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UNIVERSIDADE BANDEIRANTE ANHANGUERA- Campus ABC

JAIR CLEMENTE DE OLIVEIRA


JEOVANY PEDRO DE SOUZA SANTOS
JOÃO VICENTE SANTANA SOUZA
MAURICIO BAENA
MOACIR RODRIGUES FIGUEIRA

REAPROVEITAMENTO DE DESCARGA DE AR QUENTE EM TORRES DE


REFRIGERAÇÃO “SISTEMAS HVAC”

São Bernardo do Campo


2013
-2-
-3-

JAIR CLEMENTE DE OLIVEIRA


JEOVANY PEDRO DE SOUZA SANTOS
JOÃO VICENTE SANTANA SOUZA
MAURICIO BAENA
MOACIR RODRIGUES FIGUEIRA

REAPROVEITAMENTO DE DESCARGA DE AR QUENTE EM TORRES DE


REFRIGERAÇÃO “SISTEMAS HVAC”

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à banca examinadora da
Universidade Uniban campus ABC da
Anhanguera Educacional, como requisito
para obtenção do grau em Engenheira
Elétrica sob a orientação do professor esp.
Ideraldo Luiz Del Grego.

São Bernardo do Campo


2013
-4-

Oliveira, Jair Clemente.


Santos, Jeovany Pedro de Souza.
Souza, João Vicente Santana.
Baena, Mauricio.
Figueira, Moacir Rodrigues

Reaproveitamento de descarga de ar quente em torres de


refrigeração “Sistemas HVAC” / Jair C. Oliveira, Jeovany P. S.
Santos, João V. S. Souza, Mauricio Baena, Moacir R. Figueira.
São Bernardo do Campo, 2013.
98 f: ilust.

Monografia (Bacharel) – Anhanguera Educacional.


Orientador: Prof. Ideraldo Luiz Del Grego.

1. Sistemas HVAC. 2. Torres de Refrigeração. 3. Energia


Eólica.

Ficha catalográfica da Biblioteca:___________


-5-

JAIR CLEMENTE DE OLIVEIRA


JEOVANY PEDRO DE SOUZA SANTOS
JOÃO VICENTE SANTANA SOUZA
MAURICIO BAENA
MOACIR RODRIGUES FIGUEIRA

REAPROVEITAMENTO DE DESCARGA DE AR QUENTE EM TORRES DE


REFRIGERAÇÃO “SISTEMAS HVAC”

São Bernardo do campo, 10 de Dezembro de 2013.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof. Ms.Ismael Mendonça Rezende- Presidente

___________________________________________________
Prof.Esp. Ideraldo Luiz Del Grego - Orientador

___________________________________________________
Prof. Ms. Cristiano Tavares Malheiro

___________________________________________________
Prof. Ms Daniel Augusto Prudente Corrêa

São Bernardo do Campo


2013
-6-

Dedicamos este trabalho aos Mestres e


professores que nos acompanharam nesta
jornada que agora chega ao fim. Aos nossos
queridos e amados familiares que nos
apoiaram e incentivaram quando quase
desistimos.
-7-

“Quando os ventos de mudanças sopram,


umas pessoas levantam barreiras, outras
constroem moinhos de vento”
Érico Veríssimo - Escritor Brasileiro.
-8-

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos dado a força necessária e a


ajuda espiritual para conseguir terminar esta etapa das nossas vidas, sabedores de
que sem está fé e perseverança nada nos faria sentido.
Em especial às nossas famílias, esposa, namoradas, pais e filhos, em fim a
todos, que nos suportaram em momentos de angústia, de fraqueza e finalmente de
alegria, constituindo o pilar mais forte de nossas vidas.
Ao grupo Anhanguera Educacional, à Uniban, aos professores, por cederem
seus nomes, o espaço e o tempo para o desenvolvimento deste trabalho.
Aos colegas de sala de aula, companheiros e guerreiros presentes em
momentos de dificuldade e também em nossas celebrações.
Agradecemos também ao grupo do Shopping Metrópole de São Bernardo do
Campo, por nos acolher e cederem seu espaço para o desenvolvimento prático
deste trabalho.
Ao nosso orientador, Professor Ideraldo Luiz Del Grego, pela ajuda e
acompanhamento de nosso desenvolvimento e acima de tudo pelo carinho e
companheirismo nos dado ao longo destes anos.

Nossos sinceros agradecimentos a todos.


-9-

RESUMO

O modelo apresentado tem como intuito diferenciar os padrões existentes de


consumo e reaproveitar a energia, embasado na atual preocupação e necessidade
de sustentabilidade.
O reaproveitamento de energia da ventilação gerada por Torres de Refrigeração de
Sistemas HVAC ocorre através da aplicação de conceito de geração de Energia
Eólica.
A energia de rotação dispensada pelas hélices do ventilador será adaptada a um
rotor do tipo savonius, e alimentará um sistema de geração elétrica, em com os
dispositivos de regulação da tensão e carga gerada. Disponibilizando está energia
elétrica e carga para sistemas de iluminação.
Este trabalho tem como metodologia desenvolver suas etapas de execução, nos
conceitos de eletrônica, elétrica e mecânica para atingir uma configuração simples e
econômica, porém com confiabilidade e segurança nos resultados obtidos.
O projeto teve como foco a sustentabilidade, abrangendo diretrizes ambientais de
preservação do meio ambiente, aspectos comerciais e sua viabilidade, portanto foi
utilizado de peças e materiais destinados a sucata para a confecção das partes
mecânicas e elétricas.

Palavras chave: Sistema HVAC, torre de refrigeração, energia eólica.


- 10 -

ABSTRACT

The model presented has the intention to differentiate the existing patterns of
consumption and reusing energy, based on the current concern and need for
sustainability.
The reuse energy generated by the ventilation towers Cooling HVAC occurs by
applying the concept of wind energy generation.
The rotational energy given by the fan blades will be adapted to a savonius rotor type
and feed a system of electric generation in devices with voltage regulation and load
generated. Electricity is available for charging and lighting systems.
This work is to develop their methodology execution steps , the concepts of
electronics, electrical and mechanical to achieve a simple and economical
configuration, but with safety and reliability of the results obtained .
The project focused on sustainability, including environmental guidelines for
environmental preservation, commercial development and viability, was therefore
used parts and scrap materials intended for the manufacture of mechanical and
electrical parts

Keywords: System HVAC, cooling tower, wind energy.


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LISTA DE FIGURAS

Figura 01– Diagrama de Mollier para um gás refrigerante..................................... 23


Figura 02– Ciclo teórico de refrigeração a compressão de gás............................ 24
Figura 03–Esquema de sistema de expansão indireta de água gelada.............. 25
Figura 04– Ciclo simplificado de refrigeração...................................................... 26
Figura 05– Esquema de Sistema de Resfriamento............................................... 28
Figura 06– Detalhe de uma colméia de torre de resfriamento............................... 29
Figura 07– Exemplo de sistema Eólico isolado..................................................... 31
Figura 08– Forças atuantes em um rotor.............................................................. 32
Figura 09– Exemplo de rotor de eixo horizontal.................................................... 33
Figura 10– Exemplo de rotor de eixo Vertical, rotor tipo Darrieus ......................... 34
Figura 11– Rotor Savonius..................................................................................... 35
Figura 12– Fluxo do vento no rotor Savonius......................................................... 35
Figura 13–Curvas de rotores de cp x l................................................................ 39
Figura 14– Esquema de funcionamento do Gerador............................................. 40
Figura 15– Distribuição da indução Magnética sob um pólo em função do tempo 41
Figura 16– Ciclo Sistema trifásico.......................................................................... 43
Figura 17– Vista aérea de shopping de São Paulo com Torres de Refrigeração.. 44
Figura 18– Desenho Esquemático do modelo real................................................ 45
Figura 19– Dimensões do rotor savonius do modelo............................................. 47
Figura 20– Gerador WEG linha G......................................................................... 50
Figura 21– Ligação típica do Regulador de Tensão WEG..................................... 51
Figura 22– Desenho esquemático do protótipo...................................................... 53
Figura 23– Dimensões do rotor savonius para protótiopo...................................... 54
Figura 24– Dínamo utilizado no protótipo............................................................... 58
Figura 25– Diagrama de Blocos da Placa controladora de carga.......................... 58
Figura 26– Simulação do circuito controlador de carga em protoboard................. 59
Figura 27– Tela 01 do Multisim.............................................................................. 60
Figura 28– Tela 02 do Multisim.............................................................................. 61
Figura 29– Tela 03 do Multisim.............................................................................. 61
Figura 30– Tela 04 do Multisim.............................................................................. 62
Figura 31– Tela 05 do Multisim.............................................................................. 63
- 12 -

Figura 32– Tela 06 do Multisim.............................................................................. 63


Figura 33– Bateria Eletroquímica........................................................................... 64
Figura 34– Caixa Multiplicadora............................................................................ 65
Figura 35– Pré-Montagem do protótipo.................................................................. 67
Figura 36– Medição da Rotação............................................................................ 68
Figura 37– Esquema do Equacionamento............................................................. 68
Figura 38– Engrenagens Planetárias..................................................................... 70
Figura 39– Esquema de Adaptação do Dínamo.................................................... 71
Figura 40– Medição da Rpm do Teste................................................................... 71
Figura 41– Gráfico da Potência do Modelo Real.................................................... 75
Figura 42– Simulação no software PSim do Modelo Real..................................... 75
Figura 43– Gráfico de Demanda de consumo de energia elétrica......................... 76
Figura 44– Gráfico de Investimentos Vs Tempo.................................................... 79
Figura 45– Gráfico de Investimentos Vs Tempo.................................................... 79
Figura 46– Croqui de posicionamento para leitura do vento.................................. 84
Figura 47– Placa Controladora de Carga feito no software Ares do Proteus 7.7... 89
Figura 48– Montagem Geral do protótipo............................................................... 90
Figura 49– Montagem painel do circuito elétrico.................................................... 91
Figura 50– Torre alpina visão geral........................................................................ 92
Figura 51– Rotor do ventilador Axial...................................................................... 93
Figura 52– Gerador da WEG.................................................................................. 95
Figura 53– Regulador de Tensão WEG................................................................. 97
- 13 -

LISTA DE TABELAS

Tabela 01– Valores de K em função das grandezas.............................................. 37


Tabela 02– Velocidades Síncronas....................................................................... 42
Tabela 03– Lógica do circuito da placa controladora............................................. 60
Tabela 04– Relação entre as Engrenagens........................................................... 65
Tabela 05– Dados do Conjunto.............................................................................. 73
Tabela 06– Dados Coletados do Dínamo.............................................................. 73
Tabela 07– Características da Torre de Resfriamento Alpina ............................... 83
Tabela 08– Medição da Torre de Resfriamento Alpina.......................................... 85
Tabela 09– Relação entre as Engrenagens........................................................... 89
Tabela 10– Lista de peças da Placa controladora................................................. 90
- 14 -

LISTA DE SÍMBOLOS

ρ Densidade Volumétrica

l Razão de velocidades de ponta

2πf Velocidades angular.

sen  Ângulo de deslocamento com as linhas do campo, B^V


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LISTA DE ABREVIATURAS

HVAC do inglês “heating, ventilating and air conditioning"


HVAC do português “aquecimento, ventilação e ar condicionado”
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
W Watt
KW Kilo Watt
MW Mega Watt
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
CA Corrente Alternada
CC Corrente Continua
E Energia Cinética
J Joule
m Massa do ar
Kg Kilograma
Kg/m³ Kilograma por metro cúbico
Km/h Kilometro por hora
Mi/h Milha por hora
v Velocidade do vento
v³ Velocidade cúbica
m/s Metros por segundo
Pd Potência Eólica disponível
Pr Potência do rotor
A Área do Rotor eólico
m² Metros quadrado
K Constante de conversão de grandeza para Pd
CV Cavalo vapor
HP termo do inglês Horse Power
pe³ Unidade do sistema inglês pé cúbico
Cp Coeficiente de potência
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Rad/s Radiano por segundo


