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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

Prova Objetiva – 08/04/2018

LEITURA E ESCRITA ACADÊMICA

INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES:

1. Verifique se a prova está completa de acordo com as orientações dos fiscais.

2. A compreensão e a interpretação das questões constituem parte integrante da prova, razão pela qual os fiscais não
poderão interferir.

3. Preenchimento do Cartão-resposta Prova Objetiva:

• Preencher para cada questão apenas uma resposta.


• Preencher totalmente o espaço correspondente, conforme o modelo:
• Para qualquer outra forma de preenchimento, por exemplo, , o leitor óptico anulará a questão.
• Usar apenas caneta esferográfica de ponta grossa e tinta preta ou azul. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tin-
teiro.

4. Conferir seus dados no Cartão-resposta da Prova Objetiva e assinar no local indicado.

5. Não haverá substituição do cartão-resposta em caso de rasuras ou emendas.

6. Orientações para o preenchimento do Cartão de redação:

• Não se identificar no Cartão de redação;


• Não assinar o Cartão de redação;
• Usar apenas caneta esferográfica de ponta grossa de tinta preta ou azul. Não usar caneta tipo hidrográfica ou tin-
teiro.
• Não usar caneta sobre textos a lápis.

7. O tempo disponível para esta prova é de 04 (quatro) horas, com início às 8h e término às 12h.

Início da prova: 08h.


Término da prova: 12h.

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RESPOSTAS

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
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O texto, a seguir, é base para responder às questões 1 e 2.

Nanorobôs de DNA

Desde a invenção dos circuitos integrados na década de 60, nos acostumamos com a ideia de que a computação
ocorre somente em componentes eletrônicos impressos em um substrato de silício. Por isso, a palavra nanorobô
remete à imagem de uma máquina em miniatura feita de metal, plástico e circuitos integrados capaz de realizar di-
versas atividades por meio da computação. Porém, nanorobôs não têm nenhuma semelhança física com os robôs
macroscópicos a que estamos acostumados: eles são criados a partir de DNA e RNA, as moléculas de ácido
nucleico que codificam as informações genéticas dentro das células.

Cientistas já utilizaram a molécula de DNA para criar portas lógicas e circuitos simples, os blocos de construção
básicos da computação; outros conseguiram dobrar a molécula para criar barris ou caixas que guardam em seu
interior uma carga de medicamentos ou anticorpos. Juntando essas duas técnicas um grupo de pesquisadores
construiu nanorobôs e os testou dentro de um organismo vivo. No futuro, os nanorobôs serão capazes de executar
tarefas que variam desde ferramentas para diagnóstico que utilizam informações bioquímicas e fisiológicas do
paciente, até a entrega de medicação direcionada somente às células que atendam a alguns critérios previamente
programados.

[...]

Ferramentas da Engenharia Genética

Síntese de DNA

Hoje, é possível escrever uma sequência de DNA e enviar para um laboratório de síntese comercial. Em alguns
dias, você receberá um pequeno tubo com aproximadamente 1018 moléculas de ácido nucleico com a sequência
encomendada.

Origami de DNA

Técnica para construir estruturas complexas a partir de longas cadeias de DNA com sequências específicas de
bases. A molécula de ácido nucleico é planejada para que se dobre em alguns pontos, assim os cientistas podem
criar estruturas variadas, desde triângulos e círculos até formas tridimensionais semelhantes a caixas e barris.
[...]

SIONEK, A. Nanorobôs de DNA. Revista Polyteck, ed. 11, p.10-11, abril 2015. Disponível em:
https://issuu.com/revistapolyteck/docs/11ed_online. Acesso em 17/03/2018

1. Em relação às palavras e expressões retiradas do texto sob análise, assinale a alternativa CORRETA:

A) O conceito de nanorobô, conforme o texto, é o de “uma máquina em miniatura feita de metal, plástico e circui-
tos integrados capaz de realizar diversas atividades por meio da computação. “
B) A técnica Origami de DNA refere-se à construção de estruturas complexas como triângulos, círculos e até for-
mas tridimensionais, a partir de longas cadeias de DNA com sequências específicas de bases.
C) Segundo o texto, DNA e RNA são moléculas de ácido nucleico que codificam as informações genéticas dentro
das células, e são usadas na criação de robôs macroscópicos.
D) A Engenharia Genética apresenta ferramentas como a Síntese de DNA que, segundo o texto, trata-se da
mesma técnica do Origami de DNA.
E) Pesquisadores construíram nanorobôs juntando duas técnicas:” ferramentas para diagnóstico” e “a entrega de
medicação direcionada somente às células que atendam a alguns critérios previamente programados”.

