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INTRODUÇÃO
Na sequência dos eventos escatológicos, dois deles subsequentes ao
arrebatamento da Igreja acontecerão no céu: o tribunal de Cristo e as bodas do
Cordeiro. Os eventos na Terra depois do arrebatamento da Igreja já
aconteceram durante a Grande Tribulação. Nesta seção, trataremos
especialmente sobre o tribunal de Cristo, período de julgamento das obras dos
santos arrebatados para a presença de Cristo.
O lugar. Não há texto especifico que declare, mas o contexto bíblico indica
que, uma vez a Igreja arrebatada ate as nuvens, nos céus, a instalação
do tribunal de Cristo, inevitavelmente, terá de ser no céu, nas regiões
celestiais.
Os julgados. Quem será julgado no tribunal? Quais são os sujeitos desse
tribunal? Concerteza, as pessoas julgadas nesse tribunal são os santos
remidos por Cristo. O texto de 2 Co 5.1-10 fala daqueles que lutam nesta vida
para alcançarem o privilegio de serem revestidos de uma habitação espiritual
no céu. Não haverá discriminação nesse lugar. Só entrarão os salvos, os
remidos. Não haverá lugar nesse tribunal para julgamento condenatório.
O juiz. O apostolo Paulo declara que o exame das obras dos crentes será
realizada perante o Filho de Deus (2 Co 5.10). O próprio Jesus falou que
todo o juízo é colocado nas mãos do Filho de Deus. Faz parte da
exaltação de Cristo depois de Sua conquista no Calvário receber do Pai
toda a autoridade e poder para julgar.
A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12). Não se trata da simples vida que temos
aqui. Essa coroa é um premio especial porque implica conquista de um tipo de
vida superior à vida terrena, ou simples vida espiritual, como a tem os anjos. É
a modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de Cristo Jesus –
a vida eterna. É o galardão da fidelidade do crente.
O Tribunal de Cristo
Leitura: 1 Co 3.11-15
Todos nós iremos comparecer diante de Cristo que, como juiz, julgará as nossas obras (2 Co
5.10; At 17.31). Quem não for salvo, depois da morte, passará pelo julgamento do Trono
Branco. Quem for salvo irá ao julgamento do tribunal de Cristo (Rm 14.10), onde serão
julgadas as obras, para determinar a qualidade das mesmas. Neste evento será determinada
a recompensa ou a perda da recompensa, e não a salvação, pois quem estiver diante do
tribunal já está salvo.
O tribunal de Cristo não se destinará ao julgamento dos nossos pecados, pois os mesmos
foram perdoados por Jesus no Calvário (1 Jo 1.7). Não será para garantir um lugar nos céus
(Ap 22.14), que foi obtido a partir do momento em que cremos em Jesus e nosso nome foi
escrito no Livro da Vida nem a nossa condenação, visto que nenhuma condenação há para
aqueles que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1; Jo 5.24; 1 Jo 4.17).
A palavra para este tribunal no grego é bema: um local elevado onde se assentava um juiz
(At 18.16). Era também o local onde um juiz se assentava nas competições para
recompensar os vencedores.
Há diversas opiniões com respeito ao lugar onde se dará esse juízo. Alguns opinam que será
no céu, outros que será nos ares (1 Ts 4.17). A história de Isaque e Rebeca (Gn 24) pode
ser uma figura deste fato, pois Rebeca deixou sua terra e empreendeu uma longa caminhada
para se encontrar com Isaque, mas o encontro não se deu na casa de Isaque e sim no
campo, o que nos dá a idéia de ser nos ares, conforme mencionado pelo apóstolo Paulo.
Cremos que não será na terra para não ser presenciado pelos pecadores que durante sua
vida foram hostis ao povo de Deus, e que não será no céu, pois diante do tribunal haverá
decepções (1 Jo 2.28), coisa que não haverá no céu, mas só alegria no Espírito Santo.
O que será julgado?
As obras que fizermos por meio do corpo serão provadas pelo fogo (2 Co 5.10) e podem ser
aprovadas ou reprovadas (1 Co 9.27). A palavra utilizada por Paulo para “mal” é phaulos,
que tem o sentido de inutilidade, impossibilidade de gerar qualquer bem.
Cristo vai avaliar o tipo de cada obra e também a razão da mesma: foi feito por amor ao
Senhor? (1 Co 13.3). Pois o primeiro mandamento em Mt 22.37 é: “Amarás o Senhor teu
Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”.
Se as fizemos de boa vontade, receberemos galardão (1 Co 9.17,18; 1 Pe 5.2-4), mas se as
fizemos com motivos de auto benefício, nada receberemos (Fp 1.15).