R Raio do rotor eólico
r Raio de curva da pá
f.e.m. Força Eletromotriz
e Força Eletromotriz
B Indução (densidade) do campo Magnético
L Comprimento de cada condutor
N Numero de espiras
f Frequência
Hz Hertz
p Números de pólos
n Rotação Síncrona
rpm Rotações por minuto
Kgf.m Kilograma força vezes metro
N.m Newton vezes metro
a Distancia entre centro das pás
h Comprimento do rotor
T Torque no rotor
Xd Reatâncias do gerador
Z Numero de dentes da engrenagem.
Dp Diâmetro primitivo
Di Diâmetro interno
De Diâmetro externo
I Distancia entre centros das engrenagens
T Período em função do tempo
PRF Plástico Reforçado com Fibra de Vidro
IP(W) Código de padronização de proteção de motor elétrico
TR Unidade de refrigeração: Tonelada de Refrigeração
BTU do inglês “British Thermal Units”
BTU do português “Unidade Térmica Britânica”
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LISTA DE EQUAÇÕES

(01) Energia Cinética;


(02) Densidade Volumétrica do ar;
(03) Potência Eólica Disponível;
(04) Potência eólica Disponível em função da constante K;
(05) Potencia do Rotor;
(06) Razão de velocidade na Ponta;
(07) Força Eletromotriz, segundo a lei da Indução (Faraday);
(08) f.e.m. em relação ao numero de espiras;
(09) Frequência do gerador em função da rotação;
(10) Área Útil do rotor Savonius;
(11) Rotação do Rotor Savonius;
(12) Frequência do Rotor Savonius;
(13) Torque do Rotor Savonius;
(14) Rotação do eixo do Alternador;
(15) Igualdade entre as Forças;
(16) Torque do rotor;
(17) Torque do Alternador;
(18) Igualdade entre os Torques;
- 18 -

SUMÁRIO
1. Introdução........................................................................................................... 19
2. Conceitos Básicos.............................................................................................. 21
2.1. A Refrigeração e o Homem ao Longo do Tempo............................................ 21
2.2. O que é HVAC................................................................................................. 22
2.3. Generalidades de Sistemas de HVAC............................................................ 22
2.4. Principais definições de Sistemas de HVAC................................................... 24
2.5. Componentes de Sistemas de HVAC............................................................. 26
2.6. Princípios de Funcionamento de Torre de Refrigeração................................. 28
2.7. Parâmetros Utilizados de Geração de Energia Eólica.................................... 30
2.8. Rotores............................................................................................................ 32
2.9. Cálculos e Fórmulas........................................................................................ 36
2.10. Gerador de Corrente Alternada..................................................................... 40
2.11. Sustentabilidade............................................................................................ 43
3. Idéia do Modelo Real.......................................................................................... 45
3.1. Descrição......................................................................................................... 45
3.2. Memorial de Cálculo........................................................................................ 46
3.3. Especificação do Equipamento....................................................................... 50
4. Métodos e Análise do Projeto/Protótipo............................................................. 53
4.1. Descrição do Protótipo.................................................................................... 53
4.2. Memorial de Cálculo........................................................................................ 54
4.3. Especificação do Equipamento....................................................................... 57
5.0. Resultados e Considerações sobre Futuros Estudos..................................... 67
5.1. Medições......................................................................................................... 73
5.2. Pay Back e Viabilidade Comercial................................................................... 76
6. Conclusão........................................................................................................... 80
7. Referências Bibliográficas................................................................................ 81
Apêndice A - Medições da Torre................................................................... 83
Apêndice B-Desenho do Protótipo................................................................. 86
Apêndice C-Desenho da Placa Controladora................................................ 88
Apêndice D-Lista de Material e Peças........................................................... 89
Anexo I-Torre de Resfriamento de Água....................................................... 92
Anexo II - Gerador Weg................................................................................. 95
Anexo III- Regulador de Tensão.................................................................... 97
- 19 -

1. INTRODUÇÃO

Tratar do Reaproveitamento de energia nos dias atuais é uma questão


relevante e que vem crescendo devido aos elevados custos [10].
Com base em estudos recentes sobre maneiras de reutilização de energia, os
chamado “Building Efficiency” [19], conceito que vem do inglês e que seu significado
consiste em uma tentativa de aproveitar as perdas de um determinado processo de
modo sustentável este trabalho busca no sistema HVAC - (aquecimento, ventilação
e ar condicionado), um melhor uso sustentável dos equipamentos. Pois a energia é
rotativa na saída dessas máquinas chiller e torre de resfriamento que após o uso é
descartada, e que o descarte deste ar quente gera um vento com boa intensidade e
que pode ser reutilizado.
A busca pelo conforto e bem-estar das pessoas são aspectos relevantes em
locais de grandes concentrações, em questão centros comerciais e shoppings
centers, onde os mesmos se utilizam de sistemas HVAC e que dependem de
diversos fatores econômicos para sua sobrevivência financeira. Por estes motivos os
estabelecimentos comerciais buscam reaproveitar, reciclar e reutilizar seus recursos
sem prejuízo na qualidade de seus produtos, mas com redução de custo e assim
continuarem competitivos no mercado[19].
A palavra sustentabilidade virou moda estampada em capas de revistas, sites
e jornais.Não poluir, reduzir custos e ser referência nestas questões facilitam a
entrada e ou manutenção no mercado[19].
A partir desta junção de pensamentos ,o projeto tenta trazer uma ideia de
reaproveitamento do ar quente descartado pelo conjunto de torre de refrigeração
utilizando o principio da geração de energia Eólica. Através de um conjunto de rotor
e gerador acoplado na saída do ventilador, é possível gerar a energia necessária
para diversas aplicações, no caso a proposta para iluminação, maximizando os
recursos empregados de forma consciente.
O objetivo deste trabalho é mostrar a viabilidades desta ideia, a partir de uma
analise comparativa entre um protótipo baseado em um modelo real.
Este trabalho está seis capitulos ,onde o Capítulo 1 apresenta uma introdução
sobre o assunto.
O Capítulo 2 apresenta conceitos básicos utilizados para parametrizar está
análise.
- 20 -

O capítulo 3 descreve o modelo proposto e suas especificações principais.


O capítulo 4 detalha o protótipo a ser parametrizado como base para o
estudo.
O capítulo 5 é feito um estudo de retorno de investimento com os valores
obtidos entre Protótipo vs Modelo Real.
O capítulo 6 , após análise de todos os resultados, apresenta a conclusão e
pontos a ser considerados para uma possivel efetivação do modelo.
- 21 -

2. CONCEITOS BÁSICOS

2.1. A REFRIGERAÇÃO E O HOMEM AO LONGO DO TEMPO

A refrigeração, segundo algumas fontes e pesquisas [15,17,18], já era


utilizada pelo homem e evidenciada em varias épocas de sua existência e evolução.
Cronologicamente falando pode se observar várias fases dessa interação da
civilização e a refrigeração em suas épocas mais antigas:

 Chineses, anos antes de cristo já se utilizava do gelo natural colhidos de


lagos e rios congelados para conservar o chá a ser consumido por eles.
 Os gregos e romanos já retiravam o gelo das montanhas para preparar os
seus alimentos.
 Os egípcios, pelo motivo da sua região habitada o clima ser mais quente,
refrescavam a água por evaporação usando-se para isso vasos de barro redondo e
com um gargalo fino, pois a porosidade do barro deixava a os poucos a água do seu
interior e assim através da evaporação a temperatura do ambiente abaixava.

Portanto nesse período forma de utilização era somente para a alimentação e


de origem natural.
Assim se foi por esse período, até o final do século XVII, quando através do
uso do microscópio pode se certificar que as bactérias não se proliferavam em
baixas temperaturas. Alguns engenheiros e pesquisadores da época buscavam
então um processo ao qual pudessem fabricar o gelo artificialmente.
A seguir serão citados alguns fatos relevantes sobre a evolução da
refrigeração ao passar dos anos em uma época mais recente [15,16,17]:

 Em 1834, nos Estados Unidos, surge o primeiro sistema mecânico de se


fabricar gelo artificial, ao qual a sua concepção é a base dos sistemas atuais de
refrigeração.
 Em 1855, na Alemanha, é construído outro sistema de fabricar gelo
artificial, porem este utiliza-se do princípio o da absorção, como fato relevante deve-
se mencionar que este método foi descoberto pelo físico e químico inglês Michael
de Faraday.
A partir do século XIX, as primeiras geladeiras são construídas. Esses
aparelhos eram rudimentares.
- 22 -

 No século XX, após a maravilhosa invenção da eletricidade por Thomas


Edison, surge no ano de 1913 o primeiro refrigerador doméstico, porém a operação
do mesmo necessitava de muita atenção devida sua complexidade.
 No ano de 1918, é construído o refrigerador automático pela Kelvinator
Company, dos Estados Unidos.
 Do ano de 1920 até os dias de hoje, passa a ter uma evolução forma
exponencial e com sua popularização a escala de produção é de forma crescente e
com grandes implementações tecnológicas.

2.2. O QUE É HVAC

"HVAC" é uma abreviação das primeiras letras das palavras do inglês


“Heating, Ventilation and Air Conditioning” com o significado para a língua
portuguesa de "Aquecimento,Ventilação e Ar Condicionado", isto é uma referência
às três funções principais do sistema e que estão intimamente relacionadas com
esta tecnologia.
O sistema HVAC na realidade é destinado ao conforto ambiental interior,
através de uso da termodinâmica, mecânica dos fluídos e da transferência de calor e
também associados aos conceitos de refrigeração

2.3. GENERALIDADES DE SISTEMAS HVAC

As instalações de sistemas HVAC no Brasil seguem as normas Brasileiras-


ABNT, e é definida pela NBR-6401 Centrais de ar condicionado para conforto.
A presente norma visa definir as bases fundamentais para a elaboração de
projetos, das especificações e termos de garantia e aceitação das instalações.
Os parâmetros básicos levados em consideração em um sistema de HVAC
são:

 Temperatura do ar;
 Temperatura das superfícies circundantes;
 Umidade do ar;
 Velocidade do ar;
- 23 -

O princípio de funcionamento de um sistema de HVAC pode ser


explicado pela termodinâmica, isto é, usa-se as propriedades de um gás através de
ciclos de compressão e expansão, fazendo o mesmo passar dos estados gasoso
para o liquido e vice versa, fazendo assim o aquecimento ou resfriamento do meio.
Na figura 01- Diagrama de Mollier para um gás refrigerante, podemos verificar este
ciclo.

Figura 01- Diagrama de Mollier para um gás Refrigerante. [15]

É de grande utilidade o uso do diagrama, pois podem apresentar a relação


entre as propriedades termodinâmicas, ajudando a visualização dos processos que
ocorre em cada uma das etapas do sistema.
No diagrama de Mollier da figura 01 podem se evidenciar três regiões
características do gás, que são:

a) A região à esquerda da linha de líquido saturado (x=0), chamada de região


de líquido subresfriado.
b) A região compreendida entre as linhas de líquido saturado (x=0) e vapor
saturado (x=1), chamada de região de vapor úmido ou região de líquido mais vapor.
c) A região à direita da linha de vapor saturado (x=1), chamada de região de
vapor superaquecido.
- 24 -

2.4. PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE SISTEMAS HVAC

Seguindo as diretrizes para se fazer o uso das definições do sistema de


HVAC, vamos fazer o uso de um ciclo teórico de refrigeração de ar por compressão
de gás. A figura 02 – Ciclo teórico ilustra esse modelo.

