisão altamente profissional, mostram problemas de preparo nessas situações. Por um mero jogo
de interesses comerciais, a obrigatoriedade de vigilância bancária imposta pelos governos militares no pacote de medidas “antiterrorismo” acabou sendo mantida, e o
emprego de vigilantes armados se difundiu, com enorme perigo para as pessoas que frequentam esses ambientes. Ladrões não evitam locais com vigilantes armados,
eles apenas chegam em maior número, aumentam o perigo de tiroteio e ainda levam a arma do segurança. Em 2006, só no estado de São Paulo, os assaltantes
roubaram 160 armas de vigilantes.
[…]
A função da segurança privada em proteger patrimônio não pode ser exercida com prejuízos à segurança dos cidadãos que deve ser preocupação cada vez mais
competente das forças policiais. Sem uma boa polícia não há salvação para a sociedade. E é ela que deve carregar armas; não seguranças privados.
É fácil entender por que os advogados estão aprimorando suas técnicas de júri. Enquanto um juiz julga com base no código legal, o júri segue convicções pessoais.
“Jurados são mais passionais. Analisam por consciência, não por ciência”, diz Mauro Otávio Nacif, criminalista que já trabalhou na defesa de 800 casos, como o de Suzane
von Richthofen, condenada em 2006 pelo assassinato dos pais. Por isso, advogados têm de atingir a razão e também o coração dos jurados. Nos EUA, uma indústria se
formou só para pesquisar como os jurados absorvem explicações e que tecnologias dariam mais credibilidade aos argumentos de advogados. Lá, processos envolvendo
empresas também podem ir a júri, e uma decisão passional pode custar indenizações milionárias ao réu. Com dinheiro em jogo, os americanos trataram de criar armas
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sofisticadas para influenciar os jurados.
a) ao barateamento de um processo, já que uma análise mais precisa dos jurados pode evitar que os réus paguem indenizações milionárias.
b) à necessidade de se formalizarem procedimentos mais precisos, com julgamentos menos eivados da interferência das convicções pessoais.
c) à intenção de mobilizar os jurados, levando em consideração os aspectos subjetivos de sua análise dos argumentos apresentados nos processos.
d) a uma concepção de jurado que tenha mais informação tecnológica de um caso, julgando com mais ciência do que consciência.
e) a um novo procedimento ratificado pelo código penal, por meio do qual se evitará que os jurados julguem com base nas convicções pessoais.
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“A expectativa determina o desenvolvimento de doenças”, afirma. Segundo ele, podemos criar sintomas ou fazê-los desaparecer. Quem lê um artigo que diz que as
radiações eletromagnéticas das antenas de celulares provocam doenças pode sentir dor de cabeça mesmo que a antena esteja desligada. É o chamado efeito . nocebo
“O efeito nocebo ocorre sobretudo quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado. Os efeitos colaterais ficam, então, muito mais fortes”, diz
Heier. “Muitos pacientes com câncer começam a se sentir mal quando entram na sala da quimioterapia, porque inconscientemente esperam sentir náusea após a sessão.”
Medo significa estresse para o corpo e pode debilitar o sistema imunológico. Assim, o corpo fica mais suscetível a infecções e surgem dores que não deveriam existir,
explica o especialista.
Outros estudos confirmam tal fenômeno, como os realizados por médicos das clínicas universitárias de Regensburg e Tübingen. Winfried Häuser, Emil Jansen e Paul Enck
publicaram estudos sobre o efeito nocebo entre 1960 e 2011 em todo o mundo, tendo verificado e compilado os resultados obtidos.
O termo nocebo
, em latim, significa “fazer mal”, enquantoplacebo
significa “agradar”. Trata-se basicamente do mesmo efeito, só que um é negativo, e o outro, positivo.
Ambos afetam as pessoas no ponto que elas menos podem controlar: o subconsciente.
O efeito nocebo geralmente ocorre quando recebemos muitas informações e não conseguimos ordená-las, especialmente ao buscar na internet por doenças e sintomas.
Já a bula dos remédios lista todos os possíveis efeitos colaterais, mesmo que alguns raramente se manifestem, ou seja, em algo como um em cada dez mil pacientes. As
empresas farmacêuticas são, porém, obrigadas a detalhar todas as possibilidades.
Diante disso, a orientação médica precisa é o principal meio de combater o efeito nocebo. Mas até mesmo a comunicação médico-paciente pode desencadear medos, se
o médico não for cuidadoso. Não escutar com atenção, não fazer contato visual, não levar o paciente a sério ou intimidá-lo pode ser nocivo. O médico também deve ter
cuidado para não usar um tom negativo e criar desconforto. Tudo isso pode ocorrer devido à falta de tempo, à pressão no trabalho ou porque os médicos querem ser
transparentes sobre os possíveis riscos de um tratamento ou operação.
É fundamental que as dúvidas sejam esclarecidas, sempre com cautela, já que não se deve subestimar o impacto das informações sobre o subconsciente.
(http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos. Adaptado)
Conforme as informações do texto,
a) fatores psicológicos podem influenciar o tipo de resposta que um paciente demonstra com relação a seu tratamento.
b) o efeito nocebo é um indício de que o tratamento adotado para combater determinada doença deve ser interrompido.
c) as bulas de remédio devem omitir os efeitos colaterais do medicamento para não amedrontar ou estressar o paciente.
d) as dores que surgem durante um tratamento são sintomas comprovados da ausência de informação dos pacientes sobre sua doença.
e) os efeitos colaterais de um tratamento podem ser mitigados pelo que se convencionou chamar de efeito nocebo.
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“A expectativa determina o desenvolvimento de doenças”, afirma. Segundo ele, podemos criar sintomas ou fazê-los desaparecer. Quem lê um artigo que diz que as
radiações eletromagnéticas das antenas de celulares provocam doenças pode sentir dor de cabeça mesmo que a antena esteja desligada. É o chamado efeito . nocebo
“O efeito nocebo ocorre sobretudo quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado. Os efeitos colaterais ficam, então, muito mais fortes”, diz
Heier. “Muitos pacientes com câncer começam a se sentir mal quando entram na sala da quimioterapia, porque inconscientemente esperam sentir náusea após a sessão.”
Medo significa estresse para o corpo e pode debilitar o sistema imunológico. Assim, o corpo fica mais suscetível a infecções e surgem dores que não deveriam existir,
explica o especialista.
Outros estudos confirmam tal fenômeno, como os realizados por médicos das clínicas universitárias de Regensburg e Tübingen. Winfried Häuser, Emil Jansen e Paul Enck
publicaram estudos sobre o efeito nocebo entre 1960 e 2011 em todo o mundo, tendo verificado e compilado os resultados obtidos.
O termo nocebo
, em latim, significa “fazer mal”, enquantoplacebo
significa “agradar”. Trata-se basicamente do mesmo efeito, só que um é negativo, e o outro, positivo.
Ambos afetam as pessoas no ponto que elas menos podem controlar: o subconsciente.
O efeito nocebo geralmente ocorre quando recebemos muitas informações e não conseguimos ordená-las, especialmente ao buscar na internet por doenças e sintomas.
Já a bula dos remédios lista todos os possíveis efeitos colaterais, mesmo que alguns raramente se manifestem, ou seja, em algo como um em cada dez mil pacientes. As
empresas farmacêuticas são, porém, obrigadas a detalhar todas as possibilidades.
Diante disso, a orientação médica precisa é o principal meio de combater o efeito nocebo. Mas até mesmo a comunicação médico-paciente pode desencadear medos, se
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o médico não for cuidadoso. Não escutar com atenção, não fazer contato visual, não levar o paciente a sério ou intimidá-lo pode ser nocivo. O médico também deve ter
cuidado para não usar um tom negativo e criar desconforto. Tudo isso pode ocorrer devido à falta de tempo, à pressão no trabalho ou porque os médicos querem ser
transparentes sobre os possíveis riscos de um tratamento ou operação.
É fundamental que as dúvidas sejam esclarecidas, sempre com cautela, já que não se deve subestimar o impacto das informações sobre o subconsciente.
(http://saude.terra.com.br/doencas-e-tratamentos. Adaptado)
De acordo com o texto, no diálogo com o paciente, o médico deve
É mentira, claro. Quem entra em uma loja tem o sonho de comprar. Falar em olhar é o mesmo que dizer:
– Vê se não enche.
A vendedora era do tipo insistente. Se eu dava dois passos e parava diante de um móvel, corria a abrir as gavetas.
Fugi, constrangido! Joalherias são as piores. Admiro um anelzinho na vitrine. Pode ser um ótimo presente de Natal!
Entro, meio sem jeito com o ambiente em que tudo parece tão caro.
– Sente-se.
– Mas...
Quase me empurra na cadeira. Vai buscar o mostruário. Observo a porta, esperançoso. Poderia sair correndo, perder-me nos corredores do shopping. Tarde demais. Ela
retorna com o tesouro de Ali Babá. Mostra. O tal anelzinho é barato. Sugere uma gargantilha de safira e brincos combinando...
E roupas, então? Vendedor sabe o significado da palavra impulso. É assim: a gente bota uma roupa no provador. Respira fundo para a calça fechar. A barriga parece
sumir. Compra. Em casa, o botão estoura. A camiseta sobe e o umbigo fica de fora!
Recebo de volta um olhar desconfiado. Como pode existir alguém que não veste terno? Conclui que devo estar mentindo.
Suas pupilas se fixam em outro cliente entrando. Ar próspero. Suspira. Leio em sua expressão:
Até em supermercados anda difícil. Estou parado diante dos produtos light, repleto das melhores intenções. Uma demonstradora aproxima-se com a bandejinha lotada de
petiscos.
– Aceita?
Ainda não almocei. Tenho vontade de roubar a bandeja e fugir correndo. Respondo cortesmente:
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Ela sorri e se afasta. Dou dois passos, e ela reaparece na minha frente.
– Aceita?
– Bem...
Apodero-me de quatro torradas e cubro cada uma com um sabor diferente. Rapidamente, ela indica:
Abarroto o carrinho justamente de todos os petiscos que havia jurado nunca mais levar à boca!
Está certo. Não se pode culpar o vendedor. Mas, sinceramente, muitas vezes parece que está aberta a temporada de caça aos clientes! Certos vendedores agarram-se a
mim como carrapato. E o pior: nem me deixam comprar em paz!
a) a demonstradora do supermercado convenceu o narrador a levar os petiscos que, apesar de não conterem gordura, são proibidos para diabéticos como ele.
b) o narrador procura fazer escolhas sensatas em lojas de roupas, pois sabe que compras por impulso já o deixaram frustrado com os resultados.
c) o vendedor da loja de roupas empolgou-se com a chegada de um novo cliente, pois tinha certeza de que este último compraria os ternos mais caros.
d) a vendedora da loja de decoração era insistente e irritou o narrador por ela desconhecer as características dos produtos comercializados.
e) o narrador aprecia passear pelas lojas de shoppings e olhar os produtos, embora frequentemente não compre nenhum produto.
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É mentira, claro. Quem entra em uma loja tem o sonho de comprar. Falar em olhar é o mesmo que dizer:
– Vê se não enche.
A vendedora era do tipo insistente. Se eu dava dois passos e parava diante de um móvel, corria a abrir as gavetas.
Fugi, constrangido! Joalherias são as piores. Admiro um anelzinho na vitrine. Pode ser um ótimo presente de Natal!
Entro, meio sem jeito com o ambiente em que tudo parece tão caro.
– Sente-se.
– Mas...
Quase me empurra na cadeira. Vai buscar o mostruário. Observo a porta, esperançoso. Poderia sair correndo, perder-me nos corredores do shopping. Tarde demais. Ela
retorna com o tesouro de Ali Babá. Mostra. O tal anelzinho é barato. Sugere uma gargantilha de safira e brincos combinando...
E roupas, então? Vendedor sabe o significado da palavra impulso. É assim: a gente bota uma roupa no provador. Respira fundo para a calça fechar. A barriga parece
sumir. Compra. Em casa, o botão estoura. A camiseta sobe e o umbigo fica de fora!
Recebo de volta um olhar desconfiado. Como pode existir alguém que não veste terno? Conclui que devo estar mentindo.
Suas pupilas se fixam em outro cliente entrando. Ar próspero. Suspira. Leio em sua expressão:
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Até em supermercados anda difícil. Estou parado diante dos produtos light, repleto das melhores intenções. Uma demonstradora aproxima-se com a bandejinha lotada de
petiscos.
– Aceita?
Ainda não almocei. Tenho vontade de roubar a bandeja e fugir correndo. Respondo cortesmente:
Ela sorri e se afasta. Dou dois passos, e ela reaparece na minha frente.
– Aceita?
– Bem...
Apodero-me de quatro torradas e cubro cada uma com um sabor diferente. Rapidamente, ela indica:
Abarroto o carrinho justamente de todos os petiscos que havia jurado nunca mais levar à boca!
Está certo. Não se pode culpar o vendedor. Mas, sinceramente, muitas vezes parece que está aberta a temporada de caça aos clientes! Certos vendedores agarram-se a
mim como carrapato. E o pior: nem me deixam comprar em paz!
a) nota que o narrador é vaidoso e não resistirá a adquirir um anel para si mesmo.
b) mostra ao narrador outros anéis cujo valor é semelhante ao do anel visto por ele na vitrine.
c) percebe que o narrador é um homem rico e acabará adquirindo uma das joias mais caras da loja.
d) traz, além do anel, outras peças para mostrar a ele e induzi-lo a ampliar a compra.
e) reconhece que o narrador tem bom gosto, por isso traz um mostruário com peças exclusivas e de grife.
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a) Pela sequência de ações, exposta por meio de gradação, percebe-se que a personagem tem perdido poder aquisitivo.
b) Na terceira cena, nota-se que a personagem opta por produtos orgânicos, pois estes são mais baratos que os industrializados.
c) A personagem mora em uma cidade que, apesar de pequena, possui cadeias de supermercados que oferecem preços mais convidativos.
d) Apesar da redução gradativa de suas compras, as feições da personagem evidenciam sua indiferença em relação à alta dos preços.
e) Na primeira cena, constata-se que a personagem compra em excesso e se restringe a produtos que não são de primeira necessidade.
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A odontologia moderna conscientiza a população sobre a importância da prevenção e da incorporação da saúde bucal para o bem-estar geral de um indivíduo. O dentista
é visto não mais como o profissional das obturações, mas com importante papel para diagnósticos e tratamentos de doenças que vão muito além da boca, como o
diabetes e o câncer.
Para tranquilidade da população brasileira, o país concentra o maior número de dentistas do mundo. Existem cerca de 21.700 equipes de Saúde Bucal (ESBs), o que
representa um aumento de 388% em relação a 2002. Embora isso ocorra, dados recentes publicados pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO) revelam que 27
milhões de brasileiros nunca foram ao dentista. Segundo o presidente da ABO, Newton Miranda de Carvalho, isso ocorre por falta de informação ou por falta de acesso.
“A má distribuição geográfica é o problema”, afirma.
Para o dentista Flavio Goulart, muitos ainda não têm consciência de que o check-up odontológico é a forma mais inteligente de cuidar da saúde bucal. “Caso a pessoa
procure um profissional a cada seis meses, dificilmente haverá um problema sério a ser tratado, e o tratamento fica praticamente indolor e muito mais fácil”, diz.
Goulart ressalta que não é só a saúde dos dentes que está em jogo quando a visita ao dentista não está em dia. “Algumas doenças sistêmicas também podem ser
evitadas, como diabetes, endocardites, hipertensão e doenças pulmonares”.
Em 2003, quando foi divulgada a primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil), quase 27% das crianças brasileiras de 18 a 36 meses apresentaram
pelo menos um dente de leite com cárie, sendo que a proporção chegava a quase 60% nas crianças de cinco anos de idade. Entretanto, na última edição, finalizada em
2010 pelo Ministério da Saúde, o Brasil já entrou para o grupo de países com baixa prevalência de cárie, classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
a) o Brasil concentra o maior número de dentistas, e estes estão distribuídos adequadamente por todas as regiões do país.
b) a baixa incidência de cárie é um resultado positivo para o país, apesar da constatação de que milhões de brasileiros nunca fizeram acompanhamento odontológico.
c) o aumento significativo do número de dentistas é consequência dos altos ganhos salariais que têm superado os de outras especialidades médicas.
d) a regularidade na visita ao profissional de odontologia reduz as chances de a pessoa contrair doenças contagiosas como diabetes.
e) a odontologia, atualmente, tem como prioridade incentivar a formação de profissionais especializados em tratamentos estéticos.
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Essa é uma definição bem simples, e prática, da ansiedade: nossa capacidade de reagirmos desde já, física e mentalmente, a um estresse que ainda não existe fora de
nossas cabeças, mas que antecipamos para algum lugar do futuro.
A resposta à mera expectativa do estresse tem tudo para ser boa. Do lado do cérebro, já nos deixa mais alertas, lembrando-nos repetidamente do problema, do que
sabemos sobre ele e, sobretudo, de como o resolver.
O hipocampo, que representa memórias recentes, trata de manter ativa na mente a sua lista de tarefas a fazer e de problemas a solucionar, e ainda aciona o locus
coeruleus
, o “lugar azul” do cérebro, que serve como um alarme interno e não deixa você se esquecer do assunto a resolver.
Daí, provavelmente, a sensação de tensão mental: seu cérebro antecipa que terá um problema com o qual lidar e começa a se preparar, o que aumenta bastante as
chances de resolver o problema, se e quando ele se materializar.
Do lado do corpo, o cérebro organiza nele um estado de alta disponibilidade de energia, deixando também seus músculos mais tensos e prontos para a ação.
Um dos primeiros a se tensionar é o trapézio, que liga seus ombros à nuca – exatamente aquele que você sente ficar rígido e dolorido quando está muito ansioso.
A má notícia sobre a ansiedade é que, como o problema antecipado ainda está somente dentro da sua cabeça, ele tem o tamanho que seu cérebro quiser, por isso a
ansiedade pode fugir ao controle e tomar proporções exageradas.
A boa notícia, contudo, é justamente que pela ansiedade ter o tamanho que seu cérebro quiser, está ao seu alcance mantê-la em xeque.
Informações sobre o problema ajudam o cérebro a ser realista e manter o kit de habilidades cognitivas atualizado e afiado, o que nos proporciona uma sensação de
capacidade intelectual e controle da situação.
Ajuda, também, fazer exercícios físicos, contar com carinho e apoio moral de pessoas queridas e, se a ansiedade chegar a extremos, não hesitar em procurar apoio
médico.
a) os problemas relacionados ao estresse e à ansiedade devem ser resolvidos pela própria pessoa, visto que familiares e amigos não têm como ajudar nessas
situações.
b) a ansiedade, desde que sob controle, é um processo cerebral que permite ao indivíduo reunir energia e condições para enfrentar possíveis problemas.
c) o hipocampo é responsável por nos manter alertas diante de um provável problema, pois é nessa região do cérebro que estão ativas todas as lembranças do
indivíduo.
d) a boa notícia no tratamento contra a ansiedade é que hoje há uma gama de medicamentos disponíveis para o caso e eles não apresentam efeitos colaterais.
e) o estresse é consequência do excesso de informações equivocadas e irreais que o cérebro cria espontaneamente, embora o problema já tenha sido solucionado.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) pretende se relacionar virtualmente com um cliente da agência e espera que o gerente lhe dê informações sobre essa pessoa.
b) deixa o gerente visivelmente entusiasmado, pois, graças a ela, ele realizará uma transação que envolve alta soma em dinheiro.
c) é muito jovem e, por isso, quer investir um valor razoável todo mês para ter um futuro estável financeiramente.
d) quer saber se há um serviço bancário que lhe garanta evitar os sofrimentos e angústias que, muitas vezes, fazem parte das relações amorosas.
e) deseja receber rapidamente a indenização que seu ex-marido lhe deve por causa do divórcio assinado recentemente.