2. Para responder a esta questão, recorra ao texto “Nanorobôs de DNA”, de André Sionek. A atitude do falan-
te/escritor em relação ao fato expresso pelo verbo pode ser explicitada pelo tempo e pelo modo verbal. Em relação
ao emprego dos tempos verbais, assinale a alternativa CORRETA:

I. Na sentença “Cientistas já utilizaram a molécula de DNA para criar portas lógicas e circuitos simples”, empre-
ga-se o verbo no tempo pretérito para referir-se a atos passados mencionados pelo autor do texto.
II. No exemplo “...nanorobôs não têm nenhuma semelhança física com os robôs macroscópicos”, o verbo em
destaque, flexionado no tempo presente, é utilizado para substituir o imperativo, expressando de forma delica-
da um pedido ou ordem.
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III. Na sentença “Nanorobôs são criados a partir de DNA e RNA, as moléculas de ácido nucleico que codificam
as informações genéticas dentro das células”, os verbos em destaque expressam uma verdade científica, um
conceito baseado em fatos reais já estudados pelos pesquisadores daquela área do conhecimento.

A) Apenas I está correta.


B) II e III estão corretas.
C) I e II estão corretas.
D) Todas as alternativas estão corretas.
E) I e III estão corretas.

3. O texto que segue é um fragmento do artigo de divulgação científica “Nanorobôs de DNA”, de André Sionek.

Desde a invenção dos circuitos integrados na década de 60, nos acostumamos com a ideia de que a computação
ocorre somente em componentes eletrônicos impressos em um substrato de silício. Por isso, a palavra nanorobô
remete à imagem de uma máquina em miniatura feita de metal, plástico e circuitos integrados capaz de realizar
diversas atividades por meio da computação.

SIONEK, A. Nanorobôs de DNA. Revista Polyteck, ed. 11, p.10-11, abril 2015. Disponível em:
https://issuu.com/revistapolyteck/docs/11ed_online. Acesso em 17/03/2018

No fragmento, identifica-se a seguinte estratégia argumentativa:

A) causa e consequência;
B) de autoridade;
C) prova concreta;
D) dados estatísticos;
E) comparação.

4. No excerto a seguir, retirado do texto “Segurança em cirurgias operadas por robôs”, de Raisa Jakubiak, analise os
atos de dizer da autora.

“Cirurgias são procedimentos médicos invasivos amplamente utilizados que, na maioria das vezes, resultam em
grande desconforto para o paciente durante sua recuperação. No método convencional, os médicos cirurgiões têm
que abrir o paciente, cortando pele e tecidos para ter acesso às estruturas e órgãos envolvidos na operação.
Nas últimas décadas, evoluções da medicina e de diversas tecnologias iniciaram uma revolução na maneira como
cirurgias podem ser realizadas. Para reduzir o desconforto e os impactos negativos dos procedimentos cirúrgicos
convencionais, um novo tipo de cirurgia vem sendo utilizado: a Cirurgia Minimamente Invasiva (CMI), ou laparos-
cópica. Na CMI, instrumentos laparoscópicos como trocartes e cânulas, agulhas, dissectores, pinças, tesouras,
portagulhas e grampeador são inseridos no corpo através de pequenas incisões. Os cirurgiões então realizam a
operação de maneira remota, manipulando os instrumentos através de uma interface controladora e de imagens
fornecidas por um espectroscópio.
No entanto, apesar de as CMI reduzirem o trauma ao corpo, dor pós-operatória e duração da internação do pacien-
te quando se comparado à cirurgia convencional, ela também tem seus desafios. Além da falta de destreza e ca-
pacidade de manipulação fina, há a falta de sensibilidade no que diz respeito à interação instrumento – tecido. Es-
tas são dificuldades já conhecidas e há centenas de trabalhos no que diz respeito à tecnologia para minimizar o
impacto destes fatores”.