Figura 02- Ciclo teórico de refrigeração a compressão de gás. [15]

A Figura 02 mostra um esquema básico e o gráfico de um sistema de


refrigeração por compressão de vapor com seus principais componentes [15], e o
seu respectivo ciclo teórico construído sobre um diagrama de Mollier, no plano de
- 25 -

Pressão e altura. Os equipamentos esquematizados nesta Figura 02 representam o


dispositivo capaz de realizar os respectivos processos indicados.
No processo termodinâmico que constituem o ciclo teórico, baseado na figura
02 os respectivos estágios e equipamentos são:

a) Processo 1→2. Acontece no compressor, é um processo adiabático


reversível, isto é com S1=S2, como visto no diagrama da a Figura 02. O gás entra
no compressor à pressão do evaporador (Po) e com valor igual a 1 (x =1). Então o
gás é comprimido até atingir a pressão de condensação (Pc) e, ao sair do
compressor está superaquecido à temperatura T2, que é maior que a temperatura
de condensação TC.

b) Processo 2→3. Acontece no condensador, é um processo de rejeição de


calor, do gás para o meio de resfriamento, à pressão constante. Nesta etapa o gás é
resfriado da temperatura T2 até a temperatura de condensação TC e em seguida
condensado até se tornar líquido saturado na temperatura T3, que é igual à
temperatura TC. O meio de condensação pode ser água ou ar.

c) Processo 3→4. Acontece no dispositivo de expansão, no caso a válvula de


expansão, é a expansão do gás irreversível a entalpia constante, desde a pressão
PC e líquido saturado (x=0), até a pressão de vaporização (Po). Observa-se que
esta etapa processo é irreversível, então a entropia do refrigerante na saída do
dispositivo de expansão (s4) será maior que a entropia do refrigerante na sua
entrada (s3).

d)Processo 4→1. Acontece no evaporador, sendo um processo de


transferência de calor a pressão constante (Po), como conseqüência a temperatura
constante (To), desde vapor úmido (estado 4), até atingir o estado de vapor saturado
seco (x=1).
- 26 -

2.5. COMPONENTES DE SISTEMAS HVAC

Neste projeto abordaremos como base para estudo os sistemas HVAC, do


tipo de evaporativo com sistema de figura 03 Esquema de um sistema de expansão
indireta de água gelada,

Figura 03- Esquema de um sistema de expansão indireta de água gelada. [14]


- 27 -

Partindo deste esquema da figura 03, pode se detalhar os principais


componentes do circuito e o seu funcionamento de uma forma simplificada:

O compressor: é o elemento principal do sistema de compressão de vapor.


Sua função é de recuperar o líquido expandido para que ele possa tornar a ser
usado inúmeras vezes, fechando o ciclo [14].
O condensador: é o elemento do sistema de refrigeração que tem a função
de transformar o gás quente, que é descarregado pelo compressor a alta pressão,
em liquido [14].
O Evaporador: é a parte do sistema de refrigeração onde o fluido
refrigerante sofre a mudança de estado, voltando da fase liquida para a gasosa [14].
A Válvula de expansão: é o dispositivo que tem a função de controlar de
maneira precisa a quantidade de líquido que penetra no evaporador [14].
 Torre de resfriamento: è um equipamento usado no processo do
condensador, auxiliando na troca térmica [14].

Já a figura 04 mostra o circuito simplificado de refrigeração onde pode nos dar


uma visão mais limpa dos seus principais elementos.

Figura 04- Ciclo Simplificado de Refrigeração [15]


- 28 -

2.6. PRINCIPIOS DE FUNCIONAMENTO DE TORRE DE REFRIGERAÇÃO

Vários processos têm a necessidade de se remover carga térmica de um


dado sistema, e na sua maioria das vezes a água é o fluido utilizado para isso.
Devido à crescente escassez e preocupação do meio ambiente os
equipamentos se utilizam de reaproveitamento desta água.
Um equipamento utilizado para isso é a torre de resfriamento, na figura 05
mostra um desenho esquemático de sistema de resfriamento com esse
equipamento.

Figura 05-Esquema de Sistema de Resfriamento. [5]


- 29 -

A água passa pelos trocadores de calor, por auxilio de bombas centrifugas,


retirando a carga térmica necessária do processo, com isso ela retorna através de
tubulações com uma temperatura maior devido a absorção desta carga térmica.
Ao chegar à torre essa água é injetada no seu interior através de bicos
pulverizadores, que forçam a passagem da água pelas colméias existentes. E para
acelerar o processo é também criado um fluxo de ar produzido por ventiladores
axiais instalados na parte superior destas torres, fazendo assim que quando está
água chegue à bacia para voltar a ser reutilizada no processo através dos
trocadores de calor, já estejam de volta na temperatura inicial desejada para nova
retirada de carga térmica, assim sucessivamente.

Figura 06-detalhes de uma colméia de Torre de Resfriamento.[5]

No ANEXO I- Torre de Resfriamento se encontram as principais


características do equipamento utilizado no projeto do modelo da escala real.
- 30 -

2.7. PARÂMETROS UTILIZADOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA

Energia eólica é a conversão da energia cinética da movimentação do ar, no


caso a ventilação gerada pelo ventilador axial da torre de refrigeração, que fornece
energia mecânica para transformar em energia elétrica.
A forma de captar esta energia é através de conjunto denominado de turbina
eólica.
A turbina é uma máquina de conversão de energia que no caso, converte a
energia dos ventos em eletricidade.
A turbina eólica para geração de energia elétrica é composta pelos seguintes
subconjuntos:

 Torre - é o elemento que sustenta o rotor e a nacele na altura adequada ao


funcionamento da turbina eólica (esse item estrutural de grande porte é de elevada
contribuição no custo inicial do sistema) [14].
 Rotor - é o componente que efetua a transformação da energia cinética dos
ventos em energia mecânica de rotação
 Nacele - é o compartimento instalado no alto da torre e que abriga todo o
mecanismo do gerador, o qual pode incluir: caixa multiplicadora, freios, embreagem,
mancais, controle eletrônico, sistema hidráulico.
 Caixa de multiplicação (transmissão) – é o mecanismo que transmite a
energia mecânica do eixo do rotor ao eixo do gerador.
 Gerador – é o componente que tem função de converter a energia
mecânica do eixo em energia elétrica.
 Mecanismos de controle – as turbinas eólicas são projetadas para
fornecerem potência nominal de acordo com a velocidade do vento prevalecente, ou
seja, a velocidade média nominal que ocorre com mais frequência durante um
determinado período.
 Anemômetro - Mede a intensidade e a velocidade dos ventos,
normalmente, de 10 em 10 minutos.
 Pás do rotor – Captam o vento e convertem sua potência ao centro do
rotor.
 Biruta (sensor de direção) – São elas que captam a direção do vento, pois
ele deve estar perpendicular à torre para se obter um maior rendimento.
- 31 -

No caso o projeto terá como base em um sistema eólico isolado, conforme


mostrado na figura 07.

Figura 07-Exemplo de Sistema Eólica isolado. [3]

Os sistemas isolados [3] utilizam uma forma de armazenar a energia, no caso


através de baterias, portanto esses sistemas de armazenagem de energia precisam
de um dispositivo controlador para controlar a carga e a descarga das baterias, o
controlador de carga tem como objetivo principal não deixar ocorrer danos às
baterias por sobrecarga ou descargas profundas.Nestes sistemas também há
necessidade de se utilizar inversores , este dispositivo é geralmente incorporado
pois a geração é em corrente alternada (CA) , porém após passar pelo retificador e
controlador de carga se torna corrente continua (CC), portanto é necessário a
passagem pelo inversor para torná-la de novo CA e então utilizá-la, por exemplo em
eletrodomésticos.
- 32 -

2.8. ROTORES

Rotor é um componente existente em todos os equipamentos eólicos. Ele é o


responsável por receber a energia dos ventos e transformá-la em energia mecânica,
através de seu movimento rotativo.
Sua divisão se dá em função da posição relativa do eixo que o sustenta em
relação à superfície terrestre, portanto são divididos em dois grupo: rotores de eixo
vertical e os rotores de eixo horizontal.
A captação do vento se da pelo fluxo de vento sobre o rotor, tendo assim a
atuação de duas forças sobre ele. A força de empuxo que tende a levantar a hélice,
isto é da sustentação. A outra força é a de arrasto, que a faz com que o rotor girar
usando como eixo de rotação a estrutura de seu suporte, conforme pode ser vista a
figura 08, forças atuantes em um rotor [16].

Figura 08- Forças atuantes em um rotor. [16]


- 33 -

 Rotores de Eixo Horizontais

São rotores que possuem seu eixo de rotação paralelo à direção


dos ventos, isto é, seu eixo é paralelo à superfície da terra.
Tipo de rotor mais comum e mais utilizado pelo mundo é
basicamente composto de três pás, e giram pela predominância de forças de
sustentação. Eles são capazes de produzir maiores forças e potências por
unidade de área de captação do vento.
Um de seus pontos fracos é a necessidade de incorporar a ele um
mecanismo de orientação, para que as pás sempre se posicionem
perpendicularmente à direção do vento. Tornando sua construção complexa e
onerosa [3,16].

Figura 09-Exemplo de rotor de eixo Horizontal. [3]


- 34 -

 Rotores de Eixo Verticais

São rotores que possuem o eixo de rotação perpendicular à direção do vento


incidente, e, portanto perpendicular à superfície da terra.
Em geral tem vantagens de não necessitarem de mecanismo de
acompanhamento para a variação da direção do vento.
São basicamente dois tipos, os Darrieus e Savonius [3,16].

Figura 10-Exemplo de rotor de eixo vertical, rotor tipo Darrieus.[3]

Os rotores verticais, do tipo Savonius ou às vezes chamado de rotores "S"


,apesar de menos comum de serem visto do que os rotores horizontais,são também
muito aplicados,porém a suas características que os tornam bastante difundidos são
a sua facilidade de construção e baixo custo.
Sua forma básica pode ser descrita como um cilindro dividido ao meio e
soldado em torno de um eixo equidistante e simetricamente [3,16].
- 35 -

Suas maiores desvantagens em relação aos rotores de eixo horizontais são o


fato de trabalhar com baixa velocidade e não possuir alto rendimento, isto é,
necessidade de muita força para sair da inércia.
Neste projeto baseou-se neste modelo de rotor devido a estas características
de fácil execução, uma vez que o princípio do vento gerado é perpendicular ao solo,
e também pelo fato do ar gerado pelo equipamento de refrigeração ser constante e
de bom rendimento [3,16].

Figura 11-Rotor Savonius.[16]

O vento é forçado a passar entre suas laminas, e parte desse vento é


desviada na direção da segunda lamina após passar pela primeira, conforme mostra
a figura 14 do fluxo do vento no Rotor Savonius[16].

Figura 12- Fluxo do vento no Rotor Savonius. [16]


- 36 -

2.9. CÁLCULOS E FÓRMULAS

Apesar de o vento ser imprevisível e existir vários fatores fazem com que ele
mude de momento para outro, as suas características do vento em uma região, o
estudo do aproveitamento da energia nele existente se baseia em equações
fundamentais da ciência.
A Engenharia Eólica, como e denominada por muitos autores essa ciência,
consegue desenvolver as equações básicas capazes de se definir os principais
parâmetros para a aplicação em uma máquina eólica.
Abaixo iremos descrever os parâmetros e cálculos básicos para esse feito
[16].