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Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
Assinale a alternativa contendo passagem em que o autor simula dialogar com o leitor.
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
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última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
No primeiro parágrafo, para reforçar a ideia que quer transmitir, o autor se expressa por meio de uma incoerência. Assinale a alternativa com a passagem que demonstra
essa afirmação.
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
É correto afirmar que, no primeiro parágrafo, o autor traça um contraste entre as posturas do cliente e do garçom, contrapondo a
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
Infere-se, da exposição de ideias, que o autor compõe retratos bem-humorados de dois tipos,
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b) prestigiando o garçom, cuja atitude classifica de inadequada, em diversas passagens.
c) identificando-se com as atitudes do cliente, apesar de expressar antipatia por aquele.
d) tomando partido do garçom, pois, como este, o autor também é carioca.
e) ironizando os comportamentos de ambos, embora ele também seja paulista.
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Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: (2.º parágrafo) – leva a
concluir, corretamente, que a menção a
Veja, aí estão eles, a bailar seu diabólico “pas de deux” (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braços num agônico polichinelo;
encostado à parede, marmóreo e impassível, o garçom carioca o ignora com redobrada atenção. O paulista estrebucha: “Amigô?!”, “Chefê?!”, “Parceirô?!”; o garçom
boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.
Eu disse “cliente paulista”, percebo a redundância: o paulista é sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações
sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando não garantirá a atenção do garçom
carioca? Como pode o ignóbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletários, compreender o discreto charme da aristocracia?
Sim, meu caro paulista: o garçom carioca é antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trás da carapinha entediada, do descaso e da gravata
borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tônicas para Vinicius e
caipirinhas para Sinatra, uísques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autógrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com
Roberto Carlos e ouve conselhos de João Gilberto. Continua tão nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.
Até que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatênis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste é um crachá
universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otááário, nenhum emblema preencherá o vazio que carregas no peito - pensa o garçom, antes de conduzi-lo à
última mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquecê-lo para todo o sempre.
Veja, veja como ele se debate, como se debaterá amanhã, depois de amanhã e até a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das várzeas do Tietê,
onde a desigualdade é tão mais organizada: “Ô, companheirô, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardápio?!”. Acalme-se, conterrâneo. Acostume-se com sua
existência plebeia. O garçom carioca não está aí para servi-lo, você é que foi ao restaurante para homenageá-lo.
( Antonio Prata, Cliente paulista, garçom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013)
(*) Um tipo de coreografia, de dança.
Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
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Questão 76: VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/"Interior"/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto, para responder à questão.
Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade, na qual a informação é disposta em um ambiente no qual
pode ser acessada de forma não linear. Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas previamente estabelecidas.
Quando o cientista Vannevar Bush, na década de 40, concebeu a ideia de hipertexto, pensava, na verdade, na necessidade de substituir os métodos existentes de
disponibilização e recuperação de informações ligadas especialmente à pesquisa acadêmica, que eram lineares, por sistemas de indexação e arquivamento que
funcionassem por associação de ideias, seguindo o modelo de funcionamento da mente humana. O cientista, ao que parece, importava-se com a criação de um sistema
que fosse como uma “máquina poética”, algo que funcionasse por analogia e associação, máquinas que capturassem o brilhantismo anárquico da imaginação humana.
Parece não ser obra do acaso que a ideia inicial de Bush tenha sido conceituada como hipertexto 20 anos depois de seu artigo fundador, exatamente ligada à concepção
de um grande sistema de textos que pudessem estar disponíveis em rede. Na década de 60, o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar
um grande número de obras literárias, com a possibilidade de interconexão entre elas. Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do
mundo, numa rede de publicação hipertextual universal e instantânea. Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um
enorme arquivo virtual.
Embora se trate de um texto predominantemente informativo, é correto afirmar que o autor faz uma inferência, expressando sua opinião, ao dizer:
a) O cientista, ao que parece, importava-se com a criação de um sistema que fosse como uma “máquina poética”.
b) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo, numa rede.
c) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação.
d) A informação é disposta em um ambiente no qual pode ser acessada de forma não linear.
e) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade.
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A disseminação do conceito de boas práticas corporativas, que ganhou força nos últimos anos, fez surgir uma estrada sem volta no cenário global e, consequentemente,
no Brasil. Nesse contexto, governos e empresas estão fechando o cerco contra a corrupção e a fraude, valendo-se dos mais variados mecanismos: leis severas, normas
de mercado e boas práticas de gestão de riscos. Isso porque se cristalizou a compreensão de que atos ilícitos vão além de comprometer relações comerciais e o próprio
Eles representam dano efetivo à reputação empresarial frente ao mercado e aos investidores, que exigem cada vez mais transparência e, em casos
caixa das empresas.
extremos, acabam em investigações e litígios judiciais que podem levar executivos à cadeia.
(Fernando Porfírio, Pela solidez nas organizações.
Em Mundo corporativo n.º 28, abril-junho 2010)
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A parte final do texto, destacada em itálico, coloca-se para a afirmação que a antecede como
A ética da fila
SÃO PAULO – Escritórios da avenida Faria Lima, em São Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de seus profissionais nas ruas das imediações. O
custo mensal fica bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar seus serviços
seria o equivalente de pagar alguém para ficar na fila em seu lugar. Isso é ético?
Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa pelo menos duas pessoas mais felizes
(quem evitou a espera e o sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo o mundo pensa assim.
Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard, dublês de fila, ao forçar que o critério de
distribuição de vagas deixe de ser a ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam corrompendo as instituições.
Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera a fila. Universidades tendem a oferecer
vagas com base no mérito, já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por alguma
fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resultado final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais acentuadas.
Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proibição da prostituição e da barriga de aluguel,
por exemplo, que me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor-se à destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos casos é preciso
eleger um padrão universal a ser preservado, o que exige a criação de uma espécie de moral oficial – e isso é para lá de problemático.
a) perturbado com a situação das grandes cidades, onde se acabam criando situações perversas à maioria dos cidadãos.
b) favorável aos guardadores de vagas nas filas, uma vez que o pacto entre as partes traduz-se em resultados que satisfazem a ambas.
c) preocupado com os profissionais dos escritórios da Faria Lima, que acabam sendo explorados pelos flanelinhas.
d) indignado com a exploração sofrida pelos flanelinhas, que fazem trabalho semelhante ao dos estacionamentos e recebem menos.
e) indiferente às necessidades dos guardadores de vagas nas filas, pois eles priorizam vantagens econômicas frente às necessidades alheias.
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A ética da fila
SÃO PAULO – Escritórios da avenida Faria Lima, em São Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de seus profissionais nas ruas das imediações. O
custo mensal fica bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar seus serviços
seria o equivalente de pagar alguém para ficar na fila em seu lugar. Isso é ético?
Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa pelo menos duas pessoas mais felizes
(quem evitou a espera e o sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo o mundo pensa assim.
Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard, dublês de fila, ao forçar que o critério de
distribuição de vagas deixe de ser a ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam corrompendo as instituições.
Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera a fila. Universidades tendem a oferecer
vagas com base no mérito, já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por alguma
fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resultado final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais acentuadas.
Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proibição da prostituição e da barriga de aluguel,
por exemplo, que me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor-se à destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos casos é preciso
eleger um padrão universal a ser preservado, o que exige a criação de uma espécie de moral oficial – e isso é para lá de problemático.
a) venda de uma vaga de uma pessoa a outra, sendo que aquela ficou na fila com intenção comercial. O autor do texto concorda com esse posicionamento de
Sandel.
b) comercialização de uma prática que consiste no pagamento a uma pessoa para que ela fique em seu lugar em uma fila. O autor do texto discorda desse
posicionamento de Sandel.
c) criação de uma legislação que normatize a venda de vagas de uma fila de uma pessoa a outra. O autor do texto discorda desse posicionamento de Sandel.
d) falta de incentivo para que a pessoa fique em uma vaga e, posteriormente, comercialize-a com quem precise. O autor do texto discorda desse posicionamento de
Sandel.
e) falta de legislação específica no que se refere à venda de uma vaga de uma pessoa que ficou em uma fila guardando lugar a outra. O autor do texto concorda com
esse posicionamento de Sandel.
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Questão 81: VUNESP - ContJ (TJ SP)/TJ SP/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
A ética da fila
SÃO PAULO – Escritórios da avenida Faria Lima, em São Paulo, estão contratando flanelinhas para estacionar os carros de seus profissionais nas ruas das imediações. O
custo mensal fica bem abaixo do de um estacionamento regular. Imaginando que os guardadores não violem nenhuma lei nem regra de trânsito, utilizar seus serviços
seria o equivalente de pagar alguém para ficar na fila em seu lugar. Isso é ético?
Como não resisto aos apelos do utilitarismo, não vejo grandes problemas nesse tipo de acerto. Ele não prejudica ninguém e deixa pelo menos duas pessoas mais felizes
(quem evitou a espera e o sujeito que recebeu para ficar parado). Mas é claro que nem todo o mundo pensa assim.
Michael Sandel, em “O que o Dinheiro Não Compra”, levanta bons argumentos contra a prática. Para o professor de Harvard, dublês de fila, ao forçar que o critério de
distribuição de vagas deixe de ser a ordem de chegada para tornar-se monetário, acabam corrompendo as instituições.
Diferentes bens são repartidos segundo diferentes regras. Num leilão, o que vale é o maior lance, mas no cinema prepondera a fila. Universidades tendem a oferecer
vagas com base no mérito, já prontos-socorros ordenam tudo pela gravidade. O problema com o dinheiro é que ele é eficiente demais. Sempre que entra por alguma
fresta, logo se sobrepõe a critérios alternativos e o resultado final é uma sociedade na qual as diferenças entre ricos e pobres se tornam cada vez mais acentuadas.
Não discordo do diagnóstico, mas vejo dificuldades. Para começar, os argumentos de Sandel também recomendam a proibição da prostituição e da barriga de aluguel,
por exemplo, que me parecem atividades legítimas. Mais importante, para opor-se à destruição de valores ocasionada pela monetização, em muitos casos é preciso
eleger um padrão universal a ser preservado, o que exige a criação de uma espécie de moral oficial – e isso é para lá de problemático.
a) cria caminhos alternativos para ações eficientes, minimizando as diferenças sociais e resguardando as instituições.
b) anda por diversos caminhos para ser eficiente, rechaçando as diferenças sociais e preservando as instituições.
c) está na base dos caminhos eficientes, visando combater as diferenças sociais e a corrupção das instituições.
d) é eficiente e abre caminhos, mas reforça as desigualdades sociais e corrompe as instituições.
e) percorre vários caminhos sem ser eficiente, pois deixa de lado as desigualdades sociais e a corrupção das instituições.
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Começo distraidamente a ler um livro. Contribuo com alguns pensamentos, julgo entender o que está escrito porque conheço a língua e as coisas indicadas pelas
palavras, assim como sei identificar as experiências ali relatadas. Escritor e leitor possuem o mesmo repertório disponível de palavras, coisas, fatos, experiências,
depositados pela cultura instituída e sedimentados no mundo de ambos.
De repente, porém, algumas palavras me “pegam”. Insensivelmente, o escritor as desviou de seu sentido comum e costumeiro e elas me arrastam, como num
turbilhão, para um sentido novo, que alcanço apenas graças a elas. O escritor me invade, passo a pensar de dentro dele e não apenas com ele, ele se pensa em mim ao
falar em mim com palavras cujo sentido ele fez mudar. O livro que eu parecia soberanamente dominar apossa-se de mim, interpela-me, arrasta-me para o que eu não
sabia, para o novo. O escritor não convida quem o lê a reencontrar o que já sabia, mas toca nas significações existentes para torná-las destoantes, estranhas, e para
conquistar, por virtude
dessa estranheza, uma nova harmonia que se aposse do leitor.
Ler, escreve Merleau-Ponty, é fazer a experiência da “retomada do pensamento de outrem através de sua palavra”, é uma reflexão em outrem, que enriquece nossos
próprios pensamentos. Por isso, prossegue Merleau-Ponty, “começo a compreender uma filosofia deslizando para dentro dela, na maneira de existir de seu pensamento”,
isto é, em seu discurso.
(Marilena Chauí, Prefácio. Em: Jairo Marçal, Antologia de Textos Filosóficos. Adaptado)
Com base nas palavras de Marilena Chauí, entende-se que ler é
Começo distraidamente a ler um livro. Contribuo com alguns pensamentos, julgo entender o que está escrito porque conheço a língua e as coisas indicadas pelas
palavras, assim como sei identificar as experiências ali relatadas. Escritor e leitor possuem o mesmo repertório disponível de palavras, coisas, fatos, experiências,
depositados pela cultura instituída e sedimentados no mundo de ambos.
De repente, porém, algumas palavras me “pegam”. Insensivelmente, o escritor as desviou de seu sentido comum e costumeiro e elas me arrastam, como num
turbilhão, para um sentido novo, que alcanço apenas graças a elas. O escritor me invade, passo a pensar de dentro dele e não apenas com ele, ele se pensa em mim ao
falar em mim com palavras cujo sentido ele fez mudar. O livro que eu parecia soberanamente dominar apossa-se de mim, interpela-me, arrasta-me para o que eu não
sabia, para o novo. O escritor não convida quem o lê a reencontrar o que já sabia, mas toca nas significações existentes para torná-las destoantes, estranhas, e para
conquistar, por virtude
dessa estranheza, uma nova harmonia que se aposse do leitor.
Ler, escreve Merleau-Ponty, é fazer a experiência da “retomada do pensamento de outrem através de sua palavra”, é uma reflexão em outrem, que enriquece nossos
próprios pensamentos. Por isso, prossegue Merleau-Ponty, “começo a compreender uma filosofia deslizando para dentro dela, na maneira de existir de seu pensamento”,
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isto é, em seu discurso.
(Marilena Chauí, Prefácio. Em: Jairo Marçal, Antologia de Textos Filosóficos. Adaptado)
Com a frase – O escritor me invade, passo a pensar de dentro dele e não apenas com ele... – (2.º parágrafo), a autora revela que
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um lado da mesa, a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir
sua retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa que um livro sobre D. Pedro 1.º pode ser embargado por algum contraparente da família real que discorde de um possível tratamento menos nobre do
imperador. Ou que uma tetra-tetra-tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e na
Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
As informações textuais mostram que, em determinados contextos, os preceitos da Constituição e os do Código Civil
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um lado da mesa, a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir
sua retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa que um livro sobre D. Pedro 1.º pode ser embargado por algum contraparente da família real que discorde de um possível tratamento menos nobre do
imperador. Ou que uma tetra-tetra-tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e na
Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
O título, em harmonia e coerência com as informações textuais, reporta à
Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um lado da mesa, a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir
sua retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa que um livro sobre D. Pedro 1.º pode ser embargado por algum contraparente da família real que discorde de um possível tratamento menos nobre do
imperador. Ou que uma tetra-tetra-tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e na
Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
Emprega-se a linguagem figurada na seguinte passagem do texto:
a) ... o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade.
b) ... mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
c) A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente...
d) ... a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de imprensa e de acesso à informação.
e) É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
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Vovó cortesã
RIO DE JANEIRO – Parece uma queda travada pelos dois braços de uma só pessoa. De um lado da mesa, a Constituição, que garante a liberdade de expressão, de
imprensa e de acesso à informação. Do outro, o Código Civil, que garante ao cidadão o direito à privacidade e o protege de agressões à sua honra e intimidade. Dito
assim, parece perfeito – mas os copos e garrafas afastados para os lados, abrindo espaço para a luta, não param em cima da mesa.
A Constituição provê que os historiadores e biógrafos se voltem para a história do país e reconstituam seu passado ou presente em narrativas urdidas ao redor de
protagonistas e coadjuvantes. Já o Código Civil, em seu artigo 20, faz com que não apenas o protagonista tenha amparo na lei para se insurgir contra um livro e exigir
sua retirada do mercado, como estende essa possibilidade a coadjuvantes de quarta grandeza ou a seus herdeiros.
Significa que um livro sobre D. Pedro 1.º pode ser embargado por algum contraparente da família real que discorde de um possível tratamento menos nobre do
imperador. Ou que uma tetra-tetra-tetraneta de qualquer amante secundária de D. Pedro não goste de ver sua remota avó sendo chamada de cortesã – mesmo que, na
época, isso fosse de domínio público –, e parta para tentar proibir o livro.
Quando se comenta com estrangeiros sobre essa permanente ameaça às biografias no Brasil, a reação é: “Sério? Que ridículo!”. E somos obrigados a ouvir. Nos EUA e na
Europa, se alguém se sente ofendido por uma biografia, processa o autor se quiser, mas o livro segue em frente, à espera de outro que o desminta. A liberdade de
expressão é soberana.
É a que se propõe a Associação Nacional dos Editores de Livros: arguir no Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do artigo 20 do Código Civil.
(Folha de S.Paulo, 17.08.2012. Adaptado)
A frase dos estrangeiros – “Sério? Que ridículo!” – indica que eles
Madrugada
Duas horas da manhã. Às sete, devia estar no aeroporto. Foi quando me lembrei de que, na pressa daquela manhã, ao sair do hotel, deixara no banheiro o meu creme
dental. Examinei a rua. Nenhuma farmácia aberta. Dei meia volta, rumei por uma avenida qualquer, o passo mole e sem pressa, no silêncio da noite. Alguma farmácia
haveria de plantão... Rua deserta. Dois ou três quarteirões mais além, um guarda. Ele me daria indicação. Deu. Farmácia Metrópole, em rua cujo nome não guardei.
Dez ou doze quarteirões. A noite era minha. Lá fui. Pouco além, dois tipos cambaleavam. Palavras vazias no espaço cansado. Atravessei, cauteloso, para a calçada
fronteira. E já me esquecera dos companheiros eventuais da noite sem importância, quando estremeci, ao perceber, pelas pisadinhas leves, um cachorro atrás de mim.
Tenho velho horror a cães desconhecidos. Quase igual ao horror pelos cães conhecidos, ou de conhecidos, cuja lambida fria, na intimidade que lhes tenho sido obrigado a
conceder, tantas vezes, me provoca uma incontrolável repugnância.
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Senti um frio no estômago. Confesso que me bambeou a perna. Que desejava de mim aquele cão ainda não visto, evidentemente à minha procura? Os meus bêbados
haviam dobrado uma esquina. Estávamos na rua apenas eu e aqueles passos cada vez mais próximos. Minha primeira reação foi apressar a marcha. Mas desde criança
me ensinaram que correr é pior. Cachorro é como gente: cresce para quem se revela o mais fraco. Dominei- me, portanto, só eu sei com que medo. O bicho estava
perto. Ia atacar-me a barriga da perna? Passou-me pela cabeça o grave da situação. Que seria de mim, atacado por um cão feroz numa via deserta, em plena
madrugada, na cidade estranha? Como me arranjaria? Como reagiria? Como lutar contra o monstro, sem pedra nem pau, duas coisas tão úteis banidas pela vida urbana?
Nunca me senti tão pequeno. Eu estava só, na rua e no mundo. Ou melhor, a rua e o mundo estavam cheios, cheios daqueles passos cada vez mais vizinhos. Sim,
vinham chegando. Não fui atacado, porém. O animal já estava ao meu lado, teque-teque, os passinhos sutis.Bem... Era um desconhecido inofensivo. Nada queria comigo.
Era um cão notívago, alma boêmia como tantos homens, cão sem teto que despertara numa soleira de porta e sentira fome. Com certeza, saindo em busca de latas de
lixo e comida ao relento.
