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Marcus Vinicius Ginez da Silva Advogado – OAB-PR..30.

664
Av. Paraná, 453 - 9º Andar-Sala 904 – Ed. Sul Brasileiro Fone/Fax (43)3321-3562 / 3344-2184 e 9101-6361.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA
JUSTIÇA FEDERAL DA COMARCA DE LONDRINA–PR.

AUTOS: 2003.70.01.015025-3

EDIFÍCIO CASTEL GANDOLF, já devidamente qualificado


nos autos em epígrafe de AÇÃO DE SUMÁRIA DE COBRANÇA proposto
contra a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, por seu advogado e bastante
procurador que esta subscreve, vem com a devida vênia a douta
presença de Vossa Excelência nos termos do artigo 500 e seguintes
do Diploma Processual Civil, interpor o presente RECURSO ADESIVO
subordinado ao principal, pelos motivos e fatos expostos nas
razões inclusas, requerendo se digne Vossa Excelência receber o
presente remetendo-o após o Egrégio Tribunal Federal da 4ª Região
com as homenagens e cautelas de estilo. Em anexo segue
recolhimento do porte de remessa. Preparo do Recurso recolhido
100% com inicial.

Nestes termos pede


E espera deferimento
Londrina, 17 de novembro de 2004.

MARCUS VINICIUS GINEZ DA SILVA


Advogado OAB-PR.30664

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Marcus Vinicius Ginez da Silva Advogado – OAB-PR..30.664
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RAZÕES DO RECURSO ADESIVO

RECORRENTE : EDIFÍCIO CASTEL GANDOLF


RECORRIDA : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
AUTOS : 2003.70.01.015025-3
ORIGEM : 3ª VARA FEDERAL DE LONDRINA-PR

EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA TURMA
ÍNCLITO JULGADORES

I – DOS FATOS

Conforme consta da inicial, o Autor ao ajuizar a


presente ação a instruiu com a convenção condominial que prevê a
juros de 1% ao mês, correção monetária, e multa de 20%.

O Autor com fulcro na convenção pactuada antes da


alteração do novel, nos termos da Lei 4591/64, requereu em seu
pedido que a Recorrida fosse condenada ao pagamento das taxas
condominiais nos termos previstos na convenção, isto é, com multa
de 20%.

O douto magistrado, com exceção dos juros e da


correção monetária, aplicados corretamente, reduziu a multa após
janeiro de 2003, para 2%, cujo embasamento seguiu nos termos da
lei 10.406/02.

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Pelo exposto, requer o Recorrente nos termos
exposto no presente, que seja a r. decisão de fls. reformada, a
fim de majorar para 20% a multa reduzida após janeiro de 2003.

II – PRELIMINARMENTE
II.I – DA VIOLAÇÃO A DISPOSIÇÃO DA LEI 4.561/64
Dispõe o parágrafo 3o do artigo 12 que:
Art. 12 omisses...
§ 3° - O condomínio que não pagar a sua contribuição no prazo fixado na
Convenção fica sujeito ao juro moratório de 1% ao mês, e multa de até 20%
sobre o débito, que será atualizado, se o estipular a Convenção, com a
aplicação dos índices de correção monetária levantados pelo Conselho
Nacional de Economia, no caso de mora por período igual ou superior a
seis meses.

No sentido da lei adjetiva é a convenção que


determinou a multa em 20%.

O que ocorre que o douto julgador “a quo” ao


decidir o feito, julgou a sentença parcialmente procedente, em
razão do Recorrente ter postulado a multa de 20% para as taxas
condominiais vencidas até o ajuizamento da ação, época em que a
lei 10.406/02 já estava em vigor.

Embora o r. Magistrado tenha fundamentado sua


decisão com base na alteração do novel, a mesma, violou não só o
dispositivo de lei, artigo 12, parágrafo 3o e convenção
condominial mas, também o artigo 5o inciso XXXVI da Constituição
Federal.