 Energia Cinética [16]

A Energia Cinética dos ventos que incidem sobre um rotor é dada pela
expressão:

E= ½ m x v² (Eq.01)
Onde:
E – Energia Cinética (J)
m- Massa do ar (Kg)
v- Velocidade do vento (m/s)

Considerando a densidade volumétrica ρ do ar,definida pela expressão:

ρ=m/v (Eq.02)
Onde:
ρ - Densidade volumétrica (Kg/m³)
m- Massa do ar (Kg)
v- Velocidade do vento (m/s)

A Potência eólica disponível no vento (Pd) será assim a grosso modo a


“velocidade” que a energia é fornecida e dada pela expressão:
- 37 -

Pd = ½ ρ x A x v³ (Eq.03)
Onde:
Pd- Potência Eólica disponível (W)
ρ - Densidade volumétrica (Kg/m³)
A – Área do rotor eólico (m²)
v- Velocidade do vento (m/s)

A fórmula acima pode ser dada também em função de uma constante (k),
simplificando bastante o cálculo, e é dada pela expressão abaixo:

Pd = K x A x v³ (Eq.04)
Onde:
Pd- Potência Eólica disponível (W)
K – Constante cujo valor conforme as grandezas expressas na tabela 01
A – Área do rotor eólico (m²)
v- Velocidade do vento (m/s)

Tabela 01- Valores de K em função das grandezas. [16]

 Coeficiente de Potência [16]

Apesar da Potência disponível do vento ser calculada pelas fórmulas


anteriores apresentadas, outros fatores são levados em consideração.
No caso perfil da lâmina de ar que se desloca através do rotor ou a
turbulência causada pelo vento.[16] Portanto somente parte desta potência
- 38 -

disponível pode será captada pelo rotor. Denominando-se de coeficiente de


potência, ao qual é expresso pela fórmula a seguir:

Pr = Cp x (K x A x v³) (Eq.05)
Onde:
Pr- Potência do rotor (W)
Cp- Coeficiente de Potência
K - Constante cujo valor conforme as grandezas expressas na tabela 01
A - Área do rotor eólico (m²)
v- Velocidade do vento (m/s)

Alguns cientistas e especialistas do assunto fizeram alguns estudos sobre tal


coeficiente de potência, ao qual cabe aqui citá-los,o cientista alemão BETZ (1920),
baseou-se na conservação da energia antes e depois da passagem do vento em um
rotor, chegando a um valor de Cp= 0,593. Na prática, conforme Beltz, um rotor com
perfeita eficiência chegaria a retirar em torno de 60% da potência contida no vento
incidente. Sendo este o valor mais aceito para o coeficiente de potência. [16]
O russo SABININ (2008), já se baseou no estudo do vórtice produzido pelo
vento ao incidir no rotor, obtendo um valor numérico melhorado, em torno de Cp=
0,687.[16]
Porem nenhum dessas teorias desenvolvidas considerou fatores de perdas
rotacionais, atrito, ou possíveis variações de velocidade do vento nos vários pontos
do rotor, etc. Com certeza fatores reduzem ainda mais a eficiência de um rotor. [16]
Na prática o coeficiente ideal a se adotar de potência se situa na faixa de
valores entre Cp= 0,3 e 0,4. [16]

 Razão de velocidade na Ponta [16]

Diversos projetos mostram que o valor do coeficiente de potência é em função


da razão de velocidade de ponta (do termo inglês tip speed ratio). Ela é dada pela
razão:
λ= (2‫ח‬f x R ) / v (Eq.06)
Onde:
λ- Razão de velocidade de ponta
- 39 -

2‫ח‬f- Velocidade angular do rotor (rad/s)


R – Raio do rotor eólico (m)
v- Velocidade do vento (m/s)

A relação entre o coeficiente de potência e a razão de velocidade de ponta


para alguns tipos de rotores é vista pelo gráfico da Figura 13 das curvas de rotores
em função de Cp x λ. [3,16]

Figura 13- Curvas de rotores em função de Cp x λ. [16]

Pelo gráfico da figura 13, consegue–se concluir que conforme o tipo de rotor
o valor de λ para o qual Cp terá seu valor máximo. Em análise, pode se concluir
que o valor de Cp tende a 0,593 - o máximo teórico proposto por BETZ [16] à
medida que λ aumenta.
Continuando a análise do gráfico da figura 13, cabe o comentário dos
estudiosos, que esses valores diferem, ou melhor, existem desvios, mesmo que de
pequena grandeza, as constantes teóricas, pois a fabricação de rotores exatamente
iguais é praticamente impossível, e notam-se até uma piora na situação quando de
sua construção for de forma artesanal. [16]
- 40 -

2.10. GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA

O inventor do gerador foi Michael Faraday que em 1831 na Inglaterra de


dedicou ao estudo do eletromagnetismo. Podemos afirmar que o gerador de
Faraday é basicamente composto por um imã que se movimentava dentro de uma
espira, provocando uma força eletromotriz (f.e.m.) que é notada através de um
galvanômetro.
Um gerador elétrico tem como função principal transformar a energia
mecânica em energia elétrica.
O princípio de funcionamento da conversão de energia se baseia puramente
no fenômeno do eletromagnetismo, de maneira simples e objetiva podemos
descrevê-lo pelo movimento de uma bobina dentro de um campo magnético ou o
inverso que produzirá uma tensão induzida no estator do gerador [11].
Para ilustrar a operação de um gerador elétrico CA, vamos observar o
esquema da figura 14, note a espira que está imersa no campo magnético. O
funcionamento basea-se no movimento relativo entre uma espira e um campo
magnético, a espira tem terminais conectados a dois anéis e estes são ligados ao
circuito externo através de uma conexão por escovas. Este tipo de gerador elétrico
CA é denominado de armadura giratória, no qual nos fundamentamos para o uso no
projeto [4].

Figura 14-Esquema de funcionamento do Gerador. [4]


- 41 -

A partir desta primeira análise, pode admitir que a bobina gira a uma
velocidade constante e uniforme no sentido do campo magnético “B” também
uniforme, mostrado na figura 14 [4].
Se considerar a velocidade (v) linear do condutor em relação ao campo
magnético, conforme a lei da indução (Faraday) [4], o valor instantâneo da força
eletromotriz (f.e.m.) induzida no condutor em movimento de rotação é determinado
pela fórmula:

E= B * L * v * senΘ (Eq.07)
Onde:
e- Força eletromotriz (f.e.m.). (Volt)
B- Indução (densidade) do campo magnético. (tellus)
L- Comprimento de cada condutor (metro)
v- Velocidade linear ( metro/segundo)
senΘ- Ângulo do deslocamento com as linhas de campo , B^v

Para o caso de N espiras, teremos então:

E= B * L * v * senΘ * N (Eq.08)

A variação da força eletromotriz (f.e.m.) no condutor em função do tempo é


determinada pela lei da distribuição da indução magnética sob um pólo.
A distribuição possui um amplo aspecto e varia em função da forma da sapata
polar, com um desenho específico se tem uma distribuição senoidal da indução em
função do tempo. Neste caso a força eletromotriz (f.e.m.) induzida no condutor varia
com o tempo sob uma lei senoidal, mostrado na figura 15 - Distribuição da Indução
Magnética sob um pólo em função do tempo. [4]

Figura 15-Distribuição da Indução Magnética sob um pólo em função do tempo. [4]


- 42 -

Para um gerador de um par de pólos, a cada giro das espiras se tem um ciclo
completo da tensão gerada, sendo assim, os enrolamentos podem ser construídos
com um número maior de pares de pólos, que se distribuirão alternadamente, norte
e sul. Sendo assim teremos um ciclo a cada par de pólos. [4]
Para rotação (n) do gerador em rotações por minuto (rpm) e a freqüência (f)
em ciclos por segundos teremos a fórmula :

F = (p * n) / 120 (Eq.09)
Onde:
f- Freqüência ( Hertz)
p- Número de pólos
n- Rotação síncrona (rpm)

Concluí-se que o número de pólos do gerador deve ser sempre par, para se
formar os pares de pólos [4]. A tabela 02 mostra as velocidades correspondentes
para as freqüências e polaridades usuais.

Tabela 02- Velocidades Síncronas. [4]

Em um sistema trifásico a geração é formada por uma associação


de três sistemas monofásicos de tensões denominadas U1, U2 e U3 , tais que
a defasagem entre elas seja de 120° costumeiramente [4].
O enrolamento do gerador elétrico, neste caso, é construído por
três conjuntos de bobinas dispostas simetricamente no espaço, formando entre
si um ângulo de 120°. Para que o sistema seja equilibrado, isto é U1=U2=U3, o
número de espiras de cada bobina deve ser igual. Na figura 16 se demonstra
graficamente este ciclo do sistema trifásico[4].
- 43 -

Figura 16- Ciclo Sistema Trifásico. [4]

2.11. SUSTENTABILIDADE

A existência humana está diretamente ligada à existência da energia, de uma


forma ela é um dos pilares de nossa sobrevivência [20,21].
Com isso desde os tempos da caverna o homem interfere no meio ambiente,
destruindo florestas e ocupando esses espaços em busca de seu desenvolvimento.
Com a revolução industrial no inicio do século XVIII, o consumo de energia
aumentou de forma considerável, provocando grande desequilíbrio no ecossistema
do planeta[20,21].
Isto nos causava orgulho, as cidades industrializadas, evidenciadas pela
emissão das fumaças pretas das chaminés das indústrias. Faziam que todos em
geral desejassem morar próximo e fazer parte de um marco tão inovador [20,21].
Porém o tempo passou e nossa conscientização foi crescendo e se tornando
apurada, e percebemos a enorme necessidade de cuidarmos do planeta. Os
recursos naturais são finitos e insuficientes para alimentar as crescentes demandas
de consumo. O conceito então de recurso renovável, isto é, quando uma vez
aproveitado este recurso em determinado lugar e num dado tempo , é suscetível de
ser aproveitado novamente e de conversão de energia limpa, isto é sem a agressão
ao meio ambiente [20,21].
Então a busca por fontes de energias “limpas e renováveis” tornou-se um
objetivo em comum de toda a sociedade. A sustentabilidade destes recursos fez
- 44 -

surgir muitos debates, congressos e criado vários órgãos para se regulamentar o


assunto. As chamadas “energias verdes” vêm em uma crescente demanda, devido
ao apelo social. Isto estimulando a “geração distribuída” de pequeno porte.
O norte para a busca deste trabalho foi despertado por este desejo coletivo.
Não se sabe ao certo do êxito desta jornada, mas tem se a clareza que a semente
de nosso estudo ficará plantada.
Então, na vontade de quebrar paradigmas e vislumbrar novos pontos de vista
para que se utilizem fontes de energias renováveis ou reaproveitar energias de
processos existentes, passamos a nos questionar sobre novas formas de
aplicações.
Ao se refletir um pouco sobre alguns processos produtivos utilizados no
comércio e na indústria, surgiu então a da tentativa e possibilidade de gerar a
energia elétrica, por meio de conceitos de energia eólica, no uso dos ventos
provindos de sistemas de conjunto de torres de refrigeração, existente em
praticamente todo universo da indústria e comércio. Sendo este o desafio, tentar a
viabilidade da idéia neste trabalho.

Figura 17-Vista área de um shopping de São Paulo com Torres [fonte: Google Maps]
- 45 -

3. IDÉIA DO MODELO REAL

3.1. DESCRIÇÃO

O princípio de funcionamento será explicado a seguir, utilizando-se da figura


18 Desenho esquemático do modelo Real, como referência para detalhar sua
concepção.

Figura 18- Desenho esquemático do modelo real.

Baseando o projeto na captação da energia mecânica produzida pela torre de


resfriamento (1), que já foi utilizada e direcionada para cima em forma de vento (2),
sendo então esse vento reaproveitado para esta conversão de energia mecânica em
elétrica pelos princípios e conceitos da geração de energia eólica.
Através de um rotor do tipo “savonius” (3), capta-se esse vento direcionado, e
através das forças de empuxo e de arraste conseguir um movimento de giro no rotor
a uma rotação constante. Então por meio de uma caixa Multiplicador (4), isto é, por
pares de engrenagens, conseguisse ampliar esta rotação que incidirá na ponta de
um aerogerador (5).
- 46 -

Essa velocidade de rotação que se conseguiu no eixo do aerogerador faz


com que através do campo magnético, seja gerada uma tensão, dando origem à
energia elétrica em CA.
Essa energia elétrica CA gerada será convertida em energia elétrica CC
passando pelos conjuntos de retificação e regulação de tensão , normalmente
incorporado ao aerogerador(5). Após isso a energia elétrica CC será enviada a um
controlador de carga (6), que tem por finalidade monitorar e controlar a Tensão
gerada em paralelo ao banco de baterias (7).
Assim o controlador de carga (6) trabalha alimentando o circuito terminal com
a energia do aerogerador (5) ou com o banco de baterias (7) que mantém sua
energia armazenada durante a operação do aerogerador e a disponibiliza quando o
aerogerador não está em operação, porque o sistema está em repouso. O conjunto
de baterias é realimentado quando o aerogerador está em operação.
No caso, o controlador de carga (6) faz a lógica de seleção da fonte de
alimentação, através de seu circuito eletrônico.
Finalizando o circuito de saída pode-se implementar um inversor CC/CA (8)
para alimentar cargas alternadas (9) e caso a alimentação seja em CC, podemos
alimentar diretamente os dispositivos no fim do circuito. Sempre claro prevendo
todas as proteções necessárias em qualquer circuito elétrico.