Um doce alívio me tomou. Logo ele estaria dois, três, dez, muitos passinhos miúdos e leves cada vez mais à frente, cada vez mais longe... Não se prolongou, porém, a
repousante sensação. O animal continuava a meu lado, acertando o passo com o meu – teque-teque, nós dois sozinhos, cada vez mais sós... Apressei a marcha.
Lá foi ele comigo. Diminuí. O bichinho também. Não o olhara ainda. Sabia que ele estava a meu lado. Os passos o diziam. O vulto. Pelo canto do olho senti que ele não
me olhava também, o focinho para a frente, o caminhar tranquilo, muito suave, na calçada larga.
a) comicidade, ao encontrar um cachorro realmente perigoso, mas que por sorte não o atacou.
b) saudosismo, ao pensar nos cachorros assemelhados aos seres humanos.
c) delírio, ao relembrar os perigos vividos ao ser atacado por cachorros conhecidos e desconhecidos.
d) temor, ao sair de madrugada pelas ruas e ser acompanhado de um cachorro.
e) pavor, ao deparar-se com um cachorro violento que o persegue na madrugada.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/140696
Madrugada
Duas horas da manhã. Às sete, devia estar no aeroporto. Foi quando me lembrei de que, na pressa daquela manhã, ao sair do hotel, deixara no banheiro o meu creme
dental. Examinei a rua. Nenhuma farmácia aberta. Dei meia volta, rumei por uma avenida qualquer, o passo mole e sem pressa, no silêncio da noite. Alguma farmácia
haveria de plantão... Rua deserta. Dois ou três quarteirões mais além, um guarda. Ele me daria indicação. Deu. Farmácia Metrópole, em rua cujo nome não guardei.
Dez ou doze quarteirões. A noite era minha. Lá fui. Pouco além, dois tipos cambaleavam. Palavras vazias no espaço cansado. Atravessei, cauteloso, para a calçada
fronteira. E já me esquecera dos companheiros eventuais da noite sem importância, quando estremeci, ao perceber, pelas pisadinhas leves, um cachorro atrás de mim.
Tenho velho horror a cães desconhecidos. Quase igual ao horror pelos cães conhecidos, ou de conhecidos, cuja lambida fria, na intimidade que lhes tenho sido obrigado a
conceder, tantas vezes, me provoca uma incontrolável repugnância.
Senti um frio no estômago. Confesso que me bambeou a perna. Que desejava de mim aquele cão ainda não visto, evidentemente à minha procura? Os meus bêbados
haviam dobrado uma esquina. Estávamos na rua apenas eu e aqueles passos cada vez mais próximos. Minha primeira reação foi apressar a marcha. Mas desde criança
me ensinaram que correr é pior. Cachorro é como gente: cresce para quem se revela o mais fraco. Dominei- me, portanto, só eu sei com que medo. O bicho estava
perto. Ia atacar-me a barriga da perna? Passou-me pela cabeça o grave da situação. Que seria de mim, atacado por um cão feroz numa via deserta, em plena
madrugada, na cidade estranha? Como me arranjaria? Como reagiria? Como lutar contra o monstro, sem pedra nem pau, duas coisas tão úteis banidas pela vida urbana?
Nunca me senti tão pequeno. Eu estava só, na rua e no mundo. Ou melhor, a rua e o mundo estavam cheios, cheios daqueles passos cada vez mais vizinhos. Sim,
vinham chegando. Não fui atacado, porém. O animal já estava ao meu lado, teque-teque, os passinhos sutis.Bem... Era um desconhecido inofensivo. Nada queria comigo.
Era um cão notívago, alma boêmia como tantos homens, cão sem teto que despertara numa soleira de porta e sentira fome. Com certeza, saindo em busca de latas de
lixo e comida ao relento.
Um doce alívio me tomou. Logo ele estaria dois, três, dez, muitos passinhos miúdos e leves cada vez mais à frente, cada vez mais longe... Não se prolongou, porém, a
repousante sensação. O animal continuava a meu lado, acertando o passo com o meu – teque-teque, nós dois sozinhos, cada vez mais sós... Apressei a marcha.
Lá foi ele comigo. Diminuí. O bichinho também. Não o olhara ainda. Sabia que ele estava a meu lado. Os passos o diziam. O vulto. Pelo canto do olho senti que ele não
me olhava também, o focinho para a frente, o caminhar tranquilo, muito suave, na calçada larga.
Madrugada
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dental. Examinei a rua. Nenhuma farmácia aberta. Dei meia volta, rumei por uma avenida qualquer, o passo mole e sem pressa, no silêncio da noite. Alguma farmácia
haveria de plantão... Rua deserta. Dois ou três quarteirões mais além, um guarda. Ele me daria indicação. Deu. Farmácia Metrópole, em rua cujo nome não guardei.
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Dez ou doze quarteirões. A noite era minha. Lá fui. Pouco além, dois tipos cambaleavam. Palavras vazias no espaço cansado. Atravessei, cauteloso, para a calçada
fronteira. E já me esquecera dos companheiros eventuais da noite sem importância, quando estremeci, ao perceber, pelas pisadinhas leves, um cachorro atrás de mim.
Tenho velho horror a cães desconhecidos. Quase igual ao horror pelos cães conhecidos, ou de conhecidos, cuja lambida fria, na intimidade que lhes tenho sido obrigado a
conceder, tantas vezes, me provoca uma incontrolável repugnância.
Senti um frio no estômago. Confesso que me bambeou a perna. Que desejava de mim aquele cão ainda não visto, evidentemente à minha procura? Os meus bêbados
haviam dobrado uma esquina. Estávamos na rua apenas eu e aqueles passos cada vez mais próximos. Minha primeira reação foi apressar a marcha. Mas desde criança
me ensinaram que correr é pior. Cachorro é como gente: cresce para quem se revela o mais fraco. Dominei- me, portanto, só eu sei com que medo. O bicho estava
perto. Ia atacar-me a barriga da perna? Passou-me pela cabeça o grave da situação. Que seria de mim, atacado por um cão feroz numa via deserta, em plena
madrugada, na cidade estranha? Como me arranjaria? Como reagiria? Como lutar contra o monstro, sem pedra nem pau, duas coisas tão úteis banidas pela vida urbana?
Nunca me senti tão pequeno. Eu estava só, na rua e no mundo. Ou melhor, a rua e o mundo estavam cheios, cheios daqueles passos cada vez mais vizinhos. Sim,
vinham chegando. Não fui atacado, porém. O animal já estava ao meu lado, teque-teque, os passinhos sutis.Bem... Era um desconhecido inofensivo. Nada queria comigo.
Era um cão notívago, alma boêmia como tantos homens, cão sem teto que despertara numa soleira de porta e sentira fome. Com certeza, saindo em busca de latas de
lixo e comida ao relento.
Um doce alívio me tomou. Logo ele estaria dois, três, dez, muitos passinhos miúdos e leves cada vez mais à frente, cada vez mais longe... Não se prolongou, porém, a
repousante sensação. O animal continuava a meu lado, acertando o passo com o meu – teque-teque, nós dois sozinhos, cada vez mais sós... Apressei a marcha.
Lá foi ele comigo. Diminuí. O bichinho também. Não o olhara ainda. Sabia que ele estava a meu lado. Os passos o diziam. O vulto. Pelo canto do olho senti que ele não
me olhava também, o focinho para a frente, o caminhar tranquilo, muito suave, na calçada larga.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior
facilidade de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o investimento em transporte
coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme
investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em
outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento
das atividades para diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter esse processo de uso cada vez mais
intenso do transporte individual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população.
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Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior
facilidade de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o investimento em transporte
coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme
investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em
outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento
das atividades para diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter esse processo de uso cada vez mais
intenso do transporte individual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior
facilidade de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o investimento em transporte
coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme
investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em
outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento
das atividades para diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter esse processo de uso cada vez mais
intenso do transporte individual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior
facilidade de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o investimento em transporte
coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
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Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme
investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em
outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento
das atividades para diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter esse processo de uso cada vez mais
intenso do transporte individual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior
facilidade de deslocamento.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o investimento em transporte
coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme
investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em
outras grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento
das atividades para diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível reverter esse processo de uso cada vez mais
intenso do transporte individual, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel, mas também da necessidade de maior número de viagens em função da
distância cada vez maior entre os destinos da população.
a) hipótese e concessão.
b) conformidade e negação.
c) causa e consequência.
d) alternância e explicação.
e) comparação e adição.
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Metrópoles desenvolvidas arcam com parte do custo do transporte público. Fazem-no não só por populismo dos políticos locais mas também para imprimir mais eficiência
ao sistema. E, se a discussão se dá em termos de definir o nível ideal de subsídio, a gratuidade deixa de ser um delírio para tornar-se a posição mais extrema num leque
de possibilidades.
Sou contra a tarifa zero, porque ela traz uma outra classe de problemas que já foi bem analisada pelo pessoal da teoria dos jogos: se não houver pagamento individual,
aumenta a tendência de as pessoas usarem ônibus até para andar de uma esquina a outra, o que é ruim para o sistema e para a saúde.
Para complicar mais, vale lembrar que a discussão surge no contexto de prefeituras com orçamentos apertados e áreas ainda mais prioritárias como educação e saúde
para atender.
a) o uso indiscriminado dos ônibus poderia comprometer o atual modal de transporte urbano.
b) a qualidade do sistema de transporte urbano requer ínfimos investimentos para funcionar.
c) a população pode querer tarifas zero em outros serviços públicos essenciais.
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d) o pagamento individual aumenta a tendência de as pessoas usarem o transporte urbano.
e) a redução na tarifa implicaria melhoria no sistema de transportes e prejuízos à saúde.
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Um falso dilema tomou conta do mercado brasileiro de trabalho diante da escalada sistemática de oferta de vagas e ausência de candidatos para preenchê-las. Importar
ou não mão de obra de fora, eis a questão. Gastaram-se horas em debates e movimentos de resistência contra uma alternativa que parece inevitável. O caso da
contratação de seis mil médicos estrangeiros para distribuí-los por regiões mais remotas do Brasil gerou uma celeuma sem-fim sobre a qualidade da formação desses
candidatos, necessidade de testes adicionais de conhecimento, dificuldades com a língua etc. E no “deixa disso” esqueceu-se de abordar o básico: como resolver o
problema do apagão de profissionais qualificados, em vários níveis de ensino, inclusive o técnico, que está prejudicando o desenvolvimento adequado da produção
nacional?
a) a preocupação com a contratação dos médicos estrangeiros soma-se à de profissionais qualificados em vários níveis de ensino, inclusive o técnico, necessários à
produção nacional.
b) a dispersão decorrente dos debates sobre a questão deixa de considerar questões mais diretas, como, por exemplo, a qualidade da formação desses candidatos
estrangeiros.
c) a falta de profissionais qualificados afeta diversos segmentos da economia brasileira e, em muitos casos, a importação de mão de obra estrangeira é uma saída
necessária.
d) o problema com a falta de mão de obra qualificada está localizado nas regiões remotas do Brasil, razão pela qual não se justifica a celeuma sem-fim sobre a
questão.
e) a ênfase na questão dos profissionais estrangeiros lança luzes sobre a questão da educação brasileira e sua responsabilidade na formação de profissionais
qualificados.
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Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorda de você”. No início
de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a
Berkshire Hathaway.
Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre
eventuais erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas. Ele
não tem medo.
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b) a intensificação de combate aos crimes ambientais pelas autoridades.
c) a redução de campanhas de incentivo à preservação ambiental.
d) a legitimação dos crimes contra o meio ambiente na sociedade.
e) o recrudescimento da ameaça à natureza sem o devido combate legal.
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Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de
sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a
caprichosa caligrafia dos exercícios!
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e
fosfórea mostrada pelos relâmpagos.
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou
pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a
pedirem a misericórdia divina.
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a
soterrarem pobre gente!
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo
é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora...
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de
sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a
caprichosa caligrafia dos exercícios!
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e
fosfórea mostrada pelos relâmpagos.
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou
pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a
pedirem a misericórdia divina.
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a
soterrarem pobre gente!
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo
é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora...
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
a) não é esperada.
b) trouxe estragos.
c) está por vir.
d) amedronta as crianças.
e) será passageira.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/201271
Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de
sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a
caprichosa caligrafia dos exercícios!
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e
fosfórea mostrada pelos relâmpagos.
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou
pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a
pedirem a misericórdia divina.
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a
soterrarem pobre gente!
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo
é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora...
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
a) a invariabilidade climática.
b) as contradições das condições climáticas.
c) pouca variação climática.
d) a satisfação com o clima em diferentes regiões.
e) um padrão climático equilibrado.
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Começam a cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros que nem as borboletas ainda perceberam, e continuam a pousar, às tontas, de jasmim em jasmim. As pedras
estão muito quentes, e cada gota que cai logo se evapora. Os meninos olham para o céu cinzento, estendem a mão – vão fazer outra coisa. (Como desejariam pular em
poças d’água! – Mas a chuva não vem...)
Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de
sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a
caprichosa caligrafia dos exercícios!
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e
fosfórea mostrada pelos relâmpagos.
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou
pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a
pedirem a misericórdia divina.
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a
soterrarem pobre gente!
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo
é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora...
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
a) a revolta imediata.
b) o desejo de se mudarem.
c) a descrença generalizada.
d) a falta de solidariedade.
e) o conforto da religião.
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Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de
sol!
Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a
caprichosa caligrafia dos exercícios!
Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e
fosfórea mostrada pelos relâmpagos.
Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou
pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a
pedirem a misericórdia divina.
Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a
soterrarem pobre gente!
Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo
é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora...
“São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!”
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Este ano marca o 20.º aniversário do genocídio em Ruanda. Em exatos cem dias, de abril a julho de 1994, entre 800 mil e um milhão de ruandeses, predominantemente
da etnia tutsi, foram massacrados, quando um governo extremista liderado por outra etnia, a hutu, lançou um plano nacional para basicamente exterminar a minoria tutsi
e qualquer outra que fizesse oposição a suas políticas, até mesmo hutus moderados. Foi um cenário infernal no qual assassinatos brutais – inclusive de crianças e bebês –
eram realizados por pessoas que poucos dias antes eram vizinhas, colegas ou mesmo amigas.
O genocídio só chegou ao final quando a Frente Patriótica de Ruanda (RPF, na sigla em inglês), movimento tutsi liderado por Paul Kagame, saiu da vizinha Uganda e
derrubou o governo hutu. Kagame tornou-se presidente em abril de 2000 e continua sendo até hoje.
As coisas mudaram muito em Ruanda desde então, e para melhor. Foi a partir de 2006 que a evolução do país passou a mostrar dados impressionantes: mais de um
milhão de ruandeses saíram da pobreza; o acesso à saúde e à educação está em expansão; um boom
imobiliário transformou a capital Kigali; e pelo menos dois terços da
população do país estão abaixo dos 25 anos, tornando o potencial para a força de trabalho de Ruanda extremamente promissor.
Apesar disso, o austero e exigente Kagame reconhece que do vírus do ódio, da raiva e do desejo de vingança não é fácil de se livrar.
O coração aos pulos. Aquele cheque na bolsa... Meu Deus, me protege, me guia, me salva!
Ao sair do escritório, com o negócio fechado, dona Irene sentia-se leve, até orgulhosa de haver cumprido a missão, na cidade. Nem reparou que um sujeito alto a seguia,
quase tocando no seu ombro.
Quando reparou, pois ele encostara demais no seu braço e até o puxara, ficou branca, passou a mão no pulso, estava sem o relógio. Gritou desesperada:
Se havia muita gente no local, de repente apareceu mais ainda. O bolo se adensou, e era difícil as pessoas se mexerem. O homem que agarrara o braço de dona Irene
queria correr, mas aí é que não dava mesmo jeito de escapar. Num lance rápido, ele colocou alguma coisa na mão dela, que não compreendeu bem o gesto mas apertou
o objeto, e só um instante depois viu que era o relógio. Quando deu fé que este lhe fora restituído – coisa surpreendente, difícil de acreditar e mais ainda de acontecer –,
já o cara tinha sumido.
Coração aos pulos, emocionada pelo roubo e pela devolução imprevista, o que dona Irene desejou foi tomar um helicóptero e fugir incontinenti dali. Como não há
helicópteros à disposição de senhoras aflitas, ela tomou um táxi para chegar em casa ainda arfante, com o multíplice receio do que pudesse acontecer até abrir a porta
do apartamento – e mesmo depois, quem sabe lá o que pode irromper de terrível hoje em dia?
O marido, na cama, foi despertado pelo puxão nervoso e pelas palavras ainda mais nervosas de dona Irene:
– Que relógio?
– Este aqui – e ela estendeu o pulso, esquecida de que o pusera na bolsa, sem tempo e sem calma para atar novamente a pulseira, depois do fato. Abriu a bolsa e exibiu
o relógio recuperado.
– Mas você não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira. Está ali. Quando eu dei fé, corri à janela para avisar, mas não vi mais você.
Sujeito assustado, aquele ladrão! Mais medroso do que a medrosa dona Irene.
a) o homem que seguia dona Irene pela rua era o seu marido.
b) o escândalo de dona Irene foi para conseguir um relógio novo.
c) o marido de dona Irene foi quem roubou o seu relógio.
d) o homem entregou à dona Irene algo que não roubara dela.
e) o homem roubou dona Irene, mas entregou o relógio errado.
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O coração aos pulos. Aquele cheque na bolsa... Meu Deus, me protege, me guia, me salva!
Ao sair do escritório, com o negócio fechado, dona Irene sentia-se leve, até orgulhosa de haver cumprido a missão, na cidade. Nem reparou que um sujeito alto a seguia,
quase tocando no seu ombro.
Quando reparou, pois ele encostara demais no seu braço e até o puxara, ficou branca, passou a mão no pulso, estava sem o relógio. Gritou desesperada:
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Se havia muita gente no local, de repente apareceu mais ainda. O bolo se adensou, e era difícil as pessoas se mexerem. O homem que agarrara o braço de dona Irene
queria correr, mas aí é que não dava mesmo jeito de escapar. Num lance rápido, ele colocou alguma coisa na mão dela, que não compreendeu bem o gesto mas apertou
o objeto, e só um instante depois viu que era o relógio. Quando deu fé que este lhe fora restituído – coisa surpreendente, difícil de acreditar e mais ainda de acontecer –,
já o cara tinha sumido.
Coração aos pulos, emocionada pelo roubo e pela devolução imprevista, o que dona Irene desejou foi tomar um helicóptero e fugir incontinenti dali. Como não há
helicópteros à disposição de senhoras aflitas, ela tomou um táxi para chegar em casa ainda arfante, com o multíplice receio do que pudesse acontecer até abrir a porta
do apartamento – e mesmo depois, quem sabe lá o que pode irromper de terrível hoje em dia?
O marido, na cama, foi despertado pelo puxão nervoso e pelas palavras ainda mais nervosas de dona Irene:
– Que relógio?
– Este aqui – e ela estendeu o pulso, esquecida de que o pusera na bolsa, sem tempo e sem calma para atar novamente a pulseira, depois do fato. Abriu a bolsa e exibiu
o relógio recuperado.
– Mas você não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira. Está ali. Quando eu dei fé, corri à janela para avisar, mas não vi mais você.
Sujeito assustado, aquele ladrão! Mais medroso do que a medrosa dona Irene.
a) o fato de ele entregar o relógio foi uma estratégia para fugir da aglomeração.
b) este provocou a confusão para poder escapar ileso da mulher desesperada.
c) ela gritou tanto, mas nem assim se juntou muita gente no local.
d) a aglomeração de pessoas prejudicou a identificação do homem.
e) as pessoas começaram a se dispersar com medo de ações violentas.