JAKUBIAK, R. Segurança em cirurgias operadas por robôs. Revista Polyteck, ed. 12, p. 6-9, jun./jul. 2015. Disponível em:
<https://issuu.com/revistapolyteck/docs/12ed_vonline>. Acesso em: 16 mar. 2018.

Assinale a alternativa que apresenta verbos de dizer correspondentes aos atos da autora no excerto lido.

A) Jakubiak (2015) examina o que são as cirurgias convencionais. Em seguida, as contrasta à laparoscópica e
contesta como esta é realizada. Por fim, questiona as vantagens da CMI com seus desafios, abordados em
diferentes pesquisas que objetivam minimizá-los.
B) Jakubiak (2015) comprova o que são as cirurgias convencionais. Em seguida, as contrapõe à laparoscópica
e critica como esta é realizada. Por fim, verifica as vantagens da CMI e seus desafios, abordados em diferen-
tes pesquisas que objetivam minimizá-los.
C) Jakubiak (2015) explica o que são as cirurgias convencionais. Em seguida, as compara à laparoscópica e
descreve como esta é realizada. Por fim, pondera sobre as vantagens da CMI e seus desafios, abordados em
diferentes pesquisas que objetivam minimizá-los.
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D) Jakubiak (2015) questiona o que são as cirurgias convencionais. Em seguida, as iguala à laparoscópica e re-
conhece como esta é realizada. Por fim, aborda as vantagens da CMI e seus desafios, abordados em diferen-
tes pesquisas que objetivam minimizá-los.
E) Jakubiak (2015) define o que são as cirurgias convencionais. Em seguida, as aproxima da laparoscópica e
questiona como esta é realizada. Por fim, associa as vantagens da CMI com seus desafios, abordados em di-
ferentes pesquisas que objetivam minimizá-los.

5. Leia o excerto que segue, retirado do artigo de divulgação científica “O que é uma vida (humana)?”, do professor
do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), Guilherme José da Silva e Sá, para avaliar as
três paráfrases elaboradas a partir desse trecho.

“É certo que as novas tecnologias da vida vêm contribuir para a superação de males que afligem o aglomerado
que chamamos de humanidade. No entanto, a questão que devemos ter sempre em mente – para o desenvolvi-
mento de uma ciência ética e inclusiva – é o quanto de diversidade a noção de humanidade com a qual estamos
operando comporta [...]. Assim, passamos a perceber que nem os corpos e nem as vidas pertencem a uma espé-
cie humana, mas sim pertencem a sujeitos. Sujeitos que possuem histórias de vida, que ostentam e fazem seus
gêneros, que se identificam racialmente, e que se organizam em função de biossociabilidades, nos termos de Paul
Rabinow (1999), para reivindicarem políticas públicas e científicas para si”.

SÁ, Guilherme José da Silva. O que é uma vida (humana)? Com Ciência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 175, 2016. Disponível
em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=120&id=1456. Acesso em: 16/03/2018.

I. Sá (2016) discorda dos benefícios das novas tecnologias para solucionar as mazelas da humanidade, pois de-
fende que o desdobramento de uma ciência ética e inclusiva exige se considerar as diversas condições huma-
nas. E determina que, a partir dessa visão, são criadas políticas públicas e científicas para atender corpos e vi-
das que não pertencem a uma natureza única, mas a sujeitos singulares.
II. Sá (2016) reconhece que o desenvolvimento tecnológico beneficia a humanidade. Mas acredita que a promo-
ção de uma ciência ética e inclusiva depende de se considerar que as formas humanas de existir são diversas.
E conclui que, a partir dessa visão, é possível se perceber que os corpos e as vidas pertencem a sujeitos com
histórias próprias, os quais se mobilizam para requerer políticas públicas e científicas.
III. Sá (2016) assegura que o corpo e a vida humana já não pertencem mais a uma espécie de natureza única,
mas a sujeitos que se organizam para reivindicar políticas públicas e científicas. E contra-argumenta que as
novas tecnologias levarão à superação de males se houver o desenvolvimento de uma ciência ética e inclusi-
va, resultante da percepção do quanto de pluralidade a noção de humanidade comporta.