3.2. MEMORIAL DE CÁLCULOS

 CÁLCULO DO ROTOR SAVONIUS PARA O MODELO

A base para os cálculos é feita conforme explicado no capitulo 3.3 “Cálculos e


Fórmulas” deste trabalho. Portanto será definido aqui um Rotor do tipo Savonius,
com as dimensões mostradas na figura 19.
Considerando o coeficiente de potencia (Cp) =0,3 e a razão de velocidade de
ponta (λ) = 1. Determinaremos:

 A potência desenvolvida pelo rotor ( em CV)


 Sua velocidade em rotação (rpm)
 Torque desenvolvido (em kgf*m)
- 47 -

Figura 19- Dimensões do Rotor Savonius do modelo. [16]

Dimensões:

D: diâmetro do rotor =2,20m;


R: raio do rotor =1,10m;
r: raio de curva da pá =0,60m;
a: distância entre centro das pás = 0,2m;
h: comprimento do rotor = 1,00m;

a) Cálculo da área útil do rotor Savonius:

a
A  h* R  A  h* 2*r     (Eq.10)
2

Onde:
A: área útil do rotor (m²)
r: raio de curva da pá =0,60m;
a: distância entre centro das pás = 0,2m;
h: comprimento do rotor = 1,00m;
- 48 -

Substituindo pelos valores na equação 10, tem-se:

  0,20  
A  1,0 *  2 * 0,60   
  2 
A  1,10m²

b) Cálculo da potência do rotor Savonius:

P r  Cp * K * A *V 3  (Eq.05)

Onde:
Pr: potência do rotor (CV);
Cp: Coeficiente de potencia, valor =0,3
K: constante para cálculo em CV,valor 876,4x10-6 ;
A: área útil do rotor = 1,10 m²;
V: velocidade do vento, valor da medição “Apêndice A” =45m/s;

Substituindo pelos valores na equação 05, tem-se:

P r  0,3 * 876,4 x106 *1,10 * 453 

Pr  26,35cv

c) Cálculo da rotação do rotor Savonius:

n  60 * f (Eq.11)
Onde:
n: rotação do rotor (rpm);
f: frequência no rotor (Hz);

A freqüência neste caso é obtida pela formula a seguir:

 *V
f  (Eq.12)
2 * R
Onde:
f: frequência no rotor (Hz);
V: velocidade do vento, valor da medição “Apêndice A” =45m/s;
- 49 -

R: raio do rotor =1,10m;


λ: razão de velocidade de ponta =1;

Substituindo pelos valores, tem-se:

1 * 45
f   f  6,51Hz (Eq.12)
2 * 1,10

Portanto:

n  60 * 6,51  n  390rpm (Eq.11)

d) Relação de Torque e potência do rotor Savonius:

Pr
T
2 * f (Eq.13)

Onde:
T: torque (N*m ou Kgf*m);
Pr: potência do rotor (em Watt);
f: frequência no rotor (Hz);

Substituindo pelos valores na equação 13, tem-se:

19395
T 
2 * 6,51

T  474,10N * m

Ou

474,40
T 
9,81

T  48,35Kgf * m
- 50 -

3.3. ESPECIFICAÇÃO DO EQUIPAMENTO

O projeto não visa à execução do modelo Real, porém os elementos básicos


para a geração da energia elétrica idealizada serão especificados.
Pela falta dados reais, será usado os valores demonstrados nos cálculos em
função das medições da torre de resfriamento, a princípio será um Gerador da Weg
linhas G ,mostrado na figura 20 e com o regulador de tensão.

Figura 20- Gerador WEG linha G. [4]

Pelos valores nossos obtidos no cálculo de 19kw, será utilizada uma faixa de
segurança para que o equipamento trabalhe em regime de conforto, minimizando os
gasto e desgastes. Portanto para efeito de carga final instalada será dimensionado
valor de 14KW considerando as perdas e que posteriormente com as relações
estabelecidas nas medições para se poder obter um valor exato, que atenda a
- 51 -

necessidade de uma instalação de lâmpadas em LED de alta eficiência, para no


caso uso em fachada de lojas em shopping.
Utilizando-se dos dados de especificação da WEG do ANEXO II – Gerador
Weg linha G, chega à especificação do gerador, pelo código e modelo a seguir:

GTA 160 1 A I 14 – 14 KW; 220 V /60 Hz.

E o mesmo deverá ser interligado a um regulador de Tensão da WEG


conforme o ANEXO III- Regulador Automático de Voltagem:

GRT7-TH4-R2

A figura 21 mostra uma ligação típica do regulador a um gerador.

Figura 21- Ligação típica do Regulador de Tensão Weg . [4]


- 52 -

Alguns aspectos devem ser considerados ao se dimensionar um gerador


sendo eles:

1-A forma de ligação do sistema no gerador.


 Ligação Triângulo;
 Ligação Estrela;

2-Comportamento do gerador em vazio.


 Com carga puramente resistiva;
 Com carga puramente indutiva;
 Com carga puramente capacitiva;
 Com cargas intermediarias;

3-Construção dos pólos do gerador.


 Pólos lisos;
 Pólos salientes;

4-Reatâncias do gerador.
 Reatância subtransitória (Xd”);
 Reatância transitória (Xd’);
 Reatância síncrona (Xd);

5-Potencias considerando suas perdas no gerador.

4-Distorção Harmônicas no gerador.


 Fator de desvio;
 Modulação da Tensão;
 Desequilíbrio angular;
 Desbalanceamento de Tensão;
 Transiênte de tensão;
 Tolerâncias de Tensão;
- 53 -

4. MÉTODOS E ANÁLISE DO PROJETO/PROTÓTIPO

4.1. DESCRIÇÃO PROTÓTIPO

O princípio de funcionamento do protótipo segue a mesma descrição do


modelo real, a diferença é que se utiliza uma relação ente às dimensões em escala
reduzida, para que se consiga executar e viabilizar a montagem.
Com as medições obtidas deste protótipo será feita a analogia comparativa
em percentuais e com uma análise adimensional demonstrando a relação para
poder observar os resultados obtidos com o modelo real .
A figura 22 demonstra o desenho esquemático do protótipo com os detalhes a
ser abordado.
Os cálculos do rotor do protótipo e seus demais componentes serão
apresentados a seguir.

Figura 22- Desenho esquemático do protótipo.[fonte; dos autores]


- 54 -

4.2. MEMORIAL DE CÁLCULOS

 CÁLCULO DO ROTOR SAVONIUS PARA O PROTÓTIPO

A base para cálculos será uma relação com o Modelo real. As dimensões do
rotor serão definidas conforme a figura 23, elas foram definidas apenas pelas
opções construtivas.
A partir desse parâmetro e pelos dados do ventilador a ser usado, os cálculos
seguem-se abaixo, considerando ainda o coeficiente de potência (Cp)=0,3 e a razão
de velocidade de ponta (λ)= 1. Será feita uma análise teórica dos valores:

 A potência desenvolvida pelo rotor ( em CV);


 Sua velocidade em rotação (rpm)
 Torque desenvolvido (em kgf*m)

Figura 23- Dimensões do Rotor Savonius para protótipo.[16]

Dimensões:

D: diâmetro do rotor =0,22m;


R: raio do rotor =0,11m;
r: raio de curva da pá =0,0665m;
a: distância entre centro das pás = 0,05m;
h: comprimento do rotor = 0,20m;
- 55 -

a) Cálculo da área útil do rotor Savonius:

a
A  h* R  A  h* 2*r     (Eq.10)
2

Onde:
A: área útil do rotor (m²);
r: raio de curva da pá =0,0665m;
a: distância entre centro das pás = 0,05m;
h: comprimento do rotor = 0,20m;

Substituindo pelos valores pelos valores na equação 10, tem-se:

  0,05  
A  0,20 *  2 * 0,0665   
  2 

A  0,0216m²

b) Cálculo da potência do rotor Savonius:

P r  Cp * K * A *V 3  (Eq.05)

Onde:
Pr: potência do rotor (CV);
Cp: Coeficiente de potência, valor =0,3
K: constante para cálculo em CV,valor 876,4x10-6 ;
A: área útil do rotor = 0,216 m²;
V: velocidade do vento, valor médio da medição =6,5m/s;

Substituindo pelos valores na equação 05, tem-se:

P r  0,3 * 876,4 x106 * 0,0216 * 6,53 

Pr  0,0016CV
- 56 -

c) Cálculo da rotação do rotor Savonius:

n  60 * f (Eq.11)
Onde:
n: rotação do rotor (rpm);
f: frequência no rotor (Hz);

A frequência neste caso é obtida pela formula abaixo:

 *V
f  (Eq.12)
2 * R

Onde:
f: frequência no rotor (Hz);
V: velocidade do vento, valor da medição “Apêndice C” =10m/s;
R: raio do rotor =0,11m;
λ: razão de velocidade de ponta =1;

Substituindo pelos valores, tem-se:

1 * 6,5
f   f  9,41Hz (Eq.12)
2 * 0,11
Portanto:

n  60 *14,48  n  564,5rpm (Eq.11)

d) Relação de Torque e potência do rotor Savonius:

Pr
T  (Eq.13)
2 * f
Onde:
T: torque (N*m ou Kgf*m);
Pr: potência do rotor (em Watt);
f: frequência no rotor (Hz);
- 57 -

Substituindo pelos valores na equação 13, tem-se:

4,13
T 
2 * 9,41

T  0,07 N * m
Ou
0,007
T 
9,81

T  0,0071Kgf * m

4.3. ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

 Dínamo

É o dispositivo que transforma a energia mecânica (giro) em energia elétrica


necessária para carregar a bateria e alimentar os consumidores, como os sistemas
de ignição, injeção e os demais equipamentos elétricos.
Seus principais componentes são:

-Rotor- É onde que começa o processo de produção de energia elétrica.


Construído sobre um eixo de aço, possui em seu interior uma bobina de cobre fixado
no seu eixo, que é envolvida por um par de rodas polares ou formado nos modelos
simples por imãs permanentes

-Estator- Nele que é produzida a corrente elétrica. As bobinas de fios de cobre


são fixadas sobre um núcleo constituído em aço. As bobinas do estator são
construídas de forma a aproveitar a produção de corrente, são isoladas entre si e
cobertas por verniz para resistir às mais altas temperaturas e entrada de resíduos. A
corrente elétrica é induzida pelo campo magnético, agindo nos fios do estator.
- 58 -

Figura 24- Dínamo utilizado para o protótipo

 Controlador de Carga

A placa controladora de carga tem como objetivo, verificar se o gerador está


emitindo a tensão necessária para o bom funcionamento das cargas, e a partir desse
parâmetro manobrar uma chave para inserir ou retirar o gerador do circuito. Para
chegar ao resultado final da placa, foram utilizados vários conceitos eletrônicos.
A figura 25, o diagrama de blocos do circuito está configurado da seguinte
forma:

Figura 25- Diagrama de Blocos da Placa controladora de carga. [9]

O gerador ao receber a força mecânica do rotor Savonius, gera uma energia


elétrica alternada que é convertida em corrente continua de 15V no próprio
alternador retificador,devido o conjunto incorporado ao mesmo.
Essa energia vai para os contatos de força de um relé, que faz o
chaveamento do alternador para o circuito de controlador e as cargas.
A proteção do circuito é feita por um fusível e um regulador de tensão, que
mantém a alimentação do circuito em uma tensão constante de 8V.
- 59 -

Os amplificadores comparam a tensão de saída do alternador com a dos


potenciômetros, que são ajustados para os níveis máximo e mínimo em que o
alternador deve voltar a operar e ser retirado respectivamente. O circuito lógico é
composto de portas lógicas AND e NOU, sendo responsável por permitir que o
sistema trabalhe com uma faixa de tolerância, ou seja, evita que pequenas variações
de tensão façam o relé trepidar. O chaveamento é feito por um relé que por sua vez
é controlado por transistores ligados a saída do circuito lógico.