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O coração aos pulos. Aquele cheque na bolsa... Meu Deus, me protege, me guia, me salva!
Ao sair do escritório, com o negócio fechado, dona Irene sentia-se leve, até orgulhosa de haver cumprido a missão, na cidade. Nem reparou que um sujeito alto a seguia,
quase tocando no seu ombro.
Quando reparou, pois ele encostara demais no seu braço e até o puxara, ficou branca, passou a mão no pulso, estava sem o relógio. Gritou desesperada:
Se havia muita gente no local, de repente apareceu mais ainda. O bolo se adensou, e era difícil as pessoas se mexerem. O homem que agarrara o braço de dona Irene
queria correr, mas aí é que não dava mesmo jeito de escapar. Num lance rápido, ele colocou alguma coisa na mão dela, que não compreendeu bem o gesto mas apertou
o objeto, e só um instante depois viu que era o relógio. Quando deu fé que este lhe fora restituído – coisa surpreendente, difícil de acreditar e mais ainda de acontecer –,
já o cara tinha sumido.
Coração aos pulos, emocionada pelo roubo e pela devolução imprevista, o que dona Irene desejou foi tomar um helicóptero e fugir incontinenti dali. Como não há
helicópteros à disposição de senhoras aflitas, ela tomou um táxi para chegar em casa ainda arfante, com o multíplice receio do que pudesse acontecer até abrir a porta
do apartamento – e mesmo depois, quem sabe lá o que pode irromper de terrível hoje em dia?
O marido, na cama, foi despertado pelo puxão nervoso e pelas palavras ainda mais nervosas de dona Irene:
– Que relógio?
– Este aqui – e ela estendeu o pulso, esquecida de que o pusera na bolsa, sem tempo e sem calma para atar novamente a pulseira, depois do fato. Abriu a bolsa e exibiu
o relógio recuperado.
– Mas você não levou relógio nenhum, filha. Você esqueceu ele na mesinha de cabeceira. Está ali. Quando eu dei fé, corri à janela para avisar, mas não vi mais você.
Sujeito assustado, aquele ladrão! Mais medroso do que a medrosa dona Irene.
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RIO DE JANEIRO – A greve dos garis cariocas – ou de uma facção deles, com indisfarçável inspiração política – serviu para nos alertar sobre o lixo. Só na Zona Sul, o
volume de embalagens, latas, garrafas e plásticos que se deixou de recolher em quatro ou cinco dias daria uma montanha da altura do Pão de Açúcar. O progresso é
porco.
Os peritos estabeleceram que é a quantidade de lixo produzido que separa os ricos dos pobres. Os ricos, leia-se o hemisfério Norte, geram em média 2 kg de lixo/dia – os
EUA, 3 kg. Nós, os pobres, que comemos e consumimos menos, não passamos de 1 kg. O que não é motivo de alívio ou regozijo porque nem assim sabemos o que fazer
com ele.
No que ainda nem fomos, os ricos já estão de volta. Os EUA, por exemplo, vendem o seu excesso de lixo para a China. E, enquanto o mundo se preocupa com o lixo
industrial, eletrônico e radioativo, de difícil assimilação, ainda não nos entendemos nem com o lixo orgânico – imagine o resto. Para onde irão os nossos 270 milhões de
celulares quando morrerem? Eles não se decompõem na natureza.
Obrigado aos grevistas por me fazer pensar. Mas seria justo que fossem multados pelo lixo que deixaram na rua. Se uma guimba de cigarro no chão vale R$ 157 no Lixo
Zero, quanto eles não estarão devendo?
a) a venda de excesso de lixo de um país é uma solução segura, o que se pode comprovar com a informação: ... enquanto o mundo se preocupa com o lixo
industrial, eletrônico e radioativo...
b) a produção de lixo pelos países ricos ameniza a responsabilidade dos países pobres, o que se pode comprovar com a informação: …é a quantidade de lixo
produzido que separa os ricos dos pobres.
c) a multa por se jogar cigarro no chão é uma afronta à liberdade do cidadão, o que se pode comprovar com a informação: Se uma guimba de cigarro no chão vale
R$ 157 no Lixo Zero...
d) a produção de lixo é um dos vários problemas que o desenvolvimento traz consigo para o cotidiano da humanidade, o que se pode comprovar com a informação:
O progresso é porco.
e) a produção de aparelhos celulares é um problema menor a ser resolvido pelo homem, o que se pode comprovar com a informação: Para onde irão os nossos 270
milhões de celulares quando morrerem?
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RIO DE JANEIRO – A greve dos garis cariocas – ou de uma facção deles, com indisfarçável inspiração política – serviu para nos alertar sobre o lixo. Só na Zona Sul, o
volume de embalagens, latas, garrafas e plásticos que se deixou de recolher em quatro ou cinco dias daria uma montanha da altura do Pão de Açúcar. O progresso é
porco.
Os peritos estabeleceram que é a quantidade de lixo produzido que separa os ricos dos pobres. Os ricos, leia-se o hemisfério Norte, geram em média 2 kg de lixo/dia – os
EUA, 3 kg. Nós, os pobres, que comemos e consumimos menos, não passamos de 1 kg. O que não é motivo de alívio ou regozijo porque nem assim sabemos o que fazer
com ele.
No que ainda nem fomos, os ricos já estão de volta. Os EUA, por exemplo, vendem o seu excesso de lixo para a China. E, enquanto o mundo se preocupa com o lixo
industrial, eletrônico e radioativo, de difícil assimilação, ainda não nos entendemos nem com o lixo orgânico – imagine o resto. Para onde irão os nossos 270 milhões de
celulares quando morrerem? Eles não se decompõem na natureza.
Obrigado aos grevistas por me fazer pensar. Mas seria justo que fossem multados pelo lixo que deixaram na rua. Se uma guimba de cigarro no chão vale R$ 157 no Lixo
Zero, quanto eles não estarão devendo?
a) as relações comerciais entre os países ricos e pobres têm minimizado os problemas mais urgentes da produção de lixo.
b) a produção de lixo no mundo é um problema específico dos países pobres, já que os ricos estão vendendo-o a outros países.
c) a questão da produção do lixo precisa ser pensada, pois a humanidade ainda não resolveu questões básicas inerentes a ela.
d) a questão do lixo inorgânico requer atenção urgente dos governantes, uma vez que a do lixo orgânico está razoavelmente resolvida.
e) o lixo inorgânico leva vantagem em relação ao orgânico, pois não se decompõe e, por isso, não causa danos ao meio ambiente.
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RIO DE JANEIRO – A greve dos garis cariocas – ou de uma facção deles, com indisfarçável inspiração política – serviu para nos alertar sobre o lixo. Só na Zona Sul, o
volume de embalagens, latas, garrafas e plásticos que se deixou de recolher em quatro ou cinco dias daria uma montanha da altura do Pão de Açúcar. O progresso é
porco.
Os peritos estabeleceram que é a quantidade de lixo produzido que separa os ricos dos pobres. Os ricos, leia-se o hemisfério Norte, geram em média 2 kg de lixo/dia – os
EUA, 3 kg. Nós, os pobres, que comemos e consumimos menos, não passamos de 1 kg. O que não é motivo de alívio ou regozijo porque nem assim sabemos o que fazer
com ele.
No que ainda nem fomos, os ricos já estão de volta. Os EUA, por exemplo, vendem o seu excesso de lixo para a China. E, enquanto o mundo se preocupa com o lixo
industrial, eletrônico e radioativo, de difícil assimilação, ainda não nos entendemos nem com o lixo orgânico – imagine o resto. Para onde irão os nossos 270 milhões de
celulares quando morrerem? Eles não se decompõem na natureza.
Obrigado aos grevistas por me fazer pensar. Mas seria justo que fossem multados pelo lixo que deixaram na rua. Se uma guimba de cigarro no chão vale R$ 157 no Lixo
Zero, quanto eles não estarão devendo?
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
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c) resulta de transtornos e descontroles emocionais.
d) é estudada em associações de jovens antissociais.
e) tem crescido assim como os casos de câncer.
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Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
a) Jovens criados em famílias que souberam impor limites frequentemente são inclinados a terem comportamento violento.
b) Crianças que foram rejeitadas apresentarão, na adolescência, comportamento ao mesmo tempo de apatia e humildade.
c) Não se considera a dificuldade em se obterem recursos materiais um fator para que o adolescente desenvolva a violência.
d) Os indivíduos que menos apresentam agressividade são os que tiveram seu desenvolvimento psicológico comprometido pelo ambiente em que cresceram.
e) Pode se considerar a falta de valores, como o amor ao próximo, um dos fatores para desencadear a violência no adolescente.
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Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 52/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
a) a construção de prisões custa caro, mas é o único meio de fazer a violência decrescer definitivamente.
b) os presos, ao saírem, abandonam suas famílias e abraçam as inúmeras ofertas de emprego.
c) pôr os indivíduos violentos na cadeia é a única alternativa para acabar com a criminalidade.
d) mais que pensar em construir prisões, seria necessário que se pensasse na educação.
e) se houver uma ação maior da polícia, certamente diminuirá o número de presos.
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Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
a) integrar as crianças da periferia na sociedade por meio da educação, da arte e dos esportes.
b) exigir atitudes dignas e menos brutais dos policiais, oferecendo-lhes melhores rendas.
c) os casais serem informados dos métodos preventivos para não terem filhos.
d) investir mais nas reformas das prisões velhas em vez de construir novas.
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e) construir mais cadeias e administrá-las de maneira eficiente.
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Violência epidêmica
A violência urbana é uma enfermidade contagiosa. Embora possa acometer indivíduos vulneráveis em todas as classes sociais, é nos bairros pobres que ela adquire
características epidêmicas.
A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo interior.
As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito e a prevenção das causas evoluiu muito pouco no decorrer do século 20, ao contrário
dos avanços ocorridos no campo das infecções, câncer, diabetes e outras enfermidades.
A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. Tendências agressivas surgem em indivíduos com
dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos.
A violência é uma doença. Os mais vulneráveis são os que tiveram a personalidade formada num ambiente desfavorável ao desenvolvimento psicológico pleno.
A revisão de estudos científicos permite identificar três fatores principais na formação das personalidades com maior inclinação ao comportamento violento:
1) Crianças que apanharam, foram vítimas de abusos, humilhadas ou desprezadas nos primeiros anos de vida.
2) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não lhes impuseram limites de disciplina.
Na periferia das cidades brasileiras vivem milhões de crianças que se enquadram nessas três condições de risco. Associados à falta de acesso aos recursos materiais, à
desigualdade social, esses fatores de risco criam o caldo de cultura que alimenta a violência crescente nas cidades.
Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. Porém, seu efeito é passageiro: o criminoso fica impedido de delinquir apenas
enquanto estiver preso. Ao sair, estará mais pobre, terá rompido laços familiares e sociais e dificilmente encontrará quem lhe dê emprego. Ao mesmo tempo, na prisão,
terá criado novas amizades e conexões mais sólidas com o mundo do crime.
Construir cadeias custa caro; administrá-las, mais ainda. Obrigados a optar por uma repressão policial mais ativa, aumentaremos o número de prisioneiros. As cadeias
continuarão superlotadas.
Seria mais sensato investir em educação, para prevenir a criminalidade e tratar os que ingressaram nela.
Na verdade, não existe solução mágica a curto prazo. Precisamos de uma divisão de renda menos brutal, motivar os policiais a executar sua função com dignidade, criar
leis que acabem com a impunidade dos criminosos bem-sucedidos e construir cadeias novas para substituir as velhas.
Enquanto não aprendermos a educar e oferecer medidas preventivas para que os pais evitem ter filhos que não serão capazes de criar, cabe a nós a responsabilidade de
integrá-los na sociedade por meio da educação formal de bom nível, das práticas esportivas e da oportunidade de desenvolvimento artístico.
a) As estratégias que as sociedades adotam para combater a violência variam muito... (3.º parágrafo)
b) Tendências agressivas surgem em indivíduos com dificuldades adaptativas que os tornam despreparados para lidar com as frustrações de seus desejos. (4.º
parágrafo)
c) A agressividade impulsiva é consequência de perturbações nos mecanismos biológicos de controle emocional. (4.º parágrafo)
d) Na falta de outra alternativa, damos à criminalidade a resposta do aprisionamento. (11.º parágrafo)
e) A prevalência varia de um país para outro e entre as cidades de um mesmo país, mas, como regra, começa nos grandes centros urbanos e se dissemina pelo
interior. (2.º parágrafo)
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O grupo jogava pedras e pedaços de madeira no animal, que chegou a atacar algumas pessoas. Viaturas da PM chegaram ao local para conter a situação. Oito homens e
duas mulheres foram presos, além de um adolescente apreendido.
Com muitos ferimentos, o boi precisou ser sacrificado. O grupo detido assinou um termo circunstanciado e foi liberado ainda na madrugada desta terça.
A farra do boi é realizada com frequência em municípios com colonização açoriana em Santa Catarina, apesar de ser considerada crime. O Ministério Público e instituições
de segurança reforçaram a fiscalização neste ano e criaram uma campanha para que a comunidade denuncie a ocorrência deste tipo de “farra” durante a Quaresma.
(http://noticias.terra.com.br/Brasil/policia/policia-interrompe-farra-do-boi-e--prende-11-Acessado em 26.03.2013)
Assinale a afirmação correta de acordo com o texto.
a) A farra do boi é uma festa em que se homenageia, desde a época da colonização, o povo de Santa Catarina.
b) Apesar de ser considerada crime, a farra do boi é uma festa respeitada e incentivada pela Polícia Militar de Santa Catarina.
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c) Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina perseguiram o boi assim que ele entrou no campus.
d) O povo açoriano considera o boi um animal sagrado e na festa tradicional da farra do boi rendem homenagem a ele.
e) O boi teve que ser morto após ter sido muito ferido pelos farristas, apesar de a Polícia ter ido àquele local.
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Mulher proletária
Mulher proletária – única fábrica que o operário
tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
ao contrário das máquinas burguesas,
salvará o teu proprietário.
Mulher proletária
Mulher proletária – única fábrica que o operário
tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
ao contrário das máquinas burguesas,
salvará o teu proprietário.
O cadastro é um banco de dados no qual são registrados compromissos financeiros e pagamentos relativos a operações de crédito, como empréstimos. Na prática, o
consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing, contas de luz, escola.
Toda despesa que comprometa a renda da pessoa é registrada no banco de dados que todos podem consultar, inclusive o próprio cliente. Se for um bom pagador,
poderá receber um tratamento melhor na hora de conquistar o crédito. Juros mais baixos, por exemplo.
Para o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, a grande vantagem desse cadastro em relação ao tradicional cadastro
negativo (que negativa o nome dos consumidores que deram calote) é dar ao comércio a real condição financeira do cliente que está pedindo crédito. “A partir do
momento que um credor, como a Casas Bahia, alimenta o banco de dados, tudo fica disponível para outras empresas consultarem. A base de dados compartilhada
mostra que existe compromisso financeiro, de forma a evitar o superendividamento da pessoa. Hoje as empresas dão um tiro no escuro quando concedem o crédito”.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A entrada no cadastro positivo não é compulsória. O cliente tem de autorizar junto a empresas a inclusão de seu nome. Essa é uma das razões de a novidade não
agradar as entidades de defesa do consumidor. O temor é que o cliente que se recuse a dar o nome passe a ser tratado como um mau pagador. O presidente do Procon-
PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? “Eu entendo que o cadastro positivo tem potencial de se
tornar uma lista ruim, pois, num momento de dificuldades, a pessoa vai ter de escolher que conta pagar e isso vai restringir seu crédito, mais que beneficiar”, critica.
Com relação à desconfiança de Rangel, Vander Nagata, da Serasa Experian, diz que “um deslize” do consumidor que deixou, eventualmente, de pagar uma conta não
significa nada. “Todos nós estamos sujeitos a isso. O cadastro positivo funciona como um histórico de longo prazo. É como na indústria de seguros. O motorista que tem
um bom histórico e não se envolve em acidentes ganha bônus. Uma coisa é ter batido o carro há dois anos, outra diferente é bater a cada mês”, defende.
a) as informações referentes aos ganhos individuais e à renda familiar das pessoas de baixa renda interessadas em adquirir algum bem.
b) as operações de créditos dos consumidores, tanto as que já se concluíram quanto as que ainda estão em andamento.
c) o valor dos impostos que os contribuintes pagam ao governo ao comprar um produto e ao contratar um serviço.
d) a porcentagem precisa dos consumidores que estão inadimplentes e dos que estão em dia com o pagamento de suas contas.
e) os nomes dos consumidores que estão impedidos de realizar transações financeiras por terem deixado de pagar alguma conta.
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O cadastro é um banco de dados no qual são registrados compromissos financeiros e pagamentos relativos a operações de crédito, como empréstimos. Na prática, o
consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing, contas de luz, escola.
Toda despesa que comprometa a renda da pessoa é registrada no banco de dados que todos podem consultar, inclusive o próprio cliente. Se for um bom pagador,
poderá receber um tratamento melhor na hora de conquistar o crédito. Juros mais baixos, por exemplo.
Para o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, a grande vantagem desse cadastro em relação ao tradicional cadastro
negativo (que negativa o nome dos consumidores que deram calote) é dar ao comércio a real condição financeira do cliente que está pedindo crédito. “A partir do
momento que um credor, como a Casas Bahia, alimenta o banco de dados, tudo fica disponível para outras empresas consultarem. A base de dados compartilhada
mostra que existe compromisso financeiro, de forma a evitar o superendividamento da pessoa. Hoje as empresas dão um tiro no escuro quando concedem o crédito”.
A entrada no cadastro positivo não é compulsória. O cliente tem de autorizar junto a empresas a inclusão de seu nome. Essa é uma das razões de a novidade não
agradar as entidades de defesa do consumidor. O temor é que o cliente que se recuse a dar o nome passe a ser tratado como um mau pagador. O presidente do Procon-
PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? “Eu entendo que o cadastro positivo tem potencial de se
tornar uma lista ruim, pois, num momento de dificuldades, a pessoa vai ter de escolher que conta pagar e isso vai restringir seu crédito, mais que beneficiar”, critica.
Com relação à desconfiança de Rangel, Vander Nagata, da Serasa Experian, diz que “um deslize” do consumidor que deixou, eventualmente, de pagar uma conta não
significa nada. “Todos nós estamos sujeitos a isso. O cadastro positivo funciona como um histórico de longo prazo. É como na indústria de seguros. O motorista que tem
um bom histórico e não se envolve em acidentes ganha bônus. Uma coisa é ter batido o carro há dois anos, outra diferente é bater a cada mês”, defende.
a) garante que os clientes não deixarão de pagar suas dívidas, uma vez que temem as sanções impostas aos indivíduos em situação de inadimplência.
b) dá informações sobre investimentos e aplicações financeiras feitos pelo cliente junto à rede bancária, possibilitando observar se sua renda é suficiente para quitar
suas dívidas.
c) permite conhecer as fontes pagadoras do consumidor, facilitando a criação de estratégias para ampliar sua renda familiar.
d) contribui com dados que podem ser úteis para localizar o cliente inadimplente, embora esses dados sejam restritos às transações no varejo.
e) oferece informações sobre os compromissos financeiros do cliente, o que permite avaliar se ele está em condições de ser contemplado com o crédito.
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O cadastro é um banco de dados no qual são registrados compromissos financeiros e pagamentos relativos a operações de crédito, como empréstimos. Na prática, o
consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing, contas de luz, escola.
Toda despesa que comprometa a renda da pessoa é registrada no banco de dados que todos podem consultar, inclusive o próprio cliente. Se for um bom pagador,
poderá receber um tratamento melhor na hora de conquistar o crédito. Juros mais baixos, por exemplo.