Assinale a alternativa CORRETA.

A) Apenas a asserção III é verdadeira.


B) As asserções I, II e III são verdadeiras.
C) As asserções II e III são verdadeiras.
D) As asserções I e II são verdadeiras.
E) Apenas a asserção II é verdadeira.

6. O texto que segue é um fragmento do artigo de divulgação científica “O que é uma vida (humana)?”, de Guilherme
José da Silva e Sá, e serve de base para a questão.

“É certo que as novas tecnologias da vida vêm contribuir para a superação de males que afligem o aglomerado
que chamamos de humanidade. No entanto, a questão que devemos ter sempre em mente – para o desenvolvi-
mento de uma ciência ética e inclusiva – é o quanto de diversidade a noção de humanidade com a qual estamos
operando comporta [...]. Assim, passamos a perceber que nem os corpos e nem as vidas pertencem a uma espé-
cie humana, mas sim pertencem a sujeitos. Sujeitos que possuem histórias de vida, que ostentam e fazem seus
gêneros, que se identificam racialmente, e que se organizam em função de biossociabilidades, nos termos de Paul
Rabinow (1999), para reivindicarem políticas públicas e científicas para si”.
SÁ, Guilherme José da Silva. O que é uma vida (humana)? Com Ciência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 175, 2016. Disponível
em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=120&id=1456. Acesso em: 16/03/2018.)

No fragmento, quatro operadores argumentativos foram destacados. Que relações de sentido estabelecem no
texto, respectivamente?

A) Oposição, conclusão, oposição e finalidade;


B) Oposição, conclusão, soma e consequência;
C) Conclusão, conclusão, soma e finalidade;
D) Oposição, consequência, conformidade e condição;
E) Explicação, condição, soma e finalidade.
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7. Considere o texto a seguir.

Tenha uma presença digital

Tratar sobre presença digital nos dias de hoje é inevitável. Já tocamos nesse assunto algumas vezes aqui no blog,
mas vamos falar mais uma vez porque, se você ainda não acredita na importância do tema, está na hora de come-
çar. Dá uma olhada neste gráfico:

Em uma pesquisa feita pelo Google em 2006, 99% dos entrevistados responderam que recorrem à internet para
buscar por questões médicas. Isso quer dizer que o irritante Dr. Google já ganhou de todo mundo em número de
consultas.

Fonte: Texto adaptado de MACEDO, Lais. 4 maneiras de utilizar a tecnologia a favor do seu consultório. 19 out. 2017. Disponível em:
http://www.consultorio20.com.br/utilizar-tecnologia-favor-do-seu-consultorio/. Acesso em: 23 mar. 2018.

A partir das informações verbais e não verbais que compõem o texto, conclui-se que:

I. Os dados apresentados no gráfico constituem argumento baseado em prova concreta, uma vez que a autora
pretende convencer o público-leitor sobre a importância de se ter presença digital.
II. A autora destaca sua preocupação pelo fato de, atualmente, as pessoas terem menos confiança nas informa-
ções sobre saúde que circulam na internet do que nas orientações dadas pelos médicos em seus consultórios.
III. Os dados apresentados no gráfico foram coletados por Macedo (2017) durante a realização de sua pesquisa
sobre o uso da internet por enfermos para obterem informações relacionadas a problemas de saúde.
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Sobre as afirmativas, assinale a alternativa CORRETA:

A) Somente as afirmativas I e II estão corretas.


B) Somente a afirmativa I está correta.
C) omente as afirmativas II e III estão corretas.
D) Somente a afirmativa III está correta.
E) Somente a afirmativa II está correta.

8. Leia o texto a seguir, que é um fragmento da Introdução do artigo científico “Perspectivas filosóficas do uso da
tecnologia no cuidado de enfermagem em terapia intensiva”, para responder à questão.