Figura 26- Simulação de modulação do circuito controlador de carga em protoboard.

A simulação do circuito foi feito no protoboard com sucesso, figura 26, porém
inicialmente foi simulado no software Multisim para verificar o comportamento do
mesmo diante de uma variação de tensão no gerador.
Na figura 27, o circuito em destaque é composto de uma fonte de 16V de
corrente continua e um sistema de regulagem para representar o gerador e
variações de tensão. Foi simulado na primeira etapa o sistema com o alternador
operando com tensão máxima, então vemos que a tensão no ponto de referência
(VR) entre os resistores de 3K3 é marcada pelo voltímetro XMM2 que marca 6,435V.
As tensões de ajuste dos amplificadores A e B são XMM3=5,125V e
XMM4=6,406V respectivamente, seu funcionamento é representado da seguinte
forma:
VA > VR → VA’ = 0
VA < VR → VA’ = 1
- 60 -

VB > VR → VB’ = 1
VB < VR → VB’ = 0

Já o circuito lógico é dado pela tabela 06 onde as saídas marcadas com “-”
representa que não há mudança de nível lógico referente à respectiva entrada.

VA' VB' Q #Q
0 0 - -
0 1 1 0
1 0 0 1
1 1 - -
Tabela 03- Lógica do circuito da placa controladora

Ainda na figura 28, pode-se ver que no osciloscópio digital está mostrando as
saídas dos amplificadores A e B, onde o B foi rebatido com sinal negativo para uma
visualização mais fácil.
Então para VA’ = 0 e VB’ =1 resulta em Q=1 e #Q=0. Com #Q=0 o contato NF
do relé B permite que o alternador alimente as cargas e carregue a bateria.

Figura 27- Tela 01 do Multisim.

Na figura 28,pode ser visto que a medida que o alternador sofre uma queda
de tensão, VR torna-se menor que VB fazendo assim VB’ alterar seu estado para 1.
- 61 -

Como vimos na Tabela 06- Lógica do circuito, quando quando os valores de VA’ e
VB’ são iguais, o circuito lógico não permite que ocorra variação nas saidas Q e #Q.

Figura 28- Tela 02 do Multisim.

Pela figura 29, quando a tensão do alternador cai abaixo de 10V o VR torna-
se menor que VA, logo VA’ assume o valor 0 e o circuito lógico altera as saidas para
Q=0 e #Q=1. Com esse processo o relé B é acionado retirando assim o alternador
do circuito, porém este continua funcionando atraves da bateria que por sua vez
também alimenta a carga.

Figura 29- Tela 03 do Multisim.


- 62 -

Na figura 30, pode se visto que se existir pequenas variações no alternador,


ele não será inserido no circuito para evitar que os relés não entrem no estado de
tripidação, pois como já vimos para VA’ e VB’ iguais não há variação na saida.

Figura 30- Tela 04 do Multisim.

Na figura 31 , é simulando que o alternador esteja voltando a uma rotação


ideal para trabalho, o valor de VR aumentará e assim que ele for maior que VB, o
circuito lógico desliga a saida #Q e aciona Q.
Ao retornar o relé B a seu estado normal o gerador é inserido novamente no
circuito, mas ao fazer isso o gerador sofre uma ligeira queda de tensão pois agora
está alimentando uma carga.
Quando a tensão diminui em um curto espaço de tempo, o VR volta a ser
menor que VB. Podemos ver essa variação atravez do ociloscópio onde o T1(Linha
vertical Azul) e T2(Linha vertical Amarela) registram a saída VB’ nos momentos em
que VR se torna maior que VB, e quando o gerador é conectado respectivamente.
- 63 -

Figura 31- Tela 05 do Multisim.

Na figura 32, pode ser visto que quando o alternador está funcionando com
sua rotação de trabalho, o circuito comporta-se como no inicio da simulação.

Figura 32- Tela 06 do Multisim.


- 64 -

 Banco de Baterias

A bateria eletroquímica, mostrada na Figura 33 é um dispositivo baseado em


células de eletrólise para o armazenamento de energia elétrica sob a forma de
energia química.

Figura 33- Bateria Eletroquímica.

São os tipos mais comuns de baterias secundárias ou recarregáveis. São


formados por uma série de células individuais interligadas, cujo número depende da
tensão que se deseja obter. A célula elementar constitui-se de dois eletrodos à base
de chumbo, imersos num eletrólito constituído por uma solução de ácido sulfúrico em
água. O eletrodo positivo contém óxido de chumbo PbO2 e o eletrodo negativo
contém chumbo em forma esponjosa. Se entre o ânodo e o cátodo for inserida uma
carga, por meio dela irá fluir uma corrente elétrica no sistema.
- 65 -

 Caixa Multiplicadora

Devido à necessidade de se aumentar a velocidade de rotação do eixo do


alternador foi definida a seguinte relação de transmissão conforme a figura 34:

Figura 34- Caixa Multiplicador projeto inicial. [12]

Cálculo das Engrenagens de Dentes Retos:


Motora ( Z1 e Z3) Movida (Z2 e Z4)
Z 98 dentes Z 25 dentes
Módulo= 2
DP= m * Z DP= m * Z
Diâmetro Primitivo Diâmetro Primitivo
196,0 mm 50,0 mm
Di= m *(Z+2) Di= m *(Z+2)
Diâmetro Interno Diâmetro Interno
191,3 mm 45,3 mm
De= m * (Z-2,34) De= m * (Z-2,34)
Diâmetro Externo Diâmetro Externo
200,0 mm 54,0 mm
Passo = m * 3,14 = 6,25 mm
Ângulo de Pressão = 20°
I(entre centros) = 123,0 mm

Tabela 04- Relação entre as Engrenagens.


- 66 -

A rotação do eixo do Alternador sai pela fórmula:

 nrotor * Z 1 
 *Z3
n  Z2   (Eq.14)
Z4

Substituindo-se pelos valores na equação 14, tem-se:

 330 * 98 
  * 98
n  25   n  4610rpm
25
- 67 -

5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE FUTUROS ESTUDOS

Conforme apresentado no protótipo da figura 35. Foi observado problemas


técnicos de ordem mecânica.

Figura 35- Pré-Montagem do protótipo

As dimensões reduzidas concebidas para o protótipo. A força gerada para o


giro do conjunto é insuficiente para conseguir a excitação do alternador devido às
dimensões reduzidas.
Sendo necessário de se conseguir um giro superior a 2000 rpm para que o
alternador comece a gerar uma Tensão suficiente.
Conforme citado no capitulo 2.8 Rotores, os rotores do tipo Savonius é que
eles não possuem alto rendimento e sua partida se torna lenta, sendo necessária
uma força maior para que o mesmo consiga sair da inércia.
Foram desenvolvidas algumas alterações para minimizar o peso das peças
retrabalhando-as, até mesmo uma eliminação do número de engrenagens para que
se diminuíssem as perdas por atrito.
O que não foi suficiente para que o conjunto girasse.
O conjunto em vazio obteve uma rotação entre 300~330 rpm,conforme
apresentado na figura 36.
- 68 -

O cálculo a rotação encontrado é de 564 rpm. Sendo observado que desvio


do teórico é compatível do real medido.

Figura 36- medição da Rotação.

Conforme observado o alternador necessita de uma maior rotação,


neste intuito foi modificado a relação de engrenagens para que a rotação
atingisse o valor de 4500rpm no eixo do alternador, conforme foi demonstrado
na equação 14 do capitulo 4.

Figura 37- Esquema do Equacionamento.


Conforme montagem conforme apresentada na figura 35- Pré-montagem o
torque se torna muito abaixo do torque necessário para o giro do conjunto.
- 69 -

Essa situação pode ser verificada no equacionamento a seguir, conforme


Figura 37- Esquema de equacionamento:

Fr = Fa * I (Eq.15)
Onde:
Fr- Força do rotor;
Fa- Força do alternador;
I – Relação das engrenagens;

Portanto:

Mtr=Fr * Rr (Eq.16)
Onde:
Mtr – Torque do Rotor;
Fr- Força do rotor;
RR – Relação da engrenagem do rotor;

Então:

Mta=(Fa * Ra ) * I (Eq.17)
Onde:
Mta – Torque do Alternador;
Fa- Força do alternador;
RR – Relação da engrenagem do Alternador;

Substituindo as equações (16) e (17) em (15) temos:

Mtr  Mta 
 * I (Eq.18)
Rr  Ra 

Substituindo por valores da Relação de Transmissão na equação 18, temos:

 25   28 
Mta  Mtr *   *  
 98   98 
- 70 -

Portanto:

Mta  Mtr * 0,065

Entre as soluções analisadas para corrigir o problema, pode-se utilizar o


conjunto de engrenagens tipo planetário, conforme a figura 38.
Porém o custo e a dificuldade de confeccionar as peças inviabilizariam o
projeto.

Figura 38 – Engrenagens Planetárias. [Fonte: Portal Energias<www.portal-energia.com>]

Outro Método muito utilizado em execução de aero- geradores de fabricação


caseira são dínamos com imãs permanentes e bobinas. Sendo que este
equipamento apresenta sua maior dificuldade no balanceamento eletromagnético do
conjunto.
Existem várias formas de se montar este dispositivo, sendo neste projeto
utilizado dínamo de bicicleta padrão (12V-6W). Devido aos testes realizados e a
relação com máquinas síncronas de pequeno porte que proporcionam uma relação
de torque e rotação possível em função de nossa montagem.
A forma de montagem seguirá a configuração do protótipo escolhido e é
apresentada na figura 39, que demonstra o acoplamento do dínamo com o rotor.
- 71 -

Figura 39- Esquema Adaptação do Dínamo.

Após ensaios em laboratório foi observado que o dínamo de bicicleta padrão


consegue gerar uma tensão de 5V a uma rotação de 1420 rpm.
Para fins de observação técnica, foram realizadas leituras de RPM do
conjunto do rotor em vazio com as engrenagens e com o dínamo, conforme
apresentado na figura 40, a medição rpm do teste.

Figura 40- Medição do rpm do teste.


- 72 -

Conforme cálculos teóricos, poderemos obter uma tensão em torno de 2 V,


porém após medição a potência observada no dimensional do conjunto apresentou-
se muito baixa.
Neste intuito foram deixadas de lado as questões matemáticas neste
momento e analisado a eficácia do conjunto sem nos preocuparmos com a potência
final obtida no protótipo.

Teste realizado

Conforme observado em testes realizados entre os dias 13 de agosto a 19 de


agosto, concluiu-se que o conjunto chega a uma rotação de 116 rpm no eixo do rotor
, e uma rotação de 450 rpm no eixo do dínamo em carga.
Rotação em vazio entre 300 a 330 rpm.
Tensão em torno de 2,5 a 2,8 V, essa variação devido a oscilações do vento
fornecido ao movimento.
Sistema da placa controladora de carga funcionando perfeitamente.