Para o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, a grande vantagem desse cadastro em relação ao tradicional cadastro
negativo (que negativa o nome dos consumidores que deram calote) é dar ao comércio a real condição financeira do cliente que está pedindo crédito. “A partir do
momento que um credor, como a Casas Bahia, alimenta o banco de dados, tudo fica disponível para outras empresas consultarem. A base de dados compartilhada
mostra que existe compromisso financeiro, de forma a evitar o superendividamento da pessoa. Hoje as empresas dão um tiro no escuro quando concedem o crédito”.
A entrada no cadastro positivo não é compulsória. O cliente tem de autorizar junto a empresas a inclusão de seu nome. Essa é uma das razões de a novidade não
agradar as entidades de defesa do consumidor. O temor é que o cliente que se recuse a dar o nome passe a ser tratado como um mau pagador. O presidente do Procon-
PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? “Eu entendo que o cadastro positivo tem potencial de se
tornar uma lista ruim, pois, num momento de dificuldades, a pessoa vai ter de escolher que conta pagar e isso vai restringir seu crédito, mais que beneficiar”, critica.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Com relação à desconfiança de Rangel, Vander Nagata, da Serasa Experian, diz que “um deslize” do consumidor que deixou, eventualmente, de pagar uma conta não
significa nada. “Todos nós estamos sujeitos a isso. O cadastro positivo funciona como um histórico de longo prazo. É como na indústria de seguros. O motorista que tem
um bom histórico e não se envolve em acidentes ganha bônus. Uma coisa é ter batido o carro há dois anos, outra diferente é bater a cada mês”, defende.
a) a exclusão de um consumidor da nova lista pode fazer com que ele se sinta inclinado a deixar de pagar suas contas em dia.
b) o atraso no pagamento das contas já tem sido devidamente penalizado com a restrição ao crédito.
c) o número de maus pagadores vem aumentando mesmo após a implantação do novo sistema.
d) os bons pagadores podem passar por situações em que não são capazes de pagar todas as suas contas.
e) os maus pagadores deixarão de ser devidamente penalizados quando o cadastro negativo se tornar extinto.
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O cadastro é um banco de dados no qual são registrados compromissos financeiros e pagamentos relativos a operações de crédito, como empréstimos. Na prática, o
consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing, contas de luz, escola.
Toda despesa que comprometa a renda da pessoa é registrada no banco de dados que todos podem consultar, inclusive o próprio cliente. Se for um bom pagador,
poderá receber um tratamento melhor na hora de conquistar o crédito. Juros mais baixos, por exemplo.
Para o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, a grande vantagem desse cadastro em relação ao tradicional cadastro
negativo (que negativa o nome dos consumidores que deram calote) é dar ao comércio a real condição financeira do cliente que está pedindo crédito. “A partir do
momento que um credor, como a Casas Bahia, alimenta o banco de dados, tudo fica disponível para outras empresas consultarem. A base de dados compartilhada
mostra que existe compromisso financeiro, de forma a evitar o superendividamento da pessoa. Hoje as empresas dão um tiro no escuro quando concedem o crédito”.
A entrada no cadastro positivo não é compulsória. O cliente tem de autorizar junto a empresas a inclusão de seu nome. Essa é uma das razões de a novidade não
agradar as entidades de defesa do consumidor. O temor é que o cliente que se recuse a dar o nome passe a ser tratado como um mau pagador. O presidente do Procon-
PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? “Eu entendo que o cadastro positivo tem potencial de se
tornar uma lista ruim, pois, num momento de dificuldades, a pessoa vai ter de escolher que conta pagar e isso vai restringir seu crédito, mais que beneficiar”, critica.
Com relação à desconfiança de Rangel, Vander Nagata, da Serasa Experian, diz que “um deslize” do consumidor que deixou, eventualmente, de pagar uma conta não
significa nada. “Todos nós estamos sujeitos a isso. O cadastro positivo funciona como um histórico de longo prazo. É como na indústria de seguros. O motorista que tem
um bom histórico e não se envolve em acidentes ganha bônus. Uma coisa é ter batido o carro há dois anos, outra diferente é bater a cada mês”, defende.
O cadastro é um banco de dados no qual são registrados compromissos financeiros e pagamentos relativos a operações de crédito, como empréstimos. Na prática, o
consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing, contas de luz, escola.
Toda despesa que comprometa a renda da pessoa é registrada no banco de dados que todos podem consultar, inclusive o próprio cliente. Se for um bom pagador,
poderá receber um tratamento melhor na hora de conquistar o crédito. Juros mais baixos, por exemplo.
Para o superintendente de Informações sobre Consumidores da Serasa Experian, Vander Nagata, a grande vantagem desse cadastro em relação ao tradicional cadastro
negativo (que negativa o nome dos consumidores que deram calote) é dar ao comércio a real condição financeira do cliente que está pedindo crédito. “A partir do
momento que um credor, como a Casas Bahia, alimenta o banco de dados, tudo fica disponível para outras empresas consultarem. A base de dados compartilhada
mostra que existe compromisso financeiro, de forma a evitar o superendividamento da pessoa. Hoje as empresas dão um tiro no escuro quando concedem o crédito”.
A entrada no cadastro positivo não é compulsória. O cliente tem de autorizar junto a empresas a inclusão de seu nome. Essa é uma das razões de a novidade não
agradar as entidades de defesa do consumidor. O temor é que o cliente que se recuse a dar o nome passe a ser tratado como um mau pagador. O presidente do Procon-
PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? “Eu entendo que o cadastro positivo tem potencial de se
tornar uma lista ruim, pois, num momento de dificuldades, a pessoa vai ter de escolher que conta pagar e isso vai restringir seu crédito, mais que beneficiar”, critica.
Com relação à desconfiança de Rangel, Vander Nagata, da Serasa Experian, diz que “um deslize” do consumidor que deixou, eventualmente, de pagar uma conta não
significa nada. “Todos nós estamos sujeitos a isso. O cadastro positivo funciona como um histórico de longo prazo. É como na indústria de seguros. O motorista que tem
um bom histórico e não se envolve em acidentes ganha bônus. Uma coisa é ter batido o carro há dois anos, outra diferente é bater a cada mês”, defende.
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(Leonardo Spinelli, Jornal do Commercio, 03.03.2013. Adaptado)
Observe o uso dos dois-pontos (:) nos trechos que seguem.
• Na prática, o consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas, que vão além do varejo: financiamento imobiliário, consórcio, leasing,
contas de luz, escola. (segundo parágrafo)
• O presidente do Procon-PE, José Rangel, questiona um outro problema: e se a pessoa passar por um momento de aperto financeiro? (penúltimo parágrafo)
a) uma exemplificação dos diferentes tipos de consumidor e uma explicação para o sentido de “momento de aperto financeiro” empregado por José Rangel.
b) uma síntese das ideias apresentadas na primeira parte do enunciado e uma enumeração dos diversos tipos de “aperto financeiro” pelos quais uma pessoa pode
passar.
c) uma conclusão para o raciocínio exposto em “o consumidor é avaliado por seu desempenho no pagamento de suas contas” e uma resposta à pergunta feita na
primeira parte do enunciado.
d) uma enumeração que exemplifica o sentido expresso em “vão além do varejo” e um esclarecimento do sentido da expressão “um outro problema”.
e) uma explicação para o sentido do termo “varejo” e uma listagem dos questionamentos mencionados na primeira parte do enunciado.
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Ninguém mais carrega o pente no bolso da camisa – aliás, há quanto tempo não se vê um homem se penteando em público? Ninguém mais ouve radinho de pilha – os
próprios porteiros o abandonaram. E lápis atrás da orelha também não se vê há muito, nem no caixa das melhores padarias. Ninguém mais enfeita a geladeira com
pinguins de louça. Ninguém mais decora o jardim com estátuas de anões. E ninguém mais usa CD-ROM.
Quem diria? Há apenas 15 anos, o CD-ROM era a “ferramenta” que iria absorver, resumir e comportar todo o conhecimento do Universo. Iria substituir as bibliotecas, o
livro, o cinema, os museus, a TV e, quem sabe, o cérebro. Quem poderia adivinhar que, em tão pouco tempo, sua glória se extinguiria e ele ficaria tão arcaico quanto os
anões de jardim e os pinguins de geladeira?
a) equivocadas.
b) incontestáveis.
c) racionais.
d) realistas.
e) certeiras.
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Ninguém mais carrega o pente no bolso da camisa – aliás, há quanto tempo não se vê um homem se penteando em público? Ninguém mais ouve radinho de pilha – os
próprios porteiros o abandonaram. E lápis atrás da orelha também não se vê há muito, nem no caixa das melhores padarias. Ninguém mais enfeita a geladeira com
pinguins de louça. Ninguém mais decora o jardim com estátuas de anões. E ninguém mais usa CD-ROM.
Quem diria? Há apenas 15 anos, o CD-ROM era a “ferramenta” que iria absorver, resumir e comportar todo o conhecimento do Universo. Iria substituir as bibliotecas, o
livro, o cinema, os museus, a TV e, quem sabe, o cérebro. Quem poderia adivinhar que, em tão pouco tempo, sua glória se extinguiria e ele ficaria tão arcaico quanto os
anões de jardim e os pinguins de geladeira?
a) excepcionais.
b) costumeiras.
c) raras.
d) inusitadas.
e) anômalas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 59/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para qualquer empresa. Profissionais mais jovens trazem novas ideias, colocam em xeque
processos anacrônicos e ajudam a evitar que a empresa envelheça e perca o contato com as mudanças em seu ambiente de negócios. A renovação, realizada na medida
certa, traz efeitos positivos.
A juniorização, por sua vez, quando realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da gestão e põe em risco o futuro das companhias. Vista como
panaceia, evita que a empresa trate de questões mais substantivas, relacionadas ao seu modelo de negócios e às suas práticas de gestão.
Além disso, a juniorização segue na contramão da demografia. O Brasil está envelhecendo. Nas próximas décadas, as empresas terão de lidar com quadros profissionais
cada vez mais maduros. Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa
realidade. Foram ouvidas mais de cem empresas, de diversos segmentos da economia. Algumas conclusões são preocupantes.
Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa para a escassez de talentos,
problema hoje de centenas de corporações brasileiras que estão freando seus planos de crescimento.
Em segundo lugar, as companhias reconhecem: profissionais mais maduros possuem competências valiosas, relacionadas à capacidade de realizar diagnósticos e resolver
problemas, além de apresentarem maior equilíbrio emocional. Paradoxalmente, essas companhias não contam com modelos de gestão de carreira que facilitem os
processos pelos quais tais características poderiam ser mais bem exploradas.
a) causa desarmonia entre os funcionários da empresa, já que os mais velhos não têm equilíbrio emocional para interagirem com os mais jovens.
b) acarreta gastos extras com o treinamento de profissionais que ainda não estão preparados para exercer suas funções com eficácia.
c) produz um desequilíbrio na hierarquia, dando a funcionários despreparados o poder de decisão que deveria competir apenas aos funcionários mais maduros e com
cargos de chefia.
d) resulta na contratação de profissionais que acabam sendo onerosos para a empresa, pois não demonstram motivação para trabalhar.
e) impede que os gestores considerem outras questões que podem estar mais diretamente relacionadas com os problemas da empresa.
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Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para qualquer empresa. Profissionais mais jovens trazem novas ideias, colocam em xeque
processos anacrônicos e ajudam a evitar que a empresa envelheça e perca o contato com as mudanças em seu ambiente de negócios. A renovação, realizada na medida
certa, traz efeitos positivos.
A juniorização, por sua vez, quando realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da gestão e põe em risco o futuro das companhias. Vista como
panaceia, evita que a empresa trate de questões mais substantivas, relacionadas ao seu modelo de negócios e às suas práticas de gestão.
Além disso, a juniorização segue na contramão da demografia. O Brasil está envelhecendo. Nas próximas décadas, as empresas terão de lidar com quadros profissionais
cada vez mais maduros. Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa
realidade. Foram ouvidas mais de cem empresas, de diversos segmentos da economia. Algumas conclusões são preocupantes.
Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa para a escassez de talentos,
problema hoje de centenas de corporações brasileiras que estão freando seus planos de crescimento.
Em segundo lugar, as companhias reconhecem: profissionais mais maduros possuem competências valiosas, relacionadas à capacidade de realizar diagnósticos e resolver
problemas, além de apresentarem maior equilíbrio emocional. Paradoxalmente, essas companhias não contam com modelos de gestão de carreira que facilitem os
processos pelos quais tais características poderiam ser mais bem exploradas.
Na frase do primeiro parágrafo – Então, o trabalho emperra, os clientes reclamam, mas a planilha de custos fala mais alto. –, a expressão em destaque pode ser
substituída, sem alteração de sentido, por
a) tem restrição.
b) tem prioridade.
c) tem consistência.
d) tem correspondência.
e) tem ambiguidade.
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Renovar sistematicamente os quadros é um princípio de gestão importante para qualquer empresa. Profissionais mais jovens trazem novas ideias, colocam em xeque
processos anacrônicos e ajudam a evitar que a empresa envelheça e perca o contato com as mudanças em seu ambiente de negócios. A renovação, realizada na medida
certa, traz efeitos positivos.
A juniorização, por sua vez, quando realizada com o propósito de reduzir custos, compromete a qualidade da gestão e põe em risco o futuro das companhias. Vista como
panaceia, evita que a empresa trate de questões mais substantivas, relacionadas ao seu modelo de negócios e às suas práticas de gestão.
Além disso, a juniorização segue na contramão da demografia. O Brasil está envelhecendo. Nas próximas décadas, as empresas terão de lidar com quadros profissionais
cada vez mais maduros. Uma pesquisa recente, feita pela consultoria PwC e a FGV-Eaesp, procurou avaliar como o mundo corporativo busca adequação para essa
realidade. Foram ouvidas mais de cem empresas, de diversos segmentos da economia. Algumas conclusões são preocupantes.
Em primeiro lugar, menos de 40% das organizações pesquisadas reconhecem que quadros mais maduros podem constituir alternativa para a escassez de talentos,
problema hoje de centenas de corporações brasileiras que estão freando seus planos de crescimento.
Em segundo lugar, as companhias reconhecem: profissionais mais maduros possuem competências valiosas, relacionadas à capacidade de realizar diagnósticos e resolver
problemas, além de apresentarem maior equilíbrio emocional. Paradoxalmente, essas companhias não contam com modelos de gestão de carreira que facilitem os
processos pelos quais tais características poderiam ser mais bem exploradas.
a) o número de jovens é proporcional ao de pessoas mais velhas e o quadro de funcionários das empresas tem refletido esse equilíbrio.
b) as empresas demonstram interesse em contratar jovens, enquanto a mão de obra disponível está se tornando cada vez mais velha.
c) o envelhecimento da população está consolidado e já não existe oferta de mão de obra jovem.
d) os profissionais mais jovens já estão deixando de ser contratados, porque a oferta de trabalhadores mais velhos aumentou nos últimos anos.
e) os trabalhadores mais experientes logo serão disputados pelas empresas, pois a oferta de profissionais mais velhos está diminuindo com o tempo.
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Tomadas e oboés
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se
dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto
orgulho que chega a contaminar-me.
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as
contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.”
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para
casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério
de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente
envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O
homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua
mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.
“Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas.”
Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.
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Tomadas e oboés
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se
dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto
orgulho que chega a contaminar-me.
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as
contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.”
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para
casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério
de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente
envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O
homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua
mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.
“Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas.”
Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.
a) cansaço e a apatia.
b) prazer e a introspecção.
c) progresso e a modernidade.
d) barulho e a agitação.
e) consumismo e a insensibilidade.
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Tomadas e oboés
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se
dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto
orgulho que chega a contaminar-me.
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as
contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.”
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para
casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério
de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente
envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O
homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua
mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.
“Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas.”
Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.
a) exato, obtido por um cálculo racional e atestado com dados verificados em uma rápida consulta à internet.
b) irreal, obtido por meio um cálculo feito com a intenção de contrariar a realidade e, com isso, criar uma situação fantasiosa e divertida.
c) preciso, embora obtido por um cálculo que o próprio autor reconhece como ilógico, pois foi baseado em dados irrelevantes, como o número de salas por andar.
d) estimado, obtido por um cálculo lógico, mas não exato, feito com a consciência da falta de dados mais concretos.
e) comprovado, obtido por um cálculo feito a partir dos números cedidos pelo responsável pela instalação elétrica do prédio.
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Questão 137: VUNESP - APOFP SP/SEFAZ SP/2013
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
Tomadas e oboés
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se
dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto
orgulho que chega a contaminar-me.
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as
contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.”
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para
casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério
de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente
envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O
homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua
mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.
“Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas.”
Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.
Tomadas e oboés
“O do meio, com heliponto, tá vendo?”, diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que
fez”. Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se
dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto
orgulho que chega a contaminar-me.
Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as
contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?”
“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala.”
Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para
casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério
de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.
Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente
envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.
Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O
homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua
mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.
“Onze mil, cento e cinquenta”, diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas.”
Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.
a) fortuito.
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b) moroso.
c) desembaraçado.
d) consciente.
e) remediável.
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Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
Conforme as informações do texto, cada vez mais mulheres japonesas deixam de ter filhos porque
Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 65/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
Com a frase do quinto parágrafo – No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. – o autor reforça a ideia de que
Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 66/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Segundo o governo, de 2011 a 2012, o país perdeu o número recorde de 212 mil pessoas. Nesse ritmo, até
2060, os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões apenas. Essa tendência está diretamente vinculada à baixa taxa de fertilidade das japonesas.
Hoje, a média de filhos por mulher é de 1,39. Para que a população se mantivesse estável, seria necessário que ela alcançasse 2,1.
A redução do número de filhos é explicada, ao menos parcialmente, por razões econômicas. A conjuntura de recessão desencoraja a constituição de novas famílias. As
pessoas se casam menos e mais tarde. A manutenção de um filho é cara: em 2009, os cinco primeiros anos de educação infantil custavam cerca de US$ 73 mil, 2,5 vezes
mais que nos Estados Unidos, por exemplo.
Além disso, ter filhos dificulta o avanço profissional das mulheres. Como trabalhar 15 horas por dia – coisa comum no Japão – quando se tem criança pequena em casa?
Diante desse dilema, um número cada vez maior de mulheres tem priorizado a carreira profissional e decidido não ter filhos.
Com a redução no número de nascimentos e uma das expectativas de vida mais elevadas do planeta, o Japão se transformou no país desenvolvido com a mais alta
proporção de idosos. No mercado japonês, vendem-se mais fraldas descartáveis para adultos do que para crianças. Hoje, 24% da população total é de idosos.Em 2060,
os idosos serão 40%.
O envelhecimento da população imporá sobrecarga crescente ao sistema previdenciário. Também afetará o nível da produtividade e o ritmo do crescimento. Agora,
mesmo que a taxa de fertilidade subisse, tomaria mais de uma geração para que a diferença pudesse ser economicamente verificada.
A incorporação de imigrantes poderia ajudar a compensar o déficit demográfico, mas essa hipótese parece não ser considerada pelas autoridades japonesas. O governo
está ciente da questão e estabeleceu um ministério específico para o tema. Algumas políticas vêm sendo implementadas, mas os resultados ficam aquém das
expectativas.
A despeito do que faça o governo, é fundamental que a comunidade empresarial reconheça e assuma seu quinhão de responsabilidade. É importante para toda a nação
que a cultura corporativa e o ambiente laboral incorporem regras de proteção ao convívio familiar e protejam o avanço profissional das trabalhadoras com filhos. A
contribuição que as mulheres japonesas podem dar ao sistema produtivo de seu país, mais do que valiosa, é necessária. Não deve ser desprezada.