O Senhor julgará:
• Como usamos os recursos que ele nos deu (Mt 25.19-21; Lc 19.13,16);
• O trabalho que fizemos ao Senhor e à igreja (1 Co 3.8; Hb 6.10; Ap 2.12,13; Mc 9.41; Mt
10.41,42);
• Nossas relações com nossos irmãos (Rm 14.10);
• Aquilo que sofremos por amor a Cristo (Mt 5.11,12; Lc 6.22,23; Ap 2.10);
• Nossa fidelidade como despenseiros (1 Co 4.1-5).
Algumas pessoas falam: “Bem, estou feliz de ir para o céu e se já vou para lá, isso é
bastante para me fazer feliz”. Não, não é! Se você chegasse em casa hoje à noite e a
encontrasse completamente destruída, toda a sua roupa queimada, todos os móveis e
utensílios reduzidos a cinzas, e também os aparelhos elétricos, sem nada no seguro, não
ficaria feliz com isso. Muitos cristãos comparecerão diante do Tribunal de Cristo, vendo suas
obras em chamas.
Ninguém será salvo pelas obras (Tt 3.5), mas, depois de ter sido salvo, o filho de Deus deve
praticar boas obras, para glória de Deus (Ef 2.10).
Alguns crentes ficarão como Ló (Gn 19), cujas obras foram completamente queimadas no
fogo. Tudo o que ele havia feito foi queimado, só que ele mesmo não se queimou. Ele é o
retrato do cristão carnal comparecendo ante o Tribunal de Cristo.
As obras que passarão no teste do fogo serão as de ouro, prata e pedras preciosas e as que
serão queimadas serão as de palha, madeira e feno. Há um contraste entre o que é
duradouro e o que é passageiro; entre o que é caro e o que é barato; entre o belo e o feio.
Aqueles que se esforçam para fazerem o melhor – obras permanentes - e não se conformam
em fazer de qualquer maneira será recompensado (1 Co 3.14; Jr 48.10)! Aquilo que
construímos deve estar de acordo com o fundamento, que é precioso. As obras valiosas são
feitas segundo o padrão e a vontade de Deus, enquanto as obras sem valor são construídas
num padrão puramente humano, inferior.
a) A coroa da vitória (1 Co 9.25). A vida crista se constitui numa batalha espiritual contra
três inimigos terríveis: a carne, o mundo e o Diabo. Esta coroa é denominada, também,
como coroa incorruptível, porque se refere à conquista do domínio do crente sobre o velho
homem.
b) A coroa de gozo (1 Ts 2.19; Fp 4.1). A palavra gozo significa prazer, alegria, satisfação.
Uma das atividades cristã que mais satisfazem o coração do crente é o ganhar almas. Isto é,
praticar o evangelismo pessoal e ganhar pessoas para o reino de Deus. Na busca do gozo
nesta vida, nada é comparável ao de salvar almas para Cristo, livrando as da perdição
eterna. Por isso, quem ganha almas, sábio é (Pv 11.30; Dn 12.32).
c) A coroa da justiça (2 Tm 4.7,8). É o premio dos fiéis, dos batalhadores da fé, dos
combatentes do Senhor, os quais vencendo tudo esperam a Sua vinda.
d) A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12). Não se trata da simples vida que temos aqui. Essa
coroa é um prêmio especial porque implica conquista de um tipo de vida superior à vida
terrena, ou simples vida espiritual, como a tem os anjos. É a modalidade de vida conquistada
mediante a obra expiatória de Cristo Jesus – a vida eterna. É o galardão da fidelidade do
crente.
e) A coroa de glória (1 Pe 5.2-4). Certos eruditos na Bíblia entendem que esta coroa é o
galardão dos ministros fiéis que promoveram o reino de Deus na Terra, sem esperar
recompensa material.
O próprio Senhor Jesus, Juiz desse tribunal, é quem fará a entrega dos prêmios, galardões,
recompensas (2 Co 9.6). Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo: “O meu galardão
está comigo para dar a cada um segundo as suas obras” (Ap 22.12). O apóstolo Paulo
declara, também, que todo crente receberá o seu louvor (elogio) da parte de Deus (1 Co
4.5).
Nosso Senhor nos recompensará publicamente, diante do todos os salvos e seres celestiais
(Mt 6.4). Não existe honra maior do que esta de ter um Salvador impecável nos
cumprimentando publicamente, diante dos querubins e serafins, dos santos e da Trindade!
O propósito dos galardões não é glorificar quem os recebeu, mas aquele que os entregou.
Vivemos para glorificar a Deus, agora e no porvir. Assim, cremos que as coroas serão
oferecidas ao Cordeiro (Ap 4.10), como uma oferta de cada crente ao seu Senhor. Assim, o
tesouro que ajuntamos no céu será para glorificar ao Mestre e não para exibição dos servos.
Leitura sugerida:
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Vida, 2006.
HOWARD, Rick. O Tribunal de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.