Considerações Finais

A situação apresentada observa-se que apesar do protótipo não ter


respondido em cargas altas, o mesmo respondeu satisfatoriamente para que fossem
mensurados valores para posterior comparação ao modelo real.
Acredita-se que com modelo real, cujas dimensões e velocidades de ventos
são maiores, o conjunto apresentará uma condição melhor de potência gerada.
Enxergasse de uma forma prática que a idealização do projeto é viável.
Cabendo assim ainda uma, melhor análise em relação aos valores obtidos e
possíveis custo de fabricação.

Futuros Estudos

Devido às variáveis apresentadas, seria importante a integração e melhor


fundamentação no quesito da transmissão mecânica, sendo este o maior problema
apresentado. Uma vez que a idéia inicial é o aproveitamento de ventos gerado por
- 73 -

torres de refrigeração, limitando assim alguns parâmetros dimensionais, para um


melhor desempenho do conjunto.
Com a construção de um protótipo nas dimensões reais, acredita que se pode
observar melhor os fenômenos da transformação da energia mecânica em elétrica, e
assim em consequência ter a possibilidade de inserir componentes e conceitos de
microcontroladores, que possivelmente deixará o conjunto com melhor eficiência e
desempenho.

5.1. MEDIÇÕES

Dados dos conjuntos:


Discriminação Real Protótipo Escala
Área do Bocal do Ventilador (m²) 6,15 0,05 123:1
Diâmetro do ventilador (m) 2,80 0,25 10:1
Velocidade do vento (m/s) 45 6,5 7:1
Vazão do Ventilador (m³/s) 277 0,32 860:1
Tensão: Motor do ventilador (V) 220 220 1:1
Corrente: Motor do ventilador (A) 100 0,33 300:1
Potência: Motor do ventilador (W) 22.000 55 400:1
Tabela 05 – Dados do Conjunto.

Dados Coletados do Dínamo:


Discriminação Valor
Tensão gerada em vazio (V) 2,5
Tensão gerada em carga (V) 2,1
Corrente gerada (A) 0,010(10m)
Potência gerada (W) 0,021(21m)
Rotação do rotor em vazio (RPM) 330
Rotação do rotor em carga (RPM) 116
Rotação do dínamo em carga (RPM) 450
Tabela 06 – Dados Coletados do Dínamo.

Pelos valores da rotação em vazio que obtivemos entre o valor Teórico (564
rpm) e valor medido(330rpm), gerou um desvio de 40%.
- 74 -

Mas levando em consideração os fatores de escalas dos elementos que


afetam diretamente na capacidade do projeto, isto visto pela equação 05 do capitulo
2.9.
Obtemos a seguinte Análise Adimensional, pela fórmula:

Pr = Pp (Eq.19)
Onde:
Pr- Potência do modelo Real;
Fa-Potência do Protótipo;

Substituindo pela equação 05, temos:

Cp x (K x Ar x Vr³) = Cp x (K x Ap x Vp³) (Eq.19)


Onde:
Cp- Coeficiente de Potência
K - Constante
Ar - Área do rotor eólico Modelo Real (m²)
Vr- Velocidade do vento no Modelo Real (m/s)
Ap - Área do rotor eólico Modelo Real (m²)
Vp- Velocidade do vento no Modelo Real (m/s)

Resolvendo ela utilizando as escalas da tabela 07, e eliminando termos em


igualdade, temos:

10 x 7³ x (Ap x Vp³) = (Ap x Vp³) Eq. (19)

Portanto a relação encontrada para nossa base de cálculo da Potencia do


Modelo Real é de 3430 vezes o valor obtida pelo Protótipo.
Assim a corrente obtida no modelo Real com o parâmetro de 34A, gerando
uma potência de 7.5KW no Modelo real, mostrado no gráfico da figura 41.
- 75 -

Figura 41- Gráfico da Potencia do Modelo Real

Nas medições do protótipo observa-se um acréscimo percentual da corrente


no motor do ventilador de 2%.
Sendo assim para efeito do cálculo de retorno de investimento e viabilidade
do projeto levará em consideração esse acréscimo na conta.
Agora na figura 42 foi montado uma simulação no software PSim com os
gráficos de Potência de saída e rotações do modelo Real, para a verificação aos
dados apurados, apenas para efeito de ilustração do modelo.

Figura 42- Simulação no Software PSim do Modelo Real.


- 76 -

5.2. PAY-BACK E VIABILIDADE COMERCIAL

Para uma análise e possível verificação da aplicação do estudo em escala


comercial, foi feito coleta de dados de prédio comercial, sendo os dados
referenciados a seguir como parâmetros.
Prédio Comercial Médio Porte, constituído de 7 andares com uma circulação
de 6.000 pessoas
Equipamentos Instalados consiste em 05 Elevadores sociais, 01 elevador de
carga. E o sistema HVAC formado por central de água gelada com 04 motores
bomba, 04 chillers com capacidade de 160 TR (1.920.000BTU) cada e 05 Fancoils.
No estudo da demanda do prédio ela será dada em KW, sendo que a
instalação apresenta uma utilização nas 24 horas do dia, possuindo sua utilização
maior entre as 07:00 as 20:00, horário este que o sistema HVAC está em atuante.
Observa-se que o sistema HVAC é responsável pela principal parte da
demanda da instalação (aproximadamente 300 kW) no período em questão, aos
finais de semana e feriados, o sistema HVAC atua em sua menor carga
(aproximadamente 50 kW).Conforme mostrado na figura 43- Gráfico de Demanda.

Figura 43 – Gráfico de Demanda de consumo de energia Eletrica.


- 77 -

Em valores foi constatado que o consumo da instalação durante as 24 horas


do dia é aproximadamente 12.400 kW/h, sendo que o consumo mensal é
aproximadamente 410.000 kW/h e ao longo de um ano, o consumo atingiu a marca
de 4.920.000 kW/h.
Parâmetros da fatura de energia elétrica, segue o regime tarifário A4 Horo-
Sazonal Verde, com demanda Utilizada de 1.100 KW, sendo especificado como o
horários Fora Ponta os períodos das 0:00h as 17:29 h e 20:30h as 23:59h. Já o
horário de Ponta especificado pelo período das 17:30h as 20:29h.
O consumo Mensal Médio apurado ficou em 400 kW/h, sendo quantificado
pelo valor Médio da Fatura de R$ 85.000,00.

Perfil de utilização da Torre de Refrigeração

• Potência Motor Troca Calor: 30 CV – 22 kW.


• Velocidade vento saída torre: 45 m/s.
• Consumo Motor Troca Calor: 22 kWh x 2% = 0,440 Kwh.
• Horário de Funcionamento: das 07:00h as 20:00h.
• Quantidade de dias da semana: 5 dias.
• Quantidade de Horas em Carga: 3 horas por dia, sendo 02h no horário fora de
ponta e 01h no horário de ponta.
• Consumo em carga (H. Fora de Ponta): 0,440 kWh x 2 horas x 22 dias por mês
= 19,36 kWh mensais x tarifa consumo horário fora ponta R$ 0,15618 =
R$3,00.
• Consumo em carga (H.de Ponta): 0,440 kWh x 1 hora x 22 dias por mês = 9,68
kWh mensais x tarifa consumo horário ponta R$ 0,45817 = R$ 4,14.
• Total Consumo = R$ 7,14

Perfil de utilização no Modelo Real de Geração

• Potência Gerada (calculada): 26 CV – 19.1 kW.


• Velocidade vento saída torre: 45 m/s.
• Energia Gerada pelo Rotor Savonius (gráfico fig.45): 7,5 kWh.
• Horário de Funcionamento: das 07:00h as 20:00h.
• Quantidade de dias da semana: 5 dias.
- 78 -

• Quantidade de Horas em Carga: 3 horas por dia, sendo 02h no horário fora de
ponta e 01h no horário de ponta.
• Consumo Gerado em carga (H. Fora Ponta): 7,5 kWh x 2 horas x 22 dias por
mês = 330 kWh mensais x tarifa consumo horário fora ponta R$ 0,15618 =
R$51,54.
• Consumo Gerado em carga (H. Ponta): 7,5 kWh x 1 hora x 22 dias por mês =
165,00 kWh mensais x tarifa consumo horário ponta R$ 0,45817 = R$ 75,60
• Total Consumo Gerado pelo Rotor Savonius= R$ 127,14

Custo Estimado de Implantação

• Conjunto do Rotor Savonius: R$ 7.000,00.


• Gerador Weg 14 KVA = R$ 5.000,00.
• No-Break Eaton 6 KVA = R$ 10.000,00.
• Infra-estrutura (Cabos, Eletrocalhas, Quadros Elétricos) = R$ 10.000,00.
• Documentação (Projetos – ART – Patente do Projeto) = R$ 3.000,00.
• Valor Total da Implantação = R$ 35.000,00

A partir dos parâmetros obtidos a relação entre a Energia Elétrica Fornecida


pelo Rotor Savonius pelo consumo do motor da troca de calor , chegamos a um
valor positivo de R120,00 (124,14-7,14) mensais, sendo então um valor de
R1.440,00 no ano.
Fundamentando a nossa definição de viabilidade, no quesito de retorno do
consumo da Potência gerada pela Potencia gasta para essa geração, o projeto se
demonstra satisfatório e viável.
Agora levando em conta também o custo da implementação dos
equipamentos (valor estimado de R$ 35.000,00), o mesmo teria sua amortização em
aproximadamente em 144 meses, conforme a figura 44 gráfico dos investimentos Vs
Tempo, sendo esse seu ponto de equilíbrio.
O que no entendimento deixa o projeto inviável. Cabendo uma analise
detalhada na forma de se melhorar este investimento e na tentativa de reduzir esses
custos e otimizar a implantação.
- 79 -

Figura 44 – Gráfico do Investimento Vs Tempo.

Então considerando plantas de empreendimentos com a instalação de quatro


conjuntos de torre de refrigeração, se faz necessário uma nova analise dos custos e
beneficio.
Portanto, a energia elétrica fornecida pelo rotor pelo consumo do motor do
ventilador, considerando quatro torres de resfriamento em funcionamento passa a
ser de R$ 480,00 mensais e R$ 5.760,00 Anuais.
Já o valor da implantação com quatro rotores Savonius com a central de
controle unificada ficará em R$ 50.000,00, pois só aumentara em quatro vezes o
custo de fabricação do conjunto de rotor.
Desta maneira a instalação se torna viável, pois o valor de investimento em
instalações com quatro ou mais torres de resfriamento em operação
simultaneamente com uma central de controle unificada, receberia seu investimento
devolvido em aproximadamente quatro anos e meio (54 meses), sendo este seu
novo ponto de equilíbrio, conforme demonstrado no gráfico da Figura 45.

Figura 45. Gráfico do Investimento Vs Tempo.


- 80 -

6. CONCLUSÃO

Com protótipo executado de geração de energia elétrica a partir de uma


energia descartada, no caso energia mecânica gerada do vento da Torre de
Resfriamento do HVAC pode demonstrar que a idéia é viável em um relativo prazo
de tempo e que com um médio valor investimento.
Em análise as medições do protótipo e em comparação graduada da escala
com o modelo real proposto mostram que o cálculo teórico está próximo do grau de
aceitação e validação para o dimensionamento do conjunto. Salientando que alguns
valores, que por talvez erros de leitura ou outro motivo não abordado, demonstram
uma melhor relação custo e benefícios foram descartados por princípios estatísticos
de eliminar parâmetros extremos de uma amostragem comparativa, reduzindo erros
de desvio.
Depois da verificação prática constatada, foi proposta uma análise de
implantação, onde o sistema da planta matriz usada como referência ficou a um
custo e retorno de investimento acima do esperado, inviabilizando a sua
implantação.
Como opção, devido à existência de centro comercial com equipamento de
grande carga térmica, sua configuração é composta por mais de uma torre de
resfriamento, foi possível então chegar a um resultado viabilizando a implantação.
Por fim está análise fundamentou em parâmetros que ao qual precisam ser
comprovados de forma mais efetiva, com a construção de um conjunto em escala
proporcional e próximo ao registrado pelos cálculos teóricos, pois assim teremos a
verdadeira dimensão das perdas.
Como sugestão, poderia se criar um conjunto controlador de carga com base
em microprocessadores tornando a regulação da carga precisa e inteligente na sua
comutação entre tensão gerada e banco de baterias.
Outra sugestão seria complementar o projeto a instalação de um sistema de
arranque, isto é inserção de um motor para a partida do rotor savonius, tirando o da
inércia e assim minimizando as força de inércia no inicio da operação.
Assim o projeto poderá tornar-se-á um grande benefício e as aplicações da
energia armazenadas serão de boa utilidade e com custos satisfatórios para os
equipamentos.
- 81 -

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ALDABÓ, Ricardo. Energia Eólica. São Paulo. Artliber Editora, 2002;

[2] ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do


Brasil - cap. 6 Energia Eólica. Brasília. 2ª edição, 2005, disponível em:
<http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/download.htm>- acesso em 03 de
dezembro de 2012.