INTRODUÇÃO

[...] O contexto do cuidado à enfermagem vem sendo sistematicamente influenciado por mudanças produzidas no
âmbito da tecnologia, o que tem gerado diversas inquietações e indagações acerca dos benefícios, dos riscos e
das relações construídas entre trabalhadores, doentes e a utilização de tecnologias como instrumentos imprescin-
díveis ao cuidado de saúde. Principalmente nas unidades de terapia intensiva, o cuidado ao doente crítico envolve
a utilização de um arsenal tecnológico específico e que exige, especialmente dos enfermeiros, conhecimentos e
habilidades tanto no que se refere à operacionalização de máquinas quanto a sua adequação às necessidades de
quem depende delas.

Fonte: Adaptado de SCHWONKE, C. R. G. B.; LUNARDI FILHO, W. D.; LUNARDI, V. L.; SANTOS, S. S. C.; BARLEM, E. L. Perspectivas filo-
sóficas do uso da tecnologia no cuidado de enfermagem em terapia intensiva. Revista Brasileira de Enfermagem. 2010. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/html/2670/267019462028/>. Acesso em: 20 mar. 2018.

Leia a parte inicial de três resumos acadêmicos elaborados a partir da Introdução desse artigo.

I. Na introdução do artigo científico, Schwonke et al.* (2010) tratam da influência que o desenvolvimento tecnoló-
gico tem exercido no contexto do cuidado à enfermagem. Explicam que essa influência tem produzido questio-
namentos em torno das vantagens, desvantagens e relações estabelecidas entre profissionais, pacientes e
emprego de recursos tecnológicos tidos como essenciais na situação de cuidado ao enfermo. Os autores afir-
mam que o cuidado ao paciente em estado grave demanda o uso de diversos recursos tecnológicos, o que re-
quer conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde para o manejo de máquinas e também para ade-
quá-las aos pacientes, de acordo com as necessidades de cada um.
II. Citando Schwonke et al. (2010), verificamos que a influência do desenvolvimento tecnológico no contexto do
cuidado à enfermagem tem gerado diversas inquietações e indagações quanto aos benefícios, aos riscos e às
relações construídas entre os envolvidos e a utilização de tecnologias como instrumentos imprescindíveis ao
cuidado de saúde. Conclui-se que “o cuidado ao doente crítico envolve a utilização de um arsenal tecnológico
específico”, o que vai exigir que os profissionais de saúde, principalmente os enfermeiros, tenham conhecimen-
tos e habilidades específicas para adequar o uso das máquinas às necessidades dos pacientes.
III. Schwonke et al. (2010), na parte inicial do artigo científico, expõem que o contexto de cuidado à enfermagem
tem sido sistematicamente impactado pelos avanços tecnológicos. Os autores esclarecem que isso tem provo-
cado questionamentos relacionados às vantagens, desvantagens e relações estabelecidas entre profissionais,
pacientes e emprego de recursos tecnológicos tidos como indispensáveis na situação de cuidado ao paciente.
Os autores afirmam que o cuidado ao enfermo em estado grave requer o uso de recursos tecnológicos varia-
dos, o que demanda conhecimentos e habilidades dos profissionais de saúde para operar as máquinas e tam-
bém para adequá-las aos pacientes, considerando as especificidades de cada caso.

*Observação: mais de três autores, menciona-se o primeiro autor seguido da expressão et al. = outros autores.

Assinale a alternativa que apresenta o(s) resumo(s) CORRETO(S).

A) Somente alternativa I está adequada para o gênero resumo acadêmico.


B) Somente as alternativas II e III estão adequadas para o gênero resumo acadêmico.
C) Somente alternativa II está adequada para o gênero resumo acadêmico.
D) Somente as alternativas I e III estão adequadas para o gênero resumo acadêmico.
E) Somente a alternativa III está adequada para o gênero resumo acadêmico.
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9. Considere o texto para responder à questão a seguir.