O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
a) Manfred Kets de Vries publicou, no Centro de Liderança, estudos sobre o comportamento de altos executivos.
b) o comportamento narcisista excessivo é prejudicial às equipes, mas não o é para a organização.
c) o narcisismo moderado contribui para que os líderes tenham
atitudes emocionais equilibradas em seu ambiente de trabalho.
d) a autoestima, o amor próprio e o orgulho por seus empreendimentos são posturas nocivas para quem pretende ser um gestor competente.
e) Manfred Kets de Vries condena qualquer forma de narcisismo entre os líderes de uma empresa.
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Questão 146: VUNESP - Aux Adm (FUNDUNESP)/FUNDUNESP/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
a) fortalecedoras.
b) humildes.
c) construtivas.
d) incentivadoras.
e) arbitrárias.
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O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
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a) agem em sintonia com a escola de negócios Insead, do Centro de Liderança.
b) permitem que a vaidade domine seu perfil comportamental de liderança.
c) demonstram atitudes benéficas de hierarquia e autoridade.
d) se implantou uma liderança efetiva capaz de trazer grandes avanços.
e) se instalou entre líder e liderados um comportamento de iniciativas criativas.
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O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
a) participação da equipe
b) convívio social
c) empenho nos resultados
d) império do ego
e) iniciativa, criatividade, versatilidade
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O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade
nocivas e desestabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos características narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em
que o amor próprio predomina, sentimo-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura
invariavelmente gravitam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais
habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa característica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da
equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha competitiva. É o que se
denomina de líder narcisista produtivo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 70/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a
efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas variadas: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se
destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cuidado! Você é um líder com tendências
narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade. Um salto sem
rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhecimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império
do ego” é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
Ritmo da evolução
A evolução humana está em processo de aceleração ou de desaceleração? A pergunta, que pode parecer de um academicismo meio bizantino, na verdade encerra uma
ácida polêmica que cinde em dois o habitat
dos biólogos.
O trabalho da brasileira Carolina Marchetto, que usou células embrionárias reprogramadas para mostrar que o homem está evoluindo de forma mais lenta do que
chimpanzés, dá algum suporte para a hipótese da desaceleração, mas a questão está longe de resolvida.
Para os cientistas que se perfilam nesse grupo, o advento da cultura, com seus desenvolvimentos sociais e tecnológicos, nos tornou menos dependentes da genética. O
paleontologista Stephen Jay Gould era um campeão dessa teoria. Para ele, não houve mudança biológica significativa nos últimos 40 mil anos.
Na outra ponta, pesquisadores como os antropólogos Henry Harpending e John Hawks sustentam não só que a evolução genética continua viva e atuante na humanidade
como se acelerou nos últimos 40 milênios, especialmente desde o surgimento da agricultura, dez mil anos atrás. Essa teoria, embora longe de consensual, tem ganhado a
simpatia de pesquisadores de várias áreas.
As conclusões desse grupo se baseiam principalmente em análises estatísticas de mutações observadas no genoma de diferentes populações humanas. Em suas contas,
23% de nossos genes estiveram sob pressão seletiva recente. No plano teórico, a ideia é que a concentração demográfica e a exposição a ambientes mais diversos
favorecem a evolução.
É cedo para cravar quem está certo. Mais trabalhos deverão ser produzidos e, pelo menos em princípio, as evidências podem resolver a questão. O complicador aqui é
político. Evolução recente pode ser interpretada como sinônimo de raça, e este é um assunto que tende a ser especialmente explosivo na academia.
a) com os cientistas chegando à mesma conclusão, teve fim a polêmica envolvendo as pesquisas sobre a evolução humana.
b) foram cessadas as pesquisas a respeito do ritmo da evolução humana devido à falta de entendimento entre os cientistas.
c) há consenso quanto ao ritmo da evolução, mas os cientistas divergem quanto ao papel do espaço que o homem habita para essa evolução.
d) a polêmica surgida em torno das pesquisas sobre o ritmo da evolução humana tem colocado biólogos em posições opostas.
e) ambas as teorias defendidas pelos cientistas condicionam os resultados das pesquisas à relação do homem com o seu . habitat
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Ritmo da evolução
A evolução humana está em processo de aceleração ou de desaceleração? A pergunta, que pode parecer de um academicismo meio bizantino, na verdade encerra uma
ácida polêmica que cinde em dois o habitat
dos biólogos.
O trabalho da brasileira Carolina Marchetto, que usou células embrionárias reprogramadas para mostrar que o homem está evoluindo de forma mais lenta do que
chimpanzés, dá algum suporte para a hipótese da desaceleração, mas a questão está longe de resolvida.
Para os cientistas que se perfilam nesse grupo, o advento da cultura, com seus desenvolvimentos sociais e tecnológicos, nos tornou menos dependentes da genética. O
paleontologista Stephen Jay Gould era um campeão dessa teoria. Para ele, não houve mudança biológica significativa nos últimos 40 mil anos.
Na outra ponta, pesquisadores como os antropólogos Henry Harpending e John Hawks sustentam não só que a evolução genética continua viva e atuante na humanidade
como se acelerou nos últimos 40 milênios, especialmente desde o surgimento da agricultura, dez mil anos atrás. Essa teoria, embora longe de consensual, tem ganhado a
simpatia de pesquisadores de várias áreas.
As conclusões desse grupo se baseiam principalmente em análises estatísticas de mutações observadas no genoma de diferentes populações humanas. Em suas contas,
23% de nossos genes estiveram sob pressão seletiva recente. No plano teórico, a ideia é que a concentração demográfica e a exposição a ambientes mais diversos
favorecem a evolução.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
É cedo para cravar quem está certo. Mais trabalhos deverão ser produzidos e, pelo menos em princípio, as evidências podem resolver a questão. O complicador aqui é
político. Evolução recente pode ser interpretada como sinônimo de raça, e este é um assunto que tende a ser especialmente explosivo na academia.
a) esse fenômeno não é comum a toda a humanidade, mas algo que pode ser observado apenas em alguns habitats,
em certas condições biológicas.
b) a evolução foi impulsionada com o surgimento da agricultura e tem sido favorecida pela concentração demográfica e exposição a ambientes mais diversos.
c) essa tese se confirma quando considerados o desenvolvimento da cultura e os avanços tecnológicos, apesar de não se poder falar em evolução genética.
d) é fato que a evolução existe, mas o surgimento da agricultura a das grandes concentrações populacionais contribuiu para torná-la mais lenta.
e) essa tese só encontra embasamento quando analisados dados biológicos, não sendo possível estabelecer relação com o ambiente externo.
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Ritmo da evolução
A evolução humana está em processo de aceleração ou de desaceleração? A pergunta, que pode parecer de um academicismo meio bizantino, na verdade encerra uma
ácida polêmica que cinde em dois o habitat
dos biólogos.
O trabalho da brasileira Carolina Marchetto, que usou células embrionárias reprogramadas para mostrar que o homem está evoluindo de forma mais lenta do que
chimpanzés, dá algum suporte para a hipótese da desaceleração, mas a questão está longe de resolvida.
Para os cientistas que se perfilam nesse grupo, o advento da cultura, com seus desenvolvimentos sociais e tecnológicos, nos tornou menos dependentes da genética. O
paleontologista Stephen Jay Gould era um campeão dessa teoria. Para ele, não houve mudança biológica significativa nos últimos 40 mil anos.
Na outra ponta, pesquisadores como os antropólogos Henry Harpending e John Hawks sustentam não só que a evolução genética continua viva e atuante na humanidade
como se acelerou nos últimos 40 milênios, especialmente desde o surgimento da agricultura, dez mil anos atrás. Essa teoria, embora longe de consensual, tem ganhado a
simpatia de pesquisadores de várias áreas.
As conclusões desse grupo se baseiam principalmente em análises estatísticas de mutações observadas no genoma de diferentes populações humanas. Em suas contas,
23% de nossos genes estiveram sob pressão seletiva recente. No plano teórico, a ideia é que a concentração demográfica e a exposição a ambientes mais diversos
favorecem a evolução.
É cedo para cravar quem está certo. Mais trabalhos deverão ser produzidos e, pelo menos em princípio, as evidências podem resolver a questão. O complicador aqui é
político. Evolução recente pode ser interpretada como sinônimo de raça, e este é um assunto que tende a ser especialmente explosivo na academia.
No texto, tanto os pesquisadores que defendem que os seres humanos estão se desenvolvendo de forma mais lenta quanto os que consideram que os humanos
continuam em franca evolução citam, para corroborar suas teses,
Pelo menos é o que afirmam três pesquisadores que publicaram um estudo pelo Banco Mundial em junho e que, recentemente, lançaram um livro sobre esse tema. O
raciocínio dos autores é que as instituições multilaterais são compostas por governos, que, por sua vez, são influenciados pelas opiniões do público de seus países.
E pouca gente lê artigos. O que se sabe sobre um país pobre é, geralmente, descoberto em livros e filmes.
Dennis Rodgers, um dos autores e professor de sociologia da Universidade de Glasgow, diz que isso pode ser positivo: um relatório nunca fará alguém ser voluntário por
uma causa, mas um filme teria esse poder.
O estudo, no entanto, diz que pode haver falhas nos retratos de pobreza. Rodgers lista dois: a simplificação excessiva e a figura do europeu ou do americano “herói”.
“Na maioria dos filmes, o conhecimento, a tecnologia e a bondade vão do Norte para o Sul. E, se olharmos para como o desenvolvimento funciona, muitas inovações
vieram do Sul para o Norte”.
O filme Cidade de Deusé citado como “um dos primeiros a chamar a atenção, no circuito de cinema dos países ricos, para o tema da violência urbana, crítico para o
desenvolvimento econômico”. No texto, os autores lamentam que ele seja exibido em universidades como um “quase documentário”, algo que ele não se propõe a ser.
O estudo, no entanto, diz que pode haver falhas nos retratos de pobreza. Rodgers lista dois: a simplificação excessiva e a figura do europeu ou do americano
“herói”.
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É correto concluir que a simplificação excessiva a que Dennis Rodgers, um dos autores do estudo, refere-se encontra correspondência no fato de o filme Cidade de Deus
a) ter chamado a atenção apenas nos países do Norte, não conseguindo repetir o sucesso no circuito de cinema dos países ricos.
b) ser exibido em universidades quase como se fosse um documentário, embora este não seja o caráter, ou o propósito, da obra.
c) reproduzir a imagem da violência urbana em vez de divulgar outros aspectos, positivos, como o desenvolvimento econômico.
d) ter características semelhantes às de um documentário, ainda que tenha como única finalidade entreter espectadores estrangeiros.
e) banalizar o tema da violência, contribuindo para que essa imagem divulgada no filme seja perpetrada nos países ricos.
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Texto I
Foi no pátio da escola, à hora do recreio. Eugênio abaixou-se para apanhar a bola de pano, e de repente atrás dele alguém gritou:
Os outros rapazes cercaram Eugênio numa algazarra. Houve pulos, atropelos, pontapés, cotoveladas, gritos e risadas: eram como galinhas correndo cegas a um tempo
para bicar o mesmo punhado de milho. No meio da roda, atarantado e vermelho, Eugênio tapava com ambas as mãos o rasgão da calça, sentindo um calorão no rosto.
Os colegas romperam em vaia frenética:
Calça furada!
Calça furada!
Calça furada-dá!
Gritavam em cadência uniforme, batendo palmas. Eugênio sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Balbuciava palavras de fraco protesto, que se sumiam devoradas
pelo grande alarido.
Calça furada-dá!
No fio-fó-fó-fó!
Oia as calça dele, vovó!
Calça furada-dá!
Do outro lado do pátio, as meninas olhavam curiosas, com ar divertido, pulando e rindo. Em breve começaram a gritar também, integrando-se no coro, num alvoroço de
gralhas.
O vento da manhã levava no seu sopro frio aquelas vozes agudas, espalhava-as pela cidade inteira, anunciando a toda a gente que o menino Eugênio estava com as
calças rasgadas, bem naquele lugar... As lágrimas deslizavam pelo rosto do rapaz e ele deixava que elas corressem livres, lhe riscassem as faces, lhe entrassem pela
boca, lhe pingassem do queixo, porque tinha ambas as mãos postas como um escudo sobre as nádegas. Agora, de braços dados, os rapazes formavam um grande círculo
e giravam de um lado para outro, berrando sempre: Calça furada! Calça furada!
Eugênio cerrou os olhos como para não ver por mais tempo a sua vergonha.
Na hora da tabuada, a professora apontava os números no quadro-negro com o ponteiro, e os alunos gritavam em coro:
Meu Deus, como era triste, como era vergonhoso ser pobre!
a) jogava bola com seus colegas, na quadra da escola, após o recreio, quando foi alvo de zombaria por causa de sua calça rasgada.
b) importava-se pouco com as gozações dos colegas, embora sentisse vergonha da calça furada.
c) protestava, em voz alta e firme, contra a atitude insensível de alguns colegas.
d) tinha o apoio silencioso das meninas da escola, que o respeitavam muito.
e) sofria violência psicológica por parte dos colegas e da professora da escola.
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Texto I
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Foi no pátio da escola, à hora do recreio. Eugênio abaixou-se para apanhar a bola de pano, e de repente atrás dele alguém gritou:
Os outros rapazes cercaram Eugênio numa algazarra. Houve pulos, atropelos, pontapés, cotoveladas, gritos e risadas: eram como galinhas correndo cegas a um tempo
para bicar o mesmo punhado de milho. No meio da roda, atarantado e vermelho, Eugênio tapava com ambas as mãos o rasgão da calça, sentindo um calorão no rosto.
Os colegas romperam em vaia frenética:
Calça furada!
Calça furada!
Calça furada-dá!
Gritavam em cadência uniforme, batendo palmas. Eugênio sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Balbuciava palavras de fraco protesto, que se sumiam devoradas
pelo grande alarido.
Calça furada-dá!
No fio-fó-fó-fó!
Oia as calça dele, vovó!
Calça furada-dá!
Do outro lado do pátio, as meninas olhavam curiosas, com ar divertido, pulando e rindo. Em breve começaram a gritar também, integrando-se no coro, num alvoroço de
gralhas.
O vento da manhã levava no seu sopro frio aquelas vozes agudas, espalhava-as pela cidade inteira, anunciando a toda a gente que o menino Eugênio estava com as
calças rasgadas, bem naquele lugar... As lágrimas deslizavam pelo rosto do rapaz e ele deixava que elas corressem livres, lhe riscassem as faces, lhe entrassem pela
boca, lhe pingassem do queixo, porque tinha ambas as mãos postas como um escudo sobre as nádegas. Agora, de braços dados, os rapazes formavam um grande círculo
e giravam de um lado para outro, berrando sempre: Calça furada! Calça furada!
Eugênio cerrou os olhos como para não ver por mais tempo a sua vergonha.
Na hora da tabuada, a professora apontava os números no quadro-negro com o ponteiro, e os alunos gritavam em coro:
Meu Deus, como era triste, como era vergonhoso ser pobre!
a) Eugênio tinha dificuldade em matemática, principalmente com operações que dependiam da tabuada.
b) a professora de Eugênio, a fim de controlar a situação, desviou a atenção dos alunos para o assunto do pagamento da mensalidade.
c) as condições financeiras do pai de Eugênio não eram boas, e ele ficara inadimplente na escola.
d) Eugênio apresentava-se sempre limpo e bem arrumado e não se envergonhava de sua pobreza.
e) as meninas, que ficavam do mesmo lado que os meninos, no pátio, começaram a bater palmas e a cantar ao mesmo tempo que eles, num coro feminino.
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Texto I
Foi no pátio da escola, à hora do recreio. Eugênio abaixou-se para apanhar a bola de pano, e de repente atrás dele alguém gritou:
Os outros rapazes cercaram Eugênio numa algazarra. Houve pulos, atropelos, pontapés, cotoveladas, gritos e risadas: eram como galinhas correndo cegas a um tempo
para bicar o mesmo punhado de milho. No meio da roda, atarantado e vermelho, Eugênio tapava com ambas as mãos o rasgão da calça, sentindo um calorão no rosto.
Os colegas romperam em vaia frenética:
Calça furada!
Calça furada!
Calça furada-dá!
Gritavam em cadência uniforme, batendo palmas. Eugênio sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Balbuciava palavras de fraco protesto, que se sumiam devoradas
pelo grande alarido.
Calça furada-dá!
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No fio-fó-fó-fó!
Oia as calça dele, vovó!
Calça furada-dá!
Do outro lado do pátio, as meninas olhavam curiosas, com ar divertido, pulando e rindo. Em breve começaram a gritar também, integrando-se no coro, num alvoroço de
gralhas.
O vento da manhã levava no seu sopro frio aquelas vozes agudas, espalhava-as pela cidade inteira, anunciando a toda a gente que o menino Eugênio estava com as
calças rasgadas, bem naquele lugar... As lágrimas deslizavam pelo rosto do rapaz e ele deixava que elas corressem livres, lhe riscassem as faces, lhe entrassem pela
boca, lhe pingassem do queixo, porque tinha ambas as mãos postas como um escudo sobre as nádegas. Agora, de braços dados, os rapazes formavam um grande círculo
e giravam de um lado para outro, berrando sempre: Calça furada! Calça furada!
Eugênio cerrou os olhos como para não ver por mais tempo a sua vergonha.
Na hora da tabuada, a professora apontava os números no quadro-negro com o ponteiro, e os alunos gritavam em coro:
Meu Deus, como era triste, como era vergonhoso ser pobre!
Houve pulos, atropelos, pontapés, cotoveladas, gritos e risadas: eram como galinhas correndo cegas a um tempo para bicar o mesmo punhado de milho. (3.º
parágrafo)
Com a expressão em destaque, o narrador deixa claro que os rapazes agiram de forma
a) fraternal.
b) serena.
c) enigmática.
d) tumultuada.
e) solidária.
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Texto I
Foi no pátio da escola, à hora do recreio. Eugênio abaixou-se para apanhar a bola de pano, e de repente atrás dele alguém gritou:
Os outros rapazes cercaram Eugênio numa algazarra. Houve pulos, atropelos, pontapés, cotoveladas, gritos e risadas: eram como galinhas correndo cegas a um tempo
para bicar o mesmo punhado de milho. No meio da roda, atarantado e vermelho, Eugênio tapava com ambas as mãos o rasgão da calça, sentindo um calorão no rosto.
Os colegas romperam em vaia frenética:
Calça furada!
Calça furada!
Calça furada-dá!
Gritavam em cadência uniforme, batendo palmas. Eugênio sentiu os olhos se encherem de lágrimas. Balbuciava palavras de fraco protesto, que se sumiam devoradas
pelo grande alarido.
Calça furada-dá!
No fio-fó-fó-fó!
Oia as calça dele, vovó!
Calça furada-dá!
Do outro lado do pátio, as meninas olhavam curiosas, com ar divertido, pulando e rindo. Em breve começaram a gritar também, integrando-se no coro, num alvoroço de
gralhas.
O vento da manhã levava no seu sopro frio aquelas vozes agudas, espalhava-as pela cidade inteira, anunciando a toda a gente que o menino Eugênio estava com as
calças rasgadas, bem naquele lugar... As lágrimas deslizavam pelo rosto do rapaz e ele deixava que elas corressem livres, lhe riscassem as faces, lhe entrassem pela
boca, lhe pingassem do queixo, porque tinha ambas as mãos postas como um escudo sobre as nádegas. Agora, de braços dados, os rapazes formavam um grande círculo
e giravam de um lado para outro, berrando sempre: Calça furada! Calça furada!