[3] DUTRA, Ricardo. Energia Eólica Princípios e Aplicações. Tutorial


CRESESB, disponível em <HTTP://www.cresesb.cepel.br/tutorial_eolica.pdf>-
acessado em 03 de dezembro de 2012.

[4] WEG. Características e Especificações de Geradores, disponível em:


<http://www.weg.com.br/download>- acesso em 28 de Janeiro de 2013;

[5] ALPINA. Catálogo de Torre de Resfriamentos, disponível em:


<http://www.alpinaequipamentos.com.br>- acesso em 18 de março de 2013;

[6] DENSO. Especificação de produtos-Alternadores, disponível em:


<http://www.denso-dmbr.com.br>- acesso em 18 de março de 2013;

[7] BOSH. Alternadores, Motores de Partida e Principais Componentes 2011-


2012.6008 CTI 135/201007, São Paulo, 2010.

[8] MALVINO, Albert. Eletrônica Vol.1. São Paulo. Ed. Makron Books, 4ª edição,
2004.

[9] AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência. São Paulo. Ed. Pearson Prentice
Hall, 2008.

[10] ANUARIO 2013. Avanço rápido gera desafio estrutural. Revista Análise
Energia, São Paulo, ed. Análise, 2013;

[11] FITSGERALD, A.E. UMANS, Stephen D., KINGERS, Chales. Máquinas


Elétricas Vol.1. Porto Alegre. Ed. Bookman, 6ª edição, 2006;

[12] PROVENZA, Francesco. Manual do Projetista de Máquinas. São Paulo. Ed.


Protec, 1996.

[13] CARVALHO, Geraldo. Maquinas Elétrica: Teoria e Ensaios. São Paulo.


Ed.Érica ,4ª edição,2011.

[14] CREDER, Hélio. Instalação de Ar Condicionado. Rio de Janeiro. Ed.LTC ,6ª


edição,2004.

[15] PIRANI, Prof. Dr. Marcelo José. Apostila de Refrigeração e Ar


Condicionado. Universidade Federal da Bahia, Departamento de Engenharia
Mecânica, 2008.
- 82 -

[16] NEVES, Eurico G de Castro. Introdução à Energia Eólica. Caderno Didático


da Universidade Federal de Pelotas, disponível em
<www.minerva.ufpel.edu.br/~egneves/biblioteca.htm> acessado em 20 de
outubro de 2013.

[17] MARTINELLI Jr, Prof. Luiz Carlos. Introdução às Máquinas Térmicas. Unijui-
Universidade Regional do Nordeste do rio grande do Sul, disponível em
<www.martinelli.eng.br/ebooks.htm> acessado em 20 de outubro de 2013.

[18] PORTAL DA REFRIGERAÇÃO, disponível em <www.refrigeracao.net>


acessado em 20 de outubro de 2013.

[19] PORTAL DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS, disponível em


<www.energiasrenovaveis.com/biblioteca> acessado em 20 de outubro de
2013.

[20] GOLDEMBERG, J. Energia, Meio Ambiente & Desenvolvimento. São Paulo.


Ed. USP, 1998.

[21] CASTANHEIRA,L.,GOUVEIA,J.B.Energia, Meio Ambiente &


Desenvolvimento Sustentável. Portugal. Ed. Soc. Portuguesa de Inovação,
2004.
- 83 -

APÊNDICE A – MEDIÇÕES DA TORRE

 DADOS DA TORRE DE RESFRIAMENTO DE ÁGUA

Modelo: AP-240/4-A19-I-E de fabricação da ALPINA Equipamentos


Industriais, conforme ANEXO I- Catalogo da Torre de Resfriamento.

Características Técnicas:

Tipo de Material do Enchimento Filme PVC

Transmissão Tipo Engrenado

Motor Elétrico: Potencia Consumida (BHP) /Nominal (CV) 27,3 30

Motor Elétrico: TFVE, IPW55, CLASSE F 4 Pólos, 60 Hz

Motor Elétrico: Tensão (V) 220/380/440

Ventilador Axial : Diâmetro (mm) 2800

Perda por Evaporação / Arraste (%) 0,94 0,01

Pressão Req./Max. Admissível na entrada de Água 0,5 1,0


(mCA)

Comprimento: 4950

Dimensões Externas por células (mm) Largura: 4950

Altura: 5470

Tabela 07 – características da Torre de Resfriamento Alpina


- 84 -

 PERÍODO DE O VENTILADOR FICA LIGADO

O Ventilador axial da Torre de Resfriamento foi monitorado no período de


01/02/2013 à 15/02/2013,
Ficando o mesmo em atividade por freqüência de 12 horas.

 MEDIÇÕES DA VELOCIDADE DO VENTO PRODUZIDO

As medições foram feitas com o aparelho anemômetro digital de marca


MINIPA e modelo MDA-II. Com resolução de 0,01 e precisão de fundo de escala de
3%.

As Tomadas foram feitas conforme figura 46, em toda a circunferência com os


detalhes de posicionamento. Colocado o anemômetro aproximadamente a 500 mm
da boca do ventilador axial. Feito as leitura após aparelho estabilizar

Figura 46- Croqui de posicionamento para leitura do vento


- 85 -

Medições:

TOMADA DATA HORA Velocidade (m/s)

01 55,6

02 52,1

03 47,2

04 45,3

05 43,7
03/02/13 10:00
06 35,3

07 28,3

08 70,2

09 41,6

10 57,5

Tabela 08 – Medições da Torre de Resfriamento Alpina

MÉDIA DAS MEDIÇÕES = 47,68 m/s

“Para efeito dos cálculos usaremos 45 m/s”


- 86 -

APÊNDICE B – DESENHOS DO PROTÓTIPO


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- 88 -

APÊNDICE C – DESENHOS DA PLACA CONTROLADORA


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APÊNDICE D – LISTA DE MATERIAL E PEÇAS

 Placa controladora

Figura 47- Placa do Controlador de carga feito no software Ares do Proteus 7.7.

Componente Qtd. Observação


Resistor 04 3K3 ohms
Resistor 02 1 K ohm
Trimpot 10k 02 10 K ohms
Transistor BC548 02 Datasheet em link na internet
Diodo 1N4001 05 Datasheet em link na internet
Relé 5V : G5CLE-1-DC5 02 Datasheet em link na internet
CI 7808 01 Datasheet em link na internet
CI LM339 01 Datasheet em link na internet
CI 4001 01 Datasheet em link na internet
CI 4081 01 Datasheet em link na internet
Borne para PCI 03 Com 3 pinos
Borne para PCI 07 Com 2 pinos
Porta fusível 01
Placa de fenolite 01 10 cm x 10 cm
Resistor 04 3K3 ohms

Tabela 09- Lista de peças da Placa controladora.


- 90 -

 Montagem Geral do Protótipo

Figura 48- Montagem Geral do Protótipo.

Pos. Componente Qtd. Material Observação


1 Rotor Savonius 01 Aço APENDICE B
2 Mancal do Rotor 02 Alumínio APENDICE B
3 Engrenagem 01 Nylon APENDICE B
4 Engrenagem 01 Nylon APENDICE B
5 Rolamento rígido de esferas 02 NSK
6 Mancal intermediário 01 Alumínio APENDICE B
7 Estrutura Metálica 01 Aço APENDICE B
8 Parafuso sextavado 10 Aço
9 Parafuso Allen sem cabeça 04 Aço
10 Dínamo de bicicleta 01 Padrão 12 V – 6 W
11 Eixo Intermediário 01 Aço APENDICE B
12 Micro Motor 01 Elgin
Tabela 10- Lista de peças da Placa controladora.
- 91 -

 Painel de instrumentos do Protótipo

A Instrumentação e seus componentes serão inseridos em painel padrão nas


dimensões 500 mm x 500 mm
A princípio será um quadro com bornes para a inserção de multímetros
ligados ao circuito elétrico para as medições das Tensões e correntes do conjunto,
ligados a fonte geradora e a carga. Isto em ligação simples e prevendo possíveis
proteções para se evitar choques elétricos, a figura 49 mostra o painel montado com
o circuito elétrico.

Figura 49- Montagem painel do circuito elétrico.


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ANEXO I – TORRE DE RESFRIAMENTO DE ÁGUA

Catálogo do Fabricante com Especificações Técnicas

Figura 50 – Torre Alpina visão geral

Características:

 Aspiração do ar em contracorrente com descarga do ar úmido para cima.


 Permitem sem intervalos, junção de varias unidades, formando baterias.
 Totalmente desmontáveis.
 Fácil acesso para inspeção , manutenção e limpeza.
 Disponíveis para nível de ruído industrial e silencioso.
- 93 -

Carcaça:

 Totalmente em PRF (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro), autoportante,


pigmentação verde escura (standard).
 Fornecimento padrão com entrada de ar por 4 lados.
 Pode ser fornecida sem bacia, com ferragens para montagem sobre bacia de
concreto.

Ventiladores:

 Axiais, com cubos em aço ou alumínio.


 Pás múltiplas, em modernos plásticos de engenharia.
 Diretamente acoplados aos motores, blindados com proteção IP(W)55,
isolamento classe B, categoria N.
 Ferragens em aço carbono, protegido contra a corrosão, parafusos e porcas
em aço inox.

Figura 51 – Rotor do ventilador Axial

 São feito balanceamento estático e dinâmico com grau G 6,3,conforme norma


ISSO 1940.
 Podem girar em ambos os sentidos de rotação,aspirando ou insuflando,
conforme montagens das pás
- 94 -

 Faixa de utilização para velocidades periféricas de até 70 m/s.


 Operam em temperaturas extremas de 30°C até +70°C.

Dimensões:
Peso aprox..
Modelo Dimensões Conexões (kg)

Vol. Embarque(m)-(11)

Vol. Da bacia (l)


Conexões Entrada de AR (1) (2)

Embarque
4 LADOS 3 LADOS 2 LADOS
WG20 SG

Operação
Vent.
A19

B C D E
ФA F N1 N2 G X Y
R S R S R S

240/3 2800 4780 4780 4930 4930 3060 5070 3260 5270 3660 5670 8” 12” 5740 17100 72 11500
300 300 300 450
240/4 2800 4780 4780 4930 4930 3510 5620 3710 5720 4110 6120 8” 12” 5740 17100 78 11500
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ANEXO II – GERADOR WEG

Figura 52- Gerador da WEG.

Características Técnicas:

Potências: ate 849 kVA


Carcaças: 160 a 315 (IEC)
Baixa tensão: 220, 380, 440 e 480 V
Freqüência: 50 e 60 Hz
Grau de proteção: IP21 (IP23, IP21W e IP23W sob consulta)
Classe de isolação: 180 °C (H)
Passo do enrolamento: 2/3
Numero de pólos: 4 pólos
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ANEXO III – REGULADOR DE TENSÃO WEG

Figura 53 – Placa de identificação do Regulador de tensão.


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CARACTERISTICAS TÉCNICAS

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