Destarte, havendo violação ao princípio da


Anterioridade, artigo 6º, §1º, e artigo 2º, §2º ambos da LICC, e
artigo 5º, XXXVI da Constituição Federal mister se faz pedido de
reforma do r. julgado, para que a multa reduzida em 2% após
alteração da lei 10.406/02, seja, majorada para 20%, conforme
preceitua a convenção condominial pactuada antes da alteração do

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novel. Ademais, verifica-se citados dispositivos, tem o condão de
proteger o direito adquirido e o ato jurídico perfeito,
permissivos, estes violados pela r. decisão.

Não obstante, os dispositivos Legais e


Constitucionais que por si só resolvem a questão, insta também
salientar que a multa prevista no artigo 1336, §1º da lei
10.406/02, em razão a expressão prevista no §º1º do artigo 1.336,
como, “NÃO SENDO PREVISTOS” entre vírgulas, estaria se referindo
tanto a juros quanto à multa e, portanto, “PREVISTOS” na
convenção condominial afastariam a incidência do parágrafo
primeiro do artigo 1336, prevalecendo assim multa estipulada na
convenção, embora em percentual maior que 2%, respeitado, é
claro, o teto máximo previsto no artigo 12º, §3º da lei 4591/64.

Sobre o tema, dizem os hermeneutas do Direito que a


interpretação meramente literal, também denominada gramatical ou
filosófica, muitas vezes não é a que conduz a melhor exegese, que
seria objetivada preferivelmente pelos critérios sistemático e
teleológico. Tentemos assim analisar a matéria desde o ângulo dos
dois processos interpretativos, principiando pelo sistemático,
que “consiste em comparar dispositivo sujeito à exegese, com
outros, do mesmo repositório ou de leis diversas, mas referentes
ao mesmo objeto”1.

“Interpretar uma norma é interpretar o sistema


inteiro”, pois “qualquer exegese comete, direta ou
indiretamente, uma aplicação de princípios gerais,
de norma e de valores constituintes da totalidade
do sistema jurídico” Para conhecer o alcance das
leis dos princípios e dos valores, convém indagar o
alcance teleológico do próprio sistema. É por essa
razão que “não se pode considerar a interpretação
sistemática, como um processo, dentre outros, da
interpretação jurídica. Nesse sentido, é de se
afirmar, que a interpretação jurídica ou é
sistemática ou não é interpretação” 2

1
Carlos Maximiliano, Hermenêutica e Aplicação do Direito, editora forense, 17ª ed., pág.128.
2
Alexandre Pasqualini, Hermenêutica e Sistema Jurídico, Livraria do advogado Ed. Pág.89/90, com citações de
Juarez Freitas em a Interpretação Sistemática do Direito.

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Se fizermos uma interpretação sistemática da
matéria, teremos que, de acordo com o parágrafo único do artigo
2.035 do novel, “nenhuma convenção prevalecerá se contrariar
preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este
código para assegurar a função social da propriedade e dos
contratos”.

Ora, ao contrário das normas do CDC que, por serem


do interesse de natureza da sociedade coletivamente considerada,
constituem preceitos de ordem pública e, portanto de natureza
cogente ou imperativa, não podendo ser afastadas mediante
convenção dos interessados, por outro lado à determinação contida
no §1º do artigo 1336 do novel, ao revés, é de ordem privada,
pois se dirige a um grupo restrito e definido, ou seja, aos
titulares de propriedade em condomínio regradas pela lei 4591/64.
Sendo de ordem privada, é, pois, de natureza dispositiva ou
permissiva, pode ceder a convenção livremente pactuada entre os
que vivem em tal regime de habitação.

É preciso ter em linha de consideração ainda o


mandamento legal do §2º do artigo 2º da LICC, segundo o qual
dispõe que:
“A lei nova que estabeleça disposições gerais ou
especiais a par das já existentes, não revoga nem
modifica a lei anterior”

Nesses termos o disposto no artigo 12, §3º da Lei


4591/64, por estar contido em lei especial, anterior, não foi
revogado, nem modificado pelo novo Código Civil, lei de ordem, em
seu artigo 1336, §1º, ambos dizendo respeito a matéria enfocada.