Eugênio cerrou os olhos como para não ver por mais tempo a sua vergonha.
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Soou a sineta. Terminara o recreio.
Na hora da tabuada, a professora apontava os números no quadro-negro com o ponteiro, e os alunos gritavam em coro:
Meu Deus, como era triste, como era vergonhoso ser pobre!
(http://edu-infantu.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html.Acessado em 13.06.2014)
Comparando a tirinha com o Texto I, de Erico Verissimo, é correto afirmar que
a) a personagem do primeiro quadrinho, Calvin, sofre intimidação por parte de Moe, enquanto Eugênio, no Texto I, sofre a exposição ao ridículo.
b) tanto Calvin como Eugênio sofrem violência física por parte de colegas da mesma classe da escola.
c) nos dois textos, um único indivíduo exerce o poder sobre o outro, praticando um ato que causa dor e angústia.
d) as ações praticadas nos dois textos ocorrem sob a supervisão dos adultos da escola, que nada fazem para impedi-las.
e) os agressores se julgam inferiores, por isso se impõem para superar o ofendido tanto física quanto psicologicamente.
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Ainda bem. Pelo teor de alguns desses comentários, é bom mesmo que não se encontrem. Se um leitor discorda enfaticamente do que leu, pode atrair a resposta raivosa
de um terceiro, o repique quase hidrófobo de um quarto e um bombardeio de opiniões homicidas na sequência. Lá pelo décimo comentário, o texto original já terá sido
esquecido, e as pessoas estarão brigando on-line
entre si.
O anonimato desses comentários estimula a que elas se sintam livres para passar da opinião aos insultos e até às ameaças. Na verdade, são um fórum de bravatas, já
que seus autores sabem que nunca se verão frente a frente com os alvos de seus maus bofes.
Já com as “redes sociais” é diferente. Elas também podem ser um festival de indiscrições, fofocas, agressões, conspirações e, mais grave, denúncias sem fundamento. E,
como acolhem e garantem a impunidade de todo tipo de violência verbal, induzem a que as pessoas levem esse comportamento para as ruas. Será por acaso a crescente
incidência, nos últimos anos, de quebra-quebras em manifestações, brigas em estádios, arrastões em praias e, última contribuição das galeras, os “rolezinhos” nos
shoppings?
São algumas das atividades que as turbas combinam pelas “redes sociais” – expressão que, desde sempre, preferi escrever entre aspas, por enxergar nelas um
componente intrinsecamente antissocial.
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Ainda bem. Pelo teor de alguns desses comentários, é bom mesmo que não se encontrem. Se um leitor discorda enfaticamente do que leu, pode atrair a resposta raivosa
de um terceiro, o repique quase hidrófobo de um quarto e um bombardeio de opiniões homicidas na sequência. Lá pelo décimo comentário, o texto original já terá sido
esquecido, e as pessoas estarão brigando on-line
entre si.
O anonimato desses comentários estimula a que elas se sintam livres para passar da opinião aos insultos e até às ameaças. Na verdade, são um fórum de bravatas, já
que seus autores sabem que nunca se verão frente a frente com os alvos de seus maus bofes.
Já com as “redes sociais” é diferente. Elas também podem ser um festival de indiscrições, fofocas, agressões, conspirações e, mais grave, denúncias sem fundamento. E,
como acolhem e garantem a impunidade de todo tipo de violência verbal, induzem a que as pessoas levem esse comportamento para as ruas. Será por acaso a crescente
incidência, nos últimos anos, de quebra-quebras em manifestações, brigas em estádios, arrastões em praias e, última contribuição das galeras, os “rolezinhos” nos
shoppings?
São algumas das atividades que as turbas combinam pelas “redes sociais” – expressão que, desde sempre, preferi escrever entre aspas, por enxergar nelas um
componente intrinsecamente antissocial.
Um aspecto negativo que o autor aventa existir nas redes sociais estaria em elas
a) não tinha noção da agressividade gratuita de sua interlocutora, que os quadrinhos não mostram.
b) tinha apenas a intenção de informar sua interlocutora da criatividade que esta parece ter.
c) compreende, mas não perdoa a agressividade gratuita de sua interlocutora.
d) não percebeu a informação depreciativa implícita no comentário que fez, no penúltimo quadrinho.
e) se dispõe a reconhecer a qualidade literária dos pensamentos que sua interlocutora registra no diário.
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Via o mundo passar como numa tela cinematográfica, mas que repetia sempre as mesmas cenas, as mesmas personagens.
Tudo tão chato que o desenrolar da rua acabava me parecendo apenas em preto e branco, como nos filmes daquele tempo.
O colorido todo se refugiava, então, nas ilustrações dos meus livros de histórias, com seus reis hieráticos e belos como os das cartas de jogar.
Com seus cavalos – uns verdadeiros príncipes na elegância e na riqueza dos jaezes.
Porém, sobrevivi...
E aqui, do lado de fora, neste mundo em que vivo, como tudo é diferente! Tudo, ó menino do aquário, é muito diferente do teu sonho...
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a) era impossível fantasiar a realidade, para fugir da monotonia desta.
b) aos meninos do aquário, como ele, não era permitido o acesso a obras de ficção.
c) a realidade podia ser mais interessante do que a fantasia dos livros.
d) nenhuma fantasia vale a pena, pois acaba quando chega a maturidade.
e) a imaginação infantil compensava a realidade pouco atraente.
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Na tira, uma personagem se diz viciada em redes sociais. Em relação a isso, é aconselhada, pela outra personagem, no segundo quadrinho, a fazer uma terapia
específica. Com base nessas informações, conclui-se corretamente que essa terapia é representada pelo
As frases – Você precisa de um lote? – e – Um lote precisa de você! – estabelecem entre si uma relação de sentido baseada na ideia de
a) reciprocidade.
b) causa.
c) tempo.
d) oposição.
e) contradição.
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Se a mera promulgação de novas leis fosse capaz de transformar a realidade, o Brasil não seria o país que é. Embora óbvia, a constatação é frequentemente ignorada
pelos legisladores.
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O país assiste a uma verdadeira profusão de leis – muitas delas, a rigor, desnecessárias. São produzidas todos os dias pelos Legislativos federal, estadual e municipal,
sem falar na imensa quantidade de atos normativos, decretos, portarias, circulares...
O problema não se restringe à confusão que esse emaranhado costuma provocar. Às novas leis correspondem novas obrigações para o poder público, que deve monitorar
sua implementação, fiscalizar seu cumprimento e punir eventuais desvios.
Antes de promulgar leis, legisladores de países mais previdentes realizam estudos de impacto e testes de custo/benefício para avaliar os efeitos das normas. Não no
Brasil, onde a regra é o voluntarismo.
O mais recente exemplo disso é o projeto de lei que regulamenta o peso a ser transportado por estudantes em suas mochilas – o texto foi aprovado pelo Senado e deve
seguir para avaliação da Câmara.
a) o Brasil é um país onde, diferentemente do que acontece com outros países, as leis são promulgadas tendo em vista a relação custo/benefício.
b) a promulgação das leis implica novas responsabilidades para o poder público, razão pela qual elas devem ser evitadas ao máximo.
c) as leis deveriam ser promulgadas tendo como parâmetro a sua relevância no cenário social e as reais condições de sua aplicabilidade.
d) os estudos de impacto das leis e testes de custo/benefício são ineficazes quando se pretende promulgar uma lei que transforme a sociedade.
e) o voluntarismo é uma forma mais eficiente de legislar, uma vez que leva em conta atitudes mais previdentes quando se promulga uma lei.
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Se a mera promulgação de novas leis fosse capaz de transformar a realidade, o Brasil não seria o país que é. Embora óbvia, a constatação é frequentemente ignorada
pelos legisladores.
O país assiste a uma verdadeira profusão de leis – muitas delas, a rigor, desnecessárias. São produzidas todos os dias pelos Legislativos federal, estadual e municipal,
sem falar na imensa quantidade de atos normativos, decretos, portarias, circulares...
O problema não se restringe à confusão que esse emaranhado costuma provocar. Às novas leis correspondem novas obrigações para o poder público, que deve monitorar
sua implementação, fiscalizar seu cumprimento e punir eventuais desvios.
Antes de promulgar leis, legisladores de países mais previdentes realizam estudos de impacto e testes de custo/benefício para avaliar os efeitos das normas. Não no
Brasil, onde a regra é o voluntarismo.
O mais recente exemplo disso é o projeto de lei que regulamenta o peso a ser transportado por estudantes em suas mochilas – o texto foi aprovado pelo Senado e deve
seguir para avaliação da Câmara.
Se a mera promulgação de novas leis fosse capaz de transformar a realidade, o Brasil não seria o país que é. Embora óbvia, a constatação é frequentemente ignorada
pelos legisladores.
O país assiste a uma verdadeira profusão de leis – muitas delas, a rigor, desnecessárias. São produzidas todos os dias pelos Legislativos federal, estadual e municipal,
sem falar na imensa quantidade de atos normativos, decretos, portarias, circulares...
O problema não se restringe à confusão que esse emaranhado costuma provocar. Às novas leis correspondem novas obrigações para o poder público, que deve monitorar
sua implementação, fiscalizar seu cumprimento e punir eventuais desvios.
Antes de promulgar leis, legisladores de países mais previdentes realizam estudos de impacto e testes de custo/benefício para avaliar os efeitos das normas. Não no
Brasil, onde a regra é o voluntarismo.
O mais recente exemplo disso é o projeto de lei que regulamenta o peso a ser transportado por estudantes em suas mochilas – o texto foi aprovado pelo Senado e deve
seguir para avaliação da Câmara.
É coerente concluir, em função da argumentação estabelecida no texto, que a lei que regulamenta o peso a ser transportado por estudantes em suas mochilas será um
exemplo de lei
a) supérflua.
b) consensual.
c) contraditória.
d) indispensável.
e) paradoxal.
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Questão 169: VUNESP - Exec Pub (SAP SP)/SAP SP/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
A metrópole virou megalópole e, hoje, São Paulo e Rio de Janeiro se tornaram ambientes hostis ao cidadão de qualquer classe social que precise se deslocar da casa para
o trabalho. As “viagens” diárias dificultam conciliar família e profissão.
Hoje, mais da metade da população (54%) tem algum carro. O Brasil privilegiou a indústria automobilística, facilitou a compra de veículos, e a classe média aumentou em
tamanho e poder de consumo. Todos acreditaram que chegariam ao paraíso. Ficaram presos no congestionamento.
Quem mais fica engarrafada nas ruas é a classe média, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa, com base em dados de 2012, revela que
os muito pobres e os muito ricos gastam menos tempo no deslocamento casa-trabalho do que a classe média. Os ricos, porque podem morar perto do trabalho – sem
contar os milionários, que andam de helicóptero. Os muito pobres, sem dinheiro para a passagem, tendem a se restringir a trabalhar bem perto de onde moram ou
acordam às 4 horas da manhã para evitar congestionamento. Como não se investiu em trem e metrô – muito menos em sistemas inteligentes de transporte –,
estouramos os limites da civilidade. E que se lixem os impactos ambientais, a poluição e a rinite.
A frase que inicia o texto – Era uma vez o sonho de morar na grande cidade. – revela que
a) os ricos e os pobres sofrem tanto quanto a classe média com a vida em uma grande cidade.
b) sonhar com uma vida melhor é uma forma de não se decepcionar com a rotina das megalópoles.
c) as grandes cidades são, em geral, lugares onde é caro viver, por isso os sonhos se desfazem.
d) existe uma diferença considerável entre aquilo que a classe média sonhou e o cotidiano que vive.
e) a grande cidade acolhe a todos indistintamente e, em geral, a classe média é que vive melhor.
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A metrópole virou megalópole e, hoje, São Paulo e Rio de Janeiro se tornaram ambientes hostis ao cidadão de qualquer classe social que precise se deslocar da casa para
o trabalho. As “viagens” diárias dificultam conciliar família e profissão.
Hoje, mais da metade da população (54%) tem algum carro. O Brasil privilegiou a indústria automobilística, facilitou a compra de veículos, e a classe média aumentou em
tamanho e poder de consumo. Todos acreditaram que chegariam ao paraíso. Ficaram presos no congestionamento.
Quem mais fica engarrafada nas ruas é a classe média, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa, com base em dados de 2012, revela que
os muito pobres e os muito ricos gastam menos tempo no deslocamento casa-trabalho do que a classe média. Os ricos, porque podem morar perto do trabalho – sem
contar os milionários, que andam de helicóptero. Os muito pobres, sem dinheiro para a passagem, tendem a se restringir a trabalhar bem perto de onde moram ou
acordam às 4 horas da manhã para evitar congestionamento. Como não se investiu em trem e metrô – muito menos em sistemas inteligentes de transporte –,
estouramos os limites da civilidade. E que se lixem os impactos ambientais, a poluição e a rinite.
Segundo o texto, uma das causas do agravamento da situação do trânsito nas grandes cidades é
A metrópole virou megalópole e, hoje, São Paulo e Rio de Janeiro se tornaram ambientes hostis ao cidadão de qualquer classe social que precise se deslocar da casa para
o trabalho. As “viagens” diárias dificultam conciliar família e profissão.
Hoje, mais da metade da população (54%) tem algum carro. O Brasil privilegiou a indústria automobilística, facilitou a compra de veículos, e a classe média aumentou em
tamanho e poder de consumo. Todos acreditaram que chegariam ao paraíso. Ficaram presos no congestionamento.
Quem mais fica engarrafada nas ruas é a classe média, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). A pesquisa, com base em dados de 2012, revela que
os muito pobres e os muito ricos gastam menos tempo no deslocamento casa-trabalho do que a classe média. Os ricos, porque podem morar perto do trabalho – sem
contar os milionários, que andam de helicóptero. Os muito pobres, sem dinheiro para a passagem, tendem a se restringir a trabalhar bem perto de onde moram ou
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
acordam às 4 horas da manhã para evitar congestionamento. Como não se investiu em trem e metrô – muito menos em sistemas inteligentes de transporte –,
estouramos os limites da civilidade. E que se lixem os impactos ambientais, a poluição e a rinite.
A ciência do humor
Na média, nós rimos entre 15 e 20 vezes por dia. Mas a variação entre indivíduos é grande. E não só entre indivíduos. Mulheres riem mais do que homens, mas são
piores contadoras de piadas. E, à medida que envelhecem, elas tendem a rir menos, o que não acontece com eles. Também preferimos (todos) rir à tarde e no início da
noite.
Um bom estoque de informações como essas, além daquela que foi considerada a piada mais engraçada do mundo, está em Ha!: The Science of When We Laugh and
Why (Ha!: a ciência de quando rimos e por quê), do neurocientista Scott Weems.
O livro é interessante sob vários aspectos. Além das já referidas trivialidades, cujo valor é intrínseco, Weems faz um bom apanhado de como andam os estudos do
humor, campo que apenas engatinhava 30 anos atrás e hoje conta com sociedades e artigos dedicados ao tema.
O que me chamou a atenção, entretanto, é que o autor propõe um modelo um pouco diferente para compreender o humor, que seria um subproduto da forma como
nosso cérebro processa as dezenas de informações conflitantes que recebe a cada instante. Embora nós gostemos de imaginar que usamos a lógica para avaliar as
evidências e tirar uma conclusão, trabalhos neuro-científicos sugerem que a mente é o resultado de uma cacofonia de módulos e sistemas atuando em rede. Vence
aquele módulo que grita mais alto. Frequentemente, o cérebro aproveita essa confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas e criativas.
Quando essas ideias atendem a certos requisitos como provocar surpresa e apresentar algo que pareça, ainda que vagamente, uma solução para o conflito, achamos
graça e sentimos prazer, que vem na forma de uma descarga de dopamina, o mesmo neuro-transmissor envolvido no vício em drogas e no aprendizado.
Basicamente, o humor é o resultado inopinado de nosso modo de lidar com ambiguidades e complexidades.
a) fictícias.
b) triviais.
c) complexas.
d) revolucionárias.
e) progressistas.
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A ciência do humor
Na média, nós rimos entre 15 e 20 vezes por dia. Mas a variação entre indivíduos é grande. E não só entre indivíduos. Mulheres riem mais do que homens, mas são
piores contadoras de piadas. E, à medida que envelhecem, elas tendem a rir menos, o que não acontece com eles. Também preferimos (todos) rir à tarde e no início da
noite.
Um bom estoque de informações como essas, além daquela que foi considerada a piada mais engraçada do mundo, está em Ha!: The Science of When We Laugh and
Why (Ha!: a ciência de quando rimos e por quê), do neurocientista Scott Weems.
O livro é interessante sob vários aspectos. Além das já referidas trivialidades, cujo valor é intrínseco, Weems faz um bom apanhado de como andam os estudos do
humor, campo que apenas engatinhava 30 anos atrás e hoje conta com sociedades e artigos dedicados ao tema.
O que me chamou a atenção, entretanto, é que o autor propõe um modelo um pouco diferente para compreender o humor, que seria um subproduto da forma como
nosso cérebro processa as dezenas de informações conflitantes que recebe a cada instante. Embora nós gostemos de imaginar que usamos a lógica para avaliar as
evidências e tirar uma conclusão, trabalhos neuro-científicos sugerem que a mente é o resultado de uma cacofonia de módulos e sistemas atuando em rede. Vence
aquele módulo que grita mais alto. Frequentemente, o cérebro aproveita essa confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas e criativas.
Quando essas ideias atendem a certos requisitos como provocar surpresa e apresentar algo que pareça, ainda que vagamente, uma solução para o conflito, achamos
graça e sentimos prazer, que vem na forma de uma descarga de dopamina, o mesmo neuro-transmissor envolvido no vício em drogas e no aprendizado.
Basicamente, o humor é o resultado inopinado de nosso modo de lidar com ambiguidades e complexidades.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
d) dificilmente será tratado com seriedade.
e) ganhou notabilidade há pouco tempo.
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A ciência do humor
Na média, nós rimos entre 15 e 20 vezes por dia. Mas a variação entre indivíduos é grande. E não só entre indivíduos. Mulheres riem mais do que homens, mas são
piores contadoras de piadas. E, à medida que envelhecem, elas tendem a rir menos, o que não acontece com eles. Também preferimos (todos) rir à tarde e no início da
noite.
Um bom estoque de informações como essas, além daquela que foi considerada a piada mais engraçada do mundo, está em Ha!: The Science of When We Laugh and
Why (Ha!: a ciência de quando rimos e por quê), do neurocientista Scott Weems.
O livro é interessante sob vários aspectos. Além das já referidas trivialidades, cujo valor é intrínseco, Weems faz um bom apanhado de como andam os estudos do
humor, campo que apenas engatinhava 30 anos atrás e hoje conta com sociedades e artigos dedicados ao tema.
O que me chamou a atenção, entretanto, é que o autor propõe um modelo um pouco diferente para compreender o humor, que seria um subproduto da forma como
nosso cérebro processa as dezenas de informações conflitantes que recebe a cada instante. Embora nós gostemos de imaginar que usamos a lógica para avaliar as
evidências e tirar uma conclusão, trabalhos neuro-científicos sugerem que a mente é o resultado de uma cacofonia de módulos e sistemas atuando em rede. Vence
aquele módulo que grita mais alto. Frequentemente, o cérebro aproveita essa confusão para, a partir da complexidade, produzir ideias novas e criativas.
Quando essas ideias atendem a certos requisitos como provocar surpresa e apresentar algo que pareça, ainda que vagamente, uma solução para o conflito, achamos
graça e sentimos prazer, que vem na forma de uma descarga de dopamina, o mesmo neuro-transmissor envolvido no vício em drogas e no aprendizado.