A TECNOLOGIA EM SAÚDE: UMA PERSPECTIVA PSICOSSOCIOLÓGICA APLICADA AO CUIDADO DE


ENFERMAGEM

Rafael Celestino da Silva1 Márcia de Assunção Ferreira2

RESUMO

Objetiva-se demonstrar a relevância social do fenômeno tecnologia no cuidado em saúde como objeto de conhe-
cimento psicossociológico. A tecnologia pode determinar o estilo de vida da sociedade, levando o homem a desen-
volver sentimentos e comportamentos de adoração, medo, aproximação e afastamento. O fenômeno tecnologia em
saúde integra pensamentos e discussões dos profissionais, fazendo circular informações entre eles, levando-os a
elaborarem conhecimentos que alicerçam seus modos de agir. Pressupõe-se que a presença de recursos tecnoló-
gicos em ambientes de cuidado gera em quem cuida inquietações, sentimentos e comportamentos que se relacio-
nam às representações sobre determinado objeto, no caso a tecnologia em saúde, as quais determinam diferentes
modos de cuidar. Entender a tecnologia no cuidado em saúde na abordagem psicossociológica possibilita o co-
nhecimento do campo que congrega elementos que constroem as representações sociais, no intento de compre-
ender tais modos de cuidar.

Palavras-chave: Tecnologia Biomédica. Cuidados de Enfermagem. Enfermagem. Unidades de Terapia Intensiva.

1Enfermeiro. Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Médico-cirúrgica. Aluno do Curso de Doutorado da

Escola de Enfermagem Anna Nery/EEAN - UFRJ. Membro do Núcleo de Pesquisa de Fundamentos do Cuidado de
Enfermagem (Nuclearte). Brasil. E-mail: rafaenfer@yahoo.com.br, 2Doutora em Enfermagem. Membro do Núcleo
de Pesquisa de Fundamentos do Cuidado de Enfermagem (Nuclearte). Professora Titular do Departamento de En-
fermagem Fundamental da EEAN/UFRJ. Brasil. E-mail: marciadeaf@ibest.com.br

SILVA, Rafael Celestino da; FERREIRA, Márcia de Assunção. A Tecnologia em saúde: uma perspectiva psicológica aplicada ao cuidado de
enfermagem. Revista Enfermagem 2009 jan-mar; 13 (1): 169-173. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/v13n1a23.pdf>.
Acesso em: 20 mar 2018.

Com base no texto “A tecnologia em saúde: uma perspectiva psicossociológica aplicada ao cuidado de enferma-
gem”, conclui-se que:

A) O resumo apresentado por Silva e Ferreira (2009) atende plenamente às características desse gênero, uma
vez que apresenta a metodologia utilizada para a coleta dos dados, bem como os resultados da pesquisa.
B) O tema da pesquisa desenvolvida é a ausência de capacitação técnica do profissional de enfermagem para
operar recursos tecnológicos.
C) O referencial teórico adotado por Silva e Ferreira (2009) para fundamentar sua pesquisa inclui a perspectiva
psicossociológica das representações sociais.
D) Silva e Ferreira (2009) defendem que a presença de recursos tecnológicos em Unidades de Terapia Intensiva
tem trazido sentimento de conforto aos profissionais da saúde.
E) Os autores utilizaram pesquisa documental para a coleta de dados e análise quantitativa dos dados obtidos.

10. Para responder esta questão, leia a introdução do artigo de divulgação científica “Evolução histórica e impacto da
tecnologia na área da saúde e da enfermagem”, publicado em 2006, na Revista Eletrônica de Enfermagem.

Introdução

Vivemos numa era tecnológica em que muitas vezes a concepção do termo tecnologia tem sido utilizada de forma
enfática, incisiva e determinante, porém equivocada na nossa prática diária, uma vez que tem sido concebida, cor-
riqueiramente, somente como um produto ou equipamento. A temática tecnologia não deve ser tratada como uma
concepção reducionista ou simplista, associada somente a máquinas. Entendemos que a tecnologia compreende
certos saberes constituídos para a geração e utilização de produtos e para organizar as relações humanas (MEHRY
et al, 1997).

