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22/09/2017 Separatismo ganha força em 2014, mas não o sufiente - Notícias - UOL Notícias

Separatismo ganha força em 2014,


mas não o sufiente

25/12/2014 08h27

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Por Nina Ferraz SÃO PAULO, 25 DEZ (ANSA) - São vários os motivos pelos quais
uma região luta por independência. Questões sociais, culturais, políticas e
econômicas se diferenciam em cada caso, mas são essenciais para compreender
todos eles. O ano de 2014 foi repleto de movimentos separatistas, porém, apesar
de notáveis avanços por parte de alguns povos, a tão esperada independência não
foi alcançada pela maioria.   

Os casos mais notáveis de 2014 foram os da Escócia e da Catalunha, que atraíram


a atenção internacional por envolverem os influentes Reino Unido e Espanha,
respectivamente, e colocarem em xeque a formação da União Europeia (UE).   

No primeiro caso, o desejo de se separar do Reino Unido vem desde o século XIV.
No entanto, somente a partir da década de 1920 que o discurso de separação da
Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte ganhou mais força. Em 1934, foi criado
o Partido Nacional Escocês (SNP, na sigla em inglês) que cresceu dentro do
Parlamento do país, ocupando o maior número de cadeiras no final dos anos 1990
e no começo dos anos 2000.   

Dessa forma, a independência da região se tornou uma possibilidade real em 2013,


ano em que foi consentida pelos governos da Escócia e do Reino Unido a
formulação de um plebiscito, realizado apenas em 18 de setembro de 2014. O "não"
venceu o pleito com 55% dos votos, contra 45% do "sim" pela independência,
resultado que satisfez sobretudo o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que
foi um dos principais organizadores da campanha "Better Together" ("Melhor
Juntos", em tradução livre do inglês). Já para o então premier escocês, Alex
Salmond, as urnas o levaram à sua maior derrota política, que o obrigou a renunciar
ao cargo.   

De acordo com especialistas consultados pela ANSA, os principais motivos para a


vitória do "não" estão ligados à insegurança da população local sobre os rumos da
economia e da política em um país independente. Além disso, segundo ressalta o
professor de ciências políticas da Universidade de Strathclyde, de Glascow, John
Curtice, o "não" sempre foi o favorito nas pesquisas.   

Quando o "sim" ganhou pela primeira e única vez na pesquisa da YouGov/Sunday


Times, a apenas 10 dias do plebiscito, a campanha contra a independência se
tornou mais forte e incisiva.   

Mesmo assim, Curtice diz que "é preciso mudar alguns objetivos da campanha do
'sim'", como reestruturar os projetos. "É necessário entender que essa é uma luta de
séculos, mas que continuará por quanto tempo for necessário, até a vitória do sim",
comentou o professor. Ele ressaltou que, além dos fatores culturais, os econômicos
são de grande importância para se entender a questão da Escócia, já que a região
conta com 90% das reservas de petróleo do Mar do Norte, que são importantes
para o Reino Unido.   

Apesar de mais recente que a luta na Escócia, a busca pela independência da

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Catalunha tem ganhado mais força e atraído maior público a cada ano. A região,
localizada no nordeste do país, conta com a sua própria língua, o catalão, e com
uma matriz cultural que se difere do resto da nação. Em 2014, no entanto, o
movimento separatista conquistou um dos seus maiores triunfos, levando às ruas
mais de 1,8 milhão de pessoas, principalmente jovens, para protestarem pela
independência.   

O estudante espanhol Paulo Benazet Montobbio, que tem participado dos


movimentos pró-separação da Catalunha em Barcelona, disse à ANSA que o
governo central "menospreza o povo catalão". "A maioria dos catalães está tão
desconfortável que nem se sente mais parte da nacionalidade espanhola", contou.   

Além disso, o fator econômico também pesa na decisão, já que região é uma das
mais importantes economicamente para a Espanha e contribui com quase um terço
da arrecadação nacional de impostos. No entanto, a quantidade de recursos que a
Catalunha recebe do governo para os serviços públicos, como saúde, educação,
transporte e moradia, não corresponde à sua participação no Produto Interno Bruto
(PIB).   

"Caso fôssemos um país pequeno, seria mais fácil nos adaptarmos às


necessidades reais do nosso povo, ter uma voz própria no mundo e ter a
oportunidade de criar um Estado digno do século XXI", disse, por sua vez, o
também estudante Gerard Pijoan Homs.   

Durante todo o ano, Artur Mas, presidente do governo da Catalunha, tentou


convocar um plebiscito pela independência da região. A votação, no entanto, foi
proibida todas as vezes pelo governo espanhol. Diante do impasse, o governante
resolveu realizar uma consulta informal, sem nenhuma validade jurídica, no dia 9 de
novembro, ocasião em que os catalães responderam a duas perguntas: "Você quer
que a Catalunha seja um Estado?" e, em caso afirmativo, "quer que este Estado
seja independente?".   

Com uma participação superior a 2 milhões de pessoas, o "sim-sim" venceu com


mais de 80% dos votos. Porém, para o professor de direito público da Universidade
Autônoma de Madri (UAM), Antonio Arroyo, a independência da região não é a
solução. Para ele, "chegou o momento de propor uma reforma constitucional de alto
escalão, não com a única finalidade de dar uma resposta satisfatória à 'questão
Catalunha', mas sim com o objetivo de oferecer uma resposta satisfatória aos
muitos problemas que o Estado espanhol tem em seu conjunto". O futuro da
Catalunha ainda é enigmático. Mas é certo que o tema perdurará ao longo de 2015.
(ANSA)
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