Basicamente, o humor é o resultado inopinado de nosso modo de lidar com ambiguidades e complexidades.
a) Potencialmente! … reforçar
b) Eventualmente! … referendar
c) Tecnicamente! … atestar
d) Factualmente! … anular
e) Teoricamente! … relativizar
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 176: VUNESP - Of Admin (PM SP)/PM SP/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
Queixo duplo
Psicólogos, pedagogos e linguistas advertem: o smartphone é antissocial – ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se
confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas. Pode-se estar num restaurante, teatro, praia ou até passeando em Paris – se o sujeito
estiver empalmando um smartphone, nada e ninguém mais existirá. A badalhoca abole a vida ao redor.
Apesar disso, raros se habilitam a tentar equilibrar essa servidão com a riqueza da vida real, onde as coisas têm forma, volume, peso, cheiros e cores. Neste momento,
já há dezenas de milhões de crianças que não conheceram o mundo antes do smartphone. Mais um pouco e não acreditarão que esse mundo um dia existiu.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se
assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo.
Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio
e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro.
Se isto não basta para que as pessoas deem um pouco de sossego ao smartphone, resta informar que, para alguns fisioterapeutas, a postura curvada – a cabeça em
ângulo reto em relação ao pescoço, exigida para se ler ou escrever na telinha – pode vergar a coluna mais ereta à forma de um ponto de interrogação. E o queixo
cravado ao peito tantas horas por dia está levando as pessoas mais bonitas a desenvolverem queixo duplo.
a) contribui para que as pessoas se aproximem, por meio de seus diversos recursos de interatividade.
b) auxilia as pessoas a localizarem bons lugares, como restaurantes e teatros, onde possam interagir.
c) fez com que as conversas por telefone fossem substituídas por outras formas de interação, como as redes sociais.
d) coloca as pessoas em situação de isolamento, ao torná-las alheias à vida real, aos acontecimentos ao seu redor.
e) permitiu às pessoas se relacionarem melhor, por poderem se comunicar mesmo estando na praia, ou em Paris.
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Queixo duplo
Psicólogos, pedagogos e linguistas advertem: o smartphone é antissocial – ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se
confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas. Pode-se estar num restaurante, teatro, praia ou até passeando em Paris – se o sujeito
estiver empalmando um smartphone, nada e ninguém mais existirá. A badalhoca abole a vida ao redor.
Apesar disso, raros se habilitam a tentar equilibrar essa servidão com a riqueza da vida real, onde as coisas têm forma, volume, peso, cheiros e cores. Neste momento,
já há dezenas de milhões de crianças que não conheceram o mundo antes do smartphone. Mais um pouco e não acreditarão que esse mundo um dia existiu.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se
assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo.
Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio
e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro.
Se isto não basta para que as pessoas deem um pouco de sossego ao smartphone, resta informar que, para alguns fisioterapeutas, a postura curvada – a cabeça em
ângulo reto em relação ao pescoço, exigida para se ler ou escrever na telinha – pode vergar a coluna mais ereta à forma de um ponto de interrogação. E o queixo
cravado ao peito tantas horas por dia está levando as pessoas mais bonitas a desenvolverem queixo duplo.
Queixo duplo
Psicólogos, pedagogos e linguistas advertem: o smartphone é antissocial – ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se
confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas. Pode-se estar num restaurante, teatro, praia ou até passeando em Paris – se o sujeito
estiver empalmando um smartphone, nada e ninguém mais existirá. A badalhoca abole a vida ao redor.
Apesar disso, raros se habilitam a tentar equilibrar essa servidão com a riqueza da vida real, onde as coisas têm forma, volume, peso, cheiros e cores. Neste momento,
já há dezenas de milhões de crianças que não conheceram o mundo antes do smartphone. Mais um pouco e não acreditarão que esse mundo um dia existiu.
Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se
assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio
e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro.
Se isto não basta para que as pessoas deem um pouco de sossego ao smartphone, resta informar que, para alguns fisioterapeutas, a postura curvada – a cabeça em
ângulo reto em relação ao pescoço, exigida para se ler ou escrever na telinha – pode vergar a coluna mais ereta à forma de um ponto de interrogação. E o queixo
cravado ao peito tantas horas por dia está levando as pessoas mais bonitas a desenvolverem queixo duplo.
a) desacreditadas.
b) apreensivas.
c) cuidadosas.
d) prevenidas.
e) desatentas.
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a) o fato de o acesso à internet já ter se tornado ilimitado até nas regiões mais remotas do Brasil.
b) a morosidade na distribuição de serviços de internet nas zonas rurais do território brasileiro.
c) a ampliação da oferta da internet a diversos contextos geográficos e sociais no Brasil.
d) a desigualdade na distribuição de serviços de internet entre os diferentes estados brasileiros.
e) a descoberta de que a internet já é o meio de comunicação mais usado pela população brasileira.
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Questão de isonomia
Meu último artigo levou alguns leitores a me perguntarem o que acho da isonomia salarial. Como sempre, a resposta depende de como definimos os termos da pergunta.
Se entendemos por isonomia apenas o tratamento jurídico dispensado ao trabalhador, sou totalmente a favor. Mas, se tentarmos, numa interpretação mais forte, aplicar
o conceito no nível dos resultados, isto é, ao salário final de cada empregado, sou contra.
Colocando de outra forma, devemos nos opor a toda e qualquer discriminação salarial que não tenha por base o desempenho individual do trabalhador, e defendê-la
quando tem essa origem. É injusto pagar menos uma mulher apenas pelo fato de ela ser mulher, mas, se a diferença no vencimento se deve ao fato de um profissional
ter produzido mais que o outro, ela é bem-vinda, por mais difícil que seja, em muitas atividades, definir e mensurar o que é “produzir mais”.
Um bom exemplo é o dos jogadores de futebol. Em princípio, todos eles exercem a mesma função, que é jogar futebol e, pela regra da isonomia forte, deveriam receber
o mesmo, mas, se você quiser acabar com os campeonatos e dificultar o surgimento de craques, é só baixar uma lei que iguale o salário dos Neymares aos de qualquer
cabeça de bagre.
No setor privado, a coisa até funciona, pois se permite ao empresário avaliar seus funcionários como quiser e fixar seus vencimentos dentro de parâmetros elásticos. A
complicação surge no serviço público, onde a isonomia forte é levada a ferro e fogo. Reconheça-se que é muito difícil criar um sistema de avaliação impessoal, como se
exige do poder público. Mas fazê-lo é imperativo. A razão principal do fracasso dos países socialistas é que, numa caricatura da isonomia, desenvolveram um regime em
que valia mais a pena esconder -se na ineficiência do que buscar a inovação e a excelência.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 181: VUNESP - Of Admin (PM SP)/PM SP/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
Questão de isonomia
Meu último artigo levou alguns leitores a me perguntarem o que acho da isonomia salarial. Como sempre, a resposta depende de como definimos os termos da pergunta.
Se entendemos por isonomia apenas o tratamento jurídico dispensado ao trabalhador, sou totalmente a favor. Mas, se tentarmos, numa interpretação mais forte, aplicar
o conceito no nível dos resultados, isto é, ao salário final de cada empregado, sou contra.
Colocando de outra forma, devemos nos opor a toda e qualquer discriminação salarial que não tenha por base o desempenho individual do trabalhador, e defendê-la
quando tem essa origem. É injusto pagar menos uma mulher apenas pelo fato de ela ser mulher, mas, se a diferença no vencimento se deve ao fato de um profissional
ter produzido mais que o outro, ela é bem-vinda, por mais difícil que seja, em muitas atividades, definir e mensurar o que é “produzir mais”.
Um bom exemplo é o dos jogadores de futebol. Em princípio, todos eles exercem a mesma função, que é jogar futebol e, pela regra da isonomia forte, deveriam receber
o mesmo, mas, se você quiser acabar com os campeonatos e dificultar o surgimento de craques, é só baixar uma lei que iguale o salário dos Neymares aos de qualquer
cabeça de bagre.
No setor privado, a coisa até funciona, pois se permite ao empresário avaliar seus funcionários como quiser e fixar seus vencimentos dentro de parâmetros elásticos. A
complicação surge no serviço público, onde a isonomia forte é levada a ferro e fogo. Reconheça-se que é muito difícil criar um sistema de avaliação impessoal, como se
exige do poder público. Mas fazê-lo é imperativo. A razão principal do fracasso dos países socialistas é que, numa caricatura da isonomia, desenvolveram um regime em
que valia mais a pena esconder -se na ineficiência do que buscar a inovação e a excelência.
Googlall
Vira e mexe, vejo-me olhando o sujeito na mesa ao lado e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço esse cara? Terá sido meu companheiro no chalé
IV do acampamento Rancho Ranieri, em 1987? O namorado da prima de uma ex-namorada, na faculdade? Um passageiro com quem troquei três frases na ponte aérea,
semana passada?
Muito em breve, essa e outras questões serão resolvidas num piscar de olhos. Literalmente: bastará encarar a pessoa através das nossas lentes de contato digitais e
uma legenda aparecerá, como na viseira do Robocop: “Pedro Arruda, 35, advogado tributarista, vulgo ‘Goiabão’, roubou seus bonecos do Comandos em Ação na quarta
série”.
Tudo estará na rede e a rede estará em nós. Imagine um novo casal tendo aquela típica conversa: “Que coisa doida a gente nunca ter se esbarrado por aí antes... Será
que a gente já passou pertinho um do outro em algum lugar?”. Como seremos chipados ao nascer, os namorados poderão ver as situações em que estiveram mais
próximos acessando o histórico de seus GPSs pessoais. E já que as lentes filmarão o tempo inteiro, do exame do pezinho à pá de cal, dará até para assistirem às
cenas de seus quase encontros: na infância, a três assentos de distância, no barco viking do Playcenter; na adolescência, se cruzando numa passeata dos “caras-
pintadas”; numa tarde modorrenta de 2003, olhando pro painel de senhas do cartório Vampré, em Pinheiros. (Essas imagens, claro, estarão no vídeo de casamento dos
dois, mandado diretamente para as lentes dos convidados.)
Confesso que, quando penso neste futuro próximo, o que mais me atiça a curiosidade não são as maravilhas possíveis (como encontrar doadores compatíveis), mas as
pequenas inutilidades. Como, por exemplo, pegar uma caneta Bic e, através das impressões digitais, descobrir as mãos pelas quais já passou, ver as fotos e perfis desses
desconhecidos cujo único vínculo é uma esferográfica – e, quem sabe, uma medula óssea. Talvez, quando esse dia chegar, já não se precise mais de cronistas: cada
pedrinha no chão, cada tijolo na parede, ao serem escaneados, contarão histórias muito mais ricas do que as que poderemos inventar. Enquanto esse dia não chega,
contudo, continuamos aqui, todo domingo.
a) defende a ideia de que a internet fez com que as pessoas perdessem a capacidade de diferenciar o que é realidade e o que é ficção.
b) critica o uso excessivo de computadores conectados ao Google, o que faz com que o conhecimento adquirido se torne superficial.
c) lamenta o fato de os encontros presenciais terem sido substituídos pelo contato virtual, por redes sociais, o que inviabilizou as relações afetivas.
d) afirma que o uso excessivo da internet pode prejudicar a memória humana, já que esta tende a se deteriorar caso deixe de receber estímulos.
e) imagina como as pessoas poderão interagir se elas tiverem dispositivos conectando seus corpos a uma rede interativa de dados.
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Googlall
Vira e mexe, vejo-me olhando o sujeito na mesa ao lado e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço esse cara? Terá sido meu companheiro no chalé
IV do acampamento Rancho Ranieri, em 1987? O namorado da prima de uma ex-namorada, na faculdade? Um passageiro com quem troquei três frases na ponte aérea,
semana passada?
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Muito em breve, essa e outras questões serão resolvidas num piscar de olhos. Literalmente: bastará encarar a pessoa através das nossas lentes de contato digitais e
uma legenda aparecerá, como na viseira do Robocop: “Pedro Arruda, 35, advogado tributarista, vulgo ‘Goiabão’, roubou seus bonecos do Comandos em Ação na quarta
série”.
Tudo estará na rede e a rede estará em nós. Imagine um novo casal tendo aquela típica conversa: “Que coisa doida a gente nunca ter se esbarrado por aí antes... Será
que a gente já passou pertinho um do outro em algum lugar?”. Como seremos chipados ao nascer, os namorados poderão ver as situações em que estiveram mais
próximos acessando o histórico de seus GPSs pessoais. E já que as lentes filmarão o tempo inteiro, do exame do pezinho à pá de cal, dará até para assistirem às
cenas de seus quase encontros: na infância, a três assentos de distância, no barco viking do Playcenter; na adolescência, se cruzando numa passeata dos “caras-
pintadas”; numa tarde modorrenta de 2003, olhando pro painel de senhas do cartório Vampré, em Pinheiros. (Essas imagens, claro, estarão no vídeo de casamento dos
dois, mandado diretamente para as lentes dos convidados.)
Confesso que, quando penso neste futuro próximo, o que mais me atiça a curiosidade não são as maravilhas possíveis (como encontrar doadores compatíveis), mas as
pequenas inutilidades. Como, por exemplo, pegar uma caneta Bic e, através das impressões digitais, descobrir as mãos pelas quais já passou, ver as fotos e perfis desses
desconhecidos cujo único vínculo é uma esferográfica – e, quem sabe, uma medula óssea. Talvez, quando esse dia chegar, já não se precise mais de cronistas: cada
pedrinha no chão, cada tijolo na parede, ao serem escaneados, contarão histórias muito mais ricas do que as que poderemos inventar. Enquanto esse dia não chega,
contudo, continuamos aqui, todo domingo.
a) tênue.
b) exíguo.
c) comedido.
d) discreto.
e) desmesurado.
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Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 86/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
No texto, o autor
a) oferece informações detalhadas sobre o corpo humano e sua disposição para a atividade física, sem opinar sobre o assunto.
b) dá informações e expõe sua opinião sobre a evolução do homem e sua relação com a prática de atividade física.
c) defende a tese de que a prática de exercícios físicos já não traz benefícios ao ser humano em seu estágio evolutivo atual.
d) informa que os seres humanos, assim como os chimpanzés, não são geneticamente preparados para praticar exercícios físicos.
e) explica, didaticamente, como foi difícil para o homem adaptar-se a um estilo de vida sedentário, promovido pelo progresso tecnológico.
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Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 87/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 187: VUNESP - Ana Tec Leg (CMSJC)/CM SJC/Designer Gráfico/2014
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia o texto para responder à questão.
Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
a) relata que foi preciso inscrever-se em maratonas para se obrigar a fazer exercícios físicos com certa regularidade.
b) revela que, só depois de 20 anos de treinos, passou a se sentir animado para correr 42 quilômetros pela manhã.
c) confessa ter preguiça de levantar cedo da cama para treinar para as maratonas, mas busca meios de superar essa preguiça.
d) conta que acorda empolgado para correr, só que perde essa empolgação conforme veste o calção, a camiseta e calça o tênis.
e) sugere que deixou de fazer alongamento antes da corrida, pois viu que isso não influenciava sua atuação nas maratonas.
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Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5582143/imprimir 88/96
09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
Ao afirmar — Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho. —, o autor sugere que
a) é preciso determinação para ir ao trabalho, pois, no geral, isso não é algo que se faça simplesmente por entusiasmo.
b) a rotina de ir para o trabalho, a rigor, tende a tornar-se mais amena e agradável à medida que o tempo passa.
c) um bom condicionamento físico é fundamental para se ter disposição de ir ao trabalho regularmente.
d) a atividade de ir ao trabalho deve se realizar espontaneamente, caso contrário, torna-se metódica e estafante.
e) ir ao trabalho é uma atividade que vem sendo realizada de maneira instintiva pelo homem moderno.
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Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo
que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts
dos usuários.
As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e
cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…
Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo
que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts
dos usuários.
As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e
cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…
Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
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cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…
Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo
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As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e
cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…
Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo
que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts
dos usuários.
As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e
cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
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a) inviabilizam o usuário para a tarefa de apertar botões.
b) desencadeiam sensações prazerosas no usuário.
c) prejudicam as relações afetivas do usuário.
d) trazem, ao longo do tempo, danos irreversíveis.
e) impedem o usuário de expandir o círculo de relações.
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Grudados no facebook
Eu resisti o quanto pude, mas acabei sucumbindo no ano passado, por necessidade profissional e também para “conhecer o inimigo”, já que meus filhos inevitavelmente
usariam a plataforma.
Por que o facebook tem o poder de transfixar o usuário em sua frente? Um grupo de neurocientistas alemães suspeitou de que a resposta estivesse no retorno positivo
que a plataforma oferece por meio das curtidas públicas aos posts
dos usuários.
As curtidas servem como uma indicação da reputação social do usuário, e ter boa reputação é algo valioso por aumentar a chance de ser alvo de boa vontade e
cooperação dos outros. Descobrir que gostam da gente ou receber outras formas de avaliação positiva são estímulos fortes para o estriado ventral, estrutura do sistema
de recompensa do cérebro que nos premia com uma sensação de prazer quando algo positivo acontece. Mais tarde, a lembrança desse reforço positivo serve como
motivação para repetir o que deu certo – e assim a causa da boa reputação se afirma.
Os pesquisadores da Universidade Livre de Berlim examinaram a relação entre a intensidade de uso da plataforma e a percepção do cérebro dos usuários a recompensas
sociais. O resultado foi uma correlação clara entre a intensidade com que o estriado ventral de cada um respondia a avaliações sociais positivas de boa reputação, na
forma de adjetivos associados à sua pessoa. A descoberta explica por que o facebook é um sistema tão poderoso quanto um videogame. Funciona como um videogame:
você aperta alguns botões e descobre imediatamente, pelas opiniões dos outros, se o resultado foi positivo. Como esse é um videogame de adultos que se leva no bolso,
é difícil resistir a “jogar” o tempo todo…
Ai que preguiça
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
De acordo com o texto, a resistência que, atualmente, as pessoas demonstram ter com relação à prática regular de exercícios físicos justifica-se pelo fato de os seres
humanos terem sido naturalmente projetados para
Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
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09/05/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
Considerando sua relação com o restante do texto, o trecho — Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com
regularidade? — permite concluir, corretamente, que
a) está cada vez mais difícil convencer as pessoas de que a atividade física seja capaz de beneficiar o organismo.
b) já se tornou ultrapassada a ideia de que a atividade física possa fazer bem para a saúde.
c) a opinião de que a atividade física possa beneficiar o organismo ainda é muito controversa.
d) parece haver consenso acerca do fato de que a atividade física pode ser benéfica para o organismo.
e) todos nós somos céticos quanto à possibilidade de a atividade física trazer benefícios para a saúde.
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Ai que preguiça
O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer
direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a
temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a
movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores.
Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas
pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros
atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras.
A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais,
mais recente ainda.
Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos
foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações
cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras.
Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade?
Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para
escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso.
Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder
a barriga?
É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama
louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais.
Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo
mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei
uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora.
Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro
quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”.
Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz
celestial.
Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com
regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho.
No trecho — Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode
nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais. —, o autor sugere que a vontade intensa de praticar exercícios pode ocorrer
a) usualmente.
b) frequentemente.
c) esporadicamente.
d) assiduamente.
e) reiteradamente.
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Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
Leia a tira de André Dahmer para responder à questão.
a) o imediatismo.
b) a inveja.
c) o esnobismo.
d) a transigência.
e) a crueldade.
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Gabarito
1) D 2) B 3) C 4) C 5) E 6) A 7) B
8) E 9) A 10) B 11) B 12) A 13) E 14) A
15) E 16) C 17) A 18) E 19) A 20) C 21) D
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