As tecnologias na área da saúde foram agrupadas por Mehry et al (1997) em três categorias a saber: a) Tecnologia
dura: representada pelo material concreto como equipamentos, mobiliário tipo permanente ou de consumo; b) Tec-
nologia leve-dura: incluindo os saberes estruturados representados pelas disciplinas que operam em saúde, a
exemplo da clínica médica, odontológica, epidemiológica, entre outras e; c) Tecnologia leve: que se expressa como
o processo de produção da comunicação, das relações, de vínculos que conduzem ao encontro do usuário com
necessidades de ações de saúde. Acreditamos que as três categorias delineadas estão estreitamente interligadas
e presentes no agir da Enfermagem, embora nem sempre de modo transparente.
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[...]
Segundo Nietsche (2000), a ciência e a tecnologia são valores, muito mais que coisas ou artefatos, ou mesmo sa-
beres. É tudo isso em complementaridade com o mundo vital, num movimento que só pode adquirir significado na
sua dimensão ética e política.
A tecnologia, exatamente porque passa a ser entendida como sendo uma dimensão ou um desdobramento dessa
racionalidade científica, a que se vem também atribuindo uma gama de “erros” do tratar e do cuidar, começa a ser
representada como força desumanizante tanto para cuidadores e cuidadoras quanto dos seres humanos que de-
mandam cuidados (MEYER, 2002).
Barnard & Sandelowski (2001) explicam que não é a tecnologia propriamente dita que desumaniza, despersonaliza
ou objetifica, mas sim o modo como os indivíduos operam com as tecnologias em contextos específicos, os signifi-
cados atribuídos a ela, como os indivíduos ou grupo cultural definem o que é humano, a ênfase que dão a técnica
ao ressaltar sua eficiência e ordem racional.
Sendo o hospital um local repleto de equipamentos de alta tecnologia, não é raro defrontar-se com excelentes téc-
nicos, conhecedores exímios de aparelhos que eles manipulam com maestria, mas parecendo calouros na arte de
confortar, de ir ao encontro das pessoas sofredoras que perdem sua identidade e são identificadas friamente como
um caso ou como um número (HAYASHI & GISI, 2000).
Assim, não questionamos a importância da existência de um local onde a tecnologia possa ser colocada à disposi-
ção da manutenção da vida humana, onde a observação possa ser tão constante e intensiva, onde muitas situa-
ções possam ser revertidas a favor da vida. O problema que questionamos, ou o que parece ser necessário refletir,
é até que ponto o progresso técnico-científico é “saudável” e promove o crescimento e harmonização das pessoas.

Portanto, acreditamos que alguns aspectos merecem uma análise atenta em relação ao emprego de qualquer tec-
nologia, seja ela dura, leve-dura ou leve, além da segurança, da eficácia, da ética, do impacto social e da relação
custo benefício, é preciso saber utilizá-la de forma humanizada, lembrando sempre que os indivíduos que estão
empregando-a e fazendo uso dela são seres humanos.

Texto adaptado de BARRA, D. C. C.; NASCIMENTO, E. R. P.; MARTINS, J. J.; ALBUQUERQUE, G. L.; ERDMANN, A. L. Evolução histórica e
impacto da tecnologia na área da saúde e da enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 08, n. 03, p. 422 - 430, 2006. Disponível
em: http://ww.fen.ufg.br/revista/revista8_3/pdf/v8n3a13.pdf. Acesso 21 mar. 2018.

Considere o ponto de vista defendido pelos autores e assinale a alternativa CORRETA.

A) A tecnologia desumaniza, despersonaliza e coisifica as pessoas.


B) A tecnologia é representada pelo material concreto.
C) O hospital está repleto de equipamentos de alta tecnologia e de excelentes técnicos.
D) A concepção de tecnologia compreende conhecimentos empregados na elaboração e utilização de produtos,
bem como na organização das relações humanas.
E) Enfermeiro assume encargos administrativos, mas não se fasta do cuidado do paciente.
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REDAÇÃO 1
Releia a introdução do artigo de divulgação científica “Evolução histórica e impacto da tecnologia na área da saúde
e da enfermagem ”, que está na questão 10, e escreva um resumo dele contendo entre 10 e 15 linhas.

Para o planejamento do resumo, procure identificar as seguintes informações no texto-fonte:

- tema abordado;
- ponto de vista apresentado;
- principais argumentos que sustentam o ponto de vista.

Lembre-se de que em resumos:

- é preciso fazer menção à autoria e/ou à fonte;


- não se usa título;
- não se emitem opiniões;
- Não se faz cópia.
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REDAÇÃO 1 – Rascunho

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1

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2

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3

____________________________________________________
4

MÍNIMO
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5

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6

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7

____________________________________________________
8

____________________________________________________
9

10 ____________________________________________________
11 ____________________________________________________
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M ÁXIMO
12

13 ____________________________________________________
14 ____________________________________________________
15 ____________________________________________________
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REDAÇÃO 2

Considere os textos 1 e 2 apresentados a seguir como motivadores para a sua produção de texto dissertativo-
argumentativo.

Texto 1

Os investimentos em avanços e novas descobertas tecnocientíficas na área da saúde são enormes e crescentes.
Novos medicamentos e vacinas, próteses, órteses, exoesqueletos, máquinas e equipamentos para diagnóstico e
intervenção, robôs cirúrgicos, informação e comunicação instantânea, prontuário eletrônico único nacional e inte-
grado para acesso internacional, implantes, transplantes e, inclusive, a produção artificial de células humanas, são
exemplos de campos de investimento e trabalho de milhares de técnicos e cientistas.

LORENZETTI, Jorge; TRINDADE, Letícia de Lima; PIRES; Denise Elvira Pires de; RAMOS, Flávia Regina Souza. Tecnologia, inovação tecno-
lógica e saúde: uma reflexão necessária. Texto Contexto Enfermagem. Florianópolis, 2012 Abr-Jun; 21(2): 432-9. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/tce/v21n2/a23v21n2.pdf. Acesso: 26 mar. 2018.

Texto 2

“Nova regulamentação publicada pelo presidente irá tornar ferramentas de gestão, que já eram utilizadas
pelo Ministério da Saúde, em política de estado

O Governo Federal instituiu a Política Nacional de Inovação Tecnológica na Saúde (PNITS) para regulamentar o
uso do poder de compra do Estado em contratações e aquisições de produtos e serviços estratégicos para o SUS.
A iniciativa torna modelos de desenvolvimento de tecnologias já utilizadas pelo Ministério da Saúde em política de
estado, além de aprimorar o acompanhamento do poder público e esclarecer o papel dos laboratórios envolvidos.
O decreto presidencial 9.245 que trata da iniciativa foi publicado na última quinta-feira (21 de dezembro de 2017).

Entre as possíveis ações estão transferências, internalizações, incorporações e o desenvolvimento e a qualificação


de tecnologias em saúde no território nacional. Objetiva-se reduzir a dependência externa e a vulnerabilidade pro-
dutiva e tecnológica do País em relação aos produtos e serviços estratégicos para o SUS. O documento aprimora
o marco regulatório, promovendo a sustentabilidade tecnológica e econômica e aumentando a capacidade produti-
va e de inovação no Brasil.”

Fonte: Portal do Ministério da Saúde. Publicado: Terça, 26 de dezembro de 2017, 18h52 Disponível em:
http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/42253-politica-nacional-de-inovacao-tecnologica-na-saude-regula-a-transferencia-de-
tecnologias-essenciais-para-o-sus Acesso em 20/03/2018.

Tome como referência os textos motivadores lidos, bem como os conhecimentos construídos ao longo da sua for-
mação como estudante e cidadão, e escreva um texto dissertativo-argumentativo, de 15 a 20 linhas, de modo a re-
fletir sobre o seguinte tema:

Inovação tecnológica e promoção da saúde.

Ao elaborar o seu texto, você deve:

- respeitar a proposta de produção de texto dissertativo-argumentativo;


- posicionar-se quanto à temática, apresentando, no mínimo, dois argumentos para sustentar seu ponto de vista;
- não fazer cópia dos textos motivadores (fazer paráfrase e indicar a autoria ou fonte);
- elaborar uma conclusão;
- colocar um título.
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REDAÇÃO 2 – Rascunho

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