Por outro lado, não se pode olvidar que por um


critério finalístico de interpretação legal, estamos diante de um
confronto de Leis o qual se resolve pelo princípio da
especialidade que faz prevalecer a Lei Especial em detrimento da
Geral.

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Pelo exposto, previsto na Convenção a aplicação da
penalidade com multa de 20% para aos que não pagam em dia o
rateio das despesas, esta deve ser aplicada, pois, prevista está
na convenção, obedecendo inclusive o teto máximo determinado pelo
artigo 12, §3º da lei 4.591/64, na doutrina e jurisprudência.

Na mesma baila nossos Tribunais em recente decisão


exarada no Estado do Paraná e de São Paulo se posicionaram da
seguinte forma:

APELAÇÃO N.238185-3 – CURITIBA – 6ª CÂMARA CÍVEL DO


EGRÉGIO TRIBUNAL DE ALÇÃDA DO PARANÁ – 10 DE
FEVEREIRO DE 2004.

AÇÃO DE COBRANÇA – ENCARGOS CONDOMINIAIS –


EXIGIBILIDADE DA MULTA DE VINTE (20) POR CENTO.
PREVISTA NA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO – CÓDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR INAPLICÁVEL – PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – IRRETROATIVIDADE DO
ART,1336, §1º DO NOVO CÓDIGO CIVIL – NÃO INCIDÊNCIA AOS
CONDOMÍNIOS CONSTITUIDOS ANTERIORMENTE A VIGÊNCIA
DA NOVA LEI CIVIL – ENCARGOS VENCIDOS ATÉ O TRÂNSITO
EM JULGADO ABRANGIDOS PELA SENTENÇA – RECURSO
PROVIDO.

No mesmo sentido foi a decisão exarada no v.


Acórdão da 6ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Alçada do
Estado de São Paulo, vejamos:

AGRAVO DE INTRUMENTO N.833950-0/9


JUIZ RELATOR – CARLOS RUSSO
6ª CÂMARA CÍVEL
DATA DO JULGAMENTO 17/03/04

AGRAVO DE INSTRUMENTO. Despesas de Condomínio. Ação de


cobrança. Multa moratória e juros. Incidência de novo regramento legal
(Código Civil de 2002, art.1.336, §1º). Ajuste indicado pelo Juízo.
DESCABIMENTO. PRINCÍPIO DO ATO JURÍDICO PERFEITO.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART.5º, XXXVI. LEI DE INTRDUÇÃO
AO CÓDIGO CIVIL, ART.6º. RECURSO DO AUTOR. PROVIMENTO.
Convenção anterior ao Código Civil vigente, princípio do ato jurídico
perfeito(CF, art.5º XXXVI, e LICC, art.6º), direitos e deveres de
condôminos, nesta rubrica aspectos atinentes à disciplina de pagamentos e
consectários da mora, limites de direito privado, há que respeitar a regra
do contrato.

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Pelo exposto, verifica-se que a r. decisão de
primeiro grau não agiu com o costumeiro acerto, devendo, pois,
seu dispositivo, ser reformado de modo que a multa reduzida após
alteração do novel seja majorada para 20%.

Pelos exposto, requer-se a esta Colenda Turma que


receba o presente Recurso Adesivo dando TOTAL PROVIDMENTO para
que seja o dispositivo do r. decisum reformado parcialmente no
tocante a multa.

Em anexo segue o comprovante de recolhimento do preparo.

Por ser esta media de cristalina e indubitável


JISTIÇA,
Pede e espera deferimento
Londrina, 17 de novembro de 2004.

MARCUS VINICIUS GINEZ DA SILVA


Advogado OAB-PR